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CENTRO UNIVERSITÁRIO SANTA AMÉLIA – UNISECAL

BACHARELADO EM DIREITO

VANESSA FERREIRA

A RESPONSABILIDADE TRABALHISTA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DOS


SERVIÇOS PÚBLICOS TERCEIRIZADOS

PONTA GROSSA
2022
VANESSA FERREIRA

A RESPONSABILIDADE TRABALHISTA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DOS


SERVIÇOS PÚBLICO TERCEIRIZADOS

Artigo apresentado como critério de avaliação da


Disciplina de Trabalho de Conclusão Curso II, 8º
Período A, do Curso de Bacharelado em Direito do
Centro Universitário Santa Amélia - UniSecal.

Orientador: Professor Fabio Miranda

PONTA GROSSA
2022
2

RESPONSABILIDADE TRABALHISTA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DOS


SERVIÇOS PÚBLICO TERCEIRIZADOS
Vanessa Ferreira1 (Centro Universitário UniSecal)
Fabio Miranda2 (Centro Universitário UniSecal)

Resumo: O objetivo é identificar como ocorre a responsabilidade trabalhista na administração


pública quando se trata dos serviços públicos terceirizados. O tema se justifica por verificar
demasiado descaso com os servidores das empresas terceirizadas dentro do serviço público,
pois estes, além de serem considerados pelos servidores de carreira como uma ameaça, estes
podem não ter os seus direitos assegurados, cabendo a discussão se o Estado deve arcar com
tais responsabilidades. A metodologia utilizada para elaboração do trabalho é a pesquisa
bibliográfica. No caso da responsabilidade trabalhista da administração publicados serviços
públicos terceirizados, a hipótese aceita pelo ordenamento jurídico pátrio versa sobre a
aplicação da responsabilidade Subsidiária nos casos de inadimplência dos direitos trabalhistas
das empresas fornecedoras de mão de obra, respeitado o direito de ação de regresso daquela
em virtude da inadimplente, mostrando o que deve ser aplicado pelo magistrado no caso
concreto, levando-se em consideração o princípio da dignidade da pessoa humana e um
ambiente de trabalho digno e com as devidas condições para que o trabalhador possa
desenvolver suas atividades.
Palavras-chave: Responsabilidade. Trabalho. Terceirização. Estado. Serviço Público.

LABOR LIABILITY OF THE PUBLIC ADMINISTRATION OF OUTSOURCED


PUBLIC SERVICES
Abstract: The objective is to present how labor responsibility occurs in public administration
when it comes to outsourced public services. The theme is justified by verifying too much
disregard for the employees of outsourced companies within the public service, as these, in
addition to being considered by career employees as a threat, they may not have their rights
assured, leaving the discussion whether the State should shoulder such responsibilities. The
methodology used for the elaboration of the work is the bibliographical research. In the case
of the labor liability of the administration published outsourced public services, the hypothesis
accepted by the national legal system deals with the application of Subsidiary liability in cases
of default of the labor rights of the companies supplying labor, respecting the right of recourse
of that in virtue of the defaulter, showing what must be applied by the magistrate in the
concrete case, taking into account the principle of human dignity and a dignified work
environment with the necessary conditions for the worker to develop his activities
Keywords: Responsibility. Job. Outsourcing. State. Public service.

1 INTRODUÇÃO
O objetivo do presente artigo é identificar como ocorre a responsabilidade trabalhista
na administração pública quando se trata dos serviços públicos terceirizados.

1
Acadêmica do 9º Período do Curso de Bacharelado em Direito do Centro Universitário Santa Amélia -
UniSecal, Ponta Grossa, Paraná. E-mail: xxxxx
2
Professora orientadora. Doutora em História. Titular nas disciplinas de Ética, Filosofia e Direito e TCC I no
Curso de Bacharelado em Direito do Centro Universitário Santa Amélia - UniSecal, Ponta Grossa, Paraná. E-
mail: adriana.mello@unisecal.edu.br
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O tema é de relevante interesse, haja vista o crescimento dos contratos terceirizantes


firmados pelos entes públicos com empresas prestadoras de serviço, e precarização das
garantias sociais conquistadas pelos trabalhadores.
A justificativa para a construção deste artigo se dá pelo demasiado descaso com os
servidores das empresas terceirizadas dentro do serviço público, pois estes, além de serem
considerados pelos servidores de carreira como uma ameaça, estes podem não ter os seus
direitos assegurados, cabendo a discussão se o Estado deve arcar com tais responsabilidades
Teoricamente, os autores que serviram de base para a fundamentação deste artigo
foram Barros, Carrion, Dallegrave Neto, Delgado, Martins e Nascimento.
O tipo de pesquisa realizada neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, no qual foi
realizada uma consulta a livros, dissertações e artigos científicos selecionados através de
busca na base de dados Scielo, de abordagem qualitativa.
Para atingir o objetivo proposto, o artigo está estruturado em quatro momentos. No
primeiro momento, intitulado “Terceirização – conceito”, trazendo os conceitos de
terceirização, no segundo momento “Terceirização no Direito do Trabalho”, demonstrando
qual a relevância da terceirização no Direito do Trabalho, no terceiro momento “Terceirização
na Administração Pública” e apresentar como funciona o processo de terceirização na
administração pública e, por fim, o quarto momento “Responsabilidade trabalhista da
administração pública dos serviços públicos terceirizados”, para discutir qual é o papel da
administração pública no que remete aos direitos trabalhistas no universo da administração
pública, através da realização da pesquisa bibliográfica.

2 TERCEIRIZAÇÃO – CONCEITO
A terceirização e suas concepções surgiram no período da Segunda Guerra Mundial,
quando as empresas bélicas não possuíam o contingente necessário para suprir as demandas
de armamento, passando a delegar a outras empresas parte da sua produção, explica
Cavalcante (2014). Após tal período, tem-se conhecimento do uso da terceirização no modelo
Toyotista praticado pelos japoneses. O sistema anterior – Fordista – mostrou-se inviável para
o momento em que os japoneses passavam, sendo criado então o padrão oriental da
horizontalização das linhas produtivas, investindo em empresas especializadas em cada etapa
do produto, flexibilizando as linhas de produção, o que fez surgir companhias menores que se
atentavam em produzir o que não era o objeto principal das empresas tomadoras dos serviços.
Segundo Delgado (2004), o processo de descentralização das etapas periféricas de
produção foi acompanhado do surgimento das empresas de pequeno e médio porte com o
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intuito de subsidiar as de grande potencial, especializando-se nas atividades-meio, o que


possibilitou complementar o ciclo do processo produtivo.
O termo terceirização possui vários significados, segundo os apontamentos de Jorge
Neto e Cavalcante (2019, p. 531). Em linhas gerais, possível classificá-la como “o processo
de descentralização das atividades da empresa e valorização do setor terciário da economia”.
Di Pietro (2012) classifica a terceirização no âmbito do Direito do Trabalho como a
contratação, por determinada empresa, do trabalho de terceiros para o desempenho de
atividade-meio. Ela pode assumir diferentes formas, como empreitada, locação de serviços,
fornecimento, dentre outros.
Por terceirização entende-se o resultado do neologismo advindo da palavra terceiro, o
qual remete a intermediário e interveniente. Tal neologismo foi construído pela área da
administração com o intuito de enfatizar a descentralização empresarial de atividades para
outrem, ou seja, um terceiro à empresa, não se tratando de terceiro no sentido jurídico, como o
que é estranho a relação jurídica entre duas ou mais partes, segundo Delgado (2018, p. 540).
Conforme Martins (2018), o vocábulo terceirização é utilizado apenas no Brasil, sendo
um neologismo oriundo do latim terciariu. Não obstante, esse fenômeno também é conhecido
por outras denominações menos comuns, como, por exemplo, subcontratação,
desverticalização, reconcentração, entre outras.
Barros (2010) ressalta a principal característica da terceirização, como sendo a
transferência das atividades-meio da empresa tomadora para a empresa prestadora de serviço,
podendo aquela se ater à sua atividade principal.
Terceirização nada mais é do que contratar colaboradores “de fora” do quadro
funcional para a prestação de serviços. No caso das empresas públicas, os colaboradores
terceirizados são aqueles que não são concursados e não possuem cargo comissionado, e são
contratados para determinadas funções, não são todas as funções que os mesmos podem
desempenhar.
Até a promulgação da Lei 13.467/17, não havia no ordenamento jurídico pátrio uma
definição de terceirização. Como o tema foi tornando-se cada vez mais relevante para o
Direito do Trabalho, a doutrina acabou por conceber a definição jurídica sobre o tema
(BRASIL, 2017).
Para Carrion (2020), a terceirização é o ato onde a empresa produtora, mediante
contrato, entrega a outrem determinada tarefa para que esta a realiza de maneira habitual com
seus empregados.
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Na visão de Delgado (2018) a terceirização provoca uma relação de ordem trilateral


face a contratação da força de trabalho no mercado capitalista através do obreiro, do prestador
de serviços e da empresa terceirizante.
O processo de terceirização foi acolhido pela ordem jurídica, visto que o mesmo não
possuía uma conceituação adequada. Assim, pertinente ao Direito discutir e debater de forma
mais amiúde o presente assunto.
A terceirização acompanha o avanço do processo de flexibilização do Direito do
Trabalho, o qual tenta realizar uma compatibilização face as mudanças de ordem econômica,
tecnológica, política ou social existentes na relação entre o capital e o trabalho, segundo
Mendes (2019).
Quanto aos aspectos positivos e negativos da terceirização, pode-se elencar “a
modernização da administração empresarial com a redução de custos, aumento da
produtividade com a criação de novos métodos de gerenciamento da atividade produtiva”
como aspectos positivos, e “a redução dos direitos globais dos trabalhadores, tais como a
promoção, salários, fixação na empresa e vantagens decorrentes de convenções e acordos
coletivos” como aspectos negativos, conforme Jorge Neto e Cavalcante (2019, p. 531).
Em breve síntese, a terceirização se dá pela transferência de certas atividades da
empresa tomadora de serviços, que passam a ser exercidas por empresas distintas e
especializadas. Desta feita, identifica-se o contrato de trabalho entre o empregado, isto é, o
obreiro, e o seu empregador, que é a empresa prestadora de serviços, explica Napoleão
(2016).
O processo de terceirização também pode ser acolhido dentro da administração
pública, conforme será demonstrado no decorrer deste trabalho.

3 TERCEIRIZAÇÃO NO DIREITO DO TRABALHO


Pode-se considerar a terceirização um fenômeno relativamente novo na seara do
Direito do Trabalho, assumindo uma clareza estrutural e amplitude de dimensão somente nas
três últimas décadas do século passado, explica Napoleão (2016).
A menção a terceirização na CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, é feita
somente em duas figuras distintas no artigo 455: a empreitada e a subempreitada, englobando
também a figura da pequena empreitada, no artigo 652, a, III. Napoleão (2016) ressalta que à
época da elaboração da convenção, a terceirização não era um fenômeno com a abrangência
que ganhou ao longo do tempo, tampouco merecia qualquer menção especial.
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Tanto a CLT como o Direito do Trabalho não previam num primeiro momento a
possibilidade de que um empregado pudesse ser contratado por determinada empresa e
direcionar a sua força de trabalho a outra empresa fora do grupo econômico da primeira, visto
que à época da elaboração da CLT tal fenômeno não era praticado em meio empresarial,
segundo Caffaro (2011).
O acolhimento das práticas de terceirização pelo sistema jurídico pátrio deve ser
compreendido pelo sistema jurídico no panorama de um setor socioeconômico e mais amplo,
visto que o que o sistema jurídico não pode ser concebido isoladamente, divorciado dos
poderes estatal e econômico, conforme Dallegrave Neto (2006).
Imperioso dizer que, as modificações da terceirização remetem à estipulação de
salários, procedimentos de despedida, jornada de trabalho, duração do contrato e contratação
da mão de obra, ações estas criadas no seio do cotidiano empresarial, sem que houvesse
qualquer previsão legal, sendo toleradas pela jurisprudência pátria. Todo este garantismo
trabalhista, na visão de Nascimento (2010, p. 117), é “destinada a reconhecer que a lei
trabalhista e a sua aplicação não podem ignorar os imperativos do desenvolvimento
econômico”.
Costumeiro apontar como causas dessa relativização de direitos trabalhistas as
mudanças efetivas e profundas na tecnologia, que ocorreram no limiar do século XX, a crise
econômica, competição na economia mundial, aumento do desemprego, foram fatores que
levaram os setores econômicos a buscar formas de produção que proporcionassem uma maior
eficiência produtiva e também uma redução nos custos, explica Campos (2006).
Concomitante a tal fenômeno, a mudança do modelo estatal, antes norteado por
diretrizes de uma ideologia de bem estar social, que retornou posteriormente a política do
Estado mínimo, acabou por permitir um afastamento do Estado sobre as relações entre o
trabalho e o capital, segundo Dallegrave Neto (2006).
Nesse diapasão, vários doutrinadores do Direito do Trabalho, por outro lado,
concebem a flexibilização com ressalvas, por levar a uma inevitável precarização das relações
de trabalho em detrimento do trabalhador, aponta Dallegrave Neto (2006).
Independente da discussão acerca do tema, o setor público adotou a sistemática,
estabelecendo a terceirização de atividades como uma de suas diretrizes estratégicas, através
da edição do Decreto Lei 200/67, objetivando assim o repasse da execução de atividades
acessórias a empresas particulares, “permitindo à Administração direcionar seus recursos
humanos, materiais e financeiros para a execução de suas atividades finalísticas e
institucionais”, segundo os apontamentos de Sampaio (2012).
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Num primeiro momento, Resende (2020) explica que todos acreditavam que o referido
instituto não traria prejuízos ao trabalhador. Contudo, as empresas passaram a contratar
“laranjas” para se livrarem do passivo trabalhista, e o trabalhador amargou por vários anos,
fazendo com que ele conhecesse a expressão “ganha, mas não leva”, pois o o empregador
aparente não tinha nenhuma capacidade de solver os créditos trabalhistas de seus empregados.
Assim, a justiça do Trabalho e o TST – Tribunal Superior do Trabalho levaram adiante a
construção de um modelo de responsabilização do tomador dos serviços, o qual passou a atuar
como garantidor (responsável subsidiário, tecnicamente falando) dos créditos dos empregados
de seus prestadores de serviço.
Na medida que a Administração submete-se ao princípio da legalidade e surge lei que
determina o procedimento de descentralização dos encargos de execução expressos pelo
aludido decreto, resta claro que um determinado conjunto de tarefas pode ser efetuado através
de outras empresas, ou seja, mediante o processo de terceirização. A dúvida que pairava na
época relacionava-se a extensão da terceirização autorizada da Administração Pública, qual o
grupo de tarefas, atividades e funções que poderiam se enquadrar e ser objeto deste
procedimento, segundo Napoleão (2016).
Sampaio (2012) salienta que, apesar da previsão legal no dispositivo de 1967, a
terceirização só ganhou corpo em 1990, no governo de Fernando Henrique Cardoso, quando
este deu início a uma redução no aparelho estatal através da limitação de gastos com pessoal e
a utilização ampla da terceirização como forma de proporcionar uma maior eficiência aos
serviços públicos.

4 TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


A terceirização na administração pública, segundo Silva (2021), tem sido objeto de
discussão e grandes questionamentos, ao indagar a quem cabe o ônus da prova para
comprovar a negligência administrativa, bem como da possiblidade do bloqueio de verbas
públicas para o pagamento das ações trabalhistas.
Mesmo sendo uma inovação capitalista, utilizando-a como uma ferramenta para
buscar uma maior quantidade de lucro, a terceirização acabou por ganhar espaço no setor
público. A Administração Pública deve ter em mente que deve visar ao interesse social
sempre, vendo na utilização da terceirização uma forma de se ater à prestação do serviço fim,
enquanto empresas contratadas se ocupavam das atividades próprias do cotidiano de uma
repartição, como a limpeza, serviços de informática e manutenção, destaca Cavalcante (2014).
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As atividades de natureza pública devem ser realizadas de forma estratégica,


operacional ou material. A primeira é a função mais elevada, e corresponde as diretrizes
traçadas pelo poder público, cuja titularidade é exclusiva do Estado; a segunda trata de
assegurar a continuidade do erviço público, preenchendo espaços e adaptando o que já
encontra-se em andamento, enquanto que a última remete a execução material do serviço,
exclusivamente, explicam Guerra e D’Amato (2016).
A administração pública possui normas bastante peculiares, então o processo de
terceirização, assim como outros processos, devem se adequar as normas de ordem pública.
Por isso é deveras importante a adoção de políticas com ênfase para a fiscalização
prévia e concomitante a execução dos contratos celebrados entre a empresa terceirizada e o
poder público, que, além da sua aptidão para afastar a configuração de culpa in vigilando, não
onere de forma excessiva a opção pela terceirização do serviço, reconhecendo a necessidade
de harmonização entre os preceitos constitucionais e a terceirização, aponta Mendes (2019).
Os serviços não exclusivos do poder estatal e que não envolvem poder de império,
mas ao mesmo tempo são importantes pela sua natureza e pelo conteúdo da prestação, por
envolverem direitos humanos fundamentais ou ainda por trazerem benefícios que não podem
ser distribuídos sob a forma de lucro para a sociedade, sendo que tais serviços são privativos
do poder estatal, contudo podem ter a participação de instituições privadas em caráter
complementar, cabendo apenas a transferência de execução material de determinadas
atividades, explicam Guerra e D’Amato (2016).
Levando-se em consideração os serviços passíveis de serem delegados a outrem, tal
cooperação resta proveitosa para ambos, visto que os administrados são beneficiados com um
serviço qualificado de melhor preço, enquanto o poder estatal é beneficiado com a redução do
seu quadro de pessoal. Neste sentido a terceirização acompanha essa tendência, prestigiando o
exercício dos órgãos públicos das suas atividades institucionais, à medida que passa a delegar
outras tarefas que não a atividade-fim, a empresas especializadas na sua execução
(MIGUELI).
Desde que sejam seguidas todas as normas vigentes e pertinentes ao serviço público,
resta proveitoso para ambas as partes a terceirização, pois supre as necessidades do poder
público com relação a determinados serviços, bem como dá uma garantia para os
administrados, pois o processo de pagamento do serviço público é, via de regra, público e
transparente, não restando dúvidas da sua necessidade.
Guerra e D’Amato (2016) destacam que o atual entendimento do STF – Supremo
Tribunal Federal remonta ao pensamento de que os serviços não exclusivos do Estado devem
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ser desenvolvidos através de instrumentos de colaboração do setor privado, principalmente


por entidades do terceiro setor, reservando ao poder estatal o dever de fomento das atividades
no tocante a recursos financeiros, utilização de bens públicos e cessão de servidores estatais.
Através deste entendimento, torna-se mais fácil administrar, pois há muitos serviços
que podem ser descentralizados e a partir de então serem satisfatórios, o que muitas vezes não
ocorre pela falta de mão de obra qualificada presente dentro do serviço público, devido a
necessidade de contratação de mais servidores, o que geralmente esbarra na linha de gastos e
na lei de responsabilidade fiscal, que preconiza uma determinada porcentagem de gastos com
pessoal ligados diretamente à administração pública, quais sejam, os servidores de carreira e
cargos comissionados.

5 RESPONSABILIDADE TRABALHISTA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DOS


SERVIÇOS PÚBLICOS TERCEIRIZADOS
A licitude da terceirização é reconhecida pela Súmula 331 do TST, que foi aprovada
pela Res. Administrativa TST-3, de 1993, publicada no DJU de 17 de dezembro de 1993, em
revisão à Súmula 256, e posteriormente alterada pela Res. Administrativa TST-96 de 2000,
publicada no DJU de 19 de setembro de 2000, com a seguinte redação:

CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE


I – A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o
vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho
temporário (Lei no 6.019, de 03.01.1974).
II – A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera
vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou
fundacional (art. 37, II, da CF/1988).
III – Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de
vigilância (Lei no 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de
serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a
pessoalidade e a subordinação direta.
IV – o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,
implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas
obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das
fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista,
desde que hajam participado da relação processual e constem também do título
executivo judicial (art. 71 da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993)

Vale notar que os requisitos da inexistência de subordinação e pessoalidade com o


tomador só estão presentes no instituto da terceirização, enquanto a característica de
transitoriedade só é encontrada no trabalho temporário. Martins (2009, p. 140) arremata esse
entendimento, destacando: “Ainda que os serviços terceirizados coincidam com as
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necessidades permanentes da empresa tomadora, não há que se falar na formação do vínculo


com esta quando inexista subordinação”.
O item II da Súmula 331, do TST, dispõe que a terceirização de serviços pela
Administração Pública não gera vínculo empregatício, mesma afirmação constante no inciso
II, do art. 37, da Constituição Federal de 1988, que traz que o vínculo de emprego com o
Estado só é formado quando presentes os requisitos legais e a prévia aprovação em concurso
público.
Conforme alteração realizada por meio da Resolução n. 96/2000, publicada no DJU de
18 de setembro de 2000, passou-se a admitir também a responsabilização subsidiária do ente
público na terceirização, nos casos de descumprimento das obrigações trabalhistas, pela
empresa prestadora de serviços para com os seus empregados.
Devido ao fenômeno da terceirização, Sampaio e Salina (2011) destacam a
responsabilidade que o tomador de serviços em casos de acidente de trabalho possui,
enfatizando que nas chamadas atividades terceirizadas o número de acidentes e doenças
ocupacionais é sensivelmente maior.
A terceirização assumiu um papel estratégico no modo de flexível de acumulação
quando o capital passou a constatar que os novos mercados encontravam-se em processo de
esvaziamento e a mercantilização havia então se estendido a todas as atividades humanas,
fazendo com que a preocupação dos empresários passasse a ser então a redução dos custos
fixos de produção (BERGMAN, 2003).
Contudo, Gonçalves e Moraes (2011) esclarecem que o fenômeno da terceirização
ainda causa divergências entre os operadores de direito, principalmente no que concerne às
hipóteses em que as atividades exercidas causam ao trabalhador dano material, moral e social.
A Súmula 331 do TST em seu inciso I fundamenta as palavras do autor acima citado.
Ainda, o inciso III da mesma súmula admite a terceirização de serviços de vigilância,
conservação e limpeza, bem como de serviços especializados e, por fim, o inciso IV fala do
inadimplemento das obrigações trabalhistas. A aludida súmula engloba a questão referente à
indenização decorrente de acidente de trabalho, impondo a responsabilidade subsidiária do
tomador de serviços.
Segunda Garcia (2009, p. 344), o inciso IV da Súmula 331 do TST, representa
“entendimento jurisprudencial cristalizado e pacificado (...), resultante da aplicação de normas
trabalhistas de proteção (...), com inspiração inclusive no art. 455 da CLT.”
Nos casos de terceirização, conforme Gonçalves & Moraes (2011), podem ser
estabelecidos contratos de natureza civil, tais como a empreitada, subempreitada, prestação
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autônoma de serviços e a parceria, além de contratos de natureza mercantil (franchising),


contrato de fornecimento, concessão mercantil, consórcio, assistência técnica e representação
comercial autônoma.
A intenção do legislador, segundo Martins (2018), é aconselhar que se analise bem a
prestadora de um serviço que se pretende contratar para realizar determinada atividade na
empresa, pois se o empregado ajuizar ação trabalhista esta será responsável pelo pagamento
de verbas trabalhistas, em função da idoneidade da prestadora de serviços.
Trata-se de uma responsabilidade indireta, fundada na idéia de culpa presumida, in
eligendo, ou seja, aquela em que há má escolha do fornecedor de mão-de-obra e também no
risco, já que o evento, isto é, a inadimplência da prestadora de serviços, decorreu do exercício
de uma atividade que se reverteu em proveito do tomado (BARROS, 2010)
Para o empregado, isto nem sempre é viável, pois em alguns casos, conforme cita
Bergmann (2003), “o fenômeno em análise significa muitas vezes deixar de trabalhar em
emprego estável, integrando na vida de uma empresa organizada, usufruindo de benefícios
salariais e sociais que as terceiras não podem oferecer.
Mas há que se reconhecer que esse dano foi originado, a bem da verdade, por aquele
que pretendeu delegar sua posição inicial de empregador: o tomador dos serviços. Assim,
pode se observar que existem dois agentes pelo dano em questão: um agente imediato, qual
seja a empresa de terceirização, que figura como empregador; e um agente mediato, ou seja, o
tomador dos serviços, que ao efetuar a terceirização delegou sua condição de empregador a
um terceiro (CALVET, 2009).
Por outro lado, o dono da obra que explora atividade econômica irá responder de
forma solidária ou subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas, inclusive os danos
decorrentes do acidente do trabalho. salvo tal hipótese, o dono da obra não responde de forma
solidária pelas obrigações trabalhistas (SAMPAIO e SALINA, 2011).

No mais, a prestadora detém o poder de comando e os seus empregados são a ela


subordinados. Observe-se que o requisito da pessoalidade somente se fará presente
em relação à prestadora, ou seja, pouco importa à tomadora qual o trabalhador que a
prestadora colocará no posto de serviço para se desincumbir de sua obrigação
oriunda do contrato empresarial (GONÇALVES; MORAES, 2011, p. 225).

Caracterizando-se a subordinação jurídica ou a pessoalidade direta com o tomador de


serviços, estabelece-se o vínculo empregatício diretamente com este último, salvo em casos
que envolvam a Administração Pública, por expressa vedação constitucional. Ainda,
Gonçalves e Moraes (2011) destacam a exceção, que diz respeito ao contrato de trabalho
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temporário, onde a lei prevê que o empregado seja colocado à disposição da empresa
tomadora.
Como terceirizações lícitas, há o trabalho temporário, serviços de vigilância
patrimonial, serviços de conservação e limpeza, e serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, concluindo-se que a terceirização ilícita é a contratação de empresas
terceirizadas sem o competente preenchimento dos requisitos e enquadramentos legais
(GONÇALVES, MORAES, 2011).
Assim, os caracteres da prestação de serviços se manifestam pela ausência da direção
técnica do contratante em relação ao contratado, “que efetua as tarefas utilizando-se dos
processos técnicos e da metodologia que melhor lhe aprouver” (BERGMANN, 2003, p. 298).
Já a terceirização no serviço público teve a sua regulamentação através do Decreto Lei
200/60, conforme Viana (2011). Contudo, o dispositivo em sua leitura não estabelecia limites
quanto as atividades que podiam ser terceirizadas, deixando o termo tarefas executivas, em
sentido amplo.
Ao tempo que o inciso IV da Súmula 331 do TST dispõe que o inadimplemento das
obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do
tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da
administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das
sociedades de economia mista, a complexidade da questão se evidencia, notadamente, em
função do que expressamente dispõe a Lei 8.666/93 em seu artigo 71:

Art. 71.  O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,


fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
§ 1o  A inadimplência do contratado, com referência aos encargos trabalhistas,
fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por
seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restringir a regularização
e o uso das obras e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. (Redação
dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
§ 2o  A Administração Pública responde solidariamente com o contratado pelos
encargos previdenciários resultantes da execução do contrato, nos termos do art. 31
da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.(Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

Para Delgado (2018), o texto da Lei 8.666/93 tentou, aparentemente, excluir tais
entidades do vínculo responsabilizatório; todavia o enunciado 331 do TST não as
excepcionou da responsabilização, pois não poderia, efetivamente, absorver e reportar-se ao
privilégio de isenção de responsabilidade conferido na referida lei, por ser tal privilégio
flagrantemente inconstitucional.
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Contudo, a Lei 8.666/93 sofreu Ação Declaratória de Constitucionalidade do artigo 71


da Lei 8666/93, sob o fundamento de que o comando legal tem sofrido ampla retaliação por
parte de órgãos do Poder Judiciário, em especial o Tribunal Superior do Trabalho, na
aplicação de Súmula 331. Foi apontado que a Súmula nega vigência ao preceptivo legal
mencionado, eis que, como visto, responsabiliza, subsidiariamente, a Administração Pública,
Direta e Indireta, pelos débitos trabalhistas na contratação de qualquer serviço de terceiro
especializado (NAPOLEÃO, 2016).
Diante de inúmeras ações e reclamações constitucionais junto ao STF, todas atacando
a Súmula 331, do TST, a ação foi conhecida, e seu mérito foi julgado procedente, por maioria.
Face ao entendimento fixado na ADC 16, o Pleno do STF deu provimento a inúmeras
Reclamações contra decisões do TST e de Tribunais Regionais do Trabalho fundamentadas na
Súmula 331/TST (NAPOLEÃO, 2016).
Consta do informativo 610 do Supremo Tribunal Federal, os principais argumentos
meritórios da ADC 16:

Quanto ao mérito, entendeu-se que a mera inadimplência do contratado não poderia


transferir à Administração Pública a responsabilidade pelo pagamento dos encargos,
mas reconheceu-se que isso não significaria que eventual omissão da Administração
Pública, na obrigação de fiscalizar as obrigações do contratado não viesse a gerar
essa responsabilidade. Registrou-se que, entretanto, a tendência da Justiça do
Trabalho não seria de analisar a omissão, mas aplicar, irrestritamente, o Enunciado
331 do TST. O Min. Marco Aurélio, ao mencionar os precedentes do TST, observou
que eles estariam fundamentados tanto no § 6º do art. 37 da CF, quanto no § 2º do
art. 2º da CLT (“§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma
delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer
outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego,
solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”).
Afirmou que o primeiro não encerraria a obrigação solidária do Poder Público
quando recruta mão de obra, considerado o inadimplemento da prestadora de
serviços. Enfatizou que se teria partido, considerado o verbete 331, para a
responsabilidade objetiva do Poder Público, presente esse preceito que não versaria
essa responsabilidade, porque não haveria ato do agente público causando prejuízo a
terceiros que seriam os prestadores do serviço. No que tange ao segundo dispositivo,
observou que a premissa da solidariedade nele prevista seria a direção, o controle,
ou a administração da empresa, o que não se daria no caso, haja vista que o Poder
Público não teria a direção, a administração, ou o controle da empresa prestadora de
serviços. Concluiu que restaria, então, o parágrafo único do art. 71 da Lei 8.666/93,
que, ao excluir a responsabilidade do Poder Público pela inadimplência do
contratado, não estaria em confronto com a Constituição Federal. ADC 16/DF, rel.
Min. Cezar Peluso, 24.11.2010 (STF, 2010)

Ficou expressamente ressalvado pelos Ministros do STF, que não haveria


impedimento ao TST de reconhecer a responsabilidade, com base nos fatos de cada causa,
pois “o STF não pode impedir o TST de, à base de outras normas, dependendo das causas,
14

reconhecer a responsabilidade do poder público” (NAPOLEÃO, 2016) ressalvando, ainda,


que o fundamento utilizado pelo TST é a responsabilidade pela omissão culposa da
Administração Pública, em relação à fiscalização da empresa contratada (culpa in vigilando),
quanto à idoneidade e ao cumprimento ou não dos encargos sociais nos contratos de licitação
e prestação de serviços.
É importante observar que, no ramo do direito do trabalho, na responsabilização da
Administração Pública em relação às verbas trabalhistas inadimplidas pelo prestador de
serviços, a culpa in eligendo e a culpa in vigilando são elementos essenciais para a
caracterização desta responsabilização, pois, “[...] a culpa lato sensu é um dos elementos
essenciais à formação do ato ilícito” (NADER, 2010, p. 98)
É condição necessária para que a Administração Pública seja responsabilizada de
forma subsidiária pelas verbas trabalhistas à comprovação de culpa, ou seja, o reclamante
deverá comprovar a omissão, negligência ou imprudência por parte da Administração
(ARAÚJO, 2013).
Para que a administração não seja responsabilizada, caberá a ela tomar os devidos
cuidados na realização de um contrato administrativo com o prestador de serviços, pois caso
ela não venha a observar os requisitos legais do procedimento licitatório, como a verificação
de idoneidade do prestador de serviços, acabando por escolher uma empresa inidônea, a qual
não tem reputação econômica no mercado, poderá sofrer a denominada responsabilização
subsidiária (ARAÚJO, 2013).
Quando se remete a culpa in vigilando, o Estado deixa de efetuar uma correta
fiscalização sobre a execução do contrato administrativo firmado com o prestador de serviço,
logo, “Passa [...] o ente do Estado a responder pelas verbas trabalhistas devidas pelo
empregador terceirizante no período de efetiva terceirização” (DELGADO, 2018, p. 455)
Diante do exposto, infere-se que a administração pública responde subsidiariamente
pelos créditos trabalhistas inadimplidos pela sua prestadora de serviços, ainda que o artigo 71
da Lei 8.666 disponha o contrário, afinal esta se beneficiou dos serviços do empregado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
As relações trabalhistas seguem o Direito do Trabalho que são as regras jurídicas
aplicáveis na relação entre empregador e empregado. No Brasil é a CLT todo o alicerce das
relações trabalhistas, amparado também por outras leis, como a Constituição Federal e o
Código Civil, dentre outros.
15

O vínculo existente entre o empregado e o empregador, é primeiramente uma relação


jurídica, visto que é efetivamente uma relação social, diga-se de passagem, das mais
importantes, regida por normas jurídicas ligando dois sujeitos, que são o empregado e o
empregador.
A lei protege o ser humano que trabalha, bem como a sua vida, sua saúde, a sua
integridade física e também o lazer, e tais valores não são bens jurídicos tuteláveis às pessoas
jurídicas.
O que é importante ressaltar é que o ambiente do trabalho a que o trabalhador está
inserido influencia muito na sua vida cotidiana e de como ele vai encarar a vida fora deste
ambiente.
Medidas protetivas devem ser tomadas no ambiente de trabalho visando promover a
paz e a harmonia social, pois o que se recomenda é que haja respeito mútuo entre empregado
e empregador, observando os princípios do direito, a dignidade da pessoa humana e os
direitos da personalidade.
Muitas empresas ainda tentam se esquivar das suas responsabilidades na esfera
trabalhista, mais um motivo que mostra a importância da aplicação do Direito do Trabalho em
todas as relações trabalhistas, pois este é o principal norteador destas relações, para que não
haja vantagens para uma das partes em detrimento de outrem, sem que seja feita a devida
justiça e sejam dados os direitos a quem de direito.
Por outro lado, o trabalhador que desenvolve suas funções em empresas terceirizadas
ou tomadoras de serviço também tem os seus direitos garantidos, pois em muitos casos, o
empregador “empurra” sua responsabilidade para outros, para se eximir das suas obrigações
para com seus empregados.
No que remete à administração pública, esta responde de forma subsidiária quando do
tomador de serviços deixa de cumprir com seus deveres trabalhistas aos empregados.

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