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GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO


CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE BARRA DO BUGRES
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE DIREITO

IGOR CAVÂNIA PINHEIRO DOS SANTOS

RESENHA SOBRE O ARTIGO: REFLEXÕES A PROPÓSITO DO REGIME


DISCIPLINAR DO SERVIDOR PÚBLICO

BARRA DO BUGRES – MT
NOVEMBRO 2022
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
CÂMPUS UNIVERSITÁRIO DE BARRA DO BUGRES
FACULDADE DE CIENCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE DIREITO

IGOR CAVÂNIA PINHEIRO DOS SANTOS

RESENHA SOBRE O ARTIGO: REFLEXÕES A PROPÓSITO DO REGIME


DISCIPLINAR DO SERVIDOR PÚBLICO

Trabalho apresentado a professora Solange de Holanda


Rocha, do Curso de Direto da Universidade do Estado
de Mato Grosso como requisito parcial para obtenção de
nota da disciplina de Direito Administrativo I.

BARRA DO BUGRES – MT
NOVEMBRO 2022
1 INTRODUÇÃO
A Administração Pública merece um olhar atencioso não só por parte dos legisladores
e dos servidores públicos, mas também da população, porque a busca da mesma deve ser a do
bem comum, o que interfere na vida dos cidadãos.

De acordo com o autor, foi-se adotado o princípio da finalidade pública, que traz que:
todo ato administrativo, necessariamente, precisa ter uma finalidade, que é o bem jurídico
objetivado.
E este princípio nasce após “o Administrador exercer suas prerrogativas, por muito
tempo, de modo hegemônico e verticalizado, acobertado pelo manto da incontestabilidade do
interesse público” BACELLAR, 2007, pg. 12. A partir deste momento, com esta ótima
característica adota, houve uma reformulação nos significados nos interesses público, porque
se caso o administrador público pratique uma variação na finalidade que lhe foi posta, pode
ser aplicado o desvio de finalidade.
De acordo com Bacellar, 2007, a administração pública não pode colocar seus próprios
objetivos em seus deveres, ou seja, deve sempre buscar o bem comum, caso contrário, isso
traria uma desmoralização da administração pública, o que possivelmente acarretaria no
desgosto da população em relação aos servidores.

2 PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR


Como, a luz da Constituição Federal de 1988, nós temos diversos princípios a serem
aplicados, tais como, legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, dentre
outros, que podem ser extraídos implicitamente, deve-se impor tais princípios também sobre o
Direito Administrativo, porque hoje, temos a Constituição Federal de 1988 como a lei
suprema, onde todos devem seguir a sua luz, o que é chamado de constitucionalidade das leis.
O processo Administrativo Disciplinar é o que pode ser chamado de punitivo, o que,
sobre isto trata a lei 8112/90 em seu artigo 148, que estabelece que esse processo é feito para
a apuração da responsabilidade da infração praticada por um servidor, fazendo com que o
mesmo não só responda administrativamente, mas civil e penalmente também.
Importante salientar que a omissão também gera responsabilidade administrativa, ou
seja, deixar de fazer o que beneficiaria o bem comum ou a sua função, o servidor está
cometendo infração.
Neste processo, à luz da constituição, tem o servidor também direito à ampla defesa e
ao contraditório, o que traz um ar de justiça e disposição a escutar a parte, e a busca de saber o
que realmente aconteceu, pois, a busca pela justiça também deve ser um dever do Estado.
É de muita importância destacar a diferença entre processo e procedimento, quando se
fala em procedimento administrativo, trata-se da sequência de atos praticados no âmbito da
Administração Pública, sem exercício de jurisdição. Já processo administrativo seria a
sequência de atos praticados junto ao tribunal administrativo, ou no exercício do poder
jurisdicional. Sobre isto, Bacellar, diz:

Em um sentido negativo, haverá procedimento e não processo (i)


quando a Administração procede à apuração de fatos sem levar à
aplicação de pena de qualquer espécie, (ii) quando nesta investigação
não ocorra conflito de interesses, ensejando o surgimento de um
litigante contraposto à Administração Pública. (BACELLAR, 2007,
pg. 17)

Ou seja, o processo administrativo disciplinar é o que garante a todos os cidadãos que


haverá o exercício de modo responsável através do servidor para que o mesmo não venha a
desviar o foco da sua função.

3 DEMISSÃO DO SERVIDOR PÚBLICO ESTÁVEL


Falando em demissão de servidor público estável, o encaixe da ampla defesa, que é
direito constitucional, é indispensável, porque sem a mesma pode ser julgado nulo a
demissão, pois a ampla defesa assegura ao servidor o direito de expor os fatos para que se
analise se houve a falta do mesmo ou não.
Há também, outro direito que, segundo o autor, vem sendo esquecido ou ignorado: a
presunção de inocência.
“Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal
condenatória. ” (BRASIL, 1988, art. 5º, inc. LVII)
A presunção de inocência, que ampara os que sofrem algum tipo de imputação,
sempre mostrou ser uma importante garantia que a constituição assegurava, e obviamente, a
Administração Pública jamais poderia ignorar tal princípio. Caso a ação penal esteja em
curso, não se pode culpar ou ao menos punir o servidor por algo que ele ainda nem foi
condenado. A prerrogativa de condenação de fato cabe apenas ao Poder Judiciário, ficando
claro que a autoridade administrativa não dispõe de tal poder.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Reflexões a propósito do regime disciplinar do


servidor público. A&C Revista de Direito Administrativo & Constitucional, Belo Horizonte,
ano 7, n. 30, p. 11-27, out./dez. 2007.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

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