Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
PESQUISA QUALITATIVA
Podemos dizer que as pesquisas em relação ao contexto da educação no Brasil passaram por
diversos ciclos históricos. Durante muitos tempos a palavra “pesquisa qualitativa” foi utilizada para
descrever como uma alternativa à pesquisa quantitativa, a pesquisa qualitativa possui uma vasta
história em diversas disciplinas, ela apresenta dados tanto escrito quanto falados. De acordo com
( Ludke 1986 p. 11); “A pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como a sua fonte direta
de dados e o pesquisador como seu principal instrumento.”
Essas pesquisas qualitativas têm seu início no senário das pesquisas sociais a partir da
segunda metade do século XIX.
A análise qualitativa depende de muitos f atores, tais como a natureza dos dados coletados,
a extensão da amostra, os instrumentos de pesquisa e os pressupostos teóricos que
nortearam a investigação. Pode-se, no entanto, definir esse processo com o uma
sequência de atividades, que envolve a redução dos dados, a categorização desses
dados, sua interpretação e a redação do relatório. (GIL,2002, p.133).
Podemos ver abaixo algumas destas características encontradas nestes tipos de pesquisas:
Utiliza-se do ambiente natural como fonte direta de coleta de dados e tem o pesquisador
como instrumento fundamental para esta coleta.
É uma pesquisa descritiva.
O investigador preocupa-se, essencialmente, com o significado que as pessoas dão as
coisas e a sua vida.
Ciência baseada em textos.
As pesquisas qualitativas são de certa forma uma metodologia de caráter exploratório. Seu
foco está no caráter subjetivo do objeto analisado, as pesquisas qualitativas podem ser do tipo:
Participativa: Segundo Souza e outros (2008): É o uso de técnicas como entrevistas, interação
pesquisadores, extensionistas e agricultores com o objeto pesquisado, ênfase nos processos e em
trabalhos de campo contínuos. Existem algumas semelhanças entre a pesquisa a pesquisa-ação e a
participante, pois ambas se caracterizam pela interação entre os pesquisadores e as pessoas
3
Pesquisa-ação: A pesquisa-ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e
realizada em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e na
qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, 1997). Já para Eden e Huxham
(2001) colocam que a pesquisa ação aplica-se aos casos onde é necessário coletar dados mais sutis e
significativos. Assim, em virtude da ampla inserção do pesquisador no contexto da pesquisa e do
envolvimento do pesquisador e dos membros da organização pesquisada em torno de um interesse
comum, os dados tornam-se mais facilmente acessíveis em uma pesquisa ação.
Segundo Diehl (2004) a escolha do método se dará pela natureza do problema, bem como
de acordo com o nível de aprofundamento. Ademais, estes métodos são diferenciados, pela
sistemática pertinente a cada um deles (RICHARDSON, 1989).
Podemos dizer que uma grande vantagem das pesquisas qualitativas seria do fato de
podermos trabalhar questões de valores e não se limitar em trabalhar com questões já pré-definas e
respostas como sim ou não.
Assim possibilitando a melhor clareza sobre a opinião dos entrevistados, assim podendo o
entrevistador uma maior aproximação dos processos e resultados obtidos.
Uma outra grande vantagem seria que quando este tipo de pesquisa é bem realizado, ela
fornece uma vasta riqueza das análises de dados, proporcionando uma maior assertividade sobre o
assunto que está sendo estudado. Também podemos citar que cada pesquisa qualitativa tem olhar
referencial com o assunto de estudo.
Agora falando um pouco das desvantagens, podemos dizer que as pesquisa qualitativas é que
o pesquisador é responsável pela pesquisa e aplicação dos questionários, desta maneira ele poderá
realizar as questões de forma a induzir, mesmo que de uma forma involuntária, a um certo tipo de
resposta. Também podemos dizer que nas pesquisas qualitativas corremos o risco de escolhermos
algum participante para a pesquisa que pode não ser tão confiável ou não representar corretamente o
público alvo da pesquisa. Outra desvantagem seria devida as respostas serem frequentemente
abertas a interpretação, assim os dados colhidos podem ser muito subjetivos, assim dificultando a
analise do resultado com uma boa precisão.
REFERÊNCIAS
DIEHL, Astor Antonio. Pesquisa em ciências sociais aplicadas: métodos e técnicas. São Paulo:
Prentice Hall, 2004.
EDEN, C.; HUXHAM, C. Pesquisa-ação no estudo das organizações. In: CLEGG, S. R.; HARDY,
C.; NORD, W. R. (Orgs.) Handbook de Estudos Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2001. v 2. p.93-
117.
Gil, Antônio Carlos, 1946- Como elaborar projetos de pesquisa/Antônio Carlos Gil. - 4. ed. -
São Paulo : Atlas, 2002.
SOUZA, Fred Newton da Silva; ALVES, Juliana Mariano; D'Agostini, Luiz Renato. Agricultores
experimentadores: aprender com a experiência e experimentar para saber. Palmas: UNITINS,
2008. 56p.