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Nutrição
das Plantas

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Título:
Nutrição das plantas - Apresentação de apoio ao estudo (módulo 1)

Curso:
Nutrição das Plantas

Data da última atualização:


19 de julho de 2022

Propriedade e edição:
Espaço Visual - Consultores de Engenharia Agronómica, Lda.

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Índice

1. Nutrição das Plantas

2. Leis da fertilidade e Processos


de avaliação da fertilidade

3. Corretivos

4. Fertilizantes e cálculos de fertilização

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
1. Nutrição das plantas
1.1 Classificação dos nutrientes

1.2 Efeito dos nutrientes nas plantas

1.3 Solução do solo e troca catiónica

1.4 Necessidades das plantas


em macro e micronutrientes
1.1 Classificação dos nutrientes
Os estudos na área da nutrição das plantas são considerados
historicamente recentes.

Aristóteles (384-322 a.C.), filósofo grego, iniciou alguns


desses estudos, dedicando uma parte deles à área de
nutrição, nomeadamente à via de absorção de nutrientes
pelas plantas.

De um modo genérico, os nutrientes são moléculas que


entram num ciclo de processos alimentares. Os nutrientes
minerais, presentes no solo, podem ser distinguidos entre
macronutrientes e micronutrientes.

Busto de Aristóteles

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
1.1 Classificação dos nutrientes
Macronutrientes
Macronutrientes principais
FUNÇÕES

Componente básico de várias moléculas,


Os macronutrientes são as moléculas que devem existir Azoto (N) nomeadamente proteínas.
em maior quantidade no solo e igualmente disponíveis para
Interveniente nos processos de crescimento radicular,
as plantas. O oxigénio (O), o carbono (C) e o hidrogénio (H), Fósforo (P) na precocidade do desenvolvimento, na diferenciação
floral e na qualidade dos frutos.
são alguns dos macronutrientes que podem ser obtidos via
Interveniente na síntese dos açúcares e proteínas, favorece
molecular pelo ar e/ou água. Potássio (K) a fotossíntese, diminui a transpiração e favorece a coloração
e a qualidade gustativa dos frutos.

N Macronutrientes
O FUNÇÕES

O
O O secundários
N
H
O Atua na divisão celular, é um constituinte das paredes

O
O Cálcio (Ca) celulares, melhora a qualidade e conservação dos frutos
H

C
N e dá dureza e consistência aos mesmos.
H O N
H

Enxofre (S) Necessário à síntese proteica.

O quadro apresentado demonstra os restantes elementos


Essencial na fotossíntese, na assimilação e transporte do
e respetivas funções principais. Magnésio (Mg) fósforo, na síntese dos açúcares e na qualidade dos frutos.

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Nutrição das plantas
1.1 Classificação dos nutrientes
Micronutrientes Micronutrientes FUNÇÕES

Em oposição, os micronutrientes são necessários em mais Ferro (Fe)


Importante nas atividades metabólicas como a fotossíntese,
na redução dos nitratos e na respiração.
baixa quantidade. Ambos são necessários para o correto
desenvolvimento das plantas e a falta destes no solo podem Manganês (Mn)
Essencial na formação da clorofila, no processo fotossintético
e na redução dos nitratos.
provocar carências no crescimento das mesmas.
Intervém na síntese das hormonas de crescimento,
Zinco (Zn)
O quadro apresentado demonstra alguns elementos no processo fotossintético e na indução da floração.

e respetivas funções principais. Constituinte de várias enzimas e interveniente na estabilidade


Cobre (Cu) da clorofila.

Intervém na absorção e metabolismo de catiões,


Boro (B) na formação das membranas celulares, na absorção
da água e no metabolismo dos açúcares.

Molibdénio (Mo) Participa no metabolismo do azoto.

Importante no crescimento da planta e na absorção


Cloro (Cl) do potássio.

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Nutrição das plantas
1. Nutrição das plantas
1.1 Classificação dos nutrientes

1.2 Efeito dos nutrientes nas plantas

1.3 Solução do solo e troca catiónica

1.4 Necessidades das plantas


em macro e micronutrientes
1.2 Efeito dos nutrientes
O défice ou excesso de nutrientes no solo dão origem a reações por parte das plantas:

NÍVEL DE NUTRIENTES CARATERÍSTICAS OBSERVAÇÕES

Elemento essencial encontra-se em concentrações baixas É normalmente possível identificar


Deficiente (limita a capacidade produtiva da planta). os sintomas de deficiência.

Elemento essencial encontra-se abaixo da produção ótima ou existe


Insuficiente antagonismo com outro nutriente que dificulta a sua absorção.
Sintomas pouco evidentes.

Ótimo

Concentração de um elemento essencial é elevada


Excessivo (desequilíbrios nutricionais).

Quando a concentração de qualquer elemento, é de tal forma alta, que


Tóxica impede o normal desenvolvimento da planta e/ou provoca a sua morte.
Sintomas específicos.

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1.2 Efeito dos nutrientes
Em termos teóricos, a disponibilidade dos nutrientes Acidez
Acidez
muito Acidez Acidez Acidez
Acidez
muito Alcalinidade Alcanilidade
extrema muito forte
ligeira moderada
minerais, segundo o pH, segue o padrão representado
forte forte média ligeira Alcalinidade
Alcalinidade ligeira
ligeira Alcalinidade forte

na figura. Dependendo das culturas e suas necessidades Azoto

específicas, deve-se corrigir os nutrientes de modo Fósforo

a aproximar ao valor ideal. Potássio

Enxofre

pH < 7 – solo ácido Cálcio

Acidez Acidez
pH = 7 – solo neutro Concentração do ião H+ Concentração do ião OH-
pH > 7 – solo alcalino Magnésio

Ferro

Os níveis de determinados elementos no solo podem criar


Manganês

sintomas de carências (níveis baixos) ou excessos (níveis


Boro

elevados) nas plantas, tanto ao nível dos macronutrientes Cobre e zinco

como dos micronutrientes.


Adaptado de Truog, E. (1946)

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Azoto (N)

Sendo este o macronutriente mais limitador do correto


desenvolvimento das plantas, é necessário ter bastante
atenção à sua disponibilidade no solo. Apesar das diferentes
necessidades das plantas, o azoto pode estar disponível
por via mineral como nitrato (NO3-), ou via matéria orgânica.
Esta última forma vai depender de vários fatores, tais como
o teor da mesma no solo, bem como humidade, temperatura,
pH, etc.

É necessário ter em atenção que a necessidade de azoto


por parte das plantas vai variar não só com a espécie, mas
também com o seu ponto de crescimento, nomeadamente
Carência de azoto Excesso de azoto
na fase de desenvolvimento dos frutos. fonte: Direção Regional de fonte: Direção Regional de
Agricultura da Beira Litoral (DRABL) Agricultura da Beira Litoral (DRABL)

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Azoto (N)

Segundo o Código de Boas Práticas Agrícolas* ,


para o caso de Portugal em solos de textura fina ou ligeira,
a quantidade de azoto mineral disponível por ano deverá ser,
respetivamente, entre 30 a 45 kg/ha por cada unidade
percentual de matéria orgânica.

Carência: Excesso:
Cor verde mais clara Impede a absorção de boro (botrytis);
ou amarelada; Nos frutos, redução da firmeza
Ramificações reduzidas. e conservação.

Carência de azoto Excesso de azoto


fonte: Direção Regional de fonte: Direção Regional de
* Código de Boas Práticas Agrícolas. Proteção da Água contra a Poluição com Nitratos de Origem Agrícola (MADRP, 1997). Agricultura da Beira Litoral (DRABL) Agricultura da Beira Litoral (DRABL)

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Fósforo (P)

A absorção deste elemento pelas plantas vai depender da


concentração de fósforo solúvel no solo, que geralmente é
pouca, do pH, da temperatura, da humidade, da atividade
microbiana, etc.

Estudos em Portugal indicam aplicações médias de 75 kg/ha


de P2O5 (pentóxido de fósforo), dependendo dos elementos
argilosos presentes nos solo, bem como o seu nível de
matéria orgânica, pH, etc.

Carência de fósforo
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Fósforo (P)

CLASSIFICAÇÃO DOS TEORES DO SOLO EM FÓSFORO


[adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006]

Classes de fertilidade (ppm)


Nutriente
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta

P 2O 5 ! 25 26 - 50 51- 100 101 - 200 > 200

Carência: Excesso:
Atraso na rebentação Leva à deficiência em zinco.
e pouca floração;
Pecíolos fracos;
Folha verde escura ou púrpura;
Frutos disformes.
Carência de fósforo
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Potássio (K)

Geralmente surge em elevados valores, exceto em


solos arenosos, sendo um dos constituintes de várias
rochas. Contudo, em determinados casos pode ser
conveniente aplicar este elemento em poucas
quantidades e em profundidade.

Estudos realizados em Portugal indicam uma aplicação


média de 45 kg/ha de K2O (óxido de potássio), dependendo
do tipo de solo. A aplicação deste elemento é aconselhada
no mês de maio e durante a frutificação.

Carência de potássio
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Potássio (K)

CLASSIFICAÇÃO DOS TEORES DO SOLO EM POTÁSSIO


[adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006]

Classes de fertilidade (ppm)


Nutriente
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta

K 2O ! 25 26 - 50 51- 100 101 - 200 > 200

Carência: Excesso:
Folhas dobradas no Possível interferência com
sentido ascendente; a absorção de magnésio.
Secura;
Necroses marginais;
Frutos disformes e pouco ricos.
Carência de potássio
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Magnésio (Mg)

Elemento adsorvido no complexo de troca. Em solos


ácidos encontra-se em níveis reduzidos ou mesmo
deficientes e, assim sendo, a adubação com produtos
acidificantes pode reduzir a sua disponibilidade.

A adubação de forma a aumentar os níveis de potássio


também pode reduzir a disponibilidade de magnésio,
uma vez que funcionam de forma antagónica. Assim
sendo, devemos garantir a posterior correção dos níveis
deste último elemento.

A aplicação deve iniciar-se em julho e estar presente


na fase de frutificação.
Carência de magnésio
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Magnésio (Mg)

CLASSIFICAÇÃO DOS TEORES DO SOLO EM MAGNÉSIO


[adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006]

Classes de fertilidade (ppm)


Nutriente
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta

Mg ! 30 31 - 60 61 - 90 91 - 125 > 125

Carência:
Folhas com cloroses e necroses;
Desfoliação precoce;
Floração reduzida.

Carência de magnésio
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Cálcio (Ca)

RELAÇÃO ENTRE O CÁLCIO E O MAGNÉSIO


[adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006]

RELAÇÃO Ca/Mg CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

< 1,5 Muito baixa Muito desfavorável (solo)

1,6 - 2,5 Baixa Desfavorável (solo)

2,6 - 4,0 Média Adequada

4,1 - 8,0 Alta Desfavorável em Mg (planta)

> 8,0 Muito alta Muito desfavorável em Mg (planta)

Carência: Excesso:
Folhas queimadas e Dificuldade de absorção de elementos
fracas na zona apical. como o magnésio, ferro, manganês, Carência de cálcio (bitter pit) Carência de cálcio (necrose apical)
zinco, etc. fonte: António Guerra © fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Enxofre (S)

A presença/ausência deste elemento vai depender


fortemente da matéria orgânica presente no solo,
sendo por isso raro o défice em casos de solos ricos.

Além disso, em regiões de fraca pluviosidade, o enxofre


tem tendência a acumular-se nas camadas superficiais.
Neste caso, sendo pretendido efetuar uma análise
de solo, é recomendável recolher amostras entre 40
a 60 cm de profundidade de modo a evitar o desvio
de valores nas mesmas.

Carência de enxofre
fonte: https://slideplayer.com.br/slide/366505/

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Os micronutrientes devem ser aplicados com base
na cultura em causa, ou seja, não devem ser efetuadas
correções ao solo caso as plantas não necessitem
de determinado nutriente.

A quantidade destes nutrientes chega tão facilmente


aos extremos de carência como de toxicidade, por isso
devemos garantir o máximo cuidado no que toca à
adubação. O nível máximo de micronutrientes é uma
questão difícil de solucionar.

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Os valores padrão de fertilidade do solo em micronutrientes encontram-se na tabela seguinte:

CLASSES DE FERTILIDADE (ppm)


NUTRIENTE
Muito baixa Baixa Média Alta Muito alta

Ferro ! 10 11 - 25 26 - 40 41 - 80 > 80

Manganês !7 8 - 15 16 - 45 46 - 100 > 100

Zinco ! 0,6 0,7 - 1,4 1,5 - 3,5 3,6 - 10 > 10

Cobre ! 0,3 0,4 - 0,8 0,9 - 7,0 7,1 - 15 > 15

Boro ! 0,2 0,21 - 0,4 0,41 - 1,0 1,1 - 2,5 > 2,5

Molibdénio < 0,15 > 0,15

Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Ferro (Fe)

Em solos com pH elevado é bastante comum a carência


deste elemento, uma vez que podem ser feitas calagens
em excesso. Assim sendo, devemos proceder a um dos
seguintes meios de controlo:
• Combate à erosão;
• Utilização de variedades resistentes à clorose férrica;
• Aplicação de quelatos no solo ou nas folhas.

Carência: Excesso:
Clorose amarela/branca Tóxico – planta morre.
entre nervuras.

Carência em ferro
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Manganês (Mn)

Situações de carência costumam surgir em solos com pH


elevado, pois é possível serem efetuadas calagens em
demasia, assim como no ferro. Para além do pH, também
costumam haver carências em solos ricos em matéria
orgânica com forte mineralização. A correção destas
situações pode ser feita a partir da aplicação foliar sob a
forma de sulfato. A situação oposta de excesso/toxicidade
pode ser encontrada em solos com pH muito baixo, compacto
e/ou com drenagem deficiente. Controlar a acidez do solo
é o método mais indicado para contornar esta situação.

Carência: Excesso:
Clorose; Desfoliação; Carência em manganês
Deformação de folhas jovens. Crescimento deficiente. fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Zinco (Zn)

Este elemento geralmente surge em níveis baixos no solo,


sendo por vezes necessária a aplicação para solos com pH
superior a 6,5 sob as formas de sulfatos ou óxidos de zinco.
Na maioria dos casos esta aplicação é suficiente, no entanto,
no caso de plantas arbóreas/arbustivas, a aplicação foliar
pode ser necessária.

Carência: Excesso:
Clorose; Bloqueia a absorção do ferro;
Crescimento reduzido. Toxicidade.

Carência em zinco
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Cobre (Cu)

Por norma, o cobre surge em níveis aceitáveis no solo.


Contudo, existem exceções, sendo apenas aconselhável
aplicar este elemento no caso de culturas exigentes
em solos que apresentem baixo teor. No caso de solos
ácidos, deve-se evitar ao máximo a aplicação de cobre,
pois este rapidamente se torna um elemento tóxico.
Esta situação é comum nas regiões produtoras de vinha,
uma vez que são usados produtos à base deste
micronutriente como prevenção de certas doenças.

Carência: Excesso:
Clorose; Pontos necróticos.
Crescimento aéreo reduzido; Carência em cobre
Frutos perdem qualidade. fonte: https://www.arcuma.com/

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Boro (B)

Sendo um elemento instável, surge em défice em solos


arenosos onde é facilmente lixiviado ou em solos calcários,
uma vez que a relação cálcio/boro tem tendência a ser
elevada. Deve então ser aplicado via foliar ou no solo,
preferencialmente pré cultivo. Contudo deve-se ter em
atenção a correta distribuição e concentrações regradas
para evitar a toxicidade por este elemento.

Carência: Excesso:
Deformação foliar; Clorose prateada e necroses;
Entrenós curtos. Folhas quebradiças.

Carência de boro Excesso de boro


fonte: António Guerra © fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Molibdénio (Mo)

Este elemento encontra-se geralmente em níveis aceitáveis


no solo. A única exceção prende-se com os solos ácidos,
onde é possível haver carência deste micronutriente.
Para controlar este problema deve então fazer-se uma
aplicação foliar ou no solo, sempre em baixas quantidades.

Carência: Excesso:
Deformação foliar. Descoloração das folhas.

Carência em Molibdénio
fonte: António Guerra ©

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Nutrição das plantas
1.2 Efeito dos nutrientes
Conceitos importantes

Molécula ppm (partes por milhão)


Conjunto de átomos (formando a parte
Clorose
Exemplo: 1 ppm = 1 mg
mínima que pode existir em liberdade). Amarelecimento/palidez da folha.
1 kg

Macronutrientes Nutriente fixado/retido Necrose


Nutrientes necessários em concentrações iguais Forma pouco solúvel, resultante de reações Coloração acastanhada que geralmente
ou superiores a 1 000 mg/kg de matéria seca. com o solo, funcionando como reserva. antecede a morte.

Nutriente assimilável
Micronutrientes
Forma disponível para absorção pelas Calagem
Nutrientes necessários em concentrações iguais
plantas, presente no complexo de troca Correção do solo por via de aplicação de cal.
ou inferiores a 100 mg/kg de matéria seca.
ou dissolvida no solo.

Matéria seca Complexo de troca Quelatos


Peso seco, resultante da desidratação O conjunto constituído por substâncias minerais Compostos químicos à base de ferro,
total de um determinado material. e orgânicas onde ocorrem trocas ou de iões. destinados à correção da clorose férrica.

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Nutrição das plantas
1. Nutrição das plantas
1.1 Classificação dos nutrientes

1.2 Efeito dos nutrientes nas plantas

1.3 Solução do solo e troca catiónica

1.4 Necessidades das plantas


em macro e micronutrientes
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
É da solução do solo que as plantas retiram os nutrientes
necessários ao seu crescimento. Esta solução pode ser
mais ou menos rica dependendo dos seguintes fatores:
• Textura;
• Matéria orgânica;
• Complexo de troca.

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Textura

Segundo o dicionário, em temática geológica, a textura


define-se como o “conjunto de caraterísticas de forma,
dimensão e arranjo dos elementos mineralógicos
constituintes de uma rocha ou de um solo.” *
* Retirado de: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/textura

O tipo de solo* é distinguido pelo tamanho das partículas


minerais do seguinte modo:

TIPO DE SOLO DIÂMETRO PARTÍCULAS TIPO DE SOLO DIÂMETRO PARTÍCULAS

Areia grossa 2 mm - 0,2 mm Limo/silte 0,02 mm - 0,002 mm

Areia fina 0,2 - 0,02 mm Argila < 0,002 mm

* Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Textura

A textura de determinado solo distingue-se As classes presentes na tabela estão distribuídas


do seguinte modo: * pelo diagrama representado na figura: *

TEXTURA CLASSES DO DIAGRAMA TRIANGULAR


Muito
argilosa

Grosseira/ligeira Arenosa; Arenosa-franca; Franco-arenosa

%)

Lim
a(

o(
gil
Argilosa

%)
Argilo-

Ar
Argilo- -limosa
-arenosa

Média
Franco-argilo-
Franca; Franco-arenosa; Franco-argilo-arenosa Franco-argilosa
-limosa
Franco-argilo-
-arenosa

Franca
Franco-arenosa-limosa; Franco-argilosa; Franco-arenosa Franco-limosa
Fina/pesada Areia
Limosa
Argilo-arenosa; Argilo-limosa; Argilosa Arenosa
franca

Areia (%)

* Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006. * Retirado de: http://solosfilipe.yolasite.com/

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Matéria orgânica
MATÉRIA ORGÂNICA (%)
Esta matéria é definida como sendo um aglomerado de resíduos CLASSIFICAÇÃO
animais e/ou vegetais, transformados total ou parcialmente por Textura grossa Textura média/fina

agentes de decomposição, nomeadamente por microrganismos.


Muito baixa ! 0,5 ! 0,1
Em termos de classificações, esta matéria é interpretada
segundo a sua percentagem no seu tipo de solo: * Baixa 0,6 - 1,5 1,1 - 2,0

Média 1,6 - 3,0 2,1 - 4,0

Alta 3,1 - 4,5 4,1 - 6,0

Muito alta > 4,5 > 6,0

* Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Matéria orgânica

A matéria orgânica tem várias funções químicas, físicas Ca++ Mg++


e biológicas benéficas para o terreno de cultivo, tais como:
- -
• Química;
COMPLEXO
SOLUÇÃO
• Física; Mg++ H+ ARGILO-
DO SOLO
• Biológica. HÚMICO

Os níveis de matéria orgânica no solo vão influenciar


H+ Ca++
a disponibilidade de nutrientes minerais no mesmo
e, assim sendo, alterar a sua solução.

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Matéria orgânica

Funções químicas
• Complexo de troca;
• Retém e armazena nutrientes;
• Bloqueia alguns nutrientes nocivos.

Funções físicas
• Estrutura do solo;
• Arejamento do solo.

Funções biológicas
• Presença de vida microbiana e decompositores.

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Complexo de troca

Este complexo destina-se às trocas de iões (bases de troca) Assim, a CTC refere-se à quantidade de cargas negativas que
presentes no solo, quer de origem mineral, sob a forma o solo possui que define, indiretamente, a capacidade deste
de argila, como de origem vegetal, sob a forma de húmus, em adsorver iões positivos, entre os quais, Ca2+, Mg2+ e K+.
sendo a capacidade desta última superior à de argila. Alguns destes catiões são nutrientes necessários às plantas,
que ficam adsorvidos às partículas do solo e disponíveis para
A capacidade de troca catiónica (CTC) define-se como
as plantas sem, no entanto, serem facilmente lixiviados pela
sendo a capacidade máxima do solo em adsorver iões
água da chuva.
positivos (catiões).

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Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Complexo de troca

Para avaliarmos a capacidade de troca devemos A capacidade de troca catiónica depende:


seguir a análise dos seguintes parâmetros: • Do teor de argila;
• Bases de troca: iões de cálcio, magnésio, potássio e sódio; • Do tipo de argila:
• Soma das bases de troca: soma das quantidades - Grande na ilite;
de bases (unidade medida em m.e./100g*); - Intermédia na vermiculite;
- E muito baixa na caulinite.
• Grau de saturação em bases (GSB): Percentagem
da soma das bases de troca. Quanto mais baixo • Do teor de matéria orgânica.

o grau, mais ácido é o solo.

Dependendo desta capacidade do solo, poderemos


ter mais ou menos retenção de nutrientes e de água.
*m.e./100g é o mesmo que miliequivalente ou milésima parte/100g de terra. Pode também ser representado em cmol/kg.

Nutrição das plantas


39
Nutrição das plantas
1.3 Solução do solo
e troca catiónica
Complexo de troca

BASES DE TROCA (m.e./100g)


GSB CTC
CLASSIFICAÇÃO
(%) (m.e./100g)
Ca+ Mg2+ K+ Na+

Muito baixa ! 20 ! 5,0 ! 2,0 ! 0,5 ! 0,1 ! 0,1

Baixa 21 - 40 5,1 - 10,0 2,1 - 5,0 0,6 - 1,0 0,1 - 0,25 0,1 - 0,25

Média 41 - 60 10,1 - 20,0 5,1 - 10,0 1,1 - 2,5 0,26 - 0,50 0,26 - 0,50

Alta 61 - 80 20,1 - 40,0 10,1 - 20,0 2,6 - 5,0 0,51 - 1,0 0,51 - 1,0

Muito Alta > 80 > 40 > 20,0 > 5,0 > 1,0 > 1,0

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
1. Nutrição das plantas
1.1 Classificação dos nutrientes

1.2 Efeito dos nutrientes nas plantas

1.3 Solução do solo e troca catiónica

1.4 Necessidades das plantas


em macro e micronutrientes
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Como referido no subcapítulo “Efeito dos nutrientes nas
plantas”, a carência ou excesso de determinados nutrientes
leva a consequências para a própria cultura. Para além
dessa disponibilidade do solo, cada cultura tem a sua própria
exigência em termos nutricionais.

Este facto leva a ter em atenção as análises do terreno


de cultivo de forma a garantirmos o sucesso da produção,
não sendo estritamente direta a relação de aumento
da quantidade de nutrientes no solo e o aumento da
produtividade final.

Nutrição das plantas


42
Nutrição das plantas
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Segundo o Laboratório Químico Agrícola Rebelo
da Silva, a fertilidade de um solo pode classificar-se
do seguinte modo: *

CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO

Quantidade de nutriente muito reduzida;


Muito baixa
Forte resposta da cultura.

Quantidade de nutriente reduzida;


Baixa
Forte resposta da cultura.

Quantidade de nutriente adequada;


Média
Resposta positiva da cultura.

Quantidade de nutriente elevada;


Alta
Resposta imprevisível da cultura.

Quantidade de nutriente muito alta;


Muito alta
Sem resposta da cultura.

* Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.

Nutrição das plantas


43
Nutrição das plantas
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
As aplicações de nutrientes podem então ser benéficas para
a produção, sendo que cada um tem a sua recomendação,
presente no Manual de Fertilização das Culturas,
desenvolvido pelo INIAV . Em seguida são apresentadas as
recomendações para os macronutrientes.

INIAV
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Azoto

Para este nutriente estão recomendados valores


médios. Estes valores vão depender da zona de Portugal,
das condições meteorológicas, do teor de azoto nítrico
quer no solo quer na água de rega, do tipo de solo, etc.

De forma mais geral, é recomendada a aplicação de azoto


de forma espaçada no tempo. Contudo, caso haja algum
problema na cultura como atrasos nas épocas de plantação
ou pragas e doenças, deve-se reduzir a quantidade de
fertilizante de forma a dar tempo à planta para recuperar
o seu normal desenvolvimento.

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Fósforo e Potássio

As recomendações para estes macronutrientes são Exemplo para exportação de nutrientes no milho:
Produção: 6000 kg/ha
apresentados na tabela*. Estas têm por base a exportação
Exportação fósforo: 62 kg/ha
de nutrientes de cada cultura e o tipo de solo onde estão
Exportação potássio: 130 kg/ha
inseridas. Os valores apresentados para aplicação deverão [Livro Práticas de Solos, Urbano Moreira, 2012]
ser multiplicados pelo valor da exportação.
Em Portugal, os valores apresentados são recomendados
FERTILIDADE Fósforo Potássio
para a maioria das culturas. Contudo devemos ter em
Muito baixa 1,6 - 2,0 1,2 - 1,5
atenção as necessidades específicas das plantas, para evitar
Baixa 1,3 - 1,5 1,0 - 1,2
gastos financeiros desnecessários, principalmente em solos
Média 1,0 0,6 - 1,0
de classe muito alta.
Alta 0,5 - 0,7 0,3 - 0,8

Muito alta 0 - 0,3 0 - 0,3 * Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.

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Nutrição das plantas
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Cálcio e Magnésio

A maioria dos solos portugueses não necessita de Assim como os macronutrientes podem ser
acréscimos de cálcio a não ser que a cultura em causa o exija. corrigidos de forma a garantir o sucesso da cultura,
No caso do magnésio, a aplicação justifica-se em solos de pH também os micronutrientes podem ser ajustados.
baixo, tanto em forma de corretivos ou sais com base neste
elemento, segundo os valores seguintes*: No entanto, dado que os micronutrientes são facilmente
transportados para níveis extremos de quantidade nos solos,
CULTURAS
FERTILIDADE a aplicação deve ser estudada de forma criteriosa, verificando
Pouco exigentes Mediano Muito exigentes
o pH do solo e a exigência da cultura nesse nutriente.
Muito baixa 20 30 - 40 40 - 60

Baixa 10 20 - 30 30 - 40

Alta 0 10 20 - 30

Muito alta 0 0 20 * Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.

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1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Complexo de troca

A tabela seguinte apresenta as recomendações Para os fertilizantes indicados existe uma grande variedade
para aplicação foliar de alguns dos micronutrientes*: de produtos comerciais. A aplicação destes produtos só
pode ser efetuada por indivíduos autorizados e com cartão
FERTILIZANTE CONCENTRAÇÃO de “aplicador de produtos fitofarmacêuticos”.
MICRONUTRIENTES
(ex) (g/100l)

Cobre Sulfato de cobre 150 - 500 Para uso não profissional, é possível aplicar, sem a autorização
de aplicador, os produtos presentes na “Lista dos Produtos
Ferro Sulfato de ferro 150 - 200
Fitofarmacêuticos Autorizados para uso Não Profissional”,
Manganês Sulfato de manganês 500 - 700
disponível na DGADR.
Molibdénio Molibdato de sódio 15

Zinco Sulfato de zinco 100 - 400 DGADR


Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural
* Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.

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1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Exemplo – Milho

Em kg para uma produção de 12 t de GRÃO por ha:

N P 2O 5 K 2O

Grão 216 84 48

Parte área 108 36 192

Total 324 120 240

* Adaptado de: “Guia Prático de Fertilização Espanha”, 2011.

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1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Exemplo – Batata

N P 2O 5 K 2O

3,5 a 5 (kg/t) 1,5 a 2 (kg/t) 6 a 10 (kg/t)

* Adaptado de: “Guia Prático de Fertilização Espanha”, 2011.

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1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Exemplo – Hortícolas em ar livre

PRODUÇÃO P 2O 5 K 2O
CULTURA N
(t/ha)

Alface 30 - 40 120 - 140 30 - 50 180 - 230

Feijão verde 12 - 16 80 - 120 40 - 60 130 - 160

Couve flor 25 - 35 250 - 300 70 - 90 300 - 360

Cebola 60 - 70 170 - 190 60 - 100 200 - 250

Melão 30 - 40 140 - 160 50 - 60 250 - 330

Pepino 25 - 35 100 - 120 40 - 50 120 - 160

Tomate 55 - 65 200 - 240 65 - 90 300 - 330

Pimento 55 - 65 220 - 280 80 - 100 300 - 340

* Adaptado de: “Guia Prático de Fertilização Espanha”, 2011.

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1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Exemplo – Hortícolas em estufa

PRODUÇÃO N P 2O 5 K 2O
CULTURA
(t/ha) (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha)

Tomate 30 - 40 120 - 140 30 - 50 180 - 230

Feijão verde 13 - 17 90 - 130 50 - 70 140 - 160

Pimento 55 - 65 270 - 2990 90 - 120 350 - 400

Pepino 75 - 85 220 - 280 130 - 150 260 - 320

* Adaptado de: “Guia Prático de Fertilização Espanha”, 2011.

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1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Exemplo – Consumo anual de nutrientes
na cultura do KIWI em kg por hectare

Rendimento P2O5 K2O MgO CaO


Idade N S Cl
(t/ha)

3 10 74 23 116 22 97 13 29

4 20 126 37 193 35 162 21 48

>5 20 94 27 160 23 129 15 43

>5 30 129 39 219 35 176 22 59

>5 40 165 50 278 45 225 28 75

* Adaptado de: CTIFL - 2003

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Nutrição das plantas
1.4 Necessidades das plantas
em macro e micronutrientes
Conceitos importantes

Coloide
Terra fina
Partícula de superfície muito elevada e
Conjunto de partículas inferiores/iguais a 2 mm.
carregada eletricamente sob a forma de ião.

Húmus Aplicador de produtos fitofarmacêuticos


Matéria orgânica totalmente Para utilização de produtos de uso profissional, não presentes
decomposta e estável. na “Lista dos Produtos Fitofarmacêuticos Autorizados para
uso Não Profissional”, é obrigatório ter um certificado para a
obtenção de cartão de aplicador de produtos fitofarmacêuticos,
segundo a Lei n.26/2013.
Complexo argilo-húmico
Complexo de reserva de nutrientes.

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
Em resumo…
• Distinguir macro e micronutriente no contexto
da nutrição das plantas;

• Conhecer as diferentes funções dos nutrientes


para a planta, em termos da quantidade e qualidade
da produção;

• Atender aos fatores que influenciam a disponibilidade


dos nutrientes no solo;

• Identificar a sintomatologia das carências e dos excessos


dos nutrientes na planta (em que orgão vegetativo?; em
que zona da folha?; que nutrientes?);

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
Em resumo…
• Conhecer os padrões de fertilidade do solo,
relativamente aos macro e micronutrientes;

• Saber posicionar o fornecimento dos nutrientes


ao longo do ciclo vegetativo da cultura;

• Compreender o que é a solução do solo e o complexo


argilo-húmico em termos de nutrição das plantas;

• Atender aos fatores que influenciam a capacidade


de troca catiónica do solo na disponibilidade dos
nutrientes, como é o caso do K;

Nutrição das plantas


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Nutrição das plantas
Em resumo…
• Conhecer as necessidades nutritivas das culturas,
relativamente aos macro e micronutrientes, conforme
as famílias (gramíneas e leguminosas) e a perenidade
das culturas (anuais e arbóreas);

• Saber quantificar o número de unidades fertilizantes,


com base nas exportações das culturas e no nível
de fertilidade do solo.

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Bibliografia recomendada
• GONZÁLEZ, Gabriel Alcántar; TREJO-TÉLLEZ, Líbia I.: Nutrición de cultivos, 2007;

• LOUÉ, André: Los microelementos en agricultura, 1988;

• SANTOS, J.Quelhas: Fertilização, Fundamentos da utilização dos adubos


e correctivos, 2ª edição, 1996;

• VARENNES, Amarilis: Produtividade dos Solos e Ambiente, 2003;

• VIVANCOS, Alonso Dominguez: Tratado de Fertilización, 1984;

• YAGUE, José Luís Fuentes: El suelo y los fertilizantes,


Ministério de Agricultura Pesca y Alimentación, 1999.

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