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Nutrição
das Plantas
2
Título:
Nutrição das plantas - Apresentação de apoio ao estudo (módulo 1)
Curso:
Nutrição das Plantas
Propriedade e edição:
Espaço Visual - Consultores de Engenharia Agronómica, Lda.
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de forma a possibilitar aos formandos o acesso aos conteúdos relativos a esta formação.
Índice
3. Corretivos
Busto de Aristóteles
N Macronutrientes
O FUNÇÕES
O
O O secundários
N
H
O Atua na divisão celular, é um constituinte das paredes
O
O Cálcio (Ca) celulares, melhora a qualidade e conservação dos frutos
H
C
N e dá dureza e consistência aos mesmos.
H O N
H
Ótimo
Enxofre
Acidez Acidez
pH = 7 – solo neutro Concentração do ião H+ Concentração do ião OH-
pH > 7 – solo alcalino Magnésio
Ferro
Carência: Excesso:
Cor verde mais clara Impede a absorção de boro (botrytis);
ou amarelada; Nos frutos, redução da firmeza
Ramificações reduzidas. e conservação.
Carência de fósforo
fonte: António Guerra ©
Carência: Excesso:
Atraso na rebentação Leva à deficiência em zinco.
e pouca floração;
Pecíolos fracos;
Folha verde escura ou púrpura;
Frutos disformes.
Carência de fósforo
fonte: António Guerra ©
Carência de potássio
fonte: António Guerra ©
Carência: Excesso:
Folhas dobradas no Possível interferência com
sentido ascendente; a absorção de magnésio.
Secura;
Necroses marginais;
Frutos disformes e pouco ricos.
Carência de potássio
fonte: António Guerra ©
Carência:
Folhas com cloroses e necroses;
Desfoliação precoce;
Floração reduzida.
Carência de magnésio
fonte: António Guerra ©
Carência: Excesso:
Folhas queimadas e Dificuldade de absorção de elementos
fracas na zona apical. como o magnésio, ferro, manganês, Carência de cálcio (bitter pit) Carência de cálcio (necrose apical)
zinco, etc. fonte: António Guerra © fonte: António Guerra ©
Carência de enxofre
fonte: https://slideplayer.com.br/slide/366505/
Ferro ! 10 11 - 25 26 - 40 41 - 80 > 80
Boro ! 0,2 0,21 - 0,4 0,41 - 1,0 1,1 - 2,5 > 2,5
Carência: Excesso:
Clorose amarela/branca Tóxico – planta morre.
entre nervuras.
Carência em ferro
fonte: António Guerra ©
Carência: Excesso:
Clorose; Desfoliação; Carência em manganês
Deformação de folhas jovens. Crescimento deficiente. fonte: António Guerra ©
Carência: Excesso:
Clorose; Bloqueia a absorção do ferro;
Crescimento reduzido. Toxicidade.
Carência em zinco
fonte: António Guerra ©
Carência: Excesso:
Clorose; Pontos necróticos.
Crescimento aéreo reduzido; Carência em cobre
Frutos perdem qualidade. fonte: https://www.arcuma.com/
Carência: Excesso:
Deformação foliar; Clorose prateada e necroses;
Entrenós curtos. Folhas quebradiças.
Carência: Excesso:
Deformação foliar. Descoloração das folhas.
Carência em Molibdénio
fonte: António Guerra ©
Nutriente assimilável
Micronutrientes
Forma disponível para absorção pelas Calagem
Nutrientes necessários em concentrações iguais
plantas, presente no complexo de troca Correção do solo por via de aplicação de cal.
ou inferiores a 100 mg/kg de matéria seca.
ou dissolvida no solo.
%)
Lim
a(
o(
gil
Argilosa
%)
Argilo-
Ar
Argilo- -limosa
-arenosa
Média
Franco-argilo-
Franca; Franco-arenosa; Franco-argilo-arenosa Franco-argilosa
-limosa
Franco-argilo-
-arenosa
Franca
Franco-arenosa-limosa; Franco-argilosa; Franco-arenosa Franco-limosa
Fina/pesada Areia
Limosa
Argilo-arenosa; Argilo-limosa; Argilosa Arenosa
franca
Areia (%)
* Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006. * Retirado de: http://solosfilipe.yolasite.com/
Funções químicas
• Complexo de troca;
• Retém e armazena nutrientes;
• Bloqueia alguns nutrientes nocivos.
Funções físicas
• Estrutura do solo;
• Arejamento do solo.
Funções biológicas
• Presença de vida microbiana e decompositores.
Este complexo destina-se às trocas de iões (bases de troca) Assim, a CTC refere-se à quantidade de cargas negativas que
presentes no solo, quer de origem mineral, sob a forma o solo possui que define, indiretamente, a capacidade deste
de argila, como de origem vegetal, sob a forma de húmus, em adsorver iões positivos, entre os quais, Ca2+, Mg2+ e K+.
sendo a capacidade desta última superior à de argila. Alguns destes catiões são nutrientes necessários às plantas,
que ficam adsorvidos às partículas do solo e disponíveis para
A capacidade de troca catiónica (CTC) define-se como
as plantas sem, no entanto, serem facilmente lixiviados pela
sendo a capacidade máxima do solo em adsorver iões
água da chuva.
positivos (catiões).
Baixa 21 - 40 5,1 - 10,0 2,1 - 5,0 0,6 - 1,0 0,1 - 0,25 0,1 - 0,25
Média 41 - 60 10,1 - 20,0 5,1 - 10,0 1,1 - 2,5 0,26 - 0,50 0,26 - 0,50
Alta 61 - 80 20,1 - 40,0 10,1 - 20,0 2,6 - 5,0 0,51 - 1,0 0,51 - 1,0
Muito Alta > 80 > 40 > 20,0 > 5,0 > 1,0 > 1,0
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
INIAV
Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária
As recomendações para estes macronutrientes são Exemplo para exportação de nutrientes no milho:
Produção: 6000 kg/ha
apresentados na tabela*. Estas têm por base a exportação
Exportação fósforo: 62 kg/ha
de nutrientes de cada cultura e o tipo de solo onde estão
Exportação potássio: 130 kg/ha
inseridas. Os valores apresentados para aplicação deverão [Livro Práticas de Solos, Urbano Moreira, 2012]
ser multiplicados pelo valor da exportação.
Em Portugal, os valores apresentados são recomendados
FERTILIDADE Fósforo Potássio
para a maioria das culturas. Contudo devemos ter em
Muito baixa 1,6 - 2,0 1,2 - 1,5
atenção as necessidades específicas das plantas, para evitar
Baixa 1,3 - 1,5 1,0 - 1,2
gastos financeiros desnecessários, principalmente em solos
Média 1,0 0,6 - 1,0
de classe muito alta.
Alta 0,5 - 0,7 0,3 - 0,8
Muito alta 0 - 0,3 0 - 0,3 * Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.
A maioria dos solos portugueses não necessita de Assim como os macronutrientes podem ser
acréscimos de cálcio a não ser que a cultura em causa o exija. corrigidos de forma a garantir o sucesso da cultura,
No caso do magnésio, a aplicação justifica-se em solos de pH também os micronutrientes podem ser ajustados.
baixo, tanto em forma de corretivos ou sais com base neste
elemento, segundo os valores seguintes*: No entanto, dado que os micronutrientes são facilmente
transportados para níveis extremos de quantidade nos solos,
CULTURAS
FERTILIDADE a aplicação deve ser estudada de forma criteriosa, verificando
Pouco exigentes Mediano Muito exigentes
o pH do solo e a exigência da cultura nesse nutriente.
Muito baixa 20 30 - 40 40 - 60
Baixa 10 20 - 30 30 - 40
Alta 0 10 20 - 30
Muito alta 0 0 20 * Adaptado de: “Manual de Fertilização das Culturas”, INIAP, 2006.
A tabela seguinte apresenta as recomendações Para os fertilizantes indicados existe uma grande variedade
para aplicação foliar de alguns dos micronutrientes*: de produtos comerciais. A aplicação destes produtos só
pode ser efetuada por indivíduos autorizados e com cartão
FERTILIZANTE CONCENTRAÇÃO de “aplicador de produtos fitofarmacêuticos”.
MICRONUTRIENTES
(ex) (g/100l)
Cobre Sulfato de cobre 150 - 500 Para uso não profissional, é possível aplicar, sem a autorização
de aplicador, os produtos presentes na “Lista dos Produtos
Ferro Sulfato de ferro 150 - 200
Fitofarmacêuticos Autorizados para uso Não Profissional”,
Manganês Sulfato de manganês 500 - 700
disponível na DGADR.
Molibdénio Molibdato de sódio 15
N P 2O 5 K 2O
Grão 216 84 48
N P 2O 5 K 2O
PRODUÇÃO P 2O 5 K 2O
CULTURA N
(t/ha)
PRODUÇÃO N P 2O 5 K 2O
CULTURA
(t/ha) (kg/ha) (kg/ha) (kg/ha)
3 10 74 23 116 22 97 13 29
Coloide
Terra fina
Partícula de superfície muito elevada e
Conjunto de partículas inferiores/iguais a 2 mm.
carregada eletricamente sob a forma de ião.