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Resumo: O presente artigo propõe uma análise filosófica sobre o conceito de pessoa e
sua relação com a ética do aborto. O objetivo é examinar diferentes teorias filosóficas que
tentam definir a pessoa e investigar sua relevância ética no contexto do debate sobre o
aborto. Serão exploradas abordagens que consideram a racionalidade, capacidades
cognitivas, sensibilidade e pertencimento a uma comunidade como critérios para
determinar o status moral do feto em desenvolvimento. Além disso, serão examinados os
argumentos a favor e contra o reconhecimento do feto como uma pessoa moralmente
relevante. Por meio dessa análise, pretende-se contribuir para uma compreensão
aprofundada das implicações éticas envolvidas no debate sobre o aborto.
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¹Acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal de Roraima. Email: cleitrajano@gmail.com;
²Acadêmico do curso de Direito da Universidade Federal de Roraima. Email: phmoraisoliveira01@gmail.com.
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INTRODUÇÃO
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legisladores e a sociedade em geral, e podem variar entre diferentes culturas, tradições
religiosas e sistemas jurídicos.
As perspectivas legais e sociais sobre o estatuto do feto e o direito ao aborto
variam em todo o mundo. Cada país possui suas próprias leis e regulamentos que
determinam a legalidade do aborto e os direitos atribuídos ao feto em diferentes estágios
de desenvolvimento. Além disso, as opiniões públicas e os valores culturais.
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Compreender e analisar o conceito de pessoa no contexto do debate sobre o
aborto é crucial para fundamentar os argumentos e refletir sobre as implicações éticas e
jurídicas envolvidas. O conceito de pessoa afeta diretamente o equilíbrio entre os direitos
da mulher e a proteção dos interesses do feto, além de influenciar as políticas públicas e
os debates em torno do tema.
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Para os filósofos racionalistas, a racionalidade é considerada um traço distintivo da
humanidade e um critério central para a definição de pessoa. A capacidade de pensar
logicamente, formar conceitos, realizar inferências e tomar decisões morais é vista como
o que nos diferencia dos demais seres vivos e nos confere um estatuto moral e ontológico
único.
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Diferentes teorias dentro do sentientismo podem adotar abordagens ligeiramente
diferentes para definir o conceito de pessoa com base no sentimento. Alguns podem
enfatizar a capacidade de sentir dor como o critério principal, enquanto outros podem
levar em consideração uma ampla gama de sensações e experiências emocionais.
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Cada uma dessas teorias oferece uma perspectiva distinta sobre o conceito de
pessoa, levando em consideração diferentes critérios, como a racionalidade, a
capacidade de sentir ou os atributos funcionais da mente.
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ser influenciadas por fatores pessoais, como crenças religiosas, experiências pessoais e
valores éticos.
Como essa questão envolve uma complexa interseção de valores, direitos e
responsabilidades, é fundamental que a sociedade em geral esteja envolvida em
discussões informadas e respeitosas, a fim de buscar soluções éticas e jurídicas que
reflitam os diversos pontos de vista e as necessidades individuais e coletivas.
Outros países têm abordagens diferentes em relação ao aborto. Alguns têm leis
mais restritivas, permitindo o aborto apenas em circunstâncias específicas, como risco à
vida ou à saúde da mulher, má-formação fetal grave ou gravidez resultante de estupro ou
incesto. Por outro lado, há países que adotam leis mais permissivas, permitindo o aborto
por vontade da mulher dentro de um determinado período gestacional.
Por outro lado, há defensores dos direitos reprodutivos que enfatizam a autonomia
e os direitos da mulher em tomar decisões sobre seu próprio corpo, incluindo a escolha de
interromper uma gravidez indesejada. Esses grupos argumentam que as mulheres devem
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ter acesso seguro e legal ao aborto, garantindo assim o direito à saúde reprodutiva e à
liberdade reprodutiva.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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No contexto legal e social, cada país possui suas próprias leis e regulamentos que
determinam a legalidade do aborto e os direitos atribuídos ao feto em diferentes estágios
de desenvolvimento. Essas perspectivas refletem a diversidade de opiniões e abordagens
diante dessa questão complexa.
REFERÊNCIAS
DESCARTES, R. Discurso e método. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1979. (Coleção Os
Pensadores).
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