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DESCRIÇÃO:
1
Ricardo Tedesco da Silva
2
Lucas Garcia de Souza
estavam claramente aflitos com a situação. Aproximadamente 65% dos participantes
continuaram a administrar choques até o nível máximo, mesmo quando acreditavam
que estavam prejudicando gravemente o aluno.Frases como:”por favor continue”,“o
experimento requer que você continue”,”e absolutamente necessario que voce
continue”, “Eu assumo a responsabilidade pelo experimento”. Tornavam os
participantes mais suscetíveis a continuar a aplicação dos choques até a voltagem
máxima.
1 INTRODUÇÃO
A conformidade social e a pressão da autoridade são temas de grande relevância
para a compreensão do comportamento humano. Em sociedades complexas, os
indivíduos são constantemente influenciados pelas normas sociais, pelas
expectativas dos outros e pelas figuras de autoridade. O experimento de Milgram,
conduzido por Stanley Milgram na década de 1960, representa um marco importante
no estudo da obediência e oferece valiosas lições sobre como esses fatores podem
influenciar o comportamento humano.
O objetivo central do experimento de Milgram foi investigar até que ponto as
pessoas estariam dispostas a obedecer a uma autoridade, mesmo que isso
resultasse causar dor a outra pessoa estranha. A controvérsia em torno do estudo
reside no fato de que muitos participantes demonstraram uma surpreendente
disposição para infligir dor, indo contra suas próprias convicções éticas,
simplesmente por estarem sendo ordenados por uma figura de autoridade.
Durante as visitas à casa de familiares ou amigos,ou em outras situações cotidianas,
indivíduos e suas famílias costumam levar seus cães de estimação. Nesses
encontros, é possível observar que alguns cães, devido a comportamentos
ciumentos, podem reagir agressivamente a outros cães que se aproximam. Surge
então uma reflexão relevante: quem é o responsável por esse comportamento?
Seria o cão ciumento, que busca proteger seu dono, ou o outro cão, que busca
apenas interação social? Será necessário punir o primeiro ou o segundo cão por
conta de uma pressão social imposta que o cão deve ser corrigido? A analogia entre
o comportamento do cão e o experimento de Milgram permite refletir sobre os
aspectos da conformidade social e da pressão da autoridade. O experimento revelou
que, em determinadas circunstâncias, indivíduos comuns são capazes de realizar
ações que contradizem seus valores e princípios, simplesmente por estarem
obedecendo às ordens de uma figura de autoridade. Essa constatação levanta
questões fundamentais sobre o poder da influência social e a capacidade dos
indivíduos de resistir a ela.
Ao explorar o tema "Conformidade social e pressão da autoridade[...]", o objetivo
deste estudo é aprofundar a compreensão sobre como as normas sociais, as
expectativas dos outros e a autoridade podem influenciar as ações humanas. Serão
analisadas as descobertas do experimento de Milgram, examinadas as implicações
éticas decorrentes e discutidas as lições que podem ser extraídas dessas
experiências, visando promover um comportamento mais autônomo e ético. Através
dessa análise, espera-se ampliar o conhecimento sobre o comportamento humano e
contribuir para uma melhor compreensão das dinâmicas sociais que nos cercam.
2 DESENVOLVIMENTO
REFERÊNCIAS
Blass, T. (2009). The Milgram paradigm after 35 years: Some things we now know about obedience to
authority. Journal of Applied Social Psychology, 29(5), 955-978.
Milgram, S. (1963). Behavioral study of obedience. Journal of Abnormal and Social Psychology, 67(4),
371-378.
Milgram, S. (1974). Obedience to Authority: An Experimental View. Harper & Row.
ABSTRACT
Milgram's obedience to authority experiment provides compelling evidence about
people's tendency to obey orders from an authority figure, even when doing so
involves harming others. This research raises important questions about social
conformity, pressure from authority, and ethics. The experiment revealed that many
participants continued to administer electric shocks even when the person
supposedly suffering was in pain and discomfort. This highlights the power of
authority and the influence it exerts on human behavior.
The explanation for this phenomenon lies in our innate tendency to respect and
follow social norms and rules. From childhood, we are taught to obey authority
figures such as parents, teachers and leaders. This obedience is reinforced by social
rewards and punishments, becoming an integral part of our social structure. When
faced with an authority figure who issues clear and direct commands, many of us feel
compelled to obey, even if doing so goes against our personal values.
Social pressure and the fear of being judged or rejected by others also play a
significant role in our decision-making. Milgram's experiment revealed that when
participants witnessed others obeying the "experimenter's" orders, they too were
more likely to do the same, even if they intuitively felt it was wrong. Social conformity
plays an important role in our behavior, and authority can exploit this tendency to
gain obedience and conformity.
However, the experiment also raises ethical concerns regarding psychological
manipulation of participants and the potential harm caused by such situations.
Despite ethical criticisms, Milgram's study contributed to the understanding of human
behavior and to awareness of the importance of questioning authority and cultivating
greater moral autonomy.
Lessons drawn from Milgram's experiment are relevant to understanding human
behavior and reflecting on our own tendencies toward obedience and conformity. By
recognizing the mechanisms that lead us to blindly follow authority, we can develop
strategies to resist pressure and act in accordance with our ethical principles.
Promoting critical awareness, individual responsibility and the ability to question
authority are key elements in building a more ethical, just and humane society.
In summary, Milgram's experiment on obedience to authority highlights the influence
of social conformity and pressure from authority on human behavior. Understanding
these dynamics allows us a deeper understanding of the forces that shape our
actions and enables us to develop greater critical awareness and moral autonomy.