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Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Colatina


Curso Superior Bacharel em Sistemas de Informação

LUCAS GARCIA DE SOUZA

CONFORMIDADE SOCIAL E PRESSÃO DA AUTORIDADE:


Lições do experimento de Milgram para a compreensão do comportamento humano

IFES CAMPUS COLATINA


(2023)
LUCAS GARCIA DE SOUZA

CONFORMIDADE SOCIAL E PRESSÃO DA AUTORIDADE:


Lições do experimento de Milgram para a compreensão do comportamento humano

Artigo apresentado como requisito parcial para obtenção do


título de Bacharel em Sistemas de Informação, à IFES -
Campus Colatina sob a orientação do(a) Professor(a)
Orientador(a) Ricardo Tedesco da Silva

Área de concentração: ............................................

IFES CAMPUS COLATINA


(2023)
CONFORMIDADE SOCIAL E PRESSÃO DA AUTORIDADE:
Lições do experimento de Milgram para a compreensão do comportamento humano

Ricardo Tedesco da Silva1


Lucas Garcia de Souza2

DESCRIÇÃO:

O experimento de obediência e autoridade de Milgram foi conduzido pelo psicólogo


social Stanley Milgram na década de 1960. Seu objetivo era investigar até que ponto
as pessoas estariam dispostas a obedecer a uma figura de autoridade, mesmo que
isso envolvesse realizar ações moralmente perigosas e que colocassem a vida de
outro em perigo mortal.
O experimento tinha três papéis principais: o experimentador, o professor e o
aluno.Com duas pessoas se candidatando, uma que seria o professor e outra que
seria o aluno. Um dos participantes do experimento assumia o papel de professor e
recebia instruções do experimentador para administrar choques elétricos ao aluno
toda vez que ele respondesse incorretamente a uma pergunta. No entanto, é
importante ressaltar que o aluno era na verdade um ator que não sofria os
choques,e que fingia também ser um voluntário para o experimento,ele por sua vez
apenas simulava reações de dor.
O teste consistia em o professor falar uma sequência de palavras e o aluno dizer
qual foi a ordem em que a palavra “X” foi falada. Exemplo: gato, malhado, reluzente,
faminto, qual seria a posição da palavra gato, a posição 1, porém se o aluno
respondesse errado ele era submetido a um choque e os choques aumentavam de
intensidade a cada resposta errada, e o participante ouvia os gritos de suposta dor
do aluno, mas o professor era encorajado a continuar o experimento pelo
pesquisador.
O objetivo era analisar se o participante continuaria a administrar os choques
mesmo quando percebesse que poderia estar causando danos
significativos.Milgram descobriu que uma porcentagem surpreendente de
participantes estava disposta a seguir as ordens do experimentador, mesmo quando

1
Ricardo Tedesco da Silva
2
Lucas Garcia de Souza
estavam claramente aflitos com a situação. Aproximadamente 65% dos participantes
continuaram a administrar choques até o nível máximo, mesmo quando acreditavam
que estavam prejudicando gravemente o aluno.Frases como:”por favor continue”,“o
experimento requer que você continue”,”e absolutamente necessario que voce
continue”, “Eu assumo a responsabilidade pelo experimento”. Tornavam os
participantes mais suscetíveis a continuar a aplicação dos choques até a voltagem
máxima.

Palavras-chave: Experimento. Obediência. Autoridade.


2 CUIDADOS PARA ELIMINAR A INTERFERÊNCIA EXTERNA AO
EXPERIMENTO

1. Padronização dos procedimentos: Todos os participantes passaram por um


mesmo protocolo de instruções e condições experimentais. Isso foi feito para
garantir que todos estivessem expostos às mesmas variáveis e não houvesse
interferência externa na execução do experimento.Como por exemplo usar as
mesmas frases na hora de encorajar o voluntario a continuar, ou a mesma
demonstração do suposto choque que o aluno tomaria, o mesmo roteiro de
apresentação dentre outros.
2. Isolamento do ambiente: O experimento foi conduzido em um ambiente
controlado, geralmente em um laboratório, onde foram minimizadas as
distrações externas. Isso ajudou a reduzir a interferência de fatores externos
que pudessem influenciar as respostas dos participantes, como outras
pessoas que passariam pelos corredores da sala, ou impedir que o
participante tivesse acesso ao outro pesquisador do outro lado da sala
isolada.
3. Uso de atores eletrocutados consistentes: O papel do aluno, que simulava
receber os choques elétricos, era desempenhado por atores treinados. Esses
atores receberam instruções claras sobre como reagir de maneira consistente
em todas as sessões do experimento, evitando assim a interferência de
respostas variáveis que poderiam influenciar o comportamento dos
participantes. Além de trazer mais veracidade ao experimento.
No filme o termo "personalidade agente" refere-se à tendência de algumas pessoas
em assumir o papel de um agente executor de ações em nome de uma autoridade
ou sistema, mesmo que essas ações possam ser moralmente questionáveis ou
prejudiciais para outras pessoas.
A personalidade a gente está relacionada à capacidade do indivíduo de negar os
seu próprios valores morais e éticos para desempenhar um papel de obediência No
contexto do experimento de Milgram, o termo descreve a disposição dos
participantes em administrar choques elétricos no papel de professores, mesmo
quando confrontados com o sofrimento aparente do aluno.
A ideia por trás da personalidade agente é que uma pessoa quando colocada em
uma condição de obediência tende a repassar toda a responsabilidade de seus atos
para a figura de autoridade. No contexto do experimento, o participante atribuiu a
responsabilidade dos choques e da condução do experimento para o
experimentador, que foi a figura de autoridade no momento.

3 EXPERIÊNCIA DE VIDA SEMELHANTE

Ao visitar a residência de meus avós juntamente com minha família, levamos


conosco uma cadela que pertence a mim. No entanto, essa cadela demonstra
afeição por todos os membros da família. Em diversas ocasiões em que nos
reunimos, devido ao seu comportamento ciumento, ela acaba reagindo de forma
agressiva a qualquer outro cachorro que se aproxime de mim e de meus pais. Nesse
contexto, é importante ressaltar que a culpa não deve ser atribuída à minha cadela,
pois ela está meramente "me protegendo". Da mesma forma, o outro cachorro não é
responsável pela situação. No entanto, a analogia com o experimento de Milgram se
estabelece quando sou colocado na posição de assumir a responsabilidade por
punir a cadela por suas ações, mesmo não desejando fazê-lo, pois, em minha
perspectiva, ela não está agindo de maneira errônea. No entanto, devido à
autoridade exercida pelos meus pais, sou encorajado a tomar essa atitude.
A situação mais recente que me lembro da minha antiga instituição de ensino foi em
um dia que por conta de alunos de outra turma, todos os estudantes foram
impedidos de usar o laboratório de informática na hora dos intervalos, e quem foi
obrigado a dar essa ordem foi o professor de informática, por conta de uma ordem
dada diretamente pelo diretor, sendo que na verdade o próprio professor concordava
em deixar com que os alunos pudessem usar o laboratório em seus momentos
livres, principalmente para a realização de trabalhos acadêmicos.

4 O QUE MILGRAM DIZ SOBRE AS DIVISÕES DE TAREFAS E SUAS RELAÇÕES


COM A OBEDIÊNCIA

"[...] Até mesmo Eichmann ficava enjoado quando percorria os


campos de extermínio, mas, na maioria das vezes, ele tinha apenas
de se sentar numa mesa e escrever ordens. O homem que no campo
realmente jogava Cyclon-B dentro das câmaras de gás podia
justificar o seu comportamento alegando que estava apenas
cumprindo ordens superiores. Há, assim, uma fragmentação da ação
humana total; ninguém é confrontado com as consequências da sua
decisão de executar o ato mau. A pessoa que assume a
responsabilidade desapareceu. Talvez seja essa a característica mais
comum do mal socialmente organizado na sociedade moderna."

(Milgram, 1974, p. XX)


Essa observação de Milgram aponta para uma reflexão sobre a influência da
estrutura organizacional e da autoridade na tomada de decisões e comportamentos
dos indivíduos. Ao dividir o trabalho em diferentes etapas e camadas de comando, a
responsabilidade individual pode se dissipar, permitindo que pessoas ajam de
maneiras que normalmente não fariam.Como se a própria responsabilidade do ato
fosse dissipada com o passar dos graus de hierarquia, já que um dos subordinados
sempre estaria cumprindo ordens de um superior.

1 INTRODUÇÃO
A conformidade social e a pressão da autoridade são temas de grande relevância
para a compreensão do comportamento humano. Em sociedades complexas, os
indivíduos são constantemente influenciados pelas normas sociais, pelas
expectativas dos outros e pelas figuras de autoridade. O experimento de Milgram,
conduzido por Stanley Milgram na década de 1960, representa um marco importante
no estudo da obediência e oferece valiosas lições sobre como esses fatores podem
influenciar o comportamento humano.
O objetivo central do experimento de Milgram foi investigar até que ponto as
pessoas estariam dispostas a obedecer a uma autoridade, mesmo que isso
resultasse causar dor a outra pessoa estranha. A controvérsia em torno do estudo
reside no fato de que muitos participantes demonstraram uma surpreendente
disposição para infligir dor, indo contra suas próprias convicções éticas,
simplesmente por estarem sendo ordenados por uma figura de autoridade.
Durante as visitas à casa de familiares ou amigos,ou em outras situações cotidianas,
indivíduos e suas famílias costumam levar seus cães de estimação. Nesses
encontros, é possível observar que alguns cães, devido a comportamentos
ciumentos, podem reagir agressivamente a outros cães que se aproximam. Surge
então uma reflexão relevante: quem é o responsável por esse comportamento?
Seria o cão ciumento, que busca proteger seu dono, ou o outro cão, que busca
apenas interação social? Será necessário punir o primeiro ou o segundo cão por
conta de uma pressão social imposta que o cão deve ser corrigido? A analogia entre
o comportamento do cão e o experimento de Milgram permite refletir sobre os
aspectos da conformidade social e da pressão da autoridade. O experimento revelou
que, em determinadas circunstâncias, indivíduos comuns são capazes de realizar
ações que contradizem seus valores e princípios, simplesmente por estarem
obedecendo às ordens de uma figura de autoridade. Essa constatação levanta
questões fundamentais sobre o poder da influência social e a capacidade dos
indivíduos de resistir a ela.
Ao explorar o tema "Conformidade social e pressão da autoridade[...]", o objetivo
deste estudo é aprofundar a compreensão sobre como as normas sociais, as
expectativas dos outros e a autoridade podem influenciar as ações humanas. Serão
analisadas as descobertas do experimento de Milgram, examinadas as implicações
éticas decorrentes e discutidas as lições que podem ser extraídas dessas
experiências, visando promover um comportamento mais autônomo e ético. Através
dessa análise, espera-se ampliar o conhecimento sobre o comportamento humano e
contribuir para uma melhor compreensão das dinâmicas sociais que nos cercam.

2 DESENVOLVIMENTO

O experimento conduzido por Milgram suscitou um intenso debate e levantou


questões fundamentais sobre a natureza da obediência e o papel da autoridade na
sociedade. Durante essa pesquisa, os participantes assumiram o papel de
"professores" e receberam instruções do "experimentador" para administrar choques
elétricos progressivamente mais intensos a um "aluno" toda vez que ele
respondesse incorretamente a uma pergunta. O que os participantes não sabiam é
que o "aluno" era, na verdade, um ator que apenas simulava reações de dor, e os
choques não eram reais.
Surpreendentemente, muitos participantes continuaram a administrar os choques
mesmo quando o suposto "aluno" expressava desconforto, dor e até quando parecia
estar sofrendo danos consideráveis. A maioria dos participantes demonstrou uma
obediência notável às ordens do "experimentador", mesmo que isso entrasse em
conflito com seus próprios valores éticos e morais. Esse comportamento chocante
evidenciou o poder da autoridade e a influência que ela pode exercer sobre o
comportamento humano.
O experimento de Milgram suscita várias questões pertinentes sobre a conformidade
social e a pressão da autoridade. Por que as pessoas tendem a obedecer
cegamente às ordens de uma figura de autoridade, mesmo quando isso implica em
causar danos a outros? O que leva indivíduos comuns a agirem de maneira contrária
aos seus princípios éticos em nome da obediência? Como a sociedade molda nosso
comportamento e nos torna suscetíveis à influência da autoridade?
Uma explicação para esse fenômeno reside na nossa tendência inata de respeitar e
seguir as normas e regras sociais. Desde a infância, somos ensinados a obedecer
às figuras de autoridade, como pais, professores e líderes. Essa obediência é
reforçada por meio de recompensas e punições sociais, tornando-se uma parte
intrínseca da nossa estrutura social. Quando nos deparamos com uma figura de
autoridade que emite comandos claros e diretos, muitos de nós nos sentimos
compelidos a obedecer, mesmo que isso vá contra nossos próprios valores
pessoais.
Outro fator relevante é a pressão social e o medo de sermos julgados ou rejeitados
pelos outros. O experimento de Milgram revelou que, quando os participantes
testemunhavam outras pessoas obedecendo às ordens do "experimentador", eles
eram mais propensos a fazer o mesmo, mesmo que sentissem intuitivamente que
aquilo estava errado. A conformidade social desempenha um papel significativo em
nossas tomadas de decisões, e a autoridade pode explorar essa tendência para
obter obediência e conformidade.
Ademais, o experimento também levanta preocupações éticas em relação à
manipulação psicológica dos participantes e aos danos potenciais causados por tais
situações. Embora tenha sido alvo de críticas éticas, o estudo de Milgram contribuiu
para a compreensão do comportamento humano e para a conscientização sobre a
importância de questionar a autoridade e cultivar uma maior autonomia moral.
As lições extraídas do experimento de Milgram são relevantes para a compreensão
do comportamento humano e para a reflexão sobre nossas próprias tendências de
obediência e conformidade. Ao reconhecer os mecanismos que nos levam a seguir
cegamente a autoridade, podemos desenvolver estratégias para resistir à pressão e
agir de acordo com nossos princípios éticos. Promover a consciência crítica, a
responsabilidade individual e a capacidade de questionar a autoridade são
elementos fundamentais para a construção de uma sociedade mais ética, justa e
humanitária.
Em suma, o experimento de Milgram é um poderoso lembrete de como a
conformidade social e a pressão da autoridade podem influenciar nosso
comportamento. Ao explorar essas dinâmicas, podemos adquirir uma compreensão
mais profunda das forças que moldam nossas ações e trabalhar para desenvolver
maior consciência crítica e autonomia moral.
3 CONCLUSÃO

O experimento conduzido por Milgram sobre obediência à autoridade forneceu


evidências contundentes sobre a propensão das pessoas em obedecerem às ordens
de uma figura de autoridade, mesmo quando isso implica em causar danos a outros
indivíduos. As lições extraídas dessa pesquisa têm implicações profundas para a
compreensão do comportamento humano e exigem uma reflexão crítica sobre as
questões de obediência, conformidade social e a influência da autoridade.
Através desse estudo, foi possível constatar que uma grande proporção dos
participantes demonstrou uma tendência surpreendente de seguir instruções mesmo
quando elas entravam em conflito com suas próprias convicções pessoais. Isso
revela o poder da autoridade e o impacto que ela pode exercer sobre o
comportamento humano, muitas vezes levando as pessoas a agirem de maneira
contrária aos seus princípios éticos.
Esses resultados reforçam a necessidade de uma compreensão mais aprofundada
dos fatores psicológicos e sociais que influenciam a obediência e a conformidade. O
experimento de Milgram demonstrou que a pressão da autoridade pode ser um fator
determinante na tomada de decisões individuais, muitas vezes levando à supressão
da consciência moral e à submissão cega.
Ao compreendermos essas dinâmicas, podemos tomar medidas para prevenir
abusos de poder e promover uma sociedade mais justa. Devemos encorajar a
educação e o desenvolvimento de habilidades críticas, de forma a capacitar as
pessoas a questionarem as ordens injustas e a resistirem à influência negativa da
autoridade quando necessário.
Além disso, a conscientização sobre os resultados do experimento de Milgram nos
convida a repensar as estruturas de poder e a relação entre os indivíduos e as
instituições. Devemos buscar um equilíbrio entre o respeito à autoridade legítima e a
salvaguarda dos direitos e valores fundamentais da humanidade.
É importante destacar que essas lições não se limitam ao ambiente do laboratório. O
experimento de Milgram tem implicações significativas para diversas áreas da
sociedade, como a política, o sistema jurídico e as relações interpessoais. O
entendimento dos mecanismos de obediência e conformidade social nos permite
analisar criticamente esses contextos e promover mudanças que garantam a justiça
e a ética em todas as esferas da vida.
Em última análise, o experimento de Milgram nos lembra da importância de
assumirmos a responsabilidade por nossas ações e de questionarmos a autoridade
quando necessário. Devemos cultivar uma consciência moral individual e coletiva,
buscando um equilíbrio entre a obediência responsável e a preservação dos nossos
valores e princípios éticos.

5 PERGUNTA DO PROBLEMA CIENTÍFICO

Como a conformidade social e a pressão da autoridade influenciam o


comportamento humano, de acordo com as lições extraídas do experimento de
Milgram?

REFERÊNCIAS

Blass, T. (2009). The Milgram paradigm after 35 years: Some things we now know about obedience to
authority. Journal of Applied Social Psychology, 29(5), 955-978.
Milgram, S. (1963). Behavioral study of obedience. Journal of Abnormal and Social Psychology, 67(4),
371-378.
Milgram, S. (1974). Obedience to Authority: An Experimental View. Harper & Row.

ABSTRACT
Milgram's obedience to authority experiment provides compelling evidence about
people's tendency to obey orders from an authority figure, even when doing so
involves harming others. This research raises important questions about social
conformity, pressure from authority, and ethics. The experiment revealed that many
participants continued to administer electric shocks even when the person
supposedly suffering was in pain and discomfort. This highlights the power of
authority and the influence it exerts on human behavior.
The explanation for this phenomenon lies in our innate tendency to respect and
follow social norms and rules. From childhood, we are taught to obey authority
figures such as parents, teachers and leaders. This obedience is reinforced by social
rewards and punishments, becoming an integral part of our social structure. When
faced with an authority figure who issues clear and direct commands, many of us feel
compelled to obey, even if doing so goes against our personal values.
Social pressure and the fear of being judged or rejected by others also play a
significant role in our decision-making. Milgram's experiment revealed that when
participants witnessed others obeying the "experimenter's" orders, they too were
more likely to do the same, even if they intuitively felt it was wrong. Social conformity
plays an important role in our behavior, and authority can exploit this tendency to
gain obedience and conformity.
However, the experiment also raises ethical concerns regarding psychological
manipulation of participants and the potential harm caused by such situations.
Despite ethical criticisms, Milgram's study contributed to the understanding of human
behavior and to awareness of the importance of questioning authority and cultivating
greater moral autonomy.
Lessons drawn from Milgram's experiment are relevant to understanding human
behavior and reflecting on our own tendencies toward obedience and conformity. By
recognizing the mechanisms that lead us to blindly follow authority, we can develop
strategies to resist pressure and act in accordance with our ethical principles.
Promoting critical awareness, individual responsibility and the ability to question
authority are key elements in building a more ethical, just and humane society.
In summary, Milgram's experiment on obedience to authority highlights the influence
of social conformity and pressure from authority on human behavior. Understanding
these dynamics allows us a deeper understanding of the forces that shape our
actions and enables us to develop greater critical awareness and moral autonomy.

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