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Resumo Social 

● Capítulo 1 - O SOCIAL DA PSICOLOGIA SOCIAL 


 
➔ Expectativas: A ​ s pessoas esperam encontrar na psicologia social elementos que 
facilitem o entendimento e a solução dos problemas sociais. De fato pode sim ter este 
papel, mas não é o único 
➔ Objeto: I​ ndivíduo em sociedade. As interações e os convívios sociais. Cabe à psicologia 
estudar como estes se processam, quais leis o regem e as suas consequências. O poder 
das situaçoẽs e suas influências no comportamento humano 
➔ Estudando cientificamente as interações interpessoais, a psicologia social permite que 
se tenha uma melhor compreensão do comportamento social do ser humano.   
➔ Método experimental​: O psicólogo cria situações de interação social e verifica os 
efeitos de comportamentos provocados nessas situações. É o método mais utilizado, a 
intenção do pesquisador é estabelecer uma relação de causa e efeito entre fatores e o 
comportamento. 
➔ Psicologia social: É ​ um setor da psicologia que estuda o indivíduo em interação com 
outros procurando por meio cientifico compreender os comportamentos gerados pelas 
interações sociais.  
➔ O social​: Se refere ao indivíduo em sociedade no sentido microscópico ( Interação 
recíproca entre poucos indivíduos)  
❏ EXPERIMENTOS  
1- Choques 
➢ Cientista​: Stanley Milgram 
➢ Pretensões: E ​ studar o comportamento de obediência à autoridade. 
➢ Experimento:​ O experimentador dizia a um estudante que sua tarefa era 
ministrar choques em outro estudante (que fazia parte do experimento e 
foi treinado para exibir tais respostas) que estava sendo treinado. A cada 
vez que o estudante 1 errasse a resposta deveria ser ministrado um 
choque, cada vez mais forte. Na máquina a sua frente haviam 15 botoẽs que 
indicavam intensidades de choques que iam de 15 a 450 volts, a partir do 
300 havia uma advertência: Perigo - Choque intenso. 
➢ Resultado: ​63% do participantes foram até o último choque, mesmo com o 
estudante simulando que algo sério havia acontecido. Contrariando o 
esperado pelos pesquisadores que esperavam que apenas 1% chegaria até o 
fim. 
➢ Explicação: ​A razão mais alegada pelos que foram até o fim é que a 
autoridade tem poder legítimo de exigir tal comportamento. Atribuindo 
desta forma um comportamento reprovável a outrem se eximindo das suas 
responsabilidades. 
   
2-​. Encarceramento 
➢ Cientista​: Philip Zimbardo  
➢ Pretensões: E​ studar a influência do poder no comportamento individual 
➢ Experimento:​ O pesquisador simulou uma cadeia na universidade, 
separou 2 grupos de 12 pessoas onde metade delas deveriam ser os 
carcereiros e os outros 12 os prisioneiros.  
➢ Resultado:​ Programado para 15 dias de estudos não durou uma semana, 
entre os resultados inesperados tem: Depressão, violência, ameaças, 
distorções temporais, sintomas psicossomático, abuso de poder e 
crueldade. 
➢ Explicação: ​Para o autor se colocarmos pessoas boas numa situação 
infernal esta situação vencerá sempre. Para ele um ambiente como a prisão 
tem forças suficientes para superar anos de socialização e traços pessoais. 
CAPÍTULO 2 - COMO CONHECEMOS AS PESSOAS COM AS QUAIS INTERAGIMOS 
➔ Teoria Implícita de Personalidade​: Pessoas que manifestam determinados traços ou 
características apresentarão necessariamente os mesmos comportamentos compatíveis 
com esses traços isto de acordo com esquemas pré estabelecidos por nós.  
➔ Estereótipos: T ​ eorias sobre determinados grupos e que consistem na atribuição de 
traços aos membros de certo grupo.  
➔ Preconceito: ​Quando o estereótipo é criado baseado em somente aspectos negativos. É 
uma atitude negativa em relação a pessoas ou grupos e sua base cognitiva é o 
estereótipo. Pesquisas indicam que o preconceito pode ser amenizado por meio do 
contato direto entre os grupos. 
➔ Percepção social: ​É necessário que o comportamento do outro atinja nossos sentidos ( 
levando em conta a qualidade dos sentidos e do ambiente) depois que os nossos 
sentidos registrem o comportamento e então nossos interesses, estereótipos e 
preconceitos entram em ação, tudo conduzindo para a formação de um conceito em que 
se harmonizem: estímulo e a bagagem psicológica que filtra este estímulo para que ele 
se torne um conceito. Nossa percepção organiza nossa visão sobre o mundo 
➔ Erro fundamental de atribuição: É ​ a tendência de atribuir a causa da ação do outro a 
motivos internos e a causa das nossas próprias ações a motivos externos (No caso de 
quebrar algo, para o outro a motivação é que ele é desastrado, para nós que nos 
empurraram, por exemplo).  
➔ Autos Servidora: ​É a tendência de fazermos atribuições positivas sobre nós mesmos 
para enaltecer nosso ego e parecer melhor ao olhos dos outros. 
➔ Critérios para avaliar se a causalidade é interna: E ​ xplicado por Kelley são 3 
principais, quanto mais alto a avaliação destas mais fatores externos explicam.  
1- ​Consenso: ​Quanto outras pessoas apresentam o mesmo comportamento frente ao 
mesmo estímulo. 
2- ​Consistência:​ Quanto que a própria pessoa reage da mesma forma a estímulos 
parecidos em outros ambientes e ocasioẽs 
3- ​Especificidade:​ Quanto que a pessoa reage da mesma forma a estímulos diferentes do 
apresentado.  
➔ Heurística: N
​ ome dado a regras simples e rápidas, atalhos feitos por nós para fazermos 
inferências sobre os outros. Primeira impressão. 
➔ Tendenciosidade:​ Erros e distorções que cometemos no processo de percepção e 
cognição social. 
❏ EXPERIMENTOS 
 
1- Desenho 
➢ Cientista​: Gordon Allport e Leo Postman 
➢ Pretensões: C ​ omo o preconceito racial é capaz de alterar 
percepções. 
➢ Experimento:​ O pesquisador apresentou a um participante um 
desenho de uma cena em um metrô, na cena havia dois homem em 
posição de confronto, um negro e o outro branco. Na mão do homem 
branco havia uma faca. Após mostrar brevemente a cena era 
solicitado que se contasse o que passa na história para uma segunda 
pessoa esta para uma terceira e assim por diante. 
➢ Resultado:​ Depois da sexta pessoa a faca se apresentava na mão do 
homem negro. 
➢ Explicação: ​O conceito racial é capaz de alterar suas percepções 
para torna- las compatíveis com suas atitudes internas.  
 
2- QI Alunos 
➢ Cientista​: Robert Rosenthal e Leone Jacobson 
➢ Experimento:​ Os pesquisadores aplicaram um teste de QI em estudantes 
da escola primária, em seguida selecionaram aleatoriamente alguns alunos 
e disseram aos professores que estes foram destaque nos testes e por isso 
teriam mais chances de serem melhores alunos no ano seguinte. Os alunos 
foram observados por todo o ano seguinte, ao final do período foi aplicado 
um novo teste 
➢ Resultado: ​Como o esperado os estudantes selecionados aumentaram seus 
resultados no último teste de QI aplicado, isso porque eles tiveram mais 
atenção de seus professores, mais feedback e propostas de exercícios mais 
complexos 
➢ Explicação: ​Esse tratamento diferencial foi responsável pelo melhor 
desempenho dos alunos selecionados ao acaso. 
 
3- Influência de características 
➢ Cientista​: Harold Kelley 
➢ Pretensões: C ​ omo características específicas são capazes de alterar 
as percepções e comportamentos. 
➢ Experimento:​ O pesquisador dando aula em uma universidade disse 
que na semana seguinte em conferencista daria aula em seu lugar. 
Explicou que esse seria um teste de como diferentes turmas reagem 
a diferentes conferencistas, por isso entregou o currículo do 
conferencista com características, experiências, formação acadêmica 
e a personalidade. Foram entregues duas descrições distintas, o que 
diferenciava uma da outra era o fato de que em uma o conferencista 
era descrito pelos amigos como uma pessoa calorosa, afetuosa, 
decidida e com boa capacidade crítica e na outra como uma pessoa 
fria. Foi distribuído ao acaso. 
➢ Resultado:​ Como o esperado os alunos que receberam a descrição 
que o conferencista era afetuoso fizeram mais perguntas e 
interagiram mais durante a aula, além disso no questionário final o 
avaliaram de forma mais positiva. Enquanto que os estudantes que 
receberam que este era mais frio fizeram poucas perguntas e avaliou 
de forma mais negativa o mesmo conferencista. 
 
 
CAPÍTULO 3 - COMO CONHECEMOS A NÓS MESMOS 
➔ Autoconhecimento: A ​ specto cognitivo 
★ Introspecção: ​É a reflexão sobre nós mesmos, quem somos e o que nos 
caracteriza. Porém não é totalmente eficaz por dois motivos: 1-Normalmente não 
paramos muito tempo para pensar sobre nós mesmos e quem somos. 2- O nosso 
inconsciente ( é um lugar subjetivo, uma instância psíquica, onde guardamos as 
informações que nos causam dor ) pode atrapalhar nossa percepção de nós 
mesmos, fazendo com que percebemos de forma que não corresponde à 
realidade. 
★ Inferências: C ​ aracterísticas inferidas sobre nós com base nos nossos 
comportamentos ( Ex: Se somos preocupados com o outro, somos empáticos). A 
teoria da autopercepção de Darey Bem propõe que para termos certeza se essas 
características são verdadeiras frente a algumas situações devemos experimentar 
tais sentimentos e tais atitudes.  
★ Comparação: ​Para Leon Festinger em sua teoria diz que na ausência de critérios 
objetivos para nos avaliar recorremos a comparações sociais com pessoas 
parecidas com nós mesmos.  
➔ Autoestima​: Aspecto emocional. É baseado no conhecimento que temos do nosso eu. 
Todos temos um eu real e um eu ideal, quanto menor a discrepância entre eles maior é 
a nossa autoestima. Em geral tentamos evitar sentimentos relacionados a baixa 
autoestima, uma das maneiras de fazermos isso é atribuindo os nossos fracassos a 
motivos externos e dos sucessos a internos. 
➔ Como nos apresentamos ao outro: ​Temos uma tendência natural de nos 
apresentarmos de maneira favorável. Caso contrário quando nos depreciamos frente a 
alguém geralmente estamos nos preparando para uma possível frustração que caso 
ocorra tem uma justificativa e caso não evidencial quão bom nós somos. 
➔ A importância do autoconhecimento para a psi social​: A maneira que olhamos para 
nós mesmos tem influência nas nossas relações sociais, além disso esta relação nos 
ajuda a nos conhecermos melhor 
❏ EXPERIMENTOS 
1- 
Cientista​: Elliot Aronson  
➢ Pretensões: A ​ umentar o uso de contraceptivos em homens 
sexualmente ativos 
➢ Experimento:​ Quatro grupos experimentais foram criados: 1- 
Grupo 1: Os participantes deste grupo eram solicitados a listar os 
perigos do engajamento em sexo desprotegido. e a recomendar o uso 
de preservativo masculino. 
Grupo 2- Os participantes deste segundo grupo eram solicitados a 
fazer a mesma tarefa do grupo anterior, porém deveriam gravar em 
vídeo o texto preparado, este seria mostrado para estudantes 
secundários a fim de alertá-los sobre os perigos de atividade sexual 
sem utilização de medidas protetoras.
​Em cada um desses grupos, metade dos participantes era solicitado 
a dizer se em sua atividade sexual eles usavam ou não camisinha. 
Como a maioria dizia não se proteger sinalizavam incoerência e 
hipocrisia.  
A previsão dos investigadores se confirmou. Quando oferecida a 
oportunidade de comprar preservativos masculinos com baixos 
preços os integrantes desses grupos compraram mais do que os 
outros, principalmente quando comparado ao grupo ao qual não era 
solicitado gravar em vídeo e que não era lembrado de seus hábitos 
anteriores.  
 
CAPÍTULO 4 - Como influenciamos as pessoas e como somos influenciados por elas. 
➔ Estamos constantemente tentando mudar o comportamento dos outros e sendo alvo da 
tentativa dos outros. 
➔ Influência Social: é o fato de uma o pesssoa induzir um determinado comportamento a 
outra. O objetivo é levar a pessoa a fazer algo que ela não quer fazer.  
➔ 5 bases de influência propostas por Raven: 
1. Poder de coerção: Q ​ uando a pessoa é capaz de punir, ameaçar ou castigar a 
outra.  
2. Poder de recompensa:​ Quando a pessoa tem poder de gratificar, é um reforçador 
positivo. Tanto esta quanto a outra influência são as mais fracas já que ambas só 
funcionam quando o influenciador está por perto. Ou seja o influenciado não 
internaliza o comportamento que exibe. 
3. Poder Referência: Q ​ uando o influenciador e o influenciado tem uma relação de 
afeto ou desafeto. 
4. Poder do conhecimento:​ é o saber. 
5. Poder Legítimo:​ Ter direitos ( ex: pai ou mãe) 
6. Informações: ​Apresentar informações convincentes, é a forma mais efetiva de 
alterar o comportamento permanentemente, sua eficácia não depende da 
presença do influenciador. 
➔ Teoria Social da Reatância psicológica​: Foi proposta por Jack Brehm, diz que quando 
temos nossa liberdade suspensa ou ameaçada pelo outro sentimos a necessidade de 
restabelecer ou o proteger a mesma, é a resistência à persuasão. 
➔ Teoria da dissonância cognitiva:​ Foi proposta por Leon Festinger,diz que quando 
temos dois pensamentos opostos e que não se harmonizam sentimos uma motivação 
por harmonizá -los ( Ex: fumar e saber que fumar é prejudicial à saúde). Temos a 
tendência a diminuir essa dissonância.  
➔ Princípio do contraste:​ Quando desejamos fazer com que uma pessoa não reaja de 
forma tão negativa frente ao um evento por este princípio fazemos ela acreditar que 
aconteceram coisas muito mais graves e muito mais sérias. 
➔ Reciprocidade: ​Esperamos que as pessoas retribuam o que fazemos por elas. Um outro 
jeito que aplicabilidade é quando vamos pedir algo para alguém, começamos pedindo 
muito mais e após a sua negativa concordamos dizendo que de fato ela tem razão e logo 
após pedimos o que queríamos originalmente , a pessoa sentirá a reciprocidade na 
nossa atitude compreensiva. 
➔ Pressão social:​ Constitui uma das maneiras mais eficazes quando vemos que um 
determinado grupo tem um tipo de comportamento ou resposta não gostamos de nos 
sentir de fora, e por isso temos a tendência mesmo que não concordando plenamente a 
seguir os mesmos padrões de comportamento. ( Ex teste do tamanho do palitinho)  
➔ Influência das minorias: ​Uma minoria decidida e persistente pode virar uma maioria 
pelo poder de influência e persuasão.  
❏ EXPERIMENTO:
Cientista:​ Salomon Asch 
Experimento: ​Este investigador colocou 7 participantes de seu experimento um 
ao lado do outro e mostrou-lhes um conjunto de três linhas de comprimento 
claramente diferentes. Ao lado dessas três linhas havia uma outra, considerada a 
linha padrão, igual em comprimento a uma dessas 3. Dos 7 participantes, apenas 
um era de fato um sujeito experimental, os outros 6 eram aliados do 
experimentador e instruídos a se comportarem de maneira predeterminados 
pelos mesmo. Em 8 de 12 apresentações das linhas de diferentes comprimentos e 
de uma linha padrão de comprimento igual a uma das outras 3, os seis sujeitos 
aliados ao experimentador eram instruídos a dizer que a linha que era do mesmo 
comprimento da linha padrão era uma linha de comprimento claramente 
diferente desta. O participante N​ AUVE​, ou seja, aquele que agia 
espontaneamente e não de acordo com instrução prévia do experimentador, era 
solicitado a dizer qual das 3 linhas, em sua opinião, tinha o mesmo comprimento 
da linha padrão.  
Explicação:​ Asch verificou que cerca de 37% dos participantes colocados em tal 
situação, ou seja, a de confrontar-se com uma maioria claramente equivocada, 
cedem a pressão social e dizem que a linha que se equipara à linha padrão é a que 
a maioria indicou, não obstante a flagrante diferença de comprimento entre elas. 
Entretanto, se ao invés de uma maioria unanime, uma das seis pessoas vai de 
encontro à maioria e aponta a linha certa como sendo a que tem mesmo 
comprimento da linha padrão, o participante ​NAUVE r​ esiste a pressão da 
maioria e indica a linha certa 
(a) a força da influência normativa, ou seja, como as pessoas procuram se 
comportar da maneira esperada pela maioria, ou pelas normas sociais; 
(b) como a existência de um comportamento contra normativo é capaz de 
diminuir a força da influência normativa. 

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