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ANÁLISE DO

COMPORTAMENTO:
PROCESSOS COMPLEXOS
Prof. Thiago O. dos Santos
CRP 06/98214
CURRÍCULO
• Psicólogo, MBA em Gestão de RH, especializado em
Controle de Sintomas em Pacientes terminais e
Fisiologia Humana Aplicada as ciências da Saúde
(Gama Filho);
• Foi professor monitor nas cadeiras de Neurofisiologia
Sensorial e Endócrina, Genética, Psicossomática e
Fisiologia no Centro Universitário Paulistano;
• Sócio fundador da empresa Sophia RH, que há quase
uma década ajuda empresas como Coca-Cola, Tim,
Folha de São Paulo, GoTech Zuhai e inumeras outras
empresas a captar, treinar, capacitar e reter talentos;
• Apaixonado pelo funcionamento Neuroendócrino e em
como a mente e os hormônios controlam nossas
decisões
Alinhamentos
Sintam-se a vontade para tirar dúvidas
mais específicas.
PERGUNTEM!!!
Não deixe de tirar suas dúvidas,
universidade é um ambiente de
aprendizagem ativa, portanto, participe
sempre que puder/quiser!

Sua dúvida ajuda TODOS a crescer!


Forma de avaliação TODA atividade deve ser
(só vou explicar respondida e enviada dentro do
prazo;

desta vez!) Atividades fora de prazo terão nota


descontada;

As atividades serão somadas e


farão a composição de uma nota
única;
Esta nota será somada as provas
AV1 e AV2 e o resultado será
dividido por 3, segue fórmula:

Atividades + AV 1 + AV2 = X
X / 3 = média final
DISCIPLINA: ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO: PROCESSOS BÁSICOS

• Objetivo Geral: Apresentar ao aluno processos complexos do


comportamento humano. Desenvolver a observação e interação no
ambiente
• Objetivos Específicos: Fornecer a base para o desenvolvimento de
uma análise funcional do comportamento
AO LONGO DESTE SEMESTRE
ABORDAREMOS:
1. Behaviorismo Radical
2. Controle de estímulos: Discriminação e Generalização
3. Abstração
4. Atenção e Fading
5. Definição de Comportamento Verbal
6. Operantes verbais
7. Tato e Mando
8. Correspondência entre fazer e dizer
9. Comportamento governado por regras
10. Comportamento governado por regras X controlado por
contingências
#SQN!
11. Eventos privados: Interação respondente e operante
12. Sentimento e pensamento
13. Autoconhecimento e autocontrole
14. Questões recentes da análise do comportamento
15. Parte 2

FÉRIAS!!!
SEM
RIVALIDADES!
ANTES DE
COMEÇAR...
FALEMOS SOBRE
A ULTIMA
“PROVA”
1. Defina qual foi o tipo de estimulo
envolvido no comportamento de
falta de assertividade (não
comunicar suas vontades e fazer o
que as amigas desejam)

→ESTIMULO SOCIAL

QUESTÕES 2. Defina qual foi o tipo de resposta


envolvida no comportamento de falta de
assertividade (não comunicar suas
vontades e fazer o que as amigas
desejam)

→ REFORÇO NEGATIVO
3. Quando consegue que as amigas façam algo que ela quer, K
não aproveita o momento por achar que as amigas não estão
aproveitando, sentindo-se culpada. Descreva a relação de
contingência envolvida neste comportamento.

ESTIMULO AMBIENTAL (VER AS AMIGAS NO LOCAL)

RESPOSTA ENCOBERTA (SENTIR-SE MAL POR ACHAR QUE NÃO


ESTÃO APROVEITANDO)

REFORÇO NEGATIVO (NÃO QUERER REPETIR A SITUAÇÃO PARA


EVITAR SENTIR-SE MAL E ACHAR QUE AS AMIGAS NÃO ESTÃO
APROVEITANDO)

PADRÃO ESTABELECIDO = NÃO TRAZER SUAS VONTADE A


TONA
4. Qual a diferença entre estímulo ambiental e estímulo privado?
→Ambiental = Percebido por mais de um sujeito
→Privado = Percebido apenas pelo organismo afetado

5. Qual a diferença entre estímulo físico e estímulo social?


→ Físico = Tudo aquilo presente fisicamente no ambiente
→ Social = produzido por outros seres vivos

6. Descreva o que é uma relação de contingência.


→ Relação de dependência entre eventos (ambientais/comportamentais + ambientais)
→ Em outras palavras, mudança no ambiente → resposta diante desta mudança →
consequência da resposta
7. Usando o estudo de caso acima. Cite um exemplo de resposta
manifesta e um exemplo de resposta encoberta cometido por K:
→ MANIFESTA = romper o relacionamento
→ ENCOBERTA = não aproveitar porque acha que as amigas estão
insatisfeitas

8. Em relação a infância de K, seu relacionamento com seus pais


era coercitivo ou não-coercitivo? Explique sua resposta:
→ Coercitivo
→ Ex: ao não dar presente a ela ou fazê-la trabalhar mais que os
outros, havia um padrão punitivo (retirada do reforço positivo
e/ou inserção de estimulo aversivo)
9. Esse modelo de relacionamento (que ela
teve na infância) teve alguma ligação com
sua primeira escolha amorosa? Explique a
contingência envolvida:
→ Criação coercitiva
→ Manutenção do padrão ao encontrar um
modelo coercitivo que impunha o
mesmo padrão de relacionamento

10. Fale sobre as semelhanças entre os


dois relacionamentos amorosos que K teve
(argumente utilizando os conceitos
aprendidos ao longo do curso):
→ Relacionamentos abusivos, pautados em
coerção
→ Ameaça de punição e punição como
padrão de controle do companheiro
sobre o comportamento de K
11. Com base nos conhecimentos
adquiridos, comente: Qual seria o
melhor modelo/estratégia para
substituir os comportamentos
indesejados pelos desejados?
(SIDMAN)
→REFORÇO POSITIVO!
→Substituir os reforçadores negativos
e coerções por reforço positivo
→Ensinar o comportamento
DESEJADO ao invés de punir o
INDESEJADO
12. Com base nos conhecimentos
adquiridos, comente: Qual esquema de
reforçamento utilizar?
→ Iniciar com reforçamento contínuo para
modelar o comportamento com mais
rapidez
→ Passar para o reforçamento intermitente
para tornar o padrão de comportamento
mais difícil de se extinguir

13. O que é extinção de comportamento?


→ Processo de desaparecimento de uma
resposta do repertório comportamental.

14. Diante de uma relação de contingência


coercitiva, há um aumento nas chances de
aparecimento de quais tipos de
comportamento?
→ Agressão / Fuga / Esquiva
15. Quais os efeitos da aprendizagem por punição?

→ CUIDADO GENTE! APRENDIZADO POR PUNIÇÃO NÃO


MODELA A RESPOSTA PARA A CORRETA!

→ AGRESSIVIDADE
→ FUGA
→ ESQUIVA
16. Quais as consequências de uma
contingência baseada em esquiva?

→ PESSOA DESENVOLVE UM PADRÃO


DE COMPORTAMENTO BASEADO NA
CRIAÇÃO DE ESTRATÉGIAS PARA
EVITAR ESTIMULOS AVERSIVOS
→ TORNA-SE REATIVA, MEDROSA
→ EVITA NOVAS EXPERIÊNCIAS
→ SOFRIMENTO PSIQUICO
→ INSEGURANÇA

→ ETC
FOI
ASSIM?
Até a década de 40 era raro
encontrar departamento de
Psicologia nas Universidades (eram
anexos de Filosofia);

SOBRE A Ultima metade do Séc. XIX –


Psicologia é considerada “ciência
da mente”

PSICOLGIA Psyché significa algo próximo a


espírito, no entanto mente era
menos especulativo e mais
“científico”
MAS
COMO
ESTUDAR
A MENTE?
ADOÇÃO INTROSPECÇÃO
DO
MÉTODO
DOS O princípio era: Se a mente
é um palco, é possível olhar
FILÓSOFOS dentro dela e enxergar algo!
Introspecção
1° método (Wilhelm Maximilian Wundt):

Objetivo de fazer uma autoanálise da


mente para inspecionar e relatar
pensamentos e/ou sentimentos
pessoais.
Sobre o
Autor:
Wilhelm Wundt é tido como o pai da
Psicologia moderna para a qual temos
acesso hoje.

Em 1879 ele criou o primeiro laboratório


de Psicologia da Alemanha dentro da
Universidade de Leipzig.

Assim, com isso, Wundt conseguiu


separar a Psicologia da Filosofia,
tornando-as ciências independentes.
Conceitos
Wilhelm Wundt construiu conceitos relevantes e que
evocavam a uma reflexão sobre o corpo e mente. Isso
ajudou a formular conceitos concisos a respeito da própria
natureza humana.

VEJAMOS:
Mente
Consciência = unidades ativas e
organizacionais do próprio conteúdo
consciente.

Nisso, declarou que a


vontade exercia poder na
organização dos conteúdos mentais
quando se tratava de processos de
pensamento mais complicados.
Seu método:
Introspecção: ato em que a pessoa analisa seus estados mentais,
tomando consciência deles.
Crenças;
Imagens mentais;
Emoções;
Memórias (visuais, auditivas, tácteis, olfativas) e;
Pensamentos são conteúdos mentais que são passíveis de
introspecção.

Ou seja, introspecção é a autoanálise da mente a fim de inspecionar e


relatar pensamentos e/ou sentimentos pessoais.
Ciência da
experiência
consciente
Para ele o método de observação
devia utilizar a introspecção para que
se obtenha um melhor resultado,
porque "somente o indivíduo que
passa pela experiência é capaz de
observa-la" (Schultz, 2016, p. 72). Tal
método era chamado de Percepção
Interna por Wundt.
O que valia era
o mensurável!
"Wundt praticamente não aceitava o tipo
de introspecção qualitativa em que as
pessoas simplesmente descreviam suas
experiências íntimas" (Schultz, 2016,
p.73).

A descrição que ele buscava estava


relacionada aos julgamentos consciente
que a pessoa tinha sobre o tamanho,
duração e intensidade de vários
estímulos físicos, ou seja, "o tipo de
análise quantitativa da pesquisa
psicofísica" (Schultz, 2016).
Críticas a
Wundt
• Quando a introspecção é realizada por vários
observadores, como saber qual é a correta?
• Se tratando de uma auto-observação, a
introspecção é uma experiência particular.
• A introspecção modifica a experiência psíquica,
pois se só descrevemos a vivência depois dela ser
vivida, quando a vamos descrever já os
sentimentos e as emoções foram também vividos,
nunca ficando uma descrição completa e precisa.
Referência
bibliográfica
utilizada:
Schultz, Duane P; Schultz, Sydney
Ellen. História da Psicologia Moderna.
10ª ed. São Paulo: Cengage Learning,
2016.
PARECIA SIMPLES,
MAS ERA
COMPLICADO!
1. Como colher fatos/ dados
fidedignos e científicos?
2. Visão da Psicologia Objetiva
3. Visão da Psicologia
Comparativa
PSICOLOGIA OBJETIVA

Essa corrente via o método de


Se duas pessoas treinadas em introspecção
introspecção muito subjetivo e discordassem, o que faríamos?
vulnerável a distorções

ao ver outras ciências usarem métodos


objetivos e explicarem fenômenos através
Logo, de procedimentos comparáveis, surge a
visão de que isso cabe em Psicologia!
Gustav Fechner
Tentou medir a intensidade subjetiva da sensação através de
uma escala baseada em diferenças que consideravam
diferenças apenas perceptíveis (mensuráveis).

Publicou: Elementos de Psicofísica uma das propostas para o


início da psicologia enquanto ciência (disputa essa atribuição
com Wundt).

Queria mostrar que Psíquico e Físico são dois lados de uma


mesma realidade, fez isso em sua pesquisa que relacionava
quantidade de excitação com intensidade da sensação.
PAVLOV (1849
– 1936)
Fez o famoso experimento dos cães que foram
condicionados a salivar quando a sirene tocava,
mais ou menos assim


Cão cientista:
“Toda vez que mando uma
mensagem para aquele aparelho
chamado de celular, este espécie
humano saliva desesperado para
saber o que aconteceu”
A IDEIA ERA:
AO SEGUIR MÉTODOS OBJETIVOS,
CLAROS, PRAGMÁTICOS, A
PSICOLOGIA PODERIA SE TORNAR
UMA CIÊNCIA
PSICOLOGIA
COMPARATIVA
Com a teoria da Evolução da Espécie
de Darwin, surge uma frente que
busca traçar comparações entre outras
espécies e o ser humano, afinal se
derivamos deles, podemos explicar
traços nossos através de espécies que
estejam em “degraus anteriores”.
Se possuíamos similaridades
Fisiológicas e Anatômicas
com outras espécies,
provavelmente haveriam
traços mentais semelhantes!
Watson (1879 – 1958)

Seguindo esta linha Watson, fundador do Behaviorismo:

As inferências entre as semelhanças entre o comportamento


animal ligado ao humano seria, para ele, ainda menos
confiável que o método de Introspecção.

Daí surge a primeira versão do Behaviorismo


Nasce a CIÊNCIA
da Psicologia
Concepção funcionalista = “o comportamento deveria
ser estudado como função de certas variáveis do meio”

Objeto de estudos observável, mensurável

Experimentos dessa ciência poderiam ser reproduzidos


em laboratório, em diferentes condições e em diferentes
sujeitos.

(TEIXEIRA, 2007, p.44).


Watson foi, durante o início de sua carreira
acadêmica, avesso à discussão sobre temas
que chamava de "metafísicos".

Comentando sobre sua formação em


filosofia em Chicago Watson diz: "no lado da
filosofia o progresso foi mais lento.... Deus
sabe que estudei filosofia o suficiente para
saber algo sobre ela. Mas isso não se
manteve. Eu passei nos exames, mas a
inspiração não estava lá" (Watson, 1936, p.
274)
“O behaviorista gostaria de fixar a
premissa, sem discutir suas muitas
implicações metafísicas... O
behaviorista... desvia seu olhar... da
premissa metafísica e pede apenas
para que o permitam fazer
observações sobre o que seu sujeito
está fazendo sob dadas condições
de estimulação. No lado metafísico
ele pede apenas para ser colocado
no mesmo cesto dos outros
cientistas naturais.” (Watson, 1920,
pp. 93-94)
Essa relutância acaba sendo expressa em seu mais
conhecido texto quando Watson não define claramente
seus compromissos ontológicos. No chamado "manifesto
behaviorista" diz Watson:

...Os planos aos quais sou mais favorável para a


psicologia levam praticamente a ignorar a consciência no
sentido em que o termo é utilizado pelos psicólogos hoje.
Eu tenho virtualmente negado que esse campo da física é
aberto à investigação experimental. Eu não quero ir além
nesse problema no presente porque ele leva
inevitavelmente para dentro da metafísica. (1913, p.
175)
Em Beyond Freedom and
Dignity (1971/2002), Skinner deixa mais
explícita a compreensão de que o BM
Visão do implica dualismo:

Behaviorismo "Behaviorismo metodológico" limita-se


àquilo que pode ser publicamente
Metodológico observado; processos mentais podem até
existir, mas eles são deixados de fora da

por Skinner:
ciência por sua natureza. Os
"behavioristas" num sentido político e
muitos positivistas lógicos na filosofia
têm seguido uma linha similar. (p. 190,
grifo acrescentado)
[Watson] argumentava que os
eventos mentais internos não têm
existência observável independente,
mas que temos somente as palavras
do sujeito como dados, e que não
existe razão necessária para erigir
uma psicologia humana supondo a
presença de uma psyche interna
controlando (Keller & Schoenfeld,
1950/1973, p. 395; ver também
Keller, 1994)
BEHAVIORISMO
RADICAL
DEFINIÇÃO E HISTÓRIA
MODELAGEM?
SÓ SEI QUE ESSE É TOP!


BEHAVIORISMO = Ciência do
comportamento

Conjunto de ideias sobre a ciência


humana chamada Análise do
Comportamento, pode ser vista como
uma filosofia da ciência e visa pensar a
respeito de:
SIMPLES
FORMULAÇÃO • Por que fazemos o que fazemos?
• O que devemos e o que não
devemos fazer?
• Por que o diacho do seu marido
disse que consertaria o cifão da pia
há seis meses e ainda não o
arrumou?
Referencial histórico
Como as demais, surge da FILOSOFIA

Filosofia = suposições/ observações que se tornam


conclusões.

Argumentos que tomam forma


“Se isso fosse assim, então aquilo seria assim”
CIÊNCIA
Segue uma direção oposta!

“Isso foi observado: que verdade poderia levar a esta


observação, explica-la e que outras observações surgiriam
desta conclusão?”
LOGO...
FILOSOFIA (VERDADE ABSOLUTA) VS
CIÊNCIA (VERDADE MUTÁVEL)

EX: Considerava-se que seres vivos e não-


vivos pertenciam a grupos diferentes pois
Deus havia dado aos vivos algo que não havia
dado aos mortos (alma ou vis viva/ força vital).
No séc. XVII começaram a dissecar animais
mortos para saber mais sobre seu
funcionamento e passaram a enxergar que a
questão é muito mais relacionada a uma
maquina em funcionamento VS uma máquina
sem reparo do que de ter ou não uma alma.
CONCEITO
Se considerarmos o artigo escrito por Skinner (1963/1969) sobre
os cinquenta anos de behaviorismo (considerando como marco
do início do behaviorismo as propostas apresentadas em 1913
por J. B. Watson), a contraposição com as demais propostas é
feita a partir de questões sobre o objeto e os métodos da
psicologia. Skinner (1963/1969) inicia assim seu artigo:

Behaviorismo, com ênfase no ismo, não é o estudo científico do


comportamento, mas uma filosofia da ciência preocupada com o
objeto e métodos da psicologia. Se a psicologia é uma ciência da
vida mental - da mente, da experiência consciente - então ela
deve desenvolver e defender uma metodologia especial, o que
ainda não foi feito com sucesso. Se, por outro lado, ela é uma
ciência do comportamento dos organismos, humanos ou outros,
então ela é parte da biologia, uma ciência natural para a qual
métodos testados e muito bem sucedidos estão disponíveis. A
questão básica não é sobre a natureza do material do qual o
mundo é feito ou se ele é feito de um ou de dois materiais, mas
sim as dimensões das coisas estu-dadas pela psicologia e os
métodos pertinentes a elas. (p.221)
Vamos ouvir ele
mesmo
explicando
https://youtu.be/n2lRo3G6OAI
RESUMO 1. Causas mentais do
comportamento não tem lugar
nesta ciência;
2. As origens do comportamento
advém da hereditariedade, do
ambiente, do presente e do
passado;
3. Termos coloquiais mentalistas
não tem lugar nesta ciência
(acreditar, imaginar, esperar,
pretender, etc)
4. Eventos privados são naturais
e compartilham de todas as
propriedades do
comportamento público (suas
origens advém do ambiente);
Vocês Expressões como intenção, na

concordam: realidade se relaciona a 3 tipos:


1. Função;
2. Causa;
3. Sentimentos.

Eventos futuros não podem explicar


comportamentos;
Referem-se ao passado ao invés do
futuro (como imaginam);
EXEMPLO: Intenção: Fazer faculdade de
Psicologia

Parece futuro, mas não é!

Análise Funcional:
Quais reforçadores no passado
geraram o comportamento de
iniciar o curso?

Não faz sentido!?


CONSEGUEM
PENSAR EM
MAIS
EXEMPLOS?
• VEREMOS:
• A importância dos estímulos para a
análise do comportamento;
• A unidade tríplice da Análise

CONTROLE Experimental
• Diferença entre estímulo

DE
Discriminativo (Sd) e Estímulo Delta
(SΔ);
• O treino discriminativo e o controle de

ESTIMULOS estímulos;
• Comportamentos
Generalizando estímulos;
“Complexos”.

• Classes de Estímulos que bicho é esse?


• Atenção e Abstração para a Análise do
Comportamento.
Veja como o
contexto é
importante
Vídeo de 10 segundos:

https://youtu.be/PKqABpoMNxU

PS: Dizer que o ambiente exerce controle


sobre o comportamento, quer dizer apenas
que altera a probabilidade de ocorrência do
comportamento.
Em SP isso não
seria possível!
1. Carro estaria preso no trânsito;
2. Em resposta ao trânsito ele estaria
batucando no volante, porém com
ódio e não com diversão...

Até aqui aprendemos que a relação


entre comportamento, se dava entre:

S → R → C (reforço)

MAS:
Agora vamos entender o
seguinte:
A probabilidade da resposta é alta na presença do
estímulo diante do qual ela foi repetidamente reforçada
e baixa na sua ausência.

Assim como o Reforço tem duas formas (+ e -), o


estímulo também tem...
Vertentes do
estímulo
O estímulo também pode aparecer sob 2
vertentes:

Estímulo Discriminativo (Sd): onde existe


probabilidade de uma determinada resposta
ser reforçada;

Estímulo Delta (S Δ): onde os contextos onde


não existe a probabilidade da resposta ser
reforçada;
Vejamos o quadro abaixo

Sd → R → SR+
Caixa Ir até o Ser
aberto caixa atendido
SΔ → R -X→ SR+
Caixa Ir até o Ser
fechado caixa atendido
Treino
discriminativo Sd
Luz acesa
→ R
Pressão a
→ SR+
Água
barra
Ocorre por meio do reforçamento diferencial: SΔ → R -X→ SR+
● Reforço do comportamento na presença de Luz Pressão a água
determinado estímulo apagada barra
● Extinção na sua ausência
Sd PRECEDE comportamentos
EVOCA comportamentos
ESTABELECE OCASIÃO para a
emissão da resposta
SINALIZA a classe de respostas com
probabilidade de reforço.

EX: Na presença da mãe, dizer:


“mãe”

Sua relação com o comportamento


é probabilística. Não elicia (provoca)
respostas.
VAMOS REFLETIR
USEI E A IMAGEM DO SOCIAL MEDIA
PROPOSITALMENTE...
Vocês conseguem identificar exemplos de ESTIMULO DISCRITIMINATIVO
nas Mídias Sociais?
MAIS EXEMPLOS
Estímulo discriminativo
Música que toca na C&A para te deixar “animadin” pra comprar...

Sabia que elas podem ser o estímulo que faltava para você tomar a decisão de compra!?

Mas por que sempre são músicas “genéricas”?


Será que se porquê se forem especificas e o cliente não gostar da musica, o efeito é contrário?
Você ficaria numa loja que toca algo que você odeia?
Outro exemplo
Recentemente, foi publicado um artigo no The
Guardian que dizia: Músicas do Ed Sheeran
fazem a gente querer comer mais. “A música em
específico, Shape of You, passa para nós uma
sensação e essa sensação é passada para a
coisa que estamos olhando”, explica o
especialista em comportamento Philip Grave.

Sinaliza a INDISPONIBILIDADE do
reforço.

FORNECE OCASIÃO para que a


resposta NÃO ocorra.

É correlacionado com a extinção.

Exemplo: Na presença de sua mãe,


não dizer "pai”;
Mais exemplos
Sd → R → SR+
Ônibus certo subir destino
SΔ → R -X→ SR+
Ônibus errado subir destino

Sd → R → SR+
Neosaldina ingerir Dor de cabeça
SΔ → R -X→ SR+
M&Ms ingerir Dor de cabeça
Função discriminativa X função
eliciadora
OPERANTE RESPONDENTE
Estímulo apenas fornece contexto para a Estímulo elicia a resposta
resposta ocorrer
Cisco no olho → lacrimejar
Ser xingado → xingar de volta
Barulho alto → sobressalto
Dor de cabeça → tomar remédio
Discriminar implica em responder de
maneira diferenciada na presença de
estímulos diferentes ou a diferentes
aspectos do estímulo.

Discriminação 1. Por que nos comportamentos


diferentemente na presença de
simples estímulos diferentes?
2. Por que nos comportamentos de
maneira semelhante em momentos
distintos da vida?
Discriminação simples
A discriminação simples exemplifica uma contingência de
três termos:

Sd : Resposta → Reforço

Apito : soprar → Reforço


Ausência de apito : soprar → ausência ou menor
probabilidade de... (Não há reforço)
Portanto...

Resposta aparece em uma situação, Resposta aparece com maior Resposta aparece em uma situação e
mas não em outra (soprar com apito na frequência do que em outra (comer no uma resposta diferente aparece em
boca e não soprar sem o apito na boca); sofá x comer na mesa de jantar); outra situação (soprar o apito e sugar o
canudo)
Controle por Sd e por SDelta

SD: S que SDelta: S que


aumenta a diminui a
probabilidade da probabilidade da
Resposta ocorrer; Resposta ocorrer.
Exemplo:
Sd = Manga verde → não comer →
ácido

SDelta = Manga madura → comer →


doce
Vamos pensar juntos
O que acontecerá se reforçarmos respostas a todos os
discos:

BICAR O DISCO
Série 1 Série 2 Série 3 Série 4 Série 5

2
FREQUÊNCIA
BICAR O DISCO BICAR O DISCO

EXTINÇÃO REFORÇO
BICAR O DISCO
Série 1 Série 2 Série 3 Série 4 Série 5

5
3
2

0,5
FREQUÊNCIA
Importância da
discriminação
• Responder aos próprios sentimentos;

• Emitir comportamentos verbais diante de dores,


estados biopsicossociais;

• Discriminar seus próprios comportamentos.


Emissão do mesmo comportamento na
presença de estímulos semelhantes.

Quanto mais parecido o novo estímulo for


com o Sd , maior a probabilidade da
Generalização resposta ocorrer.

A resposta é reforçada na presença de um


estímulo (Sd ) Ela provavelmente ocorrerá
na presença de novos estímulos
formalmente parecidos com o Sd.
EXEMPLO: O QUE É ISSO?
CERVEJA!?
MAS SÃO DIFERENTES!

GENERALIZAMOS O ESTÍMULO
Portanto...
• O efeito do reforçador se estende
aos estímulos, mesmo àqueles
que não foram reforçados
anteriormente;

• O controle exercido pelos


Estímulos depende da
similaridade física entre os
Estímulos relacionados com o
Reforço.
Logo...
• Mudam-se os Estímulos,
permanecem as Respostas;

• Estimulo também pode


aumentar a probabilidade de
Respostas diferentes, porém
todas estas Respostas
prováveis pertencem a mesma
classe.
Importância da
Generalização Responder a mudanças
usando padrões que foram
efetivos em situações
parecidas (porém não
iguais);

Respondermos
efetivamente diante de
mudanças no ambiente.
VAMOS
PENSAR
JUNTOS
1. Qual a importância da generalização e
quais são as duas classes de estímulos
existentes.
Generalização ajuda no desenvolvimento

Facilita na adaptação ao meio, tornando


a aprendizagem mais rápida e eficiente.

A utilização da generalização de
estímulos operantes, está ligada à
similaridade dos estímulos, quando mais
parecido, mais rápido torna -se o
raciocínio, sobre o (SD) que já foi
aprendido anteriormente.

Caso haja uma generalização


equivocada, quando ocorre da criança
chamar qualquer indivíduo do sexo
masculino de “papai”, essa generalização
não será reforçada, então a criança
assimilará que somente um indivíduo
poderá ser chamado de “papai”.
Classes
Classes por similaridade física (Generalização): Os estímulos (SD) com
similaridades físicas servem para a mesma resposta, por possuírem as
mesmas propriedades. Então quando uma criança aprende que o líquido
que está no copo chama-se “água”, logo quando tiver uma vitamina de
frutas ela o chamará de “água”, confirmando a generalização por
similaridade física.

Classes funcionais: São compostas por estímulos que não possuem


similaridade física, porém pertencem a uma mesma “categoria” . Caso
seja aprendido que o violão produz “som”, logo será assimilado que um
piano também produz “som”, faz parte da categoria de instrumento
musical.
EX:
MINHA FILHA DERRUBOU O CELULAR QUE QUEBROU TODINHO...
MINHA ESPOSA FALOU:
SE TIVESSE COLOCADO A CAPINHA NÃO TINHA QUEBRADO...
ATÉ AGORA NÃO SEI DE QUE CAPINHA ELA ESTAVA FALANDO!
• CASO CLÍNICO J:

VAMOS VER 1.
2.
J = Menina de 13 anos;
Pai traficante colombiano,

TUDO ISSO NA padrasto empresário, dono de


restaurante no EUA

PRÁTICA 3. Mãe relata


relacionamento
estar em
abusivo
(abandonou seus sonhos em
prol da família)
4. J tem comportamentos de
esquiva, mente, sai escondida
para festas, usa álcool e
maconha (quando se comporta
bem pede para que a mãe a
deixe usar em casa);
5. Relatou que já pensou em usar
LSD
6. Vem para o Brasil porque
numa dessas festas teve
comportamento de risco
Vamos usar todos os conceitos na
prática.
1° Padrão relacionamento pai/mãe→mãe/J

Sd → R → SR+
Usar drogas Alívio do
sofrimento /
grito de socorro
SΔ → R -X→ SR+
Usar drogas Alívio do
sofrimento /
grito de socorro
Façamos uma análise conjunta
Vamos tentar ir um do caso, vamos levar em
consideração:
pouco além e testar
nossa capacidade de Estímulos:

analisar um caso TIPO


SD ou Sdelta
Função Discriminativa
Função Eliciadora
Respostas
Reforços

Prognóstico
Plano de tratamento
ABSTRAÇÃO E SEU PAPEL NA
APRENDIZAGEM DE
COMPORTAMENTOS
COMPLEXOS

Abstrair, de acordo com Skinner, é emitir um


comportamento sob controle de uma
propriedade (ou algumas propriedades) do
estímulo, que é comum a mais de um estímulo
e, ao mesmo tempo, não ficar sob o controle
de outras propriedades (ignorá-las).

Por exemplo, ao pronunciarmos "mesa" na


presença de diversas mesas diferentes,
estamos sob controle de algumas pro-
priedades e ignoramos outras, como tamanho,
formato, altura, cor, material de que é feita,
etc.
OUTRA FORMA DE
ENTENDER O CONCEITO
• A abstração, nada mais é do que “abstrair” características
específicas de um determinado objeto ou criatura, deixando
de lado as demais atribuições do mesmo.

• Por exemplo, abstrair uma bola de futebol de couro


da ideia mais geral de uma bola seleciona apenas as
informações sobre os atributos gerais da bola e o
comportamento, excluindo, mas não eliminando, as
outras características fenomenais e cognitivas dessa
bola em particular.
OUTRA
DEFINIÇÃO
Generalização dentro da mesma classe e
discriminação entre classes diferentes;

VENTILADOR

Chamar de ventilador um deles em meio a


diversos outros na loja = abstração

Separar ventilador de hélice, ventoinha, etc


= discriminação
Papel da
abstração na BEBE:

aprendizagem HOMEM = PAPAI


HOMENS SÃO TODOS “PAPAIS”?

Vamos pensar que a maioria dos


comportamentos é reforçado pelo
ambiente, afinal nossa vida se dá
em sociedade...

Portanto...
ESTIMULO COMPORTAMENTO COMPTO 2 REFORÇO
VER A MÃE FALAR: MÃE! DIZER: BOLACHA RECEBER
BOLACHA
VER A MÃE FALAR: MÃE! DIZER: BOLA RECEBER BOLA

Nesse exemplo a atenção de outra pessoa (mãe) é um reforço condicionado


generalizado.
A atenção é, portanto, um reforço generalizado condicionado porque reforça N
classes de resposta, independente de privações específicas, sendo também um Sd
para a emissão de N classes respostas diferentes.

No exemplo 1 a criança esta privada de alimento;


No exemplo 2 a criança esta privada de brinquedos.
PRINCIPAIS CONCEITOS
VISTOS ATÉ AQUI
• CONTROLE DE ESTIMULOS:
Controle exercido sobre o comportamento por
estímulos antecedentes a ele: o contexto onde o
comportamento ocorre.
EX: Contar piada na frente dos amigos e não
contar na frente dos professores ou pais
Operante
Discriminado
Comportamento operante que esta
também sob controle de estímulos
antecedentes.
Discrimina-se o estimulo e reage de
acordo com a necessidade diante dele.
EX: Responder uma pergunta
apenas depois que ela é feita
Treino discriminativo
Procedimento utilizado para estabelecer o controle de
estímulos: consiste em reforçar o comportamento na
presença de Sd e extingui-lo na presença de Sd.
EX:
Ganhar pontos ao ler corretamente uma palavra VS
não ganhar pontos ao ler incorretamente a palavra
Classes de
estímulo
Conjunto de estímulos que fornecem
contexto (ocasião) para uma mesma
resposta.
EX:
Ao passar por uma bola chutamos (ou
ficamos morrendo de vontade de
chutar!), seja lá qual for a situação...
Classes por generalização
Classe de estímulo baseada em semelhança física.
EX:
Dizer cachorro na presença de qualquer cão, seja ele de
macho/fêmea, Doberman/Pinscher, etc.

Dizer pessoa para qualquer pessoa, seja ela da raça,


credo, etnia que for.
Classes
funcionais
Classe de estímulos baseada na
função de cada estimulo que
pertence a ela.
EX:
Dizer instrumento musical na
presença de qualquer objeto que
sirva para gerar música.
Abstração
(Abstrair)
Responder sob o controle de
determinadas propriedades de um
estímulo, e não sob o controle de
outras.
EX:
Dizer mesa na presença de qualquer
mesa independente da cor, tamanho,
textura, etc
Cadeia de respostas
Sequencia de respostas necessárias para a produção
de um reforçador, ou seja, nem sempre um
comportamento gera imediatamente um reforço, por
vezes uma cadeia de comportamentos leva ao reforço.
EX:
Ver o garçom (Sd) → Chamar o Garçom (R) → Pedir
algo (R2)

Acordar com despertador (Sd) → Tomar café (R1) →


Pegar ônibus (R2) → Trabalhar (R3) → Pegar ônibus
(R4) → $ (Reforço)
Reforço
continuado Estimulo que adquire propriedade
reforçadora por aprendizagem
(após tornar-se um Sd). Pode ser
simples ou generalizado.
EX:
Dinheiro é reforçador condicionado
generalizado, pois funciona como
ocasião para vários
comportamentos.
(Exemplo repetir a mesma cadeia
de comportamentos por um mês
para ter 1 único reforçador que é o
pagamento no dia X)

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