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PSICOLOGIA
GRUPO 05
AUTOCONHECIMENTO E BEHAVIORISMO
GUANAMBI - BA
2022
GRUPO 05
AUTOCONHECIMENTO E BEHAVIORISMO
GUANAMBI- BA
2022
INTRODUÇÃO
É melhor ser escravo consciente do que escravo feliz (Skinner 1993). Tal frase de
Skinner refere-se ao fato de que nosso comportamento é determinado e que não há livre arbítrio,
pois nosso comportamento sofre controle do ambiente e de suas próprias consequências. No
entanto, o autoconhecimento te torna consciente daquilo que o controla possibilitando predição
e controle de comportamentos específicos.
O autocontrole suscita a mesma questão do autoconhecimento: Quem são os
controladores e controlados? E a resposta, novamente, é a de que são repertórios de
comportamento.
A análise experimental do comportamento, com um vocabulário autodescritivo
especial, dela derivado, tornou possível à pessoa aplicar a si mesma muito daquilo que foi
aprendido acerca do comportamento alheio, inclusive o de outras espécies (Marçal 2004).
O autoconhecimento se dá de forma mais sistemática e objetiva no ambiente
terapêutico. A terapia analítico comportamental é uma vertente da Psicologia que se baseia nos
princípios do Behaviorismo Radical e da Análise Experimental do Comportamento. Na Terapia
analítico comportamental o terapeuta investiga o comportamento do paciente diante dos
diferentes contextos, define metas e faz intervenções para que o padrão comportamental se
torne mais positivo e funcional. Tornar o cliente capaz de discriminar seus próprios
comportamentos e as variáveis que o influenciam, faz parte do processo necessário para
capacitar o indivíduo a solucionar sozinho seus problemas (Batitucci 2001).
Perceber o próprio comportamento é útil ao tentar mudar o próprio comportamento.
Quando o indivíduo se torna consciente de seus comportamentos, e talvez também dos fatores
determinantes, surgem diversas vantagens, como o verdadeiro ser livre, o autocontrole e a
possibilidade de modificar o seu comportamento.
Segundo Skinner, o ser humano só é livre após a tomada de consciência, que significa
estar consciente de si e de suas contingências.
A utilidade do autoconhecimento e da liberdade, está justamente na previsão e no
controle do comportamento (Skinner, 1982). A própria pessoa pode prever seu comportamento
e fazer algo para fortalecê-lo ou evitá-lo, como ocorre no caso do autocontrole. Além disso,
com o autoconhecimento, é possível partir para a construção de novos repertórios
comportamentais.
Com o autoconhecimento, o ser humano pode planejar sua vida. Não pode ser
totalmente livre, mas pode manipular o ambiente, trocando controles coercitivos por menos
coercitivos (Carvalho Neto, 2000). Sendo assim, o autocontrole trata-se de modificar as
contingências até que apareça uma resposta mais eficaz, trata-se de analisar contingências e
modificar regras.
Por fim, podemos concluir que o autoconhecimento defendido pela análise do
comportamento significa conhecer o próprio comportamento e em quais situações ele ocorre,
ao conhecer seu comportamento e seu histórico de punição e reforçamento será possível
predizer e controlar o próprio comportamento, sendo um conceito mais pragmático e útil do
que o conceito do senso comum.
CONCLUSÃO
Fonte:https://www.disneyplus.com/pt-
br/movies/enrolados/3V3ALy4SHStq
Flynn Ryder é o bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga,
ele se esconde em uma torre. Lá conhece Rapunzel, uma jovem prestes a completar 18 anos
com um enorme cabelo dourado, de 21 metros de comprimento. Rapunzel deseja deixar seu
confinamento na torre para ver as luzes que sempre surgem no dia de seu aniversário. Para
tanto, faz um acordo com Flynn. Ele a ajuda a fugir e ela lhe devolve a valiosa tiara que tinha
roubado. Só que a mamãe Gothel, que roubou e aprisionou Rapunzel na torre durante toda a
sua vida, não quer que ela deixe o local de maneira alguma.
No filme é evidente a influência do comportamento verbal da mamãe Gothel sobre a
Rapunzel. Gothel diz a Rapunzel que o mundo é perigoso e cheio de coisas horríveis.
Rapunzel, acreditando nas mentiras de sua mãe, permanece dentro da torre, mas todos os anos
em seu aniversário, Rapunzel observa o festival das luzes flutuantes, que acontece no reino
vizinho, ela sempre sonhou em um dia ir ao reino ver o festival. Finalmente, em seu aniversário
de dezoito anos, ela reúne a coragem de pedir a Gothel para levá-la ao festival, Gothel se recusa,
e ordena a Rapunzel que ela nunca volte a pedir para deixar a torre novamente. Movida por
interesses próprios, a vilã utiliza de recursos verbais para manipular a jovem evitando que ela
tenha acesso a novas contingências. O incentivo da comunidade verbal é essencial para o
surgimento do comportamento autodescritivo, como Rapunzel nunca teve uma comunidade
verbal que incentivasse o comportamento de se autoconhecer viveu a vida toda conformada em
estar presa.
Um novo contexto modela o comportamento de Rapunzel quando Flynn Ryder invade
a torre, ele torna-se estímulo discriminativo para ela ao ser a sua possibilidade de fuga. Ao
possibilitar que Rapunzel saia da torre guiando-a ao reino vizinho, Flynn incentiva que ela
observe as contingências do próprio comportamento, principalmente na cena em que ela está
confusa se deve ou não continuar sua viagem, mesmo incentivando-a a voltar ele possibilita
que ela discrimine seus próprios comportamentos e as variáveis em que ele ocorre, pois ela se
lembra que sempre sonhou em ver as luzes flutuantes e agora tem a chance de ter seu desejo
realizado, uma clara expressão de discriminação do próprio comportamento, logo, do
autoconhecimento.
Após a fuga de Rapunzel com Flynn Ryder, outra cena interessante é a cena na taberna,
lá eles encontram várias pessoas que, como ela, possuem sonhos, que são relatados quando
Rapunzel incentiva todos a contarem seus sonhos, nesse momento Rapunzel atuou como a
comunidade verbal que incentiva e reforça o comportamento autodescritivo.
No decorrer das cenas Rapunzel entra em conflito com as novas contingências em que
está exposta, porém, estar sob novas contingências significa entrar em contato com novas
situações e dever emitir novos comportamentos para solucionar os problemas apresentados, e
foi isso que a protagonista fez ao longo do filme.
A cena mais marcante do filme é quando finalmente Rapunzel pôde contemplar as luzes
flutuantes que sempre sonhou, nessa cena Flynn pergunta como ela se sente após realizar seu
sonho, Rapunzel relata se sentir assustada, pois não sabia quanto ao futuro e não sabia o que
fazer após isso, Flynn afirma que essa é a parte legal, ter que encontrar outro sonho. No fim
Rapunzel demonstra que observar seus próprios comportamentos e o contexto em que eles
ocorrem possibilitaram que ela conhecesse a si, isso proporcionou liberdade para ela, até no
sentido literal, pois não estava mais presa as paredes da torre. O autoconhecimento tem um
valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’,
por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu
próprio comportamento. (Skinner, 1982)
Após Gothel mentir para Rapunzel que Flynn a deixou, ela aceita, de coração partido,
voltar e nunca deixar a torre novamente. No entanto, já na torre, após examinar uma bandeira
do festival e se lembrar da pintura do rei, da rainha e da princesa perdida, percebe que tudo está
ligado. Isso desperta memórias de infância de Rapunzel, e ela percebe que ela é a princesa
perdida do reino. Ela confronta Gothel, e após descobrir a verdade, jura que não será mais
usada por sua “mãe”, a trama continua, mas nessa cena é perceptível que quando o indivíduo
se torna consciente de seu histórico de comportamentos, surgem diversas vantagens, como o
verdadeiro ser livre, o autocontrole e a possibilidade de modificar o seu comportamento.
Segundo Skinner, o ser humano só é livre após a tomada de consciência, que significa estar
consciente de si e de suas contingências, apesar de ainda estar em situação de perigo, Rapunzel
conseguiu analisar as contingências de seus comportamentos desde a infância e finalmente ter
consciência de si.
REFERÊNCIAS
SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. M. da P. Vila lobos, trad. São Paulo: Cultrix. 1982.
RELATÓRIO DE TAREFAS
ALUNO TAREFA
Ana Paula Moreira de Souza Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme e elaboração da cartilha.
Anázia de Jesus S. Matos Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme.
Cassiele Santos de Oliveira Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme, apresentação e organização do
seminário e elaboração da cartilha.
Flávia Paula Cotrim Santos Pesquisa bibliográfica do tema,
apresentação e organização do
seminário, elaboração do texto que
relaciona o tema e filme.
Greicielly Ferreira Santos Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme e elaboração da cartilha.
Matheus Dias da Silva Pesquisa bibliográfica do tema,
organização do seminário.
Mirian Nascimento Pesquisa bibliográfica do tema,
organização do seminário, elaboração do
texto que relaciona o tema e o filme
Viviane Wanessa Reis Rocha Silva Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme, síntese do conteúdo para
elaboração da cartilha.