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CENTRO UNIVERSITÁRIO FG - UNIFG

PSICOLOGIA

ANA PAULA PEREIRA DE SOUZA


ANÁZIA DE JESUS S. MATOS
CASSIELE SANTOS DE OLIVEIRA
FLÁVIA PAULA COTRIM SANTOS
GREICIELLY FERREIRA SANTOS
MATHEUS DIAS DA SILVA
MIRIAN NASCIMENTO
VIVIANE WANESSA REIS ROCHA SILVA

GRUPO 05
AUTOCONHECIMENTO E BEHAVIORISMO

GUANAMBI - BA
2022
GRUPO 05
AUTOCONHECIMENTO E BEHAVIORISMO

Roteiro do conteúdo apresentado ao Curso de


Psicologia como requisito referente a avaliação
parcial da A3 da Unidade Curricular Análise e
Modificação do Comportamento.

Docentes: André Wilson N. Veloso e Jonathan


Alkamim.

GUANAMBI- BA
2022
INTRODUÇÃO

Diversos teóricos já enfatizaram a importância do autoconhecimento, como exemplo


do filósofo Sócrates (c. 469 – 399 a.C.) em sua célebre frase: “conhece-te a ti mesmo”. A busca
pelo autoconhecimento não é uma novidade dos dias atuais.
Neste trabalho acadêmico analisaremos o tema “Autoconhecimento” com base na linha
teórica do behaviorismo e através de uma pesquisa bibliográfica, as obras analisadas são citadas
no capítulo referências. Além disso, conforme a proposta dos docentes, faremos a relação do
tema com o filme Enrolados (2010) da Walt Disney Pictures, uma releitura do clássico
Rapunzel criado pelos irmãos Grimm em 1815. A discussão inicial da relação entre o tema e o
filme será mencionada nesse arquivo e posteriormente em uma cartilha. Os resultados gerais
serão apresentados no seminário em sala de aula para toda a turma.

A apresentação do tema se dará através dos seguintes tópicos:

1. O que é o autoconhecimento para o senso comum?


2. O que é o autoconhecimento para a análise do comportamento e quais tipos de
comportamentos estão envolvidos?
3. Autoconhecimento e o ambiente social.
4. Qual a função do autoconhecimento segundo a terapia analítica comportamental?
5. Autoconhecimento no filme enrolados, uma análise behaviorista.

Até o momento já finalizamos toda a parte de pesquisa teórica, escolhemos o filme e


fizemos a relação com o tema. Restando apenas a confecção da cartilha e apresentação do
seminário, todas as tarefas envolvidas no processo já foram distribuídas entre os membros do
grupo e estão em fase de execução.
DESENVOLVIMENTO

O QUE É O AUTOCONHECIMENTO PARA O SENSO COMUM?

Para o senso comum, autoconhecimento é o conhecimento de si próprio. No dicionário


Aurélio (2022) temos a seguinte definição de autoconhecimento: “conhecimento de si mesmo,
das próprias características, sentimentos, inclinações, etc.” A definição do senso comum é um
conceito útil? Evidentemente não, pois, na prática, essa explicação não possui utilidade.
O autoconhecimento na visão convencional é a existência de um mundo interno
subjetivo, separado do mundo externo objetivo, que passa por uma noção de consciência de
mundo em volta da mente, percebidos pelos seus pensamentos e sentimentos. No entanto, esse
questionamento sobre o autoconhecimento na mente não tem significado para o analista do
comportamento, sendo alheio a essa questão.

O QUE É O AUTOCONHECIMENTO PARA A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO


E QUAIS TIPOS DE COMPORTAMENTOS ESTÃO ENVOLVIDOS?

Para a análise do comportamento, autoconhecimento trata-se da capacidade de


descrever ou relatar seus próprios comportamentos e as variáveis que o controlam. (Rose,
1982).
O Autoconhecimento é um comportamento verbal discriminativo que expressa um
conhecimento sobre o próprio comportamento. (Skinner 1993). Desta forma, se conhecer para
Skinner é discriminar estímulos, a pessoa está mais consciente de si quando aumenta sua
capacidade de discriminar e descrever o próprio comportamento.
Assim, autoconsciência é quando a pessoa sabe quais contingências estão afetando seu
próprio comportamento. Sério (2001) ressalta que: como os demais comportamentos, o
conhecimento se origina na relação do sujeito com o ambiente no qual interage, através de sua
exposição e participação nas contingências de reforçamento, sendo o autoconhecimento um
comportamento operante, está sujeito à interação com o ambiente e suas consequências.
De acordo com Marçal (2004, p.6) “Ao analisar o repertório de comportamentos, deve-
se interessar em saber em que condições ele ocorre e quais variáveis o controlam.” Sendo o
conhecimento do comportamento caracterizado como comportamento discriminativo, pode-se
identificar as variáveis que o controlam no intuito de modificá-las. Ressalta-se que, quando o
indivíduo se autoobserva e autodescreve comportamentos encobertos, não está acessando
conteúdos já existentes dentro de si num lugar imaterial. O autoconhecimento não é um jeito
ensinado para buscar algo no interior, também não é um caminho percorrido para atingir as
profundezas do ser, é sim a descrição de comportamentos observáveis (Gongora & Abib, 2001).
Alguém sabe que está com medo pela mesma maneira que os outros sabem que ele está,
ou seja, pelos comportamentos observáveis desse alguém, a única diferença é que esta pessoa
tem acesso direto a comportamentos encobertos (pensamentos, imagens e sensações).
O autoconhecimento é um comportamento, reforçado, (ou não) por respostas verbais
apresentadas pelo sujeito (um relato do próprio comportamento do organismo), que funcionam
no sentido de responder aos questionamentos apresentados pela comunidade verbal (como, por
exemplo: “o que você fez?” ou “o que você está fazendo?”). E, para que o outro perceba que
estou passando por algum evento privado, é necessário que eu consiga verbalizar através de
um evento público, me comportando na linguagem verbal o que estou experimentando ou o
que já experimentei.
Além de muitos de nossos próprios comportamentos não serem conscientes, as razões
de sua ocorrência também não o são. Nem sempre as pessoas estão atentas às condições que
antecedem seu comportamento, ou as consequências que ocorrem no ambiente, ou seja, não se
discrimina a contingência.
O comportamento verbal surgiu na história da espécie humana como um marco
diferencial. Trouxe diversas vantagens, como maior possibilidade de cooperação, benefício do
que os outros já aprenderam ao seguir regras, conselhos e instruções, além de viabilizar o
surgimento do autoconhecimento. Dentre os tipos de comportamento verbal definidos por
Skinner (1978), o tato e os intraverbais são de especial interesse na presente discussão. O tato
pode descrever comportamentos abertos e encobertos do próprio indivíduo, são afirmações
descritivas sobre nós mesmos ou sobre o ambiente e estão sob o controle de estímulos
ambientais. Assim, esses tipos de comportamentos formam boa parte da base do conhecimento
verbal (Moscovici, 1961; Moscovici & Hewstone, 1983).

AUTOCONHECIMENTO E O AMBIENTE SOCIAL

Todas as espécies, exceto o homem, comportam-se sem saber que o fazem, e


presumivelmente isto também era verdadeiro no caso do Homem, até surgir uma comunidade
verbal que fizesse perguntas acerca do comportamento, gerando assim o comportamento auto
descritivo. O conhecimento de si próprio tem origem social e é inicialmente útil para a
comunidade que propõe perguntas. Mais tarde, torna-se importante para a própria pessoa, por
exemplo, para haver-se consigo mesma ou para controlar-se.
No behaviorismo radical o outro é necessário e imprescindível para o
autoconhecimento, isso só reafirma o caráter social do ser humano, pois não nos devemos
surpreender com o fato de que quanto mais soubermos sobre o comportamento alheio, melhor
nós compreendemos a nós mesmos (Skinner 1982). Ademais, No Behaviorismo Radical a
noção de “Si próprio” só pode ser compreendida no âmbito de contingências sociais verbais,
não havendo, portanto, um “eu” preexistente ao comportamento verbal.
Sendo assim, a comunidade organiza as contingências para uma pessoa descrever o
mundo aberto ou encoberto onde vive (mediante estímulos antecedentes nas perguntas, ou por
meio de consequências) e então gera a forma de comportamento chamada autoconhecimento
(Skinner 1982). Assim, a comunidade verbal ensina o indivíduo a se auto-observar e a
descrever seus comportamentos, construindo o autoconhecimento. Como cada comunidade
possui interesses diferentes, a maneira de uma pessoa se explicar aos outros e o tipo de
autoconhecimento diferirão de uma comunidade para outra (Skinner 1982). Diferentes
comunidades geram tipos e quantidades diferentes de autoconhecimento e diferentes maneiras
de uma pessoa explicar-se a si mesma e aos outros. Como, então, a comunidade pode
proporcionar o autoconhecimento? Reforçando diferencialmente o comportamento verbal de
autodescrição. A comunidade verbal é a responsável pelo processo de discriminação que torna
o comportamento de autodescrição contingente a um estímulo discriminativo e a um reforço
social.
Ademais, Skinner, (1982) afirma que o autoconhecimento é inicialmente útil para a
comunidade e, mais tarde, para o próprio indivíduo. Tal utilidade está relacionada à
previsibilidade e à obtenção de reforços, pois através do autoconhecimento há a possibilidade
do aumento das possibilidades de reforços e isso mantém a construção do autoconhecimento.
Em uma análise behaviorista, conhecer outra pessoa é simplesmente conhecer o que ela
faz, fez ou fará, bem como a dotação genética e os ambientes passados e presentes que explicam
por que ela o faz, não se trata de uma tarefa fácil porque muitos fatores relevantes estão fora
de alcance e cada pessoa é indubitavelmente única. Ninguém mais (a menos que tenha um
gêmeo idêntico) possui sua dotação genética e, sem exceção, ninguém mais tem sua história
pessoal de comportamentos. Daí se segue que ninguém mais se comportará precisamente da
mesma maneira. Contingências complexas de reforço criam repertórios complexos e, como
vimos, diferentes contingências criam diferentes pessoas. Cada indivíduo passou por uma
história de aprendizagem singular e, portanto, interage de forma igualmente singular com o seu
ambiente. Por isso, só se pode identificar quais estímulos exercerão controle sobre o
comportamento, e como eles farão isso, analisando-se os casos individuais (Marcio B. Moreira
e Carlos Augusto de Medeiros, 2018)
A vida de um determinado indivíduo, portanto, envolve uma história de relações de
seus comportamentos com o ambiente. Para se entender por que um organismo se comporta de
uma certa maneira é necessário retroagir à sua história individual, isto é, às relações entre
comportamentos e consequências ocorridas no passado. Esta análise é objeto de estudo da
Análise do Comportamento (Skinner 1974).
De acordo com Skinner (1982), a criança começa a interagir com as contingências
ambientais às quais é exposta assim que ela nasce. Tais contingências são, em sua maior parte,
fornecidas por outras pessoas (Skinner 1974). Os homens, assim como os animais de outras
espécies, comportam-se no mundo em que vivem e tais comportamentos produzem
modificações nesse mundo. As modificações ambientais, consequências das ações dos
organismos, influenciarão os seus comportamentos futuros, selecionando um repertório de
comportamentos apropriados para aquele meio particular (Skinner 1981). Nesse contexto, de
acordo com Catania (1998), estar sob novas contingências significa entrar em contato com
novas situações e dever emitir novos comportamentos para solucionar os problemas
apresentados.

QUAL A FUNÇÃO DO AUTOCONHECIMENTO SEGUNDO A TERAPIA


ANALÍTICA COMPORTAMENTAL?

É melhor ser escravo consciente do que escravo feliz (Skinner 1993). Tal frase de
Skinner refere-se ao fato de que nosso comportamento é determinado e que não há livre arbítrio,
pois nosso comportamento sofre controle do ambiente e de suas próprias consequências. No
entanto, o autoconhecimento te torna consciente daquilo que o controla possibilitando predição
e controle de comportamentos específicos.
O autocontrole suscita a mesma questão do autoconhecimento: Quem são os
controladores e controlados? E a resposta, novamente, é a de que são repertórios de
comportamento.
A análise experimental do comportamento, com um vocabulário autodescritivo
especial, dela derivado, tornou possível à pessoa aplicar a si mesma muito daquilo que foi
aprendido acerca do comportamento alheio, inclusive o de outras espécies (Marçal 2004).
O autoconhecimento se dá de forma mais sistemática e objetiva no ambiente
terapêutico. A terapia analítico comportamental é uma vertente da Psicologia que se baseia nos
princípios do Behaviorismo Radical e da Análise Experimental do Comportamento. Na Terapia
analítico comportamental o terapeuta investiga o comportamento do paciente diante dos
diferentes contextos, define metas e faz intervenções para que o padrão comportamental se
torne mais positivo e funcional. Tornar o cliente capaz de discriminar seus próprios
comportamentos e as variáveis que o influenciam, faz parte do processo necessário para
capacitar o indivíduo a solucionar sozinho seus problemas (Batitucci 2001).
Perceber o próprio comportamento é útil ao tentar mudar o próprio comportamento.
Quando o indivíduo se torna consciente de seus comportamentos, e talvez também dos fatores
determinantes, surgem diversas vantagens, como o verdadeiro ser livre, o autocontrole e a
possibilidade de modificar o seu comportamento.
Segundo Skinner, o ser humano só é livre após a tomada de consciência, que significa
estar consciente de si e de suas contingências.
A utilidade do autoconhecimento e da liberdade, está justamente na previsão e no
controle do comportamento (Skinner, 1982). A própria pessoa pode prever seu comportamento
e fazer algo para fortalecê-lo ou evitá-lo, como ocorre no caso do autocontrole. Além disso,
com o autoconhecimento, é possível partir para a construção de novos repertórios
comportamentais.
Com o autoconhecimento, o ser humano pode planejar sua vida. Não pode ser
totalmente livre, mas pode manipular o ambiente, trocando controles coercitivos por menos
coercitivos (Carvalho Neto, 2000). Sendo assim, o autocontrole trata-se de modificar as
contingências até que apareça uma resposta mais eficaz, trata-se de analisar contingências e
modificar regras.
Por fim, podemos concluir que o autoconhecimento defendido pela análise do
comportamento significa conhecer o próprio comportamento e em quais situações ele ocorre,
ao conhecer seu comportamento e seu histórico de punição e reforçamento será possível
predizer e controlar o próprio comportamento, sendo um conceito mais pragmático e útil do
que o conceito do senso comum.
CONCLUSÃO

AUTOCONHECIMENTO NO FILME ENROLADOS, UMA ANÁLISE


BEHAVIORISTA

Título Original: Tangled


Lançamento: 2010, Estados Unidos
Duração: 101 min.
Direção: Nathan Greno, Byron Howard
Gênero: Animação, Aventura, Comédia

Fonte:https://www.disneyplus.com/pt-
br/movies/enrolados/3V3ALy4SHStq

Flynn Ryder é o bandido mais procurado e sedutor do reino. Um dia, em plena fuga,
ele se esconde em uma torre. Lá conhece Rapunzel, uma jovem prestes a completar 18 anos
com um enorme cabelo dourado, de 21 metros de comprimento. Rapunzel deseja deixar seu
confinamento na torre para ver as luzes que sempre surgem no dia de seu aniversário. Para
tanto, faz um acordo com Flynn. Ele a ajuda a fugir e ela lhe devolve a valiosa tiara que tinha
roubado. Só que a mamãe Gothel, que roubou e aprisionou Rapunzel na torre durante toda a
sua vida, não quer que ela deixe o local de maneira alguma.
No filme é evidente a influência do comportamento verbal da mamãe Gothel sobre a
Rapunzel. Gothel diz a Rapunzel que o mundo é perigoso e cheio de coisas horríveis.
Rapunzel, acreditando nas mentiras de sua mãe, permanece dentro da torre, mas todos os anos
em seu aniversário, Rapunzel observa o festival das luzes flutuantes, que acontece no reino
vizinho, ela sempre sonhou em um dia ir ao reino ver o festival. Finalmente, em seu aniversário
de dezoito anos, ela reúne a coragem de pedir a Gothel para levá-la ao festival, Gothel se recusa,
e ordena a Rapunzel que ela nunca volte a pedir para deixar a torre novamente. Movida por
interesses próprios, a vilã utiliza de recursos verbais para manipular a jovem evitando que ela
tenha acesso a novas contingências. O incentivo da comunidade verbal é essencial para o
surgimento do comportamento autodescritivo, como Rapunzel nunca teve uma comunidade
verbal que incentivasse o comportamento de se autoconhecer viveu a vida toda conformada em
estar presa.
Um novo contexto modela o comportamento de Rapunzel quando Flynn Ryder invade
a torre, ele torna-se estímulo discriminativo para ela ao ser a sua possibilidade de fuga. Ao
possibilitar que Rapunzel saia da torre guiando-a ao reino vizinho, Flynn incentiva que ela
observe as contingências do próprio comportamento, principalmente na cena em que ela está
confusa se deve ou não continuar sua viagem, mesmo incentivando-a a voltar ele possibilita
que ela discrimine seus próprios comportamentos e as variáveis em que ele ocorre, pois ela se
lembra que sempre sonhou em ver as luzes flutuantes e agora tem a chance de ter seu desejo
realizado, uma clara expressão de discriminação do próprio comportamento, logo, do
autoconhecimento.
Após a fuga de Rapunzel com Flynn Ryder, outra cena interessante é a cena na taberna,
lá eles encontram várias pessoas que, como ela, possuem sonhos, que são relatados quando
Rapunzel incentiva todos a contarem seus sonhos, nesse momento Rapunzel atuou como a
comunidade verbal que incentiva e reforça o comportamento autodescritivo.
No decorrer das cenas Rapunzel entra em conflito com as novas contingências em que
está exposta, porém, estar sob novas contingências significa entrar em contato com novas
situações e dever emitir novos comportamentos para solucionar os problemas apresentados, e
foi isso que a protagonista fez ao longo do filme.
A cena mais marcante do filme é quando finalmente Rapunzel pôde contemplar as luzes
flutuantes que sempre sonhou, nessa cena Flynn pergunta como ela se sente após realizar seu
sonho, Rapunzel relata se sentir assustada, pois não sabia quanto ao futuro e não sabia o que
fazer após isso, Flynn afirma que essa é a parte legal, ter que encontrar outro sonho. No fim
Rapunzel demonstra que observar seus próprios comportamentos e o contexto em que eles
ocorrem possibilitaram que ela conhecesse a si, isso proporcionou liberdade para ela, até no
sentido literal, pois não estava mais presa as paredes da torre. O autoconhecimento tem um
valor especial para o próprio indivíduo. Uma pessoa que se ‘tornou consciente de si mesma’,
por meio de perguntas que lhe foram feitas, está em melhor posição de prever e controlar seu
próprio comportamento. (Skinner, 1982)
Após Gothel mentir para Rapunzel que Flynn a deixou, ela aceita, de coração partido,
voltar e nunca deixar a torre novamente. No entanto, já na torre, após examinar uma bandeira
do festival e se lembrar da pintura do rei, da rainha e da princesa perdida, percebe que tudo está
ligado. Isso desperta memórias de infância de Rapunzel, e ela percebe que ela é a princesa
perdida do reino. Ela confronta Gothel, e após descobrir a verdade, jura que não será mais
usada por sua “mãe”, a trama continua, mas nessa cena é perceptível que quando o indivíduo
se torna consciente de seu histórico de comportamentos, surgem diversas vantagens, como o
verdadeiro ser livre, o autocontrole e a possibilidade de modificar o seu comportamento.
Segundo Skinner, o ser humano só é livre após a tomada de consciência, que significa estar
consciente de si e de suas contingências, apesar de ainda estar em situação de perigo, Rapunzel
conseguiu analisar as contingências de seus comportamentos desde a infância e finalmente ter
consciência de si.
REFERÊNCIAS

SKINNER, B. F. Sobre o Behaviorismo. M. da P. Vila lobos, trad. São Paulo: Cultrix. 1982.

BAUM, W. M. Compreender o behaviorismo: comportamento, cultura e evolução. Porto


Alegre: Artmed, 1999.

MALACRIDA, G. P.; LAURENTI, C. Uma análise do conceito de “eu” nos textos de B. F.


Skinner. Revista brasileira de análise do comportamento, Paraná, 2018, vol. 14, n. 1, p. 69-78.

BRANDENBURG, O. J.; WEBER, L. N. O autoconhecimento e liberdade no behaviorismo


radical. Psico-USF, Curitiba, jan./jun. 2005 v. 10, n. 1, p. 87-92.

SÉRIO, T. M. A. P. A concepcão de homem e a busca de autoconhecimento: onde está o


problema. In: Banaco, R. A. (Org.) Sobre comportamento e cognição. 2ª ed. Santo André, SP.
2001.

MARÇAL, J. V. de S. O autoconhecimento no behaviorismo radical de Skinner, na filosofia


de Gilbert Ryle e suas diferenças com a filosofia tradicional apoiada no senso comum. Univ.
Ci. Saúde, Brasília, jan./jun. 2004. v. 2, n. 1, p. 1-151.
ANEXO

RELATÓRIO DE TAREFAS

ALUNO TAREFA
Ana Paula Moreira de Souza Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme e elaboração da cartilha.
Anázia de Jesus S. Matos Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme.
Cassiele Santos de Oliveira Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme, apresentação e organização do
seminário e elaboração da cartilha.
Flávia Paula Cotrim Santos Pesquisa bibliográfica do tema,
apresentação e organização do
seminário, elaboração do texto que
relaciona o tema e filme.
Greicielly Ferreira Santos Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme e elaboração da cartilha.
Matheus Dias da Silva Pesquisa bibliográfica do tema,
organização do seminário.
Mirian Nascimento Pesquisa bibliográfica do tema,
organização do seminário, elaboração do
texto que relaciona o tema e o filme
Viviane Wanessa Reis Rocha Silva Pesquisa bibliográfica do tema,
elaboração do texto que relaciona o tema
e o filme, síntese do conteúdo para
elaboração da cartilha.

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