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Matrizes do Pensamento em

Psicologia - Behaviorismo
NATALÍ ROMANCIUC MURARI
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COMPETÊNCIAS:
• CONHECER OS PRESSUPOSTOS DO
BEHAVIORISMO
• BEHAVIORISMO RADICAL
• QUESTÕES CLÁSSICAS
CRIAÇÃO DAS BASES • APLICAÇÃO DA ANÁLISE DO
TEÓRICAS COMPORTAMENTO
RESULTADOS:
• CAPACIDADE DE APLICAR A ANÁLISE DO
COMPORTAMENTO EM DIFERENTES
CONTEXTOS DE ATUAÇÃO
AULA: Nº 04
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• CRIAÇÃO DAS VARIÁVEIS


INTERVENIENTES
BEHAVIORISMO • COMPORTAMENTALISMO
PROPOSITIVO PROPOSITIVO
• MAPAS COGNITIVOS
EDWARD C. TOLMAN (1886-1959) 4

 Estudo no Massachusetts Institute of


Technology (MIT).

 Finalizou seu doutorado em 1915, na


Universidade de Harvard.
 Seus estudos se enquadram nas
proposições behavioristas – pois
apresenta uma explicação sobre o
comportamento – porém, não queria
reduzir à apenas estímulo-resposta.

 Dizia que a aprendizagem era


intencional e dirigidas para objetivos
específicos.
A CRIAÇÃO DAS "VARIÁVEIS INTERVENIENTES" 5
POR TOLMAN
Iniciou os estudos sobre o Behaviorismo
Propositivo ou Intencional em 1930.

Inseriu variáveis cognitivas em modelos


comportamentais.

Também era filósofo e estudou na


Alemanha com Kurt Kofka, se
familiarizando com a Gestalt e o estudo
das percepções.
MAPAS COGNITIVOS 6

Mapas Cognitivos:
São representações dos indícios visuais,
táteis, auditivos e olfativos, que vão
configurar o ambiente e permitir que o
sujeito se localize.

Ressalta que os animais (incluindo nós


seres humanos) utilizam mapas para se
localizarem em seu habitat natural.

Paradigma: Ei  Ec
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A criação das "variáveis intervenientes" por Tolman
Grupo Controle:
Desde a primeira tentativa, ganhavam
reforço (comida) quando chegavam ao final
do labirinto.

Grupo Experimental:
1º grupo: ganhou reforço (comida) após o 7º
dia de aprendizagem. 2º grupo: ganhou
reforço (comida) após o 3º dia de
aprendizagem.

Percebeu que o GRUPO


EXPERIMENTAL mantinha por mais
tempo a aprendizagem
Tolman e o Comportamentalismo Propositivo 8

Comportamento Propositivo:
Tolman salientava que, o comportamento
propositivo tendia a formar metas e objetivos.

Dizia que criavam a necessidade de interagir


com os objetos e descobrir soluções fáceis
para chegar em seu objetivo.

Ou seja, criamos maneiras (mapas cognitivos)


para solucionar problemas e se adaptar.
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CRIAÇÃO DO NEO-COMPORTAMENTALISMO
 Desenvolveu-se a partir de estudos da  O objeto de estudo do neo-
aprendizagem e de conduta animal.
comportamentalismo são
comportamentos observáveis.
 Tolman, portanto, criou o
comportamento propositivo, no qual os
animais tender a ter ‘’metas’’.  Ou seja, comportamentos que
tem uma inclinação à
 Ou seja, a necessidade de animais
interagirem com objetos e em descobrir
direcionamento e o formato
e optar por soluções fáceis. como são emitidos.
MÉTODO EXPERIMENTAL 10

 Foi comprovado com métodos


envolvendo o labirinto, e confirmando
que os animais solucionam os  Sendo assim, o organismo é algo
problemas através das variáveis ativo e que desenvolve mapas
intervenientes (não observáveis).
cognitivos para aprender, sem
necessariamente utilizar
 Tolman, ressalta, que a aprendizagem é
procedimentos mecanicistas.
uma ‘’modificação do conhecimento
que o animal tem das relações entre
eventos ambientais e sua cognição’’.
BEHAVIORISMO PROPOSITIVO 11

 Tolman, defendia que a Psicologia ‘’não deveria estudar


processos internos mentais, mas sim o comportamento
visível, no qual é passível de observação.

 Tolman, publicou em 1932, sua obra ‘’Purpose Behavior


in animal and man’’ – salientando que a aprendizagem é
um comportamento passível de observação.
12
Vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=hr1N9EBlSb4
13

SKINNER E AS • A ANÁLISE BEHAVIORISTA


EMOÇÕES RADICAL DO AMOR,
ANSIEDADE E MEDO
ESTUDOS ANTERIORES 14

 William James – antes mesmo de


Skinner - trouxe uma resposta
sobre o que sentimos:
‘’o que sentimos é uma condição do
nosso corpo’’.

 Ou seja, é somente nosso, somente


sob o nosso olhar. É uma condição
do nosso corpo.
Sentimentos para Behaviorismo Radical 15

Mas, com Skinner percebemos que mesmo em


 Difícil acreditar que um um Filosofia Operacionista, pode-se analisar
‘’Behaviorista’’ tenha sentimentos. questões subjetivas de forma sistemática.

 Ainda há preconceito em relação aos


processos mecanicistas que
permeiam o Behaviorismo.

 Isso ocorreu devido a necessidade de


objetivar os fenômenos mentais, ao
ponto de trazer um padrão para eles.
O que são sentimentos e emoções para o 16
Behaviorismo?
 São comportamentos privados, que
todos nós temos.

 Eu posso dizer que estou feliz para o


outro, e ele pode apenas IMAGINAR o
que estou sentindo baseado em sua
própria experiencia.

 Mas somente eu, sentirá a felicidade que


tento descrever.
Mundo privado – Universo dentro da pele 17

 Existe uma ampla gama de eventos


privados que era impossível acessar.

 Porém, a necessidade de estuda-los é


algo frequente, pois sempre estamos
sentindo alguma coisa, pensando
alguma coisa.

 E sentir é tão importante quanto outros


comportamentos que emitimos.
Vídeo 18

 https://www.youtube.com/watch?
v=HaJmabHjvd8&ab_channel=CoreDesign
Críticas ao Behaviorismo 19

 Muitas criticas dizem que quando


dizemos ‘’eu amo’’ na AC significa
‘’você me REFORÇA’’.  Comportamento afetivo
(Sentimentos): vem desse vínculo
 Já analistas do comportamento de troca mútua de reforçadores
diriam: ‘’VOCÊ REFORÇA MEU de ‘’COMPORTAMENTO’’ e não da
COMPORTAMENTO DE AMAR VOCÊ’’. pessoa.

 Reforçar o comportamento, diz


respeito ao próprio comportamento e  Em outras palavras, reforçamos
não o sujeito em si. SENTIMENTOS e não as pessoas.
Amor 20
 O ‘’Amor’’ então é descrito como, EFEITOS  Mas o que vemos são análises
PRIVADO (Sujeito) de um REFORÇADOR
(Estímulo reforçador). úteis de contingências de
reforçamento, no qual auxilia a
 Sentir vai além do físico, percebe-se questões compreensão complexa das
voltadas para a seleção natural e também da emoções humanas, não só da
seleção por consequência. (DARWIN e
SKINNER). seleção natural como o
reforçamento operante.
 Na mitologia grega, principalmente, vê-se essas
definições de sentimentos através dos mitos.
Eros e Psiquê é um exemplo disso, no qual há  Outras formas de sentimento:
referências sobre o amor sexual e emocional
(seleção natural, fisiológico e eventos privados );
Philia (família), Ágape (amor
incondicional).
Comportamento Operante 21

É uma relação entre uma


resposta, emitida pelo sujeito
e o estímulo produzido por ela.

O comportamento operante é
controlado por eventos
ambientais que ocorrem após
a emissão da resposta.
22
Vídeo
 https://www.youtube.com/watch?v=Riz1REdTQMo
23

Conheço Respondo com Reforça meu


alguém investidas e comportamento
interessante indiretas de gostar

Comportamento operante ocorre Resume-se à um antecessor, que gera uma resposta e assim
devido à tríplice contingencia. gera uma consequência reforçadora ou aversiva.
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Equação de análise
 A tríplice contingencia tem uma equação, no qual é
utilizada para ser demonstrada, sendo assim:

Sd: R 
CONDICIONAMENTO OPERANTE = 25
PROCEDIMENTO
É um procedimento de aprendizagem
que ocorre através de recompensas e
punições por emitirmos
determinados comportamentos.

É através deste procedimento que


faz-se uma associação entre um
comportamento especifico e uma
consequência especifica para esse
comportamento.
Vídeo 26

 https://www.youtube.com/watch?
v=H8V0xtE0Urc&ab_channel=HEY%21
Ansiedade 27
 É um estado corporal – é gerado por estímulos aversivos e são sentido de maneiras diferentes.

 Exemplos:
‘’Eu parei de fazer o que estava fazendo porque estava ansioso’’

 Emparelhamos os estímulos durante a nossa história de forma diferente, o que para um pode
ser aversivo, para outra pessoa não é.

 Isso pode acontecer de desenvolver comportamentos de estado de perigo, desamparo – ou


seja, para ‘’EVITAR’’ sofrer com algo, não emitimos certos comportamentos.

 Ex: ‘’Sempre que estou dessa forma, acontece algo horrível e eu fico com muito medo’’.
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Estímulo Aversivo Esquiva/Fuga


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Estímulo Aversivo
 São aqueles estímulos que
reduzem a frequência do
comportamento.

 Só pode ser classificado


como aversivo quando sua
apresentação for seguida de
uma resposta (do sujeito) de
evitação, esquiva ou fuga.
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Esquiva/Fuga

 Esquiva: prevenção de um estímulo


aversivo.

 Emissão de uma resposta no qual


não terá contato com o estímulo
aversivo.

 Para esse processo ocorrer, o


sujeito precisa já ter utilizado um
comportamento de fuga.
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Esquiva/Fuga

 Fuga: é um comportamento
seguido pela remoção de um
estímulo aversivo.

 Comportamento que retira esse


estímulo (reforço negativo),
portanto, a probabilidade de
essa respostas ser mantida é
alta.
Reforçamento negativo 32

 Reforçamento negativo: são operantes que permitem a


pessoa fugir/esquivar de estímulos aversivos depois que eles
estão presentes.

 Operantes: são comportamentos voluntários (ex: andar,


correr, pular, escrever). São mantidos e aprendidos através
de procedimentos de emparelhamento, ou seja, preciso
aprender para emiti-lo (ex.: comunicação, linguagem).
Vídeo 33

 https://www.youtube.com/watch?
v=e3A29zCNZXo&ab_channel=didatics
34
Medo
 Processo comportamental adaptativo – evolução -, pois o
indivíduo pode aprender respostas de medo diante de
contingências.

 Ou ele pode aprender respostas de ‘’esquiva’’ que são produzidas


pelas sensações internas, sentidas frente a um evento.

 E consequentemente, em um futuro começar a emitir respostas


de fuga em relação à esses estímulos aversivos.
Reforço positivo x Reforço negativo 35

 Reforço Positivo: ‘’Método de treinamento (aprendizagem) a partir


de um sistema de recompensas’’.

 Ocorre após termos um desempenho bom, como um estímulo.


 Ex.: reconhecimento.

 Reforço Negativo: evitação de estímulo aversivo.


 Ex.: não falar sobre como está se sentindo.
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Punição positiva x Punição negativa

 Punição positiva: conhecida  Punição negativa: Eliminação um


também como ‘’punição por estímulo agradável, quando há
estimulação contingente’’, ocorre apresentação de um mau
quando um comportamento comportamento – remover um
(resposta) é seguido por um reforço positivo.
estímulo aversivo. Ex: Retirar um objeto, ação ou emoção
Ex: Sentir dor por levar uma surra, das vivências do sujeito – castigo ou
pode resultar na diminuição desse privação de algo.
comportamento.
Vídeo 37

 https://www.youtube.com/watch?v=51EuK9kOD_U&ab_
channel=didatics

 https://www.youtube.com/watch?
v=3FKjukvcY1o&ab_channel=didatics
Vídeo 38

 https://www.youtube.com/watch?
v=DsEmU00y0XE&ab_channel=CrisBianchi
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Referencias
 Afinal, o que é controle aversivo? Acta Comportamentalia:
Revista Latina de Análisis de Comportamiento, vol. 19, 2011, pp.
9-19 Universidad de Guadalajara, México.

 Análise Experimental do Comportamento II 26.04.2012 FUGA E


ESQUIVA

 https://www.ufrgs.br/psicoeduc/o-behaviorismo/c9.htm

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