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A maneira com que a educação de forma geral é pensada depende

totalmente das políticas econômicas e sociais vigentes em determinada sociedade.


Devido a esse fator a forma com que a educação é disponibilizada, seus diferentes
níveis e o seu acesso dependem das necessidades e dos objetivos que determinada
sociedade pretende alcançar.

Como é de conhecimento geral sabemos que a educação nem sempre foi


disponibilizada da forma que hoje conhecemos. O que hoje conhecemos como
ensino superior é algo que surgiu com as primeiras Universidades da Europa no
século XII. No entanto, é obvio que mesmo nas antigas Universidades o ensino não
tem mais o mesmo objetivo que tinha no principal.

Então para pensarmos na Educação Superior no Brasil, precisamos primeiro


pensar sobre a nossa economia e o nosso tempo. O Brasil sempre seguiu o sistema
capitalista, desde que essa forma de economia surgiu, então as formas de educação
são pensadas para atender as necessidades do mercado. Pois:

A economia capitalista é uma economia de mercado, porque tudo o que


nela é produzindo destina-se ao mercado. É em função das necessidades
do mercado que se desenvolvem a produção, a circulação e o consumo de
produtos estas etapas reproduzem o ciclo de reprodução do capital.
(NONNEMACHER, 2008, p.10)

Então mesmo que de muitas formas a Educação seja pensada para o


crescimento do sujeito, ela não está livre das garras do mercado. A constituição
brasileira em seu artigo 205 decreta: “A educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,
visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.” No entanto, na prática podemos
muitas vezes perceber como somente a qualificação para o trabalho é levada em
conta deixando em defasagem o pleno desenvolvimento da pessoa.

No que tange a educação superior a constituição declara no artigo 207 que:


“As universidades gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de
gestão financeira e patrimonial, e obedecerão ao princípio de indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão.” Todavia, no Brasil nem toda a educação
superior é disponibilizada por Universidades, ficando a cargo também de Centros de
Ensino Superior e/ou Instituições de Ensino Superior tanto públicas como privadas.
O que acarreta no não desenvolvimento de pesquisas e práticas de extensão, visto
que a pesquisa e a extensão só são exigidas das universidades.

O conceito

No ano de 2011, participam do Censo 2.365 IES. Desse conjunto, 84,7% são faculdades, 8,0%
são universidades, 5,6% são centros universitários e 1,7% representam a soma de institutos federais
de educação, ciência e tecnologia (IFs) e de centros federais de educação tecnológica (Cefets). (INEP,
2013, p.33)

No que se refere à categoria administrativa, 88,0% das IES que participaram do Censo 2011
são privadas e 12,0%, públicas, sendo 4,7% estaduais, 4,3% federais e 3,0% municipais. Tais
percentuais revelam-se praticamente inalterados comparativamente à edição anterior do Censo
(p.34)

O total de 30.420 cursos de graduação é declarado ao Censo 2011, sendo 29.376 (96,6%) na
modalidade presencial e 1.044 (3,4%) na modalidade a distância.

De acordo com a mesma tabela, observa-se que, na modalidade presencial, a categoria


privada é responsável pela oferta de 68,1% dos cursos de graduação, seguida pelas categorias federal
(18,2%), estadual (11,1%) e municipal (2,6%). Já na modalidade Panorama da Educação Superior 42 a
distância, a oferta de cursos de graduação pelas categorias pública e privada é mais equilibrada: as
IES privadas abrigam 55,5% dos cursos de graduação e as IES públicas, complementarmente, 44,5%.
Na modalidade a distância, as IES federais são responsáveis por 32,0% dos cursos de graduação e as
IES estaduais e municipais respondem, respectivamente, por 10,6% e 1,9% dos cursos.

. A modalidade presencial totaliza 4.196.423 matrículas de bacharelado, 926.780 matrículas


de licenciatura e 606.564 matrículas de grau tecnológico. Deve-se registrar que não está definido o
grau acadêmico para 16.996 matrículas presenciais, as quais correspondem à área básica de ingresso.
A modalidade a distância, por sua vez, soma 429.549 matrículas de licenciatura, 299.408 matrículas
de bacharelado e 263.970 matrículas de grau tecnológico p. 57

Em 2020, foram oferecidos mais de 19,6 milhões de vagas em cursos de graduação, sendo
73% vagas novas e 26,7%, vagas remanescentes. • A rede privada ofertou 95,6% do total de vagas
em cursos de graduação em 2020. A rede pública correspondeu a 4,4% das vagas ofertadas pelas
instituições de educação superior; • Das vagas remanescentes, 96,5% foram ofertadas por
instituições de educação superior da rede privada.

Entre 2010 e 2020, as matrículas de cursos de graduação a distância aumentaram 233,9%,


enquanto na modalidade presencial o crescimento foi apenas de 2,3% nesse mesmo período. p24

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