como fazer uma análise

SWOT eficiente

Leonardo Ferrante Cordoa - leonardo_cordoa@hotmail.com - IP: 200.170.142.162

 como fazer uma análise
SWOT eficiente

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 Existem várias maneiras de avaliar
o potencial competitivo da sua
empresa. A mais básica e difundida
é a análise SWOT — acrônimo em
inglês para Forças, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças.
Essa metodologia é bastante simples
e pode ser aplicada em negócios
de quaisquer portes. Os mais
ambiciosos utilizam a matriz para se
situar profissionalmente e construir
a própria carreira de uma maneira
calculada e eficiente.
introdução à
análise SWOT
Pense no volume de decisões que
você, enquanto empresário ou
profissional autônomo, precisa
tomar todos os dias. Reuniões
com clientes, abertura de novas
unidades, negociações com
funcionários e fornecedores, compra
de equipamentos e software, entre
dezenas de outras.
As empresas, hoje, têm um tempo de
vida bem mais curto do que podiam
contar há algumas décadas — e isso
vale tanto para as pequenas quanto
para as gigantes.
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Seja nos negócios ou na vida
profissional, a análise SWOT é
uma das melhores maneiras de
visualizar os pontos fortes e fracos
e de analisar o cenário externo,
possibilitando uma tomada de
decisões objetiva e calcada na
realidade.
Nesta apostila, você vai estudar
os fundamentos da análise SWOT
e aprender, de uma vez por todas,
como aplicar essa metodologia na
sua empresa.
O tempo de vida médio de um
grande player era de 61 anos na
década de 1950. Hoje, é de apenas
18, conforme aponta um estudo da
McKinsey. Com as disrupções digitais,
novos horizontes de negócios
aparecem com mais frequência, assim
como novas ameaças.
Nesse panorama, fazer boas escolhas
é crucial para o andamento dos
negócios e para a saúde financeira
da empresa a longo prazo. Para isso,
você precisa de um framework que
permita enxergar o quadro geral e o
contexto da organização que você
dirige.
 Esse é o papel da análise SWOT. Com
ela, sua empresa pode combinar
esforços para:
- Manter e desenvolver os pontos
fortes, os aspectos que melhor
garantem os resultados da sua
empresa;
- Mitigar as fraquezas, tornando-as
irrelevantes ou controladas, de modo
que não deixe o negócio vulnerável;
agarrar as oportunidades em
aberto no mercado, possivelmente
encontrando novos oceanos azuis
para explorar;
- Precaver-se contra as ameaças
externas, forças que podem
inviabilizar o crescimento da empresa
a despeito de todos os esforços.
Você deve ter observado que cada
um dos quatro elementos da matriz
podem ser segmentados em dois
grupos: internos e externos.
As forças e fraquezas dizem respeito
a características intrínsecas ao seu
negócio. As condições externas,
a priori, não devem determinar os
seus pontos fortes e fracos, que
também dependem principalmente
de você para serem desenvolvidos ou
mitigados.
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Já as oportunidades e ameaças são
do jogo. Inúmeros fatores concorrem
para criar o ambiente de negócios
no qual sua empresa e setor estão
inseridos.
Leis e regulações governamentais,
novas tecnologias, grandes
concorrentes, novos entrantes,
comportamento do consumidor e
outros vetores determinam o fluxo
vdo mercado.
Cabe ao empresário ler corretamente
o cenário e preparar sua empresa
para que siga no caminho do lucro.
Por outro lado, tomar decisões às
cegas ou sem observar corretamente
a atuação dos vetores externos e
internos pode resultar em prejuízos
para o negócio. Mesmo se houver
ganhos, eles seriam menores do que
o potencial, caso a empresa contasse
com sua própria matriz SWOT.
Considerando essa segmentação, a
matriz SWOT pode ser representada
no seguinte quadro.
 forças
oportunidades
É importante lembrar que não
existem características boas ou ruins
por natureza. As fraquezas do seu
negócio podem favorecer um uso
otimizado dos recursos e as ameaças
do mercado são determinadas
pelos mesmos vetores que abrem
oportunidades.
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fraquezas
ameaças
No entanto, a atuação da sua
empresa — ou seja, as decisões
corretas ou equivocadas — pode
abrir novas frentes de oportunidades
ou abrir o flanco para as ameaças.
Portanto, tudo é uma questão de
leitura e tomada de decisão.
 como fazer a
análise SWOT
Agora que você já entende a
importância da análsie SWOT, hora
de colocar a mão na massa.
Como já explicamos, você pode
utilizar a matriz tanto para descrever
os fatores positivos e negativos
do seu negócio quanto suas
próprias características enquanto
profissional. Portanto, se você não for
empreendedor, vale a pena fazer sua
própria análise SWOT.
O melhor momento para criar
ou revisar a matriz SWOT do seu
negócio é durante a formulação ou
ajuste do planejamento estratégico
da sua empresa — que pode ocorrer
anualmente ou em períodos mais
curtos.
Você pode usar qualquer suporte,
desde o tradicional lápis e papel até
sofisticadas planilhas. O importante
é que as informações e os planos
de ação possam ser rapidamente
compreendidos por todos.
Confira abaixo os passos.
1º passo: elencar as
características
Elabore, pelo menos, cinco
características para compor cada
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quadrante da sua matriz. Essas
características devem ser descritas
no formato de uma frase ou oração
para que fiquem claras para qualquer
pessoa que tiver acesso à matriz.
Por exemplo:
- Forças
a marca goza de boa reputação no
mercado;
- A empresa tem ampla presença nas
redes sociais;
os funcionários são engajados e bem
entrosados;
- Há variedade na oferta de produtos
e serviços;
- Os clientes reconhecem o
atendimento como bom/ótimo.
O mesmo processo deve ser repetido
com os demais fatores. Veja bem:
nenhuma dessas características deve
ser escolhida de maneira aleatória
ou sem base factual, sob o risco de
prejudicar a análise final e levar a
tomada de decisões equivocadas.
Para cada uma dessas características,
você deve utilizar um pouco de
matemática básica. Assim, é possível
mensurar o peso de cada item.
 O esquema, descrito abaixo, pode ser feito em colunas para facilitar o
cálculo e a visualização.
Em um intervalo de 0 a 1, estipule o peso de cada característica na
estratégia da empresa, sendo 0 “irrelevante” e 1 “extremamente importante”.
Em outra coluna, calcule o poder de resposta da empresa a cada
característica numa escala de 1 a 5. Por fim, multiplique os dois fatores e
anote o produto em uma nova coluna.

Graficamente, temos, por exemplo:

forças peso desempenho produto

a marca goza de boa reputação no mercado 0,4 3 1,2

a empresa tem ampla presença nas redes sociais 0,5 4 2

os funcionários são engajados e bem entrosados 0,9 4 3,6

há variedade na oferta de produtos e serviços 0,6 3 1,8

os clientes reconhecem o atendimento

como bom/ótimo 0,7 4 2,8

O processo deve ser repetido para todas as características em todos os

quadrantes. A diferença entre os fatores positivos (forças e oportunidades)
e os negativos (fraquezas e ameaças) deve ser disposta em uma escala de 0
a 5 que determinará a situação atual da empresa.

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 2º passo: criação e atribuição
dos planos de ação
Com os dados em mãos, é hora de
partir para a delegação de atividades.
Cada item deve ser encaminhado
de acordo com as necessidades da
empresa de modo a ressaltar as
forças, aproveitar as oportunidades,
mitigar as fraquezas e evitar as
ameaças.
Por exemplo, se a empresa tem
“ampla presença nas redes sociais”,
um profissional deve passar a se
responsabilizar exclusivamente por
essa atividade — ou se encarregar
de escolher uma agência de
comunicação.
Assim, a atividade passa a se
profissionalizar, atraindo mais clientes
com o perfil do negócio.
A mesma linha deve ser adotada com
as demais características.
- Se a empresa faturou bastante no
ano anterior e seu perfil tributário
mudou — uma vantagem
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que passa a ser uma ameaça — os
trâmites burocráticos devem ser
repassados imediatamente para
um contador para evitar multas e
sanções.
- Se a empresa tem instalações
inadequadas para sua atividade
econômica, podendo inclusive ser
fechada após uma fiscalização, uma
equipe deve ser designada para
levantar novas locações, negociar
valores, coordenar a mudança
do mobiliário, dentre outras
providências.
- Se há uma oportunidade de
negócios em outra cidade que requer
a tomada de um financiamento ou
investimento externo, um profissional
deve se encarregar de estudar as
opções e negociar.
 3º passo: controle e análise
dos planos de ação

Como no ciclo PDCA — Planejar, Ao fim de cada ano, durante a

Fazer, Checar e Ajustar —, o controle reunião de planejamento estratégico,
é fundamental na análise SWOT. o plano do ano anterior deve ser
Sem controle, todo o trabalho inicial analisado para que todos saibam
de diagnóstico e delegação de em quais áreas a empresa obteve
atividades é desperdiçado, exigindo sucesso e onde falhou — para que,
um novo esforço futuro. assim, uma nova matriz SWOT seja
estabelecida.
Atrele os planos de ação a prazos
e realize o acompanhamento em
uma planilha. Ao mesmo tempo,
peça relatórios para as equipes
e profissionais responsáveis por
cada área para saber se o plano
foi executado na íntegra, se há
pendências e se são necessários mais
recursos para concluí-lo.

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