Questão 1) O texto menciona que os tratados, costumes e princípios
gerais de direito são as fontes primárias do Direito Internacional. Essas fontes primárias são as bases fundamentais sobre as quais o Direito Internacional é construído e são reconhecidas como fontes de obrigações legais para os Estados e outros atores internacionais. Além das fontes primárias, o Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ), mencionado no texto, também faz referência a dois meios auxiliares para determinar o direito aplicável: 1) As decisões judiciárias referem-se às decisões proferidas por tribunais internacionais, como a CIJ e outros tribunais regionais e especializados. Essas decisões têm caráter vinculante para as partes envolvidas no caso específico e podem influenciar o desenvolvimento do Direito Internacional. 2)A doutrina dos juristas refere-se às opiniões e análises de juristas qualificados, como acadêmicos e especialistas em Direito Internacional. Embora a doutrina não tenha caráter vinculante, ela desempenha um papel importante na interpretação e na evolução do Direito Internacional, fornecendo análises e argumentos que podem ser considerados pelos tribunais e pelos Estados na elaboração de suas políticas e práticas.
Questão 2) A Convenção de Montevidéu sobre Direitos e Deveres
dos Estados de 1933 estabelece os requisitos para a qualificação de um ente como Estado. O artigo 1º dessa convenção enumera quatro elementos essenciais para a existência de um Estado: população permanente, território definido, governo e capacidade de estabelecer relações com outros Estados. Um elemento específico do artigo 1º da Convenção de Montevidéu sobre Direitos e Deveres dos Estados de 1933 que pode ser analisado de forma mais aprofundada é o território definido. O território é fundamental para a existência e a soberania de um Estado. Ele fornece um espaço físico sobre o qual o Estado exerce seu poder e estabelece sua jurisdição.
Questão 3) A Constituição Federal de 1988 estabelece que os
tratados internacionais de direitos humanos devem ser incorporados ao ordenamento jurídico brasileiro por meio de um processo chamado internalização. Esse processo ocorre por meio de um procedimento legislativo específico, em que o tratado é aprovado pelo Congresso Nacional, seguindo as formalidades previstas na Constituição. No caso específico da ratificação da Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, mencionada no texto citado, sua incorporação pelo Brasil seria um marco importante na luta contra o racismo e a discriminação racial. Essa ratificação fortaleceria o marco jurídico brasileiro e estabelece diretrizes e compromissos claros para combater essas formas de intolerância, oferecendo mais ferramentas legais e normativas para o enfrentamento do racismo na sociedade brasileira. No entanto, é importante ressaltar que a efetividade da incorporação dos tratados internacionais depende não apenas do processo formal de internalização, mas também da implementação adequada das políticas públicas e do comprometimento dos diversos atores envolvidos, incluindo o sistema de justiça, os órgãos governamentais e a sociedade como um todo.