Você está na página 1de 5

UNIVERDIDADE FEDERAL DA BAHIA

Faculdade de Direito
Disciplina: Prática Jurídica Penal T01 Data de Entrega: 30/06/2023
Docente: Thaize de Carvalho
Discente: Maria Clara Oliveira Figueiredo Silva

RELATÓRIO DE SESSÃO DE JULGMENTO

SESSÃO 01

Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal – Primeira Turma


Tipo: Ordinária
Data e Hora da Sessão: 20 de junho de 2023 às 13:41
RELATÓRIO:

O Desembargador Luz Fernando Lima, Presidente da Sessão, declarou a


abertura da Sessão e, logo após, seguiu o curso habitual da Sessão, informando a
respeito das ausências, suspeições, questões de ordem, adiamentos, retiradas de pauta,
pedidos de vista e de julgamento presencial.

Após isso, passou a palavra para a Desembargadora Ivone Ribeiro Gonçalves


Bessa Ramos, Relatora do caso, para proclamar seu voto no Habeas Corpus de nº
8020093-27.2023.8.05.0000 (nº 1 de pauta), a qual declarou extinta a punibilidade do
paciente em vias de consequências sustar os efeitos do mandado de prisão respectivo
por força da prescrição da pretensão punitiva nos temos do art. 107, inciso IV, e art. 109,
inciso III, art. 115 e 119, todos do Código Penal Brasileiro. Todos acompanharam o voto
da Relatora.

Destaca-se aqui neste relatório a sustentação oral do advogado que impetrou o


Habeas Corpus nº 8009395-59.2023.8.05.0000, de relatoria da Desa. Ivone Ribeiro
Gonçalves Bessa Ramos. De acordo com o advogado, o seu cliente se encontra preso
desde fevereiro de 2022 sob acusação de estupro de vulnerável, porém não houve
instrução processual concluída, revelando uma clara violação ao sistema acusatório.
Diante disso, clamou pela observância do princípio da razoabilidade e presunção de
inocência. Ao proclamar seu voto, a Relatora confirmou que a audiência de instrução e
julgamento foi sim realizada, assim, denegou a ordem. Todos acompanharam o voto da
Relatora.

Em seguida, passou-se à pauta de nº 17, que se trata de um Habeas Corpus de


nº 8024773-55.2023.8.05.0000, de relatoria da Desembargadora Aracy Lima Borges.
Importa destacar que, durante sua sustentação oral, o advogado alegou que, ante o auto
de prisão em flagrante do seu cliente por suposta prática de crime de tráfico de drogas,
foi apresentado pedido de revogação de prisão preventiva. Todavia, segundo ele, houve
ausência de decisão idônea quanto ao pedido mencionado, visto que a decisão foi
elaborada em poucas linhas e apenas replicou toda a decisão da juíza da audiência de
custódia e que não houve fato novo para revogar a prisão preventiva, ignorando os
pedidos da peça. O Advogado chamou atenção para a falta de fundamentação da peça,
de acordo com ele, uma decisão escrita em apenas 4 linhas que mantém uma prisão
preventiva é um desrespeito à Constituição Federal. Nesse caso, a Relatora não
reconheceu o HC, visto que outro HC sobre os mesmos fatos já havia sido impetrado e
denegado. Em questão de ordem, o advogado reiterou que o HC mencionado pela
Relatora trata-se de um HC impetrado diante da decisão exarada pela vara de audiência
de custódia de Salvador, já o HC discutido no presente momento não tem nada a ver
com o primeiro porque se refere a um novo pedido de liberdade provisória. Todo
acompanharam o voto da Relatora.

Não havendo mais julgamentos presenciais, o presidente passou a anunciar os


resultados dos processos julgados eletronicamente e, após manifestações finais, em que
o presidente desejou feliz ano novo ao invés de desejar feliz São João, deu fim à Sessão
de Julgamento.

SESSÃO 02

Órgão Julgador: Primeira Câmara Criminal – Segunda Turma


Tipo: Ordinária
Data e Hora da Sessão: 13 de junho de 2023 às 13:30
RELATÓRIO:
O Desembargador Abelardo Paulo da Matta Neto, Presidente da Sessão
declarou a abertura da Sessão e, logo após, seguiu o curso habitual da Sessão,
informando a respeito das ausências, suspeições, questões de ordem, adiamentos,
retiradas de pauta, pedidos de vista e de julgamento presencial.

Após isso, passou-se para a pauta nº 25, que se trata de Habeas Corpus de nº
8018567-25.2023.8.05.0000, de relatoria do Desembargador Baltazar Miranda Saraiva.
O Des. Abelardo Paulo da Matta Neto leu seu voto-vista, que corroborava com o voto
do Relator. Trata-se de pedido de HC que alega que a acusada se encontra custodiada a
mais de 3 meses sem haver justificativa de inquérito policial não ter sido concluído até o
presente momento, o que configuraria excesso de prazo. Todavia, de acordo com o
Desembargador, constatou-se que o IP foi sim concluído e enviado ao Ministério
Público, o qual ofertou a exordial acusatória, assim a alegação de excesso de prazo
encontra-se prejudicada. Para mais, ressalta que o excesso de prazo deve ser visto pelo
princípio da razoabilidade. É interessante narrar aqui neste relatório que a custodiada
estava reclusa numa sela com homens. Ao final, todos acompanharam o voto do Relator.

Outro processo que chamou atenção foi o da pauta nº 31, processo nº 0500655-
63.2019.8.05.0088, que se trata de uma Apelação, de relatoria da Des. Rita de Cassia
Machado Magalhaes. Caso de suspeitas de tráfico de drogas. Nesse caso, a Desa. Soraya
Moradillo Pinto divergiu do voto da Relatora. De acordo com a Desa. Soraya, há
nulidade da busca pessoal e entrada em domicílio, pois não houve fundadas razões, a
fuga do suspeito para dentro de sua residência não configura fato suficiente para formar
suspeita fundada, logo, entende pela absolvição, utilizou para fundamentar a teoria da
árvore dos frutos envenenados. Ao final, o apelo foi conhecido e parcialmente provido
por maioria nos termos do voto da Relatora.

Do mesmo modo a Desa. Soraya entendeu no processo de nº 0501815-


30.2017.8.05.0271, que, novamente, entendeu que houve nulidade das provas tendo em
vista a violação do domicílio do suspeito, utilizando novamente a teoria da árvore dos
frutos envenenados e, por isso, alegou que a prova deveria ser desentranhada dos autos.
Contudo, ao contrário do processo de pauta nº 31, a Relatora desse processo também
entendeu pela nulidade das provas. Ao final, o apelo foi conhecido e provido, assim o
suspeito do absolvido, nos termos do voto da Relatora.
Houve outros processos julgados, mas não merecem destaque no presente
relatório por não chamar a atenção da escritora.

SESSÃO 03

Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal – Primeira Turma


Tipo: Ordinária
Data e Hora da Sessão: 18 de maio de 2023 às 08:30
RELATÓRIO:

A Desembargadora Ivete Caldas Silva Freitas Muniz, Presidente da Sessão,


declarou a abertura da Sessão e, logo após, seguiu o curso habitual da Sessão,
informando a respeito das ausências, suspeições, questões de ordem, adiamentos,
retiradas de pauta, pedidos de vista e de julgamento presencial.

Nesta sessão, merece destaque o julgamento do processo nº 0500755-


36.2020.8.05.0103, que se trata de um crime de roubo majorado. Em sua sustentação, o
advogado afirma que a polícia militar teve um comportamento diferente nesse caso,
talvez pelo motivo de que uma das vítimas é esposa de um dos policiais militares.
Assim, alega que o acusado teve sua residência invadida pelos policiais durante repouso
noturno, contudo, como está nos autos, não foram encontrados os objetos do crime na
residência, além disso, o pai do apelante foi agredido fisicamente, sofreu uma lesão
corporal, perdendo até três dentes. Para mais, o advogado traz que há elementos
probatórios suficientes que confirmam a existência de indícios de ilegalidade que
maculam todo o inquérito policial e as provas produzidas em instrução. Fora isso, revela
que o reconhecimento facial não obedeceu a procedibilidade do Código Penal. O
Relator, Des. Carlos Roberto Araújo deu procedência parcial para reduzir a pena.

Houve outros processos julgados, mas não merecem destaque no presente


relatório por não chamar a atenção da escritora.

SESSÃO 04

Órgão Julgador: Segunda Câmara Criminal – Segunda Turma


Tipo: Ordinária
Data e Hora da Sessão: 18 de maio de 2023 às 13:30
RELATÓRIO:

A Desembargadora Nágila Marisa Sales Brito, Presidente da Sessão, declarou a


abertura da Sessão e, logo após, seguiu o curso habitual da Sessão, informando a
respeito das ausências, suspeições, questões de ordem, adiamentos, retiradas de pauta,
pedidos de vista e de julgamento presencial.

Merece destaque neste relatório os aspectos do caso nº 8012436-


34.2023.8.05.0000, que se trata de um Habeas Corpus que tem como objeto o excesso
de prazo na prolação da sentença, o paciente está com sua liberdade cerceada desde o
dia 07 de dezembro de 2019 e até a presente data não há sentença em seu processo. Vê-
se, portanto, uma grave violação sistema acusatório, visto que o paciente está há mais de
4 anos, pois a liberdade do paciente está sendo prejudicada por ineficiência do poder
judiciário. O advogado afirma que não há que se aplicar a razoabilidade no caso porque
a desídia é do poder judiciário. Ao proclamar o seu voto, o Relator Des. João Bosco de
Oliveira Seixas não reconheceu o excesso de prazo, tendo como base jurisprudência do
STJ, logo conheceu e denegou a ordem. Ao final, todos acompanharam o voto do
Relator.

Houve outros processos julgados, mas não merecem destaque no presente


relatório por não chamar a atenção da escritora.

Você também pode gostar