MANUAL DO MAPA

CONCEITUAL
 Apresentação

Este manual trata-se de um produto educacional

que é fruto da pesquisa intitulada “Mapa
conceitual como material potencialmente
relevante para uma aprendizagem significativa”,
apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Docência do IFMG – Campus Arcos. A
pesquisa foi desenvolvida por Marcos Flávio de
Oliveira Silva e Fabricio Alves Oliveira, sob
orientação da professa Dra. Gláucia do Carmo
Xavier. MANUAL DO MAPA
CONCEITUAL
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SUMÁRIO

1. O que são mapas conceituais? 04

2. Uso dos mapas conceituais na educação 05

2.1 Por Alunos 06

2.2 Por Professores 07

3. Características de um mapa conceitual 08

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4. Como construir um mapa conceitual 10

5. Referências 13
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1 O QUE SÃO MAPAS CONCEITUAIS?

Mapas conceituais são estruturas hierárquicas de conceitos

interligados, isto é, são estruturas que representam conceitos-
chave de um determinado conteúdo, interconectados por
palavras ou expressões. Os mapas foram concebidos por
Novak e Gowin no livro Learning how to Learn (1984) como
ferramentas metacognitivas, ou seja, como ferramentas para
auxiliar no aprendizado. Tais estruturas representam o fluxo e
extensão do conhecimento de um indivíduo e, por esse motivo,
desde a sua concepção, vem sendo muito utilizadas no

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processo de ensino e aprendizagem.

2 O USO DE MAPAS CONCEITUAIS
NA EDUCAÇÃO
Segundo Ausubel (1963), existem, essencialmente,
dois tipos de aprendizagem: a aprendizagem
mecânica e a aprendizagem significativa. Em poucas
palavras, no primeiro caso, o indivíduo apenas
memoriza uma série de conceitos que se relacionam
arbitrariamente com o que já se conhecia, sendo
uma aprendizagem bem superficial e efêmera. No
segundo caso, os novos conceitos se relacionam de
maneira não arbitrária e substantiva com os
conhecimentos prévios do indivíduo, promovendo
mudanças no que Ausubel chama de estrutura
cognitiva, sendo esta, uma aprendizagem profunda e
duradoura.
O autor lista dois fatores cruciais para a
aprendizagem significativa: os conhecimentos
prévios do indivíduo e o material utilizado, que deve
ser potencialmente relevante.
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Por material potencialmente relevante, Moreira
(2011) define como sendo aquele capaz de
funcionar como uma ponte cognitiva,
estabelecendo a ligação entre os novos conceitos
e os conhecimentos prévios do indivíduo.
Os mapas conceituais podem ser usados no
processo de ensino e aprendizagem de diversas
maneiras, tanto por professores quanto por alunos.
Eles podem ser usados para auxiliar o professor
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na elaboração de sua sequência didática ou
levantamento dos conhecimentos prévios dos
alunos e, também, pelos alunos, como material de
estudo ou instrumento de autoavaliação.
A seguir descrevemos algumas
possíveis utilidades dos mapas
conceituais por alunos e por
professores.
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2.1 O USO DE MAPAS CONCEITUAIS
NA EDUCAÇÃO POR ALUNOS

Material Potencialmente Relevante

Os alunos podem utilizar os mapas conceituais
como material potencialmente relevante, pois a
construção de um mapa conceitual é uma atividade
pessoal. A produção de mapas conceituais pelos Instrumento de Auto Avaliação
alunos ajudam a promover a autonomia deles além Os alunos podem criar mapas conceituais antes de
de propiciar um momento de construção ativa do um processo de aprendizagem, de maneira a
conhecimento através da sintetização do conteúdo.

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elucidar os seus conhecimentos prévios sobre o
assunto. Após o processo, os alunos podem
elaborar um novo mapa conceitual com o intuito de
se avaliarem em relação ao nível de aprendizado
obtido. Como dito, os mapas conceituais ajudam a
promover a autonomia dos alunos no processo de
ensino a aprendizagem.
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2.2 O USO DE MAPAS CONCEITUAIS
NA EDUCAÇÃO POR PROFESSORES
Organizador Prévio
Os professores podem usar os mapas conceituais
como organizadores prévios, ou seja, como
materiais introdutórios de um conteúdo. Dessa
forma, os professores apresentam de maneira mais
Material Metodológico
abstrata e geral o conteúdo que será exposto. Seu
principal objetivo é tornar claro, para o aluno, o que Os professores podem usar mapas conceituais
ele deveria saber, a fim de que o conteúdo possa produzidos pelos alunos no início de um processo
ser aprendido de maneira significativa. de ensino para realizar um levantamento dos

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conhecimentos prévios dos alunos. Isso pode
Instrumento de Avaliação auxiliá-los na elaboração de suas sequências
Os professores podem usar mapas conceituais didáticas, procurando utilizar materiais
produzidos pelos alunos, antes e depois de um potencialmente relevantes adequados àquela
processo de ensino, para avaliar o nível de turma.
aprendizado obtido por cada aluno. Isso estaria
associado à presença de mais conceitos-chave ou
de uma maior complexidade e interconectividade
entre os conceitos nos mapas dos alunos.
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3 CARACTERÍSTICAS DE UM MAPA
CONCEITUAL
Os mapas conceituais apresentam algumas características que estão presentes, independentemente do
conteúdo ao qual estão relacionados. A seguir, descrevemos algumas delas.

Conceitos-Chave
Conceitos-chave podem ser palavras, expressões
ou símbolos que são cruciais no entendimento
daquele conteúdo. Eles representam regularidades
ou padrões dentre eventos ou objetos relacionados
a uma determinada área do conhecimento. Em
Verbos de Ligação
São palavras ou expressões que representam ou
explicam as ligações feitas pelos links. Elas estão
localizadas nas linhas das setas e são compostas,

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geral, esses conceitos são representados em em geral, por verbos. Exemplos de verbos
formas como círculos, elipses, retângulos ou outros. utilizados: causa, requer, inclui, implica, desenvolve,
representa, indica, apresenta, descreve, propõe,
determina, classifica, define, compara, expõe.
Links
Setas direcionadas que são usadas para ligarem os
conceitos. Um conceito pode ser conectado a vários
outros conceitos.
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Hierarquia
Os mapas são estruturas hierárquicas, ou seja, elas
partem de conceitos mais gerais e inclusivos e se
direcionam para conceitos cada vez mais
específicos. A estrutura hierárquica é um traço
marcante de mapas conceituais e, portanto, um
mapa deve ser, geralmente, lido de cima para
baixo.

Proposições

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As proposições são estruturas de combinação e
criação. Elas representam o resultado da
combinação de conceitos por meio dos verbos ou
expressões de ligação para a criação de novos
conhecimentos. A estrutura proposicional
representa o nível mais complexo de aprendizado
dentro da teoria de aprendizagem significativa de
Ausubel.
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4 COMO CONSTRUIR UM MAPA
CONCEITUAL
A seguir apresentamos um passo a passo para se construir um mapa conceitual acerca de qualquer
conteúdo.

01
Identificar conceitos-chave: Primeiramente, deve-se fazer um
levantamento de conceitos-chave acerca do conteúdo.
Inicialmente, esses conceitos serão apenas listados sem
nenhum ordenamento hierárquico.

02
Ordenar os conceitos-chave: Em seguida, os conceitos devem

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ser ordenados hierarquicamente, partindo dos conceitos mais
gerais e inclusivos, que devem ser listados no topo do mapa, até
os conceitos mais específicos, que devem ser listados no fim do
mapa.

03
Conectar os conceitos-chave: Após ordenados os conceitos,
deve-se estabelecer as conexões de um conceito com o outro
através de links. Lembre que os conceitos podem estar ligados a
mais de outro conceito, ou seja, podem existir links cruzados.
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11
Identificar as conexões: Depois de fazer as ligações entre as
palavras, deve-se expressar o sentido da conexão por meio do
uso de verbos ou expressões de ligação. Esse é um passo
crucial para a formação da estrutura proposicional do mapa.

05
Exemplificar: Após ter sido criada as estruturas hierárquica e
proposicional do mapa, deve-se exemplificar os conceitos mais
específicos.

06

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Revisar: É comum que a primeira versão do mapa conceitual
não seja a versão final. Após ter sido feita a primeira versão,
deve-se revisar o mapa produzido, a fim de identificar possíveis
falhas como: ausência de conceitos-chave ou ligações entre
esses conceitos, inconsistência entre as ligações ou verbos
utilizados, erros no posicionamento hierárquico dos conceitos-
chave. Essa etapa de revisão pode ser entendida como um
refinamento do mapa.
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Figura: Exemplo da estrutura básica de um mapa conceitual.
Fonte: os próprios autores.
 REFERÊNCIAS
13
5

AUSUBEL, D.P. The psychology of meaningful verbal learning. New York, Grune and Stratton, 1963.

MOREIRA, M.A. Aprendizagem Significativa: Um Conceito Subjacente. Revista Aprendizagem

Significativa em Revista/Meaningful Learning Review, v.1(3), pp. 25–46, 2011.

NOVAK, J.D.; GOWIN, D.B. Learning How to Learn. New York, Cambridge University Press, 1984.

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