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DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
PARNAMIRIM/RN
2023
JOSÉ VIEIRA SILVA NUNES
PARNAMIRIM/RN
2023
O USO DO MAPA CONCEITUAL COM FERRAMENTA DE ENSINO APRENDIZAGEM
NO ENSINO SUPERIOR
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Licenciado em História pela Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Licenciando em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN
Pós-graduando em Especialização em docência no Ensino superior pela Faculdade de Minas.
THE USE OF THE CONCEPTUAL MAP WITH EDUCATION TOOL LEARNING IN
HIGHER EDUCATION
ABSTRACT. This article recalls the need to look towards strategies that facilitate
learning. Therefore, it is necessary to reflect on our pedagogical practices in order to
cross the walls that separate the student from a truly effective learning. However, it is
observed that Brazilian education is still attached to a model that places the student only
as an adjunct in the educational process, rather than giving him the role of protagonist.
In light of this, reflecting on the role of education requires a serious commitment to an
incessant search for a contextualized and 'contextualizing' methodology, so that we
reach the ultimate goal of education: learning. With this, the following reflection seeks to
discuss the conceptual Maps technique as an aid to promote efficient learning in the
university teaching process.
1 INTRODUÇÃO...............................................................................................................5
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................................ 5
3 METODOLOGIA..........................................................................................................10
4 ANÁLISE DE DADOS..................................................................................................10
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................13
REFERENCIAS.............................................................................................................. 14
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1 INTRODUÇÃO
Diante dos rumos até aqui observados acerca da educação brasileira, surge a
necessidade de se pensar estratégias para facilitar o ensino e buscar meios de
avaliação menos convencionais de ensino aprendizagem. O contexto do Ensino
Superior no Brasil tem sido extremamente exigente e desafiador para alunos e
professores ante às demandas do mercado de trabalho e a dinâmica provocada por
essas modificações. E o que isso significa para os profissionais que saem do Ensino
superior?
O mercado de trabalho é extremamente exigente e isso se põe como um desafio
e um compromisso da educação em sua função de formar profissionais competentes.
Diante disso, podemos nos questionar sobre que tipo de profissionais tem emergido das
graduações no nosso país. Os egressos do Ensino superior têm conseguido atender as
expectativas desse mercado tão exigente e versátil?
Queremos acreditar que a educação oferecida nas Instituições de Ensino
superior no Brasil tem se preocupado e buscado uma formação consistente dos seus
alunos. Mas nos perguntamos se as estratégias de ensino, metodologias, são
coerentes com a realidade do mundo contemporâneo.
Procurando encontrar respostas para essas e outras questões, nosso trabalho
consistirá em apresentar uma breve discussão acerca desta ferramenta (mapa
conceitual), no intuito de trazer uma contribuição para a pratica docente. Nesse intuito,
nos debruçaremos na tentativa de analisar a importância do uso do Mapa Conceitual
como recurso de ensino aprendizagem no Ensino Superior.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
possível entender que trabalhar este tema será extremamente relevante para a
educação uma vez que olha para questões pertinentes a mesma e tenta compreender
de que forma podemos perceber a influencia de metodologias ativas no processo de
ensino aprendizagem.
Por muito tempo a educação tem colocado o professor como o protagonista no
processo de ensino aprendizagem, e desta forma o aluno encontrava-se como
elemento passivo, sem uma ação ativa na sua formação, apenas um “receptáculo
vazio” esperando ser preenchido com o conhecimento trazido pelo professor. Essa
realidade pode ser observada tanto na educação básica como também na educação
superior.
Esta visão onde ao aluno é negada a autonomia de ser protagonista em sua busca
pelo conhecimento é chamada por Freire (1974) de educação bancária 2. Essa postura
conservadora de educação necessita ser superada pois, hoje “[...] almeja-se um novo
modelo de professor que desenvolva a capacidade reflexiva sobre sua própria pratica e
que oriente o trabalho em classe com uma metodologia ativa e participativa [...]” (PENA,
2005, p. 11).
Em sendo assim, a ferramenta do Mapa conceitual possui a premissa de permitir
que esse objetivo seja alcançado, ou, ao menos mostre o caminho, pois possibilita que
o aluno venha aprender através de sua relação com conhecimento que ele adquire e
aquele saber prévio. Ou seja, esta ferramenta pode auxiliar tanto o discente em sua
formação, quanto o docente em sua prática educacional. Acreditamos que a adoção
dessa metodologia nas salas de aula seria de grande contribuição no processo
educacional.
Mas o que seria um ‘mapa conceitual’? Quais são suas contribuições na
aprendizagem? Uma vez que a proposta deste artigo seja enfatizar a ferramenta do
Mapa conceitual na aprendizagem, cabe aqui uma breve definição acerca do mesmo
para que prossigamos na analise de sua importância no processo de ensino
aprendizagem.
Dessa maneira quando nos questionamos sobre o que seriam os mapas
conceituais, podemos dizer que “de um modo geral, mapas conceituais, ou mapas de
2
Termo utilizado por Paulo Freire em sua critica ao tradicionalismo da Escola brasileira.
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conceitos, são diagramas indicando relações entre conceitos, ou entre palavras que
usamos para representar conceitos [...]” (MOREIRA, 2010, p. 11).
A respeito disso, Ausubel afirma sobre a relevância de se aprender novos
conceitos e de como a nova informação recebida se acomoda no cérebro ao relacionar-
se com o conhecimento prévio do aluno proporcionando a aprendizagem. Ele destaca
que:
3
Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de David Ausubel.
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estabelecer certas relações entre os saberes, uma vez que pode ser que exista certa
defasagem em sua aprendizagem com relação a determinados conceitos anteriores.
Logo, o mapa que este aluno irá produzir representará o conhecimento dele, a
reflexão que ele fez dentro da interação entre as informações novas e as anteriores.
Esse episódio pode também servir como parâmetro avaliativo daquele aluno e da
própria pratica didática do professor.
Neste ponto de vista, cabe um questionamento sobre quando a aprendizagem
significativa é efetivada. Portanto, Ausubel diz que, “o fundamental da aprendizagem
significativa como processo é o fato de que os pensamentos, expressos simbolicamente
de modo não arbitrário e objetivo, unem-se aos conhecimentos já existentes nos
sujeitos. Esse processo é, pois, ativo e pessoal” (PEÑA, 2005, p. 21)
Baseado neste argumento, queremos fomentar um debate aprofundado sobre o
tema da aprendizagem significativa ao nos utilizarmos do uso do Mapa conceitual
direcionando-o ao Ensino superior e destacando sua relevância no processo de Ensino
aprendizagem nos cursos de graduação.
Com base nisto, entendemos que o Mapa Conceitual pode ser muito bem
empregado no Ensino Superior como ferramenta eficaz no processo de ensino.
Entendemos que trabalhar este tema será proveitoso em nossa prática diária como
docente no Ensino Superior.
Para Ausubel (1980, 2002) a aprendizagem significativa acontece devido a relação
do novo conteúdo sistematizado com os saberes prévios dos alunos. Ausubel dá
grande importância aos conhecimentos anteriores do aluno como requisito essencial à
construção do conhecimento de forma significativa e organizada, pois, a relação entre
os saberes prévios e o novo saber irá produzir uma gama de conhecimentos novos
dependendo do arcabouço de informações a que o aluno teve durante seu percurso
educacional.
Assim sendo, o aluno expressará iniciará a produção de um saber diante daquilo
que aprendeu (com eficiência ou deficiência) e que para ele possui significado através
da representação gráfica em um Mapa conceitual.
Acreditamos que ainda mais em se tratando do aluno do Ensino superior, que se
espera já possuir toda uma gama de informações pelo longo percurso até chegar à
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Percebe-se com isto, que Ausubel defende que esta estruturação necessita levar
em conta os conhecimentos prévios do aluno como requisito essencial a construção do
conhecimento de forma significativa e organizada. Esse processo torna-se significativo
uma vez que ocorre uma identificação logica dos saberes relacionados no processo de
aprendizagem.
Ratificando essa posição, Moreira (2006) diz:
3 METODOLOGIA
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4 ANÁLISE DE DADOS
claro em que ocasiões ou para que fins esses docentes usavam a abordagem dos
mapas conceituais.
Esses dados revelam que de fato, a metodologia dos mapas conceituais está
presente na vivencia pedagógica de mais de 50% dos docentes nas universidades
públicas e privadas de Natal que, demonstram não apenas conhecer, como usar tal
método em suas aulas.
Quando questionados sobre a importância de tal ferramenta para a apreensão de
conceitos, em torno de 80% deles responderam que consideravam de grande
importância pois promoviam tanto no educador quanto no educando grande capacidade
de síntese ao passo facilita o entendimento sobre os assuntos abordados e possibilita
mostrar as interações assim como as divergências de diferentes autores para o mesmo
objeto de estudo.
Ainda ressaltavam a relevância da técnica na assimilação de conceitos e ideias.
Em torno de 15% deles responderam apenas que consideravam os mapas importantes.
Os 5% restantes responderam que não conheciam os mapas.
Quando perguntados como avaliavam o desempenho de aprendizagem de seus
alunos ao utilizarem os Mapas conceituais, 33,33% avaliaram como bom; já 16,67%
afirmaram aprendizagem como ótima; 50,00% revelaram não se aplicar por não
conhecerem essa técnica.
Quando questionados sobre o conhecimento acerca do que seria a
‘Aprendizagem significativa’, 18,18% disseram ser basicamente a apreensão de
conteúdos; 36,36% definiram a aprendizagem significativa como o estabelecimento de
relações de novos conhecimentos aos conteúdos previamente adquiridos e/ou
experiências pessoais que contribuem para a memorização de conceitos.
Ainda nesse sentido, 36,36% relacionaram com a ideia de praticidade e 9,09%
disseram apenas que a aprendizagem significativa era algo útil não especificando o que
de fato este adjetivo significava ou, a que tipo de utilidade estavam se referindo ao
utilizar tal termo.
Quanto à forma que usam para que os alunos memorizem conteúdos e
conceitos, 45,45% dos professores relataram usar exercícios de fixação, sínteses,
esquemas e outras atividades práticas (não ficou claro que atividades praticas eram
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essas); já 36,36% disseram usar relações com o cotidiano e que sejam significativas ao
aluno enquanto que 9,09% afirmaram enfatizar a apreensão de conceitos (neste caso,
não foi explicitado como essa apreensão era buscada) a serem usadas em situações
novas.
Aqui se percebe certa incoerência, pois, se mais de 50% dos professores
investigados disseram usar mapas conceituais em suas aulas, aqui apenas 18,18% o
usam para promover a apreensão de conceitos. Talvez o usem em outro sentido que
não ficou claro na pesquisa aqui evidenciada (cabe investigar essa especificidade e
entender este dado para sanar as duvidas oriundas no processo).
Também, esta pesquisa procurou entrevistar alunos já graduados ou em
graduação para saber se conheceram a técnica dos mapas conceituais em sua vida
acadêmica. Neste sentido, dentro do número de alunos pesquisados (82,50% já eram
graduados enquanto 17,50% ainda estavam em fase de conclusão), constatou-se que,
11,90% não sabiam o que eram os mapas conceituais; 66,67 conheciam esta
ferramenta e 21,43 apenas ouviram falar.
Acerca da ocasião em que tiveram contato com os mapas conceituais, 35,71%
afirmaram que conheceram os mapas com os professores durante a graduação; 28,57
relataram que conheceram após a graduação (instituições em que trabalharam, ou
trabalham); 9,52 disseram terem tido contato com essa técnica durante a educação
básica; 26,19% afirmaram não conhecerem o método.
Em relação a como faziam para memorizarem conteúdos estudados, percebe-se
uma característica em comum nos entrevistados: 30,95% se referiam a leitura (as
vezes, excessivamente) como método para memorização de conteúdos estudados. Não
ficou clara a real relevância do método de leitura repetitiva e exaustiva. Todavia, há que
se questionar com mais profundidade essa resposta.
Ainda nesta perspectiva, para memorizarem os conteúdos, 7,14% disseram
utilizar-se de esquemas; 9,52% usavam resumos; 11,90% faziam exercícios; 2,38%
disseram aprender melhor apenas ouvindo e escrevendo; 7,14% afirmaram fazer
associações entre conteúdo e cotidiano; 4,76% estudavam por tópicos e conceitos ou
outras atividades variadas (não especificadas na pesquisa); 11,90% usavam mapas
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BUZAN, Tony. Mapas mentais: métodos criativos para estimular o raciocínio e usar
ao máximo o potencial cérebro. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 1.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra 1974.
PENA, Antonio Ontoria. Mapas conceituais: uma técnica para aprender. São Paulo:
Loyola, 2005.