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Aparece então, para Barthes, o escritor, que surge para substituir o autor.
O escritor não é uma pessoa, não possui emoções ou sentimentos. Ele é um
sujeito de papel que não preexiste antes de sua escritura, ele nasce ao mesmo
tempo em que o texto. Para Barthes, escrever é um ato performativo, ele existe
somente no momento do agora e não previamente. Derrida (2013) afirma que
interpretar nada mais é do que tecer um tecido com fios tirados de vários outros
tecidos. Barthes complementa ao dizer que o escritor sempre imita um gesto
anterior, que o poder que o texto tem é o de misturar o seu discurso com
outros. Assim, o escritor é responsável por misturar as escritas, contrariando
umas as outras, numa infinidade de intertextualidade. Sendo impossível tratar a
escrita como um ato de confissão pessoal.