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TÓPICOS PARA AUXILIAR NO ESTUDO DO CONTEÚDO DA

PROVA DE DIREITO AMBIENTAL

1) Conceito de Direito Ambiental


1.1 Abióticos: sem vida; termo aplicado geralmente as
características físicas dos ecossistemas; como umidade; agua;
sais; nutrientes; temperaturas.
1.2 Bióticos: referente aos organismos vivos ou produtivos
por eles, como os fatores ambientais criados pelas plantas,
animais e microrganismos.
1.3 Visão Antropocêntrica: é o homem como centro das
atenções, aqui se vê o meio ambiente como bem material
ligado ao homem.
1.4 Visão Biocêntrica: aqui quem é o centro é o meio
ambiente. O homem sendo parte da natureza deve protege-la
comportando-se em equilíbrio com o meio no qual está
inserido.
1.5 Meio Ambiente - Imediato / Direito: ligado a terceira fase, onde
se tem a legislação, é por meio de normas e princípios. direito,
o que esta antes ou logo depois. No direito ambiental: direito
ambiental em si mesmo.
1.6 Meio Ambiente - Mediato / Indireto: está ligado a
primeira e segunda fase, onde se tem uma ligação com a
doutrina. Está em relação as coisas por intermédio de um
terceiro. Ex.: no direito ambiental como saúde, segurança e
bem-estar.

2) Aspectos classificatórios do Meio Ambiente


2.1 Meio Ambiente Natural ou Físico: é o
ar/atmosfera/fauna/flora e patrimônio genético. É tudo que
forma a natureza em si. Patrimônio genético é todo material
retirado de algum ser vivo ou não, pode ser um pelo, uma
folha, pedaço da casca de uma arvore.
2.2 Meio Ambiente Artificial: está relacionado ao conceito de
cidade. É tudo aquilo que compõe um meio urbano, podendo
ser um ambiente fechado como os prédios ou aberto como as
ruas, praças, etc.
2.3 Meio Ambiente Cultural: é todo patrimônio artístico,
paisagístico que temos em nosso meio, podendo ser também a
cultura dos povos e das regiões. Ex.: chimarrão do rio grande
do sul e o tereré no mato grosso do sul.
2.4 Meio Ambiente do Trabalho: é o meio onde se preserva a
segurança e saúde do trabalhador. Onde à interação entre
empregador e empregado.

3) A Evolução Jurídica e Legislativa do Direito Ambiental


3.1 A tutela Econômica do Meio Ambiente: 1ª fase 1500 a
1950. Nessa fase o bem privado era visto como parte do direito
ambiental, devendo ser protegido através de uma tutela
mediata e indireta.
3.1 A tutela Sanitária do Meio Ambiente: 2ª fase 1950 a 1980.
Ainda se visa a questão econômica, porem se dá uma maior
importância a saúde e bem-estar da população. Aqui a tutela é
mediata e visa a saúde e qualidade de vida a todos.
3.3 A tutela Autônoma do Meio Ambiente e o Surgimento do
Direito Ambiental: 3ª fase 1980 em diante. Surge com a
criação da lei de política nacional do meio ambiente. Aqui não
é mais o homem que é centro do mundo e sim a
natureza/meio ambiente (biocentrismo). A tutela passa a ser
imediata e direta, pois se tem uma lei especifica que trata do
assunto. meio ambiente como bem único; imaterial;
indivisível: deve preservar o meio ambiente para as futuras
gerações, se protegendo todas as formas de vida.

4) A proteção do Meio Ambiente na Constituição Federal


4.1 Princípio da Predominância do interesse: é o principio que
direciona a competência entre os entes federativos. Segundo
este principio cabe a UNIÃO legislar sobre matérias de
interesse geral, aos ESTADOS cabe legislar sobre matéria de
interesse regional e aos MUNICIPIOS cabe legislar sobre
matéria de interesse local, já o DF tem competência de legislar
sobre regional e local.
4.2 Competência Administrativa ou Competência Material: a
competência material. É o poder de polícia do estado, onde o
mesmo tem um dever de proteção.
Competência Exclusiva e Competência Comum: na
competência exclusiva não existe a possibilidade de delegação,
sua matéria será atribuída a um único ente que está
estabelecido nos artigos 21 a 30 CF. já a competência comum
diz respeito a todos os entes federativos (união, estado,
município e DF). Ex.: proteger e preservar o meio ambiente em
todas as suas formas.
4.3 Competência Legislativa: é o poder de legislar dentro da
limitação imposta pela constituição em relação a cada ente
federativo.
Competência Privativa: é reservada a um ente federativo, por
exemplo, ao estado para explorar serviços locais de gás
canalizado. Pode ser delegado pela União através de lei
complementar, podendo tratar dos seguintes assuntos:
trabalho, ambiental, civil, agrário, etc.
Competência Concorrente: aqui o município fica excluído,
sendo somente delgado a UNIÃO, ESTADOS E DF. Sempre diz
respeito a moradia e dinheiro, podendo tratar do penitenciário,
financeiro, econômico, tributário, urbanístico.
Competência Reservada do Estado: pode ser uma exploração
direta de algum bem ou serviço daquele estado, art.25, §1°,
CF.
Competência Exclusiva dos Municípios: art.30. I, CF - legislar
sobre assuntos de interesse local;
4.4 Bens Públicos – observar os artigos do Código Civil –
art.99
Bens de uso comum do povo: Domínio Público do estado
- Podem ser usados sem restrição, por todos.
- Os bens que destinam a utilização geral pela coletividade.
Exemplos: ruas, estradas, praias e rios, a nossa natureza.
 Bens de uso especial: - Domínio privado do estado.
- São os imóveis.
- Utilizados pelo próprio poder público para a execução de
serviço público.
Exemplos: escolas públicas, prédios onde funcionam tribunais
(Fórum).
 Bens Dominicais: - Domínio privado do estado.
- Bens moveis e imóveis
- Apesar de constituírem o patrimônio público, não possuem
uma destinação publica determinada ou um fim
administrativo especifico.
Exemplos: estrada de ferro, título de dívida pública, ilhas
formadas em mares territoriais e rios públicos navegáveis,
quedas d’água. Jazidas e minérios, terras indígenas, sítios
arqueológicos.
OBS: afetação: um bem passa para a categoria de bem de
domínio privado do estado para categoria de bem público. Ele
tem uma destinação especial.
Exemplos: os bens dominicais PODEM por determinação legal,
serem convertidos em bens de USO COMUM ou ESPECIAL.
4.5 Características dos Bens Públicos
4.6 Espécies de Bens Públicos – (terras devolutas – plataforma
continental – terrenos da Marinha, etc): a) terras devolutas:São
enquadrados como BENS DOMINICAIS. São todas as terras
que pertencem ao domínio público de qualquer uma das
entidades estatais e não estão destinados a qualquer fim
especifico.
Obs: em regra as terras devolutas pertencem aos estados, que
podem passa-las para os municípios; serão da União se
indispensáveis a segurança nacional.
b) terrenos da marinha: Pertence à União, previsão legal no
artigo 20, VII, CF.
c) terras ocupadas pelos índios: São habitadas pelos Índios em
caráter permanente, utilizadas para suas atividades
produtivas, imprescindíveis para a preservação dos recursos
ambientais. São enquadradas como BENS DE USO ESPECIAL
e pertencem à União conforme o artigo 20, XI, CF.
d) plataforma continental: É a extensão de áreas continentais
sobre o mar até a profundidade de cerca de 200 metros
pertencentes à União, previsão legal artigo 20, V, CF.
e) faixa de fronteira:Área de até 150 KM de largura paralela a
divisa com outros países.
OBSERVAÇÃO:
Ilhas marítimas: em regra pertencem à UNIÃO, mas os estados
podem ter áreas nas ilhas costeiras.
Ilhas fluviais e lacustres: pertencem aos ESTADOS, exceto se
estiverem em zonas limítrofes com outros países ou em rios
que banham mais de um estado.

4.7 Preservação: é uma consciência, mentalidade, politica,


individual ou coletiva, particular ou institucional, com objetivo
de proteger e salvaguardar o patrimônio.

4.8 Conservação: é o uso racional de um bem qualquer, ou


seja, adotar uma forma de ter rendimentos garantindo a
preservação e sustentação do meio ambiente explorado.

4.9 Recuperação: é a restituição de um meio ambiente ou de


uma espécie degradada a uma condição que pode ser diferente
de sua condição inicial/natural.

4.10 Restauração: é a restituição de um meio ambiente ou de


uma espécie degradada o mais próximo possível de sua
condição inicial/natural.

4.11 Processo e Manejo Ecológico: intervenção humana sobre


o meio ambiente (fauna, flora) de uma forma que seja capaz de
lhe dar segurança e preservar-lhes levando bem-estar e
qualidade de vida a sociedade, ficando o poder publico
obrigado a prestar esses serviços de forma eficaz.
4.12 Patrimônio Genético: é o conjunto de informações
genéticas contidas em plantas, microrganismos no todo ou em
partes vivos ou não.

5) Princípios do Direito Ambiental


5.1 Conferência de Estocolmo: teve como consequência a
declaração sobre o meio ambiente humano que em 8 metas e
26 principios defende a importância do meio ambiente, dando
um alerta a todos da importância de preserva-lo criando assim
o PNUMA.

5.2 Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente –


PNUMA: trouxe a capacidade de dialogar com outros estados
por meio de conferencias, relatórios e congressos a nível
mundial. Desenvolve programas a partir de algumas áreas
especificas como: a mudança climática, manejo dos
ecossistemas, desastres e conflitos.

5.3 Relatório de Brundtland: desenvolvimento sustentável. O


documento foi publicado em 1987, pela comissão mundial
sobre o meio ambiente e desenvolvimento, comissão
organizada pela ONU.
Pelo documento O DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL é: o
desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir
suas próprias necessidades.

5.4 Princípio do Desenvolvimento Sustentável: As gerações


presentes devem buscar o seu bem-estar através do
crescimento econômico e social, mas sem comprometer os
recursos naturais fundamentais para a qualidade de vida das
gerações subsequentes. Tem como pilar: crescimento
econômico, preservação ambiental e equidade social.

5.5 Princípio do Ambiente Ecologicamente Equilibrado:


art.225, CF – todos tem direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado. Está ligado ao principio do
desenvolvimento sustentável, pois aqui também deve-se
utilizar o meio ambiente de forma sustentável para que o
mesmo se preserve as futuras gerações.

5.6 Princípio Precaução: a precaução se tem somente um risco


de irá causar dano, não se tem certeza se vai ou não ocasionar
em dano ao meio ambiente. Na duvida a obra não é realizada
(in dubio pro meio ambiente). O empreendedor deve provar
que sua obra não ira causar danos.

5.7 Princípio da Prevenção: aqui se tem a certeza que aquela


obra irá causar um dano, porem busca-se formas de corrijam,
previnam ou amenizem as causas advindas do projeto. Ex.:
atividade de mineração, se a empresa procurar algo para
amenizar é prevenção.

5.8 Princípio do Poluidor Pagador: aqui se tutela a qualidade


do bem ambiental, pois são exigidas as despesas de
prevenção, reparação e repressão dos danos ambientais.

5.9 Princípio do Usuário Pagador: tutela a quantidade do bem


ambiental. Deve suportar os custos de uso/exploração e da
efetiva utilização/acesso.

5.10 Princípio da Intervenção Estatal: decorre do direito


indisponível do direito ao meio ambiente sustentável.CABE AO
PODER PUBLICO DEFENDER E PRESERVAR o meio ambiente
ecologicamente equilibrado para as presentes e futuras
gerações.

5.11 Princípio Democrático: a iniciativa popular nos


procedimentos legislativos, as discussões por meio de
audiência publica ação civil publica e ação popular
ambiental.
 é dever também da coletividade proteger o meio ambiente
para as presentes e futuras gerações.

5.12 Princípio da Informação:  direito a participação


pressupõe o direito a informação.
 todos devem ter acesso as informações para que possam
ajudar a cuidar do meio ambiente.

5.13 Educação Ambiental: incube ao poder público promover a


educação ambiental em todos os níveis de ensino, sendo
obrigatória a participação da iniciativa privada e da população.

5.14 Cooperação dos Povos: abrange a cooperação na acepção


de repassar os conhecimentos da tecnologia e conhecimentos
de proteção do ambiente obtidos pelos países mais avançados
e que tenham a possibilidade econômica de investir e obter
resultados nas pesquisas ambientais.

5.15 Do Limite: cabe aos estados através do seu exercício de


polícia, fiscalizar e orientar os particulares quanto aos limites
em usufruir do meio ambiente, conscientizando-os sobre a
importância de observar sempre o bem-estar da coletividade,
como também, promover os termos de ajustamento de
conduta, visando por termo as atividades nocivas.

5.16 Da vedação do retrocesso ecológico: as garantias de


proteção ambiental, uma vez conquistadas, não podem
retroagir. Não é admitido a regressão a proteção ambiental
para níveis inferiores.

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