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ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

EXAME DE ORDEM UNIFICADO


PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL
SIMULADO 1
ÁREA: DIREITO PENAL
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.

PADRÃO DE RESPOSTA - PEÇA PROFISSIONAL

Enunciado

Durante investigação para apurar a prática de tráfico de drogas na cidade de Volta Redonda/RJ, agentes da polícia
civil, embora desconfiados que Wilson Rocha estivesse envolvido no crime, não conseguiram reunir provas
suficientes para apontá-lo como traficante. Diante disso, um dos policiais passou a frequentar os mesmos lugares
do investigado. Em determinado dia, fazendo-se passar por usuário de drogas, aproximou-se de Wilson e o induziu
a lhe fornecer 10 gramas de cocaína. Surpreso, Wilson respondeu ao suposto usuário afirmando que não possuía
drogas com ele. Não satisfeito com a resposta, o policial disfarçado insistiu para que Wilson lhe conseguisse a droga.
Mesmo contrariado, Wilson, diante da insistência do policial, disse que tentaria conseguir a droga solicitada. Saiu
do local, retornando meia hora depois exatamente com a quantidade de droga solicitada pelo policial, dizendo que
havia conseguido com o traficante da boca de fumo que funcionava na Vila. Nesse instante, o policial prende Wilson
em flagrante, sob a acusação da prática do crime de tráfico ilícito de drogas, previsto no artigo 33, “caput”, da Lei
11.343/2006. Durante a lavratura do auto de prisão em flagrante, Wilson indicou advogado para assisti-lo, o que
foi dispensado pelo Delegado, sob o argumento de que não seria necessário. Dois dias depois da prisão, o Delegado
concluiu a lavratura do auto de prisão em flagrante, entregando a nota de culpa ao flagrado, com posterior remessa
ao Poder Judiciário, representando pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. A família de Wilson
Rocha, bem como o Juiz competente e o Membro do Ministério Público tomaram conhecimento da prisão somente
quando o auto de prisão em flagrante aportou no Poder Judiciário. O auto de prisão em flagrante está concluso
para apreciação do Magistrado.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, na
qualidade de advogado (a) de Wilson Rocha, redija a peça cabível, diversa de habeas corpus, no que tange à
liberdade de seu cliente, alegando para tanto toda a matéria de direito pertinente ao caso. (Valor: 5,00)

Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à
pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.

Gabarito comentado

O candidato deverá redigir uma petição de RELAXAMENTO DE PRISÃO, com base no artigo 5º, inciso LXV, da
CRFB/88, e/ou artigo 310, inciso I, do Código de Processo Penal, a ser endereçada ao Juiz de Direito da Vara Criminal
de Volta Redonda/RJ.

Na petição, deverá argumentar que:

1. A prisão é ilegal e/ou o auto de prisão em flagrante é nulo porque a prisão ocorreu no contexto de flagrante
preparado/provocado, nos termos da Súmula 145 do STF e artigo 17 do Código Penal;

2. A prisão é ilegal e/ou o auto de prisão em flagrante é nulo por inviabilizar a assistência a advogado, nos termos

Padrão de Resposta Simulado Página 1


Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
EXAME DE ORDEM UNIFICADO
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL
SIMULADO 1
ÁREA: DIREITO PENAL
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.
do artigo 5º, inciso LXIII, CF/88 ou artigo 7º, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil ou artigo 8º,
2, alínea “d” do Decreto 678/92, e/ou não foi encaminhada cópia do APF à Defensoria Pública, nos termos do artigo
306, § 1º, do Código de Processo Penal;

3. A prisão é ilegal e/ou o auto de prisão em flagrante é nulo porque o Delegado não comunicou imediatamente à
família do preso, nos termos do artigo 306, “caput”, do Código de Processo Penal e/ou artigo 5º, inciso LXII e/ou
inciso LXIII, da CF/88;

4. A prisão é ilegal porque o Delegado não comunicou imediatamente o Juiz competente e o Membro do Ministério
Público, nos termos do artigo 306, “caput”, do Código de Processo Penal e/ou artigo 5º, inciso LXII, da CF/88;

5. A prisão é ilegal e/ou o auto de prisão em flagrante é nulo porque o Delegado de Polícia entregou a nota de culpa
e encaminhou o APF à autoridade judiciária após o prazo de 24h, violando o disposto no artigo 306, § 1º e 2º, do
Código de Processo Penal.

Ao final, o examinando deverá formular pedido de relaxamento de prisão em razão da nulidade do auto de prisão
em flagrante, com a consequente expedição de alvará de soltura.

No VI Exame da OAB, quando caiu relaxamento de prisão, não foi exigido artigo no pedido, até porque coincide
com a base legal da peça (art. 5º, inciso LXV, CF/88 e art. 310, inciso I, do CPP), razão pela qual não constará no
padrão de resposta. Todavia, se colocar o artigo, e até se recomenda, por cautela, fazer isso, não terá problema.

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Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
EXAME DE ORDEM UNIFICADO
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SIMULADO 1
ÁREA: DIREITO PENAL
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.
Comentários Equipe de Correção:

Eliezer, a sua peça está muito bem elaborada. Seguem algumas dicas para deixá-la ainda melhor:

I. DOS FATOS - Muito bem!

II. DO DIREITO
A) Flagrante preparado/provocado
**Muito bem!
>> Apenas cuide as rasuras. Ao errar, passe um risco e escreva na sequência.

B) Falta de acesso a advogado e não encaminhamento à Defensoria Pública


**Muito bem, apenas faltou mencionar que o não foi encaminhada cópia do APF à Defensoria Pública, nos termos
do artigo 306, § 1º, do Código de Processo Penal, tendo em vista a Autoridade Policial não ter deixado de chamar
o advogado indicado pelo acusado.

C) Falta de comunicação imediata à família do preso


Muito bem!

D) Falta de comunicação imediata ao Juiz competente e ao Membro do MP


Muito bem!

E) Nulidade no prazo de encaminhamento do procedimento à autoridade judiciária


**FALTOU arguir que o Delegado de Polícia encaminhou o procedimento à autoridade judiciária após o prazo de
24h, o que gera nulidade.

>> Apenas cuidado para não confundir. Existe o prazo de 24h para a conclusão do Auto de Prisão em Flagrante, e
existe a comunicação imediata ao Juiz, MP e à família do preso. São dois momentos diferentes.
Imagine a seguinte situação: quando o preso chega à Delegacia para que seja realizado o Auto de Prisão em
Flagrante, a autoridade policial deve IMEDIATAMENTE comunicar a família do preso, MP e o Juiz competente. Após,
em até 24h, deverá a autoridade policial encaminhar o Auto de Prisão em Flagrante ao Judiciário, no qual irá todos
os dados e informações acerca da prisão realizada. Cuide para não confundir os dois momentos.

III. DOS PEDIDOS


Muito bem!

Algumas observações gerais, importantes para você não ter complicações com a FGV na hora da correção:
- Sempre que não tiver informações necessárias no enunciado, utilize “...”, jamais invente dados, utilize como
por exemplo: Advogado... OAB...
- Não transcreva artigos, súmulas, isto é, nada de citações, pois a mera transcrição não pontua, você precisa
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Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad
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Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.
explicar com suas palavras.
- Deixe a sua peça esteticamente clara, dividindo ela em tópicos, não faça textos corridos, o examinador pode
ficar com preguiça e não ler direito, não lhe pontuando em teses que você acertou.
- Evite rasuras, se errar alguma palavra, faça um simples traço e continue escrevendo ao lado, por exemplo:
nacionadade..., nacionalidade...
- Não assine a prova, qualquer identificação resultará na sua exclusão do certame.
- Lembre-se sempre de fazer menção completa do artigo, súmula, isto é, indicando os incisos, §§ ou alíneas que
fundamentam a resposta.
- JAMAIS escreva fora dos limites das linhas e margens, vez que tudo que estiver fora do local apropriado ou
ultrapassar a extensão permitida não é considerado para efeito de avaliação.

Abaixo nas pontuações, deixamos marcado em amarelo o que ficou incompleto ou que você deixou de indicar
em sua peça/questões e poderia ter alegado.

Padrão de Resposta Simulado Página 4


Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
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Distribuição de pontos

ITEM PONTUAÇÃO PONTUAÇÃO


DO ALUNO
1. Endereçamento 0 0
Juiz de Direito da Vara Criminal de Volta Redonda/RJ (0,25) 0,00/0,25 0,25
2. Cabimento 0
Fundamento legal para o pedido de Relaxamento da Prisão: art. 5º, inciso LXV, da 0,00/0,50 0,50
CRFB E/OU art. 310, inciso I, do CPP (0,50)
3. Do Direito 0
3.1 Desenvolvimento jurídico acerca da ilegalidade da prisão E/OU nulidade do 0,00/0,25/
auto de prisão em flagrante, porque se trata de flagrante preparado/provocado 0,75/1,0 1,0
(0,75), previsto na Súmula 145 do STF E/OU artigo 17 do CP (0,25)
3.2 Desenvolvimento jurídico acerca da ilegalidade da prisão E/OU nulidade do
auto de prisão em flagrante por violação ao direito à assistência de advogado
(0,30) E/OU por não ter encaminhado cópia do auto de prisão em flagrante à 0/0,20/0,30/ 0,30
Defensoria Pública, nos termos do art. 5º, inciso LXIII, da CF/88 E/OU art. 306, § 0,50
1º, do CPP E/OU art. 7º, inciso III, do EOAB E/OU art. 8º, 2, alínea “d” do Decreto
678/92 (0,20)
3.3 Desenvolvimento jurídico acerca da ilegalidade da prisão E/OU nulidade do
auto de prisão em flagrante porque o Delegado não comunicou imediatamente à 0/0,20/0,30/ 0,50
família do preso (0,30), violando o disposto no artigo 306, “caput”, do CPP E/OU 0,50
art. 5º, inciso LXII E/OU inciso LXIII, CF/88 (0,20)
3.4 Desenvolvimento jurídico acerca da ilegalidade da prisão E/OU nulidade do
auto de prisão em flagrante porque o Delegado não comunicou imediatamente o 0/0,20/0,30/ 0,50
Juiz competente e o Membro do Ministério Público (0,30), violando o disposto no 0,50
artigo 306, “caput”, do CPP E/OU art. 5º, inciso LXII, CF/88 (0,20).
3.5 Desenvolvimento jurídico acerca da nulidade do auto de prisão em flagrante
porque o Delegado de Polícia entregou a nota de culpa e encaminhou o 0/0,20/0,30/ 0,30
procedimento à autoridade judiciária após o prazo de 24h (0,30), violando o 0,50
disposto no artigo 306, § 1º e 2º, do CPP (0,20).
4. Pedido 0
Pedido de relaxamento de prisão em razão da nulidade do auto de prisão em 0,00/0,25/0,50/ 0,75
flagrante (0,50) e expedição de alvará de soltura (0,25). 0,75
6. Estrutura correta e Fechamento 00
divisão das partes / indicação de local, data, advogado e OAB (0,50) 0,50 0,50
TOTAL 5,00 4,6

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Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 1

Enunciado

No dia 18 de novembro de 2018, Marilda compareceu à Delegacia da Mulher e noticiou que o seu marido, Wilson
Rocha, a ameaçou de morte, em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher. Manifestou, ainda,
interesse que seu marido fosse responsabilizado criminalmente por seu comportamento. A autoridade policial
instaurou o respectivo procedimento criminal pela prática do crime de ameaça (Art. 147 do Código Penal, com
aplicação das medidas previstas na Lei nº 11.340/06). Todavia, antes do procedimento ser encaminhado ao
Ministério Público para oferecimento de eventual denúncia, Marilda retorna à Delegacia, a fim de informar não
mais ter interesse na responsabilização penal de seu marido. Contudo, a autoridade policial não formalizou a
retratação da representação oferecida por Marilda, afirmando ser incabível. Diante disso, Marilda o procura, na
condição de advogado(a), em busca de orientação.
Considerando as informações narradas, na condição de advogado(a) de Marilda, com base apenas nas informações
narradas, esclareça os itens a seguir.
A) É possível a retratação do direito de representação por parte de Marilda na Delegacia de Polícia? Justifique.
(Valor: 0,65)
B) Na hipótese de prosseguimento do procedimento criminal, seria possível o Ministério Público oferecer proposta
de transação penal a Wilson, nos termos do artigo 76 da Lei 9.099/95? Justifique. (Valor: 0,60)

Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere
pontuação.

Gabarito comentado

A) Deveria o examinando esclarecer que o crime de ameaça é de ação penal pública condicionada à representação,
nos termos do Art. 147, parágrafo único, do Código Penal, de modo que é possível a retratação do direito de
representação. Contudo, como o crime foi praticado em situação de violência doméstica e familiar contra a mulher,
alguns requisitos são trazidos pela lei de modo a garantir que essa manifestação foi livre de pressões. Tais requisitos
são trazidos pelo Art. 16 da Lei 11.340/06, que admite a retratação antes do recebimento da denúncia, desde que
realizada em audiência especial, na presença do magistrado, após manifestação do Ministério Público.

B) Deveria o candidato esclarecer que não é possível a transação penal nos crimes envolvendo violência doméstica
e familiar contra a mulher, ainda que de menor potencial ofensivo. Isso porque, nos termos do artigo 41 da Lei
11.340/2006, não se aplicam os institutos previstos na Lei nº 9.099/95 aos crimes praticados com violência
doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista. Além disso, nos termos da Súmula 536
do STJ: "A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese de delitos sujeitos ao
rito da Lei Maria da Penha".

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**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.
Comentários Equipe de Correção:

a) Excelente, parabéns!

b) Ótimo! Você também poderia ter indicado o artigo 41 da Lei 11.340/06.


Distribuição de pontos

PONTUAÇÃ
ITEM PONTUAÇÃO O DO
ALUNO
a) Não é possível a retratação na Delegacia de Polícia. A retratação da ofendida 0/0,10/0,25/0,30
deve ocorrer em audiência especial, na presença do magistrado e ouvido o /0,35/0,40/0,55/
0,65
Ministério Público (0,30), antes do recebimento da denúncia (0,25), na forma do 0,65
artigo 16 da Lei nº 11.340/06 (0,10).
b) Não, pois é vedada a aplicação da Lei 9.099/95 aos crimes praticados com 0/0,20/0,40/0,60
violência doméstica e familiar contra a mulher (0,40), nos termos do artigo 41 da 0,60
Lei 11.340/2006 OU Súmula 536 do STJ (0,20).
TOTAL: 1,25

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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 2

Enunciado

No dia 08 de março de 2017, Wilson conduzia um veículo automotor, em via pública, às 17h, quando foi solicitada
sua parada em uma blitz. Após consultar a placa do automóvel, os policiais constataram que o veículo era produto
de crime de roubo ocorrido no dia 05 de março de 2017, às 09h. Em razão disso, realizaram a prisão e encaminharam
Wilson, imputando-lhe a prática do crime de receptação. Em sede policial, a vítima do crime de roubo compareceu
à Delegacia, e, em observância a todas as formalidades legais, reconheceu Wilson como o autor do crime que
sofrera. A autoridade policial lavrou auto de prisão em flagrante pelo crime de roubo em detrimento de receptação,
representando pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva.
Considerando as informações narradas, na condição de advogado(a) de Wilson, que deverá se manifestar antes da
decisão do magistrado quanto à representação da autoridade policial, responda aos itens a seguir.
A) Qual requerimento deverá ser formulado, de imediato, em busca da liberdade de Wilson e qual a base legal?
Justifique. (Valor: 0,60)
B) Qual o argumento poderá ser apresentado em busca da soltura de Wilson? Justifique. (Valor: 0,65)

Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar corretamente sua resposta. A simples menção ou transcrição do
dispositivo legal não pontua.

Gabarito comentado

A) O requerimento cabível é o relaxamento da prisão em flagrante, com base no artigo 310, inciso I, do Código de
Processo Penal e artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal/88.

B) Em relação ao argumento para a soltura do flagrado, deveria a defesa alegar que Wilson foi preso em flagrante
acusado de ter praticado, em tese, o delito de roubo. Todavia, a prisão é ilegal, uma vez que não estão presentes
nenhuma das hipóteses do artigo 302 do Código de Processo Penal. O requerente não foi preso cometendo o delito,
nem quando acabou de supostamente cometê-lo. Também não houve perseguição, logo após, à prática do delito,
nem tampouco foi encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que indicassem eventual
participação no referido roubo. Portanto, não estando presentes nenhuma das hipóteses dos incisos I, II, III e IV do
artigo 302 do Código de Processo Penal, a prisão em flagrante é ilegal, devendo ser relaxada, com base no artigo
310, inciso I, do Código de Processo Penal e artigo 5º, inciso LXV, da Constituição Federal/88, com expedição de
alvará de soltura.

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“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.

Comentários Equipe de Correção:


a) Cuidado! A peça cabível será Relaxamento de Prisão em Flagrante, tendo em vista que a prisão é ILEGAL.
b) Trata-se de prisão ILEGAL, porque não ocorreu numa das situações de flagrância, previstas no artigo 302 do
CPP, portanto a prisão deve ser relaxada. Salienta-se que o requerente não foi preso cometendo o delito, nem
quando acabou de supostamente cometê-lo e sequer houve perseguição, portanto, a prisão é ilegal.

Distribuição de pontos

PONTUAÇÃO
ITEM PONTUAÇÃO
DO ALUNO
a) O requerimento a ser formulado seria relaxamento de prisão em flagrante 0,0/0,20/0,40/
(0,40), com base no artigo 5º, inciso LXV, da CF/88 E/OU artigo 310, inciso I, 0,60
0,00
do CPP (0,20)

b) Deve-se argumentar que a prisão é ilegal (0,20), pois não está presente 0/0,10/0,20/
nenhuma hipótese que enseja a prisão em flagrante (0,35), prevista no artigo 0,30/0,35/0,45/ 0,00
302 do CPP (0,10). 0,55/0,65

TOTAL: 0,00

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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
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PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 3

Enunciado

Wilson, a pedido dos filhos Flávio e Gilson, que contavam com 05 e 07 anos, respectivamente, levou-os até ao clube
aquático da cidade em que residia. Em certo momento, enquanto Flávio brincava na piscina infantil do clube, Wilson
foi chamado para acudir Gilson que havia caído do balanço do parque, lesionando a perna. Diante disso, Wilson
pediu para Jussara, senhora que se encontrava próximo à piscina infantil, para que cuidasse do filho menor,
enquanto ia prestar atendimento ao filho maior que estava no parque do outro lado do clube. Flávio brincava
calmamente na piscina. Alguns minutos depois, Flávio, sem que ninguém percebesse, foi para área mais funda da
piscina não mais conseguindo retornar, sendo encoberto pela água por tempo suficiente para causar seu
afogamento e morte da criança. Diante disso, após conclusão do respectivo inquérito policial, o Ministério Público
ofereceu denúncia contra Wilson, relatando que, por ser pai da vítima, tinha o dever de agir para evitar o resultado,
imputando-lhe a prática do crime de homicídio culposo, previsto no artigo 121, § 3º, c/c artigo 13, § 2º, alínea “a”,
ambos do Código Penal, sem, no entanto, propor qualquer instituto que dispensaria o prosseguimento da ação
penal, apesar de nunca ter respondido a qualquer procedimento criminal. A denúncia foi recebida e o réu citado.
Considerando as informações narradas, na condição de advogado(a) de Wilson, responda aos itens abaixo:
A) Qual argumento de direito processual poderia ser alegado em busca da anulação do processo a partir da
denúncia? Justifique. (Valor: 0,60)
B) Qual argumento de direito material deverá ser apresentado em busca da absolvição de Wilson? Justifique.
(Valor: 0,65)

Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar suas respostas. A simples menção ao dispositivo legal não confere
pontuação.

Gabarito comentado

A) Deverá o examinando destacar que existia nulidade a ser reconhecida, tendo em vista que o crime imputado ao
acusado possui pena prevista de 01 a 03 anos, logo possível a proposta de suspensão condicional do processo. De
acordo com o Art. 89 da Lei nº 9.099/95, independentemente de o crime ser ou não de menor potencial ofensivo,
em sendo a pena mínima prevista de até 01 ano, preenchidos os demais requisitos legais, cabível a proposta de
suspensão condicional do processo. No caso, Wilson era primário e não respondia a qualquer outra ação penal, não
havendo motivação razoável para que não fosse oferecida a proposta do instituto despenalizador. No caso, deveria
ser anulada a decisão de pronúncia, encaminhando-se os autos ao Ministério Público para manifestação sobre a
proposta do benefício.

B) O argumento de direito material em busca da absolvição seria o de que a omissão de Wilson não foi relevante
para a produção do resultado, já que, nas circunstâncias, não podia agir para evitar o resultado. Conforme o artigo
13, § 2º, do Código Penal, a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. No caso, Wilson não poderia agir, porque estava prestando assistência ao outro filho, que havia se
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podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.
machucado no parque localizado no outro lado do clube aquático. Logo, como não omissão penalmente relevante
para a produção do resultado, não há conduta punível, sendo, pois, o fato atípico em relação a Wilson.
Convém ressaltar que, no caso, não se aceitará para fins de pontuação a alegação de perdão judicial, pois o
enunciado exigiu tese de direito material voltada à absolvição do réu, sendo que a decisão que concede o perdão
judicial tem natureza declaratória, conforme a Súmula 18 do STJ.

Comentários Equipe de Correção:

Tu não nos enviou a questão no sistema, motivo pelo qual, restou prejudicada a correção.

Distribuição de pontos

PONTUAÇÃO
ITEM PONTUAÇÃO
DO ALUNO
a) Nulidade em razão do não oferecimento de proposta de suspensão
condicional do processo (0,40), já que a pena mínima do delito imputado é de 0/0,10/0,20/0,40/
1 ano, sendo o réu primário (0,10), preenchendo os requisitos do Art. 89 da 0,50/0,60 0,00
Lei 9.099 (0,10).
b) A omissão de Wilson não foi relevante para a produção do resultado (0,30), 0/0,15/0,20/0,35/
já que, nas circunstâncias, não podia agir para evitar o resultado (0,20), não 0,45/0,50/
0,00
incidindo a hipótese do artigo 13, § 2º, alínea “a”, do Código Penal (0,15). 0,65

TOTAL: 0,00

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Prova Prático-Profissional –Exame de Ordem Unificado -Prof. Nidal Ahmad
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL
EXAME DE ORDEM UNIFICADO
PROVA PRÁTICO-PROFISSIONAL
SIMULADO 1
ÁREA: DIREITO PENAL
“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.

PADRÃO DE RESPOSTA – QUESTÃO 4

Enunciado

No dia 25 de janeiro de 2018, Mariana, gestante de 06 meses, foi flagrada guardando, em sua residência, 50g de
cocaína. Durante a lavratura da prisão em flagrante, constatou-se que Mariana guardava a droga a pedido do seu
companheiro. Verificou-se, ainda, que Mariana não integrava nenhuma organização criminosa e nunca havia se
envolvido em prática ilícita anteriormente, sendo, portanto, primária. Não obstante isso, a autoridade policial lavrou
auto de prisão em flagrante e representou pela conversão em preventiva, sob o argumento de que a lei impõe que
agente preso em flagrante pela prática do delito de tráfico de drogas, previsto no artigo 33, “caput”, da Lei
11.343/2006, deve responder o processo preso. Autoridade policial comunicou imediatamente à família do preso,
bem como o Magistrado e o Ministério Público, sendo todas as demais formalidades da prisão em flagrante
observadas.
Considerando apenas as informações narradas, na condição de advogado(a) de Mariana, responda aos itens a seguir.
A) A representação da autoridade policial, considerando o argumento invocado, foi elaborada de modo adequado?
Justifique (Valor: 0,60)
B) Considerando a hipótese de o Magistrado converter a prisão em flagrante em prisão preventiva, seria possível, no
caso, postular a substituição dessa medida por outra? Justifique (Valor: 0,65)

Obs.: O(a) examinando(a) deve fundamentar as respostas. A mera citação do dispositivo legal não confere pontuação.

Gabarito comentado

A) Desenvolvimento fundamentado acerca da inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei 11.343/2006 da parte que


veda a concessão da liberdade provisória por ofensa ao princípio da presunção da inocência, previsto no artigo 5º,
inciso LVII, da CF/88, OU do devido processo legal, previsto, no artigo 5º, inciso LIV, da CF/88, OU da dignidade da
pessoa humana, previsto no artigo 1º, inciso III, da Constituição Federal/88, bem como porque ausentes os
pressupostos do artigo 312 do Código de Processo Penal que autorizam a prisão preventiva, já que Mariana guardava
a droga a pedido do companheiro, nunca havia se envolvido em prática ilícita e nem integrava organização criminosa.

B) Sim, seria possível substituir a prisão preventiva por prisão domiciliar, uma vez que Mariana é gestante, não
praticou crime com violência ou grave ameaça à pessoa, nem contra seu filho ou dependente. Logo, cabe a
substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, nos termos do artigo 318, inciso IV e/ou artigo 318-A, ambos
do Código de Processo Penal.

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“O gabarito preliminar da prova prático-profissional corresponde apenas a uma expectativa de resposta,
podendo ser alterado até a divulgação do padrão de respostas definitivo.”
Qualquer semelhança nominal e/ou situacional presente nos enunciados das questões é mera coincidência.”‘
**Esse documento é uma simulação que usa os mesmos padrões da prova prático-profissional aplicada pela
Fundação Getúlio Vargas.

Comentários Equipe de Correção:


a) O STF declarou inconstitucional o artigo 44 da Lei 11.343/2006 na parte que vedava a concessão da liberdade
provisória. O fundamento está no artigo 5º, inciso LIV (fere o princípio do devido processo legal), inciso LVII (fere o
princípio da presunção da inocência) e art. 1º, inciso III, (dignidade da pessoa humana), todos da Constituição
Federal. Faça remissão a esses dispositivos abaixo do artigo 44 da Lei 11.343/2006, se já não o fez.
Atenção na identificação das teses.
Se o crime é típico, buscar sempre relação na própria Lei. No caso proposto, você teria que analisar o disposto no
artigo 44 da Lei 11.343/06 e as remissões indicadas em aula.

b) Neste caso, caberia argumentar que será possível a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, pois
Mariana é gestante e não praticou crime com violência ou grave ameaça à pessoa, nem contra seu filho ou
dependente.
Distribuição de pontos

PONTUAÇÃO
ITEM PONTUAÇÃO
DO ALUNO
a) Desenvolvimento fundamentado acerca da inconstitucionalidade do
artigo 44 da Lei 11.343/2006 da parte que veda a concessão da liberdade
provisória (0,30) por ofensa ao princípio da presunção da inocência (0,10), 0/0,10/0,20/0,30/
previsto no artigo 5º, inciso LVII, da CF/88 (0,10), OU do devido processo 0,40/0,50/0,60
0,00
legal (0,10), previsto, no artigo 5º, inciso LIV, da CF/88 (0,10), OU da
dignidade da pessoa humana (0,10), previsto no artigo 1º, inciso III, da
Constituição Federal/88 (0,10), bem como porque ausentes os pressupostos
do artigo 312 do CPP que autorizam a prisão preventiva (0,10)
b) Deve-se argumentar que seria possível substituir a prisão preventiva por
prisão domiciliar (0,30), uma vez que Mariana é gestante, não praticou 0/0,15/0,20/0,30/
crime com violência ou grave ameaça à pessoa, nem contra seu filho ou 0,35/0,45/0,50/
0,00
dependente (0,20), nos termos do artigo 318-A E/OU 318, inciso IV, do 0,65
Código de Processo Penal (0,15)

TOTAL: 0,00

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