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Cf. NOCENT, A. Iniciação cristã. In: SARTORE, Domenico – TRIACCA, Achille M. Dicionário de
liturgia. São Paulo – Lisboa: Paulinas – Paulistas, 1992. p. 594.
• Formação doutrinal – período de catequese, garantida pelos “doutores”, que
podem ser tanto eclesiásticos como leigos. Esse período é aberto com o sinal da
cruz e dura 3 anos. O aspirante recebe uma instrução especial, cujo conteúdo tem
como base fundamental as Escrituras, com a qual o catecúmeno vai se
familiarizando por meio das leituras litúrgicas e da homilia. O encontro sempre é
encerrado com uma oração e com a imposição de mãos dos doutores sobre os
catecúmenos.
• Preparação precedente ao Batismo – a fase catecumenal anterior termina com um
novo exame dos aspirantes ao Batismo (presença do padrinho que responde pelo
candidato). Nesse exame procura-se saber se o catecúmeno, em sua vida diária,
deu provas de conversão a Cristo, praticando o mandamento fundamental do amor
ao próximo, em sua realização concreta de visitar os enfermos e ajudar as viúvas.
Passada essa prova, entra-se na preparação ao batismo: pela oração, o jejum e os
exorcismo rituais.
• Segundo Hipólito, são obrigados a assistir à liturgia da palavra na celebração
eucarística durante esse tempo. Na última semana, os candidatos recebem uma
preparação mais concentrada, acompanhada de ritos. A celebração do Batismo é
descrita da seguinte maneira: no momento em que o galo canta, serão feitas
orações, em primeiro lugar sobre a água, e serão batizadas as crianças, depois
serão batizados os homens e por fim, as mulheres. O rito também contém a
renúncia a Satanás e a todas suas obras. Em seguida, o candidato será batizado
enquanto confirma sua fé em Deus Pai, Filho e Espírito. Finaliza o Batismo com
unção de óleo pelo presbítero.
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BOROBIO, Dionísio. A celebração na Igreja. São Paulo: Loyola, 1990. vol. 1. p. 58-60.
A antiga tradição da Igreja viveu a iniciação dos três sacramentos exatamente
como iniciação a todos os três juntos: eles eram conferidos em celebração única, mesmo
às crianças. A sucessão dos três ritos nos é descrita desde o século II em texto já clássico
de Tertuliano: “O Corpo é lavado, para que a alma seja purificada; o corpo é ungido para
que a alma seja consagrada; o corpo é assinalado (com o sinal-da-cruz) para que a alma
seja fortificada; o corpo é sombreado (pela imposição das mãos) para que a alma seja
iluminada pelo Espírito Santo; o corpo é alimentado com o corpo e o sangue de Cristo
para que a alma se nutra de Deus”.3
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Cf. NOCENT, A. Iniciação cristã. In: SARTORE, Domenico – TRIACCA, Achille M. Dicionário de
liturgia. São Paulo – Lisboa: Paulinas – Paulistas, 1992. p. 283.