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Página Textos da Reforma

Sola Scriptura, Sola Gratia, Sola Fide, Solus Christus, Soli Deo Gloria
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Responsável: Dawson Campos de Lima
E-mail: dawson@samnet.com.br

ALGUMAS MÁS REPRESENTAÇÕES DE NOSSA POSIÇÃO NEGADAS


POR: C.D. COLE

Parece impossível para o opositor de eleição, como os opositores da segurança dos santos, representar as
nossas posições corretamente. Alguns as mal representam inocentemente, enquanto outros fazem isso
maliciosamente e de propósito.
1. Aqueles que pregam a eleição, pregam que os homens foram salvos antes da fundação do mundo.
2. Que Deus cria alguns para os condenar. Deus não faz os homens para os condenar nem para os salvar,
mas para a própria glória dele. “Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu
criaste todas as coisa, e por tua vontade são e foram criadas.” Apocalipse 4:11. “Porque dele e por
Ele, e para Ele são todas as coisas; glória pois a Ele eternamente. Amém.” Romanos 11:36. “Porque
nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam
dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.” Colossenses
1:16.
3. Que essa doutrina é uma nova doutrina entre os Batistas Missionários. A ignorância nesta declaração
é lastimável. Cito vários Batistas do passado: Confissão de Londres (1689); a Filadélfia (1742); o
Novo Hampshire; Waldensian (1120); Anabaptistas (período de Reforma); João Bunyan, Andrew
Fuller, Boyce, Broadus, Carroll, Sepulcros, Jarrell, etc., todas as Livros Teológicos Batista: Boyce,
Forte, Mullens, Conner.
4. Que a eleição proíbe a salvação das pessoas que querem ser salvas. De acordo com esta má
representação, Deus prepara um banquete da salvação, e um homem vem à mesa que tem fome para o
pão de vida, mas Deus diz, “Não, isto não é para você; você não é um dos meus eleitos.” Esta é uma
representação falsa da verdade de Deus. Agora então, a verdade é essa: Deus preparou o banquete da
salvação, mas o fato é: ninguém tem fome, e ninguém quer vir ao banquete. Eles todos, com um
consentimento, começaram a dar desculpas. Deus sabia como a natureza pecaminosa do homem
agiria, e Ele não se arriscou para que a mesa Dele estaria vazia. Então, Ele manda o Seu servo a sair e
os compelir entrar. Se não fosse pela a morte de Cristo, não haveria nenhum banquete da salvação; se
não fosse o Espírito Santo não teria nenhum convidado à mesa. Um mero convite não traz ninguém
para a mesa.
QUATRO PERGUNTAS RESPONDIDAS
1. O que é eleição? É a escolha de pessoas para a salvação. “Mas devemos sempre dar graças a Deus por
vós, irmãos amados do Senhor, por vos ter Deus elegido desde o princípio para a salvação, em
santificação do Espírito, e fé da verdade;” II Tessalonicenses 2:13.
2. Quem elege? “Não me escolhestes vós a mim, mas Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que
vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai
Ele vo-lo conceda.” João 15:16; o II Tessalonicenses 2:13; “Como também nos elegeu nele antes da
fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante Dele em amor;” Efésios 1:4.
3. Quando foi feita a eleição? Efésios 1.4; II Tessalonicenses 2:13; “Que nos salvou, e chamou com
uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que
nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos séculos;” II Timóteo 1:9.
4. Porquê foi feita a escolha? Foi por causa de algo bom no pecador? Se fosse, ninguém seria elegido
por ninguém ser bom, nem sequer um. Foi por causa de algo ruim no pecador? Se fosse, todos seriam
salvos e não teria nenhuma escolha. O porquê da eleição foi o prazer de Deus. “E nos predestinou
para filhos de adoção por Jesus Cristo, para Si mesmo, segundo o beneplácito de Sua vontade.”
Efésios 1:5.
ALGUMAS OBJEÇÕES CONSIDERADAS E RESPONDIDAS
1. A eleição faz Deus injusto. Sem a menor dúvida, esta objeção é feita sem pensar. Salvação não é uma
questão de justiça mas de misericórdia. Não era a justiça de Deus que O causou a prover a salvação,
mas a misericórdia. A justiça simplesmente é cada homem recebendo o que merece. Mas, ó homem,
quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao eu a formou: Por que me fizeste
assim? Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e
outro para desonra?” Romanos 9:20,21.
2. A eleição destrói a doutrina de “Quem quiser, vem”. De jeito nenhum. A eleição explica e sustenta
a doutrina de “Quem quiser, vem”. Sem a eleição não haveria nenhum “Quem quiser”; todo mundo
seria " Quem Deseja”. A vontade humana é livre, mas a sua liberdade está dentro dos limites da sua
natureza caída e humana. É livre como a água. A água é livre a descer a colina. É livre como o urubu.
O urubu é livre a comer carniça, mas sofreria fome até a morte em um campo de trigo. Não é a sua
natureza comer comida limpa. Aqui é um cadáver físico. É livre a se levantar e caminhar? Em uma
senso, é sim. Não é acorrentado e preso. Não há nenhuma restrição externa. Mas em outra senso,
aquele cadáver não é livre. Não é a natureza do morto a mexer-se. Aqui é um cadáver espiritual. É
livre para se arrepender, crer na verdade acreditar e fazer obra boas? Sim, em uma senso é. Não há
nenhuma restrição externa nele. Deus não o impede, mas Ele oferece influencias e induções. Mas o
cadáver é dificultado pela sua própria natureza.
Conselho de Trent (1563): “Se qualquer um afirmará que desde a queda de Adão, a vontade do homem
foi eliminada, que seja amaldiçoado.”. Mas, lamentavelmente hoje em dia, tal crença não é limitada aos
Católicos Romanos.
3. A eleição é incompatível com um espírito missionário. A eleição produz “hard shells” (casca duras).
Esta palavra “casca duras” é uma palavra inventada. É empregada com preconceito. Os que são contra
missões empregam este termo para o dano dos homens que tenham o espírito missionário. Fatos que
obstinadamente não podem ser contestados negam a acusação de que a eleição e a predestinação
antagonizam o programa missionário de Cristo. Estes que crêem nestas doutrinas foram e são agora
os mais fortes missionários: Andrew Fuller, Spurgeon, Boyce Taylor, etc.
4. A eleição leva a libertinagem. Novamente os fatos proclamam em uníssono claro: “De jeito nenhum”.
Alguns dos homens mais piedosos que jamais viveram eram os que creram na eleição e na
predestinação. John Gill, um dos mais inteligentes dos batistas, era notável pelo caráter piodoso. A
idade Puritana do Cristianismo é conhecida como a mais pura idade da igreja desde os tempos
apostólicos. E cada um dos Puritanos, quase sem nenhuma exceção, creram em eleição. Há quase
duzentos anos, Toplady fez um desafio dupla que nunca foi respondido no seu dia e nem em nossos
dias. Ele desafiou o mundo Cristão inteiro a achar uma pessoa que realmente creu na soberania de
Deus que foi para o lado do Catolicismo Romano. E também desafiou o mundo a achar o nome de um
único mártir Cristão que não creu na eleição. Outros desafiaram o mundo para achar um único crítico
superior, ou um único Espírita, ou um único partidário de evolução, ou um único Russellite, ou um
único Cientista Cristão que acredita na soberania absoluta de Deus e na doutrina de eleição. Sem
nenhuma exceção, cada um destes hereges terríveis são Arminianistas. Este é um fato revelador.
5. A eleição não segue a razão. Este fato não é negado, mas alegremente admitido. Este fato atesta a
eleição uma verdade divina. Qualquer religião que está de pleno acordo com a razão humana não é
uma religião salvadora.
Do: O BATISTA PIONEIRO, Bryan Station Baptist Church, Lexington, KY, Volume 27, Número 12,
Setembro 1997.

Traduzido para o português Outubro 1999 por Missionário Calvin Gardner – wbtbrazil@usa.net

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