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Introdução
A ergonomia é uma ciência que estuda a relação entre o homem e o trabalho, buscando
adaptar as condições de trabalho às características físicas, cognitivas e psicológicas dos
trabalhadores. A análise ergonômica do trabalho é uma das principais ferramentas da
ergonomia, pois permite identificar os pontos críticos do ambiente de trabalho que podem
causar fadiga, desconforto, lesões ocupacionais, doenças ocupacionais, estresse e outros
problemas de saúde.
Fazendo de sua importância não apenas para garantir a saúde e a segurança dos
trabalhadores, mas também para melhorar a produtividade e a qualidade do trabalho. Ao
adaptar as condições de trabalho às características dos trabalhadores, é possível reduzir a
fadiga, aumentar o conforto, prevenir lesões ocupacionais e melhorar o desempenho dos
trabalhadores. Além disso, a análise ergonômica do trabalho pode contribuir para a redução do
absenteísmo, do presenteísmo e dos custos com tratamentos médicos e afastamentos por
problemas de saúde relacionados ao trabalho.
Grandjean, E. (1998). Fitting the Task to the Human: A Textbook of Occupational Ergonomics.
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Karwowski, W. (2012). International Encyclopedia of Ergonomics and Human Factors (3rd ed.).
CRC Press.
A AET é obrigatória para todas as empresas que possuem atividades que possam causar
danos à saúde dos trabalhadores. Essa análise deve ser realizada por profissionais
especializados em ergonomia e deve levar em consideração as características do trabalho e as
condições em que ele é realizado.
A NR-17 estabelece também que a AET deve ser atualizada sempre que houver mudanças nos
processos, nos equipamentos ou nas condições de trabalho. Além disso, a norma define os
critérios para avaliação dos riscos ergonômicos, tais como posturas inadequadas, esforços
repetitivos, movimentos bruscos, vibrações, iluminação inadequada, ruídos, temperatura
inadequada, entre outros.
Portanto, a NR-17 tem uma relação direta com a AET, já que estabelece a obrigatoriedade
dessa análise para todas as empresas e define os critérios para avaliação dos riscos
ergonômicos no ambiente de trabalho. A norma busca garantir que as empresas adotem
medidas para reduzir ou eliminar os riscos identificados na AET, visando a proteção da saúde e
segurança dos trabalhadores.
O não cumprimento da NR-17 pode acarretar em multas e sanções para as empresas, além de
colocar em risco a saúde e a segurança dos trabalhadores. Por isso, é importante que as
empresas se atentem às exigências estabelecidas pela norma e implementem medidas
preventivas para garantir o bem-estar e a segurança dos mesmos.
Portal Sua Obra. O que é Análise Ergonômica do Trabalho (AET)? Disponível em:
https://www.suaobra.com.br/analise-ergonomica-do-trabalho-aet/. Acesso em: 26 abr. 2023.
Com base nisso, a legislação brasileira, por meio da Norma Regulamentadora 17 (NR-17) do
Ministério do Trabalho e Previdência, estabelece medidas de prevenção para garantir a saúde
e segurança dos trabalhadores envolvidos no transporte manual de cargas.
Dentre as medidas estabelecidas pela NR-17, destaca-se que não deverá ser exigido nem
admitido o transporte manual de cargas por um trabalhador cujo peso seja suscetível de
comprometer sua saúde ou segurança, devem ser considerados fatores como sua condição
física, sua capacidade de força e sua experiência prévia. Sendo assim, é importante que as
empresas realizem avaliações regulares das condições de trabalho de seus funcionários e
adotem medidas preventivas para evitar acidentes e lesões ocupacionais decorrentes do
transporte manual de cargas. Além disso, trabalhadores designados para o transporte manual
regular de cargas devem receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos
de trabalho que deverão utilizar, visando salvaguardar sua saúde e a prevenção de acidentes.
Com vistas a limitar ou facilitar o transporte manual de cargas, deverão ser usados meios
técnicos apropriados, tais como carrinhos, empilhadeiras, guinchos, entre outros. O uso desses
meios técnicos adequados pode reduzir significativamente os riscos ergonômicos e acidentais
associados ao transporte manual de cargas. Também fazendo necessário considerar as
diferenças de gênero e idade na realização do transporte manual de cargas. Quando mulheres
e trabalhadores jovens forem designados para essa atividade, deve-se levar em conta que sua
capacidade física pode ser diferente da dos homens, e, portanto, o peso máximo das cargas a
serem transportadas deve ser reduzido para garantir sua saúde e segurança. Essa medida é
essencial para prevenir lesões musculoesqueléticas e outras doenças ocupacionais
decorrentes do esforço físico excessivo.
Por fim, o trabalho de levantamento de material feito com equipamento mecânico de ação
manual também deve ser executado de forma que o esforço físico realizado pelo trabalhador
seja compatível com sua capacidade de força e não comprometa sua saúde ou segurança.
Outro aspecto importante é a ergonomia dos assentos utilizados nos postos de trabalho. Os
assentos devem ser confortáveis e ajustáveis à estatura do trabalhador e à natureza da função
exercida, com borda frontal arredondada e encosto levemente adaptado ao corpo para
proteção da região lombar.
A escolha dos assentos para os postos de trabalho é crucial para o bem-estar do trabalhador e,
consequentemente, para a produtividade da empresa. Para atender aos requisitos mínimos de
conforto, os assentos devem possuir altura ajustável de acordo com a estatura do trabalhador e
a natureza da função exercida. Além disso, é importante que a base do assento tenha
características de pouca ou nenhuma conformação, que a borda frontal seja arredondada e que
o encosto apresente forma levemente adaptada ao corpo, para proteção da região lombar.
Para atividades que demandam o trabalho sentado, é possível exigir, a partir da análise
ergonômica do trabalho, um suporte para os pés que se adapte ao comprimento da perna do
trabalhador, contribuindo para uma postura correta e confortável durante a jornada de trabalho.
https://www.segurancadotrabalho.ufv.br/analise-ergonomica/