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Introdução e Objetivos - Ideon

Introdução: NR 17 - Ergonomia: Objetivos Gerais e Específicos

A Norma Regulamentadora número 17 (NR 17) estabelecida pelo Ministério do Trabalho e


Emprego (MTE) do Brasil tem como objetivo a regulamentação da ergonomia nos
ambientes de trabalho. Ela foi criada com o intuito de proporcionar melhores condições
laborais aos trabalhadores, buscando a prevenção de doenças ocupacionais e a promoção
da qualidade de vida no ambiente de trabalho.

A importância da NR 17 reside no fato de que um ambiente de trabalho ergonômico é


essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, além de contribuir para a
produtividade e eficiência das organizações. A ergonomia é uma ciência multidisciplinar que
busca adaptar o trabalho às características físicas, cognitivas e emocionais dos indivíduos,
proporcionando melhores condições de trabalho e minimizando os riscos de acidentes e
lesões relacionadas ao trabalho.

Os objetivos gerais da NR 17 são:

● Promover o conforto e a segurança dos trabalhadores: A norma estabelece diretrizes


para a adequação do ambiente de trabalho, visando proporcionar conforto físico e
mental aos profissionais. Isso inclui o fornecimento de mobiliário adequado,
regulagem de altura das cadeiras, iluminação adequada, climatização adequada,
entre outros aspectos.

● Prevenir doenças ocupacionais: A ergonomia é fundamental para evitar doenças


relacionadas ao trabalho, como lesões por esforço repetitivo (LER), distúrbios
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), problemas na coluna vertebral,
fadiga visual, entre outros. A NR 17 estabelece diretrizes para a adequação dos
postos de trabalho, buscando evitar posturas incorretas, excesso de esforço físico e
outros fatores que possam levar ao surgimento dessas doenças.

● Aumentar a produtividade e eficiência: Um ambiente de trabalho ergonômico pode


impactar diretamente na produtividade e no desempenho dos trabalhadores. Ao
proporcionar conforto e segurança, a NR 17 contribui para a redução do
absenteísmo, melhora na qualidade do trabalho e consequente aumento da
eficiência.

Além dos objetivos gerais, a norma também estabelece objetivos específicos, tais como:

● Definir critérios para a adaptação do trabalho ao homem: A NR 17 estabelece


diretrizes relacionadas à organização do trabalho, mobiliário, equipamentos e
condições ambientais, buscando adequá-los às características físicas e mentais dos
trabalhadores. Isso inclui a regulagem da altura das mesas, a adequação das
cadeiras, a iluminação adequada, a redução de ruídos, entre outros aspectos.

● Promover a saúde e a segurança dos trabalhadores: A norma tem como objetivo


garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores, evitando acidentes e doenças
ocupacionais. Para isso, ela estabelece diretrizes para a eliminação ou redução dos
riscos presentes nos postos de trabalho, como a adoção de pausas para descanso,
o treinamento adequado dos funcionários, a identificação e o controle dos agentes
de risco, entre outras medidas.

Diante disso, o presente exposto literário tem como objetivo trazer de forma mais detalhada
cada objetivo preconizado pela NR 17, assim como sua correlação com a saúde do
trabalhador.

Condições de trabalho

A NR 17 traz que a empresa deve realizar a avaliação ergonômica preliminar dos possíveis
riscos decorrentes das atividades exercidas pelo trabalhador, e assim, providenciar e
registrar as adaptações necessárias a serem realizadas com a finalidade de melhorar as
condições trabalhistas. Essa avaliação pode ser integrada às normas do Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR).

A empresa deve realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), com o propósito de uma
avaliação mais aprofundada dos riscos e perigos à saúde do trabalhista identificados, não
corrigidos ou de demanda levantadas, visando proposição de medidas corretivas,
estabelecimento de um diagnóstico e interação dos trabalhadores na causa (garantindo que
todos sejam ouvidos), que deve ser conduzida por especialistas em ergonomia.

O documento da AET deve ficar disponível pelo prazo de 20 anos. Apenas Microempresas
e empresas de pequeno porte classificadas em risco 1 e 2 pela NR 04 estão dispensados
de elaborar a AET, tendo a exceção em que a análise for indispensável para o
acompanhamento da saúde dos trabalhadores. Nos planos de ação nos termos do PGR,
devem ter contido as medidas de prevenção e adaptações observadas na avaliação
ergonômica preliminar e AET.

A organização do trabalho na empresa deve levar em consideração, segundo a norma,


alguns pontos importantes, sendo eles: a duração do serviço; o ritmo; o modo de operação;
a exigência do tempo; o material manuseado e os aspectos cognitivos que possam ser
prejudicados.

As atividades que se tem trabalho excessivo muscular ou dinâmica ampla do corpo, devem
ser adotadas medidas preventivas, seguidos da AET, evitando assim posturas extremas
nocivas; movimentos bruscos de impacto dos membros superiores (MMSS); uso excessivo
da força muscular; alta frequência de movimentos que comprometendo a segurança do
trabalhista; exposição a vibrações; nível de exigência cognitiva.

Tendo como medidas preventivas pausas para recuperação psicofisiológica, que devem ser
consideradas como tempo de trabalho efetivo, que é aquele em que inicia desde o momento
em que começa o serviço, em sua sede, até o seu regresso, no fim do serviço; alternância
de atividades em que se acha a mudança da posição; alteração da execução da tarefa ou
outras medidas técnicas aplicáveis recomendadas pela avaliação ergonômica preliminar ou
na AET. As pausas para descanso devem ser fora dos postos de trabalho, não devem levar
a aumento na execução de tarefas pós descanso. Os ambientes de trabalho devem levar
em consideração a possível alternância de posturas, possuindo dimensões de espaços e
circulação onde se possa haver movimentação livre dos segmentos corporais. É dever dos
empregadores assegurar a facilidade de compreensão das atribuições e responsabilidades
de cada função; manter um diálogo aberto para sanar dúvidas e facilitar o trabalho em
equipe. Empresas com até 10 empregados ficam dispensadas do dito anterior.

Levantamento, transporte e descarga individual de materiais

Na NR 17 são estipuladas orientações específicas referentes ao manuseio individual de


cargas, levantamento e transporte. É proibida a exigência ou realização do transporte
manual de cargas que possa prejudicar a saúde ou segurança dos trabalhadores. Além
disso, quando se trata de trabalhadoras do sexo feminino e trabalhadores menores, a carga
a ser carregada deve ser reduzida de acordo com as atividades permitidas por lei. Isso tem
como objetivo assegurar um ambiente de trabalho mais seguro e saudável, minimizando os
riscos à saúde dos funcionários e evitando sobrecargas desnecessárias.
No que se refere ao levantamento, manuseio e transporte individual e não eventual de
cargas, há requisitos essenciais a serem seguidos. Primeiro, é necessário organizar os
locais onde as cargas são pegadas e depositadas de forma a evitar que os trabalhadores
tenham que fazer movimentos prejudiciais e forçados, como flexões, extensões e rotações
excessivas do tronco, bem como outras posições nocivas para o corpo. Além disso, é
crucial posicionar as cargas e equipamentos o mais próximo possível dos trabalhadores,
garantindo espaço suficiente para os pés, de modo a facilitar o alcance e prevenir
obstáculos aos movimentos ou quaisquer outros riscos potenciais. Isso visa promover um
ambiente de trabalho ergonomicamente correto e seguro.
Quanto ao levantamento não eventual de cargas, é estritamente proibido quando a distância
horizontal para alcançar a carga exceder 60 cm em relação ao corpo do trabalhador, devido
ao risco potencial para a saúde e segurança. No caso do transporte e descarga de materiais
usando equipamentos mecânicos como vagonetes ou carrinhos de mão, é crucial
considerar fatores como o peso da carga, a frequência das operações, a forma como a
carga é agarrada e a distância percorrida. Isso deve ser feito para garantir que não haja
riscos à saúde ou segurança dos trabalhadores envolvidos nessas atividades. O objetivo é
proteger os trabalhadores e criar um ambiente de trabalho seguro.
Quando se trata de movimentação e transporte manual de cargas não eventuais, devem ser
adotadas medidas preventivas, que podem incluir o uso de meios técnicos facilitadores,
adequação do peso e dimensões da carga para evitar esforço excessivo, limitação da
duração, frequência e número de movimentos, redução de distâncias percorridas com
cargas e a realização de pausas ou alternância com outras atividades a cada duas horas. O
objetivo é proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos. Além disso,
qualquer trabalhador designado para o transporte manual não eventual de cargas deve
receber orientação sobre as técnicas corretas de levantamento, carregamento e deposição
de cargas, para evitar lesões e riscos.

Mobiliários dos postos de trabalho


Os mobiliários que fazem parte do posto de trabalho devem ter regulagens que permitam
que eles sejam adaptados para maior conforto dos trabalhadores de acordo com as tarefas
a serem realizadas. Além disso, se o trabalho puder ser executado tanto na posição em pé
quanto sentada, o posto de trabalho deve ser organizado de modo a viabilizar essa
alternância.
Para os casos de trabalhos manuais, os trabalhadores devem ser providos de condições
para manter boa postura, visualização e operação. Alguns exemplos de providências a
serem tomadas são: dimensionamento da área do trabalho que permita que o trabalhador
movimente seus segmentos corporais a fim de não prejudicar sua saúde, altura e distância
da superfície de trabalho que sejam compatíveis com a tarefa a ser executada, para que
essa área seja de fácil visualização e acesso. Deve haver espaço suficiente para pernas e
pés na base do plano de trabalho, no caso do trabalho sentado, e para os pés no caso do
trabalho em pé, para viabilizar que o trabalhador se aproxime do espaço em que executará
sua tarefa e que possa apoiar a região plantar. Pode ser utilizado apoio para os pés caso o
trabalhador não consiga manter a planta dos pés totalmente apoiadas no piso.
Os pedais e outros recursos que são acionados por meio dos pés devem ser posicionados
em locais de fácil acesso. Ademais, os assentos usados nos postos de trabalho precisam
permitir o ajuste de sua altura à estatura e natureza da tarefa do trabalhador, os sistemas de
ajustes e manuseio devem ser acessíveis, a base do assento deve permitir pouca ou
nenhuma conformação, a borda frontal deve ser arredondada e o encosto precisa ter forma
adaptada para proteger a região lombar. No caso de trabalhos que são realizados em pé,
deve haver assentos com encosto em locais que os trabalhadores possam realizar suas
pausas.

Equipamentos dos postos de trabalho (Trabalho efetuado com máquinas,


equipamentos e ferramentas de uso manual) - Maju

A sessão de abordagem sobre os equipamentos dos postos de trabalho, traz que tais
execuções de trabalho devem respeitar e aplicar a Norma Regulamentadora n° 12 sobre
Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
Nessa parte da NR17, o foco está relacionado às características das máquinas e
equipamentos, a postura e manejo de objetos que não prejudiquem o trabalhador.
Primeiramente, os equipamentos e máquinas devem possuir estruturas e elementos como
sinais, monitores e comandos de forma que fique claramente elucidado ao trabalhador
como é feita a utilização, com o objetivo de evitar possíveis erros. Esses mecanismos
devem ser efetuados pelos fabricantes que fornecem o material.
Os painéis de controle, assim como os comandos, necessitam de ser projetados em locais
que ajudem no acesso e manejo seguro, permitindo uma visualização de informações
durante o processo.
Os equipamentos direcionados a processamento eletrônico de dados devem possibilitar que
o trabalhador consiga adaptar o equipamento de acordo com a atividade que será
executada.
Os equipamentos devem ser dotados de mobilidade que permitam o ajuste do painel à
iluminação, para que seja possível a regulagem dos ângulos de visualização do trabalhador
e evitar reflexos direcionados ao painel.
Em relação a trabalhos executados de forma não eventual, que fazem a utilização de
computadores, é necessário que tais equipamentos como teclados, mouses e telas sejam
adaptadas de forma a fornecer o conforto ao trabalhador, respeitando as particularidades
nas características antropométricas dos indivíduos e à forma como é executado as tarefas.
As ferramentas e equipamentos manuais que podem gerar riscos aos trabalhadores,
prejudicando a segurança ou saúde, devido ao peso ou forma de utilização, devem possuir
dispositivos para sustentação. Tais medidas são direcionadas como meio de prevenção,
sendo aplicadas outras medidas se necessário, por meio da antecedente análise
ergonômica ou da Atenção ao Trabalho (AET) que avalia as circunstâncias de trabalho
seguindo os ideais da ergonomia.
As ferramentas manuais precisam seguir as seguintes características:
a) Manuseio e uso de forma simplificada;
b) Evitar que aperte ou comprima a palma da mão ou dos dedos em quintas ou
arestas.
Ademais, a instituição deve escolher as ferramentas manuais a fim de que o formato, tipo e
textura da empunhadura seja conveniente à tarefa em questão e ao uso casual de luvas.

Condições ambientais de trabalho - João:


No que se refere às condições ambientais de trabalho, a Norma Reguladora número
17 (NR 17) aborda sobre o conforto auditivo, térmico e sobre a medidas relacionadas à
prevenção da Síndrome do Edifício Doente (SED) (BRASIL, 2018).
No item 5.1, a preocupação com a saúde auditiva do trabalhador é abordada. Nesse
sentido, os ambientes nos quais ocorrem processos de trabalho, as condições sonoras
devem ser apropriadas para a realização de chamadas telefônicas, de modo que se
implemente medidas preventivas, com vistas a cumprir o nível de ruído estabelecido no item
17.8.4.1 e seus respectivos subitens (BRASIL, 2018).
No item 5.2 e subitens 5.2.1 e 5.2.2, são abordadas condições que visam o conforto
térmico dos trabalhadores. Nesse sentido, com o intuito de ofertar distribuição adequada e
uniforme dos fluxos de ar e da temperatura no local de trabalho, projetos de climatização
apropriados devem ser estabelecidos. Vale ressaltar que, caso haja necessidade, devem
ser utilizados controles locais e/ou setoriais para regular a temperatura, velocidade e
direção das correntes de ar (BRASIL, 2018). Além disso, instrumentos de verificação de
temperatura, velocidade e umidade do ar podem ser instalados pela organização, no afã de
permitir ao colaborador ter acesso a esses dados (BRASIL, 2018).
Por fim, no item 5.3, aborda-se medidas preventivas da “Síndrome do Edifício
Doente” (SED). Diante disso, o subitem 5.3.1. enaltece e enfatiza que não se deve utilizar
centrais de ar-condicionado, principalmente, o plenum de mistura da casa de máquinas,
com o intuito de depositar materiais para ficarem guardados (BRASIL, 2018). Ademais, é
salientado no item 5.3.2. que é estritamente proibido qualquer tipo de contato da água
resultante de condensação com a rede de esgoto (BRASIL, 2018).
Organização do trabalho

De acordo com NR 17 item 6 a organização do trabalho serve para definir como deve ser
realizado o fluxo do trabalho, define as escalas, as folgas , tempo descanso, o contingente
necessário para que não haja uma sobrecarga de trabalho, previne danos psíquicos e físico
e por fim diz como a empresa deve tratar o funcionários.
Para estabelecer as condições da organização do trabalho e preciso algumas normas que
devem ser considerado , como norma de produção,o modo operatório, quando aplicável, a
exigência de tempo, o ritmo de trabalho,o conteúdo das tarefas e os instrumentos e meios
técnicos disponíveis e os aspectos cognitivos que possam comprometer a segurança e a
saúde do trabalhador. Portanto,precisamos ter esses aspectos para que possamos
estabelecer normas da organização do trabalho.
Com isso,foram criadas as NRs, como as 1.7.1.4 que tem como objetivo os trabalhadores
de atividades que exijam sobrecarga muscular estática,com o objetivo de eliminar ou
reduzir essas sobrecargas, a partir da avaliação ergonômica preliminar ou da AET; e a nr
17.4.3 que descreve a implementação de medidas de prevenção, a partir da avaliação
ergonômica preliminar ou da AET, que evitem que os trabalhadores, ao realizar suas
atividades, sejam obrigados a efetuar de forma contínua e repetitiva, buscando o bem estar
físico e emocional do operador. Conclui-se que está NR trata-se sobre prevenir qualquer
tipos de dano aos trabalhadores.
Por seguinte, a NR17 estabelece algumas normas de prevenção que devem ser instaladas,
como as NRs17.4.3.1 ,17.4.3.2, 17.4.3.3, 17.5.1.1 e entre outras NRs que tem como
objetivo a prevenção de agravos à saúde do trabalhador.
Portanto Conclui-se, que a organização do trabalho foi criada para a segurar a segurança
dos trabalhadores através de normas Regulamentadora que obriga as empresas fazerem
atos de prevenção e não sobrecarga os trabalhadores.

Caso clínico, aplicação e Conclusão - Ideon

Caso Clínico 1 - Aplicação da NR 17 em um ambiente de escritório

Histórico do Paciente:
- Nome: Pedro
- Idade: 35 anos
- Profissão: Analista de Marketing
- Empresa: Agência de Publicidade

Apresentação do Caso:
Pedro é um analista de marketing que trabalha há cinco anos em uma agência de
publicidade renomada. Ele é responsável por desenvolver estratégias e campanhas
publicitárias para os clientes da agência. Recentemente, ele começou a experimentar dores
recorrentes no pescoço, ombros e mãos, além de sentir fadiga visual no final do dia. Esses
sintomas estão prejudicando sua produtividade e sua qualidade de vida no trabalho.

Avaliação Fisioterapêutica:
Pedro foi encaminhado para uma clínica fisioterapêutica para uma avaliação ergonômica
completa. Durante a consulta inicial, o fisioterapeuta realizou entrevistas, observou a
postura de trabalho de João, verificou a disposição do mobiliário e do equipamento de
escritório, além de examinar seu estado físico.

Resultados da Avaliação:
Foi identificado que a configuração inadequada do local de trabalho era um dos principais
fatores contribuintes para os sintomas de Pedro. A cadeira de escritório não possuía ajustes
completos para a altura, posição do encosto e apoio de braços, resultando em uma postura
incorreta durante longas horas de trabalho. A altura da mesa também estava inadequada,
fazendo com que Pedro esticasse o pescoço, causando tensão na região cervical e ombros.
Além disso, a iluminação do ambiente não era adequada, contribuindo para seu desconforto
visual.

Plano de Intervenção:
Com base nos resultados da avaliação, o fisioterapeuta elaborou um plano de tratamento
personalizado para Pedro, com base nos requisitos da NR 17. As medidas adotadas
incluíram:

1. Ajustes Ergonômicos: A cadeira de escritório foi substituída por uma que atendesse aos
requisitos ergonômicos, com ajustes completos para altura, inclinação, encosto e apoio de
braços. A altura da mesa foi ajustada para que João pudesse manter uma postura correta,
evitando estresse excessivo nas articulações.

2. Treinamento de Boas Práticas: João recebeu orientações específicas sobre a importância


de manter uma postura adequada durante o trabalho, realizando pausas regulares para
descanso e exercícios de alongamentos.

3. Ergonomia Visual: Foram realizadas mudanças no ambiente de trabalho para melhorar a


iluminação, reduzindo o brilho excessivo e o uso de monitores com regulagem de altura e
posicionamento adequado.

4. Educação sobre Saúde Ocupacional: João participou de palestras educativas sobre a


importância da ergonomia no ambiente de trabalho e os cuidados necessários para prevenir
lesões relacionadas ao trabalho.

Resultados:
Após duas semanas de tratamento, Pedro relatou uma melhoria significativa em relação às
dores e ao desconforto que antes o afetava. Suas queixas diminuíram consideravelmente e
ele voltou a desempenhar suas funções com mais eficiência. Através da aplicação da NR 17
e a adoção de medidas ergonômicas, tanto João como a empresa puderam perceber
benefícios significativos, promovendo um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.

Conclusão:
Esse caso clínico ilustra a importância da aplicação da NR 17 em um ambiente de
escritório. Através da adequação ergonômica do posto de trabalho, foram resolvidos
problemas de saúde ocupacional, melhorando a qualidade de vida e a produtividade de
João. Essa abordagem demonstra como a aplicação correta da NR 17 pode contribuir para
um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e sustentável, beneficiando tanto o
colaborador como a organização.

Caso Clínico 2 - Aplicação da NR 17 em um Hospital

Histórico do Paciente:
- Nome: Maria
- Idade: 42 anos
- Profissão: Enfermeira
- Local de Trabalho: Hospital Público

Apresentação do Caso:
Maria é uma enfermeira que atua no Hospital Público há 10 anos. Apesar de ter paixão pela
sua profissão, nos últimos meses tem apresentado dores nas costas, fadiga e estresse
excessivo. Esses sintomas estão impactando negativamente seu desempenho profissional
e a qualidade de sua vida pessoal.

Avaliação de Enfermagem:
Maria procurou a Clínica de Enfermagem para uma avaliação de saúde e condições de
trabalho. Durante a avaliação, a enfermeira verificou a postura de trabalho de Maria,
analisou suas tarefas diárias, avaliou a disposição do mobiliário e conversou sobre suas
atividades profissionais.

Resultados da Avaliação:
Foi identificado que Maria estava exposta a diversos fatores de risco ergonômicos
presentes em seu ambiente de trabalho. A altura inadequada das camas dos pacientes, a
falta de suporte lombar nas cadeiras, o excesso de levantamento e movimentação de
pacientes, além da falta de pausas regulares, eram os principais fatores contribuintes para
seus sintomas.

Plano de Intervenção:
Com base nos resultados da avaliação, a enfermeira elaborou um plano de intervenção com
base nos requisitos da NR 17 e nas boas práticas de ergonomia. As medidas adotadas
incluíram:

1. Treinamento em Ergonomia: Maria participou de um treinamento sobre boas práticas de


ergonomia, destacando a importância de manter uma postura adequada ao lidar com os
pacientes, evitar movimentos inadequados e realizar pausas para descanso.

2. Adaptação do Mobiliário: A altura das camas dos pacientes foi ajustada para que Maria
não precisasse se curvar excessivamente, minimizando o risco de lesões nas costas. Além
disso, foram adquiridas cadeiras com suporte lombar adequado para melhorar a postura
enquanto estiver sentada.
3. Uso de Equipamentos Auxiliares: Foram fornecidos equipamentos auxiliares, como
pranchas de transferência e elevadores de pacientes, para facilitar o manuseio e a
movimentação dos pacientes, reduzindo o esforço físico desnecessário.

4. Organização do Trabalho: Foram feitos ajustes nas escalas de trabalho para garantir a
distribuição adequada de tarefas e possibilitar pausas regulares para descanso durante as
longas jornadas.

Resultados:
Após a implementação do plano de intervenção, Maria relatou uma melhoria significativa em
seus sintomas. As dores nas costas diminuíram consideravelmente, sua fadiga diminuiu e
ela conseguiu lidar melhor com o estresse do trabalho. Maria voltou a exercer suas funções
com mais eficiência e qualidade, fortalecendo sua satisfação e motivação profissional.

Conclusão:
Esse caso clínico destaca a importância da aplicação da NR 17 em ambientes hospitalares,
especialmente para profissionais de enfermagem que estão expostos a riscos ergonômicos
significativos durante suas atividades diárias. Através da adoção de medidas de adaptação
do mobiliário, uso de equipamentos auxiliares, treinamentos em ergonomia e organização
do trabalho, Maria pôde experimentar melhorias significativas em sua saúde ocupacional. O
caso reforça a necessidade de priorizar a segurança e o bem-estar dos profissionais de
enfermagem, garantindo que eles possam desempenhar suas funções de forma saudável e
eficiente, contribuindo para a qualidade do atendimento aos pacientes.

Caso Clínico 3 - Aplicação da NR 17 em um trabalho de construção civil

Histórico do paciente:
Nome: João
Idade: 38 anos,
Profissão: Construtor (pedreiro)
Empresa: Construtora de casas populares

Apresentação do caso:
João, um trabalhador da construção civil, procurou um médico do trabalho devido a queixas
de dor lombar crônica e fadiga excessiva durante sua jornada de trabalho. Ele relatou que
sua função envolvia levantar materiais pesados, trabalhar em posições desconfortáveis e
usar ferramentas que demandavam esforço físico constante. João mencionou que, nos
últimos meses, estava se sentindo cada vez mais desconfortável e preocupado com a
saúde.

Avaliação médica:
O médico do trabalho realizou uma avaliação detalhada de João e percebeu que a sua
condição de saúde estava sendo afetada pela falta de conformidade com a NR 17. Foram
identificados os seguintes problemas:
1. Postura inadequada: João frequentemente trabalhava em posições que sobrecarregavam
sua coluna, o que contribuía para sua dor lombar crônica.

2. Levantamento inadequado de cargas: João não estava utilizando técnicas de


levantamento adequadas ao manusear materiais pesados, aumentando o risco de lesões.

3. Jornada de trabalho extenuante: João estava trabalhando longas horas consecutivas sem
pausas adequadas para descanso, o que contribuía para sua fadiga excessiva.

Intervenção:
Com base na avaliação, o médico do trabalho recomendou uma série de medidas para
garantir a conformidade com a NR 17 e melhorar a saúde de João:

1. Treinamento em ergonomia: João foi submetido a treinamentos para aprender a adotar


posturas corretas durante o trabalho e técnicas adequadas de levantamento de cargas.

2. Adequação do ambiente de trabalho: Foram feitas modificações no local de trabalho para


proporcionar condições ergonômicas melhores, como a instalação de bancadas ajustáveis
em altura.

3. Programa de pausas regulares: João passou a seguir um programa de pausas regulares


para evitar a fadiga, permitindo que ele se recuperasse durante o dia de trabalho.

Resultado:
Com a implementação dessas medidas e o acompanhamento regular do médico do
trabalho, João experimentou uma melhoria significativa em sua saúde e bem-estar. Sua dor
lombar diminuiu e ele se sentiu mais energizado durante o trabalho. A aplicação da NR 17
ajudou a garantir um ambiente de trabalho mais seguro e confortável para João e seus
colegas na construção civil.

CONCLUSÃO

A NR 17 desempenha um papel fundamental na promoção de ambientes de trabalho mais


seguros e saudáveis. Ao estabelecer diretrizes e critérios para a adaptação do trabalho às
características dos indivíduos, ela busca evitar doenças ocupacionais, promover conforto e
segurança e aumentar a produtividade e eficiência dos trabalhadores. É essencial que as
organizações estejam familiarizadas com a norma e a apliquem de forma adequada,
priorizando o bem-estar de seus colaboradores e a melhoria das condições de trabalho.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. Lei n.º 6.514/77, Portaria 3.214/78. Normas Regulamentadoras, Manual


de Aplicação da Norma Regulamentadora N.º 17. Brasília, DF, 2002.

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