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Assim, se antes todas as avaliações do local de trabalho eram feitas com a AET, agora,
privilegia-se a avaliação ergonômica preliminar (AEP) para situações que requerem a
adoção de medidas preventivas e adaptativas das condições de trabalho por todas as
empresas. Já a AET, mais complexa, restringe-se a certas hipóteses previstas na norma.
Estando clara esta parte importante, passemos às atualizações de todas as normas que
sofreram modificações. Confira!
Por ser de natureza avaliativa, a AEP precisa apresentar dados técnicos sustentados por
um método sistematizado que permita ao avaliador seguir etapas elucidativas e sempre
fundamentadas nas normas técnicas de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO)
objetivando garantir eficácia primorosa em suas ações voltadas para a ergonomia.
AET — Análise Ergonômica do Trabalho
A AET é emitida por um profissional formado e especializado na área de ergonomia que
pode contar com a ajuda de um comitê de ergonomia da empresa. Ela busca adaptar as
condições de trabalho psicofisiológicas dos funcionários. Trata-se de uma análise
profunda que abrange todo o espaço e execução das funções dos trabalhadores. Ela
garante a organização do trabalho e o máximo de conforto, segurança e desempenho:
AEP
Implementada pela nova redação da NR 17, a Avaliação Ergonômica Preliminar (AEP)
é obrigatória a todas as empresas e objetivam a adoção de medidas de prevenção e
adaptação das condições laborais. Antes da atualização, toda análise do ambiente de
trabalho era feita através da AET.
AET
Por ser mais complexa e aprofundada, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) passou
a ser exigida apenas em alguns casos previstos na norma, como em problemas
ergonômicos específicos. Para realmente entender as causas e apontar as soluções, é
essencial contar com profissionais preparados e experientes para as demandas de AET.
Esperamos que o texto tenha sido esclarecedor. Por fim, é fundamental lembrar que
ambas, AEP e AET contribuem ativamente para as ações de Segurança e Saúde do
Trabalho (SST) da empresa.
Grande parte das doenças ocupacionais se desenvolve devido aos riscos ergonômicos
presentes no ambiente de trabalho. O colaborador passa muitas horas dentro da empresa
e, na maioria das vezes, permanece o dia inteiro no mesmo ambiente e na mesma
posição. Esse padrão, somado à repetitividade das atividades, pode se tornar um risco,
comprometendo a saúde física e psicológica.
Repetitividade
A repetitividade dos movimentos e das atividades laborais pode provocar fadiga e
desgaste, tanto físico quanto psicológico. No aspecto físico, ela compromete o sistema
musculoesquelético, podendo surgir lesões e inflamações, como:
tendinites;
bursites;
lombalgias;
dores crônicas na coluna.
A maioria desses problemas faz parte das Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou dos
Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). São questões crônicas
ou lesões causadas pela atividade repetitiva no trabalho e que trazem sérias
consequências para a qualidade de vida do trabalhador.
A melhor forma de lidar com esse problema é estabelecer pausas frequentes, gerando
pequenos intervalos de atuação. Outra prática considerada positiva é a ginástica laboral,
pois ela ajuda a fortalecer músculos e articulações usados nessa atividade, evitando seu
desgaste intenso.
Postura inadequada
Uma postura incorreta pode ocasionar lesões, fadiga e enfraquecimento de certas
regiões do corpo como pulso, ombros, coluna e lombar. Assim, há um
comprometimento do sistema osteomuscular, que pode desencadear o surgimento de
LER/DORT.
Se essa postura incorreta estiver associada à repetitividade do trabalho, pode ser ainda
pior para a saúde do colaborador, facilitando ainda mais o surgimento de consequências
diversas.
No caso de trabalho feito em pé, o ideal é que a configuração de todos os móveis seja de
tal forma que leve em consideração a altura e essas necessidades. Além disso, vale a
pena estimular os colaboradores a terem uma postura adequada, alertando sobre os
riscos ergonômicos aos quais estão expostos.
Iluminação inadequada
A luminosidade inadequada pode provocar danos aos colaboradores, tanto em níveis
excessivos de luz quanto em níveis insuficientes. Essa condição pode desencadear
problemas de visão, dores de cabeça, irritação e estresse, além de favorecer erros que
podem levar à ocorrência de acidentes de trabalho.
Para tanto, ela deve ser difusa — ou seja, não deve ser intensa e direta —, além de ser
bem distribuída por todo o ambiente, evitando cantos escuros ou excessivamente
iluminados.
Tal situação pode levar ao estresse físico e psicológico. Consequentemente, tem menos
disposição para exercer seu trabalho e o sistema imunológico também é afetado. Assim,
a pessoa fica com a saúde fragilizada e podem surgir distúrbios e doenças como:
ansiedade;
depressão;
hipertensão arterial;
doenças cardiovasculares;
úlceras e gastrites.
Além disso, o ímpeto de conseguir dar conta de tudo pode fazer com que os
colaboradores abandonem certas práticas, consideradas consumidoras de tempo. O
aumento das chances de retrabalho é apenas a mais leve consequência, já que o grande
problema consiste nos acidentes de trabalho.
Com um ritmo muito intenso, o profissional pode deixar de lado cuidados com a
segurança, colocando a si mesmo e aos outros em risco físico. O melhor a se fazer,
nesse caso, é buscar um ritmo que seja condizente com a atividade profissional e que
não sobrecarregue o colaborador.
Nesses casos, o esforço mental e/ou físico exagerado pode levar a fadiga, estresse,
lesões e surgimentos de vários distúrbios. De maneira crônica, as chances são de que
ocorra a síndrome do Burnout — como é conhecido, atualmente, o esgotamento
profissional.
Embora criar aquela que é conhecida como “ansiedade ótima” seja positivo para
estimular a produtividade dos colaboradores, exagerar nesse tipo de atuação só terá o
efeito contrário. Em vez disso, é melhor realizar ações de capacitação, motivação e
engajamento, colhendo os resultados da produtividade.
Assim, podem surgir dores intensas na coluna, na região lombar, nos ombros, nos
braços e nos pulsos. O levantamento de cargas de maneira continuamente inadequada
também pode provocar a incidência de LER e DORT.
Esse tipo de ação deve ser combatido e o colaborador jamais deve ser estimulado a
realizar o levantamento de um peso que seja maior do que sua capacidade ou que possa,
claramente, provocar algum tipo de lesão ou consequência para o organismo.
Também é indispensável que a postura na execução dessa tarefa seja a correta, evitando
que determinadas regiões da coluna sejam mais exigidas do que outras, por exemplo.
O monitoramento dos riscos ergonômicos pode ser feito por meio da Análise
Ergonômica do Trabalho (AET). Com ela, identificamos as situações perigosas e, com
base nisso, estipulamos quais ações devem ser implementadas para reduzir esses riscos
ou eliminá-los por completo, mas falaremos sobre isso mais a frente neste artigo.
Vale ressaltar que o monitoramento deve ser contínuo. Isso porque é importante
verificar se de fato eles estão sob controle ou se são necessárias adequações. Também
identificar possíveis novas necessidades, além de atender alguma mudança que ocorra
nas normas regulamentadoras ou na legislação.
Ao longo deste conteúdo citamos diversas vezes a importância de ter atenção com os
riscos ergonômicos devido aos impactos que eles podem provocar para a saúde mental e
física dos colaboradores. Sendo assim, a principal das consequências negativas que
esses riscos oferecem é justamente o comprometimento da integridade da sua equipe.
Então, os riscos ergonômicos também podem ser um motivo para multas, indenizações,
ações civis e reclamatórias e aumento de alíquotas. A empresa pode até mesmo ser
interditada e os responsáveis responderem em esfera criminal.
Para evitar os riscos ergonômicos, o ideal seria que mesmo antes do início das
operações de uma empresa ela já estivesse atenta àquilo que diz a NR 17 para
proporcionar boas condições de trabalho para a sua equipe.
O planejamento deve acontecer para que possam ser previstas todas as situações de
risco físico e mental. Dessa forma, podem ser desenvolvidas também as ações e
políticas que vão complementar as medidas de segurança e ergonomia, a fim de proteger
a integridade do colaborador independentemente da atividade que ele vai realizar.
Ela é muito importante porque ajuda a empresa a ter uma visão completa de quais são
todos os riscos envolvidos na execução das atividades. Assim, eles podem ser mitigados
ou eliminados de maneira satisfatória e segura para a saúde dos trabalhadores.
Sem elas, a atuação na ergonomia é apenas parcial, já que o negócio não tem certeza
sobre quais são, de fato, os riscos ergonômicos existentes nos locais de trabalho.
Ginástica laboral
A ginástica laboral atua como uma grande aliada da ergonomia nas empresas. Ela
contribui diretamente para que o trabalhador obtenha as condições físicas e psicológicas
necessárias para a execução de suas tarefas.
Os exercícios têm como base os movimentos dos trabalhadores no seu dia a dia. Assim,
eles melhoram a postura e a capacidade muscular. Com uma vida mais ativa, é possível
melhorar também o foco e a disposição. Quando estamos mais alegres e dispostos, nos
concentramos mais.
Além de ser uma exigência legal, a ergonomia pode ser considerada uma estratégia
efetiva para o aumento de produtividade e a redução dos índices de absenteísmo,
afastamentos e acidentes de trabalho.
Afinal, quando os riscos ergonômicos são minimizados ou extintos, o colaborador tem
condições adequadas e confortáveis para exercer suas atividades laborais. Assim, ele
fica mais motivado, seguro e apto a produzir mais e melhor.
Agora que você já conhece todos os riscos ergonômicos que as atividades laborais
podem ter, que tal minimizá-los ou até extingui-los na sua empresa? Converse agora
com um de nossos especialistas e torne o ambiente de trabalho mais agradável e seguro.