Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

História Antiga
HIS114(A)

Ismael Honório da Silva


201566059A

JUIZ DE FORA
2016
RESUMO

CAPÍTULO VI
O HOMEM E A VIDA DOMÉSTICA

A história se constrói a partir das fontes deixadas, ela é uma interpretação dessas. As fontes
existentes da época costumam ser testemunhos formais, ou seja, imagens modeladas e pintadas,
descrições literárias, discursos públicos, etc, enquanto, não existem muitos relatos não formais
como cartas pessoais, documentos comerciais, depoimentos feitos em processos judiciais. A história
priorizou retratar a política e as guerras, priorizaram a esfera pública, já que, por ser pública permite
o julgamento de outros. Logo, não havia narrativas naturalistas que são um testemunho rico da vida
doméstica, utilizou-se dessas alusões para elaborar uma descrição da vida doméstica na Antiga
Grécia. Não há muitos relatos de histórias de amor deixados pelos Gregos clássicos era mais
comum escrever sobre as histórias de amor dos deuses, por exemplo Zeus e Hera.
Os gregos por não serem imortais como suas divindades se preocupavam com a próxima geração.
O matrimônio na Ática envolvia o pai da noiva entregá-la a seu genro junto com um dote, que
pertencia, não ao genro, mas sim aos filhos dele, bastava ao genro o papel de administrar o dote
durante o matrimônio.
A ausência de histórias de amor na literatura grega é um aspecto da ausência de qualquer
descrição positiva do casamento, e normalmente as personagens femininas das tragédias ou são
vítimas da força ou fúrias vingadoras, entretanto de todas as tragédias só Alcestes pode ser
considerada uma obra de casamento, já que nela se lamenta a felicidade conjugal perdida. Já a
poesia épica trazia uma perspectiva diferente, em A Odisseia, no fundo, centra-se na reconstrução
de um casamento, além disso, a causa principal da Guerra de Troia é um casamento e em Homero
encontramos uma galeria de casais, e a imagem do matrimônio é positiva.
A partir de Homero, a comunidade política grega é concebida como uma companhia de guerreiros
autogovernada. Se a guerra define o que significa se homem, a virilidade é o requisito necessário
para tomar parte na guerra e na vida pública em geral. Na esfera privada
No entanto, como a cidade-Estado não se baseava no secretismo mas na sua evidência, propuseram
uma sociedade como uma aldeia circular com uma casa para os homens. Isso, talvez explique a
criação de um mundo fechado de homens que converteu Esparta no protótipo, elogiado por todos e
por ninguém copiado.

CAPÍTULO IX
O HOMEM E OS DEUSES

Na experiência religiosa grega, a divindade não está longe nem é inacessível, pode dizer-se que o
convívio com ela caracteriza todos os momentos significativos da existência privada e social. É
muito frequente encontrar essa divindade, em imagens, em práticas cultuais específicas, na narração
familiar e pública onde se esboçam tramas densas de uma simbolização significativa da existência.
Não há a ideia de um pecado original, de que os homens tenham de ser purificados e salvos: se não
se macular com uma culpa e uma contaminação específica, o homem grego é normalmente “puro” e
como tal pode livremente desempenhar as funções sagradas. O elemento central da relação entre
homem e divindades, da “religião” e da ”fé” dos Gregos parece consistir na observância dos cultos
e dos ritos prescritos pela tradição.
A experiência grega do sagrado em geral talvez tenha nascido da presença de poderes
sobrenaturais em locais secretos, em fenômenos misteriosos e temíveis, em momentos cruciais da
existência. O sagrado é um poder, ou de um sistema de poderes, que intervêm nos processos da
natureza e da vida.
O politeísmo antropomórfico, em que a divindade é vista como a personagem concreta de uma
narrativa, depois tornada visível através da figuração que a ilustra, tem uma série de consequências
importantes. Por um lado, exclui a omnipotência e também a onisciência tanto das divindades como
de Zeus. Por outro lado, é certo que o que separa os deuses dos homens é acima de tudo sua força,
os deuses são diferentes devido à especificidade do domínio que exercem o seu poder, não se
tratando de abstrações conceptuais mas sim de personagens concretos.
Não há guerra ou fundação de colônias, promulgação de leis, ajuste de matrimônio ou contratos,
que não requeira a proteção de uma divindade, cuja a atenção é solicitada com os atos de culto
adequados e os sacrifícios necessários; e não há nenhuma ato de convivência entre cidadãos, desde
a festa à assembleia, que não seja consagrado à divindade de quem se espera proteção e
benevolência.
A observância do ritual exige em certa medida uma crença no universo do mito; e essa crença
acaba por ser possível só através de uma transferência para um espaço e um tempo diferente do
espaço e tempo históricos e sociais.
BIBLIOGRAFIA

REDFIELD, J. O homem e a vida doméstica


VEGETTI, M. O homem e os deuses.
VERNANT, SP(dir) O homem grego. Lisboa Presença,1994, p.147 a 171 e p.224 a 253.

COMENTÁRIO

Achei os textos muito interessantes, não foram de difícil compreensão e me apresentaram um


conteúdo diferente que acrescenta com os estudos sobre a Grécia feitos em sala.

Você também pode gostar