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O que é
argumento
?
Nesse momento do curso já fomos
apresentados aos conceitos básicos que
podem facilitar a escrita de nossa redação.
Até aqui, já entendemos o que é tese,
compreendemos o projeto de texto e estamos
nos tornando mais íntimos do modelo de
redação. Apesar de tudo isso, ainda temos
dúvidas de como escolher os assuntos
que iremos trabalhar nos parágrafos de
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desenvolvimento e muitas vezes não sabemos
que ferramentas usar para nos certificarmos
de que a nossa frase argumentativa é, de
fato, um argumento que explique aquilo que
apresentamos em nossa exposição.
Todas essas dúvidas são absolutamente
naturais. Na verdade, elas demonstram o
nosso amadurecimento a respeito daquilo
que conhecemos sobre estrutura textual.
Antes de estudarmos o texto com mais
objetividade, escrevíamos sem nenhum tipo
de questionamento a respeito da natureza
ou da qualidade individual de cada uma
das frases de nossos parágrafos. Se hoje nos
sentimos inseguros quando argumentamos
é porque começamos a adquirir critérios a
respeito daquilo que supostamente seria um
bom argumento. A dúvida já é uma forma de
conhecimento.
O que é um argumento?
Se olharmos o guia do participante do
Enem, veremos que o Inep (Instituto Nacional
de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira) considera inúmeros recursos lin-
guísticos como processos argumentativos
legítimos. São considerados argumentos
válidos em uma dissertação: o exemplo, a
citação filosófica, a apresentação de dados
estatísticos, a utilização de comparações
e tantos outros elementos comuns à escri-
ta de redações no ensino médio. Toda essa
permissividade teórica, no entanto, cria in-
convenientes durante a escrita. Não é inco-
mum vermos redações de alunos do ensino
médio que organizam sequências inteiras de
frases expositivas. O aluno começa fazendo
uma consideração histórica, compara esse
fato com um dado estatístico contempo-
râneo e termina a sequência com alguma
citação filosófica de um autor renomado.
Nada disso, porém, pode garantir que o pa-
rágrafo seja argumentativo. A argumenta-
ção não está no conteúdo daquilo que fala-
mos, mas na relação estabelecida entre as
sequências daquilo que falamos. Assim, po-
demos dizer que o argumento é a tentativa
de justificar ou explicar uma sequência que
tenha apresentado algum fenômeno. Essa
sequência tecnicamente poderia conter ci-
tações, dados ou fatos históricos. No entan-
O que seria essa tal causalidade?
Em nossas aulas anteriores percebe-
mos que a boa qualidade de um argumen-
to depende da objetividade da exposição.
Descobrimos, assim, que a exposição ini-
cial de um parágrafo de desenvolvimento
deve construir um fenômeno apresentável,
ou seja, a interação entre dois elementos.
to, quando o autor utiliza essas ferramentas
em suas sequências argumentativas, aca-
ba, geralmente, não cumprindo com suas
intenções. Ele não explica a sequência an-
terior e nem desenvolve as novas informa-
ções usadas.
Todo esse quadro faz com que o aluno
tenha dúvidas na hora de escrever sequên-
cias argumentativas. Então, por motivos
exclusivamente didáticos, nós reduzimos a
compreensão do processo argumentativo a
apenas uma possibilidade. Se por um lado já
entendemos que argumentar é a tentativa
de explicar um fenômeno, por outro preci-
samos absorver a ideia de que esse enten-
dimento se dá quando descobrimos a cau-
sa do fenômeno apresentado.
Não podemos permitir que essa esco-
lha pedagógica seja entendida como um
empobrecimento intelectual da redação
ou como uma postura autoritária de nosso
processo de ensino e aprendizagem. Nossa
intenção tem objetivos meramente práticos.
Afinal, ainda que seja interessante ter várias
possibilidades para a escrita de nossos pa-
rágrafos, essa imensa variedade pode nos
gerar dúvidas. Quando entendemos que na
dissertação só a busca pela causalidade
será entendida como argumento, tornamos
nossa escrita confiante e prática.
Quando apresentamos essa interação, po-
demos facilmente construir uma sequência
argumentativa que seja a tentativa de en-
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contrar a causa da interação que está sen-
do estudada.
Quando entramos dentro do debate
a respeito da causalidade dos fenômenos,
percebemos que o nosso desenvolvimento
textual não se encontra mais no espaço do
aprofundamento de nossos conhecimentos
intelectuais, mas sim no desenvolvimento
de uma maior gama de habilidades que nos
possibilitem encontrar a lógica que une os
elementos de nossos textos. Quando usa-
mos os modelos de redação, a falta de coe-
rência entre aquilo que afirmamos e nossas
justificativas se torna mais óbvia. Ao falarmos
da tentativa de encontrar a causa de um fe-
Quando seu argumento
não está arrasando
É muito fácil para um professor de reda-
ção dizer que seu argumento revela causali-
dade quando ele apresenta a causa daquilo
que foi exposto. Isso todo mundo consegue
entender. No entanto, quando estamos na
frente de nossa dissertação, escrevemos
1) Quando o aluno repete no argumento o conteúdo da
própria exposição;
Assim sendo, observa-se que a ausência de punição para crimes de violência contra a mulher
90
gera um avanço desse tipo de delito na sociedade brasileira. Isso ocorre porque a falta de medidas
punitivas provoca o avanço desses crimes.
nômeno, não podemos mais nos dar ao luxo
de preencher aleatoriamente nossos pará-
grafos com informações incoerentes sobre o
tema ou nossa afirmação inicial. Para iden-
tificarmos se o nosso argumento realmente
apresenta a causalidade de um fenômeno,
devemos avaliar se aquilo que esse argu-
mento diz revela a origem do processo anali-
sado. Só existe causalidade quando a origem
daquela situação apresentada na exposição
é a coerentemente revelada.
argumentos pobres ou inadequados e não
conseguimos identificar que eles não são
válidos por não serem a causa do fenôme-
no. A seguir, destacamos alguns erros co-
muns que os alunos apresentam ao fazerem
argumentos pobres ou inadequados:
2) Quando o aluno não consegue relacionar o argumento que
está escrevendo com o fenômeno apresentado na exposição
(tema + assunto);
Assim sendo, observa-se que a ausência de punição para crimes de violência contra a mulher
gera um avanço desse tipo de delito na sociedade brasileira. Essa situação advém de uma cultura
colonial que estabeleceu no Brasil uma cultura de desvalorização do ser que promove a objetifica-
ção do indivíduo e sua marginalização.
3) Quando o aluno apresenta uma consequência e não a
origem do problema;
Assim sendo, observa-se que a ausência de punição para crimes de violência contra a mulher
gera um avanço desse tipo de delito na sociedade brasileira. Isso acontece principalmente porque
as mulheres que sofrem agressão acabam se tornando excluídas do mercado de trabalho e, ao
invés de receber ajuda da sociedade, acabam por sofrer preconceito.
4) Quando o aluno não percebe que sua sequência
argumentativa é apenas uma exposição;
Assim sendo, observa-se que a ausência de punição para crimes de violência contra a mulher
gera um avanço desse tipo de delito na sociedade brasileira. Tal processo advém inevitavelmente
por conta de que até 37% das mulheres brasileiras que sofrem esse tipo de agressão, segundo
dados do IBGE, nunca formalizaram denúncias contra seus agressores.
5) Quando o aluno usa de exemplos e fatos por entender que
eles são causas do fenômeno;
Assim sendo, observa-se que a ausência de punição para crimes de violência contra a mulher
gera um avanço desse tipo de delito na sociedade brasileira. Isso acontece porque a maioria das
mulheres nessa situação está em uma relação abusiva, como a própria Maria da Penha, que viveu
uma grave sequência de violações de direito durante anos até ter ficado paraplégica.
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Assim sendo, observa-se que a ausência de punição para crimes de violência contra a mu-
lher gera um avanço desse tipo de delito na sociedade brasileira. Essa situação acontece porque
homens como o companheiro de Maria da Penha abusam de suas esposas até deixar sequelas
graves como a paraplegia.
Exemplo 1 Exemplo 2
Para leitura e aprofundamento pessoal*
Apresentação do tema problematizado O crescente número de debates acerca da arte urbana nas grandes
cidades brasileiras, devido a atitudes do poder executivo, demonstra o quanto
o espaço artístico urbano é desvalorizado. Assim, é possível observar que tal
cenário ocorre, principalmente, por conta da supervalorização da arte clássica
Exposição da tese clara e objetiva em detrimento a outras manifestações artísticas. Do mesmo modo, isso é
Assunto 01
legitimado a partir da associação entre arte urbana e criminalidade, bem como
Assunto 02
através da influência da mídia.
Retomada do assunto 01
Dessa forma, a associação entre tal arte e a criminalidade fundamenta a
Resgate do tema desvalorização do espaço artístico. Isso ocorre porque não há a distinção clara
no imaginário coletivo brasileiro do que é pichação e do conceito de grafite,
fazendo com que grande parte da população considere verdadeiros artistas como
criminosos e não reconheça a arte urbana como arte e a desvalorize diante de
toda sua complexidade. Como consequência disso, tem-se a população apoiando
atitudes intolerantes do Poder Executivo. Ilustração desse quadro foi a aceitação
ao projeto Cidade Limpa, do prefeito de São Paulo, que já apagou quilômetros de
manifestações artísticas urbanas espalhas pela cidade.
Retomada do assunto 02
Além disso, a influência da mídia é fator determinante para a manutenção do
Resgate do tema pensamento que pouco valoriza o espaço artístico urbano. Isso ocorre porque não
é de interesse da mídia expor uma forma de arte crítica e que, muitas vezes, não
é tida como visualmente bonita. Consequentemente, a arte urbana não recebe a
mesma visibilidade creditada a outras formas de arte, o que causa estranhamento
à população, ao ter o primeiro contato com alguma obra desse segmento, e
uma possível desvalorização, por não ser um modelo de arte que represente o
estereótipo clássico valorizado. Exemplo disso é a ocultação de espaços urbanos
agraciados com manifestações de tal gênero em novelas e filmes.
Diante do exposto, evidencia-se que a desvalorização do espaço artístico
Resgate do tema urbano é causada pela supervalorização da arte clássica em detrimento a outras
Retomada da tese formas de arte, constituindo o cerne da problemática que necessita ser resolvido.
Para solucionar tal questão, é fundamental que o governo federal em parceria
com seus órgãos e ministérios, lance o Programa Nacional de Arte Urbana.
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Esse Programa deve, em conjunto com as Secretarias Municipais de Educação,
promover oficinas que incentivem o desenvolvimento da percepção crítica acerca
da arte. Do mesmo modo, é importante que tal Programa proponha ao Congresso
a alteração das Diretrizes Curriculares Nacionais, elevando a carga horária de
estudos sobre a arte urbana.
*Os textos que aqui são usados como exemplos foram escritos por ex-alunos de nossa escola. Para manter sua
autenticidade, nossa equipe não alterou seus erros gramaticais.
A violência utilizada no processo de venda de animais é uma problemática Apresentação do tema problematizado
que tem se aprofundado na contemporaneidade. Tal situação é resultado claro do
sentimento de superioridade dos homens perante os outros seres vivos. Soma-se Exposição da tese clara e objetiva
a esse fator o sistema capitalista que rege o Brasil, juntamente com a coisificação
Assunto 01
dos animais.
Assunto 02
Desse modo, é evidente que o capitalismo solidifica a prática de atos violentos
Retomada do assunto 01
no comércio de animais. Esse cenário advém de uma visão antropocêntrica que
Resgate do tema
legitima a ação humana sobre os animais, de modo que maximize os lucros
individuais em favor de um sistema capitalista. Fruto dessa conjuntura é a prática
de atos violentos no comércio de animais de estimação, a fim de que esses sigam
comportamentos que cativem possíveis compradores. Exemplo claro do retratado
é a exposição de caninos em gaiolas minúsculas, o que constitui uma forma de
violência a partir da restrição de liberdade.
Além disso, a transformação dos animais em simples objetos alicerça
Retomada do assunto 02
diversos casos de violência contra esses seres durante o processo de venda. Resgate do tema
Isso ocorre porque os animais domésticos passaram a desempenhar um papel
de promover lucro para diversas empresas, sendo reduzidos somente a essa
função, em que a dignidade dos bichos é retirada e acaba ocorrendo, assim, a
violência no seu trato. Como consequência disso, os comerciantes tornaram-se
omissos perante a vida e o bem-estar desses seres que foram mercantilizados.
Essa realidade é ilustrada na realização de procedimentos clínicos para alterar o
fenótipo de cães e gatos para atender as preferências estéticas do dono.
Diante do exposto, é fundamental a solução dos casos de violência contra Resgate do tema
animais a partir do combate ao cerne dessa problemática, que é a superioridade Retomada da tese
como os homens se posicionam perante aos demais seres. Dessa forma, é
necessário que o governo federal proponha ao Congresso a alteração das Diretrizes
Curriculares Nacionais, visando ampliar a exposição da dependência biológica
existente entre humanos e animais; a fim de romper com a visão padrão que
inferioriza os demais componentes da natureza. No mesmo âmbito, é importante
que o Ministério do Meio Ambiente pressione as Agências Municipais de Vigilância
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Sanitária para que, a partir do enrijecimento da fiscalização presencial, coíba
práticas que atentem contra a vida animal em ‘’pet-shops’’.
Exemplo 3 Exemplo 4
Apresentação do tema problematizado
Exposição da tese clara e objetiva
Assunto 01
Assunto 02
Retomada do assunto 01
Resgate do tema
Período cumpre muito bem com a
função inicialmente pensada para a
estrutura, uma vez que consegue jus-
tificar a relação do fenômeno criado
na exposição, além de fazer a relação
com a tese. Não se preocupe com
essa última parte, isso será proposto
pelo curso a partir do capítulo 14.
Retomada do assunto 02
Resgate do tema
Apesar de haver uma inversão do que
é inicialmente proposto, o aluno con-
segue evidenciar bem a retomada da
tese e colocá-la como a geradora da
problemática do tema.
Resgate do tema
94
A desigualdade socioeconômica é um evidente problema que se aprofunda
nos espaços de convivência interpessoais. Esse cenário preocupante é fruto da
forma como o sistema capitalista manifesta-se na sociedade contemporânea.
Somam-se a isso a negligência governamental, juntamente com a visão utópica
relacionada à meritocracia.
Dessa forma, a ineficiência estatal em combater os deletérios alicerça a
perpetuação da desigualdade social no país. Tal conjuntura advém da postura
de diversos parlamentares que se aproveitam do cargo público para defenderem
interesses próprios, em que a hierarquização das relações é fundamental para
o alcance de tais objetivos e que geralmente envolvem a lucratividade. Como
consequência disso, grande parte da população não é beneficiada pelas medidas
elitistas praticadas pelos braços do Estado, tornando-se marginalizada socialmente.
Exemplo claro do retratado são os diversos empecilhos criados pela bancada
ruralista para impossibilitar o avanço de projetos ligados à reforma agrária.
Além disso, a noção deturpada de meritocracia na sociedade brasileira motiva
a desigualdade social. Isso ocorre porque esse modelo econômico prega que o
sucesso financeiro é proporcional ao esforço do indivíduo para conquistá-lo, o que
é utópico numa sociedade que não oferece as mesmas oportunidades para todos
que a compõe, algo que apenas legitima desigualdades socialmente naturalizadas.
Como resultado dessa realidade, a camada social que possui menos poder aquisitivo
encontra inúmeras barreiras que a impede de ascender economicamente. Esse
cenário é visualizado a partir da constatação que a péssima educação e qualidade
de vida observadas em regiões periféricas tornam inviável a competição entre
pessoas de diferentes classes sociais por um espaço no mercado de trabalho.
Diante do exposto, é fundamental o combate às mazelas geradas pelo
capitalismo a fim de solucionar a imensa desigualdade social observada no país.
Para isso, é importante que o governo federal crie o Programa Nacional de Combate
à Desigualdade Social que proponha ao Congresso a ampliação da verba destinada
à educação, maximizando a possibilidade de que a parte da população que possui
baixo poder aquisitivo ascenda economicamente. Aliado a isso, é indispensável
que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a partir do
apoio federal, aumente seus esforços para expropriar proprietários de latifúndios
improdutivos e destinar tais terras a famílias em condições precárias de habitação,
tornando possível o lucro através da agricultura.
O racismo institucionalizado na sociedade brasileira é uma problemática Apresentação do tema problematizado
que se aprofunda cada vez mais. Assim, é possível observar que a origem dessa
problemática são os moldes que conduziram a abolição da escravidão no Brasil. Exposição da tese clara e objetiva
Entre os fatores que corroboram para aprofundar essa questão, é destacável a Assunto 01
hierarquização social baseada na etnia, juntamente com a influência da mídia. Assunto 02
Retomada do assunto 01
Dessa forma, é notório que a desigualdade social alicerça o racismo Resgate do tema
institucionalizado no país. Isso ocorre porque o Estado brasileiro negligenciou
um tratamento que possibilitasse a integração do negro na sociedade após
o período de escravidão, criando estruturas que não o incluem e somente
ratificam a sua marginalização, que passa a ser tida como algo natural.
Em decorrência disso, a figura do afrodescendente consolidou-se de modo
marginalizado, uma vez que a ausência de meios dificultou a equiparação
social desvencilhada da etnia. Tal situação pode ser visualizada a partir de
uma pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que comprovou
que a renda de brancos é 85,3% maior que a de negros.
Retomada do assunto 02
Além disso, a mídia é determinante para a manutenção do racismo na Resgate do tema
sociedade brasileira. Esse cenário advém do fato de que há uma exposição
demasiada de artistas brancos, fazendo com que a marginalização se dê até
mesmo na representação simbólica de papéis em histórias ficcionais, legitimando
uma concepção colonial racista na sociedade e em suas instituições. Resultado
de tal conjuntura é a inferiorização da cultura afrodescendente, tendo em vista
que esse processo questiona a competência de profissionais negros. Exemplo
claro do retratado é evidenciado em obras audiovisuais que promovem a imagem
estereotipada do negro ligada à criminalidade e pobreza, exclusivamente.
Diante do exposto, é fundamental a resolução do cerne da problemática Resgate do tema
do racismo na sociedade brasileira, que são os deletérios promovidos por um Retomada da tese
processo abolicionista mal planejado. Sendo assim, é importante que o governo
federal lance um Programa Nacional de Combate ao Racismo, que proponha ao
Congresso a alteração das Diretrizes Curriculares Nacionais, visando ampliar
a carga horária acerca do estudo racial e as origens da marginalização social
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negra, a fim de que os alunos não propaguem um discurso racista e intolerante.
Em concomitância com isso, tal Programa deve, através do contato com o
Ministério de Educação e da Cultura, expandir o projeto de cotas raciais para
que a possibilidade de ascensão social dos negros seja maximizada a partir da
educação e consequente inserção no mercado de trabalho.