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querda, ora para a direita [...] Depois, como se voltasse à vida, relações podem ser de causa e consequência, analogia,
soltava um gemido prolongado, estalando os dedos no ar e oposição, dentre outras.
vergando as pernas, descendo, subindo, sem nunca parar com
os quadris, em seguida sapateava, miúdo e cerrado frenetica- Conhecendo a estrutura da Dissertação
mente” [...]
Aluísio Azevedo. O cortiço Coesão e coerência textuais
Podemos perceber que se trata de um texto narrativo, São dois conceitos importantes para uma melhor com-
em virtude da presença de elementos característicos. preensão do texto, além de serem bastante cobrados em
“A ideia de que existem planetas em torno de outras es- provas de concursos.
trelas além do Sol não é nova. Mas nenhuma pista deixou os Coesão - harmonia interna entre as partes de um texto. É
astrônomos tão animados como as que foram detectadas na garantida por ligações, de natureza gramatical e lexical,
estrela 51 da constelação do Pégaso, Em outubro, os astrô- entre os elementos de uma frase ou de um texto.
nomos Michel Mayor e Didier Queloz, da universidade de
Genebra, notaram que a estrela se movia de um lado para Para efeito didático, pode-se dividir a coesão em:
outro. ”[...] 1) Referencial anafórica – ocorre quando um termo retoma
Superinteressante, fev. 1996. outro termo.
Aqui, nos defrontamos com um texto dissertativo, por se 2) Referencial catafórica – ocorre quando um termo ante-
tratar de um fato jornalístico que expõe argumentos sobre des- cipa-se à explicação.
cobertas científicas. Ex.: Vários concursos estão abertos e pretendo fazê-los.
(anaforismo)
O TEXTO DISSERTATIVO O segredo para a aprovação em qualquer concurso é o
mesmo: estudar com afinco.
Teoricamente o texto dissertativo pauta-se pela explana-
ção de um determinado assunto, realizada de maneira estri- 3) Recorrencial – há repetição da mesma palavra ou ex-
tamente objetiva. Não há lugar para “achismos”, posto que a pressão.
verdade em que se acredita precisa se caracterizar como al- Ex.: Para tudo há solução. Há solução para a dor. Há so-
go universal – fazer parte também da concepção dos demais lução para a tristeza. Só não há solução para a morte.
interlocutores –, portanto, juízos de valor que denotem subje- (Recorrencial)
tividade são dispensáveis neste caso. Como exemplos, cita-
mos as matérias jornalísticas não opinativas, no caso das no- 4) Sequencial – é mais comum na Descrição, que exige
tícias e reportagens, bem como os textos de divulgação cien- uma sequência temporal, principalmente. Mas pode ocor-
tífica, didáticos, enciclopédias, e outros. rer na Dissertação.
O texto dissertativo-argumentativo apresenta uma carac- Ex.: Em 1964 os militares tomaram o Poder. Na década
terística intrínseca ao conhecimento de mundo, pois permite de 1970, a Democracia estava em xeque. A partir de
nos posicionamento mediante aos argumentos apresenta- 1989, o Brasil começa a respirar novamente liberdade de
dos, haja vista que o objetivo maior da argumentação é o de expressão. Hoje, 2012, já tivemos muitas eleições diretas
realmente convencer o interlocutor acerca de uma tese, isto em todos os níveis.
é, de uma ideia passível de discussão.
Tais argumentos, necessariamente, devem estar refor- Coerência - relação lógica entre ideias, situações ou
çados em fontes seguras, passíveis de credibilidade. No in- acontecimentos. Pode apoiar-se em mecanismos for-
tento de torná-los verídicos, plausíveis aos olhos do interlocu- mais, de natureza gramatical ou lexical, e no conheci-
tor, é essencial a atenção a alguns elementos que caracteri- mento partilhado entre os usuários da língua.
zam sua fundamentação. Eis que seguem:
Argumentos baseados no senso comum: fundamen- Leia um texto coerente
tam-se em valores reconhecidos e compartilhados pela
maioria das pessoas pertencentes a um grupo social; Está na hora de a paixão reencontrar sua direção. Se as
Argumentos baseados em citações: referem-se à opinião utopias criadas e alimentadas pela vida já não entusiasmam,
de uma pessoa com certo grau de influência (podendo ser cabe dirigir o ímpeto da paixão e do entusiasmo à própria vi-
uma autoridade) no que tange ao assunto em questão; da. Não à vida biológica, reservada ao cuidado dos ecologis-
Argumentos baseados em evidências: como no seu tas, mas à vida biográfica, à minha vida, à vida de cada qual.
sentido literal, se relacionam a fatos passíveis de compro- Para viver com plenitude, tenho que me apaixonar pela mi-
vação, isto é, dados estatísticos, pesquisas, informações nha circunstância e pelo meu destino, tenho que me identifi-
científicas, exemplos reais ou hipotéticos, dentre outros; car passionalmente com minha vocação, única maneira de
Argumentos baseados no raciocínio lógico: estabele- imprimir à vida toda a fertilidade criadora de ela é capaz.
cem relações lógicas entre as ideias apresentadas. Tais Gilberto de Melo. A crise do século XX.
DEMAIS e DE MAIS
b. CREME adjetivo (qualidade do sapato). Ex.: 1. Esta é a rua onde ela mora.
2 a) É preciso OLHAR com atenção. 2. Onde ela mora?
b) Fixou-se no teu OLHAR. Quero saber onde ela mora.
a. OLHAR verbo (ação de) 3. Não sei onde ela mora.
b. OLHAR substantivo (denominação; verbo
substantivado).
3 a) Sempre foi um homem JUSTO. O, A, OS, AS
b) O JUSTO pagou pelo pecador. 1. Artigo definido: Antecedendo a substantivos.
a. JUSTO adjetivo (qualidade do homem) Ex.: o livro, a casa, ...
b. JUSTO substantivo (denominação; adjetivo 2. Pronome pessoal: substituindo a ele(s), ela(s), vo-
substantivado). cê(s)
4 a) Era uma pessoa TRISTE. Ex.: Não o encontrei. (= a ele); Nós a enviamos pelo
b) Ele tinha muita TRISTEZA. correio. (= a ela)
a. TRISTE adjetivo (qualidade da pessoa). 3. Pronome substantivo demonstrativo: substituindo
b. TRISTEZA substantivo (denominação de um aquele(s), aquela(s), aquilo, isto.
sentimento) Ex.: Não ouviu o que você disse. (= aquilo); Referiu-
se à que saiu. (= àquele); Levante-se o da direita.
Obs.: Para estes casos em que o substantivo abstrato é deri- (= aquele); Passar, todos querem; estudar, ninguém
vado do adjetivo, utilize o seguinte expediente: o deseja. (= isto)
SER ou ESTAR – adjetivos TER – substantivos. 4. Preposição essencial: equivalente a até, para, em
direção, a ...
5 a) Ele era um CACHORRO amigo. Ex.: Fui a até praia. (= até, para); Recomendei-o a
b) Ele era um amigo CACHORRO. você. (= para)
a. CACHORRO substantivo (denominação de
um ser). PALAVRAS DENOTATIVAS
b. CACHORRO adjetivo (qualidade do amigo). 1.
a) só = sozinho adjetivo
PRONOMES, ADVÉRBIOS E NUMERAIS b) só = somente, apenas palavra de exclusão
1 O cantor era alto. (qualifica o substantivo Adjeti- Ex.: Ela veio só. (= sozinha); Ela só anda a pé (=
A vo) somente).
2 Ele cantava alto. (modifica o verbo Advérbio) 2.
3 Ele cantava muito. (intensifica o verbo Advérbio) a) mesmo = próprio pronome adjetivo de-
Ele era muito alto (intensifica o adjetivo Advérbio) monstrativo.
Ele morava muito longe (intensifica outro advérbio b) Mesmo = inclusive, até palavra denotativa
B
Advérbio) de inclusão.
4 Ele tem muito dinheiro (quantifica o substantivo Ex.: Ele mesmo fez a reclamação. (= próprio);
Pronome Mesmo a diretoria se enganou. (= inclusive).
5 Muitos candidatos se inscreveram (acompanha o 3.
substantivo Pronome Adjetivo) a) até = em direção a preposição
C
6 Muitos já desistiram (substitui o substantivo Pro- b) até = inclusive palavra denotativa de inclu-
nome Substantivo) são
Ex.: Caminhou até a porta. (= em direção); Até o
QUE, QUEM, QUAL, QUANTO presidente riu. (= inclusive)
1. Pronome relativo: Relaciona-se com um antece- 4.
dente expresso na oração anterior. a) é que = valor enfático (pode ser retirado lo-
2. Pronome interrogativo: sem antecedente, traduz a cução de realce
idéia de interrogação. b) é que = (não pode ser retirado verbo + con-
3. Pronome indefinido: sem antecedente e sem idéia junção
de interrogação. Ex.: Nós é que fizemos o trabalho. (= Nós fizemos o
Exemplos: 1. Conheci o artista a quem todos admiram. trabalho); O certo é que eles não falarão. (= verbo
2. Quero saber quem vocês admiram. ser + conjunção integrante que)
3. Chegou quem vocês admiram.
COMO, ONDE, QUANDO, POR QUE PREPOSIÇÕES
1. Pronome relativo: se houver antecedente. 1. Palavras invariáveis cuja função é ligar palavras ou
2. Advérbio interrogativo: se for frase interrogativa. orações reduzidas de infinitivo:
3. Advérbio: se não houver antecedente e não for fra- Ex.: Gosto de música.
se interrogativa. Ele tem certeza de ter feito o melhor.
2. Além de conectivos, muitas vezes as preposições (Foi à cozinha, porque teve fome)
acrescentam uma idéia circunstancial. 2. Conjunção Subordinativa Comparativa (equivalente
Ex.: Venho de casa. (lugar) a quanto)
Morreu de fome. (causa) Ex.: Esforçou-se tanto como nós
Porta de madeira. (matéria) (Esforçou-se tanto quanto nós)
3. Conjunção Subordinativa Conformativa (equivalente
CONJUNÇÕES a conforme)
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar orações. Ex.: Trabalhou como lhes ensinamos
2. Além de conectivos, acrescentam uma idéia: (Trabalhou conforme lhe ensinamos)
a. Coordenativas: 4. Pronome Relativo (substituível por qual e com ante-
I. Aditivas: e, nem, tampouco, mas também cedente)
II. Adversativas: mas, porém, contudo, todavia Ex.: Desconheço o jeito como ele alcançou a solu-
III. Alternativas: ou, quer ... quer, ora ... ora ção.
IV. Conclusivas: logo, por isso, então Pode ser ainda:
V. Explicativas: porque, pois, já que, visto que 5. Substantivo (quando substantivado por um determi-
b. Subordinativas: nativo)
I. Causais: porque, já que, uma vez que Ex.: Quero saber o porque e o como de tudo.
II. Comparativas: (do) que, quanto, como 6. Advérbio Interrogativo (em frases interrogativas dire-
III. Concessivas: embora, ainda que, mesmo que tas ou indiretas)
IV. Condicionais: se, caso, desde que Ex.: Como você fez?
V. Conformativas: conforme, como, segundo Queria saber como ele fez.
VI. Consecutivas: que (antecedido de tão, tal, 7. Advérbio de modo (em frases não-interrogativas e
tamanho, tanto) sem antecedente)
VII. Finais: a fim de que, para que Ex.: Desconheço como você virá.
VIII. Proporcionais: à proporção que, à medida que 8. Posição (geralmente equivalente à preposição por)
IX. Temporais: quando, enquanto, logo que Ex.: Eu o tenho como um gênio de matemática
X. Integrantes: que, se (iniciando orações su- 9. Interjeição (em frase exclamativa)
bordinadas substantivas) Ex.: Como te odeiam!
8. Partícula de realce ou expletiva (desnecessária, po- Ex.: Que estranho foi o seu comportamento.
dendo ser retirada sem alterar o sentido ou função
dos termos; geralmente com os verbos ir, sair e rir). FLEXÕES
Ex.: Eles já se foram.
FLEXÕES NOMINAIS
PALAVRA QUE
Como conectivo pode ser: É basicamente o estudo das variações do substantivo e
1. Conjunção Subordinativa Comparativa (em frases do adjetivo quanto às categorias de gênero, número e grau.
comparativas de superioridade ou inferioridade; an-
tecedida de mais ou menos.) Flexão de Gênero
Ex.: Ela sozinha sabia mais que todos nós juntos.
Eles comeram menos sanduíches do que eu. Quanto ao gênero, substantivos e adjetivos dividem-se
2. Conjunção Subordinativa Consecutiva (antecedida em masculinos e femininos.
de tão, tal, tamanho, tanto ou qualquer outro intensi- As desinências de feminino mais freqüentes são:
ficador). 1. A (em substituição à terminação O):
Ex.: Ela sabe tanto que todos a respeitam. menino – menina
Possuía tamanho prestígio que ninguém dei- 2. A (acrescida à consoante final)
xava elogiá-la. português – portuguesa
3. Conjunção Subordinativa Integrante: (Introduzindo autor – autora
orações subordinadas substantivas) 3. TRIZ: imperador – imperatriz
Ex.: É preciso que ele estude mais. (Oração Subst. 4. INA: herói – heroína
Subjetiva) (= é preciso isto / isto (suj.) é preci- 5. ISA: poeta – poetiza
so) 6. ESA: barão – baronesa
4. Conjunção Coordenativa Explicativa (equivalente a 7. ESSA: conde – condessa
porque) 8. ÉIA: europeu – européia
Ex.: Feche a porta que está ventando. (= porque
está ventando) Observações:
5. Pronome Relativo (com antecedente e substituível a) Os nomes terminados em –ão fazem feminino em –ã, ao
por qual). ou ona:
Ex.: Desconheço o livro que ele indicou. (= o qual alemão – alemã; leão – leoa; valentão – valentona
ele indicou). b) Os nomes terminados em –e mudam o e em a, entretan-
Pode ser ainda: to a maioria é invariável:
6. Substantivo (quando substantivado por um determi- monge – monja; infante – infanta
nativo). o dirigente – a dirigente; o estudante – a estudante
Ex.: Ela possuía um quê especial. c) Geralmente os adjetivos terminados em –a, –e, –l, –m, –
7. Pronome Substantivo Interrogativo (em frase inter- r, –s e –z são uniformes:
rogativa, substituindo um substantivo). o homem artista – a mulher artista;
Ex.: Que você deseja? Queria saber que você fez. o homem elegante – a mulher elegante;
8. Pronome Adjetivo Interrogativo (em frase interroga- o homem fútil – a mulher fútil;
tiva, acompanhando um substantivo). o homem comum – a mulher comum;
Ex.: Que livro você deseja? o homem exemplar – a mulher exemplar;
Gostaria de saber que atitude ela tomou. o homem simples – a mulher simples;
9. Pronome Adjetivo Indefinido (em frase não- o homem capaz – a mulher capaz.
interrogativa, acompanhando um substantivo) d) Nos adjetivos compostos, apenas o segundo elemento
Ex.: Desconheço que livros ele indicou. admite flexão de gênero:
10. Pronome Substantivo Indefinido (em frase não- questão anglo-americana; cultura grego-romana.
interrogativa, substituindo um substantivo) e) Substantivo usado como adjetivo fica invariável:
Ex.: Ele me disse não sei o quê. uma recepção monstro.
11. Partícula Expletiva ou de Realce (desnecessária à f) Há substantivos que formam o feminino só alterando o
frase; usada como elemento enfático). timbre da vogal tônica ou com desinência e alteração de
Ex.: Oh! Que saudades que eu tenho. timbre:
12. Interjeição (em frases exclamativas) avô – avó; formoso – formosa
Ex.: Mas que coisa! Um homem tão sério... g) Há substantivos masculinos cuja forma feminina corres-
13. Preposição (equivalente a de) pondente apresenta radical diferente:
Ex.: Temos que estudar bem mais. Homem – mulher; cavalo – égua;
14. Advérbio de Intensidade (quando intensifica um ad- h) Há substantivos uniformes (não variam a forma para dis-
jetivo) tinguir os gêneros):
I. Comum de dois: têm a mesma forma para os dois papelzinho – papei(s) + zinho + s = papeizinhos
gêneros, distinguindo-se por meio do determinativo: balãozinho – balõe(s) + Zinho + s = balõezinhos
o jornalista – a jornalista
II. Sobrecomuns: têm um único gênero gramatical, mas Plural das palavras compostas
podem designar o dois sexos:
a criança; o indivíduo; a pessoa Compostos sem hífen fazem o plural normalmente:
III. Epicenos: têm um único gênero gramatical para de- pontapé – pontapés; girassol – girassóis
signar animais irracionais. A distinção de sexo é feita Compostos com hífen podem formar plural:
através das palavras macho e fêmea: 1. Variando os dois elementos:
O jacaré; a cobra; o rouxinol a. substantivo + substantivo
i) Há substantivos que, conforme o gênero, apresentam couve-flor / couves-flores
significações diferentes: b. substantivo + adjetivo (ou vice-versa)
o grama (peso) – a grama (vegetal) amor-perfeito / amores-perfeitos
o cabeça (líder) – a cabeça (membro) c. numeral + substantivo (ou vice-versa)
j) Há substantivos que freqüentemente são utilizados em sexta-feira / sextas-feiras
gênero inadequado ou geram dúvidas quanto ao seu
uso. Observar, por exemplo: 2. Variando só o primeiro elemento
O champanha; o pulôver; a dinamite a. compostos ligados por preposição
pé-de-moleque / pés-de-moleque
Flexão de Número b. compostos de dois ,substantivos, sendo o se-
gundo de valor adjetivo, pois especifica o pri-
Regras gerais para a formação do plural: meiro
1. Terminados em vogal ou ditongo, acrescenta-se a desi- relógio-pulseira / relógios-pulseira
nência s. Obs.: não confundir este caso com o item 1.a.: reló-
tupi – tupis; troféu – troféus gio-pulseira é um relógio do tipo pulseira; couve-flor
2. Terminados em ÃO podem fazer plural em: não é couve do tipo flor.
a. ões (a maioria e os aumentativos)
balão – balões; casarão – casarões 3. Variando só o segundo elemento
b. ães (em pequeno número) a. verbo + substantivo
pão – pães; capitão – capitães beija-flor / beija-flores
c. ãos (poucos oxítonos e todos paroxítonos) cuidado: guarda-chuva (verbo + substantivo)
irmão – irmãos; órgão - órgãos guarda-chuvas; mas guarda-civil (substantivo +
3. Terminados em R, Z e N, acrescenta-se a desinência ES. adjetivo) guardas-civis.
mar – mares; rapaz – rapazes b. advérbio + adjetivo
4. Terminados em M, mudam para NS. abaixo-assinado / abaixo-assinados
refém – reféns; álbum – álbuns cuidado: alto-falante (advérbio + adjetivo) al-
5. Terminados em AL, EL, OL, UL, trocam o L para IS to-falantes; mas alto-relevo (adjetivo + substan-
canal – canais; pastel - pastéis tivo) altos relevos
6. Terminados em IL podem formar plural: c. prefixos + substantivos
a. em EIS (quando paroxítonos) grão-duque / grão-duques
estêncil – estênceis; fóssil – fósseis d. compostos de palavras repetidas (reduplica-
b. trocando L em IS (quando oxítonos) ções)
funil – funis; barril - barris reco-reco / reco-recos
7. Terminados em S e. adjetivo + adjetivo
a. acrescenta-se ES (quando oxítonos ou monossíla- greco-latino / greco-latinos
bos) cuidado: azul-escuro (adjetivo + adjetivo)
freguês – fregueses; rês – reses azul-escuros; mas azul-céu (adjetivo + substan-
b. são invariáveis (quando paroxítonos ou proparoxíto- tivo) azul-céu (invariável)
nos)
o lápis – os lápis; o ônibus – os ônibus 4. Não variando elemento algum
a. adjetivo + substantivo (cor)
Plural dos diminutivos verde-garrafa / duas blusas verde-garrafa
b. compostos com palavras invariáveis (verbos,
Coloca-se primeiro a palavra primitiva no plural, obser- advérbios, ...)
vando que a desinência S só deve ser colocada depois do cola-tudo; pisa-mansinho
sufixo de diminutivo. c. expressões substantivas
Ex.: florzinha – flore(s) + zinha + s = florezinhas chove-não-molha
odiar
Presente
Indicativo Subjuntivo
Odeio Odeie
Odeias Odeies
Odeia Odeie
Odiamos Odiemos
Odiais Odieis
Modo imperativo Odeiam Odeiem
Observações: copiar
1. Não há 1ª pessoa do singular no imperativo afirmativo e Presente
no imperativo negativo. Indicativo Subjuntivo
2. A 2ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural do impe- Copio Copie
rativo afirmativo se derivam do presente do indicativo, Copias Copies
perdendo o s final. (exceção: verbo ser sê tu, sede Copia Copie
vós) Copiamos Copiemos
3. a 3ª pessoa do singular, a 1ª pessoa do plural e a 3ª Copiais Copieis
pessoa do plural do imperativo afirmativo e ainda todo o Copiam Copiem
imperativo negativo se derivam do presente do subjunti-
vo, sem sofrer alterações Observações:
1. Todos os verbos terminados em –ear são irregulares
Cuidados: 2. Os verbos em –iar são regulares, exceto: mediar, ansiar,
a) com o duplo tratamento remediar, incendiar e odiar
Ex.: Sai daí que você cai. 3. Todos os verbos terminados em –ear e os cinco irregula-
Sai (imperat. afirm. na 2ª pessoa do singular) e vo- res terminados em –iar apresentam uma ditongação (ei)
cê (3ª pes. singular) nas formas rizotônicas (1ª, 2ª e 3ª p. do singular e 3ª p.
b) com a colocação da frase no plural ou no negativo. do plural nos termos do presente.)
Ex.: Põe no armário! 4. Nos tempos do pretérito e do futuro, todos estes verbos,
Plural: Ponde no armário! regulares e irregulares, suguem o paradigma dos verbos
Negativa: Não ponhas no armário. da 1ª conjunção.
Fez tudo para eles reclamarem. O Predicado: tudo aquilo que se diz do sujeito. (Tudo
que não é sujeito).
Observações:
1. Em orações reduzidas introduzidas por uma preposição, Exemplo:
se o sujeito estiver oculto (sendo o mesmo da oração Todos os homens do mundo / precisam de paz.
principal), a flexão do infinitivo é facultativa. sujeito predicado
Ex.: Eles vieram para estudarem ou para estudar.
2. Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, R.: Todos os homens do mundo (= sujeito), logo, precisam de
...) não formam locução verbal na posição de verbo auxi- paz. (= predicado)
liar. Nestes casos pode acontecer o seguinte:
a. O infinitivo se flexiona obrigatoriamente se o sujeito Classificação do sujeito
estiver expresso antes do verbo.
Ex.: Eu mandei os alunos estudarem. 1. Sujeito simples: com apenas um núcleo
b. A flexão se torna facultativa se o sujeito estiver de- Ex.: Aqueles artistas não agradaram ao públicos
pois do infinitivo. Sujeito: Aqueles artistas
Ex.: Eu mandei estudar ou estudarem os alunos. Núcleo: artistas
c. A flexão se torna proibida se o sujeito for um prono-
me pessoal oblíquo átono. 2. Sujeito Composto: com dois ou mais núcleos
Ex.: Eu mandei-os estudar. Ex.: O anão e o palhaço não agradaram ao público
Sujeito: O anão e o palhaço
Atenção: use o gabarito apenas para conferir se acertou ou Núcleo: anão, palhaço
não as questões. Em caso de dúvida, entre em contato com o
professor da disciplina: elgosil@yahoo.com.br Observação: podem ser núcleo do sujeito:
Substantivos:
Ex.: Alguns alunos do colégio foram à festa.
Pronomes pessoais:
Ex.: Eles já saíram
Pronomes substantivos:
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO Ex.: Todos já saíram. (pron. subst. indef.)
Ninguém veio. (pron. subst. indef.)
Essenciais Quem saiu? (pron. subst. inter.)
Sujeito Aquilo desapareceu. (pron. subst. demonst.)
Predicado Eis o preso que fugiu. (pron. relativo)
Integrantes Numerais:
Objeto Direto Ex.: Os dois foram a pé.
Objeto Indireto
Complemento Nominal Palavras substantivadas:
Ex.: O olhar da menina nos cativou.
Predicativo do Sujeito
Predicativo do Objeto
3. Sujeito indeterminado: é aquele que existe mas não se
Agente da Passiva
sabe qual é o sujeito. Isto só ocorre em duas situações:
a) Oração iniciada por verbo na 3ª pessoa do plural:
Acessórios
Ex.: Roubaram o meu carro
Adjunto Adnominal Andam falando mal de você.
Adjunto Adverbial b) Oração com o verbo ligado à partícula SE, indeter-
Aposto minante do sujeito:
(Vocativo) Ex.: Precisa-se de ajudantes.
Vive-se bem no Rio.
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO Obs : Oração sem sujeito: é aquela que apresenta verbo im-
1
Acidentalmente, o verbo fazer (só quando se refere a (quem escreve, escreve alguma coisa)
tempo), o verbo haver (quando se refere a tempo, ou Eu o encontrei na praia..
quando significa existir ou acontecer), o verbo ser (quan- (quem encontra, encontra alguém)
do se refere a tempo ou lugar).
Ex.: Faz muito tempo que não nos vemos. Verbos transitivos indiretos:
Não o vejo há meses. São aqueles que têm sentido incompleto, ou seja, ne-
Era aqui que nos encontraríamos. cessitam de um complemento verbal com preposição obriga-
tória (= objeto indireto).
Obs2: Sujeito oracional: é quando o sujeito de uma oração é
toda uma outra oração. Ex.: Eles não obedecem às leis.
Ex.: É bom / que todos compareçam (quem obedece, obedece a alguma coisa ou a alguém)
1ª Oração: É bom Ela necessita de compreensão.
2ª Oração: que todos compareçam. (quem necessita, necessita de alguma coisa ou de al-
(o sujeito é toda a 2ª oração) guém)
Predicativo do objeto
Verbos intransitivos
Termo que expressa um estado ou uma qualidade do ob-
São aqueles que têm o sentido completo, isto é, não ne-
jeto atribuídos pelo sujeito.
cessitam de complementos verbais. (= objetos)
Ex.: Eles nomearam meu primo diretor.
O povo elegeu-o senador.
Ex.: O trem chegou atrasado.
Coroaram-no imperador.
Enquanto alguns nascem, outros morrem.
Nós o chamamos sábio. (o verbo chamar é T.D. ou T.I.)
Ele não veio à escola.
Nós lhe chamamos de sábio. (o predicativo do objeto
Verbos transitivos diretos
pode ser preposicionado).
São aqueles que tem o sentido incompleto, ou seja, ne-
cessitam de um complemento verbal sem preposição obriga-
Classificação do predicado
tória. (= objeto direto)
Ex.: Ela escreveu uma carta
1. Predicado nominal: expressa uma idéia de estado ou Quem compra, compra alguma coisa (= objeto direto).
qualidade Ele comprou seu carro
Estrutura: Objeto indireto: complemento verbal com preposição
obrigatória (exigida pelo verbo, que deverá ser transitivo
Sujeito + V.L. + Predicativo do sujeito indireto).
Ex.: Este rapaz se referiu a seu pai
Núcleo: Predicativo do sujeito (é o termo que expressa a Que se refere, se refere a alguém (= objeto indireto). Ele
idéia de estado ou qualidade) se referiu a seu pai.
Ex.: Estes operários são trabalhadores. (V.L. + predicativo do Complemento nominal: termo preposicionado que
sujeito) completa o sentido de nomes (adjetivos, substantivos e
advérbios)
2. Predicado verbal: expressa uma idéia de ação. Ex.: Este teste foi útil aos candidatos.
Estrutura: Tudo que é útil, é útil a alguém (= complemento nomi-
nal). Isto foi útil aos candidatos.
Sujeito +VI Predicativo do sujeito: termo que expressa um estado
VTD + OD ou qualidade do sujeito. Este termo liga-se ao sujeito
VTI + OI através do verbo.
VTDI + OD + OI Ex.: A menina estava tristonha.
núcleo: verbo (é o termo que expressa a idéia de ação) Após o verbo de ligação, obrigatoriamente, haverá um
predicativo do sujeito, entretanto é possível haver predicativo
Ex.: As aves voavam no céu (VI + adj. adv. de lugar) do sujeito com verbos que não sejam de ligação.
Os animais comem plantas (VTD + ID) Ex.: A menina saiu tristonha de casa
As plantas precisam de sol. (VTI + OI)
O rapaz informou a hora ao transeunte (VTDI + OD + OI) Predicativo do objeto: termo que expressa um estado
ou uma qualidade do objeto, atribuídos pelo sujeito.
3. Predicado verbo-nominal: expressa uma idéia de ação e Ex.: A crítica considerou este ator o melhor do ano.
outra de estado ou qualidade. Agente da passiva: termo preposicionado que pratica a
Estruturas: ação do verbo, quando ele está na voz passiva.
Ex.: Este trabalho foi feito por mim.
Sujeito + verbo intransitivo + predicativo do sujeito
VTD + predicativo do sujeito + OD O sujeito, na voz passiva, sofre a ação do verbo. (= Este
VTI + predicativo do sujeito + OI trabalho sofre a ação de ser feito)
VTD + OD + predicativo do objeto Há, na voz passiva, uma locução verbal, onde o verbo
VTI + OI + predicativo do objeto auxiliar é o verbo ser. (Locução Verbal = foi feito; Verbo Auxi-
liar = ser mais verbo principal = fazer)
Núcleo: verbo e predicativo O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa.
Ex.: O trem chegou atrasado (VI + predicativo do sujeito) Eu fiz este trabalho.
Ela vendeu tranqüila suas jóias (VTD + predicativo do
sujeito) Termos acessórios
Eles assistiram alegres ao jogo (VTI + predicativo do su-
jeito + OI) 2. Adjunto adnominal: Termo de valor adjetivo que modifica
O professor julgou o aluno um sábio (VTD + OD + predi- um substantivo. Pode ser expresso por:
cativo do objeto) Adjetivos
O professor chamou ao aluno de sábio (VTI + OI + pre- Ele era um homem ajuizado.
dicativo do objeto) Locuções adjetivas (Termo preposicionado de valor adje-
tivo ou possessivo)
Obs.: núcleos de predicado. Ele era um homem de juízo.
Núcleos verbais: todos os verbos, exceto os de ligação
Núcleos nominais: todos os predicativos (do sujeito e do Artigos
objeto) Ele era um homem ajuizado.
Numerais
Termos integrantes É o primeiro aluno que compra dois livros.
Pronomes adjetivos (qualquer pronome que acompanhe
Objeto direto: complemento verbal sem preposição um substantivo)
obrigatória. Este homem comprou seus presentes aqui.
Ex.: Este rapaz comprou seu carro aqui. Orações adjetivas
CONCURSO LEVADO A SÉRIO 19
PORTUGUÊS
Eis o livro que estou lendo. c) OI = Este é o aluno a quem ele se referiu.
ODP = Este é o aluno a quem ele admira.
3. Adjunto adverbial: Termo de valor adverbial que, deno- d) OI = Ele aludiu a Vossa Excelência.
tando uma circunstância, modifica um verbo ou intensifi- ODP = Ele cumprimentou a Vossa Excelência.
ca o sentido deste, de um adjetivo ou de um outro ad- Obs.: ODP = Puxar d(a) espada.
vérbio. Pegar (d)a caneta.
Ex.: Ele caminha rapidamente. (= circunstância de mo- Saber (de) tudo.
do) Cumprir (com) o dever.
Ele trabalha muito. (= circunstância de intensidade)
Advérbios Esquema II:
Hoje, não veio ninguém aqui. (de tempo, de negação e Objeto indireto x complemento nominal
de lugar) a) OI = Eu aludi ao poeta.
Locuções adverbiais CN = Eu fiz alusão ao poeta.
Tudo foi feito às escondidas. (de modo) b) OI = Eu lhe obedeço.
Expressões adverbiais CN = Eu lhe sou obediente.
Morrem de fome. (de causa) c) OI = Este é o aluno a quem me referi.
Orações adverbiais CN = Este é o aluno a quem fiz referência.
Iremos quando houver dinheiro. (de tempo) d) OI = Eu necessito de que me ajude.
CN = Tenho necessidade de que me ajude.
Circunstâncias: Obs: OI = Eu entreguei o livro ao aluno.
a) Modo: Caminhava devagar CN = Eu fiz referência ao aluno.
b) Tempo: Fez a prova agora.
c) Lugar: Está longe Esquema III:
d) Intensidade: Ele é tão estudioso. Complemento nominal x adj. adnominal
e) Dúvida: Talvez ele venha. a) A.A. = Os meus dois melhores amigos de São Paulo
f) Negação: Ele não vem chegaram de Brasília.
g) Afirmação: Sim, ele virá. b) A.A. = Locuções adjetivas:
h) Causa: Por que ele faltou? Homem de juízo (= ajuizado)
i) Concessão: Ele virá apesar do escuro. Fio de chumbo. (= idéia de matéria)
j) Condição: Nada lê sem óculos. c) A.A. = O descobrimento de Cabral (= agente)
k) Finalidade: Ele vive para o estudo. C.N. = O descobrimento do Brasil. (= paciente)
l) Instrumento: Desenhava com o lápis. d) A.A. = Roubaram-lhe a caneta (= idéia de posse)
m) Companhia: Saiu com os pais. C.N. = Isto lhe é favorável. (completa o nome)
n) Matéria: Crucifixos feitos de madeira. e) A.A. = Este é o aluno cujo livro foi roubado.
o) Assunto: Ele falava de você. (= posse)
e outras. C.N. = Este é o aluno a quem fiz alusão.
(= complemento nominal)
4. Aposto: Termo de caráter nominal que se junta a um f) A.A. = Este é o aluno a quem fiz alusão.
substantivo (ou equivalente) para explicá-lo, ou para ser- (= oração adjetiva)
vi-lhe de equivalente, resumo, ou identificação. C.N. = Sou favorável a que o prendam
Ex.: Mário de Andrade, o líder do nosso movimento mo- (= complemento nominal)
dernista, morreu em 1945. (= aposto explicativo)
A cidade de Petrópolis apresenta um clima agrada- Esquema IV:
bilíssimo. (= aposto especificativo) Termo integrante e acessório da oração
A. Predicativo do sujeito x adjunto adverbial
5. Vocativo: Termo através do qual chamamos o ser a que PS: Ela vendeu tranqüila as suas jóias.
nos dirigimos. A.Adv.: Ela vendeu tranqüilo as suas jóias.
Ex.: Meus senhores, esta é a nossa situação. B. Adjunto adnominal x adjunto adverbial
Você, venha até aqui por favor! A. Adn. = Fiz o trabalho de casa. (= caseiro)
A. Adv. = Fiz o trabalho em casa.
A. Adn. = Tenho muito dinheiro.
Esquema I: A. Adv. = Eu trabalho muito.
Obj. indireto x obj. direto preposicionado C. Adjunto adnominal x predicativo do sujeito
a) OI = Ele gosta dos pais. A. Adn. = Eu ajudei aquele homem gordo. (qualida-
ODP = Ele estima a(os) pais. de própria)
b) OI = Ele obedece a mim. P. Obj. = Eu considero este homem gordo. (qualida-
ODP = Ele entendeu a mim de atribuída)
Obs.: O juiz julgou o réu inocente (A. Adn.) culpado Referem-se a um Substantivo ou Pronome Substantivo
(P. Obj.). (antecedente).
D. Adjunto adnominal x aposto
A. Adn. = Gosto do clima de Petrópolis. (= petropoli- I. Restritivas (não necessita de vírcgula no início). Restrin-
tano) gem, diminuem, limitam a significação do antecedente.
Aposto = Gosto da cidade de Petrópolis. (Petrópolis Ex.: Aqui, estão os alunos / que serão aprovados. (Nem
é nome de cidade) todos os alunos serão aprovados)
II. Explicativas (obrigatoriamente iniciada por vírgula). Não
ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO restringem, apenas acrescenta algo próprio do antece-
dente.
Classificação do período Ex.: As crianças, / que são os homens de amanhã, / me-
Simples: uma única oração – oração absoluta. recem nossa atenção. (todas as crianças são os homens
Composto: duas ou mais orações de manhã)
Por coordenação – só orações coordenadas
Por subordinação – só orações subordinadas ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Por coordenação e subordinação – orações coorde-
nadas e subordinadas. Iniciadas pelas Conjunções Subordinativas
Exercem a função sintática de Adjuntos Adverbiais.
ORAÇÕES COORDENADAS
I. Causais (iniciadas por porque, como, já que, visto que,
A) Sindéticas (iniciadas por conjunções coordenativas) uma vez que, ...)
I. Aditivas: (iniciadas por: E, nem, tampouco, mas também) Ex.: Retirou-se porque sentiu-se mal.
II. Adversativas: (iniciadas por: MAS, porém, contudo, entre- II. Comparativas (iniciadas por (do) que, como, quanto, as-
tanto, ...) sim ,como, ...)
III. Alternativas: (iniciadas por: OU, ora ... ora, quer ... quer) Ex.: Ela é bastante mais responsável que você.
IV. Conclusivas: (iniciadas por: LOGO, portanto, por isso, en- Obs.: O verbo normalmente fica oculto.
tão, ...) III. Concessivas (iniciadas por embora, ainda que, mesmo
V. Explicativas: (iniciadas por: PORQUE, pois, já que, visto que, ...)
que, ...) Ex.: Teria sido melhor, embora não parecesse.
B) Assindéticas (sem conjunção coordenativa) IV. Condicionais (iniciadas por se, caso, desde que, contan-
to que, ...)
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS V. Conformativas (iniciadas por conforme, como, segundo,
consoante ...)
I. Subjetivas (= sujeito oracional) Ex.: Conforme ficou determinado, eles se retiraram.
Ex.: É bom que ninguém viaje. VI. Consecutivas (iniciadas por: que, de forma que, de modo
II. Objetivas diretas (= objeto direto oracional) que...)
Ex.: Não sei se eles entenderam tudo. Ex.: Tanto era seu esforço que a recompensa veio breve.
III. Objetivas indiretas (= objeto indireto oracional) VII. Finais (iniciadas por: a fim de que, para que, porque,...)
Ex.: Precisamos de que nos ajudem. Ex.: Explique tudo para que ninguém reclamasse depois.
IV. Completivas nominais (= complemento nominal oracio- VII. Proporcionais (iniciadas por: à proporção que, à medida
nal) que, ...)
Ex.: Sou favorável a que eles venham cedo. Ex.: Estudávamos mais ao passo que nos distraíamos
V. Predicativas (= predicado do sujeito oracional) menos.
Ex.: O ideal é que ninguém falte. XIX. Temporais (iniciadas por: quando, enquanto, mal, logo
VI. Apositivas (= aposto oracional) que, sempre que, ...)
Ex.: A idéia – que todos viajassem – foi bem aceita. Ex.: Enquanto estiver ali, estará seguro.
VII. Agentes da passiva (= agente da passiva oracional)
Ex.: O carro foi destruído por quem o comprara. ORAÇÕES REDUZIDAS
Obs.: As orações subordinadas substantivas são introduzidas
pelas conjunções subordinadas integrantes (QUE e SE) ou Verbos nas formas nominais: infinitivo, gerúndio, particí-
são justapostas (com pronomes e advérbios interrogativos ou pio
ainda indefinidos). Não apresentam conectivos.
Ex.: Recebeu o dinheiro, gastando-o logo após. ( = e gastou
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS logo após)
Oração coord. aditiva, reduzida de gerúndio.
Iniciadas por um Pronome Relativo É importante lutar sempre. (= que se lute sempre)
Exercem a função sintática de Adjuntos Adnominais Oração subord. subjetiva, reduzida de infinitivo
Encerrada a reunião, muitos se retiraram. (= quando a Agradar (T. D.) = fazer agrado
reunião se encerrou, ...) Agradar a (T. I.) = ter agradado, satisfazer
Oração subord. adv. temporal, reduzida de particípio. Ex.: O pai agradava o filho com carícias.
Este livro não agradou aos leitores.
Regências nominal e verbal
Precisar (T. D.) = acertar
REGÊNCIA NOMINAL Precisar de (T. I.) = necessitar
Ex.: Ele não precisou a hora do encontro.
Nomes (substantivos, adjetivos) que exigem um termo Ele não precisou de ajuda.
regido de preposição (complemento nominal).
Ex.: 1. Ele fez referência a este assunto. Chamar (T. D.) = invocar
2. O fumo é nocivo à saúde. Chamar (a) (T. D. ou T. I.) = denominar
3. Não tenho lembrança do passado. Ex.: O diretor chamou o aluno à sua sala.
4. Não pode haver medo de fantasmas ou a fantasmas. O diretor chamou o aluno de chato.
5. Ele é hábil em seu trabalho. O diretor chamou ao aluno de chato.
6. Isto na é compatível com seus interesses.
7. Ela tinha avidez por dinheiro. Lembrar e esquecer (T. D.)
8. Era um filme impróprio para menores Lembrar-se e esquecer-se de (T. I.)
Ex.: Eu esqueci o livro.
REGÊNCIA VERBAL Eu me esqueci do livro.
Ele lembrou o ocorrido (T. D.)
Verbos que exigem um termo regido ou não de preposição. Ele se lembrou do ocorrido. (T. I.)
Ex.: 1. Ele vendeu o seu carro Ele lembrou o ocorrido ao aluno. (T. D. I.)
2. Ele precisava de dinheiro Ele lembrou o aluno do ocorrido. (T. D. I.)
3. Ele entregou a encomenda ao rapaz.
Ajudar (T. D.)
Regência de alguns verbos Ex.: Ela sempre ajudou seus empregados.
Estas blusas são iguais a + as(=aquelas) que compramos 2. Termos Femininos ou Masculinos com valor de À MODA
= Estas blusas são iguais às que compramos. DE, AO ESTILO DE:
Poesia à Manuel Bandeira, gol à Pelé, bife à milanesa.
3. A vogal A inicial dos pronomes demonstrativos aque- 3. Locuções Prepositivas: à procura de, à vista de, à custa
le(s), aquela(s), aquilo: de, à razão de, à mercê de, à maneira de ...
Ex.: Referia-se a + aquele jogador = Referia-se àquele jo- 4. Locuções Conjuntivas: à proporção que, à medida que, ...
gador. 5. Para evitar ambiguidade: À onça a cobra matou. A meni-
na à paixão venceu.
4. Artigo A, AS da forma de pronome relativo A QUAL, AS
QUAIS: Casos facultativos de crase
Ex.: Esta é a irmã do aluno a + a qual me referi. = Esta é a
irmã do aluno à qual me referi. 1. Antes de nome próprio de mulher:
Referia-se a Sônia, ou à Sônia.
Obs.: É bom lembrara que só pode ocorrer crase, se o 2. Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular:
verbo ou nome reger a preposição A. Referia-se a minha irmã, ou à minha irmã.
3. Após a preposição ATÈ:
Regras básicas para reger o emprego do acento da crase: Agora iremos até a/à exaustão.
Casos obrigatórios de crase A sintaxe de concordância nos ensina que existem ter-
mos que se flexionam (gênero e número ou pessoa e núme-
1. Adjuntos Adverbiais Femininos: ro) para concordarem com outros.
Saiu à noite, às pressas, às vezes Ex.: Compre flores lindas
4. Sujeito ligado por nem ... nem. 4. Formado pelas expressões: mais de, menos de, cerca
Verbo no plural (conc. Gramatical) ou singular (conc. de, perto de ...
Ideológica) Verbo concorda com o substantivo (conc. gramatical
Ex.: Nem a inveja nem o egoísmo puderam destruir-me. apenas)
Nem ela nem a família lhe deu atenção. Ex.: Mais de um aluno saiu de sala.
8. Quando o sujeito é pronome relativo 2. Com os verbos dar, bater e soar (aplicados a hora)
a) Com o pronome relativo que, o verbo concorda com Verbo concorda com a expressão numérica, a menos
o antecedente. que haja um sujeito.
Ex.: Sou eu quem falo. Ex.: Deram dez horas. (O relógio deu dez horas)
b) Caso o antecedente seja predicativo, o verbo con- Batiam cinco horas
corda com o antecedente ou com o sujeito da ora-
ção principal. 3. Com o verbo custar (no sentido de se difícil)
Ex.: Eu fui o primeiro que falou É unipessoal (só possui 3ª pessoa do singular). Seu su-
Eu fui o primeiro que falei. jeito sempre é oracional.
c) Com o pronome relativo quem, o verbo concorda Ex.: Custa-nos entender isso.
com o antecedente ou fica na 3ª pessoa do singular.
d) Com a expressão um dos ... que. 4. Com os verbos parecer e costumar
Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural Podem ou não formar locução verbal.
(conc. atrativa ou ideológica). a) Em locuções verbais, são verbos auxiliares, logo,
Ex.: Ele foi um dos que mais estudou. (gramatical) concordam com o sujeito:
Ele foi um dos que mais estudaram. Ex.: As estrelas parecem brilhar.
b) Em não-locuções verbais, são verbos principais,
Obs.: Ele é um dos professores que dá ou dão aula aqui hoje. concordam com o sujeito oracional (= infinitivo)
Ele é um dos professores que dá aula aqui agora. (só Ex.: As estrelas parece brilharem.
gramatical) Parecem brilharem as estrelas.
9. Formado por títulos no plural. 5. Os verbos haver e fazer (oração sem sujeito)
Verbo no plural. A oração sem sujeito caracteriza-se por apresentar um
Ex.: Os Estados Unidos não aceitaram certas condições. verbo impessoal, isto é, verbo que não tem pessoa (= su-
Obs.: Com o verbo ser e o predicativo no singular, verbo jeito). E, por esta razão, fica na 3ª pessoa do singular.
no singular ou no plural. Os verbos haver e fazer somente são impessoais nos
Ex.: Os Lusíadas é uma obra imortal. seguintes casos.
a) Haver: quando empregado no sentido de existir,
Concordância de certos verbos ocorrer (= acontecer) ou de tempo decorrido.
Ex.: Havia poucos alunos em sala. (= existiam)
1. Com o verbo ser Isto tudo ocorreu há dias. (= tempo decorrido)
a) Sujeito (= isto, isso, aquilo, tudo) + predicativo (no b) Fazer: somente quando empregado no sentido de
plural tempo decorrido.
Verbo no singular ou no plural. Ex.: Faz dias que isto tudo ocorreu.
Ex.: Tudo é flores ou tudo são flores.
b) Sujeito (denota pessoa) + predicativo Obs1: O verbo haver pessoal pode ter vários sentidos.
Verbo concorda com o pronome pessoal. Ex.: Os professores houveram por bem adiar as pro-
Ex.: Ele era as preocupações do pai. vas. (= decidiram)
c) Sujeito (= substantivo) + pronome pessoal Obs2: Os verbos existir, ocorrer, acontecer, decorrer, são
Verbo concorda com o pronome pessoa. pessoais.
Ex.: Os reprovados fomos nós. Ex.: Existiram poucos alunos em sala. (sujeito = pou-
d) Pronome interrogativo (= que, que, o quê) + subs- cos alunos)
tantivo Obs3: Verbo auxiliar de verbo impessoal fica na 3ª pessoa do
Ex.: Quem foram os reprovados? singular.
e) Expressões: é muito, é pouco, é bastante, é tanto. Ex.: Deve haver muitos aprovados este ano.
Verbo no singular
Ex.: Cinco cruzados é pouco. Concordância com a palavra SE.
f) Nas orações que indicam horas, datas, distâncias.
Verbo concorda com a expressão numérica A palavra se admite várias classificações, tais como:
Ex.: São quatro horas.
São quatorze de maio 1. Pronome apassivador: é responsável pela transformação
Da capital à cidade eram dez quilômetros. em voz passiva de uma frase ativa.
Obs.: É dia quatorze de maio. Ex.: Alugam apartamentos. (= voz ativa)
Hoje é dia quatorze de maio. Apartamentos são alugados. (= voz passiva), ou
g) Na expressão era uma vez Alugam-se apartamentos. (= voz passiva)
Verbo no singular:
Ex.: Era uma vez um rei e uma rainha...
O se é pronome apassivador, quando o verbo é transitivo c) É um técnico inteligente, dedicado, de boa vontade e
direto apresenta um “objeto direto”, que na realidade é o su- de muita competência. (termos de uma série)
jeito (paciente). Esta voz passiva chama-se pronominal e o 2. Antes do conectivo e ( conjunção aditiva) não se usa vír-
agente da passiva não aparece expresso. gula:
a) Eles estudam e trabalham.
A transformação passiva Obs1: antes do conectivo e, com valor adversativo, deve
usar vírgula;
Voz ativa: Os alunos lêem os livros b) Já são dez horas, e a reunião ainda não terminou. (=
Voz passiva: mas)
Verbal ou analítica: Os livros são lidos por alunos. (verbo au- Obs : antes do conectivo e, com valor consecutivo ou en-
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