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SUMÁRIO

1. Radiologia do abdome.............................................. 3
2. Radiografia abdome.................................................. 3
3. Ordenamento da avaliação .................................... 4
4. Distribuição dos gases.............................................. 4
5. Avaliação das vísceras ............................................ 5
6. Estruturas ósseas ...................................................... 7
7. Calcificações................................................................. 8
8. Sondas .........................................................................12
9. Patologia de alças.....................................................13
10. Patologias vísceras sólidas................................15
11. Tomografia de abdome........................................17
12. Patologias intestinais............................................24
13. Patologias hepáticas.............................................30
14. Patologias pancreáticas......................................38
15. Patologias renais....................................................42
16. Patologias abdominais vasculares..................48
17. Trauma abdominal.................................................53
Referências bibliográficas .........................................63
RADIOLOGIA DO ABDOME 3

1. RADIOLOGIA DO O exame de radiografia é feito utili-


ABDOME zando radiação ionizante, que é emi-
tida em direção a região a ser exami-
Este material tem objetivo de introdu-
nada, atravessando o alvo e deixando
zir a avaliação radiológica da cavida-
uma impressão na chapa radiográfica
de abdominal, por meio da demons-
contraposta à fonte emissora de ra-
tração dos métodos utilizados e de
diação. Cada estrutura corporal tem
seus achados sugestivos. Nessa pri-
um nível de absorção de tal radiação,
meira parte do material, iremos focar
formando imagens em tonalidades
nas particularidades da radiografia de
diferentes na radiografia. As estrutu-
abdome, abordando suas aplicações
ras que contém maior absorção não
para diagnóstico e acompanhamento.
permitem a passagem da radiação
Em sequência, abordaremos a tomo-
até a placa de captação, tornando as
grafia computadorizada e seguiremos
áreas mais claras; enquanto aquelas
com alguns achados típicos de certas
que tem menor captação de radiação,
patologias.
permitem a passagem da radiação
para placa, tornando-a mais escu-
2. RADIOGRAFIA ABDOME ra. Nesse contexto, a radiografia tem
aproximadamente 4 tons que variam
Radiografia do mais radiopaco (que não permi-
A radiografia de abdome é um exame te a passagem da radiação), até o
que não propicia a melhor sensibili- mais radiotransparente (que permite
dade ou especificidade dentro do ar- a passagem da radiação). Estes tons
senal de exames de imagem que dis- são divididos em: tons próximos ao ar,
pomos atualmente. No entanto, por mais radiotransparentes; tons próxi-
se tratar de um exame de alta dispo- mos a Gordura; tons próximos a par-
nibilidade e de baixo custo, deve-se tes moles; e tons próximos a ossos,
entender os sinais presentes nesse mais radiopacos.
exame para definir condutas na abor-
dagem ao paciente.

DENSIDADE ABSORVIÇÃO IMAGEM TERMINOLOGIA


Metal Total Muito Clara Radiopaco
Cálcio Grande Branca Radiopaco
Água (partes moles) Média Cinza Hipotransparente
Gordura Baixa Quase Preta Transparente
Ar Nenhuma Preta Hipertransparente
Figura 1. Quadro de densidades radiológicas, retirado do Radiologia Básica Lange 2ª ed
RADIOLOGIA DO ABDOME 4

3. ORDENAMENTO DA
HORA DA REVISÃO: Anatomia AVALIAÇÃO
A cavidade abdominal abriga diversos
órgãos dos Sistema Digestório, Sistema
A radiografia de abdome, assim como
Linfático, Sistema Endócrino e Sistema qualquer método de imagem, apre-
Urinário. Para um entendimento satis- senta uma sistematização de avalia-
fatório da radiografia de abdome, deve- ção, que visa garantir a análise com-
mos relembrar a localização de algumas
dessas estruturas: pleta de todo exame, sendo composto
pelas fases:
• Observação da distribuição de ga-
ses nas vísceras ocas e na cavida-
de abdominal
• Avalição de órgãos Sólidos
• Caracterização das estruturas
ósseas.
Figura 2. Anatomia Sistema Digestório, retirado
do site www.planetabiologia.com
4. DISTRIBUIÇÃO DOS
Como pode ser visto nessa ilustração da GASES
vista frontal da cavidade abdominal, há
grande sobreposição de órgãos na ca- Para uma melhor avaliação da distri-
vidade, de forma que, certos órgãos não buição dos gases na cavidade abdo-
são visíveis. Dentre os órgãos visíveis minal, é importante estar habituado
na vista frontal estão: Fígado, superior-
mente a direita; Estômago, em posição
com a distribuição normal dos gases:
central; Baço, superiormente na extre-
midade esquerda da cavidade; Intestino
Grosso e suas estruturas, situadas peri-
fericamente na cavidade, abaixo dos ór-
gãos supracitados; e Intestino Delgado,
emaranhado e alocado centralmente na
cavidade. Dentre os órgãos não visíveis
podemos citar: Rins, localizados poste-
riormente as Flexuras do Colón direito
e esquerdo; Pâncreas, alocado profun-
damente ao Estômago; Glândulas Su-
prarrenais, alocadas superiormente aos
Rins; dentre outros.

Figura 3. Radiologia de Abdome, retirada do https://


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RADIOLOGIA DO ABDOME 5

5. AVALIAÇÃO DAS
VÍSCERAS
A segunda etapa da avaliação da ra-
diografia Simples de abdome é com-
posta pela caracterização de vísceras
sólidas, por meio da visualização de
suas sombras e de seus limites. Po-
demos visualizar as sombras dos se-
guintes órgãos: Fígado, Baço, Rins e
Músculo Iliopsoas.

Figura 4. Radiologia de Abdome, retirada https://www.


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Como podemos observar nas radio-


grafias normais acima, a densidade
gasosa (radiotransparência) é visível
dentro da cavidade abdominal, confi-
nada dentro de alças intestinais, e na
cavidade gástrica. Por conta de sua
radiotransparência, o meio gasoso
possibilita a visualização das pregas
estomacais, haustrações do colón
e do padrão radiológico conhecido Figura 5. Radiologia de Abdome, retirada do https://
como miolo de pão, caracterizado www.sanarflix.com.br/.

pela mistura das fezes com os gases


intestinais. Quando é possível obser-
var a presença de gás localizado ex-
ternamente às vísceras ocas, se con-
figura o quadro patológico conhecido
como pneumoperitôneo.
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Figura 8. Radiologia pélvica evidenciando a bexiga,


retirada do site https://www.sanarflix.com.br/

SE LIGA! LINHA DO MÚSCULO PSOAS


Na radiografia simples, é possível ob-
servar a Linha do Músculo Psoas, deli-
mitada bilateralmente pelos Músculos
Iliopsoas. Sua importância se deve ao
fato de seu borramento ser um indicati-
Figura 6. Vísceras abdominais , retirada do https://
vo, ainda que inespecífico, de processos
www.sanarflix.com.br/ inflamatórios abdominais

Também é possível visualizar, na por-


ção inferior da Radiografia, a imagem
radiológica da Bexiga, preenchida por
líquido.

Figura 7. Radiologia pélvica, retirada do site https://


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Figura 9. Radiologia de Abdome, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br
RADIOLOGIA DO ABDOME 7

ósseas; e na pesquisa de processos


inflamatórios intestinais, como Crohn
e Retocolite Ulcerativa, que costu-
mam conduzir a sacroileíte.

Figura 10. Radiologia de Abdome evidenciando a linha


do psoas, retirada do https://www.sanarflix.com.br/ Figura 11. Radiologia pélvica, retirada do site https://
www.sanarflix.com.br/

6. ESTRUTURAS ÓSSEAS
O último passo da avaliação de uma
radiografia simples é a observação de
suas estruturas ósseas, compostas
pelos ossos pélvicos: Juntas Sacroilí-
acas, Ossos Pélvicos, Articulação do
Quadril, Ossos Sacro, Cóccix e Fêmur.
A caracterização de tais estruturas
é importante em diversos cenários, Figura 12. Radiologia pélvica, evidenciando as estrutu-
como no contexto de trauma; as- ras, retirada do site https://www.sanarflix.com.br/

sim como, na busca por metástases


RADIOLOGIA DO ABDOME 8

SAIBA MAIS: FRATURAS PÉLVICAS


Os mecanismos de trauma dos ossos pélvicos são divididos pelo ATLS em 4 categorias de
padrão de força: Compressão Lateral, Compressão Anteroposterior, Cisalhamento Vertical e
Fraturas Combinadas. Cada um desses padrões de trauma leva a uma conformação óssea
diferente:

Figura 13. Fraturas Pélvicas, retirada do ATLS 9ª edição

7. CALCIFICAÇÕES como imagens calcificadas com cen-


tro radiotransparente.
As calcificações são achados muito
frequentes nas radiologias de abdo-
me, visto a facilidade de visualização
dessas estruturas no exame. Deve-
-se ressaltar que ao falarmos sobre a
presença de calcificações nas radio-
grafias de abdome, é importante res-
saltar que tais achados não são, ne-
cessariamente, patológicos. Existem
achados como calcificações costo-
condrais e flebólitos, que são fisiolo-
gicamente encontrados no envelheci-
mento. As calcificações costocondrais
são calcificações normais das car-
tilagens das costelas, visualizáveis
como calcificações lineares; enquan-
to os flebólitos são calcificações de
veias escleróticas, que se apresentam Figura 14. Calcificações na Radiologia de Abdome,
retirada do site https://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 9

que se apresenta como cálculo amor-


fo, infiltrado no parênquima.

Figura 15. Calcificações na Radiologia de Abdome,


retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/ Figura 16. Cálculo ureteral, retirada do site https://
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Como podemos ver nas imagens aci-


ma, dentre as estruturas calcificadas,
é possível citar os linfonodos calcifi-
cados, cálculos biliares calcificados
e clipes cirúrgicos deixados após
cirurgias.
As calcificações são bastante co-
muns no Sistema Urinário, existindo
uma grande variedade de patologias
que conduzem a formação de tais es-
truturas. Dentre elas, podemos cita os
cálculos urinários, representados por
estruturas calcificadas arredondadas,
que podem estar alocadas em qual- Figura 17. Cálculo ureteral, retirada do site https://
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quer lugar do sistema coletor; além de
cálculos coraliformes, estruturas com
morfologia semelhante à pelve renal.
Ademais, é possível a observação da
calcificação típica da nefrocalcinose,
RADIOLOGIA DO ABDOME 10

Figura 18. Cálculos urinários, retirada do site https://


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Figura 21. Cálculo Coraliforme, retirada do site. https://


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Figura 19. Cálculos urinários, retirada do site. https://


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Figura 22. Nefrocalcinose, retirada do site. https://


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Figura 20. Cálculo Coraliforme, retirada do site. https://


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Figura 23. Nefrocalcinose, retirada do site. https://
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RADIOLOGIA DO ABDOME 11

Ademais, é possível observar, nas


radiografias, órgãos inteiros com pa-
drão de calcificação, como pode ser
visto na calcificação de Aorta decor-
rente da Ateromatose do vaso. Tal
padrão pode ser visto também na
Pancreatite Crônica, na qual o parên-
quima pancreático é tomado por cal-
cificações. Além disso, vale destacar
a rara presença da calcificação das
Glândulas Suprarrenais, que ocorre
em decorrência de diversas patolo-
gias, como infecções fúngicas, tuber-
culose e falência adrenal.

Figura 25. Calcificações no trajeto da Aorta abdominal,


retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 26. Calcificações pancreáticas e no trajeto da Aorta


abdominal, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 24. Calcificações no trajeto da Aorta abdominal,,


retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 27. Calcificações pancreáticas e no trajeto da Aorta


abdominal, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 12

Figura 30. Sondas nasoenteral, retirada do site. https://


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Figura 28. Calcificações na Radiologia de Abdome,
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 31. Sonda nasoenteral com desenho esquema-


tizando as estruturas relevantes, retirada do site. https://
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Figura 29. Calcificações nas Glândulas adrenais, retira-


da do site. https://www.sanarflix.com.br/

8. SONDAS
Após a colocação de sondas e cate-
teres, é comum a realização de radio-
grafias para que haja confirmação do
posicionamento correto dos disposi-
tivos. Como é possível observar nas
imagens abaixo:

Figura 32. Sonda ureteral. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 13

Figura 33. Sonda ureteral com desenho esquemático,


retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 35. Filtro de veia cava, retirada do site. https://


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As sondas nasoenterais são utilizadas


como uma forma de alimentação pa-
renteral, enquanto o filtro de veia cava
inferior serve como profilaxia para trom-
boembolismo venoso. No que tange ao
cateter duplo J, tal dispositivo é coloca-
do para manutenção do fluxo urinário.

9. PATOLOGIA DE ALÇAS
Quanto a observação das patologias
intestinais, deve-se ter atenção re-
dobrada na avaliação dos sinais de
Figura 34. Filtro de veia cava, retirada do site. https://
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obstrução intestinal, com enfoque
principal na diferenciação de suas lo-
calizações de origem. As obstruções
de Intestino Delgado geralmente se
localizam centralmente e apresentam
o sinal radiológico conhecido como
RADIOLOGIA DO ABDOME 14

empilhamento de moedas; enquan-


to as obstruções de Intestino Grosso
se localizam perifericamente e apre-
sentam dilatações mais grosseiras.

Figura 37. Obstrução Intestino Grosso, retirada do site.


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Figura 36. Obstrução Intestino Delgado, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br/

SAIBA MAIS: DOENÇA DE CROHN


A Doença de Crohn é uma doença intestinal crônica, de caráter inflamatório, que afeta a mu-
cosa do trato intestinal, tendo como diagnóstico diferencial a Retocolite Ulcerativa. Apesar de
ser um achado pouco comum, é possível observar na radiografia a presença de ilhas de mu-
cosa, que indicam a presença de Doença de Crohn. Já a Retocolite Ulcerativa tem como acha-
do a ausência de pregas na mucosa intestinal, conhecida como Cólon em cano de chumbo.

Figura 38. Ilhas de Figura 39. Ilhas de muco- Figura 40. Colón em Cano Figura 41. Colón em Cano
mucosa, retirada do site. sa, retirada do site. https:// de Chumbo, retirada do site. de Chumbo, retirada do site.
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com.br/ br/ br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 15

10. PATOLOGIAS
VÍSCERAS SÓLIDAS
Entre as patologias de vísceras sóli-
das, podemos observar a hepatome-
galia, esplenomegalia e nefromegalia,
por meio da observação dos limites
desses órgãos, deslocamento do co-
lón ou sobreposição dos órgãos au-
mentados sobre ele.

Figura 44. Hepatomegalia, retirada do site. https://


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Figura 42. Hepatoesplenomegalia, retirada do site.


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Figura 45. Hepatomegalia, retirada do site. https://


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Figura 43. Hepatoesplenomegalia, retirada do site.


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RADIOLOGIA DO ABDOME 16

que é a presença de um padrão difu-


so de densidade de partes moles.

Figura 46. Nefromegalia, retirada do site. https://www.


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Figura 48. Ascite, retirada do site. https://www.sanar-


flix.com.br/

Figura 47. Nefromegalia, retirada do site. https://www.


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Figura 49. Ascite, retirada do site. https://www.sanar-
flix.com.br/
Além disso, é válido demonstrar o
principal achado radiológico da ascite,
RADIOLOGIA DO ABDOME 17

FLUXOGRAMA 1 – RADIOGRAFIA DE ABDOME

ANÁLISE

GASES E VÍSCERAS OCAS VÍSCERAS SÓLIDAS ESTRUTURAS OSSEAS

OBSTRUÇÃO ARTICULAÇÕES
VISCEROMEGALIAS
INTESTINO DELGADO SACROILÍACAS

OBSTRUÇÃO
CALCIFICAÇÕES OSSOS PÉLVICOS
INTESTINO GROSSO

PNEUMOPERITÔNIO

DOENÇA DE CROHN

FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição

11. TOMOGRAFIA DE das estruturas por diversos cortes:


ABDOME corte axial, corte sagital e corte coro-
nal. O corte axial é o corte clássico da
A Tomografia Computadorizada (TC)
TC, no qual podemos observar diver-
é um método de imagem que também
sos níveis da região pesquisada, com
utiliza radiação ionizante em seu pro-
uma boa visão de suas adjacências. O
cesso de obtenção de imagem. Nes-
corte sagital é um corte no qual pode-
te exame o paciente adentra em um
mos ter visualização de toda a coluna
tubo, no qual se localiza a fonte emis-
vertebral, ramos anteriores da Aorta
sora de radiação, que irá irradiar o pa-
e Bexiga, em suas faces laterais. Já no
ciente em diversos planos, obtendo
corte coronal, podemos observar uma
uma imagem tridimensional da área
visão próxima ao que encontramos
pesquisada, após processamento das
classicamente nos atlas anatômicos,
diversas imagens obtidas. Este exa-
me possibilita também a observação
RADIOLOGIA DO ABDOME 18

com uma excelente visualização dos


rins, por exemplo.

Figura 50. Plano Axial da Tomografia, retirada do site.


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Figura 52. Plano Sagital da Tomografia, retirada do site.


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Quanto as densidades visíveis no


exame, a Tomografia apresenta se-
melhanças com a Radiografia Sim-
ples, embora consiga ter maior varie-
dade de colorações. Nesse sentido, a
tabela abaixo estabelece valores de
atenuação importantes para diferen-
ciação de certas estruturas, e, conse-
Figura 51. Plano Coronal da Tomografia, retirada do quentemente, do diagnóstico dado.
site. https://www.sanarflix.com.br/

DENSIDADE ATENUAÇÃO IMAGEM TERMINOLOGIA


Contraste +100 a +1000 Muito Clara Hiperatenuante
Osso 100 Branca Hiperatenuante
Água (partes moles) 0 - 100 Cinza Médio Isoatenuante
Gordura -60 Cinza Escuro Hipoatenuante
Ar -120 a -1000 Preta Hipoatenuante
Figura 53. Quadro de densidades tomográficas, retirado do Radiologia Básica Lange 2ª ed

A realização da Tomografia pode ser pesquisa de nefrolitíase, visto que


feita com ou sem contraste, a de- a utilização de contraste dificulta a
pender de qual patologia esteja sen- identificação dos cálculos urinários.
do pesquisada. Por exemplo, a TC Já outras patologias necessitam da
não contrastada é a indicação para utilização de contraste para melhor
RADIOLOGIA DO ABDOME 19

visualização de estruturas e obser-


vação das propriedades de certos
achados, como veremos a frente no
material. A administração de contras-
te pode ser feita de diversas formas:
Via Oral (VO), Via Retal (VR) ou Via
Endovenosa (EV). A Via Oral é utiliza-
da com o intuito de observar o trato
digestivo como um todo, por meio do
realce deste com contraste; tal méto-
do de administração está em desuso,
visto que a administração de água Figura 56. Contraste Retal Tomografia, retirada do site.
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consegue distender as alças, funcio-
nando como um “realce negativo”. A
Via Retal é utilizada para observação Quanto a Via Endovenosa (ou intra-
da ampola retal e cólon sigmoide, com venosa), a via mais utilizada, é impor-
a finalidade de observação de possí- tante salientar a presença das fases
veis patologias na região. do contraste no organismo, que po-
dem ser divididas em 4 fases tem-
porais, em ordem: Fase Arterial, Fase
Portal, Fase de Equilíbrio e Fase Ex-
cretora. A Fase Arterial é a primeira
fase, dando destaque a estruturas
vasculares arteriais. A Fase Portal é a
fase posterior, na qual a Veia Porta e
os componentes venosos se realçam.
Em sequência, existe a Fase de Equi-
Figura 54. Contraste VO Tomografia, retirada do site. líbrio, no qual o parênquima dos ór-
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gãos está equilibrado em relação ao
realce. Por último, existe a Fase Ex-
cretória, ou Fase de Equilíbrio, na qual
é possível observar todo o sistema
coletor urinário.

Figura 55. Água na Tomografia, retirada do site. https://


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RADIOLOGIA DO ABDOME 20

Figura 57. Fase Arterial Tomografia, retirada do site. Figura 59. Fase de Equilíbrio Tomografia, retirada do
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Figura 60. Fase excretora Tomografia, retirada do site.


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Figura 58. Fase Portal Tomografia, retirada do site.
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RADIOLOGIA DO ABDOME 21

coletor em realce, visto que, nessa fase,


SE LIGA! VISUALIZAÇÃO DOS RINS o contraste está sendo excretado.

Como dito anteriormente, a visualização


dos rins é muito favorecida na TC com
corte coronal, visto que o exame con-
segue demonstrar a anatomia renal em
detalhes, a partir da observação das fa-
ses de contraste.

Figura 63. Fase Tardia Tomografia, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br

Além disso, também é importan-


te elucidar a respeito das janelas da
Tomografia Computadorizada. Tais
janelas são ajustes de contraste e
Figura 61. Anatomia Renal, retirada do site. brilho, feitas no processamento da
https://www.sanarflix.com.br/ imagem, que possibilitam a visualiza-
ção de diferentes estruturas no exa-
Na Fase Arterial da Tomografia, por me. As mais utilizadas na Tomografia
exemplo, é possível diferenciar o Córtex Abdominal são: janela de partes mo-
Renal em relação a Medula Renal, visto
que o córtex se cora mais rapidamente
les, janela de estruturas ósseas e ja-
que a medula. nela de parênquima hepático.

Figura 62. Fase Arterial da Tomografia, retirada


do site. https://www.sanarflix.com.br/

Já na fase tardia, ou excretora, é possi- Figura 64. Janela de Partes Moles Tomografia, retirada
bilitada a visualização de todo o sistema do site. https://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 22

Para o melhor entendimento da To-


mografia Computadorizada, é de vital
importância a observação de um exa-
me normal, em seus diversos níveis,
com observação de suas estruturas
anatômicas. Nos andares superiores
do abdome, é possível observar o Fí-
gado, Estômago, Baço e Recessos
Pulmonares, além de estruturas vas-
culares, como Aorta Abdominal e Veia
Cava Inferior. À medida que os cortes
Figura 65. Janela Óssea Tomografia, retirada do site. vão em direção caudal, outras estru-
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turas começam a ser visualizadas,
como Rins, Suprarrenais, Pâncreas,
Intestino Delgado e Intestino Gros-
so. A seguir, observe as imagens nos
planos coronal e sagital identificando
o nível de visualização das estruturas.

Figura 66. Janela Hepática Tomografia, retirada do site.


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Figura 67. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 23

Figura 68. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 69. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 70. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 24

Figura 71. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 72. Tomografia, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

12. PATOLOGIAS é basicamente clínico, suplementado


INTESTINAIS pela realização de Tomografia Com-
putadorizada, na qual, podem ser en-
Apendicite
contrados os achados clássicos de
A apendicite é a inflamação aguda do uma inflamação abdominal: aumento
Apêndice Vermiforme, que tem sin- do tamanho do órgão (diâmetro >
tomatologia clássica com a presen- 6mm), com presença de borramen-
ça de dor abdominal em quadrante to da gordura subjacente; além da
inferior direito, anorexia e febre. Tem possível presença do apendicolito.
sua etiologia derivada da obstrução Além disso, é importante salientar
do lúmen do apêndice, seja por hi- que outro achado marcante se deve
perplasia linfoide, corpos estranhos ao fato de o Apêndice Vermiforme,
ou fecálito, conhecido como apendi- quando inflamado, não se corar com
colito, nesse quadro. Seu diagnóstico o contraste, devido ao espessamento
RADIOLOGIA DO ABDOME 25

da parede. Uma das principais com-


plicações da Apendicite se trata da
formação de abscessos, que podem
ser observados na TC como coleções
com conteúdo de densidade próxima
a líquidos.

Figura 74. Apendicite complicada, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br

Diverticulite
A diverticulite é a inflamação ou in-
fecção dos divertículos, estruturas
presentes no quadro chamado de di-
verticulose. Os divertículos são sacu-
lações compostas pela mucosa e sub-
mucosa do cólon, que se projetam em
direção a camada muscular do órgão.
O quadro de diverticulose é assinto-
mático, enquanto o da diverticulite é
composto por dor em quadrante infe-
Figura 73. Apendicite, retirada do site. https://www.
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rior esquerdo ou em região suprapú-
bica, desconforto abdominal, febre e
náuseas; sendo necessária, para con-
SE LIGA! DIFERENCIAÇÃO DE ABS- firmação do diagnóstico, a realização
CESSOS E ALÇAS INTESTINAIS:
de Tomografia Computadorizada. O
Um dos possíveis equívocos na identifi-
padrão de imagem dos divertículos
cação de abscessos se deve a dificulda-
de de diferenciação entre tais estruturas não inflamados é de bolsas arredon-
e alças intestinais. Para sanar tal dúvida, dadas ocas, preenchidas por ar, en-
é necessária a observação dos outros quanto os divertículos inflamados se
níveis de corte da tomografia. Se a es-
trutura se continua nos outros planos, é
apresentam com os sinais clássicos
provável que seja uma alça; porém, se a de inflamação: espessamento da pa-
estrutura se limita a alguns planos, ten- rede intestinal e borramento da gor-
de a ser um abscesso. dura adjacente.
RADIOLOGIA DO ABDOME 26

Alguns sinais importantes devem ser


reforçados, como o Sinal de Rigler.
Tal sinal é observável devido ao des-
taque de estruturas mais claras (alça
intestinal), quando localizadas entre
dois meios mais escuros (lúmen in-
testinal e ar na cavidade abdominal).

Figura 75. Diverticulite, retirada do site. https://www.


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SE LIGA! DIVERTICULITE
COMPLICADA
Uma das possíveis complicações da Di-
verticulite é o quadro conhecido como
diverticulite complicada, que é composto
pela lesão da parede intestinal, que leva
a saída dos gases e fezes na cavidade
abdominal. Seu aparecimento na Tomo-
grafia Computadorizada se dá pela ob-
servação de pneumoperitônio e da pre- Figura 77. Pneumoperitônio, retirada do site. https://
sença de fezes fora das alças intestinais. www.sanarflix.com.br/

Figura 76. Diverticulite complicada, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br

Pneumoperitônio
Como já visto anteriormente neste
material, a avalição de pneumoperitô-
nio é feita, classicamente, com reali-
zação de Radiografia Simples de Ab- Figura 78. Sinal de Rigle, retirada do site. https://www.
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dome, em incidência anteroposterior.
RADIOLOGIA DO ABDOME 27

Pneumatose
A pneumatose intestinal, presença de
gás na parede do trato gastrointestinal
(TGI), é um sinal clínico-radiológico de
uma série de morbidades intestinais
que promovem sofrimento ou isque-
mia de alças. Tal quadro é sugerido
pela observação, na TC, da presença
de ar periférico dentro da alça intesti-
nal, e confirmado com a observação
de pequenos pontos hipoatenuantes
difusos nos ramos hepáticos da Veia
Porta no Parênquima Hepático. Tais
estruturas puntiformes representam
a presença de gases no Sistema Por-
ta, sendo também visualizáveis na
Radiografia Simples de Abdome. Figura 80. Tomografia Computadorizada com Pneuma-
tose Intestinal, retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/

Obstrução intestinal
A obstrução intestinal é constituída
pelo bloqueio mecânico significati-
vo ou total do trato gastrointestinal
(TGI), tendo como etiologias mais co-
muns a presença de aderências, hér-
nias, tumores ou torções intestinais,
conhecidas como vólvulos. Tal qua-
dro pode ocorrer tanto no Intestino
Delgado quanto no Intestino Grosso,
tendo sua sintomatologia relaciona-
da a parte acometida. Obstruções
de Intestino Delgado resultam em
sintomas mais fortes, com ocorrên-
cia de vômitos, cólicas, obstipação e
Figura 79. Radiografia Pneumatose Intestinal na Ra-
diografial, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
dor em região umbilical ou epigástri-
ca; enquanto obstruções de Intestino
RADIOLOGIA DO ABDOME 28

Grosso cursam com sintomatologia


mais pobre e gradual, composta por
distensão abdominal e obstipação. O
diagnóstico de tal morbidade é clíni-
co, com complementação radiológica
necessária, feita por meio de Radio-
grafia e Tomografia.
Na obstrução de Intestino Delgado, há
dilatação de alças intestinais centrais,
com padrão conhecido como empi-
lhamento de moedas. Enquanto na
obstrução de Intestino Grosso, há di-
latação de alças intestinais periféri-
cas, com dilatações mais grosseiras.
Além disso, também é mostrada a
Figura 82. Radiografia Obstrução Intestino Delgado,
patologia conhecida como vólvulo de retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
sigmoide, composta pela torção do
Cólon Sigmoide, podendo observar a
presença do sinal do grão de café.

Figura 83. Radiografia Obstrução Intestino Grosso,


retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 81. TC Obstrução Intestino Delgado, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 29

Figura 84. Radiografia Vólvulo de Sigmoide, retira- Figura 85. Vólvulo de Sigmoide, sinal do grão de café. retirada do
da do site. https://www.sanarflix.com.br/ site. https://www.sanarflix.com.br/

FLUXOGRAMA 2

PATOLOGIAS
INTESTINAIS

ABDOME
APENDICITE DIVERTICULITE PNEUMOPERITÔNIO
OBSTRUTIVO

AUMENTO AUMENTO DO
SINAL DE RIGLE INTESTINO DELGADO
DO ORGÃO DIVERTÍCULO

BORRAMENTO BORRAMENTO EMPILHAMENTO


AR NO RECESSO DE MOEDAS E
DA GORDURA DE GORDURA
SUBFRÊNICO POSICIONAMENTO
ADJACENTE ADJACENTE CENTRAL

DIVERTICULITE
APENDICOLITO INTESTINO GROSSO
COMPLICADA

DILATAÇÕES
APENDICITE GROSSEIRAS E
COMPLICADA POSICIONAMENTO
PERIFÉRICO

VOLVO SIGMÓIDE

SINAL DO
FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição GRÃO DE CAFÉ
RADIOLOGIA DO ABDOME 30

13. PATOLOGIAS ductos biliares, que geralmente é as-


HEPÁTICAS sintomática. Seu diagnóstico normal-
mente é insidioso, podendo ser con-
Lesões císticas
fundido com metástases hepáticas,
Cistos simples por conta de sua morfologia. Dessa
forma, sua caracterização em exames
Os cistos simples são as lesões hepá-
de imagem deve ser reforçada. Na Ul-
ticas mais comuns do fígado, sendo
trassonografia, tal lesão se apresenta
caracterizados como lesões arredon-
como lesões de pequena dimensão,
dadas, preenchidas por conteúdo líqui-
com padrão hiperecogênico. Na TC,
do. Tais lesões são assintomáticas, têm
sua apresentação se assemelha a
origem congênita, evolução benigna e
apresentação de um cisto simples,
podem ser detectadas em qualquer fai-
devido ao padrão hipoatenuante. To-
xa etária, afetando 1-7% da população.
davia, tais lesões se diferenciam pelo
Seu padrão de aparecimento na Tomo-
fato de os hamartomas apresentarem
grafia Computadorizada é de uma le-
realce periférico na TC contrastada.
são hipoatenuante, com densidade lí-
quida, que não apresenta realce na TC
com contraste em nenhuma fase.

Figura 87. USG Hamartoma Biliar, retirada do site.


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Figura 86. Cisto hepático simples, retirada do site.


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Hamartoma
O hamartoma biliar, também conheci-
do como complexo de Von Meyenburg,
representa uma má-formação be-
nigna congênita da arquitetura dos Figura 88. TC Hamartoma Biliar, retirada do site. ht-
tps://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 31

SAIBA MAIS: CLASSIFICAÇÃO DE TODANI


A classificação de Todani é a classificação mais aceita para a conformação dos cistos biliares,
sendo composta pelos tipos:
• Todani Normal – Paciente com padrão normal
• Todani I – Paciente apresenta cisto alocado na via biliar extra-hepática
• Todani II – Paciente apresenta divertículo de ducto extra-hepático
• Todani III – Paciente apresenta dilatação da porção intraduodenal do ducto biliar comum
• Todani IV – Paciente apresenta cistos nas vias intra-hepáticas e extra-hepáticas
• Todani V – Paciente apresenta cistos apenas na via intra-hepática – condição também
conhecida como Doença de Caroli.

Figura 89. Classificação de Todani, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Doença de caroli de bile. Seu padrão de aparecimento


em Tomografias conta com a presen-
A Doença de Caroli é uma doença he-
ça de um sinal radiológico conhecido
pática rara, de caráter genético, com
como Central Dot Sign, caracterizado
padrão autossômico recessivo, carac-
pela presença de lesões hipoatenu-
terizada pela dilatação segmentar dos
antes com área central de densidade
ductos biliares intra-hepáticos, que se
hiperatenuada, durante a Fase Portal
dilatam e formam cistos. Tal doença
do exame contratado.
costuma ter seu quadro clínico rela-
cionado com a ocorrência de diversas
colangites de repetição, geradas pela
formação de cálculos biliares, promo-
vida pelo acúmulo e redução do fluxo
RADIOLOGIA DO ABDOME 32

Figura 90. Central Dot Sign, retirada do site. https://


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Figura 92. Doença Policística Autossômica Dominante


do Adulto, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Lesões hipervasculares
Hemangioma
Os hemangiomas hepáticos são as
principais lesões benignas que aco-
Figura 91. Doença de Caroli, retirada do site. https:// metem o parênquima hepático, sen-
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do compostos pelo enovelamento
de vasos sanguíneos. Acometem
Doença policística do adulto cerca 3 - 20% de toda a população,
sendo múltiplos em 70% dos casos.
A Doença Policística Autossômica
Geralmente, tais lesões são assinto-
Dominante do Adulto se trata de uma
máticas. Seu padrão de aparecimen-
anomalia genética rara, que evolui
to na TC sem contraste é hipoatenu-
com aparecimento de cistos de ta-
ante, enquanto na TC com contraste
manho variável em diversas vísce-
apresenta comportamento singular
ras sólidas, principalmente Fígado e
com aparecimento de um realce glo-
Rins. Seu padrão de aparecimento na
buliforme periférico na Fase Arterial,
Tomografia Computadorizada é ca-
que segue em direção centrípeta na
racterizado pela presença de cistos
Fase Portal do exame. Ao adentrar na
difusos no parênquima de diversos
Fase de Equilíbrio, as lesões passam
órgãos abdominais.
a apresentar padrão isoatenuante ou
hipoatenuante.
RADIOLOGIA DO ABDOME 33

Figura 96. TC ( Fase de Equilíbrio) Hemangioma, retira-


da do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 93. TC sem contraste Hemangioma, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br/
Hiperplasia nodular focal
A Hiperplasia Nodular Focal (HNF)
é a segunda lesão hepática benigna
mais comum, com prevalência de 2,5
– 8%, sendo mais frequente em mu-
lheres (8:1). Tal tumor é considerado
como uma proliferação hiperplásica
de hepatócitos secundária a malfor-
mações vasculares, que conduzem a
modificações de perfusão. Sua apre-
sentação na TC sem contraste é de
padrão isoatenuante. Porém, na Fase
Figura 94. TC (Fase Arterial) Hemangioma, retirada do
site. https://www.sanarflix.com.br/ Arterial de uma TC contrastada, a le-
são apresenta um padrão conheci-
do como cicatriz central, no qual sua
periferia é realçada, apresentando
densidade hiperatenuante, enquan-
to sua porção central não se realça,
apresentando densidade hipoatenu-
ante. Na Fase Portal da Tomografia,
o padrão da periferia da lesão volta a
ser isoatenuante, enquanto a porção
central se mantém hipoatenuante. Já
ao adentrar na Fase de Equilíbrio, a
Figura 95. TC (Fase Portal) Hemangioma, retirada do porção periférica da lesão permane-
site. https://www.sanarflix.com.br/ ce isoatenuante, enquanto a cicatriz
RADIOLOGIA DO ABDOME 34

central se realça, tomando densidade


hiperatenuante.

Figura 100. TC (Fase de Equilíbrio) HNF, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br/

Adenoma hepático
Figura 97. TC sem contraste HNF, retirada do site.
https://www.sanarflix.com.br/ O Adenoma Hepático é a terceira
neoplasia benigna mais comum do
Fígado, apresentando aparecimento
mais comum em mulheres do que em
homens (4:1), sendo relacionado ao
uso de anticoncepcionais orais com
estrogênio. Geralmente, tais tumores
se apresentam assintomáticos e úni-
cos (70 – 80% dos casos), tendo bom
prognóstico. Seu aparecimento na TC
não contrastada é de padrão hipoa-
Figura 98. TC (Fase Arterial) HNF, retirada do site.
https://www.sanarflix.com.br/ tenuante. Porém, na TC contrastada,
em Fase Arterial, apresenta padrão
hiperatenuante, que começa a se
mostrar isoatenuante a partir da Fase
Portal, mostrando-se com densida-
de isoatenuante completa na Fase de
Equilíbrio.

Figura 99. TC (Fase Portal) HNF, retirada do site. ht-


tps://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 35

Figura 104.TC (Fase de Equilíbrio) Adenoma, retirada


Figura 101. TC sem contraste Adenoma, retirada do
do site. https://www.sanarflix.com.br/
site. https://www.sanarflix.com.br/

Carcinoma hepatocelular
Em relação ao Carcinoma Hepatoce-
lular (CHC), lesão maligna mais pre-
valente do Fígado, devemos estar
atentos a maior incidência relaciona-
da a pacientes cirróticos e pacientes
infectados pelos vírus da Hepatite B
e C. Geralmente, tais tumores apre-
sentam sintomatologia inespecífica,
Figura 102.TC (Fase Arterial) Adenoma, retirada do
site. https://www.sanarflix.com.br/ com presença de dor abdominal no
quadrante superior direito com pre-
sença de massa, perda ponderal e
deterioração clínica aguda. O padrão
de aparecimento de tais tumores em
Tomografias Computadorizadas sem
contraste é de densidade hipo ou iso-
atenuada. Já em TC contrastadas, na
Fase Arterial, tais lesões se realçam
bem, em um padrão conhecido como
Wash In. Porém, nas Fases Portal e
de Equilíbrio, a lesão perde o realce,
Figura 103.TC (Fase Portal) Adenoma, retirada do site.
https://www.sanarflix.com.br/ adquirindo densidade hipoatenuante,
em um processo denominado Wash
Out. Além disso, é relativamente co-
mum a presença de uma pseudocáp-
sula envolvendo o tumor.
RADIOLOGIA DO ABDOME 36

Figura 105. TC sem contraste CHC, retirada do site.


https://www.sanarflix.com.br/ Figura 108. TC (Fase Equilíbrio) CHC, retirada do site.
https://www.sanarflix.com.br/

Padrão cirrótico
A Cirrose é uma doença hepática
constituída por um processo de fibro-
se hepática, sendo caracterizada pela
presença de nódulos de regeneração
cercados por fibrose. Tal patologia
conduz ao quadro chamado de Hi-
pertensão Portal, caracterizado pela
estase sanguínea no Sistema Porta,
Figura 106. TC (Fase Arterial) CHC, retirada do site.
https://www.sanarflix.com.br/ que pode evoluir com ascite. Sua vi-
sualização na Tomografia é possível
com a observação de um fígado atro-
fiado, com limites serrilhados, envolto
por ascite, observável por sua den-
sidade líquida. Além disso, como si-
nal de Hipertensão Portal, é possível
observar aumento do calibre do Hilo
Esplênico.

Figura 107. TC (Fase Venosa) CHC, retirada do site.


https://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 37

TC é feito com base na comparação


das densidades hepáticas e esplêni-
cas. Na esteatose hepática, o Fígado
se apresenta com parênquima hipo-
atenuante em relação ao Baço. Já na
USG, a comparação deve ser feita em
relação ao Rim Direito. O Fígado este-
atótico se apresenta hiperecóico em
relação ao parênquima renal.

Figura 109. TC Cirrose, retirada do site. https://www.


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Figura 111. TC Esteatose hepática, retirada do site.


https://www.sanarflix.com.br/

Figura 110. TC Cirrose, retirada do site. https://www.


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Padrão esteatose
A Esteatose Hepática é uma doença
caracterizada pelo excesso de lipídios
nas células do Fígado, os hepatócitos.
Tal condição pode ter diversas etiolo-
Figura 112. USG Esteatose hepática, retirada do site.
gias, como a hepatopatia alcoólica e a https://www.sanarflix.com.br/
esteatohepatite decorrente da gesta-
ção. Seu padrão de aparecimento na
RADIOLOGIA DO ABDOME 38

FLUXOGRAMA 3

PATOLOGIAS
HEPÁTICAS

LESÕES
LESÕES CISTICAS CIRROSE ESTEATOSE
HIPERVASCULARES

ASCITE, FIGADO
SERRILHADO, TC: FÍGADO MAIS
CISTOS SIMPLES HEMANGIOMA
AUMENTO DO HILO ESCURO QUE BAÇO
ESPLÊNICO

HIPERPLASIA USG: FÍGADO MAIS


HAMARTOMA CLARO QUE RIM
NODULAR FOCAL DIREITO

DOENÇA DE CAROLI ADENOMA HEPATICO

DOENÇA
AUTOSSÔMICA CARCINOMA
DOMINANTE DO HEPATOCELULAR FONTE: Radiologia Básica 2ª edição;
ADULTO Fundamentos de Radiologia 3ª edição

14. PATOLOGIAS Apresenta etiologia derivada, em


PANCREÁTICAS aproximadamente 70% dos casos,
de coledocolitíase e alcoolismo. Tal
Pancreatite aguda
quadro tem diagnóstico clínico e la-
A pancreatite aguda é a inflamação boratorial, porém é importante a rea-
aguda do Pâncreas, caracterizada lização de uma Tomografia Computa-
pela lesão auto digestiva da glândula, dorizada para avaliação de possíveis
efetuada pelas enzimas pancreáticas, complicações. O padrão de imagem
que danificam o parênquima, causan- da Pancreatite Aguda na TC, assim
do inflamação. Sua sintomatologia in- como o de qualquer patologia infla-
clui dor em faixa localizada no abdo- matória, se apresenta com a presença
me superior, febre, náusea e vômitos. de dois sinais clássicos: densificação
RADIOLOGIA DO ABDOME 39

(também conhecida como borra- como pancreatite necrotizante. O


mento) da gordura adjacente, que se pseudocisto pancreático se apre-
apresenta mais hiperatenuante; e o senta, na TC, como um achado arre-
aumento das dimensões do órgão. dondado, preenchido por conteúdo
Além disso, é comum observar dila- líquido. Enquanto a pancreatite ne-
tação do ducto pancreático. crotizante tem padrão de imagem,
na Tomografia, de parênquima com
densidade hipoatenuante, próxima a
faixa líquida, caracterizando necrose
pancreática.

Figura 113. Pancreatite Aguda, retirada do site. https://


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Como complicações pode apresen-


tar a formação de um pseudocisto Figura 114. Pseudocisto Pancreático, retirada do site.
https://www.sanarflix.com.br/
pancreático ou a condição conhecida

SAIBA MAIS: CRITÉRIO DE BALTHAZAR


A classificação radiológica conhecida como Critérios de Balthazar utiliza os achados da To-
mografia Computadorizada, como grau da lesão e área de necrose, para dar uma visão prog-
nóstica da Pancreatite Aguda.

PONTOS GRAU DE LESÃO NA TC


0 Normal
1 Aumento difuso do pâncreas
2 Alterações intrínsecas do pâncreas + alterações na gordura peri-pancreática
3 Presença de uma coleção mal definida
4 Presença de duas ou mais coleções líquidas mal definidas
RADIOLOGIA DO ABDOME 40

PONTOS GRAU DE NECROSE SOMA DOS PONTOS COMPLICAÇÕES (%)


0 0% 0-3 0
2 <30% 4-6 35
4 30-50% 7-10 92
6 >50%

Tabelas Critérios de Balthazar

Pancreatite crônica
A Pancreatite Crônica é a inflamação
do Pâncreas, com padrão de fibrose e
dano estrutural permanente, que leva
ao declínio da funcionalidade do ór-
gão. Dentre os fatores de risco para
tal patologia se encontram o alcoo-
lismo, tabagismo e histórico de pan-
creatite aguda. Apresentam como
sintomas dor abdominal pós-prandial
em região epigástrica e insuficiência Figura 115. Pancreatite Crônica, retirada do site. ht-
pancreática. Seu diagnóstico é difícil, tps://www.sanarflix.com.br/

visto que, geralmente, a sintomato-


logia da doença é gradual e os exa- Adenocarcinoma
mes laboratoriais nem sempre estão
alterados. Nesse sentido, a realização O Adenocarcinoma de Pâncreas é o
de exames de imagem facilita muito tipo mais comum de tumor maligno
o diagnóstico da patologia. O padrão do Pâncreas, correspondendo a 90%
de imagem encontrado na TC é de um dos tumores pancreáticos. Sua locali-
Pâncreas com dimensões reduzidas, zação mais comum ocorre na região
devido a atrofia, calcificações difusas da cabeça do Pâncreas. Sua sinto-
e dilatação do ducto pancreático matologia geralmente é inespecífica
e fraca, com presença de dor e perda
ponderal; porém, devido a sua locali-
zação habitual, o tumor pode condu-
zir ao quadro de icterícia pela obstru-
ção das vias biliares. Os achados na
TC incluem lesões com padrão hipoa-
tenuante, com localização na cabeça
RADIOLOGIA DO ABDOME 41

do órgão, que podem levar a com-


pressão das vias biliares, conduzindo
a uma dilatação do ducto pancreático
e vias biliares.

Figura 116. Adenocarcinoma Pancreático, retirada do


site. https://www.sanarflix.com.br/

FLUXOGRAMA 4

RADIOGRAFIA
PANCREÁTICAS

PANCREATITE AGUDA PANCREATITE CRÔNICA ADENOCARCINOMA

AUMENTO DO ORGÃO ATROFIA DO ORGÃO LESÃO HIPOATENUANTE

BORRAMENTO DA LOCALIZAÇÃO NA CABEÇA


CALCIFICAÇÕES
GORDURA ADJACENTE DO PÂNCREAS

PANCREATITE DILATAÇÃO DO DUCTO DILATAÇÃO DAS


NECROTIZANTE PANCREÁTICO VIAS BILIARES

FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição


RADIOLOGIA DO ABDOME 42

15. PATOLOGIAS RENAIS


Nefrolitíase
A nefrolitíase é uma patologia carac-
terizada pela presença de cálculos no
trato urinário. Tal patologia pode ser
dividida em nefrolitíase obstrutiva,
quando conduz a obstrução das vias
urinárias; e não obstrutiva, quando há
a presença de cálculos que não obs-
truem o sistema coletor. Tais cálculos
são estruturas mineralizadas, logo, de
fácil visualização em diversos méto-
dos de imagem. Os sintomas dessa
Figura 117. Radiografia Nefrolitíase, retirada do site.
morbidade são: cólica renal, disúria, https://www.sanarflix.com.br/
náuseas, vômitos, hematúria e febre,
decorrente de possível infecção se-
cundária. Seu diagnóstico é feito com A Urografia Excretora é uma modali-
base na clínica, exames laboratoriais dade de Radiografia que visa avaliar
e de imagem. Para o diagnóstico de as vias urinárias, por meio da avalia-
imagem, podem ser utilizadas as ção do sistema coletor durante a ex-
técnicas de Radiografia Simples de creção de contraste pelo sistema re-
Abdome, Urografia Excretora, Ultras- nal, após administração de contraste
sonografia ou Tomografia Compu- endovenoso. Tal exame possibilita a
tadorizada, que representa o melhor visualização da dilatação das vias uri-
exame para detecção. nárias, além de possibilitar a visuali-
zação de cálculos. Apresenta sensibi-
Na Radiografia Simples, é possível
lidade de 60%
observar a estrutura do cálculo uriná-
rio em seu trajeto no sistema coletor.
Tal método apresenta uma sensibili-
dade de apenas 20% no diagnóstico,
visto que é limitada à visualização de
cálculos relativamente grandes.
RADIOLOGIA DO ABDOME 43

Figura 119. USG Nefrolitíase, retirada do site. https://


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Figura 118. Urografia excretora, retirada do site. https://


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Quanto a Ultrassonografia, é possível


observar a presença de cálculo por
meio da presença de uma figura hipe-
recóica, que apresenta uma sombra
acústica bem definida. Além disso,
com a utilização do recurso Doppler,
é possível observar a formação de um
padrão de imagem conhecido como
Twinkling Artifact, caracterizado Figura 120. Twinkle Nefrolitíase, retirada do site. ht-
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pelo aparecimento de cores alterna-
tivas no exame, demonstrando apa-
recimento de achado com superfície No que tange a Tomografia Compu-
reflexiva. Tal exame apresenta sensi- tadorizada, deve-se ressaltar que o
bilidade para detecção de cálculos de exame deve ser feito sem utilização
apenas 24%, sendo solicitado com o de contraste, para facilitar a visualiza-
propósito principal de visualização de ção do cálculo. Tal método possibilita
dilatações no sistema coletor. a visualização de todo o sistema co-
letor, demonstrando o padrão obser-
vado na nefrolitíase com os possíveis
achados de dilatação do sistema co-
letor e visualização do cálculo urinário.
RADIOLOGIA DO ABDOME 44

possível observar o padrão típico de


inflamação, composto pelo aumento
do órgão e borramento da gordura
subjacente.

Figura 121. TC Nefrolitíase, retirada do site. https://


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Pielonefrite
A Pielonefrite é a infecção dos Rins, Figura 122. TC Pielonefrite, retirada do site. https://
geralmente causada pela transição www.sanarflix.com.br/

de bactérias advindas do trato uriná-


rio inferior, como uma complicação de
uma Infecção do Trato Urinário (ITU)
Baixa. Apresenta sintomatologia ca-
racterística, composta pela presença
de sinal de Giordano positivo, febre,
calafrios e disúria. Seu diagnóstico é
tipicamente clínico e laboratorial, po-
rém pacientes com quadros frequen-
tes de pielonefrite devem realizar
exame de imagem em busca de com-
plicações. Os principais exames utili-
zados são Tomografia Computadori-
zada Contrastada e Ultrassonografia
com uso do recurso Doppler.
Na TC contrastada em Fase Portal, o
padrão de imagem de uma Pielone-
frite pode ser visto por meio de uma Figura 123. TC Pielonefrite, retirada do site. https://
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área hipoatenuante em relação ao
parênquima hepático, que está re-
alçado pelo contraste. Além disso, é
RADIOLOGIA DO ABDOME 45

Na Ultrassonografia com uso de Do-


ppler, é possível diagnosticar Pielo-
nefrite por meio da observação de
área que demonstra redução do fluxo
sanguíneo. Tal fenômeno ocorre devi-
do ao fato de a cápsula renal, quando
inflamada, dificultar o retorno venoso.

Figura 124. USG Pielonefrite, retirada do site. https://


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SAIBA MAIS: COMPLICAÇÕES DA PIELONEFRITE


Como dito anteriormente, o principal propósito da indicação de exames de imagem para pa-
cientes com quadro de pielonefrite é a busca por possíveis complicações, como a formação
de abscessos renais e pielonefrite enfisematosa. Os abscessos renais podem ser vistos
na Tomografia Computadorizada, por meio de uma coleção líquida adjacente ao parênquima
renal. Já a pielonefrite enfisematosa é observável tanto na TC quanto na USG. Na TC, é pos-
sível observar aumento expressivo das dimensões renais, acrescido à presença de achados
hipoatenuantes, representativos de gás em seu parênquima. Já na USG, o padrão de imagem
é composto por figuras hiperecóicas, que apresentam sombra acústica mal definida, sendo
representativa de gás nos rins.

Figura 125. TC Pielonefrite enfi- Figura 126. USG Pielonefrite enfi- Figura 127. Abcesso renal, retira-
sematosa, retirada do site. https:// sematosa, retirada do site. https:// da do site. https://www.sanarflix.
www.sanarflix.com.br/ www.sanarflix.com.br/ com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 46

Massas renais são benignas, sendo as mais comuns


os angiomiolipomas; enquanto lesões
Ao tratarmos sobre massas ou tu-
sem gordura macroscópica visível
mores renais, é fundamental ter em
tendem a ser malignas. O próximo
mente a importância da subdivisão
passo na avaliação consiste em ob-
de seus tipos com base na imaginolo-
servar o padrão das lesões malignas
gia da Tomografia Computadorizada,
para enquadrá-las em infiltrativas
como é possível observar no fluxogra-
ou expansivas, que tendem a ter pior
ma abaixo. O início da caracterização
prognóstico. As lesões infiltrativas
das lesões deve ser a respeito de sua
apresentam um padrão que aden-
possível malignidade. Assim, lesões
tra, ou seja, se infiltra no parênquima
que apresentam densidade de gor-
renal, sendo uma representação co-
dura em sua conformação geralmente
mum de linfomas; enquanto as lesões
expansivas apresentam morfologia
globuliforme, sendo o Carcinoma de
MASSAS
RENAIS Células Renais (CCR) a principal etio-
logia de tais tumores.

BENIGNA MALIGNA

INFILTRATIVA LOBULADA/EXPANSIVA

Figura 128. Tumor Renal Benigno, Figura 129. Tumor Expansivo, reti- Figura 130. Tumor infiltrativo, retirada do
retirada do site. https://www.sanar- rada do site. https://www.sanarflix. site. https://www.sanarflix.com.br/
flix.com.br/ com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 47

SE LIGA! Papel dos exames de imagem.


O papel dos exames de imagem, em
se tratando de lesões renais malignas,
não é apenas de classificação em subti-
pos de lesão, sendo de vital importância
para o estadiamento de tumores renais,
por meio da observação de estruturas
subjacentes, como vasos ou outras par-
tes do sistema coletor.

Figura 131. Tumores Renais, retirada do site.


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FLUXOGRAMA 6

PATOLOGIAS
RENAIS

NEFROLITÍASE PIELONEFRITE TUMORES RENAIS

RADIOGRAFIA
TOMOGRAFIA BENIGNOS
SENSIBILIDADE 60%

USG
USG DOPPLER MALIGNOS EXPANSIVOS
SENSIBILIDADE 28%

TOMOGRAFIA 90% PIELONEFRITE COMBINADA MALIGNOS INFILTRATIVOS

NEFROLITIASE FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia


COMPLICADA 3ª edição
RADIOLOGIA DO ABDOME 48

16. PATOLOGIAS apresentando clínica assintomáti-


ABDOMINAIS ca, com diagnóstico feito de manei-
VASCULARES ra insidiosa, por meio da realização
de Tomografias Computadorizadas
Aneurismas aórticos
Contrastadas em Fase Arterial. Seu
Aneurismas aórticos são dilatações padrão de imagem na TC é visualiza-
anormais da Artéria Aorta, ocasiona- do pela dilatação da Aorta, com a pre-
das pelo enfraquecimento da camada sença de estrutura conhecida como
média da parede arterial. Tem como Trombo Mural ou Laminar, que não
principais etiologias hipertensão, é realçada com o contraste. Além dis-
aterosclerose e doenças do tecido so, é possível observar calcificações
conjuntivo. Podemos dividir tal mor- na Aorta, representativas de placas
bidade em duas classes: aneurisma de ateromatose calcificadas, localiza-
fusiforme (principal tipo de aneuris- das na camada íntima. Ademais, na
ma), representado por um alargamen- Tomografia é possível identificar si-
to circunferencial da parede arterial/ e nais de complicação de aneurismas,
aneurisma sacular, representado por como o extravasamento de contras-
evaginações localizadas na parede te, que representa um indicativo de
da artéria. sangramento ativo; além de presença
de coleção de densidade líquida no
retroperitônio, que indica acúmulo de
sangue.

Figura 132. Aneurismas, retirada do site. https://www.


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Figura 133. Aneurisma de Aorta Abdominal, retirada


Tal patologia tem como sítios mais co- do site. https://www.sanarflix.com.br/
muns a Aorta Abdominal e Torácica,
RADIOLOGIA DO ABDOME 49

Figura 134. Aneurisma com Trombo Mural identificado, Figura 136. Túnicas Arteriais, retirada do site. https://
retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/ www.sanarflix.com.br

Dissecção
Para o entendimento da dissecção
aórtica, é necessário entendimen-
to prévio das camadas histológicas
do vaso e das patologias da cama-
da íntima. Dentre essas doenças se
destacam o hematoma intramural e
a dissecção da aorta, que são con-
Figura 135. Aneurisma, retirada do site. https://www. sideradas espectros de uma mesma
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doença. O hematoma é constituído
por uma coleção sanguínea restrita à
parede arterial, provocado por uma le-
HORA DA REVISÃO: CAMADAS
AÓRTICAS são de estruturas denominadas Vasa
A organização histológica da Aorta é di-
Vasorum. Enquanto na dissecção, há
vidida em 3 camadas: Camada Íntima, uma rotura na camada íntima, criando
Camada Média e Camada Externa. A um caminho alternativo ao fluxo san-
camada íntima é constituída por tecido guíneo, o lúmen falso. Dessa forma, a
epitelial pavimentoso simples, o endo-
télio. Enquanto a camada média, túnica diferença entre os dois quadros se dá
mais espessa, é composta por células pela presença de uma lesão da cama-
musculares lisas entrepostas entre lâmi- da íntima na dissecção.
nas elásticas. Por fim, a camada externa,
ou adventícia, tem como composição te-
cido conjuntivo frouxo.
RADIOLOGIA DO ABDOME 50

Figura 137. Diferenciação de dissec-


ção de aorta e hematoma intramural.
Dissecção de Hematoma The Role of Imaging in Aortic Dissec-
tion and Related Syndromes. Ragaven-
aorta intramural dra R, et al.

Figura 138. Dissecção de aorta, retirada do site. https://


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A classificação de tal patologia pode Descendente. Enquanto a Classifica-


ser feita por meio de dois sistemas: ção de DeBakey divide as dissecções
Classificação de Stanford e DeBakey. em Tipo I, com dissecções localizadas
A classificação de Stanford divide as na Aorta Ascendente e Descenden-
dissecções em Tipo A, que acometem te; Tipo II, com patologias localizadas
Aorta Ascendente, unicamente ou apenas na Aorta Ascendente; e Tipo
em conjunto com a Aorta Torácica; e III, com morbidades localizadas na
Tipo B, que acometem apenas Aorta Aorta Descendente.
RADIOLOGIA DO ABDOME 51

CLASSIFICAÇÃO DAS DISSECÇÕES AÓRTICAS

CLASSIFICAÇÃO TIPO A TIPO B

DeBakey TIPO I TIPO II TIPO III

NORMAL

O aspecto de imagem de
uma dissecção aórtica
na Tomografia Compu-
tadorizada é dado pela
observação de um lúmen
verdadeiro, geralmente
menor e hiperatenuado,
e um lúmen falso, geral-
mente menor e hipoate-
nuado, separados por um
septo constituído pela
túnica íntima, conhecido
como Flap.

Figura 139. Dissecção aórtica, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 52

Obstrução supridas. Sua sintomatologia varia


de acordo com a etiologia, mas ge-
A obstrução da Aorta é uma pato-
ralmente os pacientes cursam com
logia circulatória séria, com diversas
sintomas isquêmicos de diversas re-
etiologias possíveis, como a ateros-
giões. Sua observação na Tomografia
clerose e o tromboembolismo arterial,
Computadorizada em Fase Arterial é
que cursa com redução do fluxo ar-
demonstrada pela ausência de realce
terial, levando a isquemia das regiões
no vaso.

Artéria normal Artéria aterosclerótica


estreitada

Figura 140. Aterosclerose, retira-


da http://www.drraphaelprins.com.br/
areadeatuacao/doenca-arterial-periferica/

Figura 141. Obstrução Aórtica, retirada do site. ht-


tps://www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 53

FLUXOGRAMA 7

PATOLOGIAS
VASCULARES

ANEURISMA DISSECÇÃO OBSTRUÇÃO

DOENÇAS DA ATEROMATOSE,
FUSIFORME TROMBOEMBOLISMO
CAMADA INTIMAL ARTERIAL

LÚMEN FALSO E NÃO CONTRASTAÇÃO


SACULAR
VERDADEIRO DO VASO

CLASSIFICAÇÃO
TROMBO MURAL
DE STANFORD

DILATAÇÃO DA AORTA

FONTE: Radiologia Básica 2ª edição; Fundamentos de Radiologia 3ª edição

17. TRAUMA ABDOMINAL tomada. Como em qualquer situação


de trauma, existem fluxogramas para
Organização geral
guiar a tomada de decisões, como o
No trauma abdominal, os exames de apresentado abaixo, no qual são de-
imagem têm importante papel na to- monstradas as condutas para exa-
mada de decisões, visto que, a par- mes diagnósticos, intervenções cirúr-
tir da observação dos órgãos aco- gicas ou tratamentos conservadores.
metidos e dos padrões de lesão, é
possível definir qual a conduta a ser
RADIOLOGIA DO ABDOME 54

TRAUMA
ABDOMINAL
FECHADO

INSTÁVEL ESTÁVEL
Sinais de peritonite
hemodinamicamente hemodinamicamente

FAST ou LPD Lesão de víscera oca TC DE ABDOME

V X
Lesão de órgão sólido

LAPAROTOMIA
Considerar possibilidade
de tratamento
conservador
Procurar outra
causa de instabilidade

ALTS, 10ª ed.

SE LIGA! PROTOCOLO DE CONTRASTE


Em situações de trauma, a utilização de contraste para o exame
de Tomografia Computadorizada deve seguir um protocolo, de-
monstrado abaixo:

Protocolo
de TCMD

Contraste VO Desnecessário

Contraste vesical
Se suspeita de lesão na bexiga
(250ml diluído a 5 – 10%)
Imprescindível
Fases:
Contraste IV
Dose: 1 – 2ml/kg • Sem contraste
Vel injeção: 4 – 5ml • Arterial
• Portal
• Equilíbrio
RADIOLOGIA DO ABDOME 55

Quanto aos possíveis padrões de lesão que são indicativos de maior gravidade
encontrados na Tomografia Computa- que podem modificar a conduta para
dorizada após um trauma abdominal, abordagens cirúrgicas, como o Hemo-
temos: Laceração, que apresenta as- peritônio, representado pela presença
pecto linear, geralmente partindo da de sangue na cavidade abdominal, em
borda do órgão em direção ao parên- padrão de imagem que lembra a asci-
quima; Hematoma Subcapsular, que te, porém com conteúdo de densidade
se apresenta como uma meia-lua em sanguínea; Pneumoperitônio, repre-
volta do órgão acometido, com den- sentado pela presença de ar na cavida-
sidade sanguínea; Hematoma, que é de abdominal fora de alças intestinais;
um acúmulo de sangue envolto pelo Desvascularização, que representa
parênquimado órgão, apresentando uma lesão vascular, na qual podemos
densidade padrão de líquidos; e Con- observar a obstrução do vaso respon-
tusão, que pertence ao mesmo es- sável pela irrigação do órgão e pela is-
pectro de lesão dos hematomas, visto quemia deste; e Sangramento Ativo,
que se apresenta como uma área hi- representado pelo escape de contraste
poatenuante envolta por parênquima em regiões onde não existem vasos. O
normal, porém com densidade dife- aspecto de imagem destas lesões está
rente da densidade de líquidos. Além demonstrado na imagem abaixo:
disso, também existem outros sinais,

Figura 142. Padrões de lesão no trauma abdominal, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 56

FAST Hepatorrenal, Espaço Esplenorrenal,


Espaço do Fundo de Saco (Pélvico) e
O FAST (Focused Assessment with
Espaço Pericárdico.
Sonography in Trauma) é um exa-
me de ultrassonografia feito no con-
texto de trauma, com o objetivo de SE LIGA! Não se esqueça que na USG,
uma rápida avaliação dos espaços líquidos se mostram hiperecóicos.
peritoneais e epicárdicos em busca
de locais de acúmulo de sangue. Tal Espaço hepatorrenal
método é feito em 4 janelas: Espaço

Figura 143. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Espaço esplenorrenal

Figura 144. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 57

Espaço pericárdico

Figura 145. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Espaço pélvico

Figura 146. FAST, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 58

Trauma esplênico
Em traumas abdominais fechados, o
órgão mais comumente lesionado é o
Baço, sendo 75% de suas lesões tra-
tadas com tratamento conservador.
Os traumas nesse órgão resultam,
em sua maioria, em lesão parenqui-
matosa com ou sem rotura capsular. Figura 148. Trauma Esplênico, retirada do site. https://
Os principais tipos de lesão de baço www.sanarflix.com.br/
são: Hematoma, Laceração, Fratura e
Desvascularização.

CATEGORIA LESÃO
Avulsão capsular, laceração <1cm
I Hematoma subcapsular <10% área
de superfície
Laceração de profundidade de 1 a 3cm
II Hematoma subcapsular 10-50% área Figura 149. Trauma Esplênico, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/
ou central <5cm
Laceração de profundidade > 3cm
III Hematoma subcapsular >50% da
SE LIGA! Apesar da grande quantidade
área, central > 5cm, ou em expansão
de informações presentes nas tabelas
Laceração envolvendo de vasos hila- para caracterização das lesões no Trau-
IV res ou segmentares com desvascula- ma Abdominal, existe certo padrão para
rização >25% guiar a interpretação de tais classifica-
Laceração completa do baço ções. Deve-se sempre buscar entender
V Lesão vascular hilar com desvascula- 3 pontos primordiais em tais tabelas: 1 –
rização completa Padrão de lesão; 2 – Extensão da Lesão;
*Categorias em destaque necessitam de intervenção
3 – Mudanças de condutas possíveis
cirúrgica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/
Trauma hepático
O segundo órgão mais lesado durante o
Trauma Abdominal Fechado é o Fígado,
sendo que o seu lobo direito é acometi-
do cerca de 3 vezes mais do que o lobo
esquerdo (75 – 25%). Seu padrão de
lesão mais frequente é lesão parenqui-
matosa com ou sem rotura capsular. Os
Figura 147. Laceração e contusão do Baço. Retirada principais padrões de lesão são: Hema-
do site. https://www.sanarflix.com.br/
toma, Laceração e Desvascularização.
RADIOLOGIA DO ABDOME 59

CATEGORIA LESÃO Trauma renal


Avulsão capsular, laceração <1cm
I Hematoma subcapsular <10% área
Os rins são acometidos em cerca de
de superfície 10% dos traumas contusos ou pe-
Laceração de profundidade de 1 a 3cm netrantes. Para realização de Tomo-
II Hematoma subcapsular 10-50% área grafia Computadorizada no Trauma
ou central <10m
Renal, o paciente deve se enquadrar
Laceração de profundidade > 3cm
III Hematoma subcapsular >50% da
em alguma das indicações a seguir:
área, central > 10cm, ou em expansão Hematúria Macroscópica; Hematú-
Laceração envolvendo de 25-75% de ria Microscópica, com Pressão Arte-
IV um lobo hepático ou de 1 a 3 seg- rial Sistólica menor que 90mmHg; ou
mentos do mesmo lobo
Hematúria Microscópica, com lesões
Laceração envolvendo >75% de um
associadas. Os principais achados da
lobo hepático ou > 3 segmentos do
V
mesmo lobo TC no Trauma Renal são: Contusão,
Lesão vascular venosa Hematoma, Laceração, Lesão Vascu-
VI Avulsão vascular lar e Hematoma Subcapsular.
*Categorias em destaque necessitam de intervenção cirúr-
gica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/
CATEGORIA LESÃO
Contusão ou Hematoma subcapsular
I
(não expansivo)
Laceração < 1cm
II
Hematoma perirrenal
Laceração > 1cm sem extensão ao
III
sistema coletor ou extravasamento
Laceração do cortex à medula e sis-
tema coletor
IV Lesão da artéria ou veia renal com
hematoma
Trombose arterial segmentar
Lacerações com destruição renal;
Figura 150. Trauma Hepático, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/ V lesão do hilo com desvascularização,
rotura arterial ou oclusão
*Categorias em destaque necessitam de intervenção
cirúrgica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.
com.br/

Figura 151. Trauma Hepático, retirada do site. https://


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RADIOLOGIA DO ABDOME 60

Figura 152. Trauma Renal- Contusão, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 153. Trauma Renal- Hematoma subcapsular, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Figura 154. Trauma Renal-Laceração, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/


RADIOLOGIA DO ABDOME 61

Figura 155. Trauma Renal- Infarto subsegmentar, retirada do site. https://www.sanarflix.com.br/

Trauma vesical CATEGORIA LESÃO


Contusão vesical
O trauma vesical geralmente é in- 1
Lesão da mucosa
vestigado quando ocorre fratura de Rotura intraperitoneal
ossos pélvicos. Seu padrão de lesão 2 Lesão do teto vesical com a bexiga
se divide em lesões intraperitoneais e distendida

extraperitoneais. As lesões extraperi- 3


Lesão intersticial
Lesão intramural com serosa intacta
toneais são identificadas por extrava-
Rotura extraperitoneal simples (a) ou
samento do meio de contraste confi- 4 complexa (b)
nado ao espaço perivesical na pelve Determinada por fragmentos ósseos
extraperitoneal; enquanto as lesões Rotura combinada (intra e
5
intraperitoneais ficam restritas a pe- extraperitoneal)

riferia da bexiga, dentro da cavidade *Categorias em destaque necessitam de intervenção


cirúrgica. Tabela retirada do site. https://www.sanarflix.
intraperitoneal. com.br/

Figura 156. Trauma Vesical, retirada do site. https://


www.sanarflix.com.br/
RADIOLOGIA DO ABDOME 62

Figura 157. Trauma Vesical, retirada do site. https:// Figura 158. Trauma Vesical, retirada do site. https://
www.sanarflix.com.br/ www.sanarflix.com.br/

ESPAÇO
HEPATORRENAL

ESPAÇO
ESPLENORRENAL
ROTURA
HEMATOMA
INTRAPERITONEAL
ESPAÇO VESICAL

LACERAÇÃO ROTURA INTERSTICIAL


ESPAÇO PERICÁRDICO

ROTURA
FRATURA
EXTRAPERITONEAL
FAST

DESVASCULARIZAÇÃO ROTURA COMBINADA

TRAUMA
TRAUMA ESPLÊNICO TRAUMA VESICAL
ABDOMINAL

TRAUMA HEPÁTICO TRAUMA RENAL

HEMATOMA CONTUSÃO

LACERAÇÃO HEMATOMA

DESVASCULARIZAÇÃO LACERAÇÃO

LESÃO VASCULAR ALTS, 10ª ed.


RADIOLOGIA DO ABDOME 63

REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CHEN, Michel Y. M.; POPE, Thomas L.; OTT, David J.. Radiologia Básica. 2 ed. Porto Alegre:
Artmed, 2012
BRANT, W.; HELMS, C. A. Fundamentos de Radiologia: diagnóstico por imagens. 3. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J.; ABRAHAMSOHN, P. Histologia básica: texto e atlas. 13.
ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
RADIOLOGIA DO ABDOME 64

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