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Maely Moreira de Abrantes – P4A

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Radiologia

Radiologia Abdominal:

Tradicionalmente, a radiografia simples do abdome em AP (decúbito dorsal e ortostatismo) e a


radiografia de tórax em PA (ortostática) fazem parte do algoritmo de avaliação do abdome
agudo.

Em ortostatismo, tem a
Incidência AP finalidade de demonstrar
em decúbito níveis hidroaéreos,
dorsal: fornece presença de ar livre
maior detalhe acumulado abaixo do
das anatomias diafragma(pneumoperitô
radiológica e nio) e avaliar a
patológica mobilidade ou fixação
das estruturas após a
mudança de decúbito.

OBS: Quando se pensa em abdome agudo deve-se


incluir uma incidência adicional de tórax em PA.
Pois muitas patologias torácicas mimetizam
patologias abdominais. Nesse caso se consegue
delimitar as cúpulas frênicas, que nesse peciente
pode-se visualizar um espaço entre a cúpula
frênica direita e a sombra hepática, configurando
pneumoperitônio.

É ideal fazer uma incidência do tórax em


decúbito para se configurar melhor o
pneumoperitônio, no caso de duvida.

Do mais denso (branco) para o


mais transparente (preto):

Cálcio – Partes Moles – Gordura –


Gás.
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QUALIDADE RADIOLÓGICA:
Diferentemente da radiografia de tórax, não existe uma padronização para a avaliação da
qualidade técnica de uma radiografia simples de abdome. Espera-se que a imagem inclua
desde as cúpulas frênicas até a sínfise púbica, bem como a periferia do abdome.

AP em Decúbito dorsal se ver bem as


AP em ortotáse, percebe-se uma
linhas, sombra renal esquerda a
distinção de alças através dos níveis
direita não se visualiza tão bem por
hidroaéreos. A imagem apresenta
conta da sobreposição com o colo
uma obstrução de intestino delgado.
ascendente, músculos psoas são bem
vistos, coluna vertebral....

Nessa imagem as alças possuem uma Nessa imagem a disposição das alças
distribuição mais horizontalizada e é mais verticalizada (periférica),
uma posição mais central, sendo configurando a moldura cólica e
muito provavelmente uma obstrução representando uma obstrução de
de intestino delgado. intestino grosso.
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CALCIFICAÇÕES ABDOMINAIS:
A análise das calcificações pode ser útil para o diagnóstico de algumas condições.

Na topografia do rim Junto aos corpos vertebrais Se visualiza uma imagem


esquerdo há presença de nota-se uma calcificação, ovalada de contornos
duas imagens arredondadas que muito provavelmente é ondulados localizado na
hiperdensas, provavelmente um pâncreas cronicamente pequena pelve a direita,
cálculos. doente com muitas sendo provavelmente um
calcificações. mioma calcificado.

RADIOLOGIA ABDOMINAL DE CORPOS ESTRANHOS:

Presença de uma moeda na Presença de um prego na


topografia do intestino delgado. topografia a nível de ceco.

EXAMES CONTRASTADOS:
ESOFOGRAMA:

O esofagograma é um exame simples com utilização de contrastes, rápido, não invasivo, de


baixo custo e facilmente acessível. O método pode ser útil na avaliação da disfagia e das
alterações morfológicas esofágicas, como estenoses, doença de Chagas, divertículos, pós-
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operatório e em outras situações. Entretanto, com o advento da endoscopia, suas aplicações


têm diminuído. O exame é realizado utilizando-se a fluoroscopia e um agente de contraste
tomado pela boca.

ESÔFAGO-ESTÔMAGO- DUODENOGRAFIA (EED):


O objetivo da EED é estudar radiologicamente a forma e função do esôfago distal, estômago e
duodeno, bem como detectar condições anatômicas e funcionais anormais. Pode ser útil na
avaliação da dor epigástrica, dispepsia entre outras. Algumas de suas aplicações atuais mais
frequentes são na avaliação de eventuais complicações pós-operatórias (p. ex., cirurgia
bariátrica) e na pesquisa de refluxo gastroesofágico.

TRÂNSITO INTESTINAL:
O intestino delgado é o segmento intestinal de mais difícil avaliação diagnostica. O trânsito
intestinal tem sido utilizado com sucesso na caracterização de lesões do delgado, tendo como
principais indicações a diarreia, a doença de Crohn e outras alterações morfológicas. Sua
principal vantagem é a capacidade de demonstrar detalhes da mucosa do órgão, tendo como
limitação a avaliação da doença extraluminal (coleções líquidas, componente extraluminal de
tumores etc.).
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ENEMA OPACO:
Por muitos anos, o enema opaco foi a única maneira não invasiva de detectar lesões nos
cólons. Através de sonda retal injeta-se contraste baritado e em seguida ar para distensão dos
cólons, obtendo-se radiografias em várias posições. Ainda hoje, o exame é considerado útil
para detectar pólipos ou neoplasias potencialmente curáveis e também para o diagnóstico da
doença diverticular. Porém tem sido substituído pela colonoscopia.

UROGRAFIA EXCRETORA:
A urografia excretora é um exame de diagnóstico que serve para
avaliar a estrutura e funcionamento do sistema urinário, quando
existe suspeita de massas renais, como tumores, cálculos ou
anomalias genéticas, por exemplo. É injetado um contraste
iodado não iônico por via endovenosa. Imediatamente começa a
sua eliminação pelos rins e vias urinárias, que são realçados pelo
contraste, permitindo uma melhor visualização no raio X. São
tiradas várias radiografias documentando a eliminação. Para o
diagnóstico de urolitíase, a tomografia computadorizada
multislice é considerada o padrão de excelência.

URETROCISTOGRAFIA MICCIONAL:
A uretrocistografia miccional tem sido utilizada principalmente em crianças, na avaliação da
infecção urinária ou com hidronefrose diagnosticada no pré-natal, na pesquisa de refluxo
vesicoureteral. O exame é realizado por meio do uso de fluoroscopia e um agente de contraste
introduzido por uma sonda na bexiga. É realizado em crianças de todas as idades.
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URETROGRAFIA RETRÓGRADA:
A uretrografia retrógrada é um procedimento utilizado mais
frequentemente em homens, na suspeita de estenose uretral de
origem traumática ou inflamatória. O exame é realizado por meio do
uso de fluoroscopia e um agente de contraste introduzido por uma
sonda na bexiga.

HISTEROSSALPINGOGRAFIA:
A histerossalpingografia pode ser utilizada para
demonstrar anormalidades da cavidade uterina e das
tubas uterinas. Atualmente, seu papel principal é na
propedêutica da infertilidade (verificação da
permeabilidade tubária). Apesar dos avanços
tecnológicos, a HSG continua sendo o exame escolhido
para avaliação das tubas uterinas. É feita em um
aparelho de raio X associado ao uso de contraste. O
contraste, normalmente composto por iodo, é pelo colo
do útero por meio de um cateter, com a paciente em
posição ginecológica, ou seja, deitada e com os joelhos
dobrados.

REVISÃO!

ULTRASSONOGRAFIA (US)= ECOGENICIDADE

 Anecoico
 Hipoecoico
 Isoecoico
 Hiperecoico

TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA (TC)= DENSIDADE

 Hipodenso
 Isodenso
 Hiperdenso

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM)= INTENSIDADE

 Hipointenso
 Isointenso
 Hiperintenso

EXAME RADIOLÓGICO DO FÍGADO:


É um órgão que é muito bem visto em todos os métodos de imagem, normalmente como
exame de triagem se faz USG e se caso de algum achado para comprovação diagnostica se
utiliza a tomografia computadorizada (É um exame que tem sido muito utilizado também em
situações de urgência -avaliação do abdome agudo, trauma abdominal/politrauma- e em
pacientes internados nas unidades de tratamento intensivo (UTI), podendo ser útil mesmo
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naqueles pacientes pouco cooperativos ou entubado) ou ressonância magnética (para que o


exame de RM abdominal tenha uma qualidade diagnostica aceitável, é fundamental a
cooperação do paciente. Por isso, pacientes não cooperativos, com dificuldade de realizar
apneia, confusos, claustrofóbicos e com movimentos involuntários não são bons candidatos à
RM. Devemos lembrar, também, de algumas das principais contraindicações do método:
presença de marca-passo cardíaco, clipe de aneurisma cerebral..., além disso, o elevado tempo
de exame com relação à TC e a sua pouca disponibilidade dificultam seu uso rotineiro em
situações de urgência).

LESÕES DIFUSAS DO FÍGADO:


CIRROSE: Fibrose + Transformação nodular + Distorção arquitetural.

As 3 imagens trazem basicamente as mesmas alterações sendo elas, a heterogênidade do


parênquima hepático, os contornos se apresentam irregulares, bordas rombas, dimensões
reduzidas, leito hepático aumentado em relação ao direito e hipertrofia do lobo caudado.
Essas alterações caracterizam a cirrose.

OBS: Na USG: Nota-se uma área anecoica (preta) circundando o fígado, configurando acúmulo
de liquido, ou seja, ascite.

OBS: Pacientes com cirrose tem o risco elevado de desenvolver carcinoma hepatocelular,
então é bastante comum a realização de USG de rotina e caso se suspeite de alguma lesão é
recomendado a realização de tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para
melhor caracterizar o nódulo e saber se é benigno ou maligno.

ESTEATOSE HEPÁTICA:

É o acúmulo de gordura nos hepatócitos. Sua distribuição mais comumente é difusa, podendo
ser focal e, raramente, multifocal. A esteatose focal geralmente ocorre em áreas específicas
como adjacente ao ligamento falciforme, anteriormente à veia porta e na fossa da vesícula
biliar.

ULTRASSONOGRAFIA (USG):

A ultrassonografia é, geralmente, o exame


inicial na avaliação da esteatose, podendo
demonstrar hiperecogenicidade difusa do
fígado com relação ao córtex renal ou
baço, perda da definição das veias
hepáticas e do diafragma ou apresentar-se
como áreas hiperecogênicas focais.
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Essa imagem apresenta a relação do fígado com rim,


notando-se a diferença de coloração do parênquima
hepático em relação a região cortical do rim. Sendo
que o ideal é que as colorações fossem semelhantes.

OBS: Fígado saudável apresenta a mesma ecogeniciade (coloração) do córtex renal e do


parênquima esplênico, quando se inicia a infiltração por adipócitos o fígado se torna mais
ecogênico (branco).

TOMOGRAFICA COMPUTADORIZADA (TC):

Fígado normal Fígado com esteatose: fígado se


apresenta mais cinza do que o córtex
renal e baço.

OBS: A gordura nos diferentes tipos de imagem se apresenta de cores diferentes. Na USG a
gordura se torna branca, TC é semelhante ao raio X sendo a gordura de coloração cinza.

RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:

É um ótimo método de imagem, pois possui sequências especificas para avaliação de gordura
tanto intracelular quanto extracelular. Nessa imagem foram usados os protocolos em fase e
em fora de fase para graduar a esteatose, sendo um exame ainda mais especifico.
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LESÕES FOCAIS DO FÍGADO:


ULTRASSONOGRAFIA (USG):

Lesão anecoica (preta)= Cisto- Lesão hipoecoica (cinza) = Lesão hiperecoica (branca) no
sem potencial de malignidade. podem configurar desde uma meio do parênquima hepático
lesão benigna nodular focal = hemangioma (lesão
até uma metástase. Essas benigna) OU infiltração
lesões precisas ser gordurosa hepática focal
examinadas através de TC ou (esteatose focal). A principio
ressonância magnética com são benignas.
contraste luminoso.

A depender do comportamento dessas


lesões ao contraste que for
administrado vai se conseguir
caracterizar|classificar o tipo da lesão.

HEMANGIOMA:

Na fase pré-contraste a imagem é diferente,


porém quando se faz o contraste ocorre um
realce periférico progressivo (imagem C e D)
de caráter globuliforme que acomete toda
lesão na sua fase tardia. Isso é percebido na
tomografia e ressonância magnética.
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METÁSTASE NEOPLASIA RENAL:

Pós-contraste: O centro da lesão é


mais preto e o que realça de
forma homogênea é a periferia,
que é muito observado em
metástases.

EXAME RADIOLÓGICO DA VESÍCULA BILIAR:


Quando se refere à vesícula biliar deve-se pensar logo em ultrassonografia, pois é um método
excelente para essa avaliação. USG avalia o conteúdo e paredes da vesícula sendo possível
determinar vários diagnósticos.

 Conteúdo da vesícula: Bile (anecoico=preto). Porém em casos de alguma patologia


esse liquido pode se tornar turvo (Ex: microcálculos ou cálculos).

Os cálculos formam uma Os pólipos possuem margem Parede da vesícula espessada e com
sombra posterior e são móveis ecogênica (branca) que não faz conteúdo mais ecogênico se tem uma
as manobras de mudança de sombra posterior e que muda de colecistite. A TC não é tão boa pra se
decúbito. posição manobras de mudança de observar patologias da vesícula.
decúbito, ou seja, está aderido.

As imagens Essas falhas Nota-se a


de na vesícula presença
ressonância representa os de cálculos
magnética cálculos. Caso no ducto
fornecem de colédoco.
grande coledocolitias Caso de
riqueza de e quanto coledocoliti
detalhes. colulitiase. ase.
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EXAME RADIOLÓGICO DO PÂNCREAS:


PANCREATITE AGUDA:

O pâncreas é um órgão retroperitonel por isso há uma dificuldade de se visualizar na USG, pois
as alças intestinais ficam na frente. Na tomografia do pâncreas na fase inicial pode aparecer
que seja normal. A TC é bem utilizada para avaliar a índice de necrose. Então o pâncreas pode
ser mais bem estudado tanto pela tomografia computadorizada quanto pela ressonância
magnética.

Visualiza-se uma formação TC com contraste: lesão


Na TC sem contraste nota-se ovalada, hipodensa na heterogênea, infiltrativa na
várias calcificações (residuais) topografia da cabeça do porção da cabeça do pâncreas.
no pâncreas que caracteriza pâncreas. Necessita-se Provavelmente uma lesão
uma pancreatite crônica. prosseguir esse exame com neoplásica, com isso é
contraste seja na TC ou necessário observar as
RM, dependendo da estruturas adjacentes para se
condição clinica do poder estadiar essa lesão,
paciente. podendo fazer isso através da
TC ou RM.

TRATO GASTROINTESTINAL:
APENDICITE AGUDA:

A apendicite aguda é a causa mais comum de cirurgia abdominal na emergência. Ocorre em


qualquer faixa etária, com pico de incidência em adolescentes e adultos jovens. Está
geralmente associada à obstrução intraluminal por fecalito ou outro fator obstrutivo, seguida
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de distensão do apêndice e de inflamação. Tanto a ultrassonografia como a tomografia


computadorizada podem auxiliar no diagnóstico da doença. A RM pode ser útil em gestantes.

USG:

A USG é rápida, segura, de baixo custo, amplamente disponível e, preferencialmente, deve ser
utilizada em crianças, gestantes e mulheres jovens, em virtude da preocupação com a radiação
e a possibilidade de diagnóstico diferencial com doenças ginecológicas nestas últimas. Tem seu
uso limitado em obesos e pela presença de distensão gasosa intestinal.

 Pode-se avaliar uma apendicite através de


USG sim, pode até conseguir ver muito bem.
 O apêndice normalmente é uma estrutura
alongada que parte do ceco e que possui
fundo cego. O apêndice normal geralmente
não é visível na USG.
 O apêndice no caso de apendicite aguda vai
ser caracterizado com: apêndice com
conteúdo (ecogênico), a gordura ao redor
do apêndice vai estar borrada, pode-se
encontrar apendicolito (calcificações dentro
do apendice), distensão líquida do apêndice
cecal (calibre > 0,6 cm) e espessamento
parietal.

TC:

A TC também pode ser utilizada como exame inicial, em casos duvidosos, pacientes obesos ou
para avaliação mais detalhada de eventuais complicações (perfuração etc.) e a principio não é
necessário contraste. Em pacientes obesos as estruturas estão mais afastadas, sendo mais fácil
a caracterização do apêndice.

A seta aponta para Imagem com


o apêndice com contraste através da
parede bem via oral (não é feito
delgada e com na rotina) identifica-
conteúdo gasoso, se a presença de
mas sua parte mais apendicolitos que
distal esta borrada acabaram por
que caracteriza a obliterou a luz do
apendicite aguda. apêndice, causando
uma dilatação.

DIVERTICULITE AGUDA:

A doença diverticular dos cólons acomete cerca de 5-15% dos


indivíduos acima dos 45 anos e cerca de 80%, aos 80 anos. A
diverticulite aguda (saculações no intestino) resulta da obstrução do
colo do divertículo e consequente inflamação. O segmento mais
acometido é o sigmoide. Os sintomas geralmente são inespecíficos e
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incluem dor abdominal (frequentemente na fossa ilíaca esquerda), febre, massa abdominal,
náuseas, diarreia e constipação.

TC:

A TC revela a presença de diverticulos, espessamento


parietal segmentar, borramento (inflamação) da
gordura pericólica, podendo haver gás extraluminal,
fístulas e coleções líquidas pericólicas. TC é a
modalidade de imagem com maior sensibilidade e
especificidade para o diagnóstico da diverticulite
aguda.

OBSTRUÇÃO INTESTINAL:

A obstrução pode ser mecânica ou funcional (íleo paralítico). O íleo paralítico ocorre em
virtude da paralisia da musculatura intestinal e é uma situação comum no período pós-
operatório, geralmente ocorrendo dilatação tanto do intestino grosso quanto do delgado. As
principais causas de obstrução do intestino delgado são aderências (em decorrência da cirurgia
prévia), hérnias de parede abdominal, doença de Crohn e tumores.

 Tanto a radiografia simples ou contrastada e quanto a TC apresentam sensibilidade,


especificidade e acurácia similares na identificação dos vários graus de obstrução.

A radiografia simples, pela facilidade de realização e pelos subsídios importantes que pode
trazer para o diagnóstico, geralmente é solicitada na maior parte dos casos, podendo revelar
alças intestinais dilatadas, com formação de níveis hidroaéreos, localizadas centralmente e
com aspecto de "empilhamento de moedas", auxiliando também na determinação do grau de
obstrução.

TC mostrou ser o método mais eficaz na identificação da causa da obstrução.

Obstrução de intestino
grosso: imagem a
disposição das alças é mais
verticalizada (periférica),
configurando a moldura
cólica.

Obstrução de intestino
delgado: as alças possuem
uma distribuição mais
horizontalizada e uma
posição mais central.
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ADENOCARCINOMA DE INTESTINO GROSSO:

O enema opaco com duplo contraste pode demonstrar a


clássica imagem de "maçã mordida" ou "anel de
guardanapo", resultante da falha de enchimento irregular,
concêntrica e estenosante causada pelo tumor.

A TC com contraste é o método de escolha, pois é capaz de


demonstrar a extensão regional do tumor,
linfonodomegalias e metástases a distância. Tipicamente,
apresenta-se como lesão expansiva com atenuação de
parte moles, que determina estreitamento luminal. Pode
manifestar-se como espessamento parietal segmentar ou
com estenose luminal.

TRATO GEIMITOURINARIO:
LITÍASE URINÁRIA:

Frequentemente ocorre em pacientes entre 20 e 50 anos, predominando no sexo masculino.

A TC é o método de escolha
(PADRÃO OURO) para
avaliação de cálculos, porque
se consegue ver cálculos
muitos pequenos e também se
consegue seguir todo do rim
até chegar na bexiga,
visualizando o exato ponto da
obstrução.

Na radiografia é bastante difícil


de ver pequenos cálculos.

A ultrassonografia tem sido utilizada na detecção de


cálculos renais e se tornou um método de boa
sensibilidade. Os cálculos geralmente apresentam-se
como focos hiperecogênicos, brilhantes e com sombra
acústica posterior. Entretanto, a capacidade da
ultrassonografia em detectar cálculos renais pode variar,
dependendo do seu tamanho (baixa sensibilidade para
cálculos renais < 4 mm), localização e biótipo do paciente.
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OBS: Existem 3 pontos principais que o calculo pode obstruir, ou seja, tem dificuldade de
passar. São eles:

1. Junção ureter-pelve;
2. Cruzamento do ureter com os vasos ilíacos;
3. Junção uretério vesical.

PIELONEFRITE AGUDA:

Processo inflamatório/infeccioso renal. Ocorrem, mais comumente, em mulheres jovens, com


pico dos 15 aos 40 anos. Quando necessário (dúvida diagnostica ou para diagnosticar
eventuais complicações), a tomografia computadorizada com contraste iodado intravenoso é o
exame mais recomendado.

Na TC os principais achados são áreas


hipoatenuantes mal definidas
parenquimatosas (nefrograma radiado e
heterogéneo), aumento do volume
renal, dilatação pielocalicial, aumento
(hemorragia) ou redução (edema) da
densidade do parênquima, densificação
da gordura perirrenal, espessamento da
Em cerca de 50-70% dos casos faseia renal e presença de abscessos
pielonefrite aguda, a (áreas hipodensas com densidade de
ultrassonografia é normal. líquido e realce periférico capsular).

LESÕES RENAIS FOCAIS:

O aspecto ecográfico típico do cisto simples é de lesão arredondada anecoica, de contornos


regulares, paredes finas e conteúdo homogéneo, não sendo necessário, nesses casos, nenhum
seguimento ou exame complementar para afastar neoplasia.

Os cistos parapiélicos são relativamente frequentes e ocorrem no seio renal, fora do sistema
pielocalicial, sendo, geralmente, assintomáticos e, às vezes, confundidos com hidronefrose.

 Na TC apresentam-se como lesões hipodensas, de contornos regulares, sem realce


pelo meio de contraste.

Geralmente utiliza-se a classificação tomográfica de Bosniak como ferramenta para


diagnóstico e manejo dos cistos renais. Esta classificação é uma forma eficaz de identificar de
maneira clara e uniforme estas lesões.
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No rim quando se ver uma imagem arredondada


branca deve-se pensar em basicamente em um
diagnóstico diferencial que é angiomiolipoma,
normalmente essas lesões são benignas.

PATOLOGIAS PÉLVICAS:
A USG é um método excelente para esse tipo de patologias no escroto, próstata, útero e
ovários. A abordagem inicial é a ultrassonografia, mas em sequência é indicada a realização de
ressonância magnética que é considerada padrão ouro no diagnostico dessas patologias
pélvicas.

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