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Junho de 2022
Paripiranga- Ba
AGRADECIMENTOS
" Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois
o senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar" (Js 1:9). É com essa passagem
bíblica que agradeço ao meu grandioso Deus, que possibilitou esse sonho acontecer, sem Ele
nada seria possível, algo que no ano de 2016 eu achava que seria inviável de acontecer, hoje
Deus está me mostrando que quando ele quer, nada é impossível. Ele que me iluminou, me
deu forças e ânimo para prosseguir nessa jornada e chegar até aqui, minha eterna gratidão.
Quero aqui agradecer a todos os meus familiares, que me ajudaram de maneira direta e
indireta nessa jornada. Agradeço ao meu pai, Evangelista, e a minha mãe, Esmeralda, ela que
desde que nasci esteve ao meu lado me ensinando tudo o que esteve ao seu alcance, sempre me
apoiando e incentivando a seguir em busca dos meus sonhos, sem duvida, é um dos principais
pilares na minha vida. Sou grata aos meus avôs paternos, Maria Caçula e Aprigio (in
memoriam) por todo apoio, também sou grata aos meus avôs maternos, Vivaldo (in memoriam)
e Elisabete que sempre deixou as portas de sua casa abertas para me acolher quando eu precisei.
Deixo os meus agradecimentos as minhas amigas de infância, Maria Lúcia, Ruane,
Vitória e Josenilda, que desde o jardim de infância até hoje estiveram ao meu lado me
apoiando e me ajudando no que fosse preciso. Ressalto aqui minha amiga Josenilda, que
entrou comigo nessa jornada e dividimos as alegrias e dores vividas nesse período, mesmo
estando em cursos diferentes. Também quero agradecer a minha amiga Karoline, que mesmo
morando distante esteve ao meu lado, ajudando sempre que fosse preciso e, ao meu namorado,
Lucas, que chegou quase no fim do curso, mas seu incentivo, apoio e compreensão foram
fundamentais.
Não posso deixar de agradecer ao meu orientador, Bruno Almeida, grande profissional
e uma peça fundamental para fazer com que meu projeto fosse o melhor possível, como
também a minha coorientadora, Waleska Diniz, que me ajudou e sempre deu o seu melhor.
Agradeço a todo corpo docente que passaram por mim nesses cinco anos de estudo, sendo eles
Andreia Reis, Renata Dantas, Flávio Novais, Daniel Vieira, Mayana Carvalho, Mayara Silva,
Elaine Lima, Rafael Santa Rosa, Bruno Almeida, Raphael Sapucaia, Leonardo Andrade e Elso
Moisinho, esse último, um excelente profissional e ser humano, que me ajudou de uma
maneira singular no momento que mais necessitei.
Por fim, e não menos importante quero agradecer aos meus amigos que a faculdade me
presenteou, Reinaldo, Sara e Maurício, o companheirismo e apoio que vocês me deram nessa
jornada foram essenciais. Destaco aqui meu amigo Maurício, que com esse seu jeito
espontâneo e divertido fez os dias que passamos na faculdade serem melhores e mais leves,
como ele mesmo gostava de falar "aqui a gente ganha pouco, mas se diverte" (rsrs). Deixo
meu agradecimento aos meus dois outros amigos que o curso me presenteou, Denison e
Mailson, que estiveram comigo no início dessa jornada e até hoje, sempre ajudando quando
precisava. Também quero agradecer a Bianca Sotero e Renata Oliveira, que me forneceram o
estágio, o tempo que passei com vocês foi enriquecedor e importante para minha formação.
ABSTRACT
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INTRODUÇÃO
A pobreza desde muitos anos é uma problemática enfrentada no Brasil e diante do cenário
pandêmico que está sendo vivenciado, o número de pessoas em estado de indigência elevou-
se, fazendo com que o Brasil voltasse a estar presente no mapa da fome. Devido a isso, o
número do déficit habitacional no país aumentou gradativamente, e de acordo com os dados
do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2020) são milhares de brasileiros
desempregados e passando por dificuldades financeiras.
Uma das principais questões que influenciou o crescimento do déficit foi o aumento do
aluguel na região urbana, um fato crucial para um país com tantos desempregados. Segundo
dados do IBGE (2020), as regiões que comportam o maior número do déficit habitacional é o
Norte e Nordeste, que são influenciados devido as condições de moradia precária e o alto
índice de pobreza. O IBGE (2020), ressalta que a região Nordeste possui quase metade da
concentração de pessoas vivendo em situação de pobreza e uma grande parcela vive em
moradias irregulares.
Além do mais, a área da construção civil foi uma das vítimas que a pandemia mais afetou,
no último ano teve um grande aumento no valor do CUB (Custo Unitário Básico). Esse
crescimento acabou sendo motivado devido ao preço elevado dos materiais de construção
civil, tendo isso em vista que para aqueles que procuram uma moradia própria para fugir do
preço alto do aluguel encontram muitas dificuldades, enquanto isso, o governo apresenta
grande descaso na área de moradias sociais. Dessa forma, isso se torna um forte propulsor para
que vários cidadãos busquem fazer suas residências em lugares inadequados, com materiais de
péssima qualidade e ambientes totalmente desconfortáveis. Dados do IBGE (2020), relata que
cerca de 5 milhões de pessoas não têm se quer acesso a um banheiro.
A Constituição Federal de 1988 garante moradia digna a todo cidadão, fazendo, assim,
com que esses números do déficit habitacional se tornem ainda mais preocupantes. Diante
disso, vê-se a necessidade de buscar meios que possam melhorar essa problemática. Por isso, o
presente trabalho traz o desenvolvimento de um modelo residencial, tendo enquanto matéria-
prima principal o adobe, fomentando questões sustentáveis na sua construção, atrelada a
arquitetura vernacular, assim, possibilitando que ao final da obra o custo fique de total acesso a
todos os cidadãos.
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OBJETIVO GERAL
O presente estudo tem como objetivo geral desenvolver um modelo residencial atrelado
a técnica do adobe, visando os aspectos de baixo custo e sustentabilidade, como forma de
diminuir o déficit habitacional da região Nordeste.
OBJETIVO ESPECÍFICO
METODOLOGIA
O artigo foi dividido em algumas seções para que se tenha uma boa explicação
acerca do assunto discutido. O primeiro tópico traz uma breve explanação sobre a
região Nordeste e a pobreza que ela enfrenta. Junto com esse tópico serão relatados o
déficit habitacional e o custo de moradia nos dias atuais, já o segundo entra em uma
breve abordagem sobre a arquitetura vernacular atrelada ao uso do adobe sobre as
técnicas construtivas e as aplicadas atualmente nas construções civis.
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REGIÃO NORDESTE
O Nordeste é formado por nove estados, sendo uma das maiores regiões que compõe o
Brasil, abrangendo cerca de 18,27% do território brasileiro e com uma área de 1.561.177,8
km² (ARAÚJO, 2011). A região Nordeste é conhecida pelo seu forte turismo, possuindo belas
praias, clima quente e diversos aspectos culturais que atraem o olhar dos turistas, como o São
João no mês de Junho (SOUZA, s.d.).
Contudo, o Nordeste há muitos anos está preso a imagem de uma região de pobreza e seca
extrema, fato esse que ainda persevera nos tempos atuais. Cerca de dois terços da população
nordestina vivem em uma grande pobreza e condições de moradia precária (GARCIA, 2017).
Pobreza extrema é definida de acordo com a renda que as famílias recebem, quem tem uma
renda per capita abaixo de 70,00 reais se encaixa nessa linha. No ano de 2010, os dados
apontavam que cerca de 16 milhões de cidadãos eram extremamente pobres e 59% desses se
encontram na região Nordeste (OTTONELLI, 2014).
A pobreza do Nordeste está muito associada às questões climáticas, sendo uma região
quente e pouco chuvosa, a agricultura depende principalmente desse elemento ambiental,
sendo a mesma uma das principais fontes de renda dos cidadãos. Porém, a pobreza também
está interligada aos fatores socioeconômicos e políticos, vindo do descaso governamental
referente à desigualdade preexistente desde a época da colonização (AQUINO, 2015). Mesmo
em casos em que a região se torna bem sucedida economicamente muitos cidadãos não
acabam sendo beneficiados, pois a desigualdade de renda é muito alta (ROCHA, 2006).
Diante desses dados relacionados à pobreza, fica evidente que muitos cidadãos passam por
dificuldade financeira, isso está relacionado ao alto índice de déficit habitacional, já são 3
milhões de moradias desocupadas no Brasil, além da falta de assistência governamental em
relação à habitação social (LIS,2021). De acordo com o IBGE (2020), o aluguel é fator de
maior relevância nas despesas de uma moradia, sendo que entre o ano de 2017 e 2018 estava
com um valor de 202,08 reais, logo abaixo na figura 1, segue uma tabela que explica as
despesas existentes em uma moradia.
Atualmente o preço do aluguel teve um reajuste
Figura 1- Gráfico Das Despesas Com Moradia de 23,14%, maior alta desde o ano de 2002, para
alguns economistas esse aumento veio devido o
cenário pandêmico (CAVALLINI, 2021). Além
disso, segundo Neves (2014), a área da construção
civil também teve um aumento significativo e o
preço do solo continua aumentando no mercado,
esse crescimento de valor gera grande lucro para
os donos de imobiliário, mas, acaba forçando
muitos cidadãos procurarem meios de moradia
Fonte: IBGE, 2020
indigna. Cerca de 23,5% dos brasileiros vivem em
(Disponível em: Diretoria de Pesquisas, moradias inadequadas, 15,7% se encontram na
Coordenação de Trabalho e Rendimento, área urbana e 7,8% na área rural, onde boa parcela
Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-
2018: Perfil das Despesas no Brasil:
dessas pessoas se encontra na região Nordeste e
Indicadores Sudeste do Brasil (IBGE,2020).
Selecionados. Rio de Janeiro: IBGE, 20220)
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ARQUITETURA VERNACULAR
Desde a Idade da Pedra o homem viu a necessidade de ter uma moradia para a proteção
contra ataques de animais e as condições climáticas, como viviam em constante movimento se
abrigavam em cavernas, porém na época em que o homem primitivo descobriu a técnica da
agricultura acabou se fixando em um determinado lugar e construindo a sua própria habitação,
usando os materiais que ele tinha acesso como madeira e pedras (NAVARRO, 2006).
Essa técnica é chamada de arquitetura vernacular, a qual consiste na técnica que emprega
materiais e recursos do próprio ambiente em que a construção será feita, caracterizando um
estilo arquitetônico a caráter do local ou regional (MARQUES, 2009). Os edifícios
vernaculares são construídos pela população local sem o auxílio de um arquiteto, sendo essas
técnicas passadas de geração e geração, as quais acabam exprimindo a cultura dos cidadãos que
residem naquele espaço (REIS, 2020).
A arquitetura vernacular está espalhada pelo mundo, sendo de fundamental importância
para o desenvolvimento da construção civil e do conhecimento cultural (REIS, 2020). Muitas
técnicas construtivas ficaram mundialmente conhecidas tanto pela sua beleza quanto pela sua
complexidade, dentre elas estão o estilo gótico, arquitetura egípcia e a arquitetura românica
(BRASIL, 2013). Abaixo segue uma linha do tempo com cada estilo e técnica construtiva
usada em cada determinada época.
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A arquitetura vernacular no Brasil é bem diversificada, as primeiras técnicas de moradia
executadas em terras brasileiras foram aquelas utilizadas pelos índios, porém com a chegada dos
portugueses houve a proliferação de novas técnicas para construir habitações. O primeiro tipo
de construção que proliferou nas terras brasileiras foi o engenho, uma fazenda que se dedicava
unicamente a trabalhar com a cana de açúcar, o engenho era o retrato da época colonial que
foi vivenciada no Brasil (BRASIL,2013).
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USO DO ADOBE NA ARQUITETURA VERNACULAR
hora, faz o mesmo processo, porém deixa secar Figura 7 – Procedimento manual de
por 24 horas. Feito isso é só medir a altura de fabricação de tijolos de adobe
cada camada da terra que se formou e calcular o
percentual (ARAUJO,2009).
Após esse processo começa a fabricação da
matéria-prima do adobe, formado por uma
mistura da terra devidamente selecionada, junto
com fibras e água, logo depois que a massa é
feita coloca-se em moldes sem a necessidade de
compressão e põe no sol para secar de forma
natural, para a sua fixação é feito uma argamassa
de terra, com ou sem fibras, que auxiliam na
junção dos tijolos (NEVES et al., 2011). A massa
para a fabricação do adobe é preparada fazendo
o amassamento da terra, geralmente esse
Fonte: BUSON, 2009
processo ocorre usando os próprios pés, no qual
(Disponível em: BUSON, Márcio Albuquerque. Krafterra:
várias pessoas vão pisando na massa até que ela desenvolvimento e análise preliminar do desempenho
chegue ao seu ponto ideal (OLIVEIRA, 2016). técnico de componentes de terra com a incorporação de
fibras de papel kraft provenientes da reciclagem de sacos de
cimento para vedação vertical. [Tese]. Universidade de
Brasília, 2009.
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Como já citado, a matéria-prima para fabricação do adobe
é a terra, porém é preciso agregar alguns materiais de acordo
com a característica do solo que vai ser utilizado, aqueles que
Figura 8: Tijolos de adobe secando
são mais argilosos e com pouco silte não devem ser usados, pois
ao Sol.
correm grande risco de aparecer fissuras na secagem e se
degradar com mais facilidade (BARROS, 2016). Os aditivos
que são mais empregados a massa são fibras vegetais, areia,
emulsão asfáltica e, mais recentemente, foi aplicado o cimento
que confere mais resistência a umidade (PEREIRA, 2019).
As fibras vegetais empregadas na produção do adobe são o
esterco, pelos de animais, fibras de coco, sisal e bambu, essa adição é
feita para auxiliar na retenção da água no tijolo e não causar fissuras,
Fonte: XAXÁ, 2013 assim como também, a areia é adicionada com o mesmo objetivo
(Disponível em: XAXÁ, (XAXÁ, 2013). A emulsão asfáltica é a mistura feita mais moderna,
Matheus Soares da Silva. tem a capacidade de impermeabilizar o tijolo e podem ser
Construção com terra crua:
empregadas as primeiras fiadas, contudo tem um custo elevado e
bloco mattone. [Monografia].
Universidade Federal Rural do
não é um material sustentável (XAXÁ, 2013). Como já descrito, o
Semiárido Campus Mossoró. cimento faz com que o adobe seja resistente a umidade, um bom
Mossoró, 2013. 44pp.) aditivo para as áreas molhadas, além disso, é um bom isolante
térmico (FURUKAWA, 2011).
Além da construção de paredes, o adobe é usado para estruturas, pois o tijolo de barro
possui espessura favorável para essas aplicações, mesmo esse material tendo problema com a
umidade ele tem uma boa credibilidade devido a várias casas que duram até hoje (BOUTH,
2005). Para esse processo existe normas que auxiliam na caracterização da terra, a NBR
6457/2016 que trata da amostra do solo, NBR 16097/2012 mostra sobre a umidade do solo e a
NBR 6459/2016 que aborda sobre a determinação do limite de liquidez do solo (BARROS,
2016).
Usar o tijolo adobe como material de construção civil tem algumas desvantagens, dentre
elas estão a fabricação artesanal que exige esforço humano, o uso de muita água na sua
fabricação, dificuldade de obter dimensões regulares e a sua alta absorção a água (PEREIRA,
2019). Porém, de acordo com Pereira (2019), esse material possui grandes vantagens, e como
tem a capacidade de ser isolante, permite a diversidade de formas, é um material 100%
reciclável, não requer mão de obra especializada e é uma matéria-prima disponível de forma
abundante, ou seja, o adobe ainda se torna um forte meio construtivo a ser utilizado nos dias
atuais.
Além dessas vantagens citadas, o adobe possui o benefício da sustentabilidade. Nos tempos
atuais houve um aumento no interesse de desenvolver construções sustentáveis, as quais
produzam menos resíduos e impactos ambientais, para que uma obra seja sustentável é preciso
atender a quatro requisitos, sendo eles adequação ambiental, viabilidade econômica, justiça
social e aceitação cultural (CORRÊA, 2009). As construções de tijolos de adobe se encaixam
nesses requisitos, uma vez que, o material é retirado do próprio local não precisando do uso de
transporte, reduzindo o consumo de energia e materiais não renováveis (XAXÁ, 2013).
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TÉCNICA CONSTRUTIVA USADA ATUALMENTE
Com o passar dos anos novas técnicas construtivas foram sendo desenvolvidas para o setor
construtivo, o qual é uma área que gera uma atividade de suma importância para a economia
e, a cada dia que se passa, nota-se a necessidade de buscar meios para cortar custos, tempo e
prever possíveis contratempos que poderão aparecer na obra (GOMES et al.,2018). Sendo
assim, atualmente as técnicas construtivas mais utilizadas são a alvenaria convencional e
estrutural, steel frame e painéis de concreto pré-moldadas.
A alvenaria de vedação ou convencional é um
dos tipos mais comuns usados para construção.
Figura 9: Alvenaria convencional de
Segundo Thomaz et al. (2009), esse tipo
vedação
construtivo se destina a dividir espaços e preencher
os vãos de estruturas, elas não suportam altas cargas
e só podem sustentar seu peso próprio, por isso
devem acompanhar uma estrutura de concreto ou
de aço para receber as cargas verticais. Algumas das
vantagens da alvenaria de vedação são o
isolamento acústico, resistência ao fogo,
durabilidade, facilidade de produção e montagem,
já suas desvantagens é o desperdício de matérias,
problemas de ligação da estrutura, soluções
(Fonte:https://suaobra.com.br/public/uplo
construtivas improvisadas e entre outros
ads/dicas/alvenaria-em-bloco-ceramico-
(UNAMA, 2009). sua-obra.jpg).
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O sistema construtivo Steel Frame é
conhecido por sua estrutura de aço
Figura 11: Streel Frame
galvanizado como seu principal elemento
estrutural fazendo com que a edificação tenha
um baixo peso, pois essa técnica dispensa o
uso do concreto, a vedação das paredes é feita
por placas, as quais podem ser de madeira,
alumínio e cimentícias (TEIXEIRA, 2018).
Esse método possui muitas vantagens, como a
redução do prazo de construção, melhor
desempenho acústico, facilidade na
manutenção e barateamento nos custos,
porém tem suas desvantagens sendo elas a falta (Fonte:
https://construindocasas.com.br/blog
de conhecimento desses sistemas por ser algo /construcao/steel-frame/)
novo e a fragilidade de possíveis revestimentos
usados no interior da edificação (TEIXEIRA,
2018).
(Fonte: https://maiscontroleerp.com.br/steel-
frame-construcao-civil/)
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REFERENCIAL ARQUITETÔNICO
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CONCEITO
ARQUITETURA
VERNACULAR
PARTIDO
TIJOLO
ADOBE
Como partido vai ser usado o uso do
adobe como principal material de
construção da edificação, o qual
advém de um material natural que
não agride o meio ambiente e é
retirado do próprio local da
construção.
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PROGRAMA DE NECESSIDADES
BANHEIRO COZINHA
5,03 M² 10,90 M²
SOCIAL
CISTERNA DE
ÁREA DE 2,31 M²
1,95 M² COLETA DE
VENTILAÇÃO ÁGUA
SETORIZAÇÃO
ÁREA DE
SALA DE TV
VENTILAÇÃO
QUARTOS ÁREA
SOCIAL
VARANDA
ÁREA ÁREA DE
PRIVADA LAZER
ÁREA DE
BANHEIRO SERVIÇO FLUXOGRAMA
QUARTO 01
COZINHA
CISTERNA LAVANDERIA
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DESCRIÇÃO DO PROJETO
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SUSTENTABILIDADE APLICADA NO PROJETO
Fonte: Autor,2022
Fonte: Autor,2022
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ACESSIBILIDADE APLICADA NO PROJETO
Fonte: Autor,2022
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ORÇAMENTO PRELIMINAR DA ALVENARIA
Fonte: Autor,2022
Na figura 26, mostra-se a tabela de orçamento feita com os tipos de alvenaria mais usadas
nas construções atualmente, fazendo um comparativo com o tijolo do adobe. No primeiro
item está o orçamento do tijolo de adobe, não mostra nenhum valor, pois esse será feito pelos
próprios donos da construção, como são materiais advindos da natureza não tem custo,
todavia, dependendo da técnica que vão fazer o adobe, pode vir a necessidade de comprar
materiais como areia e cimento, mas não tem como saber o valor exato, contudo, terá um
custo baixo. Figura 27: Orçamento do Adobe
Fonte: Autor,2022
Fonte: Autor,2022
A figura 28 mostra o orçamento do tijolo adobe caso ele seja comprado e não fabricado
pelos próprios donos da construção. Segundo uma pesquisa de valores o bloco pode variar de
0,25 a 0,80 centavos a unidade, na tabela mostra-se o resultado feito com os respectivos preços.
A quantidade de blocos é a mesma de 9.200,00, no item 5 o preço final foi de 2.300,00 reais, já
no item 6 o total foi de 7.600,00 reais. Temos uma grande diferença de valores entre eles, mas
se analisarmos com os outros tipos de blocos, pode-se perceber que o adobe sai com grande
vantagem na questão de valores ao se observar às necessidades de cada item.
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PROPOSTA DE PROJETO
Fonte: Autor,2022
Fonte: Autor,2022
Fonte: Autor,2022
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IMAGENS EM 3D DO PROJETO
Fonte: Autor,2022
Figura 36: Imagem da Fachada Sul
Fonte: Autor,2022
Figura 37: Imagem da Fachada Oeste
Fonte: Autor,2022
Figura 38: Imagem Interna da Cozinha da casa
Fonte: Autor,2022
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Figura 39: Imagem Interna do Banheiro da Casa
Fonte: Autor,2022
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O projeto de habitação social é um aspecto muito importante para a população brasileira,
pois garante uma moradia àqueles que não possuem ou vivem em condições precárias.
Contudo, esse programa está sendo esquecido pelos governos, deixando muitos cidadãos a
viver em situações difíceis. Os programas que ainda atuam com habitação social, acabam
apresentando um projeto mal elaborado, sem pensar muito no morador, ocasionando, assim,
uma moradia desconfortável para aqueles que usufruirão do projeto.
Diante disso e das análises feitas no decorrer do projeto, chegou-se a conclusão de que é
possível elaborar um bom projeto utilizando os recursos da natureza, sem precisar usar
somente a velha técnica do concreto. Sendo ele um projeto sustentável, por usar recursos que
não agride o meio ambiente, como também aplica a captação da energia solar, visando um
meio de economia, além do armazenamento de água pluvial para o uso diário.
Foi possível mostrar com essa proposta que em todo tipo de casa pode-se aplicar a
acessibilidade, pois toda a casa foi planejada para que uma pessoa que possua deficiência circule
livremente, especialmente no banheiro, que tem o espaço suficiente para o acesso do
cadeirante. Conclui-se, assim, que para se fazer uma boa habitação não é preciso gastar tanto e
usar os melhores materiais existentes, com recursos vindo da terra e técnicas sustentáveis é
possível construir um bom lugar, o qual seja confortável e acessível a toda população
nordestina.
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REFERÊNCIAS
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