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Roteiro de Instrução de treinamento

Academia de Esgrima Histórica Carioca

“Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito”


-Pitágoras
Introdução
Este pequeno manual tem por finalidade estabelecer uma rotina na forma como os treinos serão
direcionados na AEHC. A pedra fundamental desde trabalho será a compostura, apresentação individual e
o profissionalismo de cada instrutor, visto que são esses os que representam a nossa querida família das
armas nobres e resguardam a sua rica história quase milenar da arte nessas armas.
A importância te ter um regulamento como este é para evitar possíveis atritos entre os instrutores antes,
durante e depois de suas instruções. Partindo do princípio que nossos instrutores tem ricos conhecimento
e visões diferentes na arte da lâmina, é comum esse choque de interpretações das mesmíssimas técnicas.
Muitas vezes essas discussões são saudáveis e produtivas para os instrutores, porém o aluno leigo fica à
deriva em meio a uma salada de termos técnicos.
Outro assunto que esse manual irá regulamentar será a apresentação individual e coletiva do corpo de
instrutores. Em qualquer meio profissional hoje em dia (e desde os tempos que o homem usa tecidos para
esconder suas vergonhas) a forma como uma pessoa se comporta e se veste diz muito sobre ele. Julgar o
livro pela capa? Sim! Além disso a interação que o corpo de instrutores deverá ter será semelhante a uma
peça teatral, tanto entre instrutor-instrutor e aluno-instrutor.
O trabalho desenvolvido aqui está sendo criado para evitar problemas futuros e ser uma ferramenta
facilitadora na hora de transmitir conhecimento. Espero que esse trabalho dure gerações, seja evoluído e
difundido. E que possa fazer jus a filosofia da Academia de Esgrima Histórica Carioca: EFICIÊNCIA.

Atenciosamente e no ápice de sua determinação e empolgação

-Breno Moraes Flegner, Instrutor e membro fundador da AEHC


Capitulo 1: Mestre, adjunto do Mestre (instrutor), aluno e visitante
Capitulo 2: Apresentação individual
Capitulo 3: Protocolo de treino
Capitulo 1: Mestre, Adjunto do mestre (instrutor), aluno e visitante
Neste capítulo vamos tratar de uma breve hierarquização do dia de treinamento.

1.1 Mestre:
O mestre é a autoridade do treino.
O mestre DEVE OBRIGATÓRIAMENTE FAZER USO DO UNIFORME COMPLETO (CAP 2)
Deve ser ouvido pelos outros instrutores e obedecido pelos mesmos.
Ele domina o centro da sala de aula e o uso da palavra.
O mestre deve ser um instrutor do corpo de instrutores e que deve apresentar domínio sobre
determinado assunto, eloquência para administrar uma aula, sanar dúvidas, puxar exercícios e arbitrar
lutas.
Será dele a responsabilidade da aula ministrada naquele dia, ou seja, equipamentos em condições, ter
compromisso com horário, dar as ordens aos seus adjuntos...
O mestre deve apresentar um pequeno briefing de como será a sua aula para os demais instrutores, de
forma informal ou não, antes do início da aula. Caso aprovado pela maioria ele será o mestre do dia, caso
contrário, não.
Ao final do treino, o mestre deverá ser avaliado pelo corpo de instrução de forma informal ou formal.
O mestre deve seguir o protocolo de treino pré-estabelecido neste manual (Ver cap 4)
O posto de mestre só dura durante o período da aula.
O mestre deve agir como tal, porém com humildade, altruísmo e postura.
O mestre tem que ter uma postura de líder, não de chefe.

1.2 Adjunto do mestre:


O adjunto do mestre é o resto do corpo de instrução que está presente, não envolvendo o mestre.
O adj do mte DEVE OBRIGATÓRIAMENTE FAZER USO DO UNIFORME COMPLETO (cap 2)
O adj do mte deve respeitar o espaço do mestre, tanto de voz quanto territorial.
Eles devem se posicionar preferencialmente atrás ou ao lado do mestre para ficar de frente para o corpo
de estudantes e assim auxiliar o mestre na correção das técnicas.
O ajd do mte deve instigar a força de vontade do aluno, incentivando-o a superar o seu melhor.
O ajd do mte deve OBRIGATÓRIAMENTE seguir a linha de raciocínio e interpretação do mestre afim de
que o treino possa fluir sem atritos.
O adj do mte deve ajudar na arbitragem das lutas e auxiliar os alunos (APRESSANDO-OS) para pôr os
equipamentos
O adj do mte deve ajudar o mestre na contabilização e na armazenação dos equipamentos.
Os adj do mte DEVEM cobrar do mestre o briefing do treino antes do mesmo iniciar.
01 (um) adj do mte ficará responsável pela produção de material midiático (fotos e vídeos)

1.3 Aluno:
O aluno só é aluno quando ostenta o uniforme da AEHC
O aluno pode aspirar ao corpo de instrutores
O aluno não pode interromper a aula com dúvidas não pertinentes
O aluno deve manusear a lâmina entre as instruções com respeito e marcialidade, não como brinquedo
O aluno que tiver um comportamento que atrase o ritmo da aula e atrapalhe os seus pares deve tomar
uma advertência. Caso o mesmo repita seu comportamento, este deve ser punido de forma exemplar.
Estamos tratando de arte marcial, não de uma sala de aula de fundamental!

1.4 Visitante:
O visitante é visitante independente do seu conhecimento em artes marciais
O visitante pode eventualmente ser um mestre (alguém que fora convidado para fazer um workshop,
por exemplo)
Caso o visitante seja o mestre, os instrutores não devem o mesmo respeito marcial que a um mestre da
AEHC.


Capítulo 2: Apresentação individual


Neste capítulo vamos tratar dos uniformes dos instrutores e alunos.

2.1 Instrutor:
Camisa da AEHC cor preta escrito “instrutor” nas costas
Calça preta ou azul sem estampas dobradas a um (01) ou dois (02) palmos acima do tornozelo e presa
com elástico/bombaixa
Meia azul cano alto (preferencialmente sem estampas)
(Treino em local aberto) chapéu preto com o brasão da academia adesivado ao lado esquerdo.

2.2 Hema de verão


Camisa regata (cor a decidir) com estampa do brasão da academia ao lado esquerdo do peito.
short preto
Meia cano médio (cor a decidir)
(Treino em local aberto) chapéu preto com o brasão da academia adesivado ao lado esquerdo.

2.3 Mestre
Deverá seguir com rigor a apresentação individual do instrutor supracitada, porém irá usar uma faixa
AMARELA em uma das pernas.
Na hora de arbitrar a luta, fará uso do bastão, do apito e NADA MAIS
Durante as instruções, portará a arma pauta da instrução (preferencialmente exemplar de metal) e
NADA MAIS.

2.4 ADJUNTO DO MESTRE


 Deverá seguir com rigor a apresentação individual do instrutor supracitada, porém irá usar uma faixa
VERMELHA em uma das pernas.
Na hora de arbitrar a luta, fará uso de duas bandeirolas uma em cada mão para sinalizar pontuação,
Durante as instruções, portará a arma pauta da instrução, e NADA MAIS.

2.5 ALUNO
 O Aluno é livre para usar a roupa que quiser, salvo em caso de roupa com caráter político-partidário.
O aluno que está em processo de se tornar um instrutor deve ter sua apresentação individual
IMPECÁVEL
(idade max e idade min??? )
Capítulo 3: Protocolo de Treino
Neste capítulo vamos padronizar a forma como o Mestre deverá conduzir seu treino.
1) Briefing do treino
a) Quem será(ão) o(s) mestre(s) do treino
b) Quais equipamentos serão utilizados
c) Quais fontes serão abordadas
d) Esboço da interpretação do mestre sobre tal fonte
e) Recomendações especiais do mestre para seus adjuntos
2) Aquecimento
a) Aquecer todas as partes do corpo. O Mestre deverá puxar, não necessariamente executar também.
b) Aquecimento específico com a arma da instrução

3) Instrução
a) posicionar a turma com espaçamento seguro entre os alunos.
b) Posicionar os adj do mte.
c) Instrução com fundamento científico, histórico e anatômico
d) Fazer uso dos adj do mte para demonstração de técnicas
4) Exercícios de Fixação
a) fazer uso de recursos: tatame, pneus, jogos, atividades coletivas, ordem unida, espelho... etc
b) fazer uso de espadas de espumas, máscaras, luvas e etc
5) Sparring (opcional/proporcional-tempo)
a) Não é qualquer aluno que pode fazer sparing
b) Verificar material de segurança
c)

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