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ESTUDUS PARA MULHER

# Leis de Pureza Familiar

Sabemos que em Bereshit (Gênesis) 2:24 está claramente


mencionado na Torah: “ E ele se juntará à sua mulher e se
tornarão uma só carne”.

E é importante entender que a palavra hebraica para “amor”,


ahavá, é numericamente equivalente a echad, ou seja “um” em
hebraico. Além disso, quando os valores numéricos das duas
palavras são somados, o total é 26. E este é o equivalente do
nome de Hashem. Mais uma vez constatamos que, no Judaismo,
amor é unidade, e quando um casal se une com amor, reflete e
revela a presença do Eterno.

Tehilla Abramov, autora do livro O Segredo da Feminilidade


Judaica enfatiza que as Leis de Pureza Familiar proporcionam
aos cônjuges uma estrutura divinamente ordenada, que lhes
mostra como devem se relacionar um com o outro a fim de
expressarem e fortalecerem seu amor e devoção. E sobre esse
fundamento sólido o casal poderá edificar uma estrutura familiar
equilibrada e feliz. E esse é um dos propósitos principais pelo
qual Hashem estabeleceu esses Preceitos.

Uma das leis que mais contribui para atrair a divindade e a


santidade de Hashem são as Leis de Pureza Familiar (“Taharat
Hamishpacha” em hebraico), muitas vezes chamadas de leis de
Nidá ou Leis do Micvê. Essas leis são observadas há milênios,
desde as nossas Matriarcas em todas as circunstâncias.

A observância das Leis de Pureza Familiar depende


especialmente da mulher judia e da mulher que é bnei noach,
uma vez que ela também pode ter acesso a essas Leis . Do
marido, espera-se que ele participe e facilite essa observância e,
certamente, que aja de acordo e não coloque obstáculos. Pois
enquanto esta mitsvá constitui um fundamento de santidade da
vida do lar, e contribui para a saúde espiritual e física das
crianças, ela é também um aspecto de grandes consequências
para a eternidade do Judaismo, pois assim nascerão crianças
que, quando se tornarem adultas, darão continuidade à
observância desse mesmo Preceito e terão suas vidas e toda a
sua família extremamente beneficiadas por isso.

Como às vezes o impedimento de receber a benção de Hashem


para ter filhos origina-se da falta de observância exata das Leis
de Pureza Familiar, é muito importante refletirmos como a falta
deste conhecimento leva à falha do desempenho correto desse
Preceito.

A Taharat Hamishpachá também é de fundamental importância


para a proteção do laço matrimonial contra a tendência para a
rotina que muitas vezes acontece com o passar dos anos no
casamento.

Houve épocas em que, no inverno, as mulheres quebravam gelo


para imergir no mar em países em que a neve era muito forte e
se formava uma camada de gelo em cima das águas, e outras
em que as mulheres viajavam dias e noites até uma cidade que
tinha micvê. E apesar das dificuldades e de muitos inimigos
terem tentado nos impedir que cumpríssemos essas leis, o povo
de Israel sempre zelou por elas. Os antigos egípcios, bem como
os gregos, tentaram proibir que as leis do micvê fossem
observadas, mas não conseguiram, pois estas leis são
extremamente queridas por Kadosh Baruch Hu.

Conceito de Nidah, Período Menstrual e Tahor:

A Torah menciona que o estado de nidah se inicia a partir do


início do ciclo menstrual da mulher, até que ela realize a imersão
no micvê.

Levíticos 15:28 diz: “E uma mulher, quando tiver o fluxo de sua


carne de cor sanguínea, 7 dias ficará separada (nidah) na sua
impureza.” “E se limpar-se de seu fluxo, contará para si 7 dias e
depois se purificará”.

A Torah proíbe a relação sexual antes do casamento, portanto,


desde o momento da primeira menstruação de uma jovem, até
imergir no micvê no casamento, uma mulher deve conservar
esse estado de pureza.

E sempre que haja, mesmo que seja uma pequena gota de


sangue eliminada pelo seu útero, uma mulher assume o estado
de nidah, ou seja, o estado de impureza.

Hefesek Taharat: quer dizer verificação do término do ciclo


menstrual e a contagem dos 7 dias limpos.

Uma mulher deve aguardar, então, o término do ciclo mestrual e


em seguida iniciar a contagem dos 7 dias limpos. Os 7 dias
limpos começam logo após ela ter feito o “hefsek taharat”, isto
é, um procedimento onde se verifica se a menstruação cessou
totalmente.

A mulher deve então, lavar seu corpo completamente para ter a


certeza de que não há mais nenhum vestígio de sangue. Após o
banho, a mulher deve pegar em um “ed”, que é um pano usado
especificamente para ajudar na verificação que deve ser de cor
branca, feito de lã macia, algodão ou linho lavado.

Alguns aspectos importantes para se preservar o casamento:

Segundo o Talmud, para o casamento ser bem sucedido, deve


haver a atração entre marido e mulher assim como havia no
início do casamento. E é justamente a abstinência sexual
recomendada pela pureza familiar que ajuda a manter aquele
sentimento inicial dos recém casados.

Dessa maneira então, a Taharat Hamishpachá está relacionada


diretamente à separação do casal durante o período em que a
mulher se apresenta impura segundo a Torá..
Exatamente porque às vezes o homem pode vir a familiarizar-se
demais com sua esposa e em razão disso pode vir a ser repelido
por ela, é que a Torá menciona que a mulher deve ser
considerada nidah por 7 dias, isto é, a partir do fim de seu
período menstrual, de modo que possa ser amada por seu
marido, no dia de sua purificação, como foi no dia de seu
casamento.”

Então, prestem atenção nisso, segundo os nossos sábios,


quando um casal observa esse período de afastamento, a rotina
que pode passar a existir no decorrer do casamento ela é
quebrada e assim o sentimento inicial continua a ser mantido.

A Torah menciona claramente em Vaicrá (Levíticos) 18:19 –


“Não te aproximarás de uma mulher que esteja ritualmente
impura por causa da menstruação. Com este versículo a Torá
proíbe não apenas as relações conjugais, mas todas as formas
de contato físico – ou seja,qualquer tipo de aproximação –
desde o momento em que a mulher entra no estado de nidah até
a imersão no micvê.

Comentário de Rabi Elazar: “Todos os meses, a mulher renova-


se imergindo no mikvê e retorna para o seu marido tão querida
para ele quanto no dia do casamento. E assim como a lua se
renova a cada Rosh Chodesh, e todos esperam para vê-la,
também a mulher é renovada a cada mês, e seu marido espera
por ela e ela lhe é querida como uma nova esposa.”

É muito importante que você compreenda que as leis de Pureza


Familiar orientam que marido e esposa fiquem separados
durante um período de quase 2 semanas a cada mês e têm
como propósito manter o casamento renovado uma vez que o
casal vive uma constante lua-de-mel. Para quem ainda não sabe,
em Israel é muito comum nas residências de judeus religiosos e
em hotéis onde casais judeus se hospedam haver 2 camas de
solteiro em vez de uma cama de casal nos quartos dos
cônjuges. Essas camas de solteiros são separadas nos dias de
nidah e após o micvê voltam a ser unidas pelos cônjuges. Aqui
no Brasil e em países onde se vive, na diáspora, cada casal que
obedece as Leis de Pureza Familiar deve decidir juntos como se
organizar nesse sentido. Se permanecem na mesma cama de
casal sem ter contato ou se preferem dormir em quartos
separados nos dias de nidah.

A palavra em hebraico para casamento é “kiddushim”, que


literalmente significa “santidade” ou “santificação.”

E é muito importante também que a mulher coordene bem e


cuide com muita atenção a sua agenda de encontros com seu
marido, uma vez que é ela quem sabe exatamente como está
seu estado de pureza ou de impureza no sentido de nidah. É
muito importante não haver negligência se você for casada, e
realmente cuidar dessa agenda como mencionamos, com muita
atenção.

Leis de Nidah referentes ao Parto e Amamentação:

De acordo com a Torah, uma mulher que acabou de dar à luz a


um bebê ou mesmo que teve um aborto natural é considerada
impura, ou está em estado de nidah, por essa razão é
necessário o casal não manter relações conjugais nesses dias.

Agora, preste atenção, segundo a Halachá ( lei judaica) uma


mulher grávida ou mesmo uma mulher que esteja amamentando
ela é considerada ritualmente pura, nesse caso o
relacionamento sexual entre o casal é permitido. Isto porque
neste período ela não tem o seu fluxo menstrual, então o casal
pode se relacionar normalmente.

Leis de Nidah de uma Noiva

É muito importante que você que ainda vai se casar entenda


que, qualquer noiva necessita, antes do casamento, realizar um
procedimento de hefsek taharat, e contar 7 dias e em seguida
imergir no micvê. Este procedimento deverá ser feito somente
após o estabelecimento da data do casamento.

A imersão no micvê deverá ser bem próxima do dia do


casamento e não mais do que 4 noites anteriores, porque após a
imersão, a mulher fica então, pronta para se relacionar com seu
marido.

Após a noite de núpcias, a noiva é considerada impura e adquire


o estado de nidah e deve fazer a contagem dos 7 dias até
imergir finalmente no micvê. Após esse período, o casal pode
voltar a se relacionar.

Micvê

A palavra em hebraico micvê significa uma piscina ou um


conjunto de água. O micvê deve ser construído de uma maneira
completamente reservada uma vez que quando uma mulher
imerge no micvê após o período de nidah ela deve estar sem
roupa e em um ambiente totalmente reservado.

O fato da mulher imergir no micvê não se refere de maneira


alguma à higiene, saúde ou limpeza, mesmo porque a mulher
deve tomar um bom banho e estar completamente limpa
fisicamente antes de imergir no micvê.

O propósito principal do micvê deve ser a santificação e a


purificação espiritual.

A mulher deve estar concentrada, limpa, sem roupas, jóias,


esmaltes, etc. Ela deve descer os degraus do micvê e ficar em
pé nas águas com cerca de no mínimo 30 centímetros acima de
seu umbigo. Ela deve curvar-se calmamente antes de imergir. É
importante que outra mulher mais experiente (da equipe de
liderança da sinagoga) esteja presente com a finalidade de
verificar se a água cobre o corpo inteiro e os cbelos de uma só
vez, sem que um único fio de cabelo fique fora da água, uma vez
que a Torah menciona: “Ela lavará toda a sua carne na água”
(Ler Levítico 15:18-32)

Após a imersão, a mulher deve colocar seus braços abaixo de


seu coração e recitar a seguinte brachá:
“Bendito és Tu, Hashem, Rei do Universo, que nos
santificaste com Teus mandamentos e nos ordenaste a
imersão”. Esta brachá está contida no SIDUR (Página 141).
Após esse micvê a mulher já tem a permissão de voltar a se
relacionar com seu marido.

Vamos agora explicar o que acontece com o corpo da mulher


nesses dia do período de nidah: Segundo o ponto de vista
médico, quando uma mulher observa as Leis de Pureza Familiar,
ela também é grandemente beneficiada da seguinte maneira:
Pesquisas mostram que, geralmente a secreção que existe
naturalmente nos órgãos sexuais de uma mulher ela é
levemente ácida e, por essa razão, anti-séptica. Ao contrário,
quando ela está no período menstrual, essa secreção torna-se
alcalina e leva aproximadamente 7 dias para recuperar seu PH
normal. Dessa maneira, durante essa fase, os seus órgãos
genitais ficam sem a sua proteção natural, aumentando a
probabilidade de infecções.

Além disso, durante o período menstrual, a parede uterina


desprendeu-se e todo o canal uterino assemelha-se a uma ferida
aberta. E isso faz que toda essa região seja vulnerável à entrada
de germes. E, somente 7 dias após o final do período menstrual,
a parede uterina volta a ficar forte e resistente. Por essa razão,
as relações conjugais durante esse período em que a Torá
menciona como sendo nidah, podem se tornar prejudiciais.

História e Experiência Verdadeira:

A Guemara conta uma história de um grande Rabino que era


muito conhecido pelo cuidado que tinha em dizer algo, ele na
verdade era muito discreto, comedido e um pouco lacônico e
somente o que ele falava eram Palavras de Torah. Mas certa vez
ficou-se sabendo que, no momento em que estava com sua
esposa, ele realmente falava e falava muito.

Segundo os sábios do Talmud, essa história demonstrava que,


falar durante a relação sexual é uma Mitsvá. Porém as palavras
que um marido deve falar à sua esposa, devem ser palavras que
venham a alegrá-la uma vez que assim o marido cumpre um
mandamento muito importante. Por essa razão, em seus
momentos íntimos com sua esposa, o Rabino falava muito e não
poupava palavras à sua esposa, ele não cansava de elogiá-la,
para que ele pudesse provar o carinho e o amor que ele tinha
por ela.

CONCLUSÃO:

Resumindo, então: as Leis de Pureza Familiar proporcionam:


· * Proteção do Casamento/Quebra da rotina e uma constante
lua-de-mel.
· * Proteção para a saúde dos cônjuges – ficam livres de
possibilidade de infecção e doenças sexuais.
· * Quando a esposa engravida, Hashem envia bebês com almas
muito inclinadas para as coisas espirituais. Ele envia almas
especiais que foram geradas em um clima de santidade,
portanto muito mais propício para que essas almas venham
para este mundo de assiá, o mundo da ação em que vivemos.

BIBLIOGRAFIA E LIVROS SUGERIDOS PARA LEITURA:

* Torah
* O Segredo da Feminilidade Judaica – Tehilla Abramov
* As Águas do Éden – O Mistério do Micvê – Arieh Kaplan
Kitsur Dinei – Tahará
* A Sebe de Rosas – Uma visão judaica do sexo e do casamento
–Norman Lamm

# Mulher & Reza no Judaismo

"O Midrash Rabá pergunta: 'Por que nossas matriarcas eram


estéreis?' E, respondendo à própria pergunta: 'O Rabino Levy
ensinou em nome do Rabino Chelbo, em nome do Rabino
Yochanan: 'Porque Hashem desejou suas rezas; Hashem
desejou sua conversa...'."
(Sabedoria da Mulher; Rav Shalom Arush, pág. 303)

INTRODUÇÃO
Alguns comentaristas e estudiosos da Torah discutem sobre a
reza recitada pela mulher. Todos concordam, entretanto, que ela
deve orar; as discussões giram em torno de quanto ela deve
orar (o que é obrigatório ou não).
A mulher deve achar um meio de equilibrar seu tempo de oração
com suas responsabilidades em casa, sem nunca perder o clima
de espiritualidade de seu lar (que envolve a atenção que ela dá
para a casa, o tempo que ela separa para a reza e a conexão
com o Eterno, que é a conversa que ela deve ter diariamente,
mesmo que não conseguiu naquele dia fazer as rezas). É
importante lembrar que, para algumas rezas, existe uma
restrição de tempo (pelo fato de seguirem uma sequência e
terem um período determinado no dia), porém nunca existirá
limite para as orações espontâneas (hitbodeut). No decorrer do
dia a mulher deve estar sempre conectada a Hashem, pedindo
sua ajuda e fazendo com que a Presença Divina acompanhe
todas as suas ações no seu lar.

O QUE A MULHER DEVE REZAR NO MÍNIMO?


SHACHARIT: Rabi Shaul Wolf, Chabad:  Sem tempo nenhum:
Shemá e Shemonê Esrê (Amidá).
SEQUÊNCIA DAS PÁGINAS NO SIDUR: 61 a 62 e 65 a 77.
Com um pouco mais de tempo (deve-se incluir): Bênçãos da
Aurora (incluindo a Brachá da Torah), bênçãos que antecedem o
Shemá (começando por Yotzer Or) e as que são posteriores ao
Shemá (Emet Veyatsiv) > Shemá e Shemonê Esrê (Amidá).

SEQUÊNCIA DAS PÁGINAS NO SIDUR: 16 a 18, 57 a 64, 65 a 77.


OBS: Se você pulou as Bênçãos da Aurora e foi direto para o
Shemá, se tiver tempo mais tarde é muito recomendável fazer
(durante todo o decorrer do dia; porém se já falou o Shemonê
Esrê, deve ser omitido a brachá do Netilat e Elokai Neshamá).
Com um pouco mais de tempo (deve-se incluir): Baruch
Sheamar, Ashrê e Yishtabach (Pessukei Dezimra) > Parshas
Tamid (sacrificios do Beit Hamikdash que mulher e homem
ofereciam; comeca com Vaydaber Hashem).

SEQUÊNCIA DAS PÁGINAS NO SIDUR: 16 a 18, 33 a 34, 46, 48 a


49, 56, 57 a 64, 65 a 77.

OBS: O cálculo de quanto tempo terá para fazer as rezas deve


ser feito antes de iniciar as rezas. Se começou a fazer as "rezas
mínimas" (por exemplo: acabou de terminar a Amidá) e achou
que agora terá mais tempo para fazer um pouco mais de rezas,
não deve fazer aquelas que já pulou (por exemplo: Baruch
Sheamar).

SEQUÊNCIA DAS PÁGINAS NO SIDUR: 16 a 18, 23 a 26, 30 a 34,


35 (Hashem Tzevaot), 36 (Ana Bechoach), 45, 46, 48 a 49, 56, 57
a 64, 65 a 77, 97 a 98, 104 a 108, 117 a 118.

MINCHÁ E ARVIT:
Pelo menos Shemonê Esrê ou, se possível, todas as que se
encontram no Sidur (com excessão do Tachanun, se estiver
rezando sozinha). Recitar, antes de dormir, a Prece ao Deitar-se
para Dormir a Noite, que se encontra na página 224 (que é uma
proteção, tanto para o homem quanto para a mulher, contra os
perigos da noite).
* Tempo limite: Shacharit (até o meio dia), Minchá (até antes do
pôr do sol), Arvit (até antes do sol nascer).

O QUE A MULHER NÃO PRECISA OU NÃO DEVE REZAR: É


costume que a mulher não reze sozinha o Tachanun (Súplicas),
apenas se estiver acompanhando o Serviço na Sinagoga. O
Maariv (Arvit) é opicional para a mulher; é recomendado que,
antes de começar a rezar o Maariv, dizer: "bli neder", ou seja,
"sem jurar" ou "sem me comprometer" (porque é dito que,
fazendo mais de 3 vezes, entende-se que a mulher assumiu o
voto de fazer sempre). PRIORIDADES NA CASA E A REZA:

1- Que tarefa posso fazer antes de rezar?


É permitido fazer a cama, colocar roupa na máquina de lavar,
fazer o café da manhã e ligar a máquina de lavar louça (mesmo
antes das Bênçãos da Aurora). Há algumas outras atividades
que estão ligadas a mitzvot que podem ser feitas antes do
Shacharit (porém preferencialmente depois das Bênçãos da
Aurora): fazer compras para o Shabat se ficar ruim fazer depois,
preparar comida para o Shabat que não poderá ser feita mais
tarde, tomar banho, exercitar por questão de saúde que não
pode ser feito depois, fazer compras para dar aos filhos que vão
para a escola ou prepará-los para ir à escola.

2- Quais tarefas não podem ser feitas antes de rezar o mínimo?


Deve-se evitar grandes tarefas antes de rezar, como fazer
compras, cozinhar e limpar.

3- Se meu filho(a) precisar de mim antes que eu comece a rezar?


Antes de cuidar das necessidades de seu filho, deve-se primeiro
fazer o Netilat Yadaim (você poderá ter um perto de sua cama). A
brachá só deve ser feita se você planeja ficar acordada e não
dormir novamente (se for dormir novamente, só fará a brachá
quando acordar com a intenção de não mais dormir).

4- Se meu filho(a) pequeno(a) precisar de mim enquanto eu


estiver rezando? E se eu estiver na Amidá?
Se você estiver em outra reza que não for a Amidá, pegue seu
filho (a), acalme-o e quando puder volte a rezar. Se você estiver
na Amidá, tente continuar a reza e destraí-lo de alguma forma
(ex: estalar os dedos para ele). Se funcionar, termine a reza. Se
não, você vai até ele pacientemente e acalme-o. Quando tudo
estiver calmo, continue a Amidá.

5- Se eu perder uma reza por motivo não intencional?


Você poderá compensar (tashlumin) na próxima reza (ex: se
perdeu o Shacharit, deve fazer a Minchá e depois da Amidá da
Minchá deverá esperar alguns segundos e fazer a Amidá do
Shacharit, ou seja, repetir a Amidá; no caso de ter perdido a
Amidá da Minchá, poderá compensar no Maariv; se você
normalmente faz o Maariv e se perder a Amidá de Maariv, não é
necessário compensar na manhã seguinte, porém se quiser
poderá fazer duas Amidot no Shacharit).

6- Se eu estiver na sinagoga e meu filho (a) começar a


incomodar as pessoas ao redor?
Deve tentar acalmar a criança, porém se não adiantar deve
interromper a reza (até mesmo a Amidá) e retirar a criança da
sinagoga. Assim que voltar deve retomar a oração do ponto em
que havia parado.

7- Posso fazer oração espontânea durante as rezas do Sidur?


Existe 2 lugares especiais nas rezas do Sidur que são abertos
para fazer orações espontâneas rápidas que se encontra na
Amidá na brachá Refuá ("cura") que se faz antes da frase "ki Kel
Mélech rofê nemaan..." e na brachá Shomêa Tefilá ("ouve as
orações") que se faz antes da frase "ki ata shomêa tefilat...".
Inclui-se uma pequena oração por algo ou alguém em específico
e logo continua-se onde parou.

COMO REZAR: Para mulheres casadas: uso do véu e tzniut


(nunca descalsa e, de preferência de sapato fechado). Para
mulheres em geral: tzniut (nunca descalsa e, de preferência de
sapato fechado; camisa sem decote e de preferência que cubra
os cotovelos e o osso do tronco; saia abaixo do joelho e sem
transparência).

É costume não comer antes de rezar o Shacharit, porém se a


fome for distrair você, é recomendável que se coma alguma
coisa. Também vale para o uso de remédios necessários na
parte da manhã: você poderá tomá-los antes da reza. Se você
estiver doente, tente recitar as Bênçãos da Aurora, se alimente
bem e volte para terminar as rezas (porém se não for possível,
coma antes de iniciar qualquer reza).

ONDE REZAR: Não é aconselhavel orar na frente de um homem


(ou seja, o homem encontra-se atrás de você enquanto você
reza). Lugar calmo, sem muita distração (porém sempre atenta
aos filhos, se tiver): desligar a TV se você se encontrar no
mesmo cômodo que seu filho ou algum membro da sua família
estiver assistindo TV.

"Qualquer mulher que seguir pelo caminho das matriarcas, de


Chana e de todas as outras mulheres de outras gerações - um
caminho de reza obstinada e abundante -, certamente receberá
grandes bênçãos; pode até merecer filhos como o profeta
Shmuel, que conduziu o Povo de Israel na direção correta".
(Sabedoria da Mulher; Rav Shalom Arush)
# Estudo sobre Leah

O Midrash conta que Leah “chorou até lhe caírem os cílios”,


pois temia que a casassem com Essav (Esaú). E Yaacov era um
simples pastor que precisou fugir da fúria do irmão, mas era
com este homem que Leah queria se casar. Por isto não parava
de chorar e não se conformaria com outro destino. Ela rezou
com tanto fervor, comenta o Rabino Shalom Arush, para que
Hashem lhe desse um marido cheio de virtudes, que a Torá
afirma que seus olhos eram ternos, ou seja, sensíveis de tanto
chorar. As rezas de Leah foram atendidas. Ela mereceu casar
com Yaacov e dar à luz a 6 dos 12 filhos que ele teve com
Rachel e ainda com suas servas. A atitude de Leah nos ensina
que a reza deve preceder todos os nossos esforços e
atividades, principalmente na busca de um companheiro, uma
vez que rezar aumenta as chances de se conseguir a verdadeira
alma gêmea.

Ao mesmo tempo, Leah não deixava de se preocupar com


Rachel. Nossos sábios dizem que Diná deveria nascer homem,
mas Leah não quis que a irmã tivesse menos filhos que as
servas, então rezou para que seu sétimo filho fôsse uma
menina.

A Torá menciona também sobre a personalidade de Yaacov


como sendo um homem íntegro, porém mais tarde Yaacov
parecerá ardiloso, só que isso não refletirá a realidade do seu
caráter. Entretanto, um homem íntegro como ele sabia que, para
superar alguns obstáculos que a vida iria colocar à sua frente,
não poderia ficar sentado de braços cruzados. E Leah agia da
mesma forma. Seus olhos eram ternos – refletiam uma alma
extremamente delicada – mas sabia que, em algumas situações,
deveria agir com mais firmeza. Movida por um forte impulso e
determinação inabalável, Leah decidiu que precisava se casar
com Yaacov.

Yaacov amava Rachel mais que Leah, mas Leah não se deu por
vencida, o que não deve ter sido nada fácil, pois ela sabia que
sem o seu casamento com Yaacov, a nação judaica não existiria.
Nossas 4 matriarcas – Sara, Rebeca, Rachel e Leah – são os
quatro pilares femininos da nação judaica. Todo o povo de Israel
herdou o espírito dessas 4 mulheres. Mesmo sendo mais velha
que Rachel e tendo se casado antes dela, Leah figura como a
quarta das matriarcas do nosso povo judeu. E vejam que
interessante! Essa ordem corresponde às 4 letras do Nome
Inefável do Eterno, do qual o nosso povo judeu extrai sua
vitalidade: São 4 pontos essenciais que representam 4
características Divinas, cada uma delas incorporada numa das 4
matriarcas.
Leah corresponde a uma destas características de Divindade e
ela sabia que, por isto seu casamento com Yaacov era essencial
para o povo judeu. De algum modo, Rachel sabia disso, pois
colaborou com a ação de Leah, mesmo que às custas de seu
próprio casamento.

Yaacov era um grande homem, capaz de ver anjos subindo e


descendo dos Céus em seu sonho. Segundo o Rabino Shelomo
Aviner em seu livro “Mulheres da Bíblia” ele menciona que, ao
que parecia, Leah superava Yaacov em espírito. Por um lado, ela
não justificou sua atitude e, por outro lado, ela não revelou suas
intenções. Sabia que tudo merecia ser explicado, mas que
algumas coisas deveriam amadurecer com o decorrer dos anos
até que passassem a ser compreendidas. Leah foi a face oculta
da construção da Casa de Israel, ao mesmo tempo que
prevaleceu como faceta oculta de seu casamento.

A lei judaica proíbe que um homem mantenha relações


conjugais com sua mulher se não tiver amor por ela. Portanto,
devemos supor que Yaacov sim, ele amava Leah, mas amava
Rachel mais do que ela, pois as 12 tribos de Israel nasceram
com uma boa configuração divina, como concluiu o Rabino
Iossef Caro. Porém sabemos da importância de Leah, uma vez
que a maior parte da casa de Israel vem de Leah, incluindo a
tribo de Judá, de onde veio o nosso Mashiach.

A entrada de Leah na história de Israel se deu aos poucos,


crescendo sempre em importância e, no final, foi ela que Yaacov
sepultou na gruta dos patriarcas junto às outras matriarcas,
enquanto Rachel foi sepultada no caminho.

# O Poder do Silêncio na vida da mulher

"Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com
as próprias mãos" (Provérbios 14:1).

O Todo Poderoso nos deu o maior presente e o maior poder - o


poder da fala. O Ietser Hara da mulher é mais concentrado na
fala. Como o Ietser Hara concentra os seus esforços na coisa
mais importante que a pessoa precisa retificar, ele tenta ao
máximo corrompê-la.

O maior desafio da mulher é cuidar da boca. Não ceder a


provocação do Ietser Hara.

É mais difícil para as mulheres do que para os homens. As


mulheres falam mais e os homens, em geral muito menos. A
diferença está na própria criação. Adão foi criado da terra,
adamá em hebraico. Dinamá, em hebraico, é silêncio. Já Eva,
não foi criada da terra, adamá, e por isso sua fonte não está
conectada ao silêncio. O nome hebraico de Eva, Chava, indica
fala, lechavot em hebraico.

Os mandamentos mais importantes estão condicionados ao


poder da fala: Reza, Torá, e Emunah.

Por isso, a mulher é responsável pela espiritualidade do lar, seja


ela casada ou solteira.
Nós mulheres somos encarregadas de todo o bem estar físico e
espiritual de nossos filhos e marido. E se a mulher é solteira, ela
tem além de uma vida mais dedicada a Hashem, a Torá, em
como agradar ao Eterno, também tem o cuidado de seus pais,
irmãos, e ajuda nas tarefas domésticas.

E assim sendo, temos Mitsvot adicionais dadas como dons


femininos, tais como educar crianças, visitar doentes, oferecer
hospitalidade, consolar os enlutados, incentivar amigos e
promover a paz, estão conectadas á habilidade da fala.

Por outro lado, muitos dos piores pecados também, ocorrem


pela fala, heresia, mentira, fofoca, maldição, testemunho falso e
humilhação. A maledicência é considerada equivalente aos três
pecados capitais - assassinato, idolatria e sexo proibido -
Juntos! (Rambam Talmud - Tratado Avot I:17)

A sabedoria feminina é fruto de uma Emuná forte

O Rei Salomão, o mais sábio de todos os homens disse" A


sabedoria da mulher edifica o lar". Ele não disse a sabedoria do
homem. A sabedoria feminina abrange vários tipos de
sabedoria, mas quero destacar três pontos muito importantes,
os quais são:

- De edificar sua espiritualidade - se dedicar pelo menos a meia


hora de reza pessoal com Hashem.

- A saúde de sua alma - retificação da fala, pelo seu Ticum no


domínio do Ietser Hara.

- De edificar seu marido e seus filhos - pela sua compaixão e


carinho, generosidade e amor, compreensão e misericórdia.

O poder do silêncio na vida da mulher é o Ticum da fala, e ao


silenciar, a mulher pode alcançar altos níveis espirituais com
muito menos esforço.
Quando a mulher escolhe usar o seu poder da fala em orações,
a sua Emunah é fortalecida, e portanto o poder do silêncio é
alcançado por meio de sua dedicação diária em sua fala na
presença do Todo Poderoso, a qual faz parte da saúde de sua
alma.

Toda mulher que cultiva Emuná lida com sofrimento e discórdia


por meio de reza e teshuvá, arrependimento sincero de suas
falhas em controlar a sua fala.

Este é o ponto primordial para a sabedoria feminina, o esforço


diário na habilidade a adquirir uma Emunah forte em controlar a
língua e evitar falar qualquer coisa que não seja reza ou
palavras de Torah.

Como a nossa redenção depende da reza, da oração, o poder do


silêncio que gera a sabedoria feminina, está proporcionalmente
relacionada a nossa essência na prática diária da reza e das
nossas orações espontâneas.

Devemos nos motivar com o conhecimento de que quando


rezamos por algo, mas nos faltam as palavras para apresentar o
apelo a Hashem, ele nos concede as palavras e afirmações
pelas quais nossas rezas serão atendidas. Se nós concluirmos
que não temos nada a dizer durante a nossa reza pessoal,
vamos nos alegrar pelo simples de fato de que estamos
sinceramente diante de Hashem e realmente desejamos agir de
acordo com sua vontade, então Ele mesmo nos proverá
palavras.

Hashem lhe dará palavras agradáveis e reivindicações


aceitáveis.

Depois de desabafar e desafogar o coração, nós aprenderemos


coisas sobre o nosso eu interior que nunca percebemos antes.
A reza pessoal é ótima para nossa auto consciência, e claro, o
entendimento que como o poder da fala é nossa maior força,
evitar usar o poder da fala reflete um alto nível de Bitul (Auto
anulação) ante Hashem.

Os três níveis de Emuná:

A Emuná forte é a fé e confiança plena para obedecer a Hashem


em qualquer situação. Seu fortalecimento está relacionado aos
três níveis de emuná alcançados.

1- Tudo o que acontece é desejo de Hashem

2- Tudo é para o bem - Gam Zuh lê Tovah.

3- Tudo que Hashem faz é com um propósito definido.

1- Tudo o que acontece é desejo de Hashem

A Emuná firme está enraizada na Emuná cotidiana de que tudo o


que acontece conosco é resultado direto do desejo de Hashem.
Para se ter esta Emuná é preciso reza, esforço e trabalho duro.
Ninguém fica forte do dia para a noite. Isto é o que chamanos de
Emuná cotidiana, princípio fundamental da Emuná. Hashem
controla tudo. Devemos desenvolver esta confiança, e
acreditarmos que o que Hashem faz por nós é providência
divina.

2- Tudo é para o bem - Temos no Judaísmo a expressão Gam


Zuh lê Tovah, que denota bem este nível.

Podemos não entender tudo o que nos acontece, mas muitas


vezes ocasiões em nossa vidas que pareciam ser o pior
acabaram sendo para nosso bem.

Com Emuná entendemos que não existe desespero no mundo,


pois tudo vem de Hashem e tudo é para nosso bem. É
exatamente nos testes de fé das tribulações, que podemos
reforçar nossa Emuná ao escolher acreditar que tudo vem de
Hashem e que tudo existe para o nosso bem, nos elevam a um
nível ainda maior de Emuná.

Quando reconhecemos a mão de Hashem em tudo que nos


acontece, nunca temos espaço em nossos sentimentos para
tristeza.

3- Tudo que Hashem faz é com um propósito definido.

No Judaísmo temos Brachat para tudo, para noticias boas,


notícias ruins, bencãos alimentares, palatares e muitas outras.
Mas ao recitarmos nas bênçãos da manhã que Hashem é
Bendito por nos ter feito mulher por sua Vontade soberana,
revela o lindo e maravilhoso propósito por ser mulher.

O essencial das bênçãos é lembrarmos do envolvimento de


Hashem em nossa vida. Ele não é uma força que nos criou e
depois nos abandonou. E não é uma força que estará conosco
na era da redenção.Ele é o Poder de todos os poderes. A fonte
de todas as bênçãos e está conosco neste exato momento.
Mesmo quando a situação pareça ser extremamente
desanimadora, Hashem está presente.Ele pacientemente espera
que nós reconheçamos a sua presença. Quando reconhecemos
a presença do Eterno, ele assume o comando e nos protege
como filhas queridas. Entenda e creia nisto para alcançar a arte
do silêncio, o ticum da fala e pro consequência a sabedoria
feminina fruto de uma emuná forte que dominará a má
inclinação.

A arte do Silêncio. Domínio da má inclinação.

No livro Anatomia da Alma, aprendemos que o silêncio é uma


arte, uma habilidade que podemos adquirir, desde que
entendamos e conheçamos como o ietser hara atua.

O silêncio poderoso, que cura, é o que vem dos céus de


Hashem, é o que desce para nós suas filhas queridas, como um
bálsamo, um remédio. O silêncio que gera a sabedoria feminina,
o que tanto almejamos para obedecer a Hashem, está em
entender estes três níveis de emuná; assim conseguimos o
domínio do ietser Hara que age através de nossa alma,
codificada em nosso sangue. Este princípio bíblico poderoso
está Deuteronomio 12:23: "o sangue é nefesh.(alma). Portanto,
entenda que a Fala, alma e sangue estão interconectados.

Nossa circulação sanguínea reflete bem o nível de emuná


espiritual que estamos vivendo. Atente que em nossa circulação
sanguínea há dois tipos de sangue, o arterial e o venoso. O
sangue arterial é o oxigenado, é mais vermelho, é rutilante, é o
puro que oxigena os tecidos, enquanto que o sangue venoso é
impuro, é mais escuro, vermelho meio roxeado.

Os dois estão convivendo e circulam dentro de nosso corpo,


nas pernas, por exemplo, enquanto o arterial desce, o venoso
sobe. Em todos os órgãos há uma artéria e uma veia por onde
nosso sangue circula e o coração é o centro de todo este
controle fantástico.

É comum, ouvirmos expressões do tipo, "fulana" é esquentada,


tem sangue quente, e "beltrana" tem sangue frio. Apesar da
expressão "sangue frio" ser pejorativamente associado a algo
ruim, para a alma não o é. Enquanto temos "o sangue quente"
que é ligado a pressa, impulsividade e a ira,"o sangue frio" por
sua vez está intimamente ligado à calma, tranquilidade, precisão
e equilíbrio.

Esta é a grande sabedoria de Hashem em nos formar, e em tudo


o que ele faz há um propósito espiritual.

Respirar fundo, ponderar sobre Emuná, pensar em Hashem e


abrir a boca para rezar. É isto nos leva a humildade, paciência e
uma fé fortalecida, que vence o Iestser Hara, pois seremos
direcionadas por Hashem para o exercício da prudência.

Quanto maior o controle sobre a má inclinação , mais controle


terá da dor, frustração e humilhação a suportar, e mais
preparadas estaremos para lidarmos com o sofrimento.

O domínio da má inclinação é o controle de julgamentos


injustos que causam a ruína tanto física como espiritual.

O sangue quente, suja a fala, e por conseguinte a extensão da


alma. A sujeira é a falsidade, te levando a não confiar na
verdade. A falsidade é excesso, ideias misturadas, emoções em
conflito. pois a verdade é uma. O excesso de fluidos provoca
lágrimas, que turvam e distorcem a visão.

Analise e pondere, qual a verdadeira razão de suas lágrimas?


Suas lágrimas estão sendo colhidas e levadas para Hashem em
sua prática diária de reza pessoal e de oração? Ou suas
lágrimas são pura e simplesmente frutos de um Ietser hara
descontrolado em razão de sua emuná enfraquecida?

Entenda que o choro e as lágrimas podem servir tanto para a


purificação como para contaminar o seu sangue e sua alma.
Chorar por embates desnecessários é excesso e desperdício de
sua energia. Mas chorar e rezar diante de Hashem alcança
Emuná forte e alegria para o rosto e afasta o pecado de sua
alma. E quando entregamos nossas ansiedades, frustrações,
temores, recalques e traumas a Hashem, dominamos esta arte
do silêncio poderosa, que gera uma Emuná forte.

O silêncio traz esta força. Por isso devemos sempre cultivar o


domínio próprio com o silêncio, pois um modo de purificar o
sangue e nossa alma é permanecer quieto quando se é
insultado. Ficando em silêncio, controlamos o desejo de revidar
ao insulto e contemos a ira, a manifestação da má inclinação.

Por isso, o Rei Salomão disse em Provérbios 15:13 " O coração


alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se
abate."

A cerca da sabedoria
Na abundância de palavras, os pecados não estarão faltando,
mas quem refreia seus lábios é sábio. Provérbios 10:19

Este princípio bíblico implica que o indivíduo já alcançou a


sabedoria , portanto o silêncio é reflexo de uma postura normal
frente às adversidades e tribulações.

O Rei Salomão ensina que o coração do Rei está nas mãos de


Hashem. Se Hashem controla o coração do Rei, Ele certamente
controla o coração das pessoas comuns. Por isso, não
precisamos bater a cabeça na parede para conseguir algo, pois
o que Hashem deseja será. nada pode acontecer sem a Sua
vontade.

A sabedoria feminina é fruto de uma emuná forte, pois se torna


natural preferirmos a reza à fala, aprendemos a arte do silêncio.
E assim, não deixamos que vaidade, raiva e emoções violentas
tomem a nossa alma e nos façam perder o controle da fala,
sujando o nosso sangue, e fragilizando a saúde de nossa alma.

Às vezes temos um grande ímpeto de falar, influenciar,


convencer, coagir, ameaçar ou humilhar alguém. Mas a Emuná
nos dá o poder interior de reconhecer que estes sentimentos
negativos obscuros nada mais são parte do plano de
provocação do Ietser Hara.

Quando podemos respirar fundo, ponderar sobre Emuná,


pensar em Hashem e pedir que Ele nos ajude a ficar em silêncio,
somos recompensados com mais Emuná.

E quem fala demais, traz o pecado

E quem fala demais, traz o pecado. Mishná 17, Cap. 1, Pág 63


Ética dos Pais

Um exemplo clássico disto pode ser encontrado no relato


bíblico em Gênesis 3:3, na indução sutil que a serpente fez com
Eva a comer do fruto proibido da Árvore do Conhecimento.
Quando perguntou a ela sobre a proibição, Eva disse que o
Todo-Poderoso havia ordenado: não tocareis nele. Na verdade,
Eva havia acrescentado palavras porque a ordem Divina nunca
havia realmente proibido tocar na árvore. Uma vez que ela
proferiu este exagero, ficou fácil para a serpente fazê-la tocar na
árvore e mostra-lhe que não haveria efeitos danosos resultantes
daí. Então ela pode argumentar, por analogia, que comer
também não resultaria em nada prejudicial. Quando você
acrescenta palavras desnecessárias, pode conduzir ao pecado.

Se não identificamos a hora certa de falar, para o bem de nosso


marido, filhos, entes queridos, amigos próximos e da sociedade,
é mais prudente ficar calada.

Depois de orar, podemos escolher o momento certo para falar,


ou abordar o marido, filhos, quem quer que seja, e com calma,
conversar calmamente sobre o assunto em questão, seja,
finanças, criação de filhos, ou mudança de algum
comportamento que esteja afetando o relacionamento familiar.

Ao final deste estudo, deixo com vocês para o seu momento de


reza pessoal, uma linda oração judaica, que se encontra no livro
ANENI para se ter cuidado com a fala.

A minha oração, neste momento, é que todos estes princípios


bíblicos excelentes vindo de Hashem, possam nos moldar,
transformando-nos em mulheres cuidadosas, humildes e sábias,
conquistando o poder do silêncio, a fim de que tenhamos almas
saudáveis diante de Hashem, o Todo Poderoso, por meio do
alcance de uma verdadeira emuná.
Medite agora na palavra de Hashem nestes passuk.

Guarda a tua língua do mal, e os teus lábios de falarem o


engano. Aparta-te do mal, e faze o bem; procura a paz, e segue-
a. Salmos Tehilim 34:15

A boca do justo profere sabedoria, e a sua língua fala conforme


a justiça.

Salmos. Tehilim 37:30


O ouvido não experimenta as palavras como a língua
experimenta a comida?

Jó 12:11
Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios
traz a cura.

Provérbios 15:1A resposta branda desvia o furor, mas a palavra


ríspida desperta a violência. 2A língua dos sábios torna o ensino
interessante, mas a boca dos insensatos é fonte de tolices.…

# EDUCANDO AS CRIANÇAS
Criar filhos não é uma tarefa simples mas é um privilégio, pois
o Eterno nos confiou vidinhas preciosas e nos deu a
responsabilidade de educá-las para os valores morais e
espirituais.
Prov. 22:6 - " Eduque uma criança de acordo com o seu
caminho; mesmo quando ela crescer não se afastará dele.”
E é bom que seja desde cedo, quando o aprendizado na
infância possui um efeito mais forte do que os que ocorrem em
idade maior.
Uma criação boa e eficaz requer um cuidadoso equilíbrio.
Precisa tanto de AMOR quanto de DISCIPLINA. Um sem o outro
não funciona. Conseguir este equilíbrio é uma jornada onde
fazemos reajustes ao longo do caminho.

O 1º passo começa conosco: aperfeiçoar o nosso


comportamento e características. É por meio de nossos filhos
que Hashem nos dá a oportunidade de melhorar as áreas que
precisam ser trabalhadas em nós.
Esta é a oportunidade de ouro que temos para consertar o que
deu errado na nossa educação no passado e nos tornarmos
uma pessoa melhor.

Os pais devem ter em mente que são o centro das atenções de


seus filhos. Elas observam como oramos, como falamos, como
agimos.
As crianças são mais propensas a imitar os seus pais, do que
fazer o que eles dizem.
As crianças prestam atenção em nossas ATITUDES muito mais
minuciosamente do que em nossas palavras. Os pais só
podem ensinar uma criança a fazer algo se eles mesmos
também o fazem. Se a mãe ou o pai NÃO tem bons hábitos, é
muito difícil que o filho seja diferente.
Por exemplo, a GRATIDÃO e a ALEGRIA são qualidades
importantes que os pais devem cultivar, e ensinar à criança a
reconhecer e sentir gratidão quando alguém faz algo por ela.
Principalmente ensiná-las que TUDO VEM DE HASHEM E
DEVEMOS AGRADECER-LHE CONSTANTEMENTE, tudo que
temos é resultado de Seu infinito amor e misericórdia.
Na nossa jornada educando crianças, deparamos com fatores
que são fundamentais para o bom desenvolvimento delas. E
uma delas é a auto estima.
E como eu mencionei anteriormente, o primeiro passo é cuidar
da nossa auto estima. Digo isso porque, pais com baixa auto
estima terão dificuldades de criar filhos com elevada auto
estima.
Precisamos nos enxergar sob uma forma positiva.
Pai positivo sabe que não é perfeito, mas está sempre tentando
crescer e melhorar.

MANEIRAS DE AUMENTAR A AUTO-ESTIMA DE SEU FILHO:

Nos primeiros anos de vida, os pais têm a opotunidade de


estabelecer uma “conta de auto estima” na qual a criança
armazena muitas coisas positivas sobre si mesma.
Nos anos que virão esta “conta” compensará as experiências
negativas, que são inevitáveis.

1- Se você demonstra amor e atenção: a criança terá um


sentimento subconsciente de que é valioso e importante o
suficiente para ser amado.

2- ELOGIE seu filho: diga: “estou orgulhoso de você”, você é


muito especial”, gostei da sua maneira de fazer isso”.
É importante que ele acredite no seu elogio.
Frases exageradas (“você é o melhor do mundo” ou, “você é a
melhor pessoa que já existiu”) pode desenvolver na criança um
ego inflado que a longo prazo terá um efeito negativo na sua
auto estima.

3- NÃO ROTULE. Quando a criança faz algo negativo, critique a


ação ruim, não a criança. Evite críticas ou reforço negativo.
Não! seu garoto desobediente!/ Não! Tomadas elétricas são
muito perigosas
As crianças acreditam no que ouvem, e viverão com base no
que lhe foi dito.
Elas precisam ser encorajadas pelos pais e pelos professores.
Devemos aproveitar cada oportunidade, cada conquista para
elogiá-las.
Mesmo que seja difícil, existe sempre uma coisinha boa para
reforçar.
Palavras que as ponham p/ baixo causam sérios danos ao
desenvolvimento da personalidade da criança. Se dizemos a ela
que é incapaz de fazer algo, inevitavelmente lhe causará um
complexo de inferioridade.
Se CONSTRUIRMOS a auto estima da criança, ao invés de
magoá-la criaremos adultos independentes, corajosos e felizes.
Se a criança sabe que a amamos, entenderá que a disciplina é
para o seu bem, para ajuda-la a melhorar, e irá aprender disto ao
invés de odiar o pai ou a si mesma.
Não humilhe a criança ao discipliná-la na frente dos outros. Se
precisar falar com ela, traga-a para o lado. Não devemos contar
as suas falhas na frente dos outros, mesmo que seja uma
história engraçada, mas pode machucar a criança, mesmo que
não o intencionemos.

Prov. 6:23” Pois um mandamento é lâmpada, e a Torá é luz, e


reprovações na disciplina moral são os caminhos da vida”.
Prov. 3:12 “pois aquele que o Eterno ama, Ele reprova, como um
pai ao filho desejado”.

4- Estabeleça metas para seu filho: algo possível de atingir


(vestir-se sozinho, conseguir uma determinada nota na próxima
prova), metas apropriadas para a idade e capacidade da criança.
Lembre-se de elogiar cada sucesso ao longo do caminho.
Exigências que estejam acima da capacidade da criança podem
ser prejudiciais ao desenvolvimento da sua personalidade e lhe
ensinará o FRACASSO.
Se lhe dermos uma tarefa impossível na qual certamente falhará,
aprenderá a ficar com medo de tentar de novo.

5-Tenha orgulho de seu filho. Diga-lhe que se sente feliz e


orgulhosa de ser mãe dele.

6- Fale positivamente sobre seu filho na presença de pessoas


importantes na vida dele (avó, professor amigo, etc).

7- Nunca compare seu filho com outras crianças.

8- Diga a seu filho, sempre, que o ama incondicionalmente.


Quando fizerem algo errado, lembre-se de dizer: “não importa o
que aconteça, sempre o amarei, você é especial para mim.”

OUÇA SEUS FILHOS

Um outro fator fundamental para o bom desenvolvimento da


criança, é OUVI-LA, olho no olho, para demonstrar a ela que
você se interessa e que está concentrada naquilo que ela está
falando
Esteja disponível: quando o filho tenta conversar mas o pai ou
a mãe continuam a ler o jornal, ou trabalhar no computador, ou
não interromper outra atividade, a mensagem recebida pela
criança é: não tenho importância suficiente para que o pai/mãe
pare o que está fazendo para escutá-lo.
Guarde o segredo deles. A meta é construir a confiança da
criança em você. Se, e quando, seu filho confiar em você, não
passe a informação aos outros.
Cumpra sua palavra: nossos filhos devem aprender a confiar em
nós e acreditar que manter nossa palavra é uma preocupação
vital para nós.
Haverá muitas vezes em que as responsabilidades de adulto vão
interferir com nossas promessas, nos impedindo de cumpri-las.
Quando isso ocorrer, o nosso desapontamento deveria ser tão
grande quanto o do nosso filho, e devemos procurar a primeira
oportunidade para cumprir a promessa frustrada.
É importante prever os obstáculos e não assumir
compromissos com nossos filhos quando dificuldades
ameaçam nossa capacidade de cumpri-los.
Não diga “Não” quando pretende dizer “Não sei”.
Às vezes a criança pode nos colocar contra a parede com um
pedido ao qual não temos certeza como responder.
Instintivamente dizemos “NÃO” porque não estamos
preparados para dizer “SIM”.
Se essa resposta se repete com frequência, a criança aprende
que se continuar insistindo, conseguem que digam “SIM”.
A melhor resposta deve ser: “deixe-me pensar a respeito” ou
“preciso de mais tempo para decidir”, e quando você der a
decisão definitiva, a criança entenderá que que “não” significa
“não”, sem insistir.

Enfim, quanto mais filhos a mulher tem, mais desafios terá


como mãe. E o melhor conselho é a realização da REZA DIÁRIA,
mesmo que a mulher só possa gastar dez minutos por dia,
esses minutos causarão uma grande mudança nela e nos
filhos.
Peça a Hashem EMUNÁ, muita paciência controle e sabedoria
para educar cada um de seus filhos. Aproveite ao máximo a
chance de ouro de se conectar a Hashem e peça ajuda na
educação de seus filhos.
E principalmente, reafirme neles o testemunho do Mashiach
Ieshua, que sem ele não conseguiríamos nos reconectar com
Hashem.

THEFILAH

“Mestre de Todos os Mundos, exaltado acima de tudo o que é


sublime! Ouça a oração daueles que se aproximam de Ti para
pleitear por Sua misericórdia e bondade. Conceda-me o
privilégio, através de Sua abundante compaixão, de criar meus
filhos para servi-Lo, agradavelmente, não dolorosamente. Não
permita que eles sejam envergonhados quando debaterem seus
adversários em publico Que ele possam ser instruídos e
eruditos em Torá, e pessoas de dignidade .Forneça o seu
sustento de forma respeitável e confortável. Que eles possam
ser irrepreensíveis e que possamos contemplar a sua felicidade,
Torah e sucesso. Que as palavras da minha boca em nome dos
meus pequeninos encontre graça e seja considerado perante Ti
como um sacrifício no altar, no mérito de nossos ancestrais
falecidos e que as meditações do meu coração sejan agradáveis
perante Ti, Oh, Eterno, minha rocha e meu redentor.Amém
(Ma’aneh Lashon; Otzar HaNachas pg 17)

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