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INDÍCE DO MATERIAL

01. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL ..........................................................................................................................2


02. HOMICÍDIO (ART. 121, CPB). ..................................................................................................................................2
2.1. HOMICÍDIO SIMPLES (ART. 121, CAPUT DO CPB) ..............................................................................................4
2.1.1 OBJETO JURÍDICO ........................................................................................................................................4
2.1.2 OBJETO MATERIAL .......................................................................................................................................4
2.1.3. SUJEITOS .....................................................................................................................................................4
2.1.4 ELEMENTO SUBJETIVO.................................................................................................................................4
2.1.5 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA .......................................................................................................................4
2.1.6. CLASSIFICAÇÃO ...........................................................................................................................................4
2.2. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º DO CPB). ........................................................................................4
2.2.1. HIPÓTESES DE HOMICÍDIO PRIVILEGIADO..................................................................................................5
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>> MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL .......................................................................................5


>> SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO EM SEGUIDA À INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA...........5

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2-
2.3. HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, § 2º DO CPB) .........................................................................................5
55

2.4. HOMICÍDIO CULPOSO (§ 3º) ............................................................................................................................12


5.

2.5 CLASSIFICAÇÃO DO CRIME HOMICÍDIO. ...........................................................................................................12


04
4.
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-
a
ar
yn
Ta

1
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS
OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA (crimes contra a vida)

DOS CRIMES CONTRA A VIDA 02. HOMICÍDIO (ART. 121, CPB).


(HOMICÍDIO – ART. 121) Antes do estudo detalhado do Crime de Homicídio,
colocarei abaixo a literalidade do texto de lei referente ao
01. FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL art. 121 do Código Penal. Após a leitura do artigo e seus
respectivos parágrafos e incisos, pontuarei cada estrutura de
O direito à vida encontra expressa previsão na forma bem explicativa e assertiva para a sua prova.
Constituição Federal de 1988, garantindo a todos a
inviolabilidade desse direito nos termos do art. 5º caput da HOMICÍDIO SIMPLES
Constituição federal de 1988:
“Art. 121. Matar alguém:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de Pena - reclusão, de seis a vinte anos.”
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à CASO DE DIMINUIÇÃO DE PENA
vida...”
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo
1. DOS CRIMES CONTRA A VIDA de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
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O Código Penal Brasileiro prevê quatro crimes contra a vida, vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
são eles:

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HOMICÍDIO QUALIFICADO
2-
a) Homicídio (art. 121, CPB);
55

b) Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio (art. § 2°. Se o homicídio é cometido:


122, CPB);
5.

c) Infanticídio (art. 123, CPB); I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por


04

d) Aborto (art. 124 a art. 128, CPB). outro motivo torpe;


4.

Lembrando que a competência para o processo e


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II - por motivo futil;


julgamento dos crimes dolosos contra a vida, por expressa
-

previsão constitucional, é do Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII, III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
“d”, CF). Por tanto, o homicídio culposo (art. 121, § 3º, CPB) tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
a
ar

não está inserido na competência do Tribunal do Júri. resultar perigo comum;


yn

ATENÇÃO!!! IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação


Ta

ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa


➢ Dos crimes contra a vida, o homicídio é o único que do ofendido;
admite a modalidade culposa (art. 121, § 3º, CPB).
➢ O crime de induzimento, instigação ou auxílio à V - para assegurar a execução, a ocultação, a
automutilação, tipificado no art. 122, § 2º do Código Penal, impunidade ou vantagem de outro crime:
não é crime contra vida, mas crime contra a incolumidade
física da vítima, dessa forma, também não será julgado pelo Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Tribunal do Júri.
Feminicídio
Superado essa parte inicial do nosso estudo,
passaremos agora a estudar, de forma detalhada cada um VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
dos crimes contra a vida. Por uma questão de didática feminino.
estudaremos os crimes contra a vida na ordem em que
aprecem no Código Penal. VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau, em razão dessa condição:

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OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
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VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito
ou proibido: § 7o. A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço)
até a metade se o crime for praticado:

I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses


Homicídio contra menor de 14 (quatorze) posteriores ao parto

IX - contra menor de 14 (quatorze) anos: II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. deficiência ou com doenças degenerativas que acarretem
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de mental;
sexo feminino quando o crime envolve
III - na presença física ou virtual de descendente ou
I - violência doméstica e familiar de ascendente da vítima;

II - menosprezo ou discriminação à condição de IV - em descumprimento das medidas protetivas de


mulher. urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da
Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.
§ 2º-B. A pena do homicídio contra menor de 14
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(quatorze) anos é aumentada de: TOPOGRAFIA DO ART. 121


I - 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é pessoa

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§ 1º: homicídio doloso privilegiado
com deficiência ou com doença que implique o aumento de 2-
sua vulnerabilidade
55

§ 2º: homicídio doloso qualificado


II - 2/3 (dois terços) se o autor é ascendente, padrasto
5.

ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,


04

curador, preceptor ou empregador da vítima ou por § 3º: homicídio culposo


4.

qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.


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§ 4º: majorantes de pena


Homicídio culposo
-
a

§ 3º Se o homicídio é culposo: Caput: homicídio


ar

Pena - detenção, de um a três anos.


doloso simples
yn
Ta

Aumento de pena

§ 4o. No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um § 5º: perdão judicial (exclusivo do
terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica homicídio culposo)
de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as § 6º: majorante do grupo de
consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em extermínio ou milícia armada
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor § 7º: majorante para o feminicídio
de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.

§ 5º. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar


de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária.

§ 6o. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se


o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de
prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio

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OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
2.1. HOMICÍDIO SIMPLES (ART. 121, CAPUT DO (crime plurissubsistente). A tentativa no crime de homicídio
só é possível quando a conduta for dolosa, uma vez que o
CPB)
instituto da tentativa é incompatível com a culpa.
Art. 121. Matar alguém: 2.1.6. CLASSIFICAÇÃO
Pena - reclusão, de seis a vinte anos
O crime de homicídio pode ser classificado como:
A conduta consiste em “matar” (exterminar a vida
comum (pode ser praticado por qualquer pessoa); material
humana extrauterina) e esta conduta recai sobre “alguém”
(a consumação exige a produção de um resultado
(qualquer pessoa humana). Trata-se de crime de forma livre,
naturalístico); de forma livre (a Lei não estabelece exigência
ou seja, admitindo-se qualquer meio de execução (direto ou
para a forma de execução); simples (tutela apenas um bem
indireto).
jurídico); comissivo (em regra) ou omissivo (quando ocorre
por omissão imprópria); unissubjetivo (pode haver ou não
2.1.1 OBJETO JURÍDICO concurso de pessoas); instantâneo de efeitos permanentes
(consuma-se de imediato, mas os efeitos se protraem no
O objeto jurídico tutelado no art. 121 do CP trata- tempo); plurissubsistente (a conduta pode ser fracionada, e
se da vida humana extrauterina, que começa a partir do por isso admite a tentativa); de dano (a consumação enseja
inicío do parto, ou seja, com o rompimento do saco a violação ao bem jurídico, e não mera exposição a perigo);
amniótico, no caso de parto natural, ou com as incisões dos não transeunte (o crime deixa vestígios); doloso (em regra)
instrumentos cirúrgicos nas camadas abdominais em caso de ou culposo.
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parto cesáreo.
ATENÇÃO!!!

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2.1.2 OBJETO MATERIAL ➢ Homicídio simples é hediondo?
2-
Em regra, o homicídio simples não é crime
55

O objeto material é a pessoa sobre quem recai a


hediondo. O crime de homicídio simples só será hediondo
5.

conduta criminosa, ou seja, a pessoa contra quem se volta o


agente. se, e somente si, praticado em atividade típica de grupo de
04

extermínio, ainda que praticado por um só agente (art. 121,


4.

§ 6º).
2.1.3. SUJEITOS
03

O sujeito ativo do crime de homicídio pode ser


-

qualquer pessoa, logo, trata-se de crime comum, uma vez 2.2. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO (ART. 121, § 1º
a

que não se exige qualquer qualidade especial do agente.


ar

DO CPB).
Quanto ao sujeito passivo do crime de homicídio,
yn

também poderá ser qualquer pessoa humana, não se Caso de diminuição de pena
Ta

exigindo nenhuma qualidade especial do sujeito passivo. § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de
relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de
2.1.4 ELEMENTO SUBJETIVO violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da
vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
O elemento subjetivo é o dolo, seja direto ou
eventual, compreendido como sendo a vontade consciente O assim chamado “homicídio privilegiado” trata-
de matar alguém. Não necessita, portanto, de dolo se, na verdade de uma causa de diminuição de pena nas
especifico, uma especial finalidade na conduta para hipóteses elencadas no § 1º do art. 121, CPB. A variação de
caracterizar o crime de homicídio. diminuição de pena do “homicídio privilegiado” vai variar de
1/6 a 1/3, incidindo na terceira fase da dosimetria da pena.

2.1.5 CONSUMAÇÃO E TENTATIVA A diminuição da pena prevista no art. 121, § 1º


do CPB, em que pese o texto legal afirmar que o “juiz
A consumação do crime de homicídio ocorre poderá reduzir a pena”, na verdade trata-se de verdadeiro
quando o agente alcança o resultado pretendido, ou seja, direito subjetivo do condenado.
com a morte da pessoa (crime material).

É possível a tentativa na hipótese em que o


agente inicia a conduta visando à morte da vítima, mas não
obtendo êxito por circunstâncias alheias à sua vontade

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OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
ATENÇÃO!!! c) Imediatidade entre a provocação e a
reação.
➢ A causa de diminuição de pena do art. 121, § 1º do
CPB, possui caráter subjetivo, e não se constitui em A expressão logo em seguida, significa
elementar do crime de homicídio, portanto, não se imediatidade, devendo a ação e reação acontecerem no
comunica aos coautores e/ou participes. mesmo contexto fático, subsequencialmente.

➢ Homicídio privilegiado não é crime hediondo. A lei


8. 072/90 (Lei dos Crimes Hediondos) traz em seu rol como 2.3. HOMICÍDIO QUALIFICADO (ART. 121, § 2º
hediondo apenas o homicídio praticado em atividade típica
de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só DO CPB)
agente, e o homicídio qualificado. Por se tratar de rol
taxativo, não é possível enquadrar o homicídio privilegiado Homicídio qualificado
como crime hediondo. § 2°. Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por
outro motivo torpe;
2.2.1. HIPÓTESES DE HOMICÍDIO PRIVILEGIADO II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
Conforme dispõe o art. 121, § 1º do CPB, haverá tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa
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causa de diminuição de pena (homicídio privilegiado) se o resultar perigo comum;


agente comete o crime: a) impelido por motivo de relevante IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou
valor social ou mora; b) sob o domínio de violenta emoção

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outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do
logo em seguida a injusta provocação da vítima. Tais 2-
hipóteses serão analisadas a seguir. ofendido;
55

V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou


>> MOTIVO DE RELEVANTE VALOR SOCIAL OU MORAL
5.

vantagem de outro crime:


04

O relevante valor social é aquele que se refere a Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
4.

interesses de natureza coletiva (comunitários, patrióticos,


etc.).
03

Feminicídio
Já o relevante valor moral diz respeito aos VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
interesses individuais do homicida (piedade, compaixão,
-

feminino
amor paterno, etc.).
a

Observe que nos dois casos o valor deve ser VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e
ar

relevante, devendo ser analisado segundo padrão médio da 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema
yn

sociedade e não conforme a opinião pessoal do agente. prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no
Ta

exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu


cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até
>> SOB O DOMÍNIO DE VIOLENTA EMOÇÃO, LOGO EM
terceiro grau, em razão dessa condição.
SEGUIDA À INJUSTA PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA.
VIII - com emprego de arma de fogo de uso restrito ou
proibido
Três são os requisitos para que se reconheça
figura do homicídio privilegiado nesta hipótese: Homicídio contra menor de 14 (quatorze)
IX - contra menor de 14 (quatorze) anos:
a) Domínio de violenta emoção – Exigi-se que Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
o agente esteja dominado pela emoção, e que tal emoção
seja violenta. As qualificadoras do crime de homicídio estão
previstas no § 2º do art. 121 do nosso Código Penal, cujas
b) Injusta provocação da vítima – Não é penas variam de 12 a 30 anos de reclusão.
necessária que exista agressão, exigindo-se tão somente que
haja provocação, e essa provocação ainda deve ser injusta.

A provocação pode ser tanto física, quanto verbal.


Pode ser dirigida contra o próprio agente ou contra terceiro.

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As circunstâncias que qualificam o crime de 2ª Corrente: SIM
homicídio podem ser divididas em qualificadoras que No homicídio mercenário, a qualificadora da paga ou
dizem respeito aos: promessa de recompensa é elementar do tipo qualificado,
comunicando-se ao mandante do delito.
a) Motivos: relaciona-se com as razões que impelem o STJ. 6ª Turma. AgInt no REsp 1681816/GO, Rel. Min. Nefi
homicida à prática da conduta; são as qualificadoras dos Cordeiro, julgado em 03/05/2018.
incisos I (motivo torpe), II (motivo fútil), VI (feminicídio), VII
(homicídio funcional) e IX (contra menor de 14 anos); b) OUTRO MOTIVO TORPE

b) Meios: se relacionam com os instrumentos utilizados na Motivo torpe é aquele ignóbil, abjeto, vil ou
prática do crime de homicídio, é co caso do inciso III repulsivo.
(emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou
outro meio insidioso ou cruel de que possa resultar perigo Ponto ainda controverso é se esta qualificadora
comum); incide no crime de homicídio praticado por ciúmes ou
vingança. Sobre essa questão o STJ já decidiu que “o ciúme
c) Modos (forma): corresponde à forma como o crime de por si só, sem outras circunstâncias, não caracteriza o
homicídio foi praticado. Diz respeito à qualificadora do motivo torpe”. (STJ, HC 123.918/MG).
inciso IV (quando o homicídio é cometido à traição, de
emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso Por outro lado, o STF já assentou que a vingança,
que dificulte ou torne imposssível a defesa do ofendido); por si só, não consubstancia o motivo torpe, a qual será
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aferida no contexto do fato.


d) Fins (conexão com outros crimes): Corresponde à

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finalidade pretendida com o homicídio. Diz respeito à 2-
qualificadora do inciso V (quando homicídio é praticado é MOTIVO FÚTIL (INCISO II)
55
cometido para assegurar a execução, a ocultação, a
impunidade ou vantagem de outro crime). Motivo fútil é o motivo insignificante, banal,
5.

irrelevante, desproporcional.
04

Analisaremos a seguir cada uma das qualificadoras.


4.

Falta de motivo caracteriza motivo fútil? Sobre o tema a


MEDIANTE PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA OU
03

doutrina diverge, mas tem prevalecido que a ausência de


OUTRO MOTIVO TORPE (INCISO I) motivo no crime de homicídio não caracteriza motivo fútil
-

para fins da incidência da qualificadora.


a) PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA Nesse mesmo sentido o STJ:
a
ar

Trata-se do denominado homicídio mercenário. STJ: “Na hipótese em apreço, a incidência da qualificadora
yn

Tanto a “paga” quanto a “promessa de pagamento” prevista no art. 121, § 2º, inciso II, do Código Penal, é
Ta

pressupõem a obtenção de alguma vantagem, não se manifestamente descabida, porquanto motivo fútil não se
exigindo que a vantagem tenha natureza patrimonial. O confunde com ausência de motivos, de tal sorte que se o
homicídio qualificado se consumará ainda que não ocorra o crime for praticado sem nenhuma razão, o agente somente
adimplemento (pagamento) da promessa realizada. poderá ser denunciado por homicídio simples” (STJ, HC
152548/MG, Rel. Min. Jorge Mussi, 5ª Turma, j.
ATENÇÃO!!! 22/02/2011).

A qualificadora da “paga” ou “promessa de Uma questão ainda não resolvida diz respeito à
recompensa”, também se comunica ao MANDANTE do compatibilidade entre a qualificadora do motivo fútil com o
crime? Tema polêmico! Há duas correntes jurisprudenciais dolo eventual. Mesmo não havendo consenso na
oriundas do STJ que divergem quanto ao tema, vejamos: jurisprudência, a sexta turma do STJ não vê
incompatibilidade entre a qualificadora do motivo fútil com
1ª Corrente: NÃO o dolo eventual, segue o julgado:
A qualificadora da paga (art. 121, 2º, I, do CP) não é
aplicável aos mandantes do homicídio, porque o RECURSO ESPECIAL. HOMICÍDIO CONSUMADO E TENTADO
pagamento é, para eles, a conduta que os integra no QUALIFICADO. DOLO EVENTUAL. AGRESSÃO CAUSADA POR
concurso de pessoas, mas não o motivo do crime. MOTIVO FÚTIL. COMPATIBILIDADE.
STJ. 5ª Turma. REsp 1.973.397-MG, Rel. Min. Ribeiro
Dantas, julgado em 06/09/2022 (Info 748).

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RECURSO PROVIDO. b) Fogo ou explosivo – O emprego de fogo ou explosivo
1. Não há incompatibilidade na coexistência da qualificadora constituem meio cruel, uma vez que produzem intenso
do motivo fútil com o dolo eventual em caso de homicídio sofrimento à vítima, podem também configurar meio de que
causado após pequeno desentendimento entre agressor e resulta perigo comum.
agredido. Precedentes do STJ e STF.
ATENÇÃO!!!
2. Com efeito, o fato de o recorrido ter, ao agredir
violentamente a vítima, assumido o risco de produzir o ➢ Pode acontecer que o homicídio mediante emprego de
resultado morte, aspecto caracterizador do dolo eventual, fogo ou explosivo cause dano a bens alheios, nesse caso não
não exclui a possibilidade de o crime ter sido praticado por restará configurado o crime de dano qualificado (art. 163,
motivo fútil, uma vez que o dolo do agente, direto ou parágrafo único, II, CPB), uma vez que a modalidade
indireto, não se confunde com o motivo que ensejou a qualificada do crime de dano é subsidiária, ou seja, só será
conduta. caracterizada se o fato não constitui crime mais grave.
➢ Por outro lado, se o fogo ou explosivo produzir lesão em
3. Recurso especial provido, a fim de restabelecer em parte outra pessoa estará configurado concurso formal de crimes,
a decisão de pronúncia, para que o réu seja submetido a no caso, homicídio qualificado pelo uso de fogo ou explosivo
julgamento nas penas dos arts. 121, 2º, II, e 121, § 2º, II, c/c com o crime de lesão corporal.
o art. 14, II, na forma do art. 69, todos do Código Penal.
(REsp 1601276/RJ, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, c) Asfixia – É a interrupção da função respiratória, que
SEXTA TURMA, julgado em 13/06/2017, DJe 23/06/2017).
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ocasiona à falta de oxigênio mo cérebro. Pode ser por causa


mecânica ou tóxica.
Por fim ainda merece atenção o fato de que para

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incidir a qualificadora, a futilidade deve ser a motivação Causas mecânicas:
2-
direta ou imediata do crime. Não está abrangida, portanto, Aperto do pescoço da vítima,
55
a futilidade indireta ou mediata a qual se verifica quando a utilizando o agente de seu
desavença começa por uma razão banal, mas evolui para ESGANADURA
5.

próprio corpo (mãos, braços ou


troca de ofensa e agressão entre o agente e a vítima. pernas)
04

Aperto do pescoço com algum


4.

COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA, instrumento (fio, corda, tecido
TORTURA OU OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE ESTRANGULAMENTO
03

etc.), valendo-se o agente de sua


QUE POSSA RESULTAR PERIGO COMUM (INCISO III). própria força.
-

Compressão do pescoço com o


a

uso de corda ou algo similar,


ENFORCAMENTO
ar

a) Veneno – é a substância química ou biológica que usando o peso da vítima e a força


deteriora o organismo, conduzindo a vítima à morte.
yn

da gravidade.
O termo veneno aqui deve ser interpretado em sentido Impedimento da respiração pela
Ta

genérico, ou seja, qualquer substância capaz de provocar a SUFOCAÇÃO DIRETA


obstrução das vias aéreas.
morte de uma pessoa. Por exemplo, em casos de pessoas Supressão do funcionamento da
diabéticas doses excessivas de glicose podem levar a óbito, musculação responsável pela
nesse caso a glicose será considerada “veneno” para fins de SUFOCAÇÃO INDIRETA
respiração (ex.: colocar peso
aplicação da qualificadora. sobre o tórax da vítima).
Impedimento da respiração
No exemplo acima o agente só responderá pela AFOGAMENTO devido à aspiração de substância
qualificadora do veneno se tiver consciência dos efeitos líquida.
danosos e letais que referida substância produz naquela Supressão da respiração devido à
vítima. SOTERRAMENTO penetração de substância sólida
A qualificadora do emprego de veneno pode nas vias aéreas.
caracterizar meio insidioso ou cruel. Será insidioso quando o
veneno for ministrado sem que a vítima tenha Causas tóxicas:
conhecimento de que está ingerindo a substância. Será meio Ex.: metano, butano e
cruel quando o veneno for ministrado mediante violência ou GASES ASFIXIANTES
monóxido de carbono.
grave ameaça. Trata-se de asfixia provocada
CONFINAMENTO
por diminuição de oxigênio.

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d) Tortura – A tortura só qualificará o crime de homicídio se Há duas espécies de dissimulação: dissimulação moral e
o dolo (intenção) do agente for o de matar a sua vítima, dissimulação material.
sendo neste caso, a tortura, apenas meio empregado para o
cometimento do homicídio d) Outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa
do ofendido
e) Outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar Trata-se da qualificadora em virtude do fator surpresa.
perigo comum. Não há que se falar na incidência dessa qualificadora por
Meio insidioso é aquele ministrado pelo agente por meio de força de eventual desproporção de forças entre agente e
algum estrategema, de modo que a vítima não tome vítima, a sua idade e compleição física.
conhecimento.
Meio cruel é aquele que provoca sofrimento excessivo, PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A
desproporcional à vítima. IMPUNIDADE OU VANTAGEM DE OUTRO CRIME (INCISO V).

ATENÇÃO!!! A qualificadora do inciso V tem natureza subjetiva,


porquanto, diz respeito à finalidade pretendida pelo agente.
➢ O Superior Tribunal de Justiça tem entendido que o dolo As situações descritas no inciso V dizem respeito ao que se
eventual é compatível com o homicídio qualificado. denomina de conexão de crimes. No caso há conexão
teleológica ou conseqüencial.
Não há incompatibilidade entre o dolo eventual e o
Taynara - 034.045.552-79

reconhecimento do meio cruel, na medida em que o ➢ Conexão teleológica – Ocorre quando o agente pratica
dolo do agente, direto ou indireto, não exclui a a conduta para assegurar a execução de outro crime, ainda
que o agente pratique o homicídio para assegurar a

79
possibilidade de a prática delitiva envolver o emprego de
meio mais reprovável, como veneno, fogo, explosivo, execução de crime que não venha a ser executado, ou que
2-
seja executado por outro agente, ou que venha a desistir,
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel (art. 121,
55

posteriormente, de executar o outro crime.


§ 2º, III, do CP).
5.

STJ. 5ª Turma. AgRg no REsp 1573829/SC, Rel. Min. ➢ Conexão consequencial – Ocorre quando o agente
04

Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 09/04/2019. pratica o homicídio para assegurar:


4.

STJ. 6ª Turma. REsp 1.829.601-PR, Rel. Min. Nefi


03

Cordeiro, julgado em 04/02/2020 (Info 665). a) A ocultação de outro crime - a intenção do autor ao
cometer o homicídio é que o outro crime não seja
-

Meio de que possa resultar perigo comum descoberto.


É aquele que pode afetar um número indeterminado de b) A impunidade de outro crime – o agente pratica o
a
ar

pessoas. Não há necessidade de que haja a ocorrência de homicídio para evitar a punição por algum outro crime.
efetivo perigo para que incida a qualificadora.
yn

c) A vantagem de outro crime – o agente pratica o


homicídio para assegurar o produto, objeto ou proveito do
Ta

crime.
À TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTE
DISSIMULAÇÃO OU OUTRO RECURSO QUE DIFICULTE OU ATENÇÃO!!!
TORNE IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO (INCISO IV).
➢ Restará qualificado o crime de homicídio ainda que
a) Traição – É a falta de lealdade, a violação da confiança para assegurar a ocultação ou impunidade de crime
que subverte as expectativas do ofendido. prescrito, ou cuja punibilidade esteja extinta por outra razão,
Para que incida a qualificadora da traição é necessário que ou ainda, que tenha sido praticado por outro agente.
haja uma relação anterior de confiança entre autor e vítima. ➢ Não se aplica essa qualificadora quando o criem de
Caso a vítima perceba a intenção homicida do autor, não homicídio é praticado para assegurar a execução,
configurará a qualificadora. impunidade, ocultação ou vantagem de contravenção penal.
➢ Por não está previsto em lei (princípio da legalidade), a
b) Emboscada – É a cilada, a tocaia, quando o agente, conexão ocasional que ocorre quando o um delito é
ocultando-se, aguarda a vítima para atingi-la de surpresa. praticado por ocasião de outro crime, não qualifica o
homicídio.
c) Dissimulação – Ocorre quando o autor disfarça sua real
intenção criminosa, com a finalidade de colher a vítima
indefesa, desprevenida.

8
LEI DO DIREITO AUTORAL – Nº 9.610 de 19 de FEVEREIRO de 1998
PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS
OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
Conexão Garantir a ATENÇÃO!!!
teleológica execução de Súmula 600-STJ: Para configuração da violência doméstica e
outro crime familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria
da Penha, não se exige a coabitação entre autor e vítima.
Conexão
com outro
Garantir a b) Menosprezo ou discriminação à condição de mulher
crime
impunidade de Menosprezo refere-se ao sentimento de superioridade que
outro crime. o agente pensa ter em relação à vítima pelo fato de esta ser
mulher. Discriminação toda distinção, exclusão ou restrição
baseada na condição de sexo feminino.
Conexão Garantir a
consequencial ocultação de c) Sujeito ativo de feminicídio
outro crime Qualquer pessoa pode praticar o delito, tanto homem
quanto mulher (crime comum).
Garantir a
vantagem de
d) Sujeito passivo
outro crime.
Somente mulher pode ser vítima. Não se configura a
qualificadora se a vítima for homem, ainda que se trate de
uma relação homoafetiva.
Taynara - 034.045.552-79

CONTRA A MULHER POR RAZÕES DA CONDIÇÃO DE SEXO


FEMININO: FEMINICÍDIO (INCISO VI). Em suma, para incidir a qualificadora do
feminicídio, é preciso:

79
Para que ocorra essa qualificadora, é 2-
imprescindível que o homicídio ocorra por razões de sexo Violência
55

feminino. Para que haja feminicídio não basta que a vítima doméstica e
5.

seja mulher, é necessário que o crime ocorra em duas


Crime familiar
hipóteses:
04

Vítima praticado por


Menosprezo
mulher razões de sexo
4.

a) Violência doméstica e familiar – A definição de ou


feminino
03

violência doméstica e familiar contra a mulher encontra-se discriminação


no art. 5º da Lei 11. 340/2006: à condição de
-

mulher.
a

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura


ar

e) Natureza jurídica do feminicídio - Há precedente do STJ


violência doméstica e familiar contra a mulher que considera objetiva a natureza jurídica da qualificadora,
yn

qualquer ação ou omissão baseada no gênero que podendo inclusive ser cumulada, por exemplo, como motivo
Ta

lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou torpe:


psicológico e dano moral ou patrimonial
I - no âmbito da unidade doméstica, STJ: Esta Corte possui o entendimento segundo o qual "as
compreendida como o espaço de convívio qualificadoras do motivo torpe e do feminicídio não
permanente de pessoas, com ou sem vínculo possuem a mesma natureza, sendo certo que a primeira tem
caráter subjetivo, ao passo que a segunda é objetiva, não
familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;
havendo, assim, qualquer óbice à sua imputação
II - no âmbito da família, compreendida como
simultânea" (AgRg no AREsp 1166764/MS, Rel. Min. Antonio
a comunidade formada por indivíduos que são ou Saldanha Palheiro, 6ª T., j. 06/06/2019).
se consideram aparentados, unidos por laços
naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na
qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais
enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.

9
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS
OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA DO FEMINICÍDIO (§ 7º) de bens jurídicos protegidos pela agravante genérica e pela
qualificadora em referência.
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um
terço) até a metade se o crime for praticado: 3. Recurso especial provido.
(STJ - REsp: 1860829/RJ, Relator: Ministro NEFI CORDEIRO,
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao Data de Julgamento: 15/09/2020, T6 - SEXTA TURMA)
parto;
b) Crime praticado nos 3 meses posteriores ao parto.
II - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos, com Aqui, também, é necessário que a condição recente do parto
deficiência ou com doenças degenerativas que acarretem entre na esfera de conhecimento do agente. Caso o agente
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou desconheça essa condição a causa de aumento não será
mental; aplicada, pois é vedada a responsabilidade penal objetiva.

III - na presença física ou virtual de descendente ou de c) Crime praticado contra pessoa maior de 60 (sessenta)
ascendente da vítima; anos, com deficiência ou com doenças degenerativas que
acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência mental (inciso II). A “pessoa” a que se refere o inciso II para
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº que incida a qualificadora deve ser do sexo feminino, uma
11.340, de 7 de agosto de 2006. vez que o sujeito passivo do crime de feminicídio só pode ser
Taynara - 034.045.552-79

mulher.
a) Crime praticado durante a gestação (Inciso I, 1ª parte)
A incidência dessa causa de aumento só ocorrerá se o agente d) Crime praticado na presença física ou virtual de

79
tiver conhecimento da gravidez, ou seja, tal circunstância descendente ou de ascendente da vítima (Inciso III).
2-
deve estar abrangida pelo dolo (intenção) do agente. A causa de aumento do inciso III só restará caracterizada se
55

o crime de feminicídio ocorrer na presença física ou virtual


No presente caso o agente responderá pelo feminicídio de descendentes ou ascendentes da vítima, portanto, fica
5.

majorado (Art. 121, § 2º, VI, e § 7º, I) e aborto sem o excluída a causa de aumento da pena se for praticado na
04

consentimento da gestante (art. 125), com dolo direto ou presença (física ou virtual) de outros familiares, os
4.

eventual, em concurso formal impróprio (CP, art. 70, caput, denominados parentes colaterais ou transversais.
2ª parte).
03

e) Em descumprimento das medidas protetivas de


-

ATENÇÃO!!! urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da


Conforme precedente do STJ a condenação do Lei 11.340/2006 (Lei Maria da Penha).
a
ar

agente por feminicídio majorado (art. 121, § 2º, e § 7, I, 1ª


parte) com o crime de aborto sem o consentimento da Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e
yn

gestante (art. 125, CPB) em concurso formal impróprio (CP, familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá
Ta

art. 70, caput, 2ª parte), não configura bis in idem, pois os aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou
bens jurídicos protegidos são diferentes. separadamente, as seguintes medidas protetivas de
urgência, entre outras:
RECURSO ESPECIAL. PRONÚNCIA. FEMINICÍDIO. HOMICÍDIO
QUALIFICADO PRATICADO CONTRA GESTANTE. I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas,
PROVOCAÇÃO DE ABORTO. BIS IN IDEM. NÃO OCORRÊNCIA. com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei
PRECEDENTES DO STJ. RECURSO PROVIDO. 1. Caso que o nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
Tribunal de origem afastou da pronúncia o crime de
provocação ao aborto (art. 125 do CP) ao entendimento de II - afastamento do lar, domicílio ou local de
que a admissibilidade simultânea da majorante do convivência com a ofendida;
feminicídio perpetrado durante a gestação da vítima (art.
121, § 7º, I, do CP) acarretaria indevido bis in idem. III - proibição de determinadas condutas, entre as
quais:
2. A jurisprudência desta Corte vem sufragando o
entendimento de que, enquanto o art. 125 do CP tutela o a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das
feto enquanto bem jurídico, o crime de homicídio praticado testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre
contra gestante, agravado pelo art. 61, II, h, do Código Penal estes e o agressor;
protege a pessoa em maior grau de vulnerabilidade,
raciocínio aplicável ao caso dos autos, em que se imputou ao b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas
acusado o art. 121, § 7º, I, do CP, tendo em vista a identidade por qualquer meio de comunicação;

10
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PROÍBE-SE A COMERCIALIZAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESSE MATERIAL OU DIVULGAÇÃO COM FINS COMERCIAIS
OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar CÔNJUGE,
a integridade física e psicológica da ofendida; COMPANHEIRO
OU PARENTE
A expressão “parente consanguíneo
Se o descumprimento de medida protetiva for CONSANGÜÍNEO
até terceiro grau” abrange o
usado para aumentar a pena do feminicídio, não pode ser ATÉ TERCEIRO
parentesco em linha reta ou colateral.
utilizado como crime autônomo previsto no art. 24-A da Lei GRAU DAS
11.340/2006, pois se assim ocorresse estaria incorrendo em PESSOAS ACIMA
bis in idem. REFERIDAS.

ATENÇÃO!!!
CONTRA AUTORIDADE OU AGENTE DESCRITO NOS ARTS. Além da qualidade especial do sujeito passivo, para
142 E 144 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INTEGRANTES DO caracterizar a qualificadora do homicídio funcional, exige
SISTEMA PRISIONAL E DA FORÇA NACIONAL DE que o homicídio tenha sido praticado contra a vítima no
SEGURANÇA PÚBLICA, NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OU EM exercício da função ou em decorrência dela (relação de
DECORRÊNCIA DELA, OU CONTRA SEU CÔNJUGE, causalidade).
COMPANHEIRO OU PARENTE CONSANGUÍNEO ATÉ A relação de causalidade também é exigida para incidir a
TERCEIRO GRAU, EM RAZÃO DESSA CONDIÇÃO (INCISO VII). qualificadora quando a vítima for cônjuge, companheiro ou
parente de alguma das pessoas mencionadas no art. 121, §
Trata-se de uma hipótese de crime funcional, cuja 2º, VII.
Taynara - 034.045.552-79

intenção do legislador foi punir mais severamente os autores


de crimes de homicídio contra pessoas que atuam na área
da segurança pública.

79
COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO OU
2- PROIBIDO (INCISO VIII).
O homicídio praticado contra as pessoas descritas
55

no inciso VII do art. 121, nas circunstâncias trazidas no inciso, A qualificadora do inciso VIII diz respeito ao modo
5.

é tipificado como crime hediondo na Lei 8.072/1990. de execução do crime sendo, portanto, qualificadora de
04

natureza objetiva.
Quem pode figurar como sujeito passivo do
4.

referido crime? A qualificadora em questão trata-se uma norma


03

SUJEITO PASSIVO DA QUALIFICADORA DESCRITA NO ART. penal em branco, pois precisa de complemento para se
121, § 2º, VII compreender o sentido de arma de fogo de uso restrito ou
-

AUTORIDADE OU proibido.
As Forças Armadas compreendem a
a

AGENTES DAS É possível o concurso entre o crime de posse ou


Marinha, o Exército e a Aeronáutica
ar

FORÇAS porte de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 16 da


(art. 142, Constituição Federal)
yn

ARMADAS Lei 10.826/2003) e o homicídio qualificado pelo emprego de


A Segurança Pública abrange a polícia arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 121, § 2º, VIII)?
Ta

federal (I), a polícia rodoviária federal


(II), a polícia ferroviária federal (III), as Se as condutas ocorrerem no mesmo contexto
polícias civis (IV), as polícias militares fático, não é possível o concurso entre os crimes do
e corpos de bombeiros militares (V) e Estatuto do Desarmamento e o crime de homicídio
AUTORIDADE OU
as polícias penais federal, estaduais e qualificado pelo emprego de arma de fogo de uso
AGENTE DA
distrital (VI), todos previstos no art. proibido o u restrito.
SEGURANÇA
144 da CF/88. ATENÇÃO: Os guardas
PÚBLICA
municipais também estão Por outro lado, se as condutas ocorreram em
compreendidos no dispositivo, pois contexto fático diferente, é possível o concurso
desenvolvem atividade de segurança material de infrações.
pública e foram relacionados no art.
144, § 8º da CF/88.
INTEGRANTES DO São os agentes públicos que
SISTEMA desenvolvem atividades no âmbito da
PRISIONAL execução penal.
INTEGRANTES DA
Autoridade e agentes da Segurança
FORÇA NACIONAL
Pública que estão a serviço da Força
DE SEGURANÇA
Nacional de Segurança Pública.
PÚBLICA

11
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OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
HOMICÍDIO CONTRA MENOR DE 14 (QUATORZE) ANOS 2.5 CLASSIFICAÇÃO DO CRIME HOMICÍDIO.
(INCISO IX).

Trata-se de qualificadora de natureza objetiva, O crime de homicídio pode ser classificado como:
relacionada à qualidade da vítima (menor de 14 anos).
a) Comum – pode ser praticado por qualquer pessoa;
Para que haja a incidência dessa qualificadora é b) Material – A consumação exige a produção de um
necessário que o autor tenha conhecimento da idade da resultado naturalístico;
vítima, menor de 14 anos, uma vez que é proibido em direito c) De forma livre – A Lei não estabelece exigência para a
penal a responsabilidade objetiva (princípio da forma de execução;
responsabilidade subjetiva ou princípio da culpabilidade). d) Simples – Protege apenas um bem jurídico;
e) Comissivo (em regra) ou omissivo (quando ocorre
A idade da vítima deve ser verificada no momento omissão imprópria);
da prática da conduta (teoria da atividade). f) Unissubjetivo – Pode haver ou não concurso de pessoa;
Homicídio praticado contra menor de 14 anos é crime g) Instantâneo de efeitos permanentes – Consuma-se de
hediondo, previsto na Lei 8.072/90. imediato, mas os efeitos se protraem no tempo;
h) Plurissubsistente – A conduta pode ser fracionada, e por
isso admite a tentativa;
ATENÇÃO!!!
i) De dano – A consumação exige violação ao bem jurídico,
e não mera exposição a perigo;
Taynara - 034.045.552-79

A tenra idade da vítima é fundamento idôneo para a


j) Não transeunte – O crime deixa vestígio;
majoração da pena-base do crime de homicídio pela
k) Doloso (em regra) ou culposo.
valoração negativa das conseqüências do crime. (STJ. AgRg

79
no Resp 1.851.435-PA. J. 12/08/2020). 2-
55

Tenra idade para efeito da aplicação do entendimento do STJ


5.

seria a vítima com idade entre 14 e 17 anos, isto porque, se


a vítima tiver idade inferior a 14 anos, incidirá a qualificadora
04

do inciso IX, e não a causa de aumento de pena pela


4.

valorização negativa do crime por ocasião das circunstâncias


03

judiciais (art. 59 do CPB).


-
a

2.4. HOMICÍDIO CULPOSO (§ 3º)


ar
yn
Ta

§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.

O crime do § 3º decorre da violação do dever de


cuidado, vindo o agente a dar causa ao resultado, que
embora não desejado, era previsto ou, ao menos, previsível
que poderia ter sido evitado.
O homicídio culposo resulta de IMPRUDÊNCIA,
NEGLIGÊNCIA ou IMPERÍCIA (art. 18, II, do CPB).

ATENÇÃO!!!
Se o homicídio culposo for cometido na condução de veículo
automotor, não se aplica o Código Penal, mas sim o Código
de Trânsito Brasileiro (art. 302 da Lei 9.503/97).

12
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OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
INSANUS CONCURSOS.
QUADRO SINÓTICO ➢ Homicídio privilegiado não
HOMICÍDIO (Art. 121) é crime hediondo.
HOMCÍDIO
SIMPLES Matar alguém: I – mediante paga ou promessa de
(caput) recompensa, ou por outro motivo
Reclusão, de 6 a 20 anos. torpe (qualificadora subjetiva – não
PENA (infração de elevado potencial se comunica aos comparsas).
ofensivo II – por motivo fútil
OBJETO JURÍDICO Vida humana extrauterina (qualificadora subjetiva)
OBJETO Pessoa que sofre a conduta III – com emprego de veneno, fogo,
MATERIAL criminosa. explosivo, tortura ou outro meio
HOMICÍDIO
SUJEITO ATIVO Qualquer pessoa (crime comum). insidioso ou cruel.
QUALIFICADO (§
SUJEITO PASSIVO Qualquer pessoa com vida. IV – à traição, de emboscada, ou
2º)
ELEMENTO Dolo (denominado animus necandi mediante dissimulação ou outro
SUBJETIVO ou animus occidendi) meio que dificulte ou torne
Consuma-se com a morte da vítima impossível a defesa do ofendido.
CONSUMAÇÃO (qualificadora objetiva).
(morte encefálica)
TENTATIVA Admissível V – para assegurar a execução, a
➢ Comum; ocultação, a impunidade ou
Taynara - 034.045.552-79

➢ De forma livre vantagem de outro crime.


➢ Simples (qualificadora subjetiva).
➢ VI – contra a mulher por razões

79
Comissivo (em regra) ou omissivo
(quando ocorre omissão imprópria) 2- da condição de sexo feminino
➢ Unissubjetivo § 2o-A Considera-se que há
CLASSIFICAÇÃO
55

➢ Instantâneo de efeitos razões de condição de sexo


5.

permanentes feminino quando o crime


➢ Plurissubsistente
04

envolve:
➢ De dano
I - violência doméstica e
4.

➢ Não transeunte
familiar;
03

➢ Doloso (em regra) ou culposo.


➢ O homicídio simples
II - menosprezo ou
-

somente é crime hediondo quando discriminação à condição de


mulher.
a

praticado em atividade típica de


ar

grupo de extermínio, ainda que (qualificadora objetiva)


yn

cometido por um só agente (art. § 7o A pena do feminicídio é


121, § 6º, última figura) (art. 1º, I, da aumentada de 1/3 (um terço)
Ta

OBESRVAÇÕES
Lei 8.72/90). até a metade se o crime for
➢ Ação penal – Pública HOMICÍDIO praticado:
incondicionada. QUALIFICADO (§ I - durante a gestação ou
➢ Competência para 2º)
nos 3 (três) meses posteriores
julgamento do homicídio doloso –
Tribunal do Júri.
ao parto;
II - contra pessoa maior de
Se o agente comete o crime 60 (sessenta) anos, com
impelido por motivo de relevante deficiência ou com doenças
HOMICÍDIO valor social ou moral, ou sob o degenerativas que acarretem
PRIVILEGIADO (§ domínio de violenta emoção, logo condição limitante ou de
1º) em seguida a injusta provocação da vulnerabilidade física ou
vítima, o juiz pode reduzir a pena de mental;
um sexto a um terço.
➢ Funciona como uma causa § 7o A pena do feminicídio é
de diminuição de pena. aumentada de 1/3 (um terço) até a
➢ Todas as hipóteses que metade se o crime for praticado:
OBSERVAÇÕES
ensejam o reconhecimento do III - na presença física ou virtual de
privilégio tem natureza subjetiva descendente ou de ascendente da
(não se comunicam aos comparsas). vítima;
13
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INSANUS CONCURSOS.
IV - em descumprimento das 3º Se o homicídio é
medidas protetivas de urgência culposo:
previstas nos incisos I, II e III do HOMICÍDIO CULPOSO (§ Pena - detenção, de um a
caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 3º) três anos.
7 de agosto de 2006. (infração de médio
potencial ofensivo).

No homicídio culposo, a
pena é aumentada de 1/3
(um terço), se o crime
VII – contra autoridade ou agente resulta de inobservância de
descrito nos arts. 142 e 144 da CF, regra técnica de profissão,
CAUSAS DE AUMENTO DE
integrantes do sistema prisional e da arte ou ofício, ou se o
PENA DO HOMICÍDIO
Força Nacional de Segurança agente deixa de prestar
CULPOSO (§ 4º, 1ª PARTE)
Pública, no exercício da função ou imediato socorro à vítima,
em decorrência dela, ou contra seu não procura diminuir as
cônjuge, companheiro ou parente consequências do seu ato,
consanguíneo até 3º grau, em razão ou foge para evitar prisão
HOMICÍDIO
dessa condição. em flagrante.
QUALIFICADO (§
Taynara - 034.045.552-79

Na hipótese de homicídio
2º)
(qualificadora objetiva) VIII – com culposo, o juiz poderá

79
emprego de arma de fogo de uso deixar de aplicar a pena, se
restrito ou proibido. 2- as consequências da
PERDÃO JUDICIAL § 5º
infração atingirem o
(HOMICÍDIO CULPOSO)
55

(qualificadora de natureza objetiva – próprio agente de forma


5.

comunica-se aos comparsas). tão grave que a sanção


IX – contra menor de 14 anos penal se torne
04

(qualificadora objetiva) desnecessária.


4.

Reclusão, de 12 a 30 anos. ➢ Perdão judicial é


03

PENA (infração de elevado potencial causa de extinção da


ofensivo) punibilidade.
-

➢ O homicídio qualificado é ➢ Prevalece que a


a

crime hediondo em todas as OBSERVAÇÕES sentença concessiva do


ar

hipóteses. perdão judicial tem


yn

natureza jurídica
OBSERVAÇÕES ➢ O homicídio pode ser declaratória (Súmula 18 do
Ta

privilegiado-qualificado se a STJ).
qualificadora tiver natureza
objetiva. Não é crime hediondo
Sendo doloso o homicídio, a pena é
aumentada de 1/3 (um terço) se o
crime é praticado contra pessoa
menor de 14 (quatorze) ou maior de
CAUSAS DE 60 (sessenta) anos. (§ 4º, 2ª parte)
AUMENTO DO
HOMICÍDIO A pena é aumentada de 1/3 (um
DOLOSO (§ 4º, 2ª terço) até a metade se o crime for
p. e § 6º) praticado por milícia privada, sob o
pretexto de prestação de serviço de
segurança, ou por grupo de
extermínio (§ 6º).

14
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OU NÃO, EM QUALQUER MEIO DE COMUNICAÇÃO, INCLUSIVE NA INTERNET, SEM AUTORIZAÇÃO EXPRESSA DO
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