Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I. Introdução....................................................................................................................................1
1.2 Contextualização............................................................................................................................2
1.3 Justificativa.....................................................................................................................................2
1.4 Problema.........................................................................................................................................2
1.5 Objectivos.......................................................................................................................................3
1.6 Hipóteses........................................................................................................................................3
1.7 Metodologias..................................................................................................................................3
4.1 Recomendações............................................................................................................................12
Referências Bibliográficas.................................................................................................................13
0
I. Introdução
A Reforma do Sector Público pretende que os serviços públicos sejam mais operacionais, orientados
para resultados e com enfoque no cidadão (CIRESP, 2001:9).
Foi nesta perspectiva que o Governo aprovou através do Decreto nº 55/2009 o Sistema de Gestão de
Desempenho na Administração Pública (SIGEDAP), de 12 de Outubro, que é um instrumento de
gestão que pretende criar um clima de exigência, de mérito e de transparência na acção dos serviços,
identificando os desequilíbrios funcionais, deficiências organizacionais e responsabilizando os
dirigentes, funcionários e agentes do Estado na sua acção como servidores do Estado e do cidadão.
1
irregularidades na avaliação de desempenho dos funcionários públicos, traduzidos pela classificação
anual.
1.2 Contextualização
O desenvolvimento do presente tema insere-se na Estratégia Global de Reforma do Sector Público
(2001 - 2011), no quadro das reformas que o país tem vindo a introduzir e visa agregar valor
sobretudo na componente de responsabilização e reforço da capacidade humana enquanto servidor
público. Estando em processo de implementação, esperam-se indicadores e evidências das mudanças
que esperam alcançar ao nível do sector público. Este instrumento na sua aplicação goza de primazia
nos critérios de avaliação, os tais que importa verificar de que forma asseguram os objectivos
definidos assumindo-se que a avaliação de desempenho constitui o epicentro do SIGEDAP e o seu
sucesso depende da conjugação de todos os outros factores estruturais que o compõem (planos
harmonizados com recursos materiais, humanos e financeiros metas e objectivos claros).
A questão da avaliação de desempenho, na Gestão de Recursos Humanos constitui tema que tem
suscitado inquietações por parte dos intelectuais da área de ciências sociais e em particular na
Administração Pública, sobretudo pelo facto do sector público ser o que mais abrange a massa
laboral em Moçambique.
1.3 Justificativa
A escolha do presente título justifica-se pela importância na actualidade para os gestores públicos
que exercem funções de Direcção e Chefia da necessidade influenciar de forma positiva no processo
de avaliação de desempenho de seus liderados. Suscita também à comunidade académica pois a sua
análise pode merecer mais contribuições para o seu enriquecimento. Ademais, a aplicação da matéria
considerada pode contribuir para mudanças significativas na avaliação e desempenho dos
funcionários públicos.
1.4 Problema
A preocupação com o desempenho humano tem sido uma constante no interior das Organizações que
buscam obter melhores resultados e aumentar a produtividade. Assim sendo, a avaliação de
desempenho vem assumindo o papel fundamental nas tarefas das organizações.
No entanto na prática a DNAL, a avaliação de desempenho não tem sido proporcional às
competências dos colaboradores o que tem causado desconforto para os avaliados deixando muitas
reclamações e recursos.
Pergunta de Partida
2
Face à situação acima descrita faz levantar a seguinte questão: Em que medida avaliação de
desempenho contribui no desempenho dos funcionários da Direcção Nacional da Administração
Local no MAEFP?
1.5 Objectivos
1.6 Hipóteses
1. O processo de avaliação de desempenho no âmbito do SIGEDAP é influenciado pela
Reforma do Sector Público;
2. O SIGEDAP é influenciado pela ineficácia da actuação dos funcionários e agentes do
Estado;
3. A implementação do SIGEDAP na DNAL influência a melhoria da prestação de serviços.
Variáveis:
Hipótese 1: Independente - Reforma do Sector Público e Dependente - processo de avaliação de
desempenho no âmbito do SIGEDAP.
Hipótese 2: Independente - O Sistema de Gestão de Desempenho na Administração Pública e
Hipótese 3: Dependente - Ineficácia da actuação dos funcionários e agentes do Estado e
Independente - A implementação do Sistema de Gestão de Desempenho na Administração Pública
na DNAL e Dependente - Melhoria da prestação de serviços.
1.7 Metodologias
Métodos de procedimento
Método Monográfico. De acordo com Lakatos (2003:108), o método monográfico consiste no estudo
de determinados indivíduos, profissões, condições, instituições, grupos ou comunidades, com a
3
finalidade de obter generalizações. A investigação deve examinar o tema escolhido, observando
todos os factores que o influenciaram e analisando-o em todos os seus aspectos.
Olhando para este autor, constata-se que o caso da DNAL retrata o estudo do que ocorre numa
instituição, pelo que a sua conclusão pode ser generalizada a outras instituições com casos
semelhantes, pelo que o método de procedimento a ser usado é monográfico.
Técnicas
Bibliográfica. De acordo com Gil (2003:50), a técnica bibliográfica é desenvolvida a partir de
material já elaborado, constituído fundamentalmente de livros e artigos científicos.
Usando esta técnica, irá se proceder a consulta de diversas literaturas tornada pública por vários
autores que versam sobre o papel do avaliador na gestão de desempenho.
Documental. A técnica documental socorre-se de materiais que não receberam ainda um tratamento
analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objectivos da pesquisa,
denominados de documentos de primeira mão, tais como: documentos, reportagens de jornal e cartas
(Gil, 2003:51).
Com forma de aplicação desta técnica, para o presente estudo irá se consultar diversos documentos
oficiais tais como, Legislação em vigor com destaque para o manual do SIGEDAP e outros
documentos jurídicos que tratam sobre a matéria do tema em estudo o que permitirá compreender
como deve o avaliador aplicar esse instrumento na Função Pública.
4
II. Quadro Teórico e Conceptual
Contexto do surgimento da teoria: O abandono das posições normativas e prescritas das teorias
anteriores (Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas e Teoria Burocrática) e a adopção de
posições explicativas e descritivas. A ênfase permanece nas pessoas, mas dentro do contexto
organizacional mais amplo.
Precursores
De acordo com Chiavenato (2000), a Teoria Comportamental da Administração tem o seu início com
Herbert Alexander Simon. Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert, Chris Argyris são
autores importantíssimos desta teoria. Dentro do campo da motivação humana salientam-se Abraham
Maslow, Frederick Herzberg e David McClelland.
Visto que a avaliação de desempenho visa estimular ou punir os comportamentos dos indivíduos nas
organizações, esta teoria continua a ser uma mais-valia para o Sistema de Gestão de Desempenho na
Administração Pública em Moçambique.
5
II2.2. Quadro Conceptual
De acordo com Robbins (2002), o desempenho está ligado a conhecimentos, habilidades e atitudes
que a pessoa possui, os quais, contribuem para a geração de valores na organização, fazendo com
que o desempenho individual, reflicta no desempenho organizacional.
Fazendo o cruzamento das ideias dos autores constata-se que desempenho é o resultado da actuação
dos indivíduos nas organizações no que concerne ao uso das suas competências visando o alcance
dos objectivos organizacionais.
6
2.2.2. Processo de avaliação de desempenho no âmbito do SIGEDAP
SIGEDAP - é o Sistema de Gestão de Desempenho da Função Pública Moçambicana. É um
instrumento usado para avaliar os funcionários e agentes do Estado que estão em cargos de direcção
e chefia, do técnico administrativo e de apoio geral, Decreto n.55 (2009, 12 de Outubro).
Com aprovação do Decreto n.55 (2009, 12 de Outubro) sobre Sistema de Gestão de Desempenho na
Administração Pública (SIGEDAP) que se enquadra nos objectivos da reforma do sector Público,
substitui lacunas na Administração Pública moçambicana que se verificava nas folhas de
classificação de desempenho e evoluiu para uma gestão determinada por objectivos, orientadas para
resultados e adoptados de instrumentos de gestão necessários para actuar e responsabilizar,
motivando os funcionários e agentes de Estado para um desempenho de qualidade, reconhecendo o
mérito e excelência.
De acordo com o artigo 7 do Decreto n.55 (2009, 12 de Outubro), O SIGEDAP compreende os
seguintes vectores:
Avaliação do Desempenho Individual do Pessoal em Funções de Direcção, Chefia e
Confiança;
Avaliação do Desempenho Individual do Pessoal Técnico e Administrativo
Avaliação do Desempenho Individual do Pessoal de Apoio Geral e Técnico.
A lógica da avaliação do baseia-se na fixação de objectivos de equipa associando o sucesso
individual ao da organização. A avaliação do desempenho tem como objectivo demonstrar que se a
equipa como um todo falhar, então o sucesso individual pouco significa.
Importância do resultado da avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho não tem carácter punitivo, partindo da premissa de que toda a avaliação
deve gerar consequências positivas e que avaliar é prerrogativa humana que orienta os actos, é uma
tentativa de tornar perceptíveis as deficiências no desempenho de conjunto de acções desenvolvidas
pelos funcionários da organização, com o propósito de melhorá-las, oferecendo capacitações e
actividades de aperfeiçoamento profissional.
A avaliação de desempenho oferecerá ao funcionário oportunidade para avaliar seu desempenho, o
qual deverá sentir-se também responsável pelo seu aperfeiçoamento profissional, ou buscar outra
função que esteja de acordo com o seu perfil e de acordo com a modulação.
Os resultados de avaliação não devem ser vistos como branqueamento entre os melhores ou piores,
mas como oportunidade de melhorias individuais ou colectivas, onde cada funcionário directo ou
7
indirectamente perceba a sua parcela da responsabilidade e importância na busca da melhoria na
actuação da organização.
Finalidades da avaliação de desempenho
De acordo com Rocha (1997) diz que os agentes envolvidos no processo de avaliação de
desempenho são: Avaliador – colaborador que avalia. Pode ser gestor (superior hierárquicos), par
(mesmo nível hierárquico do avaliado, função equivalente ou colega de trabalho), subordinado e/ou o
próprio colaborador (auto-avaliação).
Avaliado – Colaborador que será avaliado, seja chefe ou subordinado.
As situações mais comuns nas organizações e aquela em que o superior hierárquico tem incumbência
de avaliar os seus subordinados.
O avaliação pode ser feita pelos chefes ao darem o seu parecer sobre a eficiência de cada funcionário
em relação ás suas habilidades na execução das actividades sob formas de relatórios; devendo definir
indicadores de avaliação dos seus funcionários directos, de acordo os objectivos fixados para o
organismo e avaliar anualmente os seus funcionários directos.
O avaliador, sendo este o líder, tem seu papel mais centrado como um educador, conselheiro e
consultor do avaliado, e não como um juiz, que julga os bons e os maus comportamentos do réu e dá
a sentença. Porém, há um reconhecimento sobre a prevalência do avaliador como o maior problema
na adequada implementação de um programa de avaliação de desempenho. Pouco se faz na prática
pela capacitação (comportamental e operacional) deste avaliador para que possa efectivamente
conduzir o processo da melhor forma e torná-lo eficaz. (Siqueira, 2002).
8
Considerando a relevância que tem o papel do avaliador, Bohlander e Scott (2011) elencaram
diversos problemas que podem ocorrer no processo, decorrentes do papel do gerente, que
normalmente está na situação de avaliador, como o facto de os gerentes sentirem pouco ou nenhum
benefício de tempo e energia empregados no processo, não gostarem da confrontação face a face nas
entrevistas de avaliação, não serem favoráveis a dar feedback sobre a avaliação e o papel de
julgamento entrar em conflito com o de ajudar o desenvolvimento do funcionário.
Na maioria das organizações, o supervisor direito é o responsável pela avaliação do pessoal na
empresa, isto não se dá por apoio técnico ou científico, mas sim porque as empresas faziam do
supervisor direito o único participante do processo. Actualmente se vê que há outras possibilidades
de se realizar a avaliação de desempenho, pois as empresas percebem os inconvenientes que este tipo
de avaliador pode acarretar à avaliação. (Neto & Gomes, 2003).
O sucesso desses processos de avaliações de desempenho depende muito do gestor, e que este deve
prover suporte necessário aos programas de avaliação de desempenho, mesmo que não concorde
plenamente com todos os aspectos estruturais e funcionais. O gestor sendo usuário e beneficiário do
sistema de avaliação de desempenho tem a responsabilidade de apoiá-lo, inclusive responsabilidade
ética. (Jardeweski & Jardeweskiː2014)
9
III - Estudo de Caso: Direcção Nacional da Administração Local
4.1 Conclusão
Com este trabalho, deu para perceber que a componente de avaliação de desempenho serve para
detectar as fraquezas dos funcionários para depois remendá-las. Daí que a avaliação do desempenho
profissional é muito importante numa organização, não visa apenas punir os funcionários, mas sim
analisar o potencial dos funcionários no sentido de saber se são fracos ou não e depois capacitá-los
com vista a exercerem funções com eficiência e eficácia, o que vai contribuir em grande medida para
o desenvolvimento da organização.
Constatou-se nesta pesquisa que na DNAL as lideranças, ao contrário do que menciona Gil (2012)
que o mais importante para o sucesso da avaliação de desempenho é capacitação do avaliador, o qual
deve ser treinado especialmente para esse fim. Nesta direcção, os avaliadores não se beneficiaram de
nenhuma formação para este papel. E tal como sustenta Marras (2009) problemas, que podem
comprometer o efectivo resultado do processo de avaliação de desempenho, trata-se de questões mais
ligadas aquele que avalia do que ao instrumento propriamente dito.
Uma outra componente é inerente às atitudes dos avaliadores em relação aos avaliados pois eles
agem com base nas suas emoções.
Assim há necessidade de formar os avaliadores nesta área de forma a se tornarem competentes na
aplicação do SIGEDAP para melor acompanhamento da prestação dos colaboradores.
4.1 Recomendações
Sendo que a prossecução do SIGEDAP é feita em permanente articulação com o processo de
planificação em cada órgão ou instituição do Estado, recomenda-se o seguinte:
Uma auto-avaliação do avaliado, à lápis e depois vai negociar com o seu chefe quando, na
verdade, deve ser o contrário.
12
Atribuição duma classificação justa aos funcionários para que usufruam das regalias prevista
no número 2 do artigo 62 do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado (EGFAE).
Referências Bibliográficas
Bohlander, G.; e Scott, S. (2011). Administração de Recursos Humanos (14ªed). São Paulo: Cengage
Learning,.
Chiavenato, I. (2002). Recursos Humanos (7ª ed) Compacta, SP, Editora Atlas S.A.
Gil, A.C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 6ª. ed. - São Paulo: Atlas.
Comissão Interministerial da Reforma do Sector Público (CIRESP), Estratégia Global da Reforma
do Sector Público. Maputo, 2001.
Jardeweski, C.J.F. e Jardeweski, G.L.F. n/d. Técnicas e Métodos de Avaliação de Desempenho.
Curitiba: InterSaberes
Lakatos, E.M & Marconi (2001). Metodologia do Trabalho Cientifico (6ª ed). S. Paulo
Lucena, S. D. M. (2004) Planejamento Estratégico e Gestão de Desempenho para Resultados; São
Paulo: ed Atlas S.A.
Marconi, M. & Lakatos, E. (2003). Fundamentos de Metodologia Científica (5ª ed). São Paulo.
Editora atlas S.A.
Marras, J. P. (2009). Administração de Recursos Humanos: do operacional ao estratégico (13ªed).
S.P. Saraiva,
Pontes, B. R. (2010). Avaliação de desempenho: Métodos Clássicos e Contemporâneos, Avaliação
por Objectivos, Competências e Equipes (11ª ed). São Paulo: LTR,
Robbins, S. (2002). Comportamento Organizacional, (Cap. 14). São Paulo: Prentice Hall
Rocha, J., A., O. (1997). Gestão de Recursos Humanos. Lisboa: Editorial Presença.
Chiavenato, I. (2000). Introdução à teoria geral da administração. In: Teoria Comportamental. (6ª.
ed. ). Rio de Janeiro: Campus.
Legislação
Decreto n. 7 (2015, de 2 de Março) que aprova atribuições do Ministério da Administração
Estatal e Função Pública, Maputo: Imprensa Nacional,
Decreto n. 55 (2009, de 12 de Outubro) que cria o Sistema de Desempenho na Administração
Pública.
13
Resolução n. 11 (1997, de 29 de Julho) que aprova folhas de classificação anual do Conselho
Nacional da Função Pública
14