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Transcrição do Estudo de 08 de Março de 2021

TEMA: SILÊNCIO

Instrutor – Diz a Física que o Silêncio é ausência de som; e o som é vibração. Então, o Silêncio é
ausência de vibração. Sendo ausência de vibração, o Silêncio é quando não se comunica mais
nada. - É bom ressaltar que o silêncio, dentro de outro contexto, também é uma forma de co-
municação.
Toda comunicação precisa de uma frequência e toda a frequência é dada pela ausência de Si-
lêncio. Essa frequência pode ser magné ca, sonora, elétrica, eletrônica e outras formas mais
que intermedeiam a frequência. Ela pode acontecer de diversas formas.
Para que a música exista, não é só a sequência das notas musicais, cada nota musical é impor-
tan ssima na música, mas o intervalo entre as notas musicais é extremamente importante. A
duração da nota é extremamente importante, mas entre uma nota e outra pode ter um inter-
valo. Esse intervalo é o Silêncio e, esse Silêncio, é importan ssimo para valorização da melodia.
Mesmo quando as notas são ligadas umas às outras, vai exis r o momento em que esse con-
junto de notas vai precisar de um Silêncio, a pausa, que é dada na pauta da música e não é
uma ausência de som, é o Silêncio da música. Esse Silêncio vai dando a qualidade da música,
que vai compondo, junto com a variação das notas, a qualidade da música. O Silêncio é funda-
mental na música, é tão importante quanto o próprio som.
Quando se faz silêncio, é possível que se organize a mente. Traz paz para o coração.
O silêncio é fundamental também para a organização emocional.
O Silêncio é alimento muito importante para a vida, porque traz qualidade a ela.
Assim como na música, a qualidade é dada pelos intervalos de Silêncio que a vida contém. Em
nosso ser, o Silêncio é fundamental para o nosso reequilíbrio, para nossa percepção. Se não fa-
zemos Silêncio, podemos ter a percepção distorcida da realidade.
Só podemos construir alguma coisa em nosso ser ou em nossas relações quando se faz Silên-
cio. A presença do Silêncio nas relações é fundamental para a existência de um e de outro.
Quando os elementos desse relacionamento não proporcionam o Silêncio entre eles, acabam
por se misturar e, dessa mistura, fatalmente brota dor.
Onde existe dor, existe a mistura e, onde não existe Silêncio, aquilo que não era passa a ser
misturado.
Quem organiza o alinhamento dos sen mentos e das percepções é o Silêncio.
Quando se faz Silêncio, passa a exis r a possibilidade de organizar todos esses movimentos in-
ternos.
Nas relações, se não exis r Silêncio, não haverá distanciamento e, se não exis r distanciamen-
to, não haverá individualidade nos relacionamentos. Esse distanciamento possibilita a existên-
cia de conviver de forma “desmisturada”.
Para que exista reconhecimento dessa individualidade, terá que haver espaço e, esse espaço, é
dado pelo Silêncio dentro das relações. É sempre bom reprisar esta visão. É no silêncio que
uma pessoa começa a respeitar a individualidade do outro. É através do silêncio que comuni-
camos toda a qualidade do nosso ser;
Se quiser entender uma pessoa, faça Silêncio!
Se você quiser compreender o que está acontecendo nas relações, faça Silêncio! Porque o Si-
lêncio é que vai nos trazer a Humildade necessária para podermos enxergar as coisas menos
distorcidas.
Já estudamos anteriormente o que significa a Humildade, mas o Silêncio é o pai da Humildade
porque a Humildade só acontece quando existe o Silêncio. A Humildade é que nos proporcio-
na a capacidade de enxergar a forma e o conteúdo de uma maneira mais integral, real e
compreensível.
Comunicamos o nosso ser através do Silêncio e, se nós não fizermos o Silêncio, não consegui-
mos ouvir o que o outro está falando através do Silêncio.
Quando a pessoa vai meditar, ela procura fazer Silêncio sico, Silêncio emocional e Silêncio
mental. Para quê? Para que atrás do Silêncio ela possa contatar os Planos Superiores e eles
possam se aproximar.
Quando fazemos o Silêncio, limpamos a atmosfera mental e emocional. Neste espaço começa
a surgir a Harmonia. Neste momento, o Plano Superior torna-se mais visível à nossa consciên-
cia.
Quando se está em silêncio, pode-se compreender o que significa realmente o Amor. O Amor
se manifesta sem ruídos, se faz sen r quando existe silêncio. O Amor é o estado de consciência
que, para ser alcançado, precisa de Silêncio. No ruído, no barulho, não conectamos com esse
estado interno, só no Silêncio. Porque o Amor, para se fazer sen do em nós, necessita que o
coração esteja silencioso e pacificado; aí compreendemos e podemos captar o estado de cons-
ciência de Amor.
O Silêncio não é um sen mento, não é uma percepção, não é uma sensação, não é estar em
lugar nenhum, não é uma imaginação; o Silêncio é um estado, assim como o Amor é uma cons-
ciência. O Silêncio é um estado, é um substrato onde se pode materializar as consciências su-
periores dos Planos Divinos na matéria.
Se temos alguma dificuldade na vida, a primeira coisa que se deve fazer é acalmar o coração,
pacificar o coração para que possa vir o Silêncio e, esse Silêncio, possa permear a sua consciên-
cia e você ter uma visão clara do que está acontecendo na sua vida.
Através do Silêncio, a Gente pode se comunicar com os Planos Superiores;
Através do Silêncio, podemos, conseguimos entender um pouco do que é Deus.
Quando olhamos, à noite, o céu estrelado, enxergamos o quê? Silêncio. Com todos os seus as-
tros se movimentando.
No caminho espiritual, aprendemos a fazer silêncio. Quanto mais falar dele, mais o macula,
contamina as possibilidades de vivenciar com integridade o seu caminho espiritual. Faça Silên-
cio.
Quando houver a necessidade de falar, saiba falar o necessário, para a pessoa necessária, no
tempo necessário. Isto se você entender que aquilo que você for falar vai gerar na outra pes-
soa bene cios no caminho espiritual dela.
No Plano Espiritual, nos planos mais elevados, tudo se dá, tudo se comunica, tudo cresce, tudo
se transforma num substrato único chamado Silêncio. Todas as comunicações mais efe vas
que se faz, têm como base o Silêncio. Seus habitantes sabem que no Silêncio as comunicações
se dão exatamente o necessário para o bene cio de todos os irmãos.
Quanto maior o ruído, mais facilmente se perde do caminho espiritual.
Como fazer Silêncio na prá ca?
Nós temos um termômetro que é muito sensível que é o coração. Observe se seu coração está
em paz, está quieto e está pacífico; se ele não es ver, é porque você está fazendo ruído.
Para você apagar esse ruído, pacífica seu coração, é o indicador mais potente e mais seguro
que você tem.
Se precisar de resolver alguma questão, seja ela da vida co diana ou espiritual e está confuso,
pacifica seu coração e pergunte a ele qual a razão do ruído. Ele vai responder imediatamente.
Mas, atente para o detalhe, ele não vai falar com palavras, ele vai comunicar com você através
do Silêncio. No silêncio, você saberá exatamente qual é a resposta dele.
Silêncio é a construção do nosso caminho espiritual, é o chão, é a base, é por onde nós cami-
nhamos. U lizamos esse terreno chamado silêncio e se não es ver no silêncio, você, muito
provavelmente, estará fora do caminho. Pode procurar que você desviou. Tente localizar de
novo seu caminho, e volta para ele.
Quando você voltar para ele, haverá Silêncio. Ai então você saberá que está no caminho.
Se es ver mentalmente ou emocionalmente tumultuado, olha para o seu coração e o pacifi-
que. Acalma, respira, suaviza, silencia teu coração: pacifica. Aí você vai ter a mente novamente
calma. As emoções aquietadas. A par r deste momento terá uma visão clara e não distorcida.
As crenças que limitam o crescimento espiritual sempre dão lugar quando se faz silêncio. Com
ele presente, pode-se perceber quais são as crenças e limitações que se tem que impedem ou
dificultam a caminhada espiritual.
O mesmo se dá nas relações. Quando as relações estão tumultuadas, faça silêncio e peça às
pessoas ou pessoa envolvida que também o faça, quando for possível. Verá que as mesmas si-
tuações que ocorrem no movimento individual também ocorrem em situações cole vas.
Toda vez que for tomar decisão, verifica esse termômetro. Observe se esse sensor está pacifi-
cado. Em caso posi vo, a possibilidade de erro na decisão é muito pequena.
Basicamente essa é a estrutura do Silêncio, esses são os vários aspectos, as várias faces do Si-
lêncio. Quando você transmite melhor seus pensamentos ou sen mentos, você o faz em Silên-
cio e o outro, se também es ver em Silêncio, vai perceber e captar claramente os seus sen -
mentos pois o Silêncio é muito retumbante.
Lembre-se: o silêncio é sempre uma postura interna.
Falamos muito com a ausência do som e falamos igualmente forte com o brilho dos olhos. O
corpo vai responder claramente a esse ordenamento que o Silêncio faz. Os gestos serão meno-
res, a movimentação será mais calculada, a a tude será mais ponderada.
Só temos muito a ganhar quando aprendemos a exercitar o Silêncio e, por causa dele, toda a
“é ca do ser”: a Serenidade, a Paz, a Suavidade, a Ternura surgem. Tudo isso procede do Silên-
cio.
Quando você es ver em Silêncio, poderá verificar a influência do ego no processo do silêncio.
Quanto maior for a presença do Ego, maior é o barulho, maior é a confusão, maior é a distor-
ção.
O Ego distancia de qualquer direção evolu va que procurar andar.
Inversamente, a Humildade, quando entra em ação, irá fazer o papel de promover a distância
desses barulhos, dessa força do Ego.
Estudante – No início, você conceituou o silêncio através da sica. Começa sua explanação do
estado do que é o Silêncio, suas caracterís cas e qualidades. É possível então, estar em silêncio
e, ao mesmo tempo, emi r som?

Instrutor – Sim, na sica Silêncio é ausência do som, ausência de vibração. Isto não impede de
se comunicar através do Silêncio.
O Silêncio interior pode se manifestar através de palavras equilibradas, moderadas, moldadas
de Ternura e Compaixão;
O Silêncio pode se manifestar através de um olhar suave e terno;
O Silêncio pode se manifestar através de atos simples e eficientes;
O Silêncio pode se manifestar através de uma música;
O Silêncio pode se manifestar quando você comunica também suas palavras que serão cheias
de Compaixão, Ternura e de Entendimento;
O Silêncio se manifesta em todos os lugares;
O Silêncio se manifesta quando a pessoa admira e se encanta com a beleza de um pássaro, de
uma flor, de uma paisagem, de um ato, de um beijo, de um olhar, de um toque;
Silenciar é calar a voz do Ego;
Silenciar é deixar a voz do Espírito se manifestar;
Silenciar é estar presente na solidão do nosso encontro;
Silenciar é estar em comunhão com os corações que buscam a vida interior;
Silenciar é não desejar, a não ser não desejar;
Silenciar é viver a vida do Espírito,

Fazer silêncio não é necessariamente ficar mudo. Há pessoas que pretendem ficar mudas mas
seus pensamentos e sen mentos estão atabalhoados.

Silêncio não é estar mudo, Silêncio é viver a vida do Espírito e deixar que o Espírito se comuni-
que.

Nós vimos uma criança fazer os desenhos. Aqueles desenhos são expressões da natureza da-
quela criança; para que ela possa fazer aquela expressão, ela fez silêncio mental e emocional,
enquanto ela estava desenhando, ela estava assim. Dificilmente uma criança desenha algo fa-
lando alguma coisa, normalmente as crianças ficam caladas porque estão em Silêncio; algumas
chegam a cantar porque cantar ajuda a silenciar. Na realidade, ela está falando o que é.

Estudante – Eu posso dizer que as plantas comunicam com a gente no silêncio?

Instrutor – Totalmente. No Silêncio ela se comunica. Se es ver silenciado, ouvirá sua voz silen-
ciosa.

No Silêncio, ouvirá mais que sua voz; ouvirá sua consciência.

A ciência já tem provado que as plantas se comunicam numa rede de neurônios e sinapses que
se formam com as suas raízes. Portanto, elas se comunicam. Toda a floresta está em comuni-
cação constante. Todos os seres (plantas) daquela floresta sabem exatamente o que está acon-
tecendo em qualquer parte da floresta. A floresta é um corpo só e cada uma das plantas tem
seu próprio som como já foi provado pelos nossos pesquisadores.

Elas se comunicam silenciosamente. Nós precisamos de fazer silêncio para ouvir essa comuni-
cação.
Quando fizer silêncio, entrará em contato com a consciência daquelas plantas. Ouvir com os
ouvidos internos. Claramente se colocará como pequeno estudante a ouvir os mestres falando
e ensinando sobre a “arte do servir”. Neste instante, poderá aprender muito sobre a ancestra-
lidade da vida deste planeta inscrita na memória etérica das plantas, nossas irmãs que dividem
conosco esta linda nave que flutua no espaço.

Sentados em silêncio, perceberemos a grandiosidade da vida se abrindo em diversos planos,


sentada ao nosso lado.

Estudante – Quando a gente está em silêncio, a gente consegue que os barulhos externos não
nos afetem, não é mesmo?

Instrutor – Se você es ver em silêncio interno não será a ngida pela agitação externa.

O Silêncio faz você alinhar as emoções e os sen mentos para se posicionar corretamente nas
circunstâncias em que você es ver.

Estudante – Nossa irmã falou que ela pode se preocupar muito com as pessoas, mas creio que
não adianta. Como fazer?

Instrutor – “ Pre-ocupar” significa se ocupar previamente.

Nenhum objeto do qual se preocupa consegue ter resoluções adequadas. Se ocupe na hora
que deve ocupar. Cada hora tem sua hora.

A “pre-ocupação” é um ruído que você está fazendo e os ruídos vão causando uma visão dis-
torcida. Por consequência, a tudes, decisões ou escolhas igualmente distorcidas.

“Senhora do Silêncio, ensina-me como fizeste a guardar em meu coração todas as coisas, pois é
no Silêncio que eu ouço tudo o que o Senhor tem a me dizer e que o Espírito Santo sopra sobre
mim os ensinamentos do teu filho Jesus. Vós, Senhora, soubestes fazer Silêncio e nós, seus fi-
lhos, murmuramos e reclamamos. Venha a nos ensinar. Mãe do Silêncio, em não existe dis-
persão, em um ato simples e total tua alma, toda imóvel, está paralisada e iden ficada com o
Senhor; Faze-nos entender que o Silêncio não é desinteresse pelos irmãos, mas fonte de energia
e radiação, faz-nos compreender que para derramar é preciso preencher-se. Venha Mãe, nos
mostrar como fazer, envolve-nos em teu manto do Silêncio e comunica-nos a fortaleza da tua
fé, e altura da tua esperança, e a profundidade do teu Amor. Fica conosco, Senhora. Oh, mãe
admirável do Silêncio!!”

Fonte desta oração: internet

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