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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

RELATÓRIO DOS SEMINÁRIOS: EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

SÃO LUÍS
2023
LUANA JÉSSICA GOMES FONSECA
MARLUCIA COELHO SILVA
ROSEMARY MILLENA SILVA SANTOS
HAIAH DE SOUSA
ISAAC NEWTON DE MOURA LIRA

RELATÓRIO DOS SEMINÁRIOS: EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Relatório dos seminários


apresentados na disciplina de
Educação Especial e Inclusiva na
Universidade Estadual do
Maranhão, referentes à segunda
avaliação da referida disciplina,
relatório como requisito a obtenção
da terceira nota.

Professor: Washington Luís Rocha Coelho

SÃO LUÍS
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................4
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL ......................................................................................5
SÍNDROME DOWN .......................................................................................................7
DEFICIÊNCIA VISUAL ..................................................................................................9
SURDEZ ...................................................................................................................... 11
TEA .............................................................................................................................. 14
TDAH ........................................................................................................................... 16
ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO ............................................................. 17
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 21
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 22
INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo relatar o que foi exposto pelas sete equipes no seminário
da matéria de educação especial e inclusiva, desenvolvida na Universidade Estadual do
Maranhão. No presente seminário foram divididas sete equipes com o propósito de
abordar algumas deficiências e espectro presentes no ambiente escolar, assim os temas
desenvolvidos pelas equipes são: deficiência intelectual, síndrome de down, deficiência
visual, surdez, TEA, TDAH, altas habilidades e superdotação. Intrínseco a esses temas
cada equipe abordou a tipologia ou caracterização, etiologia ou causas, fatores sociais,
como adequar o currículo escolar, fatores relativos à escola, inclusão e acessibilidade,
além de tomar suas considerações finais a respeito do tema proposto à equipe. Assim ao
decorrer das aulas cada equipe apresentou um tema no qual este trabalho traz relatórios
referente às apresentações das equipes. Tais apresentações visam capacitar, instruir e
desenvolver os futuros profissionais da área de educação que certamente terão que se
depara com alunos que apresentam diferentes necessidades em sua jornada escolar.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

A equipe 4 que abordou o tema Deficiência Intelectual, com os componentes Ana Caroline
da Silva, Debora Cristina Araújo, Marlon Rodrigues, Samira dos Santos e Wildna Maciel,
iniciou sua apresentação tratando sobre a relevância de tomar conhecimento sobre essa
temática quanto aos aspectos da formação docente e inclusão, explanaram muito bem
sobre a Convenção da Guatemala de 1999, que define a Deficiência Intelectual como uma
"restrição física", mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, limitando a
capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária, causada ou

agravada pelo ambiente econômico e social. Explicaram como se deu a referida


Convenção e a importância dela para as pessoas com deficiência intelectual e seus
direitos. Foi citado Mantoan (1998) “as pessoas com deficiência intelectual necessitam de
competência intelectual, desenvolvida a partir de iniciativas que estimulem suas
capacidades e autonomia.” O agente desafiador dessa etapa é o professor, é ele quem
vai possibilitar e dar instrumentos para que ela demonstre e desenvolva suas habilidades.
Estratégias lúdicas, métodos aplicados de acordo com o ritmo de cada aluno, partindo
das vivências, culturas e emoções dos alunos, vão despertar uma aprendizagem eficaz.
Estímulos concretos que levem o aluno a refletir, desenvolver-se, quanto maior a
mediação, mas eficaz a aprendizagem. Trabalhando as possibilidades daquele aluno,
para então superá-las, um ensino voltado aos desafios, provocando as funções
psicológicas, superando dia após dia as limitações que a deficiência e a própria sociedade
impõem. Acerca das tipologias e caracterização, foi dito que há limitações significativas
no funcionamento adaptativo em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidades:
comunicação, cuidados pessoais, competências domésticas, habilidades sociais,
utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares,
lazer e trabalho.
Sobre a investigação foi explanado que a inteligência é avaliada por meio do Quociente
de Inteligência (QI) obtido por testes padronizados. O resultado de uma pessoa com
Transtorno de Desenvolvimento Intelectual nessa avaliação situa-se em 70 ou menos. É
realizado em crianças a partir de 5 anos, como o quadro abaixo mostra:

A identificação do fator etiológico da Deficiência Intelectual (DI) permite que se possa


instituir a sua prevenção e controle. Os fatores etiológicos da Deficiência Intelectual
podem ser de origem genética, ambiental, multifatorial e de causa desconhecida. Embora
esses fatores sejam muito variáveis, podem ser ainda subdivididos em fatores pré-natais
(de origem genética, ambiental e multifatorial), perinatais (ambiental) e pós-natais
(ambiental). Sabe-se que existem fatores de risco que podem levar à deficiência e estes
fatores são multifatoriais, compostos de quatro categorias: biomédicos, sociais,
comportamentais e educacionais.
Apresentaram também os fatores sociais, citando Vygotsky, teórico russo que representa
a teoria histórico cultural do desenvolvimento humano, o homem se constitui enquanto tal
nas suas relações com o outro social. Isto significa que as suas características inatas e
orgânicas estão vinculadas a sua interação com o meio físico, social e cultural do qual faz
parte. Isto não significa negar a carga biológica herdada, mas associá-la a outros fatores
que favorecem o processo de aprendizagem e desenvolvimento humanos, como é o caso
da interação com o grupo e o entorno cultural do qual faz parte que é a aprendizagem
aproximal, pautada no desenvolvimento.
Abordaram os fatores educacionais e falaram sobre o desenvolvimento das pesquisas
que Mantoan fez, nas quais buscou responder se a via educacional seria a diretriz do
processo de desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual e se estas eram
capazes de se beneficiar de procedimentos educacionais de modo a construir estruturas
lógicas do pensamento. Suas conclusões apontam para uma melhoria acentuada no
desempenho de pessoas com deficiência intelectual submetidas a um processo de
solicitação do meio escolar que favorecia o desenvolvimento do raciocínio operatório
(prático no dia-a-dia).
Mantoan destaca que a pessoa com deficiência intelectual “é capaz de construir sua
inteligência, na medida em que a solicitação do meio escolar desencadeia o processo de
(...) desenvolvimento cognitivo”. Apresentaram formas de como adaptar o currículo
escolar, que devem ser realizadas em três níveis: 1- No âmbito do Projeto Pedagógico
(Currículo Escolar); 2-Currículo desenvolvido em sala de aula (Plano de Ensino); e 3-
Programa individual (Aluno).
Grand é a importância de dispositivos legais para o amparo dessas pessoas, como a
Resolução Conselho Nacional de Educação n.º 2, de 11 de setembro de 2001, que no
artigo 8, inciso III, diz “flexibilizações e adaptações curriculares que considerem o
significado prático e instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e
recursos didáticos diferenciados e processos de avaliação adequados ao
desenvolvimento dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, em
consonância com o projeto pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória.”
A inclusão social é um fator primordial para todos os tipos de deficiência no ambiente
escolar. Foi por meio da inclusão que foram criadas as políticas educacionais para
pessoas com deficiência, houve um avanço significativo, pois antes as pessoas com
deficiência não tinham direitos, nem liberdade, não viviam de forma digna, hoje, por meio
da inclusão, as pessoas com deficiência têm seus direitos garantidos.
Deixaram a reflexão que não se deve focar na deficiência da pessoa, e sim, nas mais
variadas possibilidades e isso deve ser o mais importante nas pessoas o que elas podem
fazer, e não o que não podem fazer por conta de sua deficiência.

SÍNDROME DOWN

No dia nove de maio de 2023, a equipe composta por Haiah de Sousa, Isaque Newton,
Luana Jéssica, Marlúcia Coelho e Rosemary Millena, apresentou o tema sobre Síndrome
de Down, que é uma condição genética caracterizada pela presença de um cromossomo
extra no par de números 21, e recebeu o nome de Trissomia 21.
Segundo Cintra (2002, p.28), “a maioria dos indivíduos com SD possui deficiência mental
leve (QI 50-70) e moderado (QI 35-50)”, e assim a aprendizagem se dá em um ritmo mais
lento. Vários fatores contribuem para uma qualidade de vida melhor como o envolvimento
da família e acompanhamento médico, para que haja um norte em busca da autonomia e
da aprendizagem (WERNECK, 1995).
Foi relatado também que há três tipos de trissomia 21, que são: a Trissomia 21 Livre ou
Padrão, que é o tipo mais comum, e geralmente é consequência do erro na formação do
gameta (meiose), onde um dos gametas possui um cromossomo a mais no par 21, e após
a fecundação gera um zigoto com a trissomia. Pode ocorrer no homem, porém é mais
incidente nas mulheres devido à idade dos ovócitos que já estão juntos quando as
mulheres nascem tornando um fator de risco potencializador para a T 21, normalmente
acomete 95% dos casos; outro tipo elencado foi a Trissomia 21 de Translocação
Robertisoniana, que ocorre quando parte do cromossomo 21 se liga a outro cromossomo
(geralmente o par de números 14), e acomete 3 a 4% dos casos; e, por fim, a Trissomia
21 de Moisaicismo, que se caracteriza pelo fato do indivíduo possuir dois materiais
genéticos (linhagens celulares) provenientes do mesmo zigoto, um com 46 cromossomos
e outro com 47 cromossomos.
Conforme apresentado, a idade do gameta feminino é um potencializador para a T21, pois
as mulheres nascem com seus ovócitos no ovário e durante o desenvolvimento
amadurecem e envelhecem de acordo com a idade, mas a principal causa da Trissomia
do cromossomo 21 é a alteração genética (erro na meiose); foram enumeradas, também,
algumas características da T21 que o indivíduo possui como: baixa estatura, face
achatada, língua protusa (para fora da boca), mãos curtas e largas, cabeça pequena
(desproporcional ao corpo), olhos oblíquos, hipotonia (diminuição do tônus muscular); em
alguns casos apresentam cardiopatia, alterações oftalmológicas, auditivas,
gastrintestinais e endócrinas, deficiência intelectual, limitação na transmissão e
comunicação em muitos sistemas neurais, cérebro menor que o normal, destacando o
tronco cerebral, lóbulo frontal e cerebelo responsáveis pela atenção, linguagem e controle
motor.
A equipe abordou questões como: fatores sociais e educacionais, inclusão e
acessibilidade. Conforme falado, as crianças com SD apresentam desempenho inferior
em atividades de comunicação, compreensão, socialização e resolução de problemas,
porém muitas dessas crianças, mesmo com limitações cognitivas conseguiram
desenvolver várias habilidades, tendo a família e a escola como suporte para que esse
desenvolvimento acontecesse. Essa parceria família/escola é muito importante para que
a criança se sinta bem no ambiente escolar, pois é nesse espaço que ela descobre um
“mundo” diferente ao qual ela está inserida. Outro fator importante mencionado foi a
necessidade de acompanhamento paralelo com uma psicopedagoga em um contra turno,
para que o aprendizado seja mais eficaz, pois o professor exerce um papel importante
que é orientar as ações no processo de inclusão, trabalhando as diferenças e preconceitos
por parte de pais e alunos com as expectativas e possíveis frustrações mediante as
limitações dos alunos com SD, assim como os familiares.
Na sequência, o grupo pontuou sobre os objetivos formulados pela política de educação
especial os quais são promover a interação social, práticas esportivas e sociais, direito de
escolhas, desenvolvimento de habilidades linguísticas, incentivo à autonomia e possibilitar
o desenvolvimento cultural, artístico e profissional das crianças deficientes. Constatou-se
que trabalhar o lúdico é importante para o desenvolvimento, na primeira infância, pois atrai
a criança e é um recurso que permite o desenvolvimento global, através dos estímulos
nas diferentes áreas; e para que isso aconteça é necessário que os componentes
curriculares sejam adaptados e se preocupem com a linguagem, sistema de calendário,
estratégias de ensino, nível apropriado de currículo, estilo de aprendizagem, emocional,
centrado na própria criança, e apropriado. Outro ponto destacado foi sobre o currículo
funcional, que engloba atividades de vida diária, recreação/lazer, atividades da
comunidade e educação escolar regular, e o currículo não deve ser pré-determinado, pois
ele deve levar em conta que cada indivíduo tem especificidades e diferentes
performances, em atividades variadas.
Por último foi discutido sobre a inclusão e acessibilidade, onde elencaram documentos
importantes, que garantem a inclusão e acessibilidade de pessoas com deficiência
especial como a SD, que são a Declaração de Salamanca - que representa um marco
fundamental para a construção de uma cultura inclusiva na sociedade e nas escolas por
meio das Linhas de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais, que garantem “[...]
O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas
as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais,
emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças
bem dotadas [...]” (BRASIL, 1994, p. 14); e a Convenção de Guatemala, que foi
promulgada no Brasil pelo decreto nº 3.956, de outubro de 2001, deixa claro “[...] a
ilegalidade de um tratamento desigual com base na deficiência, e a diferenciação das
formas para assegurar a integração […]”.
Enfim, a equipe reafirmou a importância de programas de prevenção e intervenção para
facilitar o desenvolvimento de todo o potencial do indivíduo com SD e contribuir com a
qualidade de vida dessas famílias e para o estabelecimento de relações familiares mais
saudáveis.

DEFICIÊNCIA VISUAL

Como proposta para abordar a deficiência visual, a equipe iniciou a apresentação com
uma atividade dinâmica, vendando alguns alunos, a fim de demonstrar, ainda que de
forma superficial e momentânea, como pessoas com deficiência visual vivem. Foi
ressaltada a constituição federal, para mostrar as garantias das pessoas com deficiência.
Pois da garantia constitucional houve como resultado a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência, visando em um de seus aspectos garantir que os professores
devem ter uma formação voltada para uma educação inclusiva, além de promover o
acesso e a continuação de alunos com deficiência em classes de ensino regular. Apesar
dessas garantias há pelo menos 30 anos, foi mostrado que a formação de professores
com uma perspectiva inclusiva ainda é frágil e distante do ideal. Posterior a isso houve a
caracterização do indivíduo com deficiência, pois um simples problema de vista não torna
o indivíduo um deficiente visual, para isso é preciso ter cegueira ou baixa visão, esses
critérios são estabelecidos pela aferição da acuidade visual e pelo campo visual.
Continuando foi abordada as causas da deficiência que pose ser adquirida sendo estes;
miopia, astigmatismo, hipermetropia, catarata, degeneração macular, glaucoma,
alterações retinianas relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes, ou as causas da
deficiência visual podem ser congênitas como; malformações oculares, glaucoma
congênito, catarata congênita e amaurose congênita de Leber. Apesar desse grande
número causas que contribui para a deficiência visual, cerca de 80% dos casos de
cegueira e deficiência visual poderiam ser evitados por meio de ações preventivas com
exames de rotina e tratamento precoce.
Os fatores sociais foi um tema bastante abordado, pois há um grande papel da sociedade
na vida dessas pessoas, para que seja possível a inclusão e participação dessas pessoas,
sem que aconteça distinção, estigma e preconceito que esses indivíduos frequentemente
enfrentam. Desta forma é importante haver uma conscientização e criação de ambientes
acessíveis, assim capacitando as pessoas a superar seus preconceitos, estereótipos,
além de criar uma consciência sobre essa deficiência. Passando para o ambiente escolar
foi mostrado que toda criança tem o direito fundamental à educação, e deve ser dada a
oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem. Assim o sistema
educacional deve ser adequado para receber esses indivíduos, de maneira que possam
ser acolhidos e integrados no ambiente escolar comum. A escolarização de todas as
crianças é garantida pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos. A equipe
também ressaltou que o currículo deve ser adaptado às necessidades das crianças, e não
a criança ter que se adaptar a escola. Há também o problema de introdução da criança
com deficiência visual na escola, pois nem todas conseguem receber uma educação
adequada desde cedo, assim acabam tendo atraso para aprender o Braille que é o
sistema universal de código ou meio de leitura e escrita das pessoas cegas, constituído
por uma combinação de 63 pontos que representam as letras do alfabeto, os números e
outros símbolos gráficos. Após essas explicações houve uma dinâmica para que fosse
possível ter uma experiência de como é ter essa deficiência. Na dinâmica as pessoas
tinham que fazer algumas tarefas de olhos vendados, desta forma tendo um pouco da
noção de como é o universo dos deficientes visuais. Tomando por continuidade foi
explicado o que é um Soroban, instrumento utilizado para trabalhar cálculos e operações
matemáticas; espécie de ábaco que contém cinco contas em cada eixo e borrachas
compressoras para deixar as contas fixas.
Por fim foi mostrado os aspectos de inclusão e acessibilidade, pois de acordo com o MEC,
na portaria nº 2.678/02 são aprovadas as diretrizes e normas para o ensino, a produção
e a difusão do sistema Braille em todas as modalidades de ensino, compreendendo o
projeto da Grafia Braille para a língua portuguesa em todo o país. O grupo também
ressaltou que jogos e atividades lúdicas que envolvam informações tátil, auditiva,
sinestésica e olfativa são importantes para o desenvolvimento do aluno com tal
deficiência. Posteriormente foi mostrado algumas adaptações que os edifícios e ruas
devem ter para que facilite o acesso do deficiente, além de mostrar algumas maneiras de
como outras pessoas devem se portar para proporcionar um ambiente mais inclusivo e
agradável, tendo atitudes como: oferecer lugar no transporte público, identifique-se
sempre, seja gentil, não force uma ajuda. Tais maneiras podem melhorar o ambiente para
a inclusão do deficiente visual.

(Apresentação equipe Deficiência Visual)

SURDEZ

A equipe de número 06 pretendeu, em sua apresentação no dia 23 de maio, abordar a


questão da surdez, mostrando dados importantes, revelando as causas que levam a essa
condição, e, trazendo isso para o contexto escolar. Assim como solicitado pelo prf. ME.
Washington Luís Coelho.
Componentes: A equipe é composta pelos discentes: Airton Sena, Ana Caroline Santos,
Andressa Caroline, Andressa Karen e Márcia Helena.

(Apresentação equipe Surdez)

Apresentação da equipe:
Abriram sua apresentação sinalizando “boa noite” e o tema “Surdez” em Libras,
sinalizaram seus nomes em datilologia (Libras), por conseguinte, explanaram as causas
da surdez e suas consequências na vida da pessoa com essa deficiência. Abordaram o
seguinte tema logo de início: “A importância da temática quanto aos aspectos da formação
docente e inclusão”.
Citaram o artigo da lei que diz o seguinte: “Conforme a Lei nº 13.146/15, Art. 28, o aluno
surdo possui como garantia a oferta de educação bilíngue em Libras como primeira língua
e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes
bilíngues e em escolas inclusivas”.
Abordaram as tipologias da surdez. E aqui a equipe fala sobre as causas da surdez no
corpo humano. Eles se utilizaram de ferramentas visuais para a apresentação e
mostraram uma imagem que nos permite visualizar as partes de um ouvido humano.
Em seguida a equipe fala para os colegas de classe presentes os graus de surdez. Tais
como:
 Surdez condutiva
 Surdez neurossensorial
 Surdez mista
Expondo assim cada um desses graus de surdez. Com outra imagem eles apresentaram
os níveis de perda auditiva. Continuaram com sua apresentação abordando as causas da
surdez, tais como: surdez de condução e surdez de cóclea, entre outros fatores. Não
ficaram apenas nas causas, apresentaram também os tratamentos que uma pessoa com
deficiência auditiva pode procurar. Através de imagens mostraram um aparelho auditivo
e explicaram como o mesmo funciona.
As discussões benéficas em sala de aula começaram mais intensas com a abordagem
das questões sociais relacionadas à surdez. A equipe fala sobre a dificuldade dos surdos
na sociedade. Trazem essa realidade do convívio social e abordam o tema do currículo
escolar. “Os alunos precisam ser motivados, e no caso do surdo, é necessário que o
professor cative diariamente e possibilite a inclusão dos mesmos nos mais diversos
momentos na escola, seja na sua chegada à sala de aula, nas atividades didáticas”.
“Aluno com deficiência auditiva deve sentar-se na primeira fileira, evitar cantos/paredes
(especialmente com perdas unilaterais – orelha melhor, jamais virada para a parede),
explanar sempre de frente, jamais falar pro quadro/lousa, boca sempre sob o olhar do
aluno”. Assim mostraram como os professores devem estar atentos para essa realidade
de alunos surdos.
A turma participa de maneira efetiva em relação a isso, pois é uma classe de futuros
professores, sabem que deverão estar atentos para essas questões. Por fim, a equipe
falou sobre educação especializada para pessoas surdas. Colocando a importância de
um profissional formado em libras para o atendimento escolar desse aluno(a), e
intensificam juntamente com os questionamentos (colocações) dos colegas a importância
do professor saber a linguagem de libras.
“A organização didática desse espaço de ensino implica o uso de muitas imagens visuais
e de todo tipo de referências que possam colaborar para o aprendizado dos conteúdos
curriculares em estudo, na sala de aula comum”.
Continuando a apresentação, eles abordam quatro leis referente a inclusão e
acessibilidade, essas seguintes.
 Lei da Acessibilidade nº 10.098
 Lei 10.436 e Lei 12.319 de Libras e regulamento da profissão de Tradutor e
Intérprete da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.
 Lei Nº 13.146 Criada em 2015, é a Lei Brasileira de Inclusão
 A Lei 8.213 de Cotas, que é de 1991, aborda a inclusão de pessoas com deficiência
no mercado de trabalho.

TEA

Ocorrido no dia 30 de maio, a apresentação do seminário da equipe 6, composta pelas


discentes Greiciane Santos, Maria do Socorro de Oliveira, Maria Zilda Ribeiro, Rosilan
Leocádio e Rosinete Vieira, explanou sobre o tema Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A equipe iniciou a sua apresentação com uma imagem referente à representação
sensorial de um autista, explicando que a sensibilidade sensorial é um dos sintomas do
Transtorno do Espectro Autista (TEA), e se trata de maior dificuldade em processar
estímulos sensoriais, como cores, sons, texturas, luzes, cheiros etc. Nesse sentido o
transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento
caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na
comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e
estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades. Em
seguida demonstrou-se ainda imagens referentes à simbologia e as cores que
representam o autismo.
Explicaram sobre o DSM-5 que é uma cartilha técnica e conta com cinco capítulos, o
material é voltado a profissionais da área da saúde e acadêmico, e reforçando sobre o
atendimento educacional especializado para estudantes com o transtorno do espectro
autista (TEA). Seguindo na apresentação a componente da equipe Rosilan Leocácio
relatou sua experiência de vida com o seu filho autista, ressaltando os desafios e todo
aprendizado diário perante ao convívio social com seu filho. Foi de suma importância a
sua contribuição tanto no entendimento próprio para saber lidar com as especificidades
que uma criança autista precisa, como ao entendimento para a turma referente a temática.
Além disso, relatou-se sobre uma pesquisa realizada pelo IBGE, onde estima-se que há
cerca de 2 milhões de autistas no Brasil, reverberando essa informação pode-se entender
sobre o impacto que isso ocorre na educação pública, situação na qual a inclusão de
pessoas autistas ainda apresenta muitos desafios. Também expuseram os três
elementos da tipologias do autismo que se definem como: A da asa, A da organização
mundial de saúde, A do DSM-V. Conjuntamente explicaram que o autismo pode ocorrer
isoladamente ou em associação com outros distúrbios que afetam o cérebro, como
Síndrome de Down e epilepsia, o Q.I. de crianças autista, em aproximadamente 60% dos
casos, mostram resultados abaixo dos 50, 20% entre 50 e 70 e apenas 20% tem
inteligência maior do que 70 pontos e formas mais graves podem apresentar
comportamento destrutivo, auto-agressão e comportamento agressivo que podem ser
muito resistente às mudanças.
Logo apresentou-se as características comuns em pessoas autistas que podem dificultar
a socialização sobre os aspectos sociais e educacionais. Apontaram algumas citações de
autores que reflete sobre o contexto educacional, principalmente em crianças que
necessitam de uma educação especial e inclusiva, como exemplo temos; Chiote (2013,
p.21), aponta que incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola
regular, é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas, investindo em
suas potencialidades, construindo assim, o sujeito como um ser que aprende, pensa,
sente, e participa de um grupo social em suas singularidades.
Foi destacado exemplos de alguns autistas que inovaram na ciência, como: Barbara
McClintock (1902-1992),Paul Dirac (1902-1984),Michelle Dawson (1961) e Temple
Grandin (1947). Evidenciou-se como adequar o currículo escolar com estratégias de
adaptação para alunos autistas, citando o Decreto 7.611/2011 que define o atendimento
educacional especializado o AEE, como função de identificar, elaborar e organizar
recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras que venham impedir
a participação dos estudantes, considerando suas necessidades específicas.
Finalizaram a apresentação, sobre a importância da inclusão e acessibilidades de
indivíduos com TEA, diante aos aspectos sociais e educacionais, entendendo que
crianças e jovens precisam não só de acesso à saúde ou a educação, mas, de
participação efetiva e com qualidade nos espaços sociais e que estes espaços respeitem
suas singularidades. Contudo, a apresentação foi bem dinâmica, uma das componentes
da equipe, Rosilan Leocádio, expôs um pouco acerca de sua experiência enquanto mãe
de uma criança com TEA, o professor sempre intervia quando necessário, deixando
sempre o espaço de fala livre se algum aluno da turma quisesse contribuir na fomentação
do assunto.
(Apresentação Equipe TEA)

TDAH

Aos dias 6 de junho de 2023, a equipe composta por Clara costa, Dieyson Nunes, Maria
Bárbara Costa e Nathalie Noronha apresentou o tema Transtorno de Déficit de Atenção
Hiperatividade (TDAH), que é um transtorno neurobiológico que acomete na infância e
pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Caracteriza-se pela falta de atenção,
hiperatividade e impulsividade. Na ocasião foram apresentados três tipos:
hiperativo/impulsivo, desatento e combinado. Cada um é caracterizado por sintomas
específicos, que estão descritos no Manual Diagnóstico e Estático dos Transtornos
Mentais (DSM-V). No hiperativo/impulsivo, são observados alguns sintomas, como:
inquietação, dificuldade em permanecer sentado, corre ou se movimenta de forma agitada
em determinadas situações, entre outros; o tipo desatento não consegue manter o foco
nas atividades ou tarefas propostas, se distrai facilmente por estímulos internos e
externos, tem dificuldade em organizar tarefas e atividades, e etc., e o combinado possui
seis ou mais sintomas do desatento e seis ou mais sintomas do hiperativo impulsivo.
Segundo o relato do grupo, o diagnóstico se dá exclusivamente por exame clínico (feito
por um neuropsicólogo, neurologista ou neuropediatra), resultante dos sinais e sintomas
apresentados pelo indivíduo. Nesse exame, o profissional analisa os sintomas, a duração,
a frequência, a intensidade e persistência. De acordo com os dados expostos, existem
alguns fatores causadores do TDAH, que são os fatores genéticos (marcadores fenótipos
dos familiares), os biológicos (que são transmitidos nos gêmeos monozigóticos e
dizigóticos) e fatores ambientais (agentes psicossociais que atuam no funcionamento
adaptativo e na saúde emocional) do tipo desentendimento com a família, transtornos
mentais nos pais e uso de drogas como nicotina e álcool, na gravidez. Acerca do currículo
escolar, a equipe citou o PL de nº 3517/2019, ao qual estabelece que o poder público
deva “[...] manter programa de diagnóstico e tratamento de estudantes da educação
básica com dislexia e TDAH por intermédio de equipe multidisciplinar, com a participação
de educadores, psicólogos, psicopedagogos, médicos, fonoaudiólogos, entre outros.
Além disso, a proposição estabelece que as escolas de educação básica devam
assegurar o acesso aos recursos didáticos adequados à aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos, bem como capacitação para os professores para
identificação precoce dos transtornos de aprendizagem” (Brasil, 2017).

ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO

A sétima equipe a se apresentar vem tratar sobre altas habilidades que o ser humano
pode desenvolver durante sua vida, precisamente na vida do educando no qual o mesmo
se diferencia dos outros colegas ao exercer atividades mais complexas, a equipe também
coloca maneiras de como essa pessoa podem desenvolver essa habilidade da
superlotação. Tendo como componentes os alunos: Carlos Iuryck, Dayanne Abreu,
Railson França e Thaynna Vale. A equipe começa a sua apresentação mostrando as
formas de diagnóstico da superlotação, ressaltando porque o teste de QI não se configura
como um diagnóstico preciso pois o mesmo se limita ao campo acadêmico, como disse a
equipe.
Se utilizando de recursos visuais durante a apresentação a equipe apresenta a teoria dos
3 anéis (Renzulli).
 Capacidade acima da média
 Criatividade
 Envolvimento na tarefa
1.0

Continuando sua apresentação a equipe pontua os tipos de superdotação, colocando a


superdotação académica e a superdotação criativa produtiva, onde a superdotação
acadêmica se resume ao meio acadêmico e a superdotação criativa produtiva é aquela
na qual o indivíduo se esforça para buscar soluções para problemas sociais.
Ainda sobre isso se utilizando de recursos visuais a equipe cita o filme o menino que
descobriu o vento, onde conta a história de um garoto e que deseja ajudar a vila em que
mora construindo um cata-vento.

1.1
Em seguida a equipe começa a abordar as tipologias de altas habilidades e superlotação
tais como:
 TIPO INTELECTUAL
 TIPO ACADÊMICO
 TIPO CRIATIVO
 TIPO SOCIAL
 TIPO TALENTO ESPECIAL
 TIPO PSICOMOTOR

Começaram então a abordar os fatores educacionais que envolvem a superdotação


citando a seguinte lei: LEI N° 9.394 DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
Neste momento da apresentação da equipe surgiram vários questionamentos da turma
devido a equipe citar vários problemas sociais educacionais que cercam a superlotação
os pais como os fatores econômicos e familiares.
Seguindo a ideia que foi colocada para todas as equipes para trazer a realidade abordada
para o ensino a equipe procura abordar o tema de como adequar o currículo escolar para
a realidade da superdotação. Assim colocam 6 pontos importantes tais como:

 Tempo previsto
 Finalidade do encontro
 Expectativas de aprendizagem
 Conteúdo
 Material
 Sequência de atividades
Mostrando assim, que o professor deve ter um tempo previsto de aula, uma finalidade
para a aula, deve ter uma expectativa da aprendizagem do seu aluno, deve apresentar
um conteúdo especializado para aquele aluno especificamente, deve utilizar na sua aula
um material específico, e deve sempre colocar sequência de atividades assim como
abordou a equipe. Ao final fizeram uma dinâmica com todos, os alunos ficaram em círculo
e deram as mãos, deveriam memorizar quem estavam dos lados e depois soltaram as
mãos e andaram aleatoriamente pela sala, depois pararam e, de onde estavam, tiveram
que dar as mãos para quem estava anteriormente do seu lado sem sair do lugar e depois
conseguir desenrolar e voltar para o círculo primeiro, exemplificando que o indivíduo com
superdotação e altas habilidades podem encontrar formas diferentes e mais rápidas de
solucionar um problema apresentado a todos.
(Apresentação Equipe Altas Habilidades e Superdotação)
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por fim este trabalho relatou como as equipes desenvolveram os temas de: deficiência
intelectual, síndrome de down, deficiência visual, surdez TEA, TDAH, altas habilidades e
superdotação. Tais apresentações foram importantes para que o profissional da área de
educação, quando estiver em contato com essa necessidade especial do aluno, possa ter
discernimento e instrução para lidar com as necessidades do educando, e assim não ser
tomado pela surpresa, preconceitos sociais e outros aspectos que dificultam o ensino-
aprendizagem do indivíduo. Tais apresentações foram de extrema relevância para quebra
de paradigmas sociais e preconceitos estabelecidos pela falta de conhecimento em tais
assuntos. Assim este trabalho foi um marco para a mudança no olhar dos indivíduos com
alguma necessidade especial, que não deve ser visto como alguém que deve ser
separado, mas em todos os casos, deve ser incluído e sempre inserido para seu
desenvolvimento e também da sociedade que precisa evoluir para incluir tais pessoas em
seu meio.
REFERÊNCIAS

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projeto de lei do Senado Nº 402, de 2008). Dispõe sobre o acompanhamento integral para
educandos com dislexia ou Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
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