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MANAUS
2017
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MANAUS
2017
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BANCA EXAMINADORA
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Profa. Dra. Marinês Viana de Souza
FACED/UFAM
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
O trabalho aborda uma reflexão sobre a prática pedagógica nas atividades do Estágio
Supervisionado I, integrante da Matriz Curricular do Curso de Pedagogia da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Com base num diálogo sobre a prática
docente, são apresentadas as demandas e perspectivas da formação do pedagogo
durante sua atuação com as crianças pequenas na Educação Infantil. Segundo a
legislação vigente, a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação básica e deve
promover a formação do educando nos seus aspectos físico, psicológico, intelectual e
social. Os autores que subsidiaram a discussão baseiam-se em Ostetto (2000; 2010);
Oliveira (2011), Bissoli, Nogueira e Both (2014) e outros. O Estágio em Docência foi
realizado em um Centro Municipal de Educação infantil (CMEI) da zona sul da cidade
de Manaus, sendo registrado por meio do caderno de campo, um roteiro de
observação sistemático e do registro fotográfico. Espera-se que os apontamentos
apresentados no texto tragam uma reflexão sobre a prática docente no contexto da
Educação Infantil e apontem um horizonte de aprendizagens e superação dos desafios
educacionais nesta etapa da Educação Básica.
Palavras-Chave: Formação docente. Pedagogia. Estágio Supervisionado. Prática
Pedagógica.
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ABSTRACT
CF – Constituição Federal
EI - Educação Infantil
EP - Educação Popular
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................................11
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................34
REFERÊNCIAS.............................................................................................................35
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INTRODUÇÃO
De forma mais clara é por meio de uma prática social determina socialmente
que o pensamento freiriano se constitui como popular e nisto como emancipador,
libertador. Nisto concordamos que:
[...] Porém essa realidade não existe, como tal, alheia ao homem e a
sociedade; é o agir individual, grupal, coletivo, consciente e
intencionado - e em todos os níveis - o que cria, modifica, e transforma
constantemente a mesma realidade. A isto chamamos “prática social”.
(HURTADO, 1993, p.44)
Prefeitura de São Paulo, na gestão da Prefeita Luisa Erundina. Após a morte de sua
primeira esposa, casou-se com Ana Maria Araújo Freire, conhecida como Nita Freire,
uma ex-aluna do Colégio Oswaldo Cruz.
Por seu trabalho na área educacional, Paulo Freire foi reconhecido
mundialmente. É o brasileiro com mais títulos de Doutor Honoris Causa de diversas
universidades, são 41, ao todo, entre elas, Harvard, Cambridge e Oxford. Encerra sua
carreira em vida, falecendo em São Paulo, no dia 2 de maio de 1997. ·.
Para Paulo Freire (FREIRE, 1995, 2002, 2011) a educação oferecida deveria
ser aquela que despertasse a consciência daquele que é oprimido pela classe
burguesa e instigasse o educando a sempre buscar novos conhecimentos. Ao invés
de apresentar o mundo em que se encontram, de modo acrítico, ele propõe convidá-
los a indignação.
premissa que gerou o conceito de infância parte de uma concepção idealista, posto
que a infância seria uma fase de pura inocência, de ignorância.
E ainda que se elaborassem novas teorias para aproximar do real o conceito
de infância, na essência não se alteravam, sendo sustentado, como ainda o é, a
ideia da infância como o tempo, ou a fase onde a ignorância e a escuridão são
permanentes, e que somente por meio da educação, seria possível ultrapassar estas
trevas.
Somente com os estudos dos teóricos da Escola Soviética de Psicologia é
que este conceito ganha um novo direcionamento, haja visto que os mesmos,
tomando como base os aportes de Marx sobre produção e reprodução do homem
por meio do trabalho, tomando também o ser humano como ser criativo,
desenvolvem um conceito que se sustenta nas relações materiais entre os homens.
O conceito de infância surge, pois até o século XVII, ao menos, crianças eram
adultos em miniatura. Há as contribuições de Rousseau, que aliás, em muito se
aproximam das compreensões de Paulo Freire, sobre as especificidades na
educação. Com a revolução industrial, a questão das crianças se põe, em função
dos interesses do modo de produção. Daí as creches, etc. Mas uma educação que
valorize a criança e a infância, é bem recente, do ponto de vista de bandeiras de
lutas, legislação e conquistas práticas.
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claro que ela, assim como as crianças, precisa estudar e aprender sempre (FREIRE,
2003).
As atividades de planejamento devem envolver uma intencionalidade, e vale
ressaltar que um trabalho com qualidade está relacionado a um trabalho planejado
(OSTETTO, 2000). Para a autora, o planejamento marca a intencionalidade do
processo educativo, porém, esse planejamento não pode restringir-se à ideia e à
concepção escrita no papel. Comentando ainda sobre o registro, planejamento e
avaliação das atividades realizadas na Educação Infantil, a autora afirma que:
Com base na meta apresentada, foram delineadas estratégias para que nos
próximos anos haja avanços qualitativos e quantitativos na educação infantil e na
oferta dessa etapa de ensino a pelo menos metade das crianças brasileiras. A
estratégia 1.8 estabelece o compromisso do Poder Público na formação inicial e
continuada de profissionais da educação infantil, de modo que progressivamente esse
atendimento seja consolidado por profissionais com formação em nível superior
(BRASIL, 2014).
Ao mesmo em que os dispositivos legais consubstanciam a formação de
profissionais em nível superior, por meio da indissociabilidade entre teoria e prática,
ainda é comum observar no Brasil, por ser este um país com dimensões continentais,
milhares de profissionais atuando sem a mínima formação na educação infantil.
As atuais Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível
superior e para a formação continuada (BRASIL, 2015) legitimam a importância de que
os professores dos mais diferentes níveis e etapas de ensino possuam formação inicial
e continuada a partir de princípios comuns: (a) sólida formação teórica e
interdisciplinar; (b) unidade teoria-prática; (c) trabalho coletivo e interdisciplinar; (d)
compromisso social e valorização do profissional da educação; (e) gestão democrática
e, (f) avaliação e regulação dos cursos de formação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS