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CAPITÃO POÇO – PA
2017
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CAPITÃO POÇO – PA
2017
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
The paper called inclusive education: an analysis of the situational reality the inclusion
of deaf at City school teacher Sílvio Nascimento came from the interest in studying the
inclusion of deaf students in the school environment. The issue addressed here was born from
the concern of researchers who through observations of the learning environment, place of
teaching performance, realize that many professionals working in the school do not have
training in inclusive education. This led the researchers to think about the research of
pedagogical practices of teachers crowded in units that serve students with hearing
impairment. The literature review on the subject was the first path trodden seeking
clarification of the issue. So that research could take shape broke up the following questions:
What is the situational reality of the inclusion of deaf students in public schools? What the
deaf inclusion of conditions in the school hall, with regard to knowledge of POUNDS? As the
teacher develops the teaching and learning process of deaf students? The hypothesis assumes
that there is a very large deficit of skilled professionals in inclusive education. Starting from
this hypothesis realize the immeasurable importance of not only training but also the
continuing education of individuals who work in classes for pupils with hearing impairment.
Such research aims to achieve the following objectives: to know the situational reality of the
inclusion of deaf students in the public school in the city of Captain Wells / PA; diagnose the
reality of inclusion of deaf students; determine the conditions for inclusion of deaf students in
the public school with regard to knowledge of POUNDS; known as the teacher develops the
teaching and learning process of deaf students. To solidify the work, it was decided to conduct
a field approach and literature based on the following authors: Paulo Nunes de Almeida;
Celso Antunes; Julianne Fischer; Ana Paula Fischer Hort and Ivan Carlos Hort; T. M.
Kishimoto; Luzia Lima; Maria Teresa Egler Mantoah; Maria de Fatima Silva Caldeira
Minetto; Carlos Alberto Medrano and Evelise Vieira Melo Rodrigues; Hélcio de Castro
Monteiro; Luciana Monteiro do Nascimento; Aline Maira da Silva. The field research and
bibliographic approach enabled the researchers to conclude that the factors that hinder the
work in inclusive education are: the lack of training offered to professionals of education, lack
of teaching materials, lack of adequate space to receive these children; the neglect of the
competent municipal body towards inclusive education. The results point to a change in
posture of the subjects of the educational and municipal spheres: mayors, school principals
and teachers. For there will be no change to the discourse of responsibility bequeathed to the
other continue. The teacher needs to mobilize in search of improvement, it is up to the school
principal seeking resources to improve the school environment and the city needs to do its
legal part by providing working conditions for education professionals.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................9
CAPITULO 1: CONTEXTUALIZANDO HISTORICAMENTE A EDUCAÇÃO
ESPECIAL E O PROCESSO DA INCLUSÃO:..................................................................11
1.1 CONCEITOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E DA INCLUSÃO....................................11
1.2 LEGISLAÇÃO DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA PAUTADA EM FATOS
HISTÓRICOS...........................................................................................................................14
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa se justifica pela necessidade de um estudo acerca da inclusão dos alunos
surdos na escola regular de ensino, no município de Capitão Poço no Estado do Pará.
Diante da presença de pessoas surdas no Município e em idade escolar, surgiu a
necessidade de se ter um quadro que retrata a condição de inclusão na Escola Municipal
Professor Sílvio Nascimento. Nesse sentido, questiona-se qual a realidade situacional da
inclusão de surdos na escola regular de Ensino de Capitão Poço/PA? Portanto, esta pesquisa
originou-se a partir da inquietação em se conhecer a realidade do aluno surdo, com relação ao
processo de inclusão educacional.
Neste sentido, foi realizado um estudo de campo voltado à Escola Municipal Professor
Sílvio Nascimento.
Sendo assim, esta pesquisa busca alcançar alguns objetivos, como: Conhecer a
realidade situacional da inclusão de alunos surdos na escola municipal de ensino; diagnosticar
e qualificar a realidade da inclusão dos alunos surdos; averiguar as condições de inclusão do
surdo na escola municipal, no que se refere ao conhecimento de LIBRAS; Conhecer como o
professor desenvolve o processo de ensino e aprendizagem do aluno surdo.
Diante a formulação dos objetivos, algumas questões surgiram para nortear o projeto,
sendo as seguintes: Qual a realidade situacional da inclusão de alunos surdos na escola
municipal? Quais as condições de inclusão do surdo na escola municipal, no que se refere ao
conhecimento de LIBRAS? Como o professor desenvolve o processo de ensino e
aprendizagem do aluno surdo?
Durante a elaboração deste trabalho utilizou-se como metodologia a pesquisa de
campo e pesquisa bibliográfica, associadas a uma abordagem qualitativa e quantitativa. Do
ponto de vista da sua natureza, a pesquisa a ser realizada foi de forma aplicada.
Para a sua realização, a pesquisa de campo teve como sujeitos: professores de alunos
surdos, diretor da escola, pais dos alunos surdos e os próprios alunos surdos.
Neste sentido, o instrumento utilizado para a coleta de dados é o questionário, com
perguntas abertas, por meio das quais será feito o levantamento de dados e em seguida a
análise na forma de tabelas, realizando um tratamento destes dados considerando uma
abordagem qualitativa e quantitativa.
Para que haja uma melhor compreensão, este trabalho está dividido em quatro
capítulos, sendo que o primeiro capítulo faz um breve relato da história da educação especial
e inclusiva, contextualizando historicamente a educação especial e o processo da inclusão em
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Para entender melhor o tema proposto será abordado neste capítulo um breve relato da
história da educação especial e inclusiva, contextualizando historicamente a educação especial
e o processo da inclusão, bem como um relato sobre conceitos da educação especial e da
inclusão possibilitando o conhecendo da educação especial em suas fases históricas. De igual
modo, enfatiza-se aqui a legislação da educação inclusiva pautada em fatos históricos, as
políticas públicas e a luta pela inclusão. Estão também apresentadas as novas concepções
sobre inclusão escolar e a maneira de compreender o aluno especial em suas diferenças.
De acordo com este pensamento, percebe-se que a educação inclusiva tem como
objetivo superar qualquer forma de descriminação e assegurar uma educação de qualidade
para todos. Nesta perspectiva podemos observar que através da inclusão se torna mais fácil
aprender a conviver e a respeitar as diferenças. Não só a escola mas a sociedade precisa fazer
parte da inclusão desse individuo.
Silva (2006, p.35) afirma que quando compreendemos a escola como um reflexo da
sociedade (e vice-versa), aceitamos o fato de que, se uma se modifica automaticamente a
outra corresponde.
Desse modo vemos que a responsabilidade não cabe apenas à escola e sim a um todo,
que pode proporcionar a esse educando a oportunidade de desenvolver seu potencial. No
entanto, é importante ressaltar que a escola é a porta de entrada para que o aluno com
necessidades especiais venha usufruir dessas oportunidades.
De acordo com Mantoan (1988, p. 34):
A inclusão é uma inovação, cujo sentido tem sido muito distorcido é um movimento
muito polemizado pelos mais diferentes seguimento educacionais e sociais. No
entanto inserir alunos com déficits de toda ordem, permanentes ou temporários, mais
graves ou menos severos no ensino regular nada mais é do que garantir o direito de
todos à educação.
Percebe-se aqui que ambas as abordagens acima, mostram que a inclusão é um fator
importantíssimo para garantir o direito de todos à educação, sendo algo possível mesmo
diante dos obstáculos e dificuldades que são impostas por algumas distorções.
Segundo Silva 2006, sempre há um obstáculo a ser ultrapassado. E, ao invés de
promovermos a inclusão, fatalmente geramos a exclusão, deixando de lado a busca pelo novo.
E para que isso não ocorra, devemos diversificar as práticas pedagógicas, para assim tratar a
inclusão como verdadeiramente algo benéfico para o deficiente e para toda a sociedade.
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Com base na história, pode-se afirmar que foi especificamente no século XIX, que a
escola especial passou a exercer um papel importante para as pessoas com deficiência. Hort e
Hort (2009, p.13), afirmam que “diferentemente do que imaginamos a escola especial não foi
criada para segregar as pessoas com deficiência, e sim para dar oportunidades de ensino que o
sistema regular negava a essas pessoas”.
Sabemos que no decorrer dos séculos, “as mudanças, sendo radicais ou não, são
cercadas de incertezas, de medos e de muita vontade de encontrar novas maneiras de ver o
problema, para que se tenha sustentação para a realização da mudança”. (SILVEIRA E
NASCIMENTO, 2011, P.17).
Neste sentido, a inclusão pressupõe mudanças de velhas práticas. Tais mudanças
possibilitam novas ideias, novas formas de pensar e, ao mesmo tempo, uma nova maneira de
organizar a sociedade em sintonia com a realidade.
A inclusão, neste contexto de mudanças, tornou-se um resultado de um processo de
acumulação de lutas em prol das necessidades históricas, fato este que nos ajuda a entender as
transformações que vem ocorrendo no campo educacional e social.
Sobre a educação especial e inclusiva, vale a pena ressaltar um pouco da história que
teve seu início nos Estados Unidos, através da lei pública nº 49.142, de 1975 (HORT e HORT
2009, p.40) e, desde então, há em todos os Estados Unidos o estabelecimento de programas e
projetos dedicados à educação inclusiva.
Nos anos 70, nos Estados Unidos, houve um avanço nas pesquisas e teorias sobre a
inclusão, no sentido de propiciar melhores condições de vida aos mutilados da
guerra do Vietnã. Somente a partir de 1975, a educação inclusiva teve início naquele
país, através da lei 94.142, que estabeleceu a modificação dos currículos de uma
relação entre escolas, bibliotecas, hospitais e clínicas, passando a defender a
inclusão em larga escala.
Neste contexto de transformações, surgiu em 1989, a Lei Federal 7853 que prevê a
oferta obrigatória e gratuita e estabelecimento público de ensino e prevê crime punível com
reclusão de um a quarenta anos para os dirigentes de ensino público e particular que se
recusarem ou suspenderem sem justa causa a matrícula de um aluno com necessidade
especial.
No Brasil, o direito para todos foi estabelecido na constituição de 1824, durante o
Império. As constituições brasileiras de 1944 e 1946, da mesma maneira garantiam a todos o
direito à educação. Porém, a partir de 1961, que a educação especial passou a ser vista pela
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primeira vez no Brasil como uma educação importante para o desenvolvimento da pessoa
especial, e isso, por meio da Lei de Diretrizes e Bases 4.024/61 a qual diz que a educação
especial deve no que for possível se enquadrar no sistema geral de educação.
No ano de 1996, a LDB 9394/96, se ajusta a Legislação Federal e declara que a
educação de pessoas com necessidades especiais deve ser feita preferencialmente na rede
regular de ensino. De acordo com Hort e Hort (2009, p.40):
Os movimentos e as reivindicações iniciados na década de 70 foram intensificados
nos anos de 1980, com a constituição federal de 1988 que, em seu art. 206, inciso I,
determinou como um dos princípios para o ensino “a igualdade de condições de
acesso e permanência na escola”. (BRASIL, 2008).
Após todo esse processo, percebe-se que mudanças sociais foram surgindo em vários
setores, novos conceitos começaram a surgir. A partir da década de 90 com a criação da
Declaração de Salamanca (1994), as pessoas começaram a “ver com outros olhos” o problema
da inclusão. A Declaração de Salamanca é um documento resultante da Conferência mundial
em educação especial organizado pelo governo da Espanha em cooperação com a UNESCO,
realizada em Salamanca entre 7 e 10 de junho de 1994.
A Declaração discute a prática e a garantia da inclusão à pessoas com deficiência.
Sendo assim, de acordo com a Declaração “o princípio fundamental da escola inclusiva é o de
que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de
quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter.” [...]. (SALAMANCA, 1994).
Podemos apresentar alguns trechos da declaração de Salamanca, os quais enfatizam:
Educação inclusiva: capacitar escolas comuns para atender todos os alunos,
especialmente aqueles que tem necessidades especiais; Princípio da inclusão:
reconhecimento da necessidade de se caminhar rumo a escola para todos – um lugar
que inclua todos os alunos, celebre a diferença, apoie a aprendizagem e responda as
necessidades individuais; Toda pessoa tem o direito fundamental a educação e a ela
deve ser dada a oportunidade de atingir e manter um nível aceitável de
aprendizagem. [...] o princípio fundamental da escola inclusiva consiste em que
todas as pessoas devem aprender juntos, onde quer que isto seja possível, não
importam quais dificuldades ou diferenças elas possam ter. [...]. os currículos devem
ser adaptados as necessidades dos alunos e não o inverso. As escolas devem,
portanto, oferecer oportunidades curriculares que se adaptem a alunos com
diferentes interesses e capacidades.[...]. (SALAMANCA, 1994).
Assim, podemos observar que a educação deve ser oferecida a todos, com qualidade,
sem restrições ou preconceito, pois ainda segundo a Declaração, [...] “as escolas inclusivas
devem reconhecer e responder às necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos
os seus estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando uma educação de qualidade à todos”.
[...] (SALAMANCA, 1994).
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Não podemos deixar de usufruir das leis as mesmas, pois elas existem e temos que
deixar valer. Se ainda não é do conhecimento geral, é muito importante que esse
conhecimento chegue aos interessados para que façam uso de suas atribuições no meio social.
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Por isso, ao trabalhar com a questão da inclusão, primeiramente deve - se saber qual o
conceito de inclusão social. Para isso, Sassaki (apud SAMPAIO 2009, p.38), conceitua
inclusão social como o:
Processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar-se
mutuamente, tendo em vista a equiparação de oportunidade e, consequentemente,
uma sociedade para todos (…). A inclusão significa que a sociedade deve adaptar-se
às necessidades da pessoa com deficiência para que esta possa desenvolver-se em
todos os aspectos de sua vida.
De acordo com este conceito fica claro, a maneira de como deve ser realizada a
inclusão social, de modo que a sociedade, em geral, deverá equiparar condições de
convivência com sujeitos que apresentem alguma deficiência, além de procurar adaptar-se às
necessidades daquelas pessoas, e não fazer o contrário.
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Segundo Pessotti (apud SILVA 2010, p.15), “[...] as crianças com deficiências físicas
ou mentais nascidas em Esparta eram eliminadas ou abandonadas, [...] em Atenas, também
havia o costume de manter vivos somente os filhos fortes e com boa saúde, mas essa decisão
era tomada pelo pai, e não pelo Estado como em Esparta.”
Essa realidade histórica, não acontecia apenas na Grécia conforme nos ressalta Pessotti
(apud SILVA 2010, p.15), “práticas de abandono e negligência eram muito comuns na
Antiguidade e aconteceram em diversas regiões européias.”
Como podemos observar, a história nos mostra que na Antiguidade, indivíduos que
apresentassem qualquer tipo de deficiência, não eram tratados como sendo uma pessoa
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normal, tanto para a sociedade, quanto para o Estado, que com medidas drásticas de
abandonos buscava tirar essas pessoas do meio e do convívio social.
No entanto, a partir da Idade Média, com a propagação do cristianismo, a história
começa a tomar um novo rumo para com esses indivíduos.
Segundo Emmel (apud SILVA 2010, p.17), na Idade Média, o quadro de abandono de
indivíduos com deficiência mudou devido a propagação da doutrina cristã que incutia na
população o pensamento de que o homem era uma criatura divina e que deveriam ser aceitos e
amados.
É sabido que somente a partir da chegada do cristianismo, durante a Idade Média, foi
que pessoas com deficiência passaram a serem aceitos pela sociedade e ter um pouco mais de
dignidade. Porém, esta bem feitoria não foi dada totalmente de graça, e deve ser vista por dois
lados diferentes.
Pessotti (apud SILVA 2010, p. 17) destaca que, com a chegada do cristianismo a
pessoa com deficiência deixou de ser abandonada, no entanto, eram cobrados desses
indivíduos exigências éticas e religiosas.
Rafaeli e Silveira, (2009, p.14) enfatizam que até o final da idade
“os pais que possuíam um filho surdo estariam pagando por pecados anteriormente
cometidos” deste modo, mostram outra realidade ocorrida nesse período quando “as
crianças surdas eram consideradas diferentes das ouvintes; sob essa perspectiva da
igreja, elas possuíam alma mortal, porém não podiam pronunciar os sagrados
sacramentos”
Como se pode perceber, a igreja agia como uma “faca de dois gumes”, onde dava de
um lado e tirava de outro.
Agora, que já conhecemos um pouco sobre a história das pessoas com deficiência,
chegou o momento de discutirmos sobre o surgimento da educação para esses indivíduos.
Segundo Mendes (apud SILVA 2010, p.17) “a história da educação especial no mundo
teve seu início no século XVI [...]”. De acordo com esta afirmação percebe-se que as pessoas
com deficiência que nasceram anteriormente a este século não tinha acesso à educação.
De acordo com Noronha e Pinto, “o frade Pedro Ponce de Leon, em meados do século
XVI, levou ao mosteiro de Oña a educação de 12 crianças surdas com surpreendente êxito”.
Este fato fez com que Ponce de Leon ficasse reconhecido como sendo o iniciador do ensino
para surdos e criador do método oral.
A partir da experiência positiva do frade, a educação especial começou a se espalhar
pelo mundo, e escolas começaram a serem criadas, como por exemplo, a primeira escola
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pública para surdos, fundada na segunda metade do século XVII, pelo abade L’Epée em Paris,
na França.
A partir da experiência positiva do frade, a educação especial começou a se
espalhar pelo mundo, e escolas começaram a serem criadas, como por exemplo, a primeira
escola pública para surdos, fundada na segunda metade do século XVII, pelo abade L’Epée
em Paris, na França.
Daí em diante, várias outras escolas, voltadas ao ensino do aluno surdo, foram
criadas na Europa. Segundo Nogueira, (apud MORI e SANDER, 2015) em 1778, na
Alemanha, cria-se uma escola em Leipzig, onde o representante na área da educação de
surdos é Samuel Heinick, de onde surgem as primeiras ideias sobre a educação oralista.
O oralismo objetivava a fala dos surdos, ou seja, fazer com que o surdo, de certa
forma, pudesse tornar-se ouvinte e interagisse com a sociedade através da leitura labial.
Porém as ideias de ensino do francês e do alemão confrontavam uma com a outra, tendo,
então que serem submetidas a uma análise pela Comunidade Científica Europeia da época,
conforme nos explica Goldfeld, (1997, p.26),
As metodologias do francês L’Epée e do alemão Heinick se confrontaram e
ambas foram submetidas à análise da comunidade científica europeia da
época. Os argumentos de L’Epée foram mais convincentes e por isso tiveram
larga aceitações pelas demais escolas de surdos pela Europa, enquanto que
para Heinick os recursos para a ampliação de seu instituto foram negados.
A partir da década de 1980 até 1990, renasce no Brasil o uso dos sinais, mais
precisamente a filosofia educacional chamada “Comunicação Total”. De acordo com Ciccone
1996 (apud MORI e SANDER, 2015), essa filosofia surgiu nos Estados Unidos, na tentativa
de melhorar o ensino de surdos.
auditiva é uma perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus
e níveis.
Por isso, Silveira e Nascimento, (2011, p.105) afirmam que: “Há diferentes tipos de
perda auditiva”. Enfatizando que “São chamados surdos os indivíduos que tem perda total ou
parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvido”.
Para Fernandes (2003 apud Rafaeli e Silveira, 2009, p. 4); “surdez é a privação parcial
ou total do sentido de ouvir”.
Ressaltando que:
Essa incapacidade pode ser de origem congênita, causada por viroses maternas,
doenças tóxicas desenvolvidas durante a gravidez, predisposição genética etc., ou
adquirida, isto é, a pessoa pode nascer surda ou adquirir posteriormente através de
uma doença ou acidente.
Como podemos ver a surdez é uma questão a ser analisada e estudada com
profundidade, pois, para que haja um diagnóstico com êxito e de acordo com a classificação
em decibéis, é preciso muita cautela, principalmente na escola que pretende ser inclusiva.
Vale ressaltar que a surdez pode ainda ser classificada como “unilateral, quando se
apresenta em apenas um ouvido e bilateral, quando acomete os dois ouvidos”. (SILVEIRA E
NASCIMENTO, 2011, p.106).
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Mediante aos fatos apresentados sobre a surdez, buscam-se alternativas para que o
deficiente auditivo possa adquirir a linguagem em seus sentidos. Por isso, a importância de
conhecer sobre o oralismo e a LIBRAS.
No decorrer dos séculos, a educação dos deficientes auditivos tem passado por
transformações constantes e muitos estudiosos que lidam com questões relacionadas a esta
problemática buscam se adequar a paradigmas inovadores que buscam possibilitar a inclusão
propriamente dita, outros, por sua vez, impõem limites e regras no contexto metodológico
para o ensino de surdos.
Pode-se afirmar que inclusão do deficiente auditivo no Brasil, tomou novos rumos através
da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que foi oficialmente reconhecida pela Lei
n°10.436/02, regulamentada pelo Decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
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De acordo com essa lei as crianças com deficiência auditiva não devem mais ficar
segregadas nas escolas especiais, precisam estudar desde cedo em escolas e unidades comuns,
com as outras crianças “normais”, sempre com a presença de um intérprete para auxiliar o
professor na tradução das aulas para Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e o contra turno
preenchido por atividades específicas para surdos.
Somos conhecedores de que durante a trajetória que envolve a educação de sujeitos
surdos, vários métodos foram desenvolvidos no sentido de possibilitar uma aprendizagem
mais significativa a pessoas surdas ou com perda auditiva.
Nesta trajetória, o ensino da linguagem oral e da língua de sinais, passou a despertar o
interesse de alguns estudiosos que passaram a discutir teorias e a impor limites a introdução
de alguns modelos metodológicos para a educação de surdos, os quais não tinham
aceitabilidade em outros países, como a Dinamarca, que se recusava a aceitar a linguagem de
sinais.
Entre os métodos mais discutidos destacamos o oralismo e a língua de sinais, que se
diferenciam em seus ideais.
No oralismo, é defendida a ideia de que a modalidade oral da língua é a única forma
desejável de comunicação do surdo para com o ouvinte, devendo-se evitar a gesticulação, ou
seja, a língua de sinais. Já para os defensores da língua de sinais, a LIBRAS é a melhor forma
de comunicação entre surdos e não-surdos.
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A escola assim como a sociedade precisa se preparar para lidar com a diversidade
humana, estar aberta a diferentes experiências, reconhecendo o potencial de cada cidadão e
respeitando suas possibilidades e limites.
A criança deficiente auditiva necessita de apoio da família, ou seja, de uma
intervenção dos pais nos primeiros anos de vida, para que ela adquira e desenvolva uma
linguagem recebendo assim estimulação para o seu desenvolvimento afetivo, social e físico.
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3 METODOLOGIA
Na metodologia será discutido sobre todos os métodos utilizados para a realização
desta pesquisa, segundo os seus pontos de vistas além de esboçar um breve resumo sobre o
lócus da pesquisa.
Para atingir os objetivos propostos na elaboração da pesquisa será utilizado o
questionário como método para coletar os dados. Para este método de pesquisa, Pádua (2012)
define questionário como sendo um instrumento de coleta de dados, onde são preenchidos
pelos informantes, sem a presença do pesquisador.
A pesquisa realizada foi de cunho qualitativo que segundo Moreira a pesquisa
qualitativa pode ser associada à coleta e análise de texto. Ludke e André (1986) “[...] supõe o
contato direto e prolongado do pesquisador com o ambiente e a situação que está sendo
investigada, via de regra através do trabalho intensivo do campo. [...]”
Do ponto de vista da forma de abordagem do problema, a pesquisa realizada é de
modo quantitativo e qualitativo ou quanti-qualitativo. Silva e Menezes (2005, p.20) explicam
que:
“A pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa
traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer
o uso de recursos e de técnicas estatísticas (porcentagem, média, moda, mediana,
etc.”
As mesmas autoras também relatam sobe a pesquisa qualitativa, onde segundo elas:
“a pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e
o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade
do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação dos fenômenos e
a atribuição de significados são básicos no processo de pesquisa qualitativa [...] é
descritiva [...] o processo e seu significado são os focos principais de abordagem” (p.
20).
Para incluir um aluno surdo na escola comum, esta precisa dispor de recursos que
tornem viável o processo de inclusão, como por exemplo: Assessoria a língua de
sinais (se a criança tiver linguagem oral restrita) e a estratégias adequadas para
propiciar o diálogo (na linguagem oral e/ou escrita); material concreto e visual que
sirva de apoio para garantir a assimilação de conceitos novos.
Para este autor é preciso também que se faça “contato com professores que tenham
vivenciado situações semelhantes e que se faça a orientação de professores da educação
especial – itinerantes ou de salas de recursos. Podem ser feitas reuniões para trocar
experiências e esclarecer dúvidas”. Assim, percebemos que não basta apena ofertar vagas e
fazer a inclusão sem apoio pedagógico, é preciso incluir com responsabilidade e seriedade.
Dando continuidade ao questionário realizado ao diretor da escola surgiu a segunda
indagação: A escola possui sala de AEE? Caso negativo, você tem projeto para a construção
de uma sala na instituição?
Ao responder este questionamento, o diretor informante afirma que a escola ainda não
possui uma sala de AEE, no entanto, já existe a intenção de buscar parceria junto a Secretaria
Municipal de Educação para a construção de uma sala para atendimento especializado. Segundo a
concepção do diretor “a escola busca parceria com a Secretaria Municipal de Educação através de
projetos ligados ao FNDE para a construção de uma sala de AEE”. É notório que a fala do diretor
apresenta pontos positivos em relação a melhoria na educação inclusiva, pois, se há projetos, há
possibilidades de construção de uma sala do AEE. Sabemos o quanto é necessário o atendimento
educacional especializado, por isso, se faz urgente o comprometimento com a educação inclusiva,
pautada no bem estar de todos os alunos. A esse respeito, Nascimento (2007, p. 6) afirma que “é
necessário que nós percebamos a mudança que está ocorrendo em nossos sistemas de ensino e,
consequentemente, influenciam a sociedade como um todo”. O mesmo ressalta que é preciso
“preparar-nos e preparar os alunos para a convivência harmoniosa e respeitosa uns com os outros é
o importante papel da educação inclusiva”. Assim, podemos afirmar a educação inclusiva faz parte
de um processo de mudanças sendo que uma das mudanças é a criação do AEE, que contribui para
a melhoria e desenvolvimento do aluno com deficiência.
A próxima pergunta do questionário está relacionado ao uso da LIBRAS (Língua Brasileira
de Sinais), onde se fez a seguinte pergunta: Você tem o domínio da Língua Brasileira de Sinais
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(LIBRAS)? Se não, então como você faz para se comunicar com o aluno surdo caso ele venha a
diretoria?
Ao responder esta pergunta, o diretor afirma que não tem o domínio da LIBRAS,
ressaltando em sua fala que apenas tenta se comunicar falando pausadamente para que o aluno
entenda pela leitura labial, por isso, enfatizou “Não, a direção da escola ao falar, dirigindo-se
diretamente a ele, usando frase curtas , falar mais pausadamente, porem sem excesso, sem esconder
as silabas, de forma clara, num tom de voz normal, com boa pronuncia, verificando se ele ler nos
lábios para entender” (Resposta do Diretor). Percebe-se que ao tentar se comunicar com o aluno
surdo o diretor procuro fazer com que o aluno leia os lábios para entender o que ele quer dizer.
Neste sentido, o diretor está agindo corretamente, pois, segundo a concepção de Nascimento (2007,
p. 110). Dentre alguns procedimentos que devem ser tomados pelos educadores no momento da
comunicação com o aluno deficiente auditivo, ele deve proceder desta maneira, ou seja, “o
professor deve falar com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz” (NASCIMENTO,
2007, p. 110). A mesma enfatiza que: “Há alunos que conseguem ler o movimento dos lábios.
Assim, o professor e os colegas devem falar mais claramente possível, evitando voltar-se de costas
enquanto fala”. Por isso, é importante que a pessoa que quer se comunicar com um deficiente
auditivo, deve se dirigir a ele através da LIBRAS e ou da leitura labial.
Em relação às questões propostas de maneira subjetiva, entendemos que as respostas
do diretor entrevistado apontam para um entendimento superficial sobre o processo de
inclusão, e isso, se deu no decorrer das indagações. A próxima pergunta do questionário
realizado ao diretor da escola foi a seguinte: A secretaria Municipal de Educação ou a escola
proporcionam aos professores cursos de Formação Continuada para atender essa clientela? E
interprete de LIBRAS, há na sua escola? Diante desta indagação, observa-se que o
entendimento do diretor aponta para uma inclusão superficial na escola, onde se fala de
inclusão, porém, ela não é feita como deveria ser. Neste contexto o diretor afirma: “Sim, a
SEMED proporciona aos professores formação continuada, porém a escola não tem nenhum
professor de interprete de libras. A escola percebe que algum professor tem dificuldades em
ministrar aulas para o aluno surdo”. Nesta perspectiva, Nascimento (2007, p.111) aponta
algumas sugestões de apoio ao aluno como deficiência auditiva, entre elas diz que: “É
imprescindível a contratação de interprete para o auxilio em sala de aula”. Fato este que a
nosso ver deve ser feito com urgência para que a inclusão possa alcançar resultados mais
positivos e significativos.
Quanto foi indagado: Na escola, há materiais didático-pedagógicos que auxiliam os
docentes a trabalharem com alunos surdos? Quais? O diretor foi bem sucinto e afirmou que
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não há materiais apropriados para o ensino do aluno surdo, fato este que Nascimento (2007,
p.109) enfatiza como ferramentas essenciais para a melhoria no processo de aprendizagem do
aluno com surdez. “para incluir um aluno surdo na escola comum, a escola precisa dispor de
recursos que tornem viáveis o processo de inclusão [...] material concreto e visual que sirva de
apoio para garantir a assimilação de conceitos”. (NASCIMENTO, 2007, p.109).
Como se dá a interação entre você, gestor e o aluno surdo? Com esta indagação,
entende – se que o diretor considera um desafio a interação do aluno na classe inclusiva, para
ele, “A interação do aluno surdo é um desafio que deve ser enfrentado com determinação e
segurança sempre interagindo com o aluno e estimulando a participar de todas as atividades
da escola”. (resposta do diretor). A interação é feita após a inserção do aluno surdo na escola,
de maneira que ele compreenda e seja compreendido por todos.
[...] quando se opta pela inserção do aluno surdo na escola regular, esta precisa ser
feita com cuidados que visem garantir sua possibilidade de acesso aos
conhecimentos que estão sendo trabalhados, além do respeito por sua condição
linguistica e, portanto, de seu modo peculiar de ser no mundo. (LODI E LACERDA,
2009, P.15).
Deste modo, o aluno se sentirá mais aceito e respeitado por todos, além de se sentir
parte integrante do processo inclusivo.
Diante do proposto, fez-se a seguinte pergunta: A escola proporciona condições para a
permanência dos alunos surdos na instituição? De que maneira? Com ela, obtivemos a
seguinte resposta: “Sim, favorecendo a aprendizagem dos mesmos de forma coletiva, de
modo continuo”. (resposta do diretor). Na concepção do diretor, a escola possibilita a
permanência do aluno surdo na escola, fato este, que se refere como um ato coletivo, no
entanto, afirma que “para que uma escola se torne inclusiva há que se contar com a
participação consciente e responsável de todos os atores que permeiam o cenário educacional:
gestores, professores, familiares e membros da comunidade na qual cada aluno vive”.
(NASCIMENTO, 2007. P.17). Tal situação mostra que o aluno só permanecerá na escola se
perceber que está sendo valorizado e respeitado por todos, sem discriminação e ou
preconceito.
A primeira pergunta tinha por objetivo saber se a escola tem no momento algum
projeto relacionado à educação dos alunos surdos e se, caso existisse tal projeto, se o mesmo
estava em funcionamento.
Como informantes, nessa categoria, foram escolhidos quatro professores que
representam na pesquisa um percentual de 100%, sendo que destes, 50% possuem uma
formação em nível superior, e 50% formação pós superior.
O professor, informante esta denominada na pesquisa de P-1, P-2, P-3 e P-4 etc.
Vale ressaltar que a inclusão do deficiente na escola, deve ser planejada, para que o
que se propõe em teoria possa ser realizado na prática de maneira mais significativa e com
obstáculos e dificuldades reduzidas.
surdo se dá de forma natural, onde a dificuldade maior entre eles é a comunicação, visto que a
maioria dos professores não conhece a LIBRAS e os alunos também não conhecem essa
língua. “Através de gestos, pois os mesmos não sabem LIBRAS” (resposta do P1). “Temos
uma boa interação, mais não dá para dar uma atenção especial por causa do quantitativo de
alunos” (resposta do P2). “A nossa interação se dá muito bem, pois procuro dar o melhor de
mim para os meus alunos e sempre que oportuno tento ensiná-los a LIBRAS” (resposta do
P3). “Agora a nossa interação se dá melhor porque eu já entendo mais o que ele fala, mas
antes ele ficava bravo quando ele falava algo e eu não entendia”. (resposta do P4). O
professor por sua vez deve exercer o papel primordial em relação ao atendimento do aluno
surdo, pois, é preciso que ele possa: “desenvolver o processo de ensino aprendizagem com o
aluno surdo, adotando a mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que
possibilite sua interação”. (NASCIMENTO. 2007, P.104).
Dando sequência a análise do questionário com o professor, perguntamos: O aluno
surdo consegue acompanhar o ritmo da turma? Nessa resposta, os professores tentam
justificar o porquê que os alunos surdos não conseguem acompanhar o ritmo da turma, onde
para um é devido a quantidade de alunos, para outro é porque a turma já está em um nível
mais avançado e para outros que eles têm dificuldades de compreensão, onde é preciso utilizar
imagens ou figuras para que os alunos surdos possam se apropriar melhor do assunto.
“Apenas os conteúdos com imagem que ilustram algum vocabulário. Exemplo: frutas,
profissões, animais” (resposta do P1).“Não, porque a turma tem uma grande quantidade de
alunos” (resposta do P2).“Depende do assunto que se trabalha e como se trabalha, sendo que
eles tem mais facilidade em compreender quando se trabalha com imagens ou figuras”
(resposta do P3). “Não: porque a turma já está em um nível mais avançado” (resposta do P4).
não conhecer a LIBRAS, mas no decorrer do ano ele já avançou bastante. Vale ressaltar que
aqui todos tratam ele com respeito”. (resposta do P4).
O professor precisa contar com uma rede de apoio real e eficiente que lhe dê
sustentação para a continuidade das modificações que, na maioria das vezes, é ele
quem vai executar, mas que foram decididas pela equipe. De nada adianta
metodologias inovadoras e materiais de apoios de última geração se não houver um
preparo dos colegas de sala e de todo o contexto escolar para a acolhida do aluno
com necessidades especiais.
41
É necessário que os pais acompanhem os filhos, mas de forma cuidadosa para que não
venham se sentir sobre controle passando a compreender de fato suas atitudes e seu
comportamento no meio social.
A opinião dos alunos pode ser descrita da seguinte maneira: “Sim, eu gosto da escola
por que lá todos me tratam bem, me respeitam, brincam comigo e eu gosto muito de ir pra lá”
(A1). “Proporcionam sim, porque todo mundo me respeita e me tratam com carinho”
(A2).Entende-se então que os alunos sentem-se bem na escola e a consideram como um local
acolhedor, mesmo assim, pode-se perceber que é preciso que a escola realize adaptações com
a colaboração de todos. Pois segundo Mantoan e Prieto (2006, p.65).
Por isso, todos devem participar do processo de inclusão e buscar parcerias para
desenvolver ações eficientes, tendo sempre a responsabilidade de fazer a sua parte, e de
maneira coletiva desenvolver práticas inclusivas que realmente faça valer os direitos do aluno
com DA (Deficiência Auditiva).
5 CONCLUSÃO
A pesquisa possibilitou conhecer os mecanismos de inclusão na escola, identificar
fatores que prejudicam o processo inclusivo e fazer uma análise sobre a deficiência auditiva, e
também compreender um pouco mais a inclusão do aluno surdo na escola regular, além de
apresentar algumas dificuldades que se constituem como obstáculos no processo de inclusão
como sendo desafios para serem superados pela escola, professores e comunidade.
Para essa compreensão, o estudo fez um breve relato sobre a educação especial e
inclusiva e a deficiência auditiva, ressaltando a importância de se fazer na escola um espaço
verdadeiramente inclusivo.
Nesse sentido, o objetivo proposto de conhecer os mecanismos de inclusão na escola,
identificar fatores que prejudicam o processo inclusivo e fazer uma análise sobre a deficiência
auditiva, no intuito de esclarecer algumas dúvidas relacionadas ao processo de inclusão do
aluno com surdez na escola regular.
A efetiva participação de professores no processo educativo e de inclusão deve se
tornar uma realidade presente, uma vez que essa interação pode proporcionar uma melhoria
significativa no desenvolvimento do deficiente auditivo e possibilitar uma aprendizagem
eficaz onde ele possa ter um atendimento real e se sentir parte da escola inclusiva.
Em meio a esse processo, foi apresentada uma abordagem teórica e empírica,
enfatizando diversas concepções de autores que falam sobre o tema e também do diretor, de
professores, de pais e de alunos que responderam as questões propostas.
Contudo, pode-se compreender que a participação de todos os informantes da pesquisa
apoiados pelo trabalho de especialistas na área educacional é muito importante, pois somente
tendo o apoio necessário e recursos apropriados, ele pode modificar sua prática e possibilitar
ao aluno, um ensino mais significativo e prazeroso.
A realidade situacional da inclusão de alunos surdos na escola municipal Professor
Sílvio Nascimento já apresenta alguns pressupostos básicos da inclusão, no entanto, muito
ainda falta para que o processo de inclusão obtenha maior êxito, como as adaptações por
exemplo.
A realidade da inclusão dos alunos surdos é um fator presente na escola, existe
respeito, interação entre professor e aluno e, aluno e alunos e também companheirismo.
As condições de inclusão do aluno surdo na escola Professor Silvio Nascimento, como
foram verificadas durante a pesquisa, ainda são poucas, pois, muito deve ser feito para
possibilitar a inclusão com mais qualidade.
46
6 REFERÊNCIAS
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LIMA, Luzia. Apertem os cintos, a direção (as)sumiu! Os desafios da gestão nas escolas
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48
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SILVEIRA, Tatiana dos Santos da. NASCIMENTO, Luciana Monteiro. Caderno de estudos:
educação inclusiva. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Indaial: ASSELVI, 2011.
APÊNDICES
51
Prezado Professor,
1.Identificação do Participante:
Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade:__________________________
3) Você tem o domínio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)? Caso a resposta seja
não, então, como você faz para comunicar-se com o aluno surdo?
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7) O aluno surdo consegue acompanhar o ritmo da turma? Por quê?
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8) A escola proporciona condições para a permanência dos alunos surdos na instituição?
De que maneira?
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Prezado Gestor,
1.Identificação do Participante:
Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade:__________________________
Formação: ( ) Ensino Médio ( ) Magistério ( ) Superior Incompleto
( ) Superior ( ) Pós-Graduação
2) A escola possui sala de AEE? Caso negativo, você tem projeto para a construção de
uma sala na instituição?
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________________________________________________________________________
3) Você tem o domínio da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)? Caso a resposta seja
não, então, como você faz para comunicar-se com o aluno surdo caso ele venha à
diretoria?
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4) A Secretaria Municipal de Educação ou a escola proporcionam aos professores cursos
de formação continuada para atender essa clientela? E intérprete de LIBRAS, há na
sua escola?
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5) Na escola, há materiais didáticos-pedagógicos que auxiliam os docentes a trabalharem
com alunos surdos? Quais?
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Prezados Pais
1.Identificação do Participante:
Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade:__________________________
Formação:
( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio Imcompleto
( ) Ensino Fundamental Imcompleto ( ) Superior
( ) Ensino Médio ( ) Superior Incompleto
1) A escola convoca os pais para reuniões? Com que frequência? Você participa?
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2) Você acompanha o desenvolvimento escolar de seu/sua filho (a)? Caso positivo, como
você avalia o desenvolvimento escolar dele (a)?
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3) Na sua visão, a escola proporciona condições de aprendizagens para seu filho (a)?
Quais?
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4) Para você, a escola na qual seu/sua filho (a) estuda é ideal ou precisa melhorar? Caso a
escola precise melhorar, cite em quais aspectos.
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________________________________________________________________________
5) Você percebeu se seu/sua filho (a) aprendeu mais após ele (a) ingressar na escola? Dê
um exemplo do que foi aprendido.
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Prezados Alunos
1.Identificação do Participante:
Gênero: ( ) Feminino ( ) Masculino
Idade:__________________________ Série/ano: ______________
Formação:
( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio
( ) Ensino Fundamental Imcompleto ( ) Ensino Médio Imcompleto
1) Você tem surdez de nascença ou surdez adquirida? Na sua opinião, esse fato melhora
ou atrapalha o seu desenvolvimento escolar?
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________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
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________________________________________________________________________
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5) Você já foi vítima de algum tipo de preconceito? Caso sim, cite um acontecido.
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