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Nova soja transgênica faz fotossíntese extra e rende 33% a mais no campo
Em alta luminosidade, as plantas fazem o máximo de fotossíntese. Para evitar danos, as folhas
que recebem luz em demasia dissipam o excesso de energia solar absorvida em razão da
ativação da extinção não fotoquímica. Quando essas mesmas folhas entram em uma zona de
sombra, devido à passagem de uma nuvem ou por terem sido encobertas por alguma parte da
planta, elas não desligam imediatamente esse sistema de defesa contra o excesso de sol. Elas
mantêm esse mecanismo desnecessariamente ligado por algum tempo e demoram alguns
minutos para direcionar a energia recebida para a fotossíntese, um atraso que diminui a
eficiência do processo. A proteção conferida pela extinção não fotoquímica é ligada e
desligada várias vezes ao dia em função das condições de luz.
A introdução das cópias extras dos três genes faz com que as folhas da soja iniciem a
fotossíntese em menos tempo do que o padrão quando passam de um ambiente com excesso
de luz para um de sombra. “Essa modificação genética deu certo tanto no tabaco como na
soja, que são culturas bem distintas”, comentou, em entrevista por e-mail à Pesquisa FAPESP,
o botânico Stephen Long, da Universidade de Illinois, chefe do grupo que realiza os estudos.
“Acreditamos que ela deva funcionar em cultivos cujos ancestrais são originários de hábitats
abertos, nos quais as zonas de sombras eram raras.” Quarto cultivo mais comum no mundo, a
soja é a primeira cultura agrícola de larga escala em que a alteração genética proposta pelo
grupo de Illinois é testada.
Fonte: Marcos Pivetta. Nova soja transgênica faz fotossíntese extra e rende 33% a mais no
campo. Revista Pesquisa Fapesp. 2022. Acesso em setembro/2022.
Baseado nesse estudo de caso, elabore um texto destacando:
Ainda sim, existem alguns fatores que devem ser levados em consideração no
desenvolvimento desses estudos: Os riscos associados. Os riscos associados ao
desenvolvimento de estudos envolvendo plantas geneticamente modificadas são
diversos e devem ser levados em consideração. A transferência de genes para outras
espécies pode levar a perda de diversidade genética e afetar a ecologia local. Além
disso, a resistência de pragas e ervas daninhas aos pesticidas e herbicidas pode levar a
um aumento no uso desses produtos químicos e causar impactos ambientais negativos.
Outra preocupação é o possível impacto na saúde humana, uma vez que ainda não há
certeza sobre os efeitos a longo prazo do consumo de alimentos derivados de PGMs.
Além disso, a introdução de PGMs pode apresentar riscos ambientais
imprevistos, como a introdução de características que podem ser prejudiciais a outras
espécies e ecossistemas. A dependência de empresas de biotecnologia que detêm as
patentes das PGMs também pode levar a um maior controle das empresas sobre a
agricultura e a produção de alimentos. É necessário que a avaliação de riscos seja feita
de forma rigorosa, levando em consideração todos os possíveis impactos ambientais,
econômicos e sociais. A transparência nas decisões tomadas em relação à introdução e
liberação de PGMs no ambiente é essencial para garantir a segurança alimentar e
ambiental.