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ADMINISTRAÇÃO GERAL

Escola de Relações Humanas

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ESCOLA DE RELAÇÕES HUMANAS

Teorias administrativas
São várias as teorias administrativas e a ideia é estudá-las dentro de uma visão na qual
se consiga entender a lógica de evolução e desenvolvimento dessas teorias para que não
se tenha que apenas memorizá-las, mas entender em que contexto elas surgiram e de que
forma cada uma mostrou os problemas das anteriores. As teorias trouxeram novas visões,
foram criticadas e houve um processo de evolução de mais de um século dentro dessas teo-
rias organizacionais.
As teorias serão mostradas com seus principais pontos. Serão destacados aquilo que é
necessário memorizar e aquilo que se precisa entender, trazendo questões de provas para
mostrar como essas teorias são abordadas.
Há três grandes propósitos: ajudar na compreensão, fortalecer a memorização e ao
mesmo tempo entender como as bancas pensam e funcionam, o que costumam cobrar e de
que forma abordam os conteúdos.
Uma das escolas mais importantes e uma das primeiras é a chamada “Escola das Rela-
ções Humanas”.

Escola das Relações Humanas


Histórico

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Esse histórico mostra uma ordem cronológica, que não mostra exatamente a semelhança
entre as matérias. Embora seja mostrado, faz-se o estudo conforme o que há de lógica de
estudo para que se assimile o conteúdo conforme fazem os melhores livros da matéria.
Começa-se estudando a administração científica e a teoria clássica, que é o que se
chama de administração, abordagem ou escola clássica da administração.
A teoria da burocracia será estudada juntamente com a teoria estruturalista, mas antes
será estudada a teoria comportamental, ligada ao desenvolvimento organizacional. Seguir-
-se-á com a teoria dos sistemas, com a neoclássica e com a contingência. Hoje, estudar-se-á
a Teoria das Relações Humanas.

Administração Científica

Críticas
• Mecanicismo: Taylor pensava nas organizações como se elas fossem máquinas e que
as pessoas que compunham essas organizações também fossem máquinas. Há a
crítica ao mecanicismo da teoria e ao quanto ela supunha que o funcionamento das
organizações fosse estritamente mecânico, sem considerar que o que havia por traz
dessas organizações eram pessoas que não são máquinas, têm características dife-
rentes, questões emocionais e psicológicas que precisam ser consideradas, o que não
fazia a administração científica.
• Superespecialização do operário: isso é ligado a uma visão microscópica do homem,
na qual o indivíduo só pode realizar pequenas tarefas muito simples e especializadas,
sem ter a visão do todo, sem poder mudar de trabalho, sem ter perspectivas e uma
visão microscópica de que isso seria suficiente simplesmente porque para o homem
econômico, se houvesse remuneração adequada isso já seria o bastante para ele
produzir mais e produzir melhor. Essa é uma visão restrita e superespecializada do
trabalhador.
• Ausência de comprovação científica: embora fosse chamada de administração cientí-
fica, havia críticas ao fato de que essa teoria não tinha comprovação científica, não era
exatamente a aplicação do método científico, embora fosse essa a ambição.
• Limitação do campo de aplicação, por alguns tipos de industrias e fábricas que tinham
uma linha de produção em série.
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• Abordagem prescritiva e normativa (querer ter a resposta certa e ao mesmo ter


uma abordagem de sistema fechado, ou seja, uma abordagem que não considera o
ambiente).

Todas essas críticas são muito importantes e algumas escolas que virão depois trata-
rão de algumas dessas críticas. A escola de relações humanas, a rigor, incorrerá em alguns
desses problemas. Por exemplo, continuará a ter uma abordagem prescritiva, logo, ainda se
terão algumas limitações nessas mesmas teorias.
5m
O conjunto de pontos supracitados são críticas sofridas pela administração científica,
pelo início, portanto, das teorias administrativas, com Taylor.
Depois, surgirá um conjunto de críticas em boa parte semelhantes à escola clás-
sica de Fayol.

Escola Clássica
Críticas
• Abordagem extremamente simplificada, na qual se tem apenas uma visão universal
para todas as organizações, a partir de alguns poucos elementos.
• Restrita à organização formal: não se preocupava com os aspectos informais, inclusive
do relacionamento entre as pessoas, ou seja, não considera o aspecto psicossocial,
não só a psicologia do indivíduo em si, mas as dinâmicas que emergem dos relaciona-
mentos entre os indivíduos (dinâmica psicossocial dos grupos que se formam dentro
de uma organização).
• Abordagem excessivamente racional (se imagina capaz de achar o jeito certo de dese-
nhar a estrutura das organizações, mas pouco realista, pois, na verdade, existe a limi-
tação para a racionalidade dos indivíduos, dos administradores, dos engenheiros)
• Ausência de conflitos intraorganizacionais: não se preocupava com os conflitos intraor-
ganizacionais, como se não houvesse conflito entre os indivíduos e os grupos. Nova-
mente, uma abordagem muito simplificada e mecanicista, na qual as coisas funciona-
riam de uma maneira muito certa simplesmente porque se tem estruturas e sistemas
bem desenhados.
• Despreocupação com o ambiente, em uma Abordagem de Sistema Fechado.
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ATENÇÃO
Percebe-se que as teorias acabam sofrendo críticas muito parecidas. não à toa, tanto a
administração científica quanto a teoria clássica compõem, para a maior parte dos autores
e estudiosos da administração, a escola ou abordagem clássica, que começam dentro da
aplicação organizacional.

Relações Humanas

Contexto:
A escola clássica engloba as primeiras três décadas do século passado: começa mais ou
menos em 1913 e segue nos anos 20 com Fayol. A partir da década de 30 começa-se a ter
a escola der relações humanas.
• Grande Depressão de 1929: grande crise, principalmente nos Estados Unidos, mas
afetando todo o mundo.A partir daí se tem o grande questionamento: não estamos
funcionando, não temos resultados, logo, precisamos de novos caminhos.
• Desenvolvimento das ciências sociais, com destaque para Psicologia do Trabalho.
Nessas novas ciências, começava-se a se preocupar com a psicologia dos indivíduos
e psicologia aplicada ao trabalho.
Nesse contexto, surge a escola das relações humanas.
Características Gerais:
• Surgimento a partir de 1930.
• Desenvolvimento da Psicologia, demonstrando a inadequação de princípios da Teoria
Clássica, por exemplo, a ideia de que o indivíduo se motivaria simplesmente pelo
dinheiro, a ideia de que o indivíduo não se cansaria por aspectos psicológicos, havendo
somente a fadiga fisiológica, que não haveria a necessidade de se preocupar com as
pessoas e com os grupos que elas formam etc.
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O PULO DO GATO
A ênfase (foco) da teoria das Relações Humanas é nas pessoas.
O foco da administração científica estava nas tarefas.
Na teoria clássica, o foco estaria nas estruturas.

• Principais nomes: Mayo, Follet, Barnard


• Humanização da administração: preocupação com as pessoas como ponto central.
• Prescrição da democratização das relações de trabalho: prescreve-se que os métodos
de supervisão, comando e controle que vêm da abordagem clássica não são melhores
e que se deveria reduzir a centralização e caminhar para estruturas e relações de tra-
balho mais democráticas.
• Homem Social (preocupa-se com o grupo no qual está inserido e com as recompensas
e incentivos sociais que serão det3erminantes da produtividade) substitui o Homem
Econômico (aquele que só responde a incentivos materiais).
10m
• Considera o Grupo Informal: não só o departamento no qual se trabalha, mas também
com quem se relaciona durante o trabalho e fora dele, os momentos de interação
dentro e fora da empresa. O grupo informal terá grande influência sobre esse homem
e a motivação do indivíduo e sua capacidade de produção não será afetada somente
pela recompensa material, mas também pela influência do grupo informal sobre os
indivíduos e sobre as equipes.

O Experimento de Hawthorne
Os estudiosos observaram a produção e começaram a trabalhar com a luminosidade das
fábricas para avaliar se isso modificava a produtividade dos indivíduos. Foi verificado que os
grupos com maior luminosidade produziam mais, mas os grupos nos quais a luminosidade
não estava sendo aumentava também produziam mais. Mesmo os grupos nos quais a lumi-
nosidade foi diminuída, a produção continuou aumentada.
Isso chamou a atenção dos pesquisadores, que supunham que a luminosidade, a partir
do efeito ambiental, quando aumentada, provocaria o aumento da produção. Concluíram que
essa suposição estava incorreta e que não era exatamente a luminosidade que estava afe-
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tando a produção e sim o fato de aqueles indivíduos estarem sendo observados e medidos,
sentindo-se, de alguma maneira, valorizados. Assim, essa atenção que tinham sobre a pro-
dução fazia com que ela aumentasse.
Depois, o estudo começou a analisar outros aspectos: a formação de equipes, o grau de
autonomia, a possibilidade de se ter uma supervisão menos estrita, e foi-se verificando que
em alguns casos, a partir do momento em que se tinha uma democratização das relações de
trabalho, um ambiente mais leve e uma supervisão menos crítica e menos rigorosa, na qual
se valorizava mais a autonomia dos indivíduos, começava-se a ter uma maior produção.
Começa-se a ter ideia de que outros elementos, além das condições ambientais e remu-
neração, faziam a produção aumentar. Existiriam fatores psicológicos e psicossociais que
seriam relacionados à interação dos indivíduos com o grupo informal do qual ele faz parte
e que seriam determinantes da capacidade de produção. Assim, não adianta se pensar
somente em dinheiro, somente em tarefas e estruturas. Seria necessário também se pensar
nas pessoas e de que forma isso faria com que a produtividade fosse maior ou menor.
Não era exatamente uma abordagem humana no sentido estrito, mas uma abordagem de
como se aumentaria a eficiência e a produtividade. Assim, dever-se-ia pensar também nas
pessoas porque nelas estariam os fatores determinantes da produção.
Conclusões:
• O nível de produção depende da integração social, e não apenas da capacidade física
do operário para realizar movimentos eficientes.
• A dinâmica das relações humanas se dá com base no contato entre as pessoas. •
Os operários não se definem somente como indivíduos, mas têm um comportamento
social como membros de grupos.
• As recompensas e sanções sociais influenciam o desempenho. Aquilo que o grupo valo-
riza e aquilo que o grupo condena influenciam a forma como os indivíduos trabalham.
• As organizações têm uma dimensão social informal, não prevista pela escola clássica
(criticada por observar apenas os aspectos formais).
• A divisão do trabalho e a especialização propostas pela escola clássica não são segui-
dos por todos os operários; ao contrário, há trocas de funções entre os indivíduos, para
evitar a monotonia relacionada à execução de tarefas simples e repetitivas (exem-
plo: apertar parafusos o dia inteiro). O indivíduo buscará fazer coisas diferentes para
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manter a produção e isso será útil e não simplesmente uma desobediência à regra de
Taylor ou à regra de Fayol. Trata-se da ideia de se conseguir sobreviver e ao mesmo
tempo, isso pode gerar o resultado de se produzir mais.
• O comportamento humano é complexo do que se previa no homem econômico e tem
várias motivações. Assim, os comportamentos considerados “irracionais” e não plane-
jados pela abordagem clássica são importantes para compreender a atuação do ope-
rário e, portanto, sua produção.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. Um marco na abordagem clássica da administração foi a experiência de Hawthorne,


que buscou enfatizar a importância das condições do ambiente de trabalho para obter
a maior eficiência e racionalização das tarefas.

COMENTÁRIO
Essa questão é padrão CESPE.
15m
Há um erro de redação.
Apesar de a questão ter começado abordado o ambiente de trabalho, o foco acabou sendo
mostrar que o importante era o grupo social e as relações informais que existiam a partir
desses grupos formados.
Com o que a experiência contribuiu de fato? Ela mostrou que aspectos emocionais e psi-
cossociais são importantes e que isso é determinado pelo grupo informal no qual o indiví-
duo está inserido, ou seja, aquilo que ele considera interessante, a forma como irá interagir,
como se dará a supervisão.
A preocupação será menor com o ambiente de trabalho. Embora a abordagem tenha co-
meçado por este ponto, seu foco se expandiu ao longo do tempo para mostrar que o im-
portante era o indivíduo e a forma como ele interagia em um grupo social informal que não
estava previsto necessariamente nos códigos, nos desenhos, nas estruturas e nas formas
de pensar as tarefas.
Um erro mais crítico é que a abordagem clássica da administração era focada na adminis-
tração científica e na teoria clássica e a experiência de Hawthorne não faz parte delas e
sim da escola de relações humanas.
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A forma correta de se começar a questão seria dizer: “Um marco na abordagem (ou na
escola) das relações humanas na administração foi a experiência de Hawthorne...”

O Homem Social
A escola das relações humanas substitui o conceito de homem econômico pelo conceito
de homem social.
• As pessoas são mais complexas do que o homem econômico: o comportamento
depende de vários fatores e não somente da remuneração.
• As pessoas têm necessidades de segurança, afeto, aprovação social, auto realização
no trabalho.
• A satisfação depende dos grupos sociais.
• As normas do grupo regulam os indivíduos dizendo o que é certo e errado.
• O comportamento dos grupos é influenciado pelo estilo de supervisão.

ATENÇÃO
Há muitas limitações na escola de relações humanas.
A supervisão mais autoritária, mais autocrática da escola clássica, não é bom, sendo prefe-
rível uma supervisão mais democrática. Entretanto, o que se sabe hoje é que a abordagem
dentro de uma organização mais democrática, mais liberal ou de oura forma focada nas
pessoas e nas tarefas, não é necessariamente a melhor. Na visão atual, isso varia caso a
caso, de acordo com o contexto (momento, maturidade das equipes, condições da tarefa,
o que precisa ser feito em determinado caso). Assim, tem-se uma visão mais complexa.
Ainda se trata de uma visão prescritiva, que diz qual é o jeito certo de fazer. Tem-se que
ser democrático dentro da sua organização, tendo uma supervisão mais preocupada com
as equipes do que em ser mais estrito, controlando todos os detalhes.
É importante lembrar que as visões estudadas até agora trouxeram fatos novos, questões
novas, ideias novas, mas que não precisam ser assumidas como verdade absoluta. Isso
vale para todas as teorias: todas trazem uma contribuição, mas todas trazem uma aplica-
ção sempre parcial quando se trata do mundo real.

O homem social funciona sempre em grupos, ou seja, não se pensa somente no indiví-
duo e sim no indivíduo dentro de um grupo: o grupo informal.
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Grupo Informal
• Base: o comportamento humano não pode ser reduzido a reações automáticas frente
a regras formais (nem tudo depende das regras formais, dependendo também das
regras informais).
• Não está previsto no organograma e nos regulamentos oficiais.
• É formado pela interação entre os grupos informais, afetando a organização formal.
• As relações afetivas, os aspectos culturais e os jogos de poder influenciam a pro-
dutividade.
Proposições
• A eficiência humana depende da interação social e não resulta diretamente de méto-
dos impostos (deve-se preocupar com a interação social).
• A cooperação humana depende da “moral” do operário e do grupo em que ele se insere
(como as pessoas se sentem em relação ao que elas fazem, ao valor do que fazem).
• Métodos de trabalho impostos buscam a eficiência, mas não estimulam a cooperação.
Portanto, surge um conflito na civilização industrializada, entre objetivos organizacio-
nais e individuais (pensa-se no trabalho do indivíduo, mas não no resultado global).
20m
• Deve-se buscar, dessa forma, uma administração humanizada (chefes democráticos e
participativos).

Organizações
Função Econômica: produção de bens e serviços (trazendo resultados para os proprie-
tários e acionistas

ORGANIZAÇÃO

Função Social: satisfação dos participantes


Há uma interligação: a partir do aumento da satisfação dos participantes ter-se-ia condi-
ção de aumentar a produtividade da empresa e melhorar o exercício da função econômica.
A escola clássica observa somente a parte superior da figura acima, enquanto a escola
de relações humanas traz que existe uma função social determinante da função econômica.
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Funções Teoria das Relações Humanas


A escola comportamental que será estudada na sequência parte da ideia de se preocu-
par com a pessoa, com seu comportamento, com estilos de liderança, mas aprofundará bem
mais os estudos. Haverá também o estruturalismo, a teoria neoclássica, a teoria da burocra-
cia e mais para rente, a visão dos sistemas e a contingencial.Há várias abordagens que se
somarão àquilo que estamos estudando agora.

Críticas
• Para os industriais, a preocupação com o bem-estar dos operários não deve superar a
busca pelo lucro. Os industriais criticavam os teóricos das relações humanas trazendo
que estes se preocupavam muito com o bem estar dos operários, mas que deveriam
se preocupar com o lucro, embora fosse verdade que os estudiosos estavam trazendo
que o bem estar levaria também ao lucro.
• Para alguns sociólogos, os trabalhadores são tratados pela Teoria das Relações
Humanas como recursos a serem manipulados, assim como era feito na escola clás-
sica, porém, tal manipulação não era feita por incentivos materiais, mas por incentivos
emocionais e psicossociais.

A escola de relações humanas dá ênfase nas pessoas, mas não por um ato de bondade e
sim porque acredita que enfatizando-se as pessoas ao melhorar as relações sociais, aumen-
tar-se-á a produtividade.
• Considera um pequeno número de variáveis (é relativamente simples).
• O homem continuaria a ser simples e previsível, embora não tão simples e previsível
quanto o homem econômico.
• Tem uma concepção ingênua do operário, sobre seus interesses, sobre o que realmente
gostariam de fazer a até ignorando que o incentivo material também é importante.
• Tem campo experimental limitado às indústrias (as experiências se deram especifi-
camente em linhas de produção de indústrias, o que é diferente de quando se ava-
liam profissionais do comércio, nos serviços ou na agricultura, onde há outras formas
de pensar).
• Restringe-se à Organização Informal.
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Enquanto a abordagem clássica, no sentido geral, preocupava-se com a organização


formal, a escola de relações vai para o outro extremo, preocupando-se apenas com a organi-
zação informal, esquecendo-se do outro lado, trazendo uma série de conhecimentos novos,
mas também possuindo uma série de limitações que precisam ser consideradas.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

2. Identifique, dentre as assertivas abaixo, aquela que não é coerente com o conceito de
Homem Social:
a. Acredita que o trabalhador é mais complexo que o Homem Econômico. b) Enfatiza a
questão dos grupos sociais na motivação dos indivíduos.
c. Os grupos regulam o comportamento dos indivíduos, mas não sofrem influência da
forma de supervisão funcional.
d. As necessidades dos indivíduos não se restringem aos aspectos financeiros.
e. A negligência da supervisão pode afetar de maneira significativa o desempenho
das equipes.

COMENTÁRIO
O homem econômico é o homem que só se motiva por dinheiro.
O homem social se preocupa com a forma com a qual o grupo onde está inserido irá re-
compensá-lo e sancioná-lo em função dos valores desse grupo. Os aspectos emocional,
social e psicossocial são mais importantes, trazendo mais complexidade que o homem
econômico.
25m
Os grupos socias informais e o modo como eles afetam a motivação, a moral do indivíduo
e da equipe afetam o indivíduo e a produção.
A forma de supervisão é um dos pontos centrais da escola de relações humanas: a super-
visão muito autocrática, muito estrita e forte que existia na escola clássica é ruim. Preci-
sa-se ter uma supervisão mais democrática, mais participativa e preocupada em construir
relacionamentos, preocupada com a satisfação dos indivíduos. Assim, o grupo informal é
importante, mas a forma de supervisão que é aplicada a esses grupos também é determi-
nante na satisfação do grupo e no seu moral.
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O foco da necessidade do indivíduo estaria na aceitação, na motivação que decorre da


interação dentro do grupo.
Uma supervisão que simplesmente dá as ordens e abandona o grupo a sua própria sorte,
certamente afetaria o moral da equipe e o seu desempenho. A supervisão funcional influen-
cia o desempenho das equipes.

Na primeira aula foi estudada a escola clássica, que engloba a administração científica
de Taylor e a teoria clássica de Fayol, que é a precursora (Taylor e Fayol são os pioneiros
das teorias organizacionais). A partir das críticas que esse modelo sofre há o surgimento da
escola de relações humanas, que tentava minar o conceito de homem econômico trazendo
o conceito e homem social, mudando o foco. Enquanto a administração científica focava na
execução das tarefas e a teoria clássica na estrutura, a escola de relações humanas foca nas
pessoas, deixando de lado a organização formal e só se preocupando com a organização
informal e com a forma com que os grupos informais influenciam a produtividade dos indiví-
duos. Trouxe novos conceitos, nova ideias, abriu a perspectiva para essas questões e essas
perspectivas seriam muito importantes para influenciar a abordagem comportamental, que
será estudada. Essa abordagem pega o conceito da escola de relações humanas e o leva
adiante, trazendo as várias teorias de liderança e motivação, além de se preocupar em como
o indivíduo se conecta com a organização como um todo.

GABARITO
1. E
2. c

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Leonardo Albernaz.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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