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Introdução à Engenharia de Pós-Colheita

Sumário

EFEITO DA UMIDADE DOS


GRÃOS NA COLHEITA

INTRODUÇÃO À ENGENHARIA DE PÓS-COLHEITA


Graduação em Engenharia Agrícola
Prof. Ricardo Rezende, D.S.
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1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO 1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO
SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS

Introdução Introdução
 O arroz (Oryza sativa L.), após atingir a maturidade  Algumas cultivares são mais tolerantes à colheita tardia do
fisiológica, que ocorre em torno de 28 a 30% de umidade, que outras; mais grãos inteiros foram obtidos em torno de
permanece no campo aguardando a redução de umidade 40 dias após a floração; outra pesquisa indicou 30 dias
para ser colhido. Para a maioria das cultivares, há um após a floração; o rendimento também pode variar se for
consenso de que a colheita deva ser realizada quando os arroz de terras altas ou arroz de várzea, entre outros.
grãos apresentarem umidade de 20 a 22%  Assim, com o presente trabalho teve-se por objetivo
 Os prejuízos da colheita muito cedo são: elevada determinar as variações de umidade de grãos em função
ocorrência de grãos verdes, gessados e mal formados, que do atraso na colheita; avaliar o efeito do atraso na colheita
não completaram o seu desenvolvimento. Por outro lado, no rendimento de grãos inteiros no beneficiamento de
se a colheita for feita tardiamente, com os grãos diferentes cultivares e linhagens de arroz de terras altas, e
apresentando umidade muito baixa, ocorrem perdas por quantificar o aumento ou a recuperação da porcentagem
degrana natural, por acamamento, ataque de insetos, de grãos inteiros no beneficiamento mediante diferentes
pássaros e roedores períodos de armazenamento de grãos.
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1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO 1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO
SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS

Material e Métodos Material e Métodos


 Este trabalho foi realizado em Lavras, MG, com arroz de  Foram colhidos 250 g de grãos, na maturação, ou seja,
terras altas, na Fazenda Experimental da Epamig, no época adequada de colheita, e aos 7, 14, 21 e 28 dias após
período de novembro de 2000 a abril de 2001 essa época
 Foram 20 tratamentos (cultivares e linhagens), foi instalado  Após secagem ao sol até 13% de umidade, processaram-se
em delineamento de blocos ao acaso com três repetições a determinação da renda de beneficio e o rendimento de
 A densidade de semeadura foi de 60 a 70 sementes grãos inteiros no beneficiamento
 Dos 20 materiais testados no ensaio comparativo  Após a colheita, secagem e pesagem, foi tomada uma
avançado, foram selecionados sete cultivares e cinco amostra de 1,5 kg de cada cultivar e linhagem para
linhagens: armazenamento e posteriores avaliações
◦ cultivares Guarani, IAC 202, Caiapó, Confiança, Canastra, Primavera  Os testes foram realizados aos 30, 60, 90, 120 e 150 dias
e Carisma após a colheita de cada cultivar e linhagem
◦ linhagens CRO 97505, CNAs 8957, CNAs 8983, MG 1043 e CNAs
8824. 5 6

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Introdução à Engenharia de Pós-Colheita

1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO 1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO
SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS

Resultados e Discussão Resultados e Discussão

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1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO 1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO
SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS

Resultados e Discussão Resultados e Discussão

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1 - EFEITOS DO ATRASO NA COLHEITA E DO PERÍODO DE ARMAZENAMENTO 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
SOBRE O RENDIMENTO DE GRÃOS INTEIROS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS de colheita e da temperatura de secagem

Conclusões Introdução
 a) A colheita do arroz deve ser realizada quando os grãos  Para alguns autores, à medida em que o teor de umidade
atingirem a umidade próxima de 20%. dos grãos de milho diminui, aumentam as perdas; para
outros, o efeito dos danos mecânicos sobre a qualidade
 b) A cultivar Caiapó e a linhagem CNAs 8983 podem das sementes e dos grãos de milho foi mais prejudicial
quando foram colhidos com maior teor de umidade
sofrer atraso na colheita, sem maiores riscos de reduzir
significativamente o rendimento de grãos inteiros no  Normalmente a colheita é realizada com os grãos ainda
beneficiamento. muito úmidos, tornando necessário, portanto, fazer-se a
secagem deste produto até o teor de umidade adequado
c) O armazenamento do arroz não causa redução do  Entretanto, este tipo de secagem pode ser um estágio

crítico, pois se for conduzida em condições não
percentual de grãos inteiros no beneficiamento, podendo
até ser benéfico. apropriadas, os danos serão irreversíveis, prejudicando a
comercialização ou o processamento
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2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
de colheita e da temperatura de secagem de colheita e da temperatura de secagem

Introdução Material e Métodos


 Devido às diversas operações (colheita, transporte,  Foram utilizados grãos de milho (Zea mays L.), híbrido
secagem e armazenamento) pelas quais passam os grãos, e duplo AG 1051, colhidos em campo experimental do Dep.
aos fatores (físicos, químicos e biológicos) que atuam Fitotecnia e as análises realizadas no Lab. de Pré-
sobre eles, torna-se necessário estudar e planejar ações Processamento de Produtos Agrícolas do DEA, todos na
que reduzam os índices de perdas ao mínimo, para que se Universidade Federal de Viçosa, MG
possa obter um produto de melhor qualidade e maior  Os grãos foram colhidos com quatro teores de umidade
preço final (25, 22, 16,5 e 15% b.u.)
 Por isso, o presente trabalho teve por objetivo avaliar o  O teor de umidade foi determinado pelo método-padrão
efeito imediato e latente de quatro teores de umidade na de estufa, 105 ± 3 ºC durante 24 h, com três repetições
época da colheita, associados a quatro temperaturas do ar
 A secagem foi realizada em um secador experimental de
de secagem sobre a qualidade dos grãos de milho durante
camada delgada, com controle de temperatura e
o armazenamento velocidade do ar de secagem
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2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
de colheita e da temperatura de secagem de colheita e da temperatura de secagem

Material e Métodos Material e Métodos


 Os grãos não foram limpos antes do processo de secagem;  Esses recipientes foram, então, armazenados em condições
por outro lado, a velocidade do ar de secagem utilizada foi de laboratório, pelo período de 120 d.
de cerca de 0,3 m.s-1,  Para se avaliar a qualidade dos grãos durante o
 As temperaturas do ar de secagem empregadas foram de armazenamento coletou-se, no início e a cada 30 d, uma
40, 60, 80 e 100 ± 1 ºC amostra de 300 g em cada recipiente metálico, as quais
 O processo de secagem era finalizado quando o teor de foram submetidas às análises de impureza e matéria
umidade do produto atingia aproximadamente 13% b.u. estranha, massa específica aparente, índice de danos, índice
de trincas e susceptibilidade à quebra
 Depois da secagem, amostras de ~ 5 kg de cada
tratamento foram acondicionadas em recipientes  Os quatro teores de umidade de colheita (25, 22, 16,5 e
metálicos de aproximadamente 18 L para o 15% b.u.) foram associados a quatro temperaturas do ar
armazenamento; em seguida, os recipientes foram de secagem (40, 60, 80 e 100 °C) e a cinco períodos de
desinfestados por meio de uma fumigação armazenamento (0, 30, 60, 90 e 120 d) em três repetições,
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e avaliados em delineamento inteiramente casualizado 16

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2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
de colheita e da temperatura de secagem de colheita e da temperatura de secagem

Resultados Resultados
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Discussão Discussão

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2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
de colheita e da temperatura de secagem de colheita e da temperatura de secagem

Resultados Resultados
e e
Discussão Discussão

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2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
de colheita e da temperatura de secagem de colheita e da temperatura de secagem

Resultados Resultados
e e
Discussão Discussão

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2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade 2 - Qualidade dos grãos de milho em função da umidade
de colheita e da temperatura de secagem de colheita e da temperatura de secagem

Conclusões Conclusões
 As análises dos resultados permitiram as seguintes  As análises dos resultados permitiram as seguintes
conclusões: conclusões:

1. As menores médias de teor de impureza e matéria estranha foram 4. O índice de trincas dos grãos de milho tornou-se maior com o
obtidas com a colheita de 15% b.u. e as maiores com 16,5 e 22%, aumento da temperatura do ar de secagem e da umidade de colheita
independentemente da temperatura do ar de secagem utilizada. dos grãos.

2. A massa específica aparente diminui a medida em que se aumenta a 5. Grãos colhidos com 15 e 16,5% de umidade e secados com
umidade de colheita dos grãos e a temperatura do ar de secagem. temperatura do ar de 40 °C, foram os que apresentaram os menores
valores de susceptibilidade à quebra.
3. Os menores valores de índice de danos foram obtidos para o teor
de umidade de colheita de 15% e os maiores para os grãos colhidos 6. Os melhores resultados foram obtidos quando se realizou a colheita
com 16,5 e 22%, independentemente da temperatura do ar de dos grãos com os teores de umidade de 15 e 16,5% e quando os grãos
secagem. foram secados as temperaturas do ar de secagem de 40 e 60 °C.

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