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TRABALHO PRÁTICO 1

Estudo Funcional do Conjunto Mecânico


RODA DE FUNICULAR

Trabalho realizado no âmbito da UC Desenho de Construções Mecânicas


(DCM), da Licenciatura em Engenharia Mecânica (LEM)

Aluno:
Nº: 49007, Ladislau Adão Pio Mapoinene,
Turma 31N

Docentes: Prof. Afonso Leite


Prof. João Travassos (RUC)
Prof. Ricardo Portal

4 de novembro de 2022
ISEL-DEM-LEM Estudo Funcional de Roda de Funicular

Índice
1. Especificação do Produto ______________________________________________________ 4
2. Cotagem Funcional ___________________________________________________________ 5
2.1. Cota condição a __________________________________________________________________ 7
2.2. Cota condição b _________________________________________________________________ 9
2.3. Cota condição c _________________________________________________________________ 12
2.4. Cota condição d ________________________________________________________________ 14
2.5. Cota condição e_________________________________________________________________ 16
3. Ajustamentos ______________________________________________________________ 18
4. Referências ________________________________________________________________ 20
5. Anexos ____________________________________________________________________ 21

Ladislau Mapoinene, 49007 2 / 30 DCM2223SI


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Lista de Figuras
Figura 1. Representação do “Conjunto Mecânico ROLO”. ____________________________________________ 5
Figura 2. Representação da cota condição 𝑎. ______________________________________________________ 7
Figura 1. Representação dos novos desvios normalizados da cota A7. _________________________________ 9
Figura 4. Representação da cota condição 𝑏. _____________________________________________________ 9
Figura 5. Representação dos novos desvios normalizados da cota B1. _______________________________ 11
Figura 6. Representação da cota condição 𝑐. ____________________________________________________ 12
Figura 7. Representação da cota condição 𝑑. ____________________________________________________ 14
Figura 8. Representação da cota condição 𝑒. ____________________________________________________ 16

Lista de Tabelas
Tabela 1. Lista de entidades (enunciado) _________________________________________________________ 6
Tabela 2. Ajustamentos incertos______________________________________________________________ 18
Tabela 3. Ajustamentos com folga ____________________________________________________________ 18
Tabela 4. Ajustamento de elementos roscados ___________________________________________________ 19
Tabela 1. Lista de entidades (enunciado) _________________________________________________________ 6

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1. Especificação do Produto
RODA DE FUNICULAR
1.1. Âmbito e Classificação
1.1.1. Âmbito

A roda de Funicular é um tipo de roda especialmente projetada para uso em trilhos. A


roda atua como um componente de rolamento, encaixado em um eixo e montado diretamente
num funicular. É construída de modo a suportar as cargas, tendo em conta as forças a que o
funicular estará exposto, assim como parte do próprio peso, durante o seu trajeto e de modo a
garantir que o funicular se mantenha nos trilhos enquanto faz o seu percurso a uma velocidade
relativamente baixa (inferior a 10 m/s).
1.1.2. Classificação
1.2. Documentação aplicável
1.2.1. Normas específicas
• ISSO 4406 – Lubrificantes e óleos industriais.
1.2.2. Normas gerais
• Tolerância Dimensionais Gerais ISO 2768-m;
• Acabamentos ISO 21920;
1.2.3. Sistema e unidades de medida
• Utilizado do milímetro (mm)

1.3. Requisitos Técnicos / Exigências


1.3.1. Materiais
• Aços
• Borracha
1.3.2. Requisitos dos componentes
• Os componentes devem ter uma elevada resistência a fadiga, sobretudo
o eixo, que se encontra a suportar a carga de vários componentes.
• O Eixo deve ser muito resistente a torção, devido aos elevados
momentos torsores que serão aplicados ao mesmo.
• Os materiais deverão ter elevada resistência aos desgastes.
1.3.3. Requisitos do equipamento
• Elevada resistência a torção, ao desgaste, e um comportamento
aceitável face à fadiga.

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2. Cotagem Funcional
A Figura 1 mostra a Roda de Funicular com evidência para a representação das cotas condição. Neste
trabalho serão estabelecidas as cadeias mínimas de cotas e o cálculo das cotas funcionais. A roda de
funicular é constituída por 15 componentes dos quais 8 peças são normalizadas.
Peças normalizadas são: Peças não normalizadas:
1. Parafusos de Cabeça Sextavada (Fixa) 1. Roda (Móvel)
2. Rolamento SKF 6206 (Móvel) 2. Tampa (Móvel)
3. Copo de Lubrificação (Fixo) 3. Placa Guia (Fixa)
4. Porca Castelo (Fixa) 4. Flange (Móvel)
5. Anilha (Fixa) 5. Eixo (Fixo)
6. Pino Fendido (Fixo) 6. Casquilho (Móvel)
7. O-Ring (Móvel) 7. Separador (Fixo)

Figura 1. Representação do “RODA DE FUNICULAR”.

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A Tabela 1 mostra a lista de entidades com a descrição da Roda de Funicular.

Tabela 1. Lista de entidades (enunciado)


Roda de Funicular

COMPONENTE MATERIAL NORMA

RODA GS 60 -

TAMPA S275 -

PLACA GUIA S275

PARAFUSOS M6 Aço ISO 4016

FLANGE S275 -

EIXO C22 -

COPO DE LUBRIFICAÇÃO - DIN 3404A

CASQUILHO Ck45 -

SEPARADOR Ck45 -

PORCA DE CASTELO M20 - ISO 7035

ANILHA - ISO 7090

PINO FENDIDO - 1234

O-RING Borracha 3601

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2.1. Cota condição a

A Figura 2 mostra a cota condição a e a representação do estudo funcional da cota condição,


representação das cadeias mínimas de cotas. A cota condição a representa a distância entre o
princípio da parte roscada do eixo (7) e a superfície terminal da placa guia (3). A condição irá ser
utilizada para o cálculo da largura do elemento não roscada do eixo desde a gola até a superfície de
contacto entre o eixo e a anilha(12), coincidente com a superfície terminal da placa guia (3).

Figura 2. Representação da cota condição 𝑎.

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝒂 = −𝑨𝟕 + 𝑨𝟑 + 𝑨𝟔 + 𝑨𝟗 + 𝑨𝟔 + 𝑨𝟑


𝒂 = −𝑨𝟕 + 𝟐 × 𝑨𝟑 + 𝟐 × 𝑨𝟔 + 𝑨𝟗

- Cálculo das cotas funcionais associadas à condição a

𝑎 = 𝟐+
− 0,6 𝑚𝑚 (Cota condição)
A cota funcional 𝐴3 representa a largura da Placa Guia (3).
𝐴3 = 8js13 = 𝟖±𝟎,𝟏𝟏 (Tolerância dada e calculada)
De acordo com a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], a classe de tolerância IT 13
representa uma tolerância de 0,22 mm, igualmente de acordo com as tabelas dos desvios
lineares fundamentais, da página 184 de [1], vê-se que se tratam de desvios simétricos.
A cota funcional 𝐴6 representa a largura do elemento da flange que se situa entre a placa
guia (3) e o casquilho (9).

𝐴6 = 6ℎ11 = 𝟔+𝟎
−𝟎,𝟎𝟕𝟓 (Tolerância dada e calculada)

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De acordo com a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], a classe de tolerância IT 11


representa uma tolerância de 75 m.

A posição h indica que o desvio fundamental superior da dimensão é 0 m, de acordo


com a tabela de desvios fundamentais para veios, da página 185/186 de [1].
A cota funcional 𝐴9 representa a largura do casquilho (9).
−𝟎,𝟎𝟏𝟐
𝐴9 = 81𝑔11 = 𝟖𝟏−𝟎,𝟐𝟑𝟐 (Tolerância dada e calculada)
De acordo com a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], a classe de tolerância IT 11
representa uma tolerância de 220 m.
A posição g indica que o desvio fundamental superior da dimensão é -12 m, de acordo
com a tabela de desvios fundamentais para veios, da página 185/186 de [1].
A cota funcional 𝐴7 representa a distância entre o início da parte roscada do eixo (7) e a
superfície de contacto entre o veio e a da placa guia (3).

𝐴7 =?+?
−? (Tolerância a calcular)
A partir da condição 𝑎 anteriormente apresentada, podem ser determinadas a dimensão máxima e
mínima da cota 𝐴7:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜: 𝒂 = −𝑨𝟕 + 𝟐 × 𝑨𝟑 + 𝟐 × 𝑨𝟔 + 𝑨𝟗

𝑎𝑚𝑎𝑥 = 2 × 𝐴3𝑚𝑎𝑥 + 𝐴9𝑚𝑎𝑥 + 2 × 𝐴6𝑚𝑎𝑥 − 𝐴7𝑚𝑖𝑛


𝐷𝑜𝑛𝑑𝑒  {
𝑎𝑚𝑖𝑛 = 2 × 𝐴1𝑚𝑖𝑛 + 𝐴9𝑚𝑖𝑛 + 2 × 𝐴6𝑚𝑖𝑛 − 𝐴7𝑚𝑎𝑥

2,6 = 2 × 8,11 + 80,988 + 2 × 6 − 𝐴7𝑚𝑖𝑛


 {
1,4 = 2 × 7,89 + 80,768 + 2 × 5,925 − 𝐴7𝑚𝑎𝑥

𝐴7 = 106+0,998
+0,608

Assim, a dimensão A7 pode variar entre 106,608 mm e 106,998 mm.


Dimensões máximas e mínimas de resultam numa tolerância de 0,39 mm.
Esta dimensão pode agora ser normalizada.
Através da consulta a tabela de desvios fundamentais para veios da página 185 de [1], verifica-se
que o desvio inferior que garante que a cota mínima esteja contida no intervalo da tolerância inicial é
o desvio da posição zc, e.s = 0,69 mm, assim para a cota nominal de 106 mm, corresponderá uma
cota mínima de 106,69mm.
A nova tolerância corresponderá a T = 106,69 mm – 106,998 mm = 0,308 mm, que por sua vez,
também não é normalizada, porém recorrendo a tabela de tolerâncias da página 183 de [1],
averigua-se que a tolerância de 0,308 mm está compreendida entre IT11=0,22 mm e o IT12 = 0,35

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mm. De modo a garantir que a tolerância fique contida no campo da tolerância inicial, conforme
ilustrado na Figura 3, optar-se-á pelo valor de IT11.

Figura 3- Representação dos novos desvios normalizados da cota A7

+0,91
Portanto, a cota normalizada deverá ser: 𝐴7 = 106𝑧𝑐11 = 106+0,69

Assim, a dimensão A7 pode variar entre 106,69 mm e 106,91 mm.

2.2. Cota condição b

A figura 4 mostra a cota condição b e a representação do estudo funcional da cota condição,


representação das cadeias mínimas de cotas. A cota condição a representa a folga entre a tampa (2)
e a roda (1). A condição irá ser utilizada para o cálculo da largura da roda.

Figura 4. Representação da cota condição 𝑏.

𝒃 𝒃
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 + = −𝑨𝟏 + 𝑨𝟐 + 𝑨𝟓 + 𝑨𝟏𝟎 + 𝑨𝟓 + 𝑨𝟐
𝟐 𝟐

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𝒃 = −𝑨𝟏 + 𝟐 × 𝑨𝟐 + 𝟐 × 𝑨𝟓 + 𝑨𝟏𝟎

- Cálculo das cotas funcionais associadas à condição b


+𝟎,𝟕𝟓
𝒃 = 𝟏, 𝟓−𝟎,𝟐𝟓 𝑚𝑚 (Cota condição)

A cota funcional 𝐵2 representa a largura do elemento da tampa (2) que contacta com o
anel exterior do Rolamento 6206.
𝐵2 = 4js10 = 𝟒±𝟎,𝟎𝟐𝟒 (Tolerância dada e calculada)
De acordo com a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], a classe de tolerância IT 10
representa uma tolerância de 0,048 mm, igualmente de acordo com a tabelas dos desvios
lineares fundamentais, da página 184 de [1], vê-se que se tratam de desvios simétricos.
A cota funcional 𝐵5 representa a largura do rolamento (5).

𝐵5 = 𝟏𝟔+𝟎
−𝟏𝟐𝟎 (Tolerância obtida no catálogo [4])
De acordo com a tabela 3 de [4], o rolamento 6206 de 30mm de diâmetro interno tem um
desvio superior de 0 e um desvio inferior de -120 m resultando então, numa tolerância
de 120 m.
A cota funcional 𝐵10 representa a largura do Separador (10).
𝐵10 = 𝟑𝟎±𝟎,𝟏 (Tolerância dada)
A cota funcional 𝐴1 representa a largura da roda (1).
+?
𝐵1 =?−? (Tolerância a calcular)
A partir da condição 𝑏 anteriormente apresentada, podem ser determinadas a dimensão máxima e
mínima da cota 𝐵1:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜: 𝒃 = −𝑩𝟏 + 𝟐 × 𝑩𝟐 + 𝟐 × 𝑩𝟓 + 𝑩𝟏𝟎

𝑏𝑚𝑎𝑥 = 2 × 𝐵2𝑚𝑎𝑥 + 𝐵10𝑚𝑎𝑥 + 2 × 𝐵5𝑚𝑎𝑥 𝐵1𝑚𝑖𝑛


𝐷𝑜𝑛𝑑𝑒  {
𝑏𝑚𝑖𝑛 = 2 × 𝐵2𝑚𝑖𝑛 + 𝐵10𝑚𝑖𝑛 + 2 × 𝐵5𝑚𝑖𝑛 − 𝐵1𝑚𝑎𝑥

2,25 = 2 × 4,024 + 30,1 + 2 × 16 − 𝐵1𝑚𝑖𝑛


 {
1,25 = 2 × 3,976 + 29,9 + 2 × 15,88 − 𝐵1𝑚𝑎𝑥

𝐵1 = 68+0,362
−0,102

Assim, a dimensão A1 pode variar entre 67,898 mm e 68,362 mm.


Dimensões máximas e mínimas de resultam numa tolerância de 0,464.

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Esta dimensão pode agora ser normalizada.


Através da consulta a tabela de desvios fundamentais para veios da página 185 de [1], verifica-se
que o desvio inferior que garante que a cota mínima esteja contida no intervalo da tolerância inicial é
a classe de tolerância k (ei = 0 m e e.s = + IT), assim para a cota nominal de 68 mm, corresponderá a
uma cota mínima de 68. Optou-se pelo desvio k pois permitirá maior flexibilidade na escolha do
desvio superior, ‘alargando’ consequentemente o intervalo da tolerância, reduzindo os custos de
produção.
Recorrendo a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], verifica-se que o maior IT que garante que o
valor da tolerância normalizada estará contido no intervalo da tolerância final é o IT12
correspondente a uma tolerância de 0,3mm.
+0,3
Portanto, a cota normalizada deverá ser: 𝐵1 = 68𝑘12 = 68−0
Assim, a dimensão B1 pode variar entre 68 mm e 68,3 mm.

A Figura 5 representa os desvios lineares fundamentais da tolerância antes e após ser normalizada de
acordo com a norma ISO 286-1.

Figura 5 - Representação dos novos desvios normalizados da cota B1

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2.3. Cota condição c

A figura 6 mostra a cota condição 𝒄 e a representação do estudo funcional da cota condição,


representação das cadeias mínimas de cotas. A cota condição 𝒄 representa a dimensão da rosca do
eixo (peça nº 7) que excede a superfície terminal da porca (peça nº 11), após a montagem do
conjunto. A condição irá ser utilizada para o cálculo da distância entre o início da anilha (peça nº 12)
e o fim do eixo (peça nº 7).

Figura 6. Representação da cota condição 𝑐.

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝒄 = −𝑪𝟏𝟏 − 𝑪𝟏𝟐 + 𝑪𝟕

- Cálculo das cotas funcionais associadas à condição c


𝒄𝒎𝒊𝒏 = 𝟑 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒐𝒔 = 3 × 2,5 = 7,5 𝑚𝑚 (Cota condição)

• Segundo a tabela da figura 8 da página 264 de [1], para uma rosca M8 o passo é de 2,5
mm.
A cota funcional 𝐶11 representa a altura da Porca Castelo M20 (11).

𝐶11 = 𝟐𝟐+𝟎
−𝟎,𝟖𝟒 (Tolerância dada)
A cota funcional 𝐶12 representa a altura da anilha (12).

𝐶12 = 𝟑+𝟎
−𝟎,𝟏𝟒 (Tolerância dada)
A cota funcional 𝐶7 a distância entre a superfície do eixo onde ‘assenta’ a anilha (peça
nº12) e a superfície terminal do veio.

𝐶7 =?+?
−? (Tolerância a calcular)

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A partir da condição 𝑐 anteriormente apresentada, podem ser determinadas a dimensão máxima e


mínima da cota 𝐶7:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜: 𝒄 = −𝑪𝟏𝟏 − 𝑪𝟏𝟐 + 𝑪𝟕

𝐷𝑜𝑛𝑑𝑒  𝑐𝑚𝑖𝑛 = −𝐶11𝑚𝑎𝑥 − 𝐶12𝑚𝑎𝑥 + 𝐶7𝑚𝑖𝑛

 7,5 = −22 − 3 + 𝐶7𝑚𝑖𝑛

𝐶7 = 32,5 𝑚𝑚
Assim, a dimensão C7 mínima corresponde a 32,5 mm.
Análise Adicional:
Para obtenção de uma cota condição máxima, será arbitrada uma classe de tolerância, sem ter em
conta questões associadas ao funcionamento do equipamento. Neste caso, uma classe de tolerância
IT17 (Classe ‘grosseira’ de modo a não condicionar os custos de produção) para a cota nota nominal.
+𝟐,𝟏
𝒄 = 𝟕+𝟎 , assim, a cota funcional pode ser representada por: c=7k15 em que a tolerância T=
e.s – e.i = 2,1 mm. Então, obter-se-á:
𝑐𝑚𝑎𝑥 = −𝐶11𝑚𝑖𝑛 − 𝐶12𝑚𝑖𝑛 + 𝐶7𝑚á𝑥
 9,1 = −21,16 − 2,86 + 𝐶7𝑚á𝑥
𝐶7𝑚á𝑥 = 33,12 mm
𝐶7𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = 33 mm
Assim, a dimensão C7 pode variar entre 32,5 mm e 33,12 mm.
Dimensões máximas e mínimas de resultam numa tolerância de 0,62.
Esta dimensão pode agora ser normalizada.
Através da consulta a tabela da posição dos desvios lineares fundamentais da página 184 de [1],
verifica-se que um dos desvios inferiores que garante que a cota mínima esteja contida no intervalo
da tolerância inicial é a classe de tolerância h (ei = -IT m e e.s = 0), assim para a cota nominal de 33
mm, corresponderá a uma cota mínima de 33. Optou-se pelo desvio h pois permitirá maior
flexibilidade na escolha do desvio superior, possibilitando um maior espalho entre a cota máxima e
mínima, reduzindo com isso os custos de produção.
Recorrendo a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], verifica-se que o maior IT que garante que o
valor da tolerância normalizada estará contido no intervalo da tolerância final é o IT13
correspondente a uma tolerância de 0,33mm.

Portanto, a cota normalizada deverá ser: 𝐶7 = 33ℎ13 = 33+0


−0,33

Assim, a dimensão C7 pode variar entre 32,67 mm e 33 mm.

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2.4. Cota condição d

A figura 7 mostra a cota condição 𝒄 e a representação do estudo funcional da cota condição,


representação das cadeias mínimas de cotas. A cota condição 𝒅 representa a folga mínima que deve
existir entre a superfície da placa guia (peça nº 3) e a face da tampa (peça nº 2) que contacta com a
flange (peça nº 6). A condição irá ser utilizada para o cálculo da largura da tampa.

Figura 7. Representação da cota condição 𝑐.

𝟏
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝒅 = −𝑫𝟐 + 𝑫𝟔
𝟐

Nota: Alguns pressupostos foram assumidos, de modo a permitir efetuar o cálculo


da cota funcional, entre eles, que existe realmente uma superfície de contacto
entre a peça 2 e 6, o que não consta no enunciado, e juntamente, foi assumido
também uma cota de 11h11 para o valor da cota funcional D6.
- Cálculo das cotas funcionais associadas à condição c
𝒅𝒎𝒊𝒏 = 4 𝑚𝑚 (Cota condição)
A cota funcional 𝐷6 representa a altura da Porca Castelo M20 (11).
+𝟎
𝐷6 = 𝟏𝟏−𝟎,𝟏𝟏 (Tolerância arbitrada com base na largura total da flange)

𝐷2 =?+?
−? (Tolerância a calcular)

Ladislau Mapoinene, 49007 14 / 30 DCM2223SI


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A partir da condição 𝑐 anteriormente apresentada, podem ser determinadas a dimensão máxima e


mínima da cota 𝐶7:
𝟏
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜: 𝒅 = −𝑫𝟐 + 𝑫𝟔
𝟐 𝒎𝒊𝒏

1
𝑑 = −𝐷2𝑚𝑖𝑛 + 𝐷6𝑚𝑎𝑥
2 𝑚𝑖𝑛

1×4
 = −𝐷2𝑚𝑖𝑛 + 11
2

𝐷2 = 9 𝑚𝑚
Assim, a dimensão D2 mínima corresponde a 9 mm.

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2.5. Cota condição e

A Figura 6 mostra a cota condição e e a representação do estudo funcional da cota condição,


representação das cadeias mínimas de cotas. A cota condição a representa a distância entre a
profundidade mínima dos furos roscados que alojam os parafusos ISO4016 (4) e a superfície terminal
da espiga desses mesmo parafusos, isto é, a dimensão roscada em ‘excesso’ no furo M6 presente na
peça 1 (roda). A condição irá ser utilizada para o cálculo do tamanho da rosca do furo na peça 1 (E1).

12x

Figura 8. Representação da cota condição 𝑒.

𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜 𝒆 = −𝑬𝟒 + 𝑬𝟏𝟓 + 𝑬𝟐 + 𝑬𝟏


- Cálculo das cotas funcionais associadas à condição e
Nota: Alguns pressupostos foram assumidos de modo a garantir que a definição da cota
condição cumpria com a norma ISO8015, ou seja, cada uma das cotas condição seja
independente da outra. Não considerando, então a folga entre a peça 1 e 2
correspondente a cota condição b.
Segundo a figura 1 da página 264 de [1], o comprimento da rosca é dado por:
𝑒𝑚𝑖𝑛 = (𝟒 × 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐨) (Cota condição)

Ladislau Mapoinene, 49007 16 / 30 DCM2223SI


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Consultando a tabela da figura número 8 da página 264 de [1], vê-se que o passo do
parafuso M6 é de 1 mm, resultará em:
𝑒𝑚𝑖𝑛 = (4 × 1) = 4 𝑚𝑚
A cota funcional 𝐸4 representa o tamanho da espiga do parafuso (4).

𝐸4 = 30js15 = 𝟑𝟎±𝟎,𝟒𝟐 (Tolerância dada e calculada)


De acordo com a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], a classe de tolerância IT 15
representa uma tolerância de 0,84 mm, igualmente de acordo com a tabelas dos desvios
lineares fundamentais, da página 184 de [1], vê-se que se tratam de desvios simétricos.
A cota funcional 𝐸15 representa a altura da anilha ISO.

𝐸15 = 𝟏, 𝟔±𝟎,𝟐 (Tolerância obtida em [5])


A cota funcional 𝐸2 representa a largura da tampa (2).

𝐸2 = 4js10 = 𝟒±𝟎,𝟎𝟐𝟒 (Tolerância dada e calculada)


De acordo com a tabela de tolerâncias da página 183 de [1], a classe de tolerância IT 10
representa uma tolerância de 0,048 mm, igualmente de acordo com a tabelas dos desvios
lineares fundamentais, da página 184 de [1], vê-se que se tratam de desvios simétricos.
A cota funcional 𝐸1 tamanho da rosca M6 do furo roscado da peça (1).

𝐸1 =?+?
−? (Tolerância a calcular)
A partir da condição 𝑎 anteriormente apresentada, podem ser determinadas a dimensão máxima e
mínima da cota 𝐴7:
𝐶𝑜𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑛𝑑𝑖çã𝑜: 𝒆 = −𝑬𝟒 + 𝑬𝟏𝟓 + 𝑬𝟐 + 𝑬𝟏

𝑒𝑚𝑖𝑛 = −𝐸4𝑚á𝑥 + 𝐸15𝑚𝑖𝑛 + 𝐸2𝑚𝑖𝑛 + 𝐸1𝑚𝑖𝑛

 4 = −30,42 + 1,4 + 3,976 + 𝐸1𝑚𝑖𝑛

𝐸1𝑚𝑖𝑛 = 29 𝑚𝑚
Assim, a dimensão do furo roscado deverá ser no mínima 29 mm.

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3. Ajustamentos
O toleranciamento dimensional geral é dado pela norma ISO 2768, sendo utilizada a classe média (m)
para todos os componentes.
O toleranciamento ISO 8015 exige que quando tolerâncias dimensionais e geométricas são
especificadas simultaneamente num desenho, estas devem ser verificados independentemente,
expecto se alguma indicação em contrário for inscrita no desenho, tais como os modificadores-
A Tabela 2 reúne os ajustamentos para os elementos com ajustamentos incertos, enquanto na
Tabela 3 os ajustamentos com folga. Já os ajustamentos dos elementos roscados são listados através
da Tabela 4.

Tabela 2. Ajustamentos incertos

Furo Veio Tipo de


Cota Ajustamento
Nominal Classe de Classe de (Livre, Rotativo,
Peça Peça
Tolerância Tolerância Deslizante, etc.)
P6 Apertado a
Ø30 Nº5 (Rolamento) Nº9 (Casquilho) h5
Frio

Ø20 Nº3 (Placa Guia) JS8 Nº7 (Eixo) f7 Deslizante

H7 Nº 5 J6 Ligeriamente
Ø62 Nº1 (Roda)
(Rolamento) Preso

H7 Nº 10 e8 Livre
Ø62 Nº1 (Roda)
(Separador)

Tabela 3. Ajustamentos com folga

Furo Veio Tipo de


Cota Ajustamento
Nominal Classe de Classe de (Livre, Rotativo,
Peça Peça
Tolerância Tolerância Deslizante, etc.)
Ø12 Nº12 (Anilha) H7 Nº7 (Eixo) h5 Livre

Ø20 Nº9 (Casquilho) H7 Nº7 (Eixo) f7 Rotativo

Ø20 Nº6 (Flange) H7 Nº7 (Eixo) f7 Rotativo

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Tabela 4. Ajustamentos de elementos roscados

Furo Veio Tipo de


Cota Ajustamento
Nominal Classe de Classe de (Livre, Rotativo,
Peça Peça
Tolerância Tolerância Deslizante, etc.)
Nº11 (Porca 8H Nº7(Eixo) 7f Livre
M20
de Castelo)

Nº8 (Copo de 8H Nº7 (Eixo) 7f Livre


M8
Lubrificação)

M6 Nº4 (Parafuso) 7H Nº1 (Roda) 8e Livre

• Ajustamentos

1. Peça 5 (Rolamento) e peça 9 (Casquilho) – Apertado a frio, pois não só é uma


recomendação do fabricante, mas permite que o rolamento cumpra a sua função
de reduzir o atrito e transmitir a rotação.
2. Peça 3 (Placa Guia) e peça 7 (eixo) – Deslizante, trata-se de
Um guiamento, garantido então, que os movimentos sejam guiados com
precisão.
3. Peça 1 (Roda) e peça 5 (Rolamento) – Ligeiramente apertado, pela razão referida
no ponto 1.
4. Peça 1 (Roda) e peça 10 (Separador)- Ajustamento livre, pois apenas se quer
garantir a separação dos rolamentos.
5. Peça 12 (Anilha) e peça 7 (Eixo) – Ajustamento livre, trata-se de uma anilha que
tem de apresentar muita liberdade devido a dilatação dos materiais.
6. Peça 9 (Casquilho) e peça 7 (Eixo) – Rotativo de modo a permitir que o corpo gire
em torno do eixo com bastante liberdade quando solicitado.
7. Peça 6 (Flange) e peça 7 (Eixo) -Rotativo, verifica-se as mesmas condições do
ponto anterior.
8. Peça 11 (Porca de Castelo) e peça 7 (Eixo) -Livre, nas porcas são válidos os
mesmos argumentos do ponto (5).
9. Peça 8 (Copo de lubrificação) e peça 7 (Eixo) – Livre, em razão da dilatação dos
materiais.
10. Peça 4 (Parafusos) e peça nº1 Roda – Livre, verifica-se as condições referidas no
ponto (5).

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4. Referências
[1] Simões Morais, Desenho Técnico Básico, Vol. III, Porto Editora, 2006
[2] A.Silva, J. Dias, C. T. Ribeiro, L. Sousa, Desenho Técnico Moderno, 12ª Edição, Editora LIDEL,
ISBN 978-972-757-337-0, 2012.
[3] Chevalier, A. (2004) Guide du dessinateur industriel Hachette Technique
[4] SKF (Svenska KullagerFabriken), Catálogo de Rolamentos esféricos, 2016
[5] Sem autor: ISO 7092 – Washers for cheese head screws. FatenersEu. 2008. Disponível
em: < ISO 7092 - Washers for cheese head screws (fasteners.eu) >. Acesso em dia: 27,
outubro, 2022

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5. Anexos

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