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05/08/2023, 00:20 wlldd_231_u1_cal_int_dif

FUNÇÕES
168 minutos

 Aula 1 - Função afim


 Aula 2 - Função quadrática

 Aula 3 - Função exponencial e logarítmica 

 Aula 4 - Funções trigonométricas

 Referências

Aula 1

FUNÇÃO AFIM
Nesta unidade, você irá conhecer a definição de função e suas aplicações, além de aprofundar-se
nas suas propriedades para diferenciar uma função afim de uma função linear.
35 minutos
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INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta unidade, você irá compreender algumas relações existentes entre grandezas, a partir de
situações que fazem parte do cotidiano. Tais relações podem ser denominadas funções.

Podemos identificar as funções em situações simples do dia a dia, como, por exemplo: na ida à padaria, para
comprar pães, relacionar a compra com o preço que irá pagar; ao medir um terreno para fazer uma horta,
relacionar à quantidade de arame que irá gastar para a cerca; na atuação da engenharia ao construir um
edifício; na linha de produção de uma indústria, entre tantas outras situações.

Nesta unidade, você irá conhecer a definição de função e suas aplicações, além de aprofundar-se nas suas
propriedades para diferenciar uma função afim de uma função linear. Por fim, irá solucionar uma situação que
pode ser aplicada em seu contexto acadêmico, profissional e pessoal. Vamos lá!

DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO AFIM 


As funções matemáticas estão associadas às mais diversas situações do nosso dia a dia, pois, uma vez que
relacionamos duas grandezas, temos uma função.

De acordo com Stewart (2016, p. 10), “uma função f é uma lei que associa, a cada elemento x em um conjunto A,
exatamente um elemento f(x), em um conjunto B”. Geralmente, os conjuntos A e B são conjuntos numéricos.
Vejamos um exemplo de representação de função:
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Figura 1 | Função no Diagrama de Ven

Fonte: elaborada pela autora.

 Para satisfazer uma relação de A em B como função, temos que:

• É necessário que todo elemento x ∈ A tenha relação (x, y).

• É necessário que cada elemento x ∈ Atenha relação a um único par ordenado (x, y).

O domínio D(f) de uma função são todos os valores possíveis de x, ou seja, a região em que a função pode ser
definida. Observe o exemplo a seguir:

Figura 2 | Domínio de uma função

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Fonte: elaborada pela autora.

•  Não existe divisão por zero, ou seja, a função f : R*→ R  definida por f (x) = 1

x
tem como domínio todos
os números reais, com exceção do zero, pois, no denominador, o x tem que ser diferente de 0.

A imagem da função é formada pelo conjunto de todos os valores possíveis de f(x) obtidos quando x varia por
todo o domínio. Observe a figura:

Figura 3 | Imagem e contradomínio de uma função

Fonte: elaborada pela autora.

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Nesse caso, temos a imagem da função Im(f) = {4, 8, 12} e o contradomínio da função CD(f) = {1, 4, 8, 12}. Assim,
temos que o domínio da função é composto pelos valores da variável x e a imagem é composta pelos valores da
variável y, ou seja, f(x). Para Stewart (2016), a variável independente está relacionada a um número arbitrário no
domínio de uma função f; já aquele que representa um número na imagem de f é denominado variável
dependente. 

Para melhor compreendermos tal conceito, observe a seguinte situação: um posto de gasolina de uma
determinada cidade cobra, pelo litro de gasolina, R$ 3,50. Temos que a variável dependente é o valor a ser pago
y, ou f(x), e a variável independente é a quantidade de gasolina (x). Com base nessas informações, podemos
escrever a seguinte expressão matemática: 

f (x) = 3,50x

Tal expressão é denominada de Lei de Formação da Função, e nos fornece o valor a ser pago de acordo com a
quantidade de gasolina x.

As funções podem ser classificadas de acordo com algumas especificidades e características. Dizemos que f(x) é
uma função afim ou polinomial do 1º grau,f : R → R  , quando temos a seguinte lei de formação:

f (x) = ax + b

em que os coeficientes “a” e “b” são números reais, e “a” precisa ser diferente de zero (a ≠ 0). Segundo Stewart
(2016), uma particularidade desse tipo de função é que elas variam a uma taxa constante. 

Conforme vimos, as funções são classificadas de acordo com a sua lei de formação e seus respectivos
coeficientes. Para melhor compreendermos a função afim, a seguir, abordaremos seus comportamentos e
gráficos. 

PROPRIEDADES E GRÁFICOS DA FUNÇÃO AFIM


Agora que você já viu qual a definição e a lei de formação de uma função afim, vamos nos aprofundar no
assunto e abordar a construção dos gráficos e a raiz de uma função afim. 

Quando estamos trabalhando com funções, a construção e interpretação de gráficos são necessárias, uma vez
que cada função tem a sua representação gráfica. Independentemente do tipo de função, é fundamental
conhecermos o que é o plano cartesiano, o que é um par ordenado, o que são o eixo das abscissas e o eixo das
ordenadas.

De acordo com Anton (2007), o plano cartesiano é formado por duas retas perpendiculares entre si: reta
horizontal x, denominada eixo das abscissas, e reta vertical y, denominada eixo das ordenadas. O encontro dos
eixos é chamado origem, e cada ponto representado nesse plano é formado por um par ordenado (x, y). Os
eixos no plano formam quatro quadrantes, conforme ilustra a figura 4.

   Figura 4 | Plano cartesiano

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Fonte: elaborada pela autora.

Conforme vimos, uma função afim ou do 1º grau é definida em f : R → R , quando temos a seguinte lei de
formação: f (x) = ax + b, tal que os coeficientes “a” e “b” são números reais, e “a” precisa ser diferente de zero
(a ≠ 0 ).

Quando elaboramos a representação gráfica da função afim no plano cartesiano, temos uma reta em que, na lei
de formação f (x) = ax + b, o coeficiente “b” é denominado coeficiente linear da reta e número “a” é o
coeficiente angular da reta ou declividade da reta representada no plano cartesiano. 

Para melhor compreender essa representação, considere a seguinte função: f (x) = 2x + 1.

Nesse caso, o coeficiente angular é igual a 2 e o coeficiente linear é 1. Para construção do gráfico, consideremos
os seguintes valores para x e, na sequência, seus respectivos valores de f(x), ou seja, de y.

Quadro 1 | Cálculo para valores de x e y

x f(x)=2x+1 y

-1 f(−1)=2.(−1)+1=−2+1=−1 -1

0 f(0)=2.(0)+1=0+1=1 1

1 f(1)=2.(1)+1=2+1=3 3

Fonte: Produzido pelo autor.

Na sequência, iremos localizar os pontos referentes a (x, y) encontrados no Quadro 1, ligá-los e traçar a reta.
Observe a localização dos pontos A(-1, -1), B(0, 1) e C(1, 3).

Figura 5 | Reta no plano cartesiano

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Fonte: elaborada pela autora.

Observe que temos uma reta crescente, uma vez que o coeficiente “a” é igual a 2, ou seja, um número positivo.
Diante disso, temos a seguinte relação:

• Quando o coeficiente a<0, temos uma reta decrescente.

Figura 6 | Reta decrescente

Fonte: elaborada pela autora.

•  Quando o coeficiente a>0, temos uma reta crescente.

Figura 7 | Reta crescente

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Fonte: elaborada pela autora.

Ainda podemos encontrar a raiz de uma função afim, também chamada de zero da função, quando fazemos 
f (x) = 0 . Vejamos um exemplo: 

Considerando f (x) = 2x + 1, temos que o zero da função será:

f (x) = 0

2x + 1 = 0

2x = −1

1
x = −
2

x = −0,5

Assim, o zero da função é x=-0,5 . O zero da função representa onde a reta corta o eixo x das abscissas nas
coordenadas (-0,5; 0). Observe:

Figura 8 | Raiz da função no gráfico

Fonte: elaborada pela autora.

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Um caso particular da função afim é a função linear, em que f : R → R . Nesse caso, cada elemento x ∈ Ré
associado a um elemento ax ∈ R, tal que a ≠ 0, e se trata de um número real. Nesse caso, a função linear é
dado por: f (x) = ax, a ≠ 0, em que sua representação gráfica corta o plano cartesiano na origem (0, 0).

A função f (x) = 2x trata-se de uma função linear, pois seu coeficiente “b” é igual a zero. Observe sua
representação gráfica:

Figura 9 | Representação gráfica função linear

Fonte: elaborada pela autora.

Conforme mostra o gráfico, a reta da função linear f (x) = 2xf (x) = 2x corta o eixo x das abscissas na origem
(0, 0). Para melhor compreender a função afim e linear, a seguir, abordaremos algumas situações-problema que
podem ser aplicadas em seu dia a dia.

APLICAÇÃO
Agora que você já estudou sobre a definição, propriedades e representação gráfica de uma função afim, vamos
abordar sua utilização em uma situação-problema.

Pense na seguinte situação: um taxista cobra em cada corrida, uma bandeirada fixa de R$3,00, mais um
adicional de R$ 2,50 por quilômetro rodado. Neste caso, determine:

a.  A lei de formação da função preço por corrida.

b.  O domínio e a imagem da função preço por corrida.

c.  Representação gráfica do preço por corrida para 2km, 3km e 4km. 

d.  Se o taxista cobrou R$ 30,50 numa corrida, quantos quilômetros ele percorreu?

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Para resolvermos o problema precisamos relembrar os conceitos relacionados à função afim, vamos lá!

a.  A lei de formação da função preço por corrida.

Primeiramente, observe que nessa situação a taxa constante, ou seja, o coeficiente linear, é o valor fixo para
início da corrida, que é equivalente a R$3,00. Por sua vez, o valor que varia de acordo com a quantidade de
quilômetro rodado “x” é equivalente a R$ 2,50. 

Assim, a lei de formação da função que representa a função preço por corrida:

f (x) = 3x + 2,5

Temos que f(x) é nossa variável dependente, ou seja, o preço por corrida referente a quantidade quilômetros
rodados “x”, que é nossa variável independente.

b. O domínio e a imagem da função preço por corrida.

Ao analisar a lei de formação f (x) = 3x + 2,5dessa função podemos dizer que seu domínio são os números
inteiros, pois a função existe para qualquer “x” real. A imagem dessa função também são os números reais, pois
a função pode assumir qualquer valor real dependendo do valor de “x”.

c. Representação gráfica do preço por corrida para 2km, 3km e 4km. 

Precisamos construir a representação gráfica da função f (x) = 3x + 2,5. Para isso, vamos utilizar os valores
de x= (2, 3, 4) para encontrar os valores de f(x), ou seja, y. 

Quadro 1| Especificações da realidade

x f(x)=3x+2,5 y

2 f(2)=3.2+2,5=6+2,5=8,5 8,5

3 f(3)=3.3+2,5=9+2,5=11,5 11,5

4 f(4)=3.4+2,5=12+2,5=14,5 14,5

Fonte: autora, 2022.

Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y) para as quantidades de quilômetros rodados com seus respectivos
preços por corrida, construímos a representação gráfica. Importante ressaltar que os valores de “x” foram
localizados no eixo das abcissas, ou seja, na horizontal, e os valores de “y” foram localizados no eixo das
ordenadas, ou seja, na vertical. Observe os pontos A(2, 8,5), B(3, 11,5), C(4, 14,5).

Figura 10 | Representação gráfica

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Fonte: autora, 2022.

d.  Se o taxista cobrou R$ 30,50 numa corrida, quantos quilômetros ele percorreu?

Para resolver esse problema novamente utilizaremos a lei de formação, mas neste caso vamos substituir o valor
de R$ 30,50 no lugar de f(x), que é o preço total da corrida, observe

f (x) = 3 + 2,5x

30,5 = 3 + 2,5x

30,5 − 3 = 2,5x

27,5 = 2,5x

27,5
x =
2,5

x = 11

Assim, uma corrida de R$ 30,50 percorreu 11 quilômetros. 

VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! 

Você irá aprender sobre o conceito da função afim, sua definição e propriedades, e construir e interpretar sua
representação gráfica. Vamos também conhecer a função linear e calcular o zero da função, além de aplicar
esses conhecimentos em situações práticas do seu dia a dia. 

Vamos lá!

Bom estudo!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
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Para saber mais sobre função afim, acesse o artigo Estudo de função afim através da modelagem
matemática, de Soraya Martins Camelo.

Aula 2

FUNÇÃO QUADRÁTICA
Você irá aprofundar ainda mais os estudos sobre as funções a partir das funções quadráticas.
36 minutos

INTRODUÇÃO
Caro estudante, vimos anteriormente a definição da função afim, assim como suas representações,
características e aplicações. Agora, nesta aula, você irá aprofundar ainda mais os estudos sobre as funções a
partir das funções quadráticas. 

As funções quadráticas podem ser aplicadas também em situações do nosso dia a dia, como: no lançamento de
projéteis de foguetes, na superfície parabólica presente nos espelhos dos faróis automotivos, nos radares de
velocidade que utilizam as propriedades óticas da parábola, entre outros.

Vamos, então, definir uma função quadrática e suas aplicações, além de nos aprofundar em propriedades. Por
fim, solucionaremos alguns problemas que podem ser aplicados em nosso dia a dia. Vamos lá!

DEFINIÇÃO DE FUNÇÃO QUADRÁTICA


A função quadrática pode ser aplicada em diversas situações do nosso dia a dia e nos auxiliar na resolução de
situações-problema. Mas, antes de realizar algumas aplicações, vamos ver sua definição.

Podemos definir uma função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, como qualquer função f : R → R

dada por uma lei da seguinte forma:

²
f (x) = ax +bx + c

a, b e c são números reais e a ≠ 0(o coeficiente a é, obrigatoriamente, diferente de 0). Conforme veremos mais
adiante, o gráfico de uma função quadrática é representado por uma curva, denominada parábola, que pode
ter a concavidade voltada para cima ou para baixo. Do mesmo modo que vimos na função afim, na função
quadrática também temos que o domínio dessa função é o conjunto dos números reais, limitado ao espaço
ocupado pela parábola, e a imagem também é composta pelo conjunto dos números reais. 

Vejamos um exemplo de função quadrática:

²
f (x) = 2x −x − 3

Nessa função quadrática, temos que os coeficientes são: a = 2; b = −1; c = −3. 

Os valores dos coeficientes b e c também podem ser iguais a zero e, quando isso acontece, a equação do
segundo grau (ou quadrática) será considerada incompleta. Observe os exemplos:

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•  Quando f (x) = x²−4, temos que b=0.

•  Quando f (x) = x²−4x, temos que c=0.

•  Outra característica das funções quadráticas ou do 2º grau é em relação aos métodos para encontrar o zero
da função, também chamado de raiz da função. Dada a função f de A em B, chamamos raiz (ou zero) da função
todo elemento de A cuja imagem é zero, ou seja, f (x) = 0. Para resolver uma equação incompleta do 2º grau,
podemos fazer das seguintes formas:

•  Considere a função f (x) = x²−4, em que b=0. 

f (x) = x −4 ²

²
x −4 = 0

²
x = 4

x = ±√ 4

x = ±2

•  Logo, a raiz ou zero da função quadrática será x = ±2.

•  Considere a função f (x) = x²−4x, em que c=0. 

f (x) = x −4x ²

²
x −4x = 0

x(x − 4) = 0

→ x = 0

x − 4 = 0

→ x = 4

Logo, a raiz, ou zero, da função quadrática será x=0  ou x=4.

Outro método para encontrar a raiz de uma função quadrática, seja ela completa ou incompleta, é a partir da
fórmula de Bhaskara, em que a, b e c são os coeficientes da equação:
−b±√ Δ
x =
2a

O discriminante é igual a:

²
Δ = b −4.a. c

Dependendo do valor do discriminante, podemos determinar a quantidade de raízes que a função quadrática
tem; observe:

•  Se Δ = 0, a função apresenta duas raízes reais e iguais, tangenciando o eixo das abscissas (eixo x).

•  Se Δ = 0, a função contém duas raízes reais e diferentes, e a parábola intercepta o eixo das abscissas em
dois pontos distintos. 

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•  Se Δ = 0, a função não contém raízes reais e a parábola não intercepta o eixo das abscissas.

Para melhor compreender a aplicação da fórmula, vejamos como encontrar a raiz (ou solução) da função
quadrática f (x) = 3x²−2x − 1:

Primeiramente, temos que considerar:

f (x) = 0

²
3x −2x − 1 = 0

Assim, os coeficientes serão:

a = 3; b = −2; c = −1

Determinando o discriminante:

²
Δ = b −4.a. c

²
Δ = (−2) −4.3.(−1)

Δ = 4 + 12

Δ = 16

De acordo com o discriminante, como  Δ > 0, teremos duas raízes distintas e reais. 

Substituindo na fórmula, temos:


−b±√ Δ
x =
2a

−(−2)±√ 16

x =
2.3

2±4
x =
6

2−4 −2 1
x′′= = = −
6 6 3

Logo, a raiz, ou zero, da função quadrática será x=1 ou x = − . 1

Conforme vimos, a função quadrática, ou função do 2º grau, tem suas especificidades, além de suas
ferramentas para encontrar suas raízes. A seguir, nos aprofundaremos ainda mais no assunto, abordando sua
representação gráfica. 

PROPRIEDADES E GRÁFICOS DA FUNÇÃO QUADRÁTICA


Conforme vimos, a função quadrática, assim como a função afim, também apresenta uma lei de formação e
pode ter duas raízes reais distintas, uma raiz única ou nenhuma raiz real. Agora, para melhor compreendermos
o assunto, abordaremos a construção e interpretação do gráfico de uma função quadrática.

Quando estamos trabalhando com funções, a construção e interpretação de gráficos são necessárias, uma vez
que cada função tem a sua representação gráfica e, independentemente do tipo de função, é fundamental
conhecermos: plano cartesiano; par ordenado; eixo das abscissas (x); e eixo das ordenadas (y).

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O gráfico de uma função do segundo grau é chamado de parábola. Ao construir o gráfico de uma função
quadrática, notaremos sempre que:

Figura 1 | Coeficiente a>0, a parábola tem a concavidade voltada para cima

Fonte: elaborada pela autora.

Figura 2 | Coeficiente a<0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo

Fonte: elaborada pela autora.

Para melhor compreender essa representação, considere a seguinte função: f (x) = x²−2x − 1.

Nesse caso, o coeficiente angular é igual a 1, ou seja a>0, portanto teremos uma parábola com concavidade
para cima. Para construção do gráfico, consideremos os seguintes valores para x e, na sequência, seus
respectivos valores de f(x), ou seja, y.

Tabela 1 | Pares ordenados

x f(x)=x²−2x−1 y

-1 f(−1)=(−1)²−2.(−1)−1=1+2−1=2 2

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0 f(0)=0²−2.0−1=−1 -1

1 f(1)=1²−2.1−1=1−2−1=−2 -2

Fonte: elaborada pela autora.

Na sequência, iremos localizar os pontos A(-1,2), B(0,-1) e C(1,-2) referentes a (x, y), encontrados na tabela
anterior, ligá-los e traçar a parábola da função:

Figura 3 | Parábola no plano cartesiano

Fonte: elaborada pela autora.

Outro ponto de ressalva é que o coeficiente c, presente na função polinomial do 2º grau, representa o valor da
interseção da parábola com o eixo y. Nesse caso, com a função f (x) = x²−2x − 1, temos o coeficiente c=1,
então, a parábola corta o eixo y em -1, observe:

Figura 4 | Coeficiente c no gráfico

Fonte: elaborada pela autora.

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Ao analisarmos o gráfico, podemos também observar que a parábola corta o eixo das abscissas (eixo x) em dois
pontos, ou seja, nesses pontos estão localizadas as raízes da função. Conforme vimos anteriormente, para
encontrar a raiz da função fazemos f(x)=0. 

Considerando a mesma função f (x) = x²−2x − 1, temos que o zero (ou raiz) da função será dado por:

f (x) = 0

²
f (x) = x −2x − 1

²
x −2x − 1 = 0

Primeiramente, encontraremos o discriminante:

²
Δ = b −4.a. c

Δ = (−2) −4.1.(−1) ²

Δ = 4 + 4

Δ = 8

Substituindo na fórmula:
−b±√ Δ
x =
2a

−(−2)±√ 8

x =
2.1

2±2√ 2
x =
2

Nesse caso, podemos colocar 2 em evidência:

2(1±√ 2)

x =
2

x = 1 ± √2

x′= 1 + √ 2 ≅ 2,41  ou  x′′= 1 − √2 ≅ −0,41

Assim, as raízes da função são x′= 2,41 ou x′′= −0,41. O zero (ou raízes) da função representa onde a
parábola corta o eixo x das abscissas nas coordenadas (2,41;0) e (-0,41;0). Observe:

Figura 5 | Raízes da função quadrática

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Fonte: elaborada pela autora.

Podemos também obter os vértices de uma função quadrática, que nos indicam o máximo ou mínimo da
parábola. Para determinarmos as suas coordenadas, utilizamos a seguinte relação:
b
xv = −
2a

Δ
yv = −
4a

Quando temos uma parábola com concavidade voltada para cima (a > 0), temos o ponto mínimo da função e,
quando a parábola tem concavidade voltada para baixo (a < 0), temos o ponto de máximo. Observe na Figura 6.

Figura 6 | Vértice de uma função quadrática

Fonte: elaborada pela autora.

Considerando a função f (x) = x²−2x − 1, temos que as coordenadas do vértice (x v, yv) serão:

• x v = −
2a
b

(−2)
xv = −
2.1

2
xv = = 1
2

• y
v = −
Δ

4a

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8
yv = − = −2
4.1

Então, as coordenadas do vértice são (x v, yv) = (1, − 2) . Observe a Figura 7.

Figura 7 | Vértice da função

Fonte: elaborada pela autora.

Como a parábola tem concavidade voltada para cima, o vértice de coordenadas (x v, yv) = (1, − 2) é o ponto
mínimo da função.

APLICAÇÃO
Agora que você já estudou a definição, propriedades e representação gráfica da função quadrática, vamos
abordar uma aplicação através de uma situação-problema. 

Em um jogo de futsal, quando a bola é atirada para cima por um determinado jogador, acaba fazendo uma
²
trajetória em forma de parábola. Tal trajetória pode ser descrita por meio da função f (x) = − , na qual
x
+ x
60

x indica o tempo, dado em décimos de segundo, e f(x) representa a altura em metros. Considerando isso,
resolva as questões.

a.  Represente o gráfico que descreve a trajetória da bola analisada.

b.  Qual será a altura máxima atingida pela bola em relação ao eixo horizontal?

c.  Em quanto tempo a bola atinge a altura máxima?

d.  Após quanto tempo decorrido do lançamento a bola atinge o solo?

Para resolvermos o problema, precisamos relembrar os conceitos relacionados à função quadrática. Vamos lá!

a.  Represente o gráfico que descreve a trajetória da bola analisada.


²
Primeiramente, utilizaremos a função dada f (x) = − , substituindo valores quaisquer para x
x
+ x
60

(tempo), encontrando seus respectivos valores para y (altura), conforme tabela:

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Tabela 2 | Pares ordenados

Ponto x f(x)=−x²60+x Y

A 0 f(0)=−0²60+0=0 0

B -20 f(−20)=−(−20)²60−20=−26,67 -26,67

C 10 f(10)=−10²60+10=8,33 8,33

D 30 f(30)=−30²60+30=15 15

E 70 f(70)=−70²60+70=−11,67 -11,67

Fonte: elaborada pela autora.

Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y), A(0,0), B(-20, -26,67), C(10;8,33), D(30, 15) e E(70; -11,67), que
relacionam os tempos com suas respectivas alturas, construímos a representação gráfica. Importante ressaltar
que os valores de “x” foram localizados no eixo das abscissas, ou seja, na horizontal, e os valores de “y” foram
localizados no eixo das ordenadas, ou seja, na vertical.

Figura 8 | Representação gráfica

Fonte: autora, 2022.

b.  Qual será a altura máxima atingida pela bola, em relação ao eixo horizontal?

Para encontrarmos a altura máxima que a bola atingirá, temos que determinar o ponto máximo da parábola, ou
seja, yv. Para isso, temos:
Δ
yv = −
4a

Primeiramente, vamos encontrar o discriminante da função, considerando a função , em que os coeficientes 


a = −
1

60
, b=1 e c=0.

Para encontrar o discriminante, calculamos:

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²
Δ = b −4.a. c

1
Δ = 1 −4. (−² 60
).0

Δ = 1

Agora, substituiremos no y do vértice:

• y v = −
4a
Δ

1
yv = − 1
4.(− )
60

1
yv = − 4

60

60
yv =
4

yv = 15

Assim, a altura máxima que a bola atingirá será de 15 metros.

c.  Em quanto tempo a bola atinge a altura máxima?

Para resolver essa questão, precisamos determinar em quanto tempo a bola atinge a altura máxima, ou seja, o
xv.

• x v = −
b

2a

1
xv = − 1
2.(− )
60

1
xv = − 2

60

60
xv = −1. (− )
2

xv = 30

Assim, a bola atingirá a altura máxima em 30 décimos de segundo. 

Para complementar ainda mais o assunto, o gráfico a seguir representa as coordenadas do vértice da parábola
com o ponto de máximo dessa função, onde pode-se observar (representados graficamente) o xv (x do vértice) e
o yv(y do vértice). 

Figura 9 | Ponto máximo da função

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Fonte: elaborada pela autora.

d.  Após quanto tempo decorrido do lançamento a bola atinge o solo?           

Para encontrarmos o tempo decorrido entre o lançamento e o momento em que a bola atinge o solo,
precisamos determinar o valor de x quando f(x) = 0, ou seja, sua raiz. Para isso, temos:
x ²
f (x) = − + x
60

Como temos uma equação do segundo grau incompleta, vamos resolver da seguinte forma:
²
x
− + x = 0
60

−x
x. ( + 1) = 0
60

Assim, temos a primeira raiz:

x′= 0

E a segunda raiz:
−x
+ 1 = 0
60

−x
= −1
60

−x = −60

x′′= 60

Portanto, como queremos saber quando a bola, após lançamento, atingirá o solo, desconsideraremos o valor
do tempo x’=0, pois nesse momento deu-se o início do lançamento. Assim, após decorridos 60 décimos de
segundos, a bola atinge o solo.

VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! 

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Você irá aprender sobre o conceito da função quadrática ou do 2º grau, sua definição, propriedades, construir e
interpretar sua representação gráfica. Vamos também conhecer sobre o ponto de máximo e mínimo, calcular a
raiz da função, além de aplicar esses conhecimentos em situações do cotidiano. 

Vamos lá!

Bom estudo!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para saber mais sobre função quadrática acesse o artigo Explorando a Função Quadrática com o Software
Wimplot, de Rocha e Miragem.

Aula 3

FUNÇÃO EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA 


Você irá compreender algumas relações existentes entre as funções exponencial e logarítmica, a
partir de problemas que fazem parte do nosso dia a dia.
40 minutos

INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta aula, você irá compreender algumas relações existentes entre as funções exponencial e
logarítmica, a partir de problemas que fazem parte do nosso dia a dia. 

Encontramos as funções exponencial e logarítmicas nas mais diversas situações, como, por exemplo:
crescimento ou decrescimento característico de alguns fenômenos da natureza, medição de magnitude de
terremotos, evolução do cálculo de juros, decaimento radioativo de substâncias químicas, entre outros.

Vamos estudar as propriedades algébricas e a definição das equações exponencial e logarítmica, a construção
dos seus respectivos gráficos e algumas de suas aplicações, além de nos aprofundarmos nas suas
especificidades e cálculos. Por fim, iremos solucionar algumas situações que podem ser aplicadas em seu
contexto acadêmico, profissional e pessoal. Vamos lá!

PROPRIEDADES ALGÉBRICAS
As funções exponencial e logarítmica são inversas entre si e suas aplicações são utilizadas nas mais diversas
situações do nosso dia a dia, como: na taxa de crescimento de uma colônia de bactérias, na aplicação de juros
compostos na Matemática, no carregamento de bateria de aparelhos celulares, entre outros. 

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Antes de abordarmos as funções exponencial e logarítmica, veremos sobre algumas propriedades algébricas
básicas, tais como as propriedades de potenciação e logaritmo, que servirão de subsídio para o avanço dos
estudos dessas funções. 

A potenciação trata-se de uma operação matemática que facilita a multiplicação de números iguais. Sua forma
generalizada é escrita como “ aⁿ ”, em que:

•  “a” é denominado base, na qual escrevemos o número que será multiplicado repetidamente. 

•  “n” é denominado expoente, que representa a quantidade de vezes que a base será multiplicada por ela
mesma.

Para elevar um número ao outro, basta saber ler a potência:

4²: Lê-se “quatro elevado ao quadrado” 

Como o 4 está na base e o 2 no expoente, logo: 4² = 4 x 4 = 16.

Para que uma potência exista, é obrigatório que a base não seja zero, ou seja, a ≠ 0. Outras regras podem ser
explicitadas da seguinte forma:

•  Para todo número elevado a 0, o resultado será 1. 

Exemplo: 2 1
= 2

•  Sempre que o expoente for 1, o resultado será a própria base.

Exemplo: (−2) 2
= +4

•  Todo número negativo entre parênteses, com expoente par, tem resultado positivo.

Exemplo: (−2) 3
= −8

•  Todo número negativo entre parênteses, com expoente ímpar, tem resultado negativo.
³
Exemplo: (2) −3 3 1
1 1
= ( ) = =
2 ³
2 8

•  Quando temos expoente com número negativo, é preciso aplicar o inverso do número.

Exemplo: 

A partir da potenciação, também podemos resolver uma equação exponencial, considerada uma expressão
algébrica, que possui uma igualdade e pelo menos uma incógnita em um de seus expoentes. 

Para resolver uma equação exponencial, precisamos igualar suas bases para que, consequentemente, seus
expoentes também sejam iguais. Vejamos um exemplo:

x
3 = 81

Precisamos deixar as bases 3 e 81 iguais; para isso, vamos fatorar 81 e deixar na base 3. Logo, 81=34.

x
3 = 81

x 4
3 = 3

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x = 4

Agora que já vimos as principais propriedades que envolvem a potenciação, conheceremos as do logaritmo. 

O logaritmo é definido como um número de base "a'', no qual "a" é uma base de valor positivo (a > 0) e sempre
diferente de 1. Nesse tipo de equação, ligado a determinado valor de b tem-se um expoente igual a x, que é a
potência da base que resulta justamente no valor de b. Isto é:

x
loga b = x → a = b

Em que, 

•  “a” é a base do logaritmo.

•  “b” é o logaritmando.

•  “x” é o logaritmo. 

Observe alguns exemplos:

x
loga b = x → a = b

Nesse ponto, chegamos em uma equação exponencial. Para sua resolução, precisamos deixar suas bases iguais;
consequentemente, seus expoentes também serão iguais.

x
2 = 8

2
x
= 2³

x = 3

Assim, o valor do log 2


8 = x é  x=3.

Agora que já vimos as propriedades algébricas que envolvem a potenciação e os logaritmos, podemos abordar
as definições das funções exponencial e logarítmica. 

De acordo com Stewart (2016), as funções exponenciais são da forma:

x
f (x) = b. a , b ≠ 0,a > 0,a ≠ 1

Consideremos b=1 e x=n, vamos analisar o que significa dizer f (x) = a . Assim temos a x n
= a. a. a. a. a...a , ou
seja, a base é multiplicada por ela n vezes.

Já a função logarítmica, de acordo com Stewart (2016), é dada pela lei f (x) = log a
.
x

Para melhor conhecermos tais funções, a seguir, serão apresentadas suas representações gráficas.  

FUNÇÃO EXPONENCIAL E LOGARÍTMICA


Agora que você já viu algumas das propriedades que envolvem uma equação exponencial e logarítmica, vamos
aprofundar ainda mais o assunto, abordando a construção dos gráficos de uma função exponencial e
logarítmica. 

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A função exponencial ocorre frequentemente em modelos matemáticos que representam situações da


natureza e da sociedade, sendo possível explicar, por meio dessa função, por exemplo, o crescimento
populacional, o decaimento radioativo e a ação de alguns remédios no organismo.

Por exemplo: considere que uma cultura de bactérias começa com 500 indivíduos e dobra de tamanho a cada
hora. Temos, portanto:

t = 0 → 500 bactérias 

t = 1 → 500.2 = 500.21= 1000 bactérias 

t = 2 → 500.2.2 = 500.22= 2000 bactérias 

t = 3 → 500.2.2.2 = 500.2³ = 4000 bactérias 

t = n → 500.2n bactérias 

Assim, temos que a função que descreve o crescimento dessa colônia de bactérias é C(t)= 500.2n, em que n é o
tempo e C(t) é a quantidade de bactérias, logo, trata-se de uma função exponencial. 

Agora que já vimos uma forma de aplicação da função exponencial, vamos entender como se dão as suas
representações gráficas possíveis em um comparativo com a representação gráfica de uma função afim
constante, conforme segue:

Figura 1 | Gráfico das funções exponenciais (“a” e “b”) versus gráfico da função afim constante (“c”)

Fonte: elaborada pela autora.

Neste caso, temos que:

a.  Se a > 1, temos uma função exponencial crescente.

b.  Se 0 < a < 1, temos uma função exponencial decrescente.

c.  Se a = 1, temos uma função afim constante.

Para melhor compreendermos a construção de um gráfico de uma função exponencial, considere a função 
f (x) = 3
x
. . Primeiramente, vamos substituir valores quaisquer para x e encontrarmos seus respectivos f(x), ou
seja, y:

Tabela 1 | Cálculo para valores de x e y

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x f(x)=3x y

0 f(0)=30=1 1

1 f(1)=31=3 3

2 f(2)=3²=9 9

   Fonte: elaborada pela autora.

Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y), tal que, A(0, 1); B(1, 3); C(2, 9), construímos a representação gráfica,
conforme segue:

Figura 2 | Gráfico da função exponencial

   Fonte: elaborada pela autora.

Já a função logarítmica, é dada pela lei f (x) = log a


, sendo sua representação gráfica uma curva, construída
x

em razão dos valores aplicados em x, e os respectivos resultados calculados para f(x). Dependendo da base "a",
as curvas são classificadas em crescente e decrescente.

Figura 3 | Gráfico da função logarítmica

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Fonte: elaborada pela autora.

Caso a base a seja maior que 1, a função logarítmica é crescente, já que, à medida que x aumenta, acontece o
mesmo com f(x). Quando estipulamos valores reais positivos para x, encontramos imagens que pertencem ao
conjunto dos números reais.

De modo geral, a função na forma f (x) = log a


, segue as regras:
x

• A base do logaritmo sempre é diferente de 1 e maior do que 0.

• O valor de x deve ser um número real positivo, exceto zero. 

Se a base for 0 < a < 1, a função é decrescente em todo o seu domínio. Isso ocorre porque, à medida que x
aumenta, a imagem diminui. Essa relação, inversamente proporcional, origina a seguinte representação gráfica:

Figura 4 | Gráfico da função logarítmica

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Fonte: elaborada pela autora.

Para melhor compreendermos essa construção, considere a função f (x) = logx. Importante ressaltar que, no
caso de o logaritmo não apresentar o valor da base, essa sempre será igual a 10. Primeiramente, vamos
substituir valores quaisquer para x e encontrarmos seus respectivos f(x), ou seja, y:

Tabela 2 | Cálculo para valores de x e y

x f(x)=logx y

1 f(1)=log1→10x=1→x=0 0

10 f(10)=log10→10x=10→x=1 1

Fonte: elaborada pela autora.

Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y), tal que A(1, 0); B(10, 1), construímos a representação gráfica.

Figura 5 | Gráfico da função logarítmica

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Fonte: elaborada pela autora.

Com intuito de aprofundar ainda mais o conhecimento das funções exponenciais e logarítmicas, a seguir, serão
apresentadas algumas aplicações.

APLICAÇÃO 
Agora que você já estudou a definição, propriedades e representação gráfica das funções exponencial e
logarítmica, vamos abordar sua utilização em duas situações-problema.

Situação 1: em determinada cidade no interior do estado de Minas Gerais, a taxa de crescimento populacional é
de 1,03 ao ano, aproximadamente. Responda:

a.  Qual função representa essa relação? 

b.  Em quantos anos a população dessa cidade irá dobrar, se a taxa de crescimento continuar a mesma? 

Resolução: para resolver o problema proposto, precisamos utilizar os conceitos relacionados à função
exponencial e logarítmica. Vamos lá!

a.  Qual função representa essa relação? 

•  Para a população do ano base, vamos considerar P0.

Para a população, após um ano, toma-se a população do ano-base (representada por P0 ) e multiplica-se pela
taxa de crescimento populacional, dada no enunciado do problema, que é 1,03. Assim, temos:

•  Para cálculo da população, considerando t = 1, temos:

P1 = P0 . 1,0312

• Para população com t = 2, temos:

P2 = P0 . 1,0312

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•  Considerando t o tempo em ano, para cálculo da população em relação a t,  temos:

P(t) = P0 . 1,031t

Assim, a função que representa essa relação será P(t) = P0 . 1,03t

b.  Em quantos anos a população dessa cidade irá dobrar, se a taxa de crescimento continuar a mesma? 

Suponhamos que a população dobrará em relação ao ano-base após t anos; sendo assim, temos:

P(t) = 2. P0

      Partindo da relação P(t) = P0 . 1,03t, temos:

P(t) = 2. P0

P0 .1,03t = 2. P0

1,03t = 2

Nesse caso, temos que multiplicar pelo logaritmo ambos os lados:

log 1,03t = log 2

t. log 1,03 = log2

Calculando log 1,03 = 0,0128, log 2 = 0,3010 e substituindo:

t. 0,0128 = 0,3010

t=
0,3010

0,0128

t = 23,5

Ou seja, a população dobrará em aproximadamente 23,5 anos, caso mantenha a taxa de crescimento em 1,03
ao ano. 

Situação 2: em uma pesquisa, constatou-se que a população P de determinada bactéria cresce segundo a
expressão P(t)= 25.2t, na qual t está medido em horas. Responda:

a.  Em quanto tempo essa população atinge 400 bactérias?

b.  Construa o gráfico que representa essa função.

Temos, nesse caso, uma função exponencial e, a partir das propriedades algébricas e conceitos relacionados à
construção de gráficos, vamos para sua resolução. 

a.  Em quanto tempo essa população atinge 400 bactérias?

Utilizando a função P(t)= 25.2t para descobrir em quanto tempo a população atingirá 400 bactérias, temos que
fazer P(t) = 400. 

25.2t = 400

2t = 400

25

2t = 16
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Nesse caso, temos uma equação exponencial na qual as bases precisam ser iguais, logo, fatorando o 16, temos:

2t = 2t

t=4

Portanto, a população atingirá 400 bactérias em 4 horas. 

b.  Construa o gráfico que representa essa função.

Primeiramente, vamos substituir valores quaisquer para x e encontrarmos seus respectivos f(x), ou seja, y:

Tabela 3 | Cálculo para valores de x e y

x P(x)=25.2t y

0 P(0)=25.20=25.1=25 25

1 P(1)=25.21=25.2=50 50

2 P(2)=25.22=25.4=100 100

3 P(3)=25.23=25.8=200 200

Fonte: elaborada pela autora.

Ao encontrarmos os pares ordenados (x, y), tal que A(0, 25); B(1, 50), C(2, 100), D(3, 200), construímos a
representação gráfica.

Figura 6 | Gráfico da função exponencial

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Fonte: elaborada pela autora.

Nesse caso, consideramos somente valores positivos para x, pois eles se referem à variável tempo (ou seja,
horas decorridas relacionadas ao crescimento de bactérias). Desse modo, não tem lógica utilizarmos valores
negativos.

VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! 

Você irá aprender sobre o conceito das funções exponencial e logarítmica, sua definição, propriedades,
construção e interpretação de sua representação gráfica. Vamos também aplicar esses conhecimentos em
situações práticas do seu dia a dia. 

Vamos lá!

Bom estudo!

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para saber mais sobre função exponencial e logarítmica, acesse a dissertação Função exponencial e
logarítmica.

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Aula 4

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
Você conhecerá a composição de um ciclo trigonométrico, compreenderá a conversão entre
graus e radianos e também aprenderá sobre as funções trigonométricas seno, cosseno e
tangente.
42 minutos

INTRODUÇÃO
Caro estudante, nesta unidade você irá compreender sobre algumas relações existentes entre as funções
trigonométricas, bem como a construção do ciclo trigonométrico e a definição de graus e ângulos. 

Em nosso cotidiano podemos encontrar diversas situações que podem ser aplicadas às funções
trigonométricas, como, por exemplo: oscilações de ondas e cordas, fenômenos periódicos, como a claridade do
sol, variação de temperaturas, frequência cardíaca, entre outras. 

Neste conteúdo, você conhecerá a composição de um ciclo trigonométrico, compreenderá a conversão entre
graus e radianos e também aprenderá sobre as funções trigonométricas seno, cosseno e tangente. Também
será abordada a representação e interpretação gráfica de cada uma dessas funções. Por fim, solucionaremos
três problemas que podem ser identificados no nosso dia a dia. Vamos lá!

FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA E CICLO TRIGONOMÉTRICO


Antes de adentrarmos às funções trigonométricas, você sabe o que é trigonometria? A palavra trigonometria
vem do grego, tri (três), gonos (ângulo) e metron (medir), ou seja, significa a medição dos três ângulos
(STEWART, 2016). A trigonometria é muito utilizada, desde sua concepção, para resolver problemas geométricos
que relacionam ângulos e distâncias.

A função trigonométrica é composta a partir das razões trigonométricas (as possíveis divisões entre as medidas
dos dois lados de um triângulo) e, especificamente nesta seção, abordaremos as seguintes funções: 

f (x) = senx

f (x) = cos x

f (x) = tgx

O domínio dessas funções trigonométricas é o conjunto dos números reais, ou seja, cada número real é
associado ao seno, cosseno e à tangente da função. Tais funções, envolvem as relações do triângulo retângulo
em função de um determinado ângulo. Observe a figura a seguir:

Figura 1 | Triângulo retângulo

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Fonte: Souza (2013).

Com relação ao triângulo retângulo, temos a hipotenusa que é dada pelo segmento OA e em relação ao ângulo
 , o cateto oposto que é dado pelo segmento AB e o cateto adjacente que é dado pelo segmento OB. A partir

disso, temos as seguintes relações trigonométricas:


c
senθ =
a

b
cos θ =
a

c
tg θ =
b

Em nosso dia a dia, encontramos diversas situações que se repetem após um determinado intervalo, como: dias
da semana, horas, fases da Lua, radiação eletromagnética, molas, entre outras. As funções trigonométricas são
periódicas e se movem em um ciclo trigonométrico, sendo que a projeção dos pontos que a compõem sobre o
eixo y ou sobre o eixo x formam um movimento cíclico. 

Um ciclo trigonométrico é composto de uma circunferência com o centro no ponto (0,0) e raio unitário, de
medida igual a 1, com dois eixos perpendiculares: vertical e horizontal, cruzando no centro, formando quatro
quadrantes, conforme figura a seguir:

Figura 2 | Ciclo trigonométrico

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Fonte: elaborada pela autora.

No ciclo trigonométrico utilizamos medidas a partir de arcos ou ângulos. Um arco completo possui 360 graus e
o 1° grau é igual a 60 minutos. Já a medida de um arco  completo, em radianos, envolve a razão entre o
comprimento e o raio da circunferência, ou seja:

 

AB
α =
raio

De acordo com Oliveira (2014) a medida de um ângulo em radianos depende de uma unidade de comprimento.
Tais relações entre arcos e ângulos possibilitou a ampliação das razões trigonométricas do triângulo retângulo
para as funções trigonométricas definidas nos reais. Para melhor compreender essa relação, observe a Figura
3. 

Figura 3 | Ciclo trigonométrico com graus e radianos

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Fonte: elaborada pela autora.

A partir da figura 3, é possível ver a relação entre graus e radianos, com suas respectivas coordenadas no eixo x
(horizontal) e eixo y (vertical). Vejamos um exemplo de conversão de medidas em radianos para graus.

Exemplo: Converter  2π

3
rad para graus. 

Para converter medidas em radiano para graus, vamos utilizar a regra de três e a relação já previamente
conhecida de que πrad = 180º.

πrad − − − − − 180 º

2
πrad − − − − − x
3

πrad 180 º

=
rad x
3

2
xπrad = 180. πrad
3

2
x = 180.
3

x = 120 º

Logo,  2π

3
rad corresponde a 120°.

Agora, vamos fazer o processo inverso, transformar uma medida que está em graus para uma medida em
radianos.

Exemplo: Converter 60º para radiano 

Para converter a medida de graus para radianos, vamos utilizar a regra de três e a relação de que πrad = 180º.

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πrad − − − − − 180 º

x − − − − − 60 º

πrad 180 º
=
x 60º

º
180 x = 60 πrad º

º
60 πrad
x =
180 º

πrad
x =
3

Logo, 60º corresponde a  π

3
rad . 

FUNÇÃO SENO, COSSENO E TANGENTE


Agora que você já viu as principais características das relações trigonométricas e compreendeu a relação entre
as medidas em graus e radianos, vamos nos aprofundar nos estudos sobre as funções seno, cosseno e
tangente. A partir do ciclo trigonométrico, é possível representar essas funções, partindo-se de um ângulo com
raio de uma unidade, cujas coordenadas são projetadas no eixo das abscissas x e no eixo das ordenadas y,
formando um triângulo retângulo. Observe a Figura 4.

Figura 4 | Funções trigonométricas no ciclo trigonométrico

Fonte: Oliveira (2014).

A partir do ciclo trigonométrico, e considerando que a hipotenusa vale uma unidade, podemos interpretar as
razões do seno, cosseno e tangente.

Seno: teremos como base o eixo vertical y, portanto a razão do seno será o mesmo valor do cateto oposto CO
em relação à hipotenusa HIP:

CO
senα =
HIP

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A representação gráfica da função seno tem o formato de uma curva chamada senoide, que possui as seguintes
características:

•  O domínio da função pertence ao conjunto dos números Reais.

•  A periodicidade é de 2π rad.

•  A imagem da função será entre [1,-1].

•  O valor máximo é igual a “1” e o valor mínimo é igual a “-1”.

•  A amplitude será igual a 1.

•  A função apresenta sinal positivo no 1º e 2º quadrantes.

•  A função apresenta sinal negativo no 3º e 4º quadrantes.

Para construção do gráfico da função f(x)=senx, atribuímos valores de x para encontrarmos os respectivos f(x),
ou seja, y.

Quadro 1 | Valores substituídos na função

x F(x) ou y

0 0

π2 1

π
0

Fonte: elaborado pela autora.

O eixo vertical correspondente à ordenada, identificada como seno, e a representação gráfica da função seno se
repete no intervalo de 0 a 2π rad ou de 0° a 360°. Já o eixo horizontal é o eixo x das abscissas.

Figura 5 | Função seno

Fonte: Oliveira (2014).

Cosseno: teremos como base o eixo horizontal x, portanto a razão do cosseno será o mesmo valor do cateto
adjacente CA em relação à hipotenusa HIP:
CA
cos α =
HIP

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A representação gráfica da função cosseno será uma curva denominada cossenoide com as seguintes
características:

•  A função apresenta sinal positivo quando x pertence ao 1º e 4º quadrantes.

•  A função apresenta sinal Negativo quando x pertence ao 2º e 3º quadrantes.

•  O Período é de 2 rad.

•  O domínio da função pertence ao conjunto dos números Reais.

•  A imagem da função será entre [-1,1].

Para construir o gráfico f(x)= cosx, atribuímos valores de x para encontrarmos os respectivos f(x), ou seja, y.

Tabela 1 | Tabela para exemplo prático

x F(x) ou y

0 1

π2 0

π -1

Fonte: elaborada pelo autor.

O eixo horizontal é correspondente à abcissa e identificada como eixo dos cossenos. Sua representação gráfica
é:

Figura 6 | Função cosseno

Fonte: Oliveira (2014).

Tangente: teremos como base o eixo vertical y e o eixo horizontal x, portanto a razão da tangente será o mesmo
valor do cateto oposto CO em relação ao cateto adjacente CA:
CO
tgα =
CA

A função tangente trata-se de uma função real de variável, tal que x pertence ao conjunto dos números Reais, e
sua representação gráfica  é denominada tangentoide, com as seguintes características:

•  O sinal da função é positivo no 1º e 3º quadrantes.

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•  O sinal de função é negativo no 2º e 4º quadrantes.

•  Tem o período em πrad.


π

•  O domínio da função será tgα = .


D={x∈R/x≠ +kπ}
2

CA

Para construir o gráfico de f(x)= tgx, atribuímos valores de x para encontrarmos os respectivos f(x), ou seja, y.

Quadro 3 | Valores substituídos na função

x F(x) ou y

0 1

π2 0

π -1

Fonte: elaborada pelo autor.

Observe a representação gráfica da função tangente:

Figura 7 | Função tangente

Fonte: Oliveira (2014).

Observe no gráfico da função tangente que a função é periódica, com período , e para valores múltiplos de  π

a tangente não está definida.

APLICAÇÃO
Vamos verificar três situações-problema que envolvem a definição, propriedades e representação gráfica das
funções trigonométricas.

Situação 1: em determinada cidade do litoral do estado de São Paulo, a maré alta ocorreu à meia-noite. A altura
da água no porto dessa cidade é uma função periódica, pois oscila regularmente entre maré alta e maré baixa.

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A altura f(t), em metros, da maré, nesse dia, pode ser obtida, aproximadamente, pela fórmula: 
πt
f (t) = 2 + 1,9 cos ( )
6

Considerando que t é o tempo decorrido, em horas, após a meia noite, determine a altura da maré em 3 horas?

Solução: Para resolver o problema, precisaremos dos conhecimentos relacionados à função cosseno. Assim,
para determinar a altura da maré no tempo de 3 horas, vamos considerar t = 3h e substituir na função que
modela esse fenômeno. 
πt
f (t) = 2 + 1,9 cos ( )
6

π.3
f (3) = 2 + 1,9 cos ( )
6

f (3) = 2 + 1,9 cos 90 º

Temos que cos 90º= 0, portanto:

f (3) = 2 + 1,9.0

f (3) = 2 + 0

f (3) = 2

Logo, a altura da maré no tempo de 3 horas será de 2 metros. 

Situação 2: com o intuito de aumentar a produção de alimentos em uma cidade, a coordenadora da secretaria
de agricultura encomendou uma análise sobre as potencialidades do solo nessa localidade. Na análise da
temperatura do solo, foram realizadas medições em intervalos de uma hora. 

Tais medições mostraram que a temperatura T, medida em graus Celsius, e o tempo t, medido em horas
decorridas após o início das observações, relacionavam-se a partir do seguinte modelo: 
π 4π
T (t) = 26 + 5 cos ( t − )
12 3

A partir do modelo criado no decorrer das análises, qual a temperatura do solo às 16horas, considerando-se
que o início das observações se deu à 0hora? 

Solução: primeiramente iremos utilizar o modelo matemático apresentado no problema e substituir t = 16h.
π 4π
T (t) = 26 + 5 cos ( t − )
12 3

π 4π
T (16) = 26 + 5 cos ( .16 − )
12 3

4π 4π
T (16) = 26 + 5 cos ( − )
3 3

T (16) = 26 + 5 cos(0)

Temos que cos 0 = 1, portanto:

T (16) = 26 + 5.1

T (16) = 26 + 5

T (16) = 31

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Assim, a temperatura do solo, às 16horas, será de 31ºC. 

Situação 3: as ondas sonoras se propagam em formato de ondas periódicas e estão constantemente presentes
em nosso cotidiano. A rádio PM envia uma transmissão via ondas sonoras que pode ser modelada a partir do
gráfico da função a seguir: 

Figura 8 | Função modelo das ondas sonoras

Fonte: elaborada pela autora.

Considerando a representação gráfica e os conhecimentos relacionados às funções trigonométricas, determine


qual função refere-se à curva modelada. 

Solução: ao analisarmos o gráfico, identificamos que seu comportamento é o de uma senoide, pois ele passa
pelo ponto de origem (0,0) e sen(0) = 0.

Também concluímos que quando  temos que f(x) = 1.

Assim, sendo f (x) = sen(ax), encontraremos o valor de a, lembrando que o ângulo cujo sen(x) = 1é o
ângulo .

f (x) = sen(ax)


1 = sen ( )
4

π aπ
=
2 4

4π = 2aπ

4 = 2a

4
a =
2

a = 2

Substituindo a = 2 em f (x) = sen(ax), temos que a função que representa a curva é f (x) = sen(2x).

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VÍDEO RESUMO
Olá, estudante! 

Você irá aprender sobre o conceito das funções trigonométricas, sua definição, ciclo trigonométrico e
interpretar sua representação gráfica. Vamos também aplicar esses conhecimentos em situações práticas do
seu dia a dia. 

Bons estudos! 

Para visualizar o objeto, acesse seu material digital.

 Saiba mais
Para saber mais sobre função trigonométrica, veja a dissertação Funções Trigonométricas ou Função
Trigonométrica: Uma análise histórica e institucional no Ensino Médio, de Letícia Santos Meneses.

REFERÊNCIAS
15 minutos

Aula 1
ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

CAMELO, S. M. Estudo de função afim através da modelagem matemática. 2013. 49f. TCC (Bacharelado) -
Universidade Federal de Campina Grande, Centro de Ciências e Tecnologia. Campina Grande-PB, 2013.

CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951.

DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008.

STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

Aula 2
ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951.

DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008.

ROCHA, J.; MIRAGEM, F. F. Explorando a Função Quadrática com o Software Winplot. RENOTE, Porto Alegre, v. 8,
n. 3, 2010. Disponível em: https://www.seer.ufrgs.br/index.php/renote/article/view/18105 . Acesso em: 20 nov.
2022.

STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=claudionormoreira.s01%40gmail.com&usuarioNome=CLAUDIONOR+MOREIRA+DOS+SANTOS&disciplinaDescricao=&atividadeId=36614… 43/44
05/08/2023, 00:20 wlldd_231_u1_cal_int_dif

Aula 3
ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva publicações, 1951.

DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008.

SILVA, R. F. Função exponencial e logarítmica. 2016. 121f. Dissertação (Mestrado Profissional em Matemática
em Rede Nacional) - Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita
Filho”, Presidente Prudente, 2016.

STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.

Aula 4
ANTON, H. Cálculo. v. I, 8. ed. Porto Alegre: Bookman, 2007.

CARAÇA, D. C. Conceitos Fundamentais da Matemática. Lisboa: Editora Gradiva Publicações, 1951.

DANTE, L. R. Matemática. 1. ed. São Paulo: Ática, 2008.

OLIVEIRA, C. A. C. de. Trigonometria: o radiano e as funções seno, cosseno e tangente. 2014. 77 f.


Dissertação (Mestrado profissional em Matemática) – Programa de Pós-Graduação em Matemática, Centro de
Ciência e Tecnologia, Universidade Federal de Campina Grande, Paraíba, 2014.

SOUZA, T. S. de et al. Um estudo da extensão do seno, cosseno e tangente no triângulo retângulo para
funções de domínio real. 2013. TCC (Graduação em Matemática) - Universidade Federal de Santa Catarina,
Centro de Ciências Físicas e Matemáticas, Florianópolis, 2013.

STEWART, J. Cálculo. v. 1, 4. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2016.


Imagem de capa: Storyset e ShutterStock.

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