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obrigatoriedade para as empresas no cumprimento utilizada tanto na legislação como em diversos artigos
da porcentagem ou cota determinada de pessoas científicos de publicações mais recentes. Além
com deficiência em relação ao total de empregados, disso, a palavra “portar” remete pejorativamente a
percebem-se paradoxos, polêmicas e distintas associações com doenças (tais como portar vírus,
abordagens de análise. etc.), além de referir-se a uma situação provisória, ao
passo que a situação de deficiência é, via de regra,
Segundo Carvalho (2010), a inclusão de pessoas permeada por caráter de permanência.
deficientes no mercado de trabalho vem obtendo
maior impor tância devido a movimentos A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de
governamentais e da sociedade civil. Considerando trabalho apresenta dificuldades e especificidades que
a redação do Decreto 914, de 06/09/1993 em seu requerem aprofundamento em termos de pesquisas
3º artigo, do artigo 5º, § 2º, da Lei 8.112/90 e do e estudos. Todavia não é possível agrupar as pessoas
art. 93, da Lei 8.213/91, “Considera-se pessoa deficientes em um único grupo caracterizado
portadora de deficiência aquela que apresenta, em por particularidades específicas. As deficiências
caráter permanente, perdas ou anormalidades de são diversas, assim como suas graduações e as
sua estrutura ou função psicológica, fisiológica respectivas consequências para o indivíduo. Em
ou anatômica, que geram incapacidade para o uma classificação ampla e atual, podem-se distinguir
desempenho de atividade, dentro do padrão diferentes grupos de deficiências, sejam essas com
considerado normal para o ser humano”. impedimentos de natureza física, intelectual ou
sensorial. A “Convenção sobre os Direitos das
Observa-se que as nomenclaturas utilizadas para Pessoas com Deficiência”, aprovada pela ONU,
designar o tema mostram-se variadas, sendo algumas em 6/dez./2006, pela Resolução nº. A/61/611, e
consideradas mais e outras menos estigmatizantes. aprovada pelo Brasil, por meio do Dec. Legislativo
Neste sentido, nota-se uma tendência evolutiva nº. 186, de 9/7/2008 e, posteriormente, pelo Dec.
na utilização dessas. Segundo Lorentz (2006), Presidencial nº. 6494, de 25/08/2009, conceituou as
as mudanças que procedem no emprego das pessoas com deficiência (substituindo a expressão
nomenclaturas têm respaldo no âmbito jurídico antiga “pessoas portadoras de deficiência”). A
nacional e internacional (Organização Internacional referida convenção em seu art.1º estabelece que:
do Trabalho – OIT, etc.), tais como: pessoas com “pessoas com deficiência são aquelas que têm
necessidades especiais, portadores de deficiência, impedimentos de natureza física, intelectual ou
notadamente a semântica “incapaz” e outras. sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e
Segundo Lorentz (2006), a terminologia “pessoa efetiva na sociedade com as demais pessoas”.
portadora de deficiência”, ainda encontrada e
antes considerada correta, segundo a Convenção A deficiência com impedimento de natureza física
Internacional de n° 159, da OIT, de 1983, foi ratificada pode ser classificada pela alteração completa ou
pelo Brasil através do Dec. Legislativo n° 51, de parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,
28/08/89, no qual consta: “entende-se por “pessoa acarretando o comprometimento da função
deficiente” todo indivíduo cujas possibilidades física, apresentando-se na forma de paraplegia,
de obter e conservar um emprego adequado e paraparesia, monoplegia, monoparesia ou outras. As
de progredir no mesmo fique substancialmente deficiências com impedimento de natureza sensorial
reduzidas devido a uma deficiência de caráter físico referem-se às deficiências auditivas e visuais. Já a
ou mental devidamente reconhecida”. deficiência com impedimento de natureza intelectual
é caracterizada pelo funcionamento intelectual
Neste artigo, adotou-se a expressão Pessoas com significantemente inferior à média, manifestado
Deficiências (PcDs), por ser uma terminologia antes de 18 anos e limitações associadas a duas ou
mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: na relação de 1 para cada 700 nascimentos, levando-
comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, se em conta toda a população brasileira. Ou seja,
utilização dos recursos da comunidade, trabalho, segundo esta conta, cerca de 270 mil pessoas no
dentre outras. Brasil teriam síndrome de Down.
descumprimento da lei. Todavia, é preciso ressaltar esforços, tanto públicos como privados, para a
que além do déficit de escolaridade e qualificação, realização da inclusão social.
outras questões corroboram nesse sentido.
De acordo com Carvalho (2010), a inclusão é uma
Ainda falta qualificação profissional e preparo social atitude, uma convicção e não ações isoladas ou
para que a pessoa com deficiência possa ocupar combinadas. Assim, inclusão significa aceitação,
um cargo cujo perfil seja compatível com as suas consideração e estima por pessoas que pertencem a
habilidades e com as reais necessidades da empresa. grupos distintos. A atitude de inclusão relaciona-se,
Além disso, a sua reduzida participação no mercado portanto, à consciência e valores do indivíduo e da
de trabalho acabou também sendo reforçada pelas sociedade em geral. Segundo Sassaki apud Carvalho
inúmeras barreiras de ordem social, arquitetônica e
(2010), o trajeto percorrido e ainda a percorrer para
funcional, comprometendo o seu direito fundamental
se chegar a um processo de efetiva inclusão é longo
de ir e vir. Por outro lado, a falta de informação sobre
a deficiência acabou restringindo a oportunidade e composto de quatro distintas fases: a exclusão,
de ocupação de funções que fossem efetivamente na qual os PcDs sofrem algum tipo de tratamento
adequadas às suas reais dificuldades e possibilidades com desleixo e descuido; a segregação, quando
(TANAKA, MANZINI, 2005, p. 292). passam a ser atendidos em grandes instituições, mas
ainda permanecem separados do convívio social;
Além das dificuldades já citadas, observa-se que não a integração, caracterizada pelo encaminhamento
raro uma forte barreira à inserção e inclusão das de pessoas com menor grau de deficiência
PcDs no mercado de trabalho ocorre em virtude às escolas comuns e ficam ali até conseguir
da existência de preconceitos e discriminações acompanhar as aulas; e a inclusão propriamente
(BATISTA, 2004; TOLEDO; BLASCOVI-ASSIS, dita, que corresponde à entrada dessas pessoas no
2007; SIQUEIRA, PRELOURENTZOU, 2008; mercado de trabalho. É nessa fase que se observa
MOREIRA et al., 2009). Nessa linha de raciocínio, o surgimento da empresa inclusiva, que assegura
para Viana et al., (2008), as pessoas ainda reagem condições para o desempenho profissional das
de modo preconceituoso no ambiente de trabalho PcDs.
em relação às pessoas com deficiências, sejam
estas de natureza física, sensorial ou intelectual. Incluir pessoas com deficiência no quadro de
Para os autores, o preconceito é concebido a partir funcionários pode trazer uma série de vantagens
das práticas organizacionais e das concepções às empresas, tanto do ponto de vista funcional
que justificam. O preconceito é uma forma de quanto em relação à imagem da empresa perante
representação que se desenvolve no interior dos a sociedade (INSTITUTO ETHOS, 2000).
grupos dominantes, manifestando-se por atitudes Segundo Batista (2004), a partir da década de 80,
negativas e depreciativas. surgem no nosso país as denominadas práticas de
responsabilidade social, ou empresas socialmente
De acordo com o Instituto Ethos (2000), a inclusão responsáveis. Nesse escopo, a diversidade (e
social é a palavra-chave a nortear todo o sistema inclusão das PcDs) passa a fazer parte das políticas
de proteção institucional da pessoa com deficiência empresariais. Todavia, essa autora alerta para
no Brasil. No caso da SD, implica a ideia de que há as distintas facetas da responsabilidade social
um débito social secular a ser resgatado com essas corporativa. Essas facetas podem representar
pessoas. Também cabe ressaltar que ainda prevalece apenas estratégia de marketing que, ao projetar
a existência de obstáculos físicos e culturais, no mercado uma imagem empresarial idealizada,
compartilhados pela sociedade, que excluem essa agrega valor ao seu produto e conquista parcela de
minoria do acesso a direitos fundamentais básicos. consumidores que valorizam tais ações. Entretanto,
É preciso, portanto, promover uma mudança na podem representar real possibilidade de inclusão:
mentalidade de toda a sociedade e empreender “Todos querem e necessitam ser reconhecidos
pelo outros, ser amados e valorizados, e a prática necessidade de adequações nas políticas e práticas
de responsabilidade social pode abrir caminhos de recursos humanos para a promoção da inclusão.
para esta realização” (BATISTA 2004, p. 108).
Essa autora destaca ainda que o fato de a empresa De acordo com o IBGE (2000), o deficiente
ter uma preocupação real com questões sociais com impedimento de natureza intelectual (aqui
não significa que ela deixe de se preocupar com inclusas as pessoas com SD), deverá ter as mesmas
questões relativas à competitividade, pois disso oportunidades para obter seu emprego, porém,
depende sua sobrevivência. Ser uma empresa dentro de sua singularidade, deverão ser respeitadas
socialmente responsável requer equilíbrio entre suas necessidades por meio dos níveis de apoio
ética e competitividade. necessários para sua efetiva inserção no mercado de
trabalho e redes de apoio necessárias para promover
Para Almeida et al., (2010), se bem estimulada, sua autonomia.
a pessoa com SD tem a capacidade de realizar
inúmeros tipos de trabalho. Em relato da Associação A inclusão profissional da pessoa com SD não
dos Acidentados de Trabalho do Estado de Goiás, é apenas um direito constitucional, ela promove
quando comparadas às pessoas sem deficiências, a continuidade e concretiza os resultados da
as PcDs têm menor índice de afastamento por estimulação da fase infanto-juvenil da pessoa com a
doenças, valorizam a oportunidade de estarem referida síndrome, pois o progresso depende de um
empregadas e, além disso, algumas ainda consideram processo contínuo. Toledo e Blascovi-Assis (2007)
seus trabalhos mais desafiadores e interessantes. ressaltam que a expectativa de vida de pessoas com
SD foi ampliada, devido ao avanço da assistência
Também Batista (2004, p. 161), ao analisar empresas médica e estímulos educacionais, e alertam para a
responsáveis socialmente, destaca que essa prática, necessidade de a sociedade possibilitar uma fase
além de propiciar melhor imagem corporativa, adulta estimulante e digna, consequentemente, um
favorece a redução do turnover e maior satisfação envelhecimento saudável. Nesse sentido, mostram
no trabalho. Ressalta ainda “as vantagens com a relevância do trabalho para essas pessoas:
relação ao desempenho e produtividade das pessoas
com deficiência, que, muitas vezes, superam as Embora o trabalho seja apenas uma das possibilidades
da inclusão social, o contato direto com o público
expectativas do início do contrato”.
torna-se de grande importância, já que conviver em
sociedade, interagindo com diferentes pessoas e em
Observa-se que o desempenho e a satisfação
diferentes meios é um passo para que a sociedade
no trabalho relacionam-se ao clima e ambiência
conheça e reconheça a existência dessa população e
e também às condições ofertadas. As ações de possa refletir sobre suas necessidades. (TOLEDO;
adequação das condições e práticas de trabalho são BLASCOVI-ASSIS, 2007, p. 95).
elementos cuja presença ou ausência modificam
a relação de forças entre pessoas com e sem Proporcionar condições de adequado convívio em
deficiência nas organizações. Devem contemplar sociedade se faz premente para as pessoas com
tanto modificações no espaço concreto de trabalho SD, contudo, a importância do comportamento
quanto implementações de práticas específicas social no processo inclusivo não ocorre como
que visam dar condições de igualdade no trabalho consequência exclusiva da contratação delas. Nota-
às pessoas com deficiência (ALMEIDA et al., se que a inclusão, quando fundamentada apenas
2010). Além das adaptações do ambiente físico e para cumprimento legal, ou seja, a pessoa com
instrumentos de trabalho, a empresa deve promover SD é empregada com o único intuito de adequar
ações de sensibilização de funcionários e gestores de a empresa à legislação, não considerando nem
forma que estes recebam informações que facilitem avaliando suas potencialidades, não cumpre um
o processo de inclusão. Destaca-se também a papel de fato inclusivo. É preciso mais do que isso.
A inclusão requer um ambiente acolhedor e propício trazendo informações para além da linguagem
à execução das funções executadas pelas pessoas verbal. A entrevista foi gravada, depois transcrita
com SD e o seu desenvolvimento no trabalho. Além e, posteriormente, realizou-se análise de conteúdo.
disso, demanda que tanto os gestores como demais
funcionários tenham consciência das capacidades Dados secundários foram coletados por meio de
profissionais da pessoa com SD, e para tal, é preciso pesquisa documental para obtenção de informações
conhecer as especificidades dessas pessoas. complementares da organização em questão.
Também foi realizada observação em um dos locais
O mundo empresarial vê, na responsabilidade de trabalho para verificar as condições deste in loco.
social, uma nova estratégia para aumentar seu lucro
e potencializar seu desenvolvimento. Essa tendência O objeto de estudo foi uma rede de supermercados
decorre da maior conscientização do consumidor que tem em seu quadro funcional pessoas com
que procura produtos e práticas que gerem melhoria SD. A escolha da empresa se deu em razão da
para o meio ambiente ou comunidade, valorizando acessibilidade e do conhecimento de suas práticas
aspectos éticos ligados à cidadania. de responsabilidade social e sua opção pela
contratação de pessoas com SD.
METODOLOGIA DA PESQUISA
BREVE CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Neste artigo, foi realizada uma pesquisa qualitativa OBJETO DA PESQUISA
por meio do método de estudo de caso. A abordagem
qualitativa mostra-se associada à interpretação Rede de supermercados de constituição familiar,
e compreensão da realidade social e é utilizada situada no estado do Rio de Janeiro, com mais de
com frequência para responder aos problemas seis décadas de existência. A empresa possui hoje
levantados nas pesquisas sociais. Segundo Vergara 19 lojas e aproximadamente 5.500 funcionários,
(2008), na abordagem qualitativa, predominam dentre eles cerca de 300 PcDs (destes 51% são
aspectos relacionados à subjetividade e voltados pessoas com deficiência intelectual).
para a visão individual dos sujeitos envolvidos,
História da empresa
cujos resultados não são passíveis de generalização.
Para Chizzotti (2006), o estudo de caso é um A empresa foi fundada em 1943, no Estado do
método de investigação qualitativo, que aprofunda Rio de Janeiro, por dois irmãos vindos de Portugal
a ideia de que se pretende chegar ao “quê” e ao e, posteriormente, incorporada à empresa de uma
“quanto” pela compreensão do “como”. Este terceira família aqui já instalada. Com o passar
método consiste na observação detalhada de um dos anos, foi crescendo e se transformando numa
contexto ou indivíduo e de um acontecimento cadeia de lojas. Atualmente, é administrada por
específico. Os estudos de caso têm em comum um staff profissionalizado que soma a cultura,
a dedicação ao conhecimento e descrição dos formação e o conhecimento de novas tecnologias
idiossincráticos e específicos como legítimos em de jovens diretores à sólida experiência dos antigos
si mesmos. fundadores. Hoje, essa rede de supermercados
mostra-se com grande participação na comunicação
Adotou-se, como instrumento de coleta de dados, e no mercado e com sua marca consolidada junto
a realização de uma entrevista semiestruturada e aos consumidores.
em profundidade com coordenadora de projetos
social da empresa. Esse tipo de entrevista mostrou- O projeto de inclusão de pessoas com deficiência
se adequada a esta pesquisa, pois se trata de um iniciou-se no ano de 2002 com a contratação de
recurso utilizado quando se buscam respostas do dez pessoas com deficiência intelectual (sendo nove
universo da experiência própria do entrevistado, com SD e uma com déficit cognitivo). Esse projeto
com síndrome de Down, sujeitos de direitos cujos Não obstante as considerações anteriores sobre
depoimentos podem esclarecer, na perspectiva as limitações desta pesquisa, pode-se a partir
deles, as dificuldades percebidas a partir da própria dela, divulgar um trabalho bem-sucedido de uma
experiência no contexto laboral. organização responsável socialmente, com o intuito
de sensibilizar a sociedade e outras organizações para
No contexto da pesquisa, pode-se dizer que a a inclusão de pessoas com SD. Espera-se, assim, que
realidade encontrada na organização pesquisada novas oportunidades surjam e que pessoas com SD
revela-se diferente da maioria dos estudos possam exercer uma atividade laboral, assumindo um
apresentados, pois mostra de fato preocupação, papel ativo no contexto social que irá trazer um bem-
interesse e ações que a enquadram como uma estar não apenas para essas pessoas, mas também
empresa responsável socialmente, condizente para seus familiares e para a sociedade em geral.
com a abordagem de Batista (2004). Suas ações
de responsabilidade social focam na inserção Data de submissão: xx-xx-xxxx Data de aceite: xx-xx-xxxx
de pessoas com SD no mercado de trabalho.
Essa empresa destaca-se pelo trabalho que vem
realizando desde o ano de 2002, que, além de gerar REFERÊNCIAS
emprego para significativo número de pessoas com
ALMEIDA, L. A D; CARVALHO-FREITAS,
SD, representa inclusão social. Para tal, a empresa
M N; MARQUES, A L. Análise comparativa das
não somente investe nas pessoas com deficiência,
percepções das pessoas com deficiência em relação
como também prepara os demais funcionários para
à inserção no mercado formal de trabalho. In:
receber as PcDs de forma assertiva e respeitosa.
CARVALHO-FREITAS, M N; MARQUES, L A
Além disso, promove ações que visam aproximar
(Orgs.). O trabalho e as pessoas com deficiência: pesquisas,
os familiares dos funcionários com SD, o que,
práticas e instrumentos diagnósticos. Curitiba:
conforme ressaltado por Dessen (2002), mostra-se
Juruá, 2010. p. 55-70.
importante e necessário ao desenvolvimento das
PcDs. Destaca-se, assim, entre os aspectos que ARAUJO, J P; SCHMIDT, A. A Inclusão de Pessoas
facilitaram a inclusão das pessoas com SD na referida com Necessidades Especiais no Trabalho: a visão
empresa, as capacitações realizadas, a receptividade, de empresas e de instituições educacionais especiais
o apoio dos dirigentes e a aproximação buscada na cidade de Curitiba. Revista Brasileira de Educação
com os familiares. Nessa empresa, as pessoas com Especial. Marilia, v. 12, n. 2, p. 241-254, maio-ago.
SD desenvolvem atividades simples e repetitivas, 2006.
mas com o acompanhamento realizado, verifica-
se a possibilidade de crescimento e a realização de BATISTA, C.A.M. Inclusão: constr ução da
outras atividades. diversidade. Belo Horizonte: Armazém de Ideias,
2004.
O resultado desta pesquisa também demonstra
CARVALHO, Karina M. Os desafios da inclusão
que, embora o trabalho possa conferir valor
da pessoa com deficiência no ambiente de trabalho.
social e pessoal ao empregado com SD, também
In: CARVALHO-FREITAS, M. N.; MARQUES,
são necessárias providências efetivas no âmbito
L. A. (Orgs.). O trabalho e as pessoas com deficiência:
laboral para que ocorra a inclusão dele nesse
pesquisas, práticas e instrumentos diagnósticos.
ambiente e na sociedade. Destaca-se, neste estudo,
Curitiba: Juruá, 2010. p.43-54.
a necessidade de programas de capacitação que
ultrapassem os itens de desempenhos funcionais e CASARIN, Sonia. Aspectos psicológicos na
incluam aspectos comportamentais que facilitem o síndrome de Down: In: SCHWARTZMAN, José
estabelecimento de relacionamentos interpessoais Salomão. Síndrome de Down. São Paulo: Memnon:
saudáveis e respeitosos. Maackenzie, 2003.