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Universidade Federal de Pelotas

Faculdade de Educação
Departamento de Fundamentos da Educação
Fundamentos Psicológicos da Educação

Atividade de Avaliação Individual: Produção Textual


Data de entrega: 30/07/2023
Tipologia textual:
Texto narrativo, descritivo ou biográfico sobre uma experiência de aprendizagem
Peso: 1,5
Formato, fonte, margens e número de palavras:
Fonte: Times New Roman, tamanho 12
Espaçamento: 1,5cm
Margens: Superior e Esquerda  3cm / Inferior e Direita  2cm
Número de palavras: máximo de 500 palavras (uma lauda aproximadamente).
Há um exemplo junto às orientações
Critérios de Avaliação:
Textualidade (coesão, coerência, estruturação, gramática e ortografia): 0,5
Capacidade de Síntese: 0,5
Apresentação, desenvolvimento e exposição textual de acordo com o objetivo da proposta: 0,5

Orientações:
Aprendizagem é um elemento-chave dentro do componente de Fundamentos
Psicológicos da Educação. Assim, é solicitado que seja produzido um texto sobre uma
experiência de aprendizagem que ocorreu (ou que ainda ocorre) na vida de vocês.
Sugestões e perguntas para orientar o texto:
 Pense em algo ou alguma coisa que você domina ou gosta muito. Não importa se a
aprendizagem está ligada à música, reality shows, novelas, arrumar a casa, plantar,
estudar idiomas, praticar esportes, fotografar, dançar etc. A ideia é que vocês possam
mostrar como viraram “mestres” ou o que tem impulsionado o aprendizado de
determinado assunto/atividade/elemento/função.
 Quais foram os caminhos percorridos na aprendizagem? Que recursos são utilizados?
 Quais as suas melhores “técnicas” ou “práticas” para manter a aprendizagem?
 Tente lembrar de algo que as outras pessoas falam de você. Exemplo: fulano é bom em.;
quando preciso saber tal coisa... sempre procuro o fulano ou o beltrano porque...
 Perceba e reflita sobre quais são os seus hobbies e facilidades. A partir disso, fica fácil
observar nossos “talentos”.
 Com dedicação, escrevi um texto biográfico que serve de exemplo. Trata-se da minha
experiência de aprendizagem. A produção está na próxima página. Estou ansioso para
ler os textos. Boa leitura!
Universidade Federal de Pelotas
Faculdade de Educação
Departamento de Fundamentos da Educação
Fundamentos Psicológicos da Educação

Um andarilho entre línguas estrangeiras


Prof. Sandro Bortolazzo
Desde criança (mais ou menos pelos 6 anos de idade) sentia uma vontade
incontrolável de viajar. Qualquer passeio atraia interesse, de viagens físicas a mentais (drogas
não era uma opção). Mais tarde, descobri através de um perfil no Instagram que tinha
dromomania, isto é, impulso incontrolável em viajar. Não satisfeito, fui atrás de testes online
para saber se, de fato, era um dromomaníaco. Eis algumas perguntas: “sua única razão de
trabalhar e guardar dinheiro é para viajar?” Sim. “Planeja a próxima viagem antes mesmo de
chegar em casa da sua última viagem? Quase sempre. “Fala sobre viagens o tempo todo?”
Quando não estou pesquisando ou conversando sobre viagens, estudo psicologia, o que não
deixa de ser uma forma de “viajar” também. “Quando está online pesquisa por promoções de
passagens?” Sim, mas a alta do dólar entristece qualquer planejamento. “Já se imaginou
pedindo demissão para poder viajar mais?” Não só imaginei, como realizei. Pedi demissão
depois de 10 anos trabalhando na empresa.
Minha experiência de aprendizagem se relaciona com viagens, mas não se limita a
isso. O antigo Big Ben, na Inglaterra, me fascinava. Aos 9 anos lembro de pedir para estudar
inglês. Na época, meus pais me matricularam em um curso de idiomas. Lembro nitidamente
da teacher perguntando: “como vocês aprenderam português?” Ninguém contestou. Ela
respondeu que “a aprendizagem da língua portuguesa ocorria desde o nascimento, primeiro
repetindo os sons, depois formando palavras e frases”. Era dessa forma, simples e direta, que
o processo comunicativo acontecia. Quer dizer, para dominar uma língua estrangeira,
precisamos tratá-la como língua materna, sem recorrer a mecanismos de tradução. Criança
quando aprende o português não utiliza tradução. Isso porque não há referências linguísticas,
senão o próprio idioma. Assim, a professora conduzia as aulas falando somente em inglês e,
quando não compreendíamos algo, fazia mímica, desenhava, virava pirueta, mas não traduzia
palavras para o português.
Incorporei tanto aquela forma de aprender que aos 16 anos percebia certo domínio no
inglês. Aos 20 anos realizei o sonho de morar em Londres, aperfeiçoei o inglês e conheci o
tão imaginado Big Ben. De forma análoga à língua inglesa, fui aprendendo também espanhol,
italiano e francês (esse último ainda engatinhando). Da experiência com a língua inglesa,
conheci vários países e acabei recebendo uma bolsa de estudos na Universidade de Western
Sydney, na Austrália, o que me permitiu conhecer a Oceania e arredores. Resumindo, a
aprendizagem do inglês permitiu fazer o que mais gosto, ou seja, viajar.

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