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Goiânia
2022
AGRADECIMENTOS
Quero que meus pais saibam, que tenho plena consciência do quanto sou privilegiada.
Nunca tive excessos, mas nunca me faltou nada, eu sei que posso contar com os meus pais pra
tudo, e esse é o tipo de privilégio que não tem como quantificar. Quero que eles saibam, que
também podem contar comigo pra tudo.
Além de amor, acolhimento e segurança, meus pais também me proporcionaram
ensinamentos valiosos, sempre me ensinaram o valor da educação, e como ela pode transformar
o curso de nossas vidas. Minha mãe cresceu na roça, foi atrás dos seus estudos e se tornou
professora pra vida toda, cumprimenta antigos alunos na rua que hoje são pais e ainda se
lembram e adoram ela. Meu pai virou o homem da casa com 13 anos, teve todo tipo de trabalho
enquanto moleque, mas nunca desistiu de estudar, e viu sua vida transformada pelo Instituto
Federal Goiano. Hoje posso dizer que a Universidade Federal de Goiás também mudou o curso
da minha vida, e eu não poderia ser mais grata. Vivam os Institutos e Universidades Federais!
Ao longo desses anos de graduação também tive a sorte de encontrar meu amor pelos
corredores da FAV, meu chuchu, Augusto. Sinceramente não sei como os solteiros enfrentam
a graduação, sem o apoio do meu chuchu isso tudo teria sido muito mais difícil.
Por fim, quero agradecer a minha orientadora Marcelina Gorni, você é minha inspiração
na docência, sempre saí de suas aulas energizada, desde quando me convidou pra fazer a
iniciação científica me senti extremamente agraciada. Obrigada por todos ensinamentos.
2
RESUMO
5
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO………………………………………………………………………… 6
1.1 Objetivos (Gerais e Específicos)..................................................................................... 8
1.2 Justificativa ……………………………………………………………………………. 8
1.3 Metodologia …………………………………………………………………………… 9
2. BIOFILIA E ARQUITETURA
2.1 Hipótese da Biofilia ……………………………………………………………………. 9
2.2 Design Biofílico e Arquitetura …………………………………………………………. 10
3.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
3.1 Creche Municipal Maená ……………………………………………………………… 17
3.2 Centro de Educação Infantil Mt. Hood College….…………………………………….. 20
5. ESTUDO PRELIMINAR
5.1 Escola Municipal João Braz ………………………………………………………….. 25
5.2 Localização e Levantamento…………………..……………………………………… 26
5.3 Inadequações …………………………………………………………………………. 29
5.4 Potenciais ……………………………………………………………………………… 33
6. PROJETO
6.1 Conceito e Partido …………………………...……………………………………….. 35
6.2 Memorial de Projeto ………………………………………………………………….. 35
6.3 Memorial Paisagístico ………………………………………………………………… 45
6
1. INTRODUÇÃO
8
1.1 JUSTIFICATIVA
A inquietação inicial que levou à proposta da presente pesquisa se deu pela constatação
da visível precariedade a qual as escolas públicas são condicionadas, e na frequente ausência
de um olhar sensível às necessidades subjetivas no desenvolvimento psicomotor das crianças,
para além das necessidades funcionais de um ambiente escolar. Com foco aqui, na construção
da relação do ambiente construído com o ambiente natural, a fim de promover bem estar e
melhora no desempenho de aprendizagem através da relação com a natureza.
1.2 OBJETIVOS
GERAIS
A pesquisa tem o intuito de contribuir para o debate acerca da qualidade do ambiente
físico das escolas públicas a partir das premissas do Design Biofílico. Assim como pretende
também gerar a confluência entre as áreas do conhecimento que exploram os fatores
multidisciplinares que influenciam no desempenho das atividades pedagógicas e socioculturais
presentes no ambiente de ensino.
Por fim, será proposto um projeto de reforma baseado nos parâmetros do Design
Biofílico para a Escola Municipal João Braz, Goiânia/GO. A proposta visará se enquadrar na
realidade socioeconômica da escola pública, assim como no seu contexto urbano.
ESPECÍFICOS
-Estudos dos padrões do design biofílico, suas aplicabilidades, e quais de suas premissas
são mais relevantes e factíveis ao ambiente escolar da rede pública;
-Realizar o levantamento de uma escola pública, no caso a Escola Municipal João Braz,
Goiânia/GO, a fim de identificar suas inadequações e potencialidades;
-Propor intervenções para a escola referida considerando premissas do design biofílico,
assim como, sua realidade sócio-econômica-cultural.
9
1.3 METODOLOGIA
2. BIOFILIA E ARQUITETURA
2.1 Hipótese da biofilia
10
Estes estudos têm grande relevância para alertar as autoridades sobre o estado de saúde
da população, que cada vez mais vive em áreas urbanas extremamente carentes de elementos
naturais, e essa carência afetaria diretamente sua qualidade de vida, aspectos emocionais e até
mesmo cognitivos, principalmente no desenvolvimento das crianças.
O estudo de Ulrich (1984) é considerado o primeiro estudo que evidencia o impacto da
natureza na saúde humana. No estudo foram analisados os efeitos da presença ou ausência de
elementos da natureza em ambientes hospitalares nos pacientes em recuperação de variadas
enfermidades. Foi percebido que “aqueles que estavam em quartos com janelas voltadas para
áreas verdes ou que foram expostos à murais com pinturas com esses estímulos,
experimentaram menos ansiedade, menos dor e/ou se recuperaram mais rápido do que os
pacientes não expostos a tais estímulos” (Andrade e Pinto, 2017, p.37).
Outra pesquisa, conduzida por Faber, Taylor e Kuo, buscou testar o impacto de três
ambientes diferentes em um grupo de crianças com TDAH, entre 7 e 12 anos: um parque, uma
área comercial e outra residencial.
Os pesquisadores puderam observar que após vinte minutos de caminhada no parque,
foi produzido no cérebro das crianças um efeito semelhante aos dos medicamentos indicados
para o transtorno, que contém a substância química metilfenidato, efeito esse não proporcionado
pelos outros dois ambientes testados. Assim, os autores defendem que “escolas devem
realmente considerar colocar essas doses de natureza tanto em sua estrutura física interior e
exterior, quanto nos seus currículos, com intuito de melhorar a saúde e o bem-estar da
comunidade escolar, bem como do aprendizado dos alunos”. (Andrade e Pinto, 2017, p.38)
11
Fig.1 - Palácio de Generalife na Espanha (1302 - 1309)
12
Pode-se dizer que o Design Biofílico tenta resgatar o que sempre foi intuitivo para o ser
humano, a ideia de que para conformar um espaço acolhedor e confortável deve-se apropriar
do espaço com elementos que comuniquem harmonia entre tatilidade, materialidade,
representações da natureza através da ornamentação, ou mesmo pela conformação de janelas
voltadas para paisagens naturais. Essa ideia é reforçada pela constante presença de elementos
da natureza em estruturas e lugares históricos, sugerindo que as ideias que abrangem o conceito
do design biofílico não são recentes na história da arquitetura. (Browning; Ryan; Clancy, 2014)
13
Fig.4 - Catedral de Gloucester - Reino Unido (1089)
14
trabalho se concentra na compreensão da relação da humanidade para com a natureza, assim
como seu gradual afastamento da mesma na era pós-industrial.
Seu primeiro livro “A hipótese da biofilia” (1995) foi desenvolvido juntamente com
Edward Wilson, onde o foco foi a discussão sobre a hipótese da biofilia em si, em uma análise
sócio-ecológica da sociedade pós-industrial. Em seguida, em “Construindo para a vida” (2005),
deu início às suas ideias acerca da relação entre a biofilia e os ambientes construídos.
Em “Projeto Biofílico: A teoria, ciência e prática de dar vida aos edifícios” (2008),
Kellert lançou o primeiro guia para a prática do Design Biofílico, descrevendo uma série de
elementos essenciais para a aplicação do conceito, porém com poucos exemplos de uma
aplicação prática do mesmo.
Após alguns anos, Kellert refinou sua pesquisa, e juntamente com a arquiteta Elizabeth
Calabrese lançaram o livro “A prática do Design Biofílico” (2015), no qual descrevem de forma
clara os cinco princípios essenciais para a aplicação da biofilia no ambiente construído,
juntamente com 24 estratégias, se tornando o guia de referência do tema.
Os cinco princípios definidos (Kellert e Elizabeth, 2015, p.6), devem ser considerados
como intenções de projeto durante todo o processo, são estes:
Após a definição dos cinco princípios, são descritos três tipos de experiência da natureza
que representam categorias básicas da estrutura do projeto biofílico: experiência direta,
experiência indireta e experiência de espaço e lugar.
15
A experiência direta diz respeito ao contato real com elementos da natureza presentes
no ambiente construído, como: presença de vegetação, luz natural, ventilação natural, presença
de animais, água, terra, dentre outros.
A experiência indireta refere-se à representações que façam alusão à natureza, a partir
da ornamentação, imagens, evidência de processos característicos do meio ambiente, como o
envelhecimento e a passagem do tempo.
Já a experiência de espaço e lugar incluem a interpretação da análise de padrões
existentes no meio natural como: perspectiva e refúgio (espaços amplos para contemplação, em
contrapartida a espaços mais íntimos para refúgio); complexidade organizada (inspirado na
grande variedade de texturas e formas da natureza); integração dos ambientes; espaços de
transição e conexão cultural e ecológica com o lugar.
Caso o ambiente não comporte a presença abundante de determinado elemento, a
vegetação por exemplo, devem ser estudados caminhos para trazer sua presença para o espaço,
mesmo que através da vista de aberturas ou panos de vidro. É importante ressaltar que a
aplicação do Design Biofílico tem teor holístico, ou seja, deve ser avaliada em cada situação
específica quais as possibilidades de intervenção no espaço, e sua efetividade deve ser
monitorada.
“Assim como o projeto de iluminação para uma sala de aula será diferente de um spa
ou biblioteca doméstica, as intervenções de projeto biofílico são baseadas nas
necessidades de uma população específica em um determinado espaço e
provavelmente serão desenvolvidas a partir de uma série de projetos biofílicos
baseados em evidências. padrões, idealmente com um grau de monitoramento e
avaliação da eficácia.” (Browning et al, 2014)
16
Fig.5 - Estratégias do Design Biofílico
17
Por fim, Kellert e Elizabeth reforçam que, as estratégias e metodologias indicadas pelo
Design Biofílico certamente são essenciais no processo de pensar esses novos espaços a fim de
resgatar a integração da arquitetura com a natureza. Porém, deve-se ter cautela para que sua
aplicação não se torne exageradamente técnica, pois isso resultaria num resultado fragmentado
e desconexo. Eles reafirmam que a aplicação bem sucedida do Design Biofílico deve promover
a conexão ecológica e cultural com o lugar, pois “Tal como acontece com todos os organismos,
o funcionamento humano eficaz depende de ambientes ecologicamente conectados e não
desagregados”. (Kellert e Elizabeth, 2015, p.21)
3.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
3.1 Creche Municipal Maená
18
com a resolução M132 publicada pela União Internacional para Conservação da Natureza
(Brandão, 2021, p.11). Direito este que vem sendo negligenciado devido ao gradual
afastamento dos ambientes naturais no cotidiano da população de centros urbanos, para tal,
optou-se pela aplicação dos conceitos do Design Biofílico. O partido se baseou em seis
aspectos conceituais:
1. Aproveitamento de iluminação e ventilação naturais - Ao longo do projeto foram
posicionados cobogós que permitem a passagem de luz filtrada, e a realização de
ventilação cruzada entre os ambientes de transição e de permanência.
Fig.7 - Creche Municipal Maená, cobogós vistos no hall de acesso
19
4. Uso de materiais e técnicas construtivas alternativas - O sistema construtivo utilizado
foi o Wood Frame, sistema composto por uma estrutura de madeira com fechamento em
placas cimentícias.
Fig.9 - Creche Municipal Maená - Placas cimentícias aparentes
6. Aplicação de formas resistentes a linha reta e a biomimética - Esta estratégia diz respeito
a criar alusão à formas da natureza ao evitar o uso de linhas retas e ângulos de 90º, que
são inexistentes na natureza, e se aproximar das formas mais sinuosas no desenho do
projeto.
20
Fig.11 - Palco do anfiteatro sombreado com Jacarandá-Mimoso
O projeto foi desenvolvido pelo escritório Mahlum, e se encontra nos EUA. Seu
conceito foi baseado primordialmente nos conceitos abordados no livro “Última criança na
natureza”, de Louv, onde é discutido o mencionado fenômeno "transtorno de déficit de
natureza”, no qual ele alerta para o fato de que crianças urbanas das últimas duas décadas
desenvolveram uma “exagerada desconexão e estranhamento com a natureza, acarretando em
21
prejuízos físicos, psicológicos e sociais no desenvolvimento humano”. (Louv, 2016, apud
Andrade e Pinto, 2018, p.37)
Sendo assim, o projeto busca promover fortes conexões com a natureza em variados
aspectos. O terreno do projeto é privilegiado no sentido de que se encontra em uma área aberta,
rodeada de pinheiros e ambientes naturais, garantindo o direito da criança de explorar e
desenvolver suas atividades psicomotoras em meio à natureza.
Fig.13 - Horta na área externa
22
Já nos ambientes internos, onde não é possível a inserção de tantos elementos naturais
diretos, outras estratégias indiretas são selecionadas, como o uso de materiais naturais,
conformação de espaços de transição com vistas de qualidade voltadas para vegetação, assim
como a entrada de ventilação e iluminação naturais no ambiente.
Desde o século XIX, vários órgãos do poder público foram responsáveis pela construção
e manutenção dos estabelecimentos de ensino do Brasil, sempre com a intenção de traçar
padrões na construção de edifícios escolares (FDE, 1998, apud Kowaltowski, 2011, p.82). Tal
intenção surgia da necessidade de se construir com rapidez um grande número de edifícios a
baixos custos, pois com o impacto da primeira revolução industrial no país, surgia uma grande
demanda de mão de obra escolarizada”. (Ramalho; Wolff, 1986, apud Kowaltowski, 2011,
p.85)
Quando a quantidade atropela a qualidade da construção das escolas públicas, o que se
vê como consequência são implantações repletas de inadequações, que não recebem avaliação
pós-ocupação, propiciando a proliferação de falhas no processo de repetição desses projetos
padrão. (Barros, 2002, apud Kowaltowski, 2011, p.109)
A requalificação dos edifícios escolares públicos é de extrema relevância, pois estudos
sugerem que a qualidade do ambiente e o contato com a natureza na infância impactam
diretamente no desenvolvimento cognitivo, físico-motor e emocional da criança. A qualidade
de vida durante a infância está diretamente ligada à otimização da sua relação com o ambiente
natural, que propicie diversos estímulos visuais, olfativos, táteis, etc. Auxiliando no
desenvolvimento e formação do indivíduo. (Korpela, 2002, apud Elali, 2003, p.310)
Não é novidade na história da arquitetura a ideia de que um edifício bem qualificado, é
um edifício que tenha uma boa integração com o entorno, com os elementos e fenômenos
naturais, e de que essas condições afetam diretamente a qualidade de vida do usuário. Assim
como também é possível perceber na história da pedagogia, que são vários os autores que
apontam para as qualidades físico-ambientais imprescindíveis ao ambiente escolar.
O pedagogo Jean-Ovide Decroly valorizava o espaço exterior como fonte de saúde e
elemento gerador de curiosidade; Friedrich Fröbel deu ênfase ao jogo, a psicomotricidade,
jardinagem e integração escola-natureza no ambiente escolar (Elali, 2003, p.311). E Comenius,
considerado fundador da didática, destacava a necessidade de um ambiente escolar arejado,
com espaço livre e ecológico, a fim de estimular o aprendizado a partir da sensorialidade, pois
23
defendia que as impressões sensoriais obtidas pela experiência seriam posteriormente
internalizadas, e mais tarde, interpretadas pela razão. (Kowaltowski, 2011, p.16)
Porém, apesar dessa presumida consciência da importância da presença da natureza no
ambiente escolar, é perceptível a dificuldade existente para efetivamente conceber esses
espaços. Essa condição se dá por diversos fatores, mas é possível apontar para o afastamento e
estranhamento da sociedade moderna para com a natureza como uma das principais causas.
Sociedade moderna essa, altamente urbanizada e cada vez mais acostumada com os altos
muros de concreto e ruas pavimentadas. Essa ideia é reforçada pelos resultados obtidos pela
arquiteta e psicóloga Gleice Elali, em seu artigo “O ambiente na escola: uma discussão sobre a
relação escola–natureza em educação infantil” (2003), no qual ela realiza diversos estudos de
caso de escolas de Natal-RN. Dentre esses, realiza questionários com os pais e professores
acerca da qualidade do ambiente de ensino.
A partir dos questionários foi possível identificar que os pais deram ênfase nas
condições inapropriadas de conforto ambiental das salas de aula, e também apontaram para as
carência de áreas livres adequadas para recreação. Seu discurso aparentemente reforça um ideal
ecológico, e valoriza a aproximação da criança com a natureza no ambiente escolar. Porém, a
natureza a que se referem deve ser rigorosamente domesticada: árvores que não soltam muitas
folhas e que as crianças não subam; areia que não suje; animais que não façam barulho, etc.
Essa contradição de discurso e prática é percebida na realidade ambiental das escolas, que
muitas vezes além de não favorecer o contato criança-natureza, ainda tende a criar obstáculos
e dificultar essa relação. (Elali, 2003, p.315)
As áreas gramadas, por exemplo, são constantemente rejeitadas por serem consideradas
de difícil manutenção e pela possibilidade de gerar sujeira. Assim, observa-se que a maior parte
do terreno das escolas públicas é cimentada.
“A não-pavimentação dos pisos na maioria das vezes parece ser um incômodo, pois
dificulta a manutenção da limpeza em outros setores. Para evitar esse ‘problema’, é
comum o revestimento das áreas livres com cerâmica e/ou pedra, ou a execução de
piso cimentado, algumas vezes pintado na cor verde, simulando grama, prática que,
nos casos estudados, atingiu a paradoxal pavimentação de uma horta, com plantas
acondicionadas em vasos de cimento.” (Elali, 2003, p.313)
24
Fig.15 - Horta em área pavimentada na Escola Municipal João Braz, Goiânia/GO
25
5. ESTUDO PRELIMINAR
5.1 Escola Municipal João Braz
Fig.16 - Fachada da Escola Municipal João Braz
26
5.2 Localização e levantamento
Fig.17 - Mapa da localização da EM João Braz, Goiânia/GO
A escola se localiza na Avenida São Salvador, esq. São Paulo, Qd 28 Lote 714 Vila
Jardim São Judas Tadeu, Goiânia/GO,uma região descentralizada do tecido urbano de Goiânia.
A área total do lote é de 3.530 m². O entorno imediato é predominantemente formado por
residências térreas, e alguns pequenos comércios que atendem a região. A área construída é de
1446m², equivalente a cerca de 42% do terreno. A área permeável é de 1377m², cerca de 39%
da área total.
Foram realizadas três visitas técnicas quando foi feito o levantamento de inadequações
e potencialidades da escola, assim como a obtenção de informações sobre a dinâmica do espaço.
27
Fig.18 - Planta de levantamento da Escola Municipal João Braz
Fonte: Planta Baixa do arquivo da Prefeitura de Goiânia/GO, modificado pela autora, 2022
28
5.3 Inadequações
Fig.19 - Inadequações da Escola Municipal João Braz
29
A implantação é desfavorável, pois duas das principais fachadas recebem insolação
direta sem nenhuma proteção. A fachada Nordeste recebe essa incidência durante todo período
da manhã, e a fachada Sudoeste do mesmo bloco recebe essa insolação durante todo período da
tarde.
Apesar do bloco de salas de aula ter grandes janelas grandes para a fachada Nordeste
(Fig.21), não existe uma estratégia de ventilação cruzada, e o bloco admnistrativo atua como
barreira física dos ventos predominantes das regiões Sudeste e Leste, fazendo com que todas as
salas sejam abafadas.
Fig.20 Sala de aula
O pé-direito do bloco das Salas de Aula e de seu corredor central (Fig.22) é de 2,50m,
abaixo do mínimo recomendado. E dos sanitários dos estudantes o pé-direito é de 2,30m, não
atendendo nem mesmo às dimensões mínimas, o que demonstra que as obras da escola não
foram acompanhadas por profissional qualificado.
30
Fig.21 - Corredor do bloco de salas de aula
Foi relatado que a escola tem cerca de 50 anos, e que cada uma de suas partes foi
construída em períodos diferentes, demonstrando diferença de qualidade entre os espaços. É
também possível observar que quase todos os vidros das janelas dos ambientes foram pintadas
de branco, e algumas são cobertas com tecido EVA, numa tentativa de barrar a insolação.
O auditório é um dos ambientes mais problemáticos da escola, ele se encontra no limite
do lote, e não tem nenhuma janela, tornando a permanência no espaço totalmente insalubre.
(Fig.23)
31
Todas as áreas de convivência são pavimentadas, as únicas áreas permeáveis da escola
são em terra batida e em locais que os alunos nem mesmo tem acesso. O playground da
educação infantil é forrado com grama sintética (Fig.24), demonstrando mais uma vez o
comportamento paradoxal comentado por Elali (2003), no qual a área é toda pavimentada, e
logo em seguida o usuário se dá conta da demanda por espaços verdes, e assim tenta compensar
com alguma estratégia improvisada.
A partir do levantamento é possível concluir que a grande problemática que afeta toda
estrutura da escola se dá por múltiplos fatores, dentre eles se encontram principalmente a
ausência de um profissional qualificado no momento das obras de pequenas reformas que
foram/são feitas na escola. Foi relatado para a autora, durante visita técnica pela diretora em
2022, que as obras são dirigidas por ela mesma e o pedreiro. Segundo relato da diretora, ao
solicitar à Prefeitura de Goiânia a visita de um arquiteto, são informados de que não tem
ninguém disponível, essas são as consequências diretas dos cortes de verba do Ministério da
Educação no Brasil, e de uma constante desvalorização da educação pública.
O ambiente físico da escola pública é só um dos inúmeros desafios existentes nessa
problemática, mas ele não deve ser negligenciado, pois suas qualidades e inadequações vão
impactar diretamente na efetividade das atividades escolares, assim como no bem-estar dos
alunos, professores e outros funcionários.
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O Design Biofílico surge desse desafio, o de abordar as inadequações das construções
da atualidade e buscar estabelecer uma nova estrutura que promova uma relação satisfatória
com a natureza, a fim de conceber ambientes restaurativos.
5.4 Potenciais
O quiosque presente no pátio da frente oferece uma boa área de convivência (Fig.26),
conformando um espaço de perspectiva e refúgio. Parte de sua materialidade é natural, os
banquinhos são de tijolinhos e a telha cerâmica, porém os tijolinhos são pintados com cores
vibrantes, e os pilares são metálicos, afastando-os de uma representação da sua tatilidade
natural. A concepção de mais espaços que promovam o refúgio, e que abracem uma
materialidade mais natural, pode enriquecer o pátio frontal.
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Fig.25 - Quiosque na parte da frente da escola
Por fim, existe um pequeno jardim que foi construído por iniciativa própria de um
funcionário da escola (Fig.27), o que demonstra que intervenções de baixo impacto podem ser
realizadas mesmo com todas as questões limitantes discutidas. Mas que principalmente, é uma
manifestação da hipótese da biofilia, uma atitude que demonstra a demanda genética por contato
com a natureza que o usuário sente.
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6. PROJETO
6.1 Conceito e Partido
O conceito do projeto é a biofilia, e para sua aplicação, foram analisadas e selecionadas
estratégias do design biofílico que fossem aplicáveis no nosso objeto de estudo, a escola
pública.
A escolha da escola se deu justamente pela observação da sua extrema necessidade de
uma intervenção de cunho biofílico, pois esta se encontra em situação de precariedade no que
diz respeito à qualidade ambiental.
As estratégias selecionadas, e a forma como foram aplicadas ao longo do projeto são as
seguintes:
Relação direta:
1. Ambientes de permanência ao ar livre sombreados e entre o paisagismo, para interação
física/multissensorial com a natureza;
2. Presença de água, através de fontes nos jardins de permanência, e sprinkler nos jardins
onde não há circulação;
3. Presença de animais, principalmente aves, atraídas pelas árvores frutíferas e as fontes
de água;
Relação indireta:
4. Conformação de canteiros entre todos os blocos, próximos às aberturas com peitoril
baixo, facilitando o acesso visual à paisagens vegetais;
5. Favorecimento de ventilação cruzada nos ambientes de permanência, a partir da
estratégia do efeito chaminé;
6. Entrada de iluminação natural através do uso de cobogós, clarabóia em policarbonato,
e cobertura da passarela também em policarbonato;
7. Uso de materiais naturais a fim de evocar à natureza, como: madeira, pedra, cerâmica e
bambu;
35
10. Conexão cultural e ecológica com o lugar, através do cultivo de horta como uma
atividade educacional, usando principalmente espécies nativas e presentes na cultura
popular (experiência de espaço e lugar);
11. Perspectiva e refúgio, através da concepção de ambientes de estar cobertos para
acolhimento, em contrapartida à jardins contemplativos e abertos (experiência de espaço
e lugar).
36
Durante as visitas técnicas foi constatado que a construção da escola se deu de forma
desconexa, gerando vários “puxadinhos”, causando um fluxo ruim na setorização. A escolha
dos materiais construtivos, principalmente do telhado, foram diferentes entre os blocos,
portanto, alguns telhados foram mantidos, e outros foram demolidos para sua total reconstrução.
O bloco 1 e o bloco 4 foram os que menos sofreram alterações, pois seus pé-direitos de
2,95m são adequados, com laje maciça, e seus telhados são de telha cerâmica, proporcionando
certo conforto térmico. Porém, em todos blocos falta ventilação cruzada, pela falta de aberturas
opostas, e pela escolha das esquadrias de todo projeto, que não permitem a entrada de ar no
ambiente pelas regiões Sudeste e Leste (ventos dominantes).
Sendo assim, foram criadas novas aberturas para gerar ventilação cruzada. E as novas
esquadrias devem ser encomendadas para atender às especificações de medidas das aberturas
mantidas. A seguir um exemplo de modelo de janela de correr, de 4 folhas, com caixilho em
madeira e fechamento em vidro:
37
Fig.29 Exemplo de janela de correr, de 4 folhas, caixilho em madeira e fechamento em vidro
No bloco 1 os cobogós que eram constituídos de tijolos deitados, não cumpriam bem a
sua função por terem aberturas pequenas e serem muito profundos, não permitindo muita
passagem de luz e ventilação.
38
Portanto, estes devem ser substituídos por cobogó cerâmico bruto rústico (18x18x 7cm). No
bloco 2 onde antes não existia cobogós, também será instalado este mesmo modelo como
indicado no projeto.
Fig.31 Exemplo de cobogó cerâmico rústico
39
Portando, sua laje e telhado foram completamente demolidos e reestruturados em
projeto. O pé-direito do bloco 2 foi aumentado para 3,5m, a escolha do sistema construtivo do
telhado foi o de Laje pré-moldada cerâmica 12cm com telha cerâmica, por se tratar de um
sistema com bom custo benefício, facilidade de mão de obra e boa eficiência de conforto
térmico, como indicado abaixo com suas especificações de desempenho térmico:
Fonte: Projeteee
40
Cobogós foram instalados a uma altura de 2,10m em todas salas de aula no sentido do
corredor para gerar o fluxo de ar ascendente, e no alto foram configuradas aberturas zenitais
com instalação de veneziana industrial translúcida, abaixo um exemplo de modelo:
O bloco “puxadinho” de sanitários foi completamente demolido por ter sua estrutura
muito mal executada, sendo extremamente estreito e com pé-direito insalubre de 2,30m. Os
sanitários foram realocados conforme o projeto.
O bloco 3 foi ampliado para reconformação do layout, seu telhado deve ser retirado para
reestruturação, porém deve-se aproveitar sua estrutura e telhas cerâmicas pois se encontram em
bom estado.
O depósito no fundo do lote foi totalmente demolido, pois se encontra em situação de
abandono pela dificuldade de acesso e distância dos ambientes de serviço. Não existe além dele,
um DML realmente conformado, sendo usada de forma improvisada a área externa da cozinha.
41
Fig. 36 - Área externa da cozinha com área de serviço improvisada
42
Fig.37 - Exemplo de Manta de lã de pet
43
Já a Telha ecológica tetra pak é produzida através de alumínio e plástico recicláveis, tem
bom custo-benefício e demonstram desempenho térmico satisfatórios.
Por fim, a escola carece de uma quadra poliesportiva coberta, portanto, foi projetada
uma quadra construída com base em concreto desempenado, uma arquibancada constituída de
aterro compactado, concreto desempenado e blocos de concreto como indicado em projeto. Já
a estrutura da cobertura é feita com pilares de madeira de eucalipto tratado sob bloco de concreto
com ancoragem metálica para evitar infiltração ascendente.
Fig.40 - Exemplo de ancoragem metálica para pilar de madeira sob bloco de concreto
44
6.3 Memorial Paisagístico
1
Relação de espécies arbóreas produzidas no Viveiro-Escola da Universidade Federal de Goiás -
2021. Disponível em: https://profloresta.agro.ufg.br/p/5079-mudas-nativas-do-cerrado
45
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo identificar a relação entre a hipótese da biofilia
e as necessidades subjetivas no espaço físico de ensino que normalmente são negligenciadas na
rede pública. A partir do levantamento bibliográfico, pode-se afirmar que existe uma estreita
relação entre a qualidade de vida e uma boa convivência com a natureza, principalmente durante
o desenvolvimento físico e cognitivo da criança.
As escolas públicas enfrentam muitos desafios desde a sua construção, até sua
manutenção, por questões financeiras que são instáveis, mas principalmente, pela falta de
acompanhamento de profissionais qualificados durante a execução das obras e na avaliação
pós-ocupação, que muitas vezes nem ocorre, fazendo com que suas inadequações se agravem
com o tempo e sejam reproduzidas em projetos posteriores.
A mentalidade de economia acima de tudo, faz com que a escolha dos materiais
construtivos sejam inadequados. A pressa por construir o mais rápido possível faz com que sua
implantação também seja ineficaz, pois, as características do terreno e do ambiente presente são
vistos como um desafio a ser superado, gerando ambientes com pouco conforto ambiental.
Porém, pode ser muito mais produtivo usar as condições da natureza à favor da obra:
gerando as sombras adequadas; aproveitando luz e ventilação naturais; criando uma taxa de
permeabilidade proporcional às áreas pavimentadas vê-se que é possível criar ambientes mais
satisfatórios, sem gastar muito a mais por isso.
Assim, reforçamos aqui a relevância da reconciliação do ambiente de ensino da rede
pública com os parâmetros do design biofílico. Principalmente considerando o fato de que os
ambientes naturais se encontram cada vez mais escassos no meio urbano, fazendo com que a
escola possa ser o principal ambiente na vida da criança que possa garantir sua convivência
benéfica com a natureza.
46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
47
MIRANDA, Martha; GONZÁLEZ, Arturo. Biofilia y emoções: su impacto em um curso de
educação ambiental. RICSH Revista Iberoamericana de las Ciencias Sociales y
Humanísticas. 2015;4(8). Disponível em:
<https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=503950656008> Acesso em: 08/08/22.
48
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
FIGURA 1 - Palácio de Generalife na Espanha (1302 - 1309) - Disponível em:
<https://www.flickr.com/photos/164291077@N06/52059676945>
FIGURA 2 - Ilustração de Ferdubabd Knab dos Jardins Suspensos da Babilônia (1886) -
Disponível em: <https://www.meisterdrucke.pt/artista/Ferdinand-Knab.html>
FIGURA 3 - Coluna de Ordem Coríntia na Catedral de São Paulo - Londres (1710) -
Disponível em: < https://www.flickr.com/photos/flash_homer/4417891524/>
FIGURA 4 - Catedral de Gloucester - Reino Unido (1089) - Disponível em:
<https://www.gloucesterrocks.co.uk/listings/gloucester-cathedral>
FIGURA 29 - Exemplo de janela de correr, de 4 folhas, caixilho em madeira e fechamento
em vidro - Disponível em: <https://www.leroymerlin.com.br/janela-de-correr-isabela-
revestimentos-1,20mx1,40mx14cm-angelim_1567577026>
FIGURA 31 - Exemplo de cobogó cerâmico rústico - Disponível em:
<https://www.arqplace.com.br/cobogo-linha-organica>
FIGURA 33 - Componente construtivo Laje pré-moldada 12cm com telha cerâmica -
Disponível em: <http://www.mme.gov.br/projeteee/componente/laje-pre-moldada-ceramica-
12-cm-camara-de-ar-5-0-cm-telha-ceramica-1-cm/>
FIGURA 34 - Efeito Chaminé - Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/projeteee/implementacao/efeito-
chamine/#:~:text=Aberturas%20em%20diferentes%20n%C3%ADveis%20podem,de%20ar%
20no%20sentido%20vertical.>
FIGURA 35 - Exemplo de veneziana industrial translúcida - Disponível em:
<https://www.cardivem.com.br/veneziana-industrial-translucida>
FIGURA 37 - Exemplo de Manta de lã de pet - Disponível em:
<https://neotermica.com.br/produto/la-de-pet/>
FIGURA 38 - Tabela de performance térmica da Manta de lã de pet - Disponível em:
<https://neotermica.com.br/produto/la-de-pet/>
FIGURA 40 - Exemplo de ancoragem metálica para pilar de madeira sob bloco de concreto -
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/867547/15-conexoes-metalicas-para-
estruturas-de-madeira-laminada-arauco>
49
FICHA TÉCNICA
P02
A= 82,51m²
+1.30
J07 J07
P.D=2,70m
P05
SETOR AMBIENTE ÁREA(m²)
SALA DE AULA 10 J06
Admnistrativo Diretoria 11,04 A= 42m² P02
+1.30 P.D=2,70m
Secretaria 32,10
J02
J02
Copa 11,73
81,81
J02
J02
Pedagógico Sala de Leitura 42
SALA DE AULA 09
Informática 56 P02 A= 42m²
+1.30 P.D=2,70m
Educação Infantil 52
Playground 37,58
Sala de aula 1 42
J02
J02
SOBE i= 8,33%
Sala de aula 2 42
Sala de aula 3 42
Sala de aula 4 42
Sala de aula 5 42
Sala de aula 6 42
J02
J02
SALA DE AULA 08 +0.80 SALA DE AULA 07
Sala de aula 7 42 A= 42m² P02 P02 A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m +0.80 P.D=2,50m
Sala de aula 8 42
PT1
PT1
PT1
PT1
Sala de aula 9 42 SALA DE AULA 06
A= 42m² P02
+0.80
Sala de aula 10 42 P.D=2,50m
VEÍCULOS
ACESSO
Sanitário Fem. 12
J02
J02
Sanitário Masc. 12
SALA DOS
PROFESSORES PT3
Sanitário PCD 3,95 A= 20,50m²
J05
CIRCULAÇÃO
J01
A= 31,80m² +0.80
435,53 +0.80
P04
Eventos Auditório 82,51
J02
J02
Serviço Cozinha 18 SALA DE AULA 05
A= 42m²
J05
P02
J05
+0.80 P.D=2,50m
J01
J01
Depósito Cozinha 14,4
P04
P02
Abrigo GLP 1,46 +0.80 P.D=2,50m
J05
J01
J02
J02
INFORMÁTICA
J05
Depósito 31,08 A= 56m²
J01
+0.65 +0.80 +0.65 PLAYGROUND
79,74 A= 37,58m²
P.D=2,95m +0.60
EDUCAÇÃO
J05
J05
INFANTIL
J01
A= 52m²
+0.80
J01
P.D=2,95m
J02
J02
SALA DE AULA 03
J01
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m P02 P02
P02
WC MASC.
P02
J05
P.D=2,30m A= 12m²
P01
P01
P01
P01
P01
P01
SOBE i= 8,33%
J05
COZINHA
J04
A= 18m² CIRCULAÇÃO
CARGA E
J03
+0.80 A= 47,60m²
DESCARGA SECRETARIA
SALA DE AULA 02
SALA DE AULA 01
+0.80 A= 32,10m² SALA DE LEITURA
A= 14,8m² A= 42m²
A= 42m²
A= 42m²
+0.80
+0.80
+0.80
P.D=2,90m COPA +0.80
+0.80
A= 19,73m²
+0.80
P02 P02 P02
P01
WC WC
A= 4,10m² A= 2,44m²
P02
P02
P02
P02
P02
DEP. COZINHA
A= 14,40m² J03 P02
+0.50 +0.80 DIRETORIA
J01
P.D=2,90m CIRCULAÇÃO
A=11,04 m²
J05
A= 51,40m²
+0.80 +0.80
CONTAINER
A=15 m²
+0.20
SOBE i= 8,33%
+0.20
+0.10
PT3
PT2
ACESSO ACESSO
CARGA E DESCARGA PEDESTRE
0,00
0 1 5 10 LEVANTAMENTO
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
1/13
D
C
DEPÓSITO
A= 31,08m²
+1.30
AUDITÓRIO
A= 82,51m²
+1.30
P.D=2,70m
SALA DE AULA 10
A= 42m²
+1.30 P.D=2,70m
CIRCULAÇÃO
A= 11,36m²
+1.30
SALA DE AULA 09
A= 42m²
+1.30 P.D=2,70m
SOBE i= 8,33%
SALA DE AULA 08 +0.80 SALA DE AULA 07
A= 42m² A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m +0.80 P.D=2,50m
SALA DE AULA 06
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m
VEÍCULOS
ACESSO
SALA DOS
PROFESSORES
CIRCULAÇÃO A= 20,50m²
A= 31,80m² +0.80
+0.80
SALA DE AULA 05
B A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m
B
SALA DE AULA 04
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m
INFORMÁTICA
A= 56m²
+0.65 +0.80 +0.65 PLAYGROUND
A= 37,58m²
+0.60
EDUCAÇÃO
INFANTIL
A= 52m²
+0.80
SALA DE AULA 03
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m
WC MASC.
P.D=2,30m A= 12m²
WC PCD CIRCULAÇÃO
A= 3,95m² +0.80
+0.80
SOBE i= 8,33%
P.D=2,30m WC FEM. +0.30
A= 12m²
COZINHA
A= 18m² CIRCULAÇÃO
CARGA E +0.80
DESCARGA A= 47,60m² SECRETARIA
SALA DE AULA 02
SALA DE AULA 01
+0.80 A= 32,10m² SALA DE LEITURA
A= 14,8m² A= 42m²
A= 42m²
A= 42m²
+0.80
+0.80
+0.80
P.D=2,90m COPA +0.80
+0.80
A= 19,73m²
+0.80
WC WC
A A= 4,10m² A= 2,44m²
A
DEP. COZINHA
A= 14,40m²
+0.50 +0.80 DIRETORIA
CIRCULAÇÃO
A=11,04 m²
A= 51,40m²
+0.80 +0.80
CONTAINER
A=15 m²
+0.20
SOBE i= 8,33%
+0.20
LEGENDA
DEMOLIR
D
110
110
Demolir toda estrutura do
depósito
40
40
40
1540
450
450
600
150
300
300
290
290
250
FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
ALICERCE DEP.COZINHA CIRCULAÇÃO WC WC SALA DE AULA 02 SALA DE AULA 01 SECRETARIA SALA DE LEITURA
DEPÓSITO
85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80
+1.35 TERRENO
NATURAL CALÇADA
+0.20 +0.20
CORTE A
esc: 1/100
160
depósito
174
35
10 40
60 35
60 35
60
60
Demolir janela para Demolir esquadria,
490
474
15
realocação manter abertura
Demolir esquadria, Demolir janela para Demolir esquadria,
manter abertura realocação manter abertura
150
150
150
295
295
295
295
295
250
250
Demolir calçamento para
200
200
DEPÓSITO
Demolir calçamento para Demolir calçamento para EDUCAÇÃO conformação de playground
+1.35 SALA DE AULA 06 CIRCULAÇÃO SALA DE AULA 05 conformação de canteiro Demolir alvenaria p/ INFORMÁTICA conformação de canteiro INFANTIL
ampliação do bloco CALÇADA
85
85
85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 PLAYGROUND
+0.65 +0.65 +0.60 +0.20
CORTE B
esc: 1/100
Demolir telhado para Demolir esquadrias, Demolir esquadrias, Demolir alvenaria para
Demolir estrutura e
cobertura da passarela
reestruturação do mesmo manter aberturas manter aberturas reconfiguração do bloco
Demolir e telhado e laje para
instalação dos novos
Demolir cobogó para
substituição
60 25
15 40
Demolir mesas de concreto Demolir calçamento para Demolir esquadria, ampliação do ambiente
295
290
FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
conformação gramado manter abertura
235
210
Demolir escaninho FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
165
+1.30
300
CORTE C
esc: 1/100
Demolir esquadrias, Demolir telhado e laje para Demolir alvenaria para
manter aberturas instalação dos novos reconfiguração do bloco
Demolir telhado e laje para Demolir esquadrias, Demolir esquadrias,
instalação dos novos manter aberturas manter aberturas
110
110
10 40
equipamentos hidrosanitários para reinstalação
10 40
410
10 35
15
410
250
150
FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
275
250
230
FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
SALA DE AULA 10 AUDITÓRIO
CARGA E +1.30 +1.30
126
CORTE D
LEGENDA esc: 1/100
DEMOLIR
CONSTRUIR
C
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
COBERTURA
FIBROCIMENTO
i=10%
FIBROCIMENTO
FIBROCIMENTO
COBERTURA
COBERTURA
CUMEEIRA
i= 20%
i=20%
B B
COBERTURA
COBERTURA
CERÂMICA
CERÂMICA
i=30%
i=30%
COBERTURA
COBERTURA
CERÂMICA
CERÂMICA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
i=30%
i=30%
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
CUMEEIRA
CUMEEIRA
CAIXA
D'ÁGUA
COBERTURA
FIBROCIMENTO
i=10%
i=30%
COBERTURA
CERÂMICA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
CUMEEIRA
A A
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%
i=30%
COBERTURA
TELHA DE BARRO
O
ÇÃ
CA
IFI
ED
COBERTURA
DA
TELHA DE BARRO
ÃO
i=30%
EÇ
OJ
PR
LEGENDA
DEMOLIR
D
CONSTRUIR
COBERTURA - DEMOLIR
0 1 5 10
esc: 1/125
Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
4/13
D
C
PROJEÇÃO COBERTURA
SALA DE AULA 10
A= 42m²
+1.30
SALA DE AULA 09
+1.30 +1.30 A= 42m² +1.30
+1.30
SALA DE AULA 8
A= 42m²
+1.30
QUADRA
SOBE i= 8,33%
SOBE i= 8,33%
POLIESPORTIVA
A= 494m²
+1.10
+1.10
SOBE i= 7,89%
+1.30 PROJEÇÃO COBERTURA
PROJEÇÃO COBERTURA
alambrado
SALA DE AULA 6
A= 42m²
+1.30
+0.80
Infantil PLAYGROUND
A= 130m²
+0.75
CIRCULAÇÃO
A= 57,5m²
PROJEÇÃO COBERTURA
+0.80
EDUCAÇÃO
INFANTIL
A= 52m²
+0.80
alambrado
CIRCULAÇÃO
+0.80
PROJEÇÃO COBERTURA
+0.80
WC MASC.
WC FEM.
A= 1,8m²
A= 1,8m²
+0.35 DML
A= 5,6m² W.C PCD W.C PCD
+0.80 FEM. MASC. COPA
A= 3,9m² A= 3,9m² A= 7,9m²
COZINHA
A= 18m²
+0.80
SECRETARIA
W.C FEM. W.C MASC.
CARGA E A= 32,10m²
A= 16,4m² A= 16,4m²
DESCARGA +0.80
A= 5,6m²
A +0.80
SALA DOS
PROFESSORES
A= 29,5m²
A
+0.30 +0.80
ABRIGO GLP AUDITÓRIO
A= 1,46m² A= 65m²
+0.80 +1.37
DEP. COZINHA
DEPÓSITO A= 14,40m²
A= 6,8m² +0.80 DIRETORIA
CIRCULAÇÃO
PROJEÇÃO COBERTURA
+0.80 A=11,04 m²
A= 59,2m²
+0.80 +0.80
+0.60
+0.80
+0.40
PROJEÇÃO COBERTURA
PROJEÇÃO COBERTURA
SOBE i= 8,33%
+0.20
LEGENDA
DEMOLIR
D
N
RUA SÃO SALVADOR
0 1 5 10 CONSTRUIR - PLANTA BAIXA
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
5/13
110
40
40
1540
1540
450
150
150
300
CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE
290
290
290
CORRE CORRE CORRE CORRE
250
CORRE
19
85
85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80
19
19
CALÇADA
+0.20
CORTE A
esc: 1/100
Instalar veneziana
Instalar Telha sanduíche industrial translúcida
ecológica tetrapak
Instalar Manta de Lã de Pet 50mm sob Instalar telhado com estrutura em
40
forro de madeira para isolamento térmico madeira e telha cerâmica
290
362
250
Encontro de calhas Reinstalar telhado cerâmico
com ampliação do bloco
12
682
40
50
Instalar cobogó
115
cerâmico
35
36 54
60
60
360
362
350
350
350
320
320
150
150
295
295
CORRE CORRE CORRE CORRE
210
200
EDUCAÇÃO
BIBLIOTECA SALA DE AULA 06 CIRCULAÇÃO SALA DE AULA 05 SALA DE AULA 02 INFANTIL
85
85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 PLAYGROUND CALÇADA
+0.65 +0.65 +0.60 +0.20
CORTE B
esc: 1/100
Tesoura em madeira
Eucalipto
115
Instalar cobogó Instalar cobogó
400
45
cerâmico cerâmico
500
Instalar estrutura de Eucalipto e
1540
455
Concreto desempenado
Pilar em Madeira Eucalipto
Pilar em Madeira
39
150
(15x15cm)
60
295
290
Eucalipto (12x12cm)
210
Bloco de concreto
250
39
Construir alvenaria Construir alvenaria Chapa de metal QUADRA
80 12
Chapa de metal
POLIESPORTVIA mureta Aterro compactado
39
SALA DE AULA 01 SALA DE AULA 02 Alvenaria estrutural
CIRCULAÇÃO AUDITÓRIO Alvenaria +1.10
39
85
+0.60
CALÇADA
+0.40
+0.00 +0.20
CORTE C
esc: 1/100
140
Instalar guarda-corpo Construir Laje treliçada moldada in Instalar telhado com estrutura em
de Eucalipto loco com blocos cerâmicos H7 madeira e telha cerâmica
30
20 30
Instalar estrutura de Eucalipto e
Cobertura em Policarbonato
42 38
70
450
312
300
CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE
Construir abrigo de gás
362
350
250
310
250
230
LEGENDA CORTE D
DEMOLIR
esc: 1/100
CONSTRUIR
Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
6/13
DEMOLIR
CONSTRUIR
LEGENDA
A
B
0 1
COBERTURA
ISOTELHA
5
i= 25%
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
CALHA CALHA
CALHA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
D D
i=30%
i=30%
COBERTURA
COBERTURA
TELHA DE BARRO
TELHA DE BARRO
10
PR
OJ
EÇ
ÃO
DA i=25%
CUMEEIRA
ED
IFI COBERTURA
CA
ÇÃ CERÂMICA
O
i=30%
COBERTURA
CERÂMICA
CUMEEIRA
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%
COBERTURA
CERÂMICA
CAIXA
CAIXA
D'ÁGUA
D'ÁGUA
i= 25%
i= 5%
COBERTURA
POLICARBONATO
CALHA CALHA
CUMEEIRA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
i=30%
i=30%
i=30%
COBERTURA
CERÂMICA
CERÂMICA
COBERTURA
COBERTURA
CERÂMICA
CUMEEIRA
C C
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%
i= 25%
i= 25%
ISOTELHA
ISOTELHA
COBERTURA
COBERTURA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
i=30%
COBERTURA
CERÂMICA
CUMEEIRA
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
CONSTRUIR - COBERTURA
esc: 1/125
N
A
B
Semestre: 2022.02
Trabalho de Conclusão de Curso
C
FICHA TÉCNICA
PROJEÇÃO COBERTURA
PROGRAMA
Copa 7,9
WC's 5,72
86,26
SOBE i= 8,33%
SOBE i= 8,33%
Sala de aula 2 42 POLIESPORTIVA
A= 494m²
+1.10
Sala de aula 3 42
Sala de aula 4 42
Sala de aula 6 42
+0.90 SALA DE AULA 07
Sala de aula 7 42 +0.80 +0.80 A= 42m² +0.80
SOBE i= 7,89%
+1.30 PROJEÇÃO COBERTURA
Sala de aula 8 42
alambrado
Sala de aula 9 42 SALA DE AULA 6
A= 42m²
+1.30
Sala de aula 10 42
Eventos Auditório 65
PROJEÇÃO COBERTURA
Quadra Poliesportiva 494
46,26 EDUCAÇÃO
INFANTIL
A= 52m²
+0.80
alambrado
CIRCULAÇÃO
+0.80
PROJEÇÃO COBERTURA
+0.80
PROJEÇÃO COBERTURA
WC MASC.
A= 1,8m²
DML
WC FEM.
A= 1,8m²
+0.35
A= 5,6m² W.C PCD W.C PCD
+0.80 FEM. MASC. COPA
A= 3,9m² A= 3,9m² A= 7,9m²
COZINHA
A= 18m²
+0.80
SECRETARIA
W.C FEM. W.C MASC.
CARGA E A= 32,10m²
A= 16,4m² A= 16,4m²
DESCARGA +0.80
A= 5,6m²
SALA DOS
+0.80 PROFESSORES
A= 29,5m²
+0.30 +0.80
ABRIGO GLP AUDITÓRIO
A= 1,46m²
A A= 65m²
+0.80 +1.37 A
DEP. COZINHA
DEPÓSITO A= 14,40m²
A= 6,8m² +0.80 DIRETORIA
+0.80 CIRCULAÇÃO A=11,04 m²
PROJEÇÃO COBERTURA
A= 59,2m²
+0.80 +0.80
+0.60
+0.80
+0.40
PROJEÇÃO COBERTURA
SOBE i= 8,33%
+0.20
D
N
RUA SÃO SALVADOR
0 1 5 10 PLANTA BAIXA
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
8/13
1
1 24
24
25
n/i
HORTA
A= 79m²
+1.20
8 n/i
25
QUADRA
POLIESPORTIVA
A= 494m²
+1.10
10
+0.90
1
22
alambrado
11
21
PLAYGROUND
A= 130m²
+0.75
SALA DE AULA 05
A= 42m²
+1.30
SALA DE AULA 4
A= 42m²
+1.30
25
24
alambrado
+0.60
CIRCULAÇÃO 3
+0.80
+0.80
+0.35
+0.80
14
+0.30
+0.10
N
RUA SÃO SALVADOR
0 1 5 10 IMPLANTAÇÃO
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
9/13
PERSPECTIVA - FACHADA PERSPECTIVA - ESQUINA