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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE ARTES VISUAIS


BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO

ANA FLÁVIA NUNES CRUVINEL

Estratégias do Design Biofílico aplicadas à


Arquitetura de uma escola pública de Goiânia

Goiânia
2022
AGRADECIMENTOS

Quero que meus pais saibam, que tenho plena consciência do quanto sou privilegiada.
Nunca tive excessos, mas nunca me faltou nada, eu sei que posso contar com os meus pais pra
tudo, e esse é o tipo de privilégio que não tem como quantificar. Quero que eles saibam, que
também podem contar comigo pra tudo.
Além de amor, acolhimento e segurança, meus pais também me proporcionaram
ensinamentos valiosos, sempre me ensinaram o valor da educação, e como ela pode transformar
o curso de nossas vidas. Minha mãe cresceu na roça, foi atrás dos seus estudos e se tornou
professora pra vida toda, cumprimenta antigos alunos na rua que hoje são pais e ainda se
lembram e adoram ela. Meu pai virou o homem da casa com 13 anos, teve todo tipo de trabalho
enquanto moleque, mas nunca desistiu de estudar, e viu sua vida transformada pelo Instituto
Federal Goiano. Hoje posso dizer que a Universidade Federal de Goiás também mudou o curso
da minha vida, e eu não poderia ser mais grata. Vivam os Institutos e Universidades Federais!
Ao longo desses anos de graduação também tive a sorte de encontrar meu amor pelos
corredores da FAV, meu chuchu, Augusto. Sinceramente não sei como os solteiros enfrentam
a graduação, sem o apoio do meu chuchu isso tudo teria sido muito mais difícil.
Por fim, quero agradecer a minha orientadora Marcelina Gorni, você é minha inspiração
na docência, sempre saí de suas aulas energizada, desde quando me convidou pra fazer a
iniciação científica me senti extremamente agraciada. Obrigada por todos ensinamentos.

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RESUMO

O presente Trabalho de Conclusão de Curso trata-se de uma proposta de reforma de uma


escola pública de Goiânia, partindo do conceito do design biofílico. As inquietações iniciais
que levaram a escolha do tema se deram pela observação de alguns fatores que envolvem a
estrutura física das escolas públicas, dentre eles se encontra a precariedade à qual estas escolas
são condicionadas tanto no momento de sua construção quanto na ausência de avaliações pós-
ocupação que pudessem garantir sua manutenção adequada. O conceito adotado para abordar
esta problemática foi o do design biofílico, pois é constatado também uma ausência de um olhar
sensível às necessidades subjetivas no desenvolvimento psicomotor e cognitivo das crianças,
para além das necessidades funcionais de um ambiente escolar, questão que exige extrema
atenção principalmente considerando o fato de que a qualidade de vida durante a infância está
diretamente ligada à otimização da sua relação com o ambiente natural. Após a fundamentação
teórica, foram realizadas visitas técnicas à escola, análise de suas inadequações e
potencialidades, e por fim foi realizada a proposta de reforma baseada nas estratégias do design
biofílico.

Palavras-chave: Design Biofílico; Ambiente educacional; Escola pública.


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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Palácio de Generalife na Espanha (1302 - 1309) ……………………………...12
FIGURA 2 Ilustração de Ferdubabd Knab dos Jardins Suspensos da Babilônia (1886) …. 12
FIGURA 3 Coluna de Ordem Coríntia na Catedral de São Paulo - Londres (1710) ………13
FIGURA 4 Catedral de Gloucester - Reino Unido (1089) …………………………………14
FIGURA 5 Estratégias do Design Biofílico ………………………………………………..17
FIGURA 6 Render da Fachada da Creche Municipal Maená ……………………………...18
FIGURA 7 Creche Municipal Maená, cobogós vistos no hall de acesso ………………….19
FIGURA 8 Creche Municipal Maená, vista para a área de atividades externas …………...19
FIGURA 9 Creche Municipal Maená - Placas cimentícias aparentes ……………………..20
FIGURA 10 Vista do Berçário 02 ………………………………………………………….20
FIGURA 11 Palco do anfiteatro sombreado com Jacarandá-Mimoso ……………………..21
FIGURA 12 Playground do Centro de Educação Infantil Mt. Hood College (2011) ……...21
FIGURA 13 Horta na área externa ………………………………………………………...22
FIGURA 14 Circulação interna ……………………………………………………………22
FIGURA 15 Horta em área pavimentada na Escola Municipal João Braz, Goiânia/GO…..25
FIGURA 16 Fachada da Escola Municipal João Braz……………………...……………... 26
FIGURA 17 Mapa da localização da EM João Braz, Goiânia/GO…...…………………... 27
FIGURA 18 Levantamento da Escola Municipal João Braz………….………………….. 28
FIGURA 19 Inadequações da Escola Municipal João Braz………………………………. 29
FIGURA 20 Sala de aula………………………………………………………………….. 31
FIGURA 21 Corredor do bloco de salas de aula…..……………………………………… 31
FIGURA 22 Auditório…………………….……………………………………………….. 31
FIGURA 23 Playground infantil…………………………………………………………... 32
FIGURA 24 Área livre………...…………………………………………………………… 33
FIGURA 25 Quiosque……...………………………………………………………………. 34
FIGURA 26 Jardim…...……………………………………………………………………. 34
FIGURA 27 Setorização Original ………………………………………………………… 36
FIGURA 28 Esquadrias Basculantes no Bloco 4 …………………………………………... 37
FIGURA 28 Ex. de janela de correr, 4 F, caixilho em madeira e fechamento em vidro ……
38
FIGURA 30 Cobogós de tijolo deitado na Biblioteca …………………………………….. 38
FIGURA 31 Exemplo de cobogó cerâmico rústico ……………………………………….. 39
FIGURA 32 Sala de aula do bloco 2 com pé direito de 2,5m …………………………….. 39
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FIGURA 33 Componente construtivo Laje pré-moldada 12cm com telha cerâmica …….. 40
FIGURA 34 Efeito Chaminé ………………………………………………………………...40
FIGURA 35 Exemplo de veneziana industrial translúcida ………………………………….41
FIGURA 36 Área externa da cozinha com área de serviço improvisada ……………………42
FIGURA 37 Exemplo de Manta de lã de pet ………………………………………………..43
FIGURA 38 Tabela de performance térmica da Manta de lã de pet ………………………...43
FIGURA 39 Tabela 2 da pesquisa “Reaproveitamento de resíduos de embalagens Tetra Pak-
® em coberturas” (2015) ………………………………………………………………..43
FIGURA 40 Ex. de ancoragem metálica para pilar de madeira sob bloco de concreto……..44

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO………………………………………………………………………… 6
1.1 Objetivos (Gerais e Específicos)..................................................................................... 8
1.2 Justificativa ……………………………………………………………………………. 8
1.3 Metodologia …………………………………………………………………………… 9

2. BIOFILIA E ARQUITETURA
2.1 Hipótese da Biofilia ……………………………………………………………………. 9
2.2 Design Biofílico e Arquitetura …………………………………………………………. 10

3.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
3.1 Creche Municipal Maená ……………………………………………………………… 17
3.2 Centro de Educação Infantil Mt. Hood College….…………………………………….. 20

4. AMBIENTE DE ENSINO E NATUREZA…………………………………………… 22

5. ESTUDO PRELIMINAR
5.1 Escola Municipal João Braz ………………………………………………………….. 25
5.2 Localização e Levantamento…………………..……………………………………… 26
5.3 Inadequações …………………………………………………………………………. 29
5.4 Potenciais ……………………………………………………………………………… 33

6. PROJETO
6.1 Conceito e Partido …………………………...……………………………………….. 35
6.2 Memorial de Projeto ………………………………………………………………….. 35
6.3 Memorial Paisagístico ………………………………………………………………… 45

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS …………………………………………………………. 46


8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………………………….. 47
9. REFERÊNCIAS DE IMAGENS ……………………………………………………... 49
10. ANEXOS - PRANCHAS DE PROJETO …………………………………………… 50

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1. INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem como objetivo explorar as estratégias do Design Biofílico, a


fim de identificar seu possível rebatimento no que diz respeito a pensar os espaços de ensino da
rede pública. E assim, propor intervenções em uma escola pública existente de ensino
fundamental, no caso, a Escola Municipal João Braz, localizada na Vila Jardim São Judas
Tadeu, Goiânia - GO.
Nossa motivação inicial parte do fato de que, é notável que a grande maioria das escolas
públicas brasileiras são predominantemente muito áridas, com pouca área permeável, e pouca
ou nenhuma integração com os elementos da natureza e seus fenômenos. Essa condição se dá
por múltiplos fatores, sendo que dentre os principais se encontra a excessiva padronização e
funcionalismo impostos a projetos de interesse social, e a sua não avaliação pós-ocupação,
gerando a reprodução de erros de projeto e inadequação de implantação de acordo com as
condições específicas do terreno, região, e clima locais. Além do fato de que as escolas da rede
pública sofrem com os constantes cortes de verba do Ministério da Educação, impactando
diretamente na qualidade da manutenção do seu espaço. (Newman, 1972, apud Kowaltowski,
2011, p.110)
Essa dinâmica de padronização falha quanto à implantação, deixando de considerar
fatores importantes como orientação solar, ventos dominantes, aspectos do terreno e do entorno,
resultando em ambientes escolares desfavoráveis, geralmente com problemas de conforto
ambiental. A adoção desse sistema excessivamente funcionalista e padronizado, influenciado
pelos avanços tecnológicos e a industrialização, leva a modernidade a uma arquitetura de
massas, com normas universais para acomodações mínimas, projetada para servir a todos e, ao
mesmo tempo, a ninguém. (Rowe, apud Kowaltowski, 2011, p.110)
O arquiteto e crítico Kenneth Frampton, que gerou debates de grande repercussão no
campo da ética ambiental, reclama do que chama de “tirania utilitarista da técnica”, que seria a
incapacidade de se escapar dessas leis da produção, responsáveis por inibir a criação de lugares
receptivos, provocando na modernidade um certo “sonambulismo em massa”, acarretando na
ruptura da nossa comunicação com a natureza, inclusive a nossa própria natureza. (Frampton,
1974 in Nesbitt, 2008, p. 474-481)
Tal condição é considerada muito preocupante por pesquisadores das áreas da saúde,
psicologia, e de estudos sociais comportamentais, pois, segundo Wilson (1996), sociobiólogo
responsável pelo desenvolvimento da hipótese da biofilia, a maior parte da evolução da espécie
humana se deu em um mundo biocêntrico, e não urbanizado, sendo assim, a arquitetura mental
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do ser humano preservaria as demandas genéticas nas quais seu cérebro foi condicionado
durante a maior parte de seu processo evolutivo. Isso significa que tal demanda genética
possivelmente condiciona a humanidade a ter uma predisposição em ter uma forte afiliação com
a natureza e fenômenos naturais. A boa relação com a natureza promoveria bem-estar
emocional e intelectual, e até mesmo a condição de uma existência justa e satisfatória.
Estudos recentes sugerem que a ausência de estímulos naturais na vida das pessoas pode
afetá-las negativamente tanto em aspectos cognitivos quanto físicos e emocionais, sobretudo na
formação de crianças. Louv denomina esse fenômeno de "transtorno de déficit de natureza”, no
qual ele alerta para o fato de que crianças urbanas das últimas duas décadas desenvolveram uma
“exagerada desconexão e estranhamento com a natureza, acarretando em prejuízos físicos,
psicológicos e sociais no desenvolvimento humano”. (Louv, 2016, apud Andrade e Pinto, 2018,
p.37)
Além da intenção de melhoramento do espaço físico das escolas públicas para melhor
acomodação e desempenho das atividades de ensino, as intervenções de cunho biofílico nesses
ambientes pretendem também impactar na formação de valores ambientais das crianças, pois,
como o cidadão adulto vai aprender a valorizar a natureza, se sempre cresceu em ambientes
inóspitos e afastados de uma experiência benéfica com a mesma?
Estudos do neurocientista Roberto Lent sobre o processo de aprendizagem, apontam a
importância do chamado "período crítico”, fase na qual o sistema nervoso imaturo é mais
suscetível às informações exógenas ao indivíduo, e que esses estímulos podem proporcionar
tanto ganhos proximais quanto distais. Os ganhos proximais seriam resultado das experiências
diretas com a natureza que influenciam as emoções e processos cognitivos infantis, e que tais
vivências “aguçam a inteligência naturalista do indivíduo (...), além do sentimento de prazer na
convivência com a natureza” (Andrade e Pinto, 2018, p.40). Já os ganhos distais da convivência
precoce com a natureza ajudariam “na formação de valores de conservação ambiental na vida
adulta”. (Chawla, 1998, Zhang; Goodale; Chen, 2014. apud Andrade e Pinto, 2018, p.40)
Assim, é ressaltada a relevância da reconciliação do ambiente escolar com os parâmetros
do design biofílico, levando em consideração o fato de que os ambientes naturais se encontram
cada vez mais escassos no meio urbano em que as crianças estão inseridas, muitas dessas,
moram em apartamentos sem qualquer área ao ar livre para brincar e desenvolver suas funções
psico-motoras, e cada vez mais, brincar na rua em grandes centros urbanos é considerado muito
perigoso e inadequado. Por consequência, o espaço escolar pode ser a única “válvula de escape”
que garanta sua convivência benéfica com a natureza. (Elali, 2003, p.314)

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1.1 JUSTIFICATIVA

A inquietação inicial que levou à proposta da presente pesquisa se deu pela constatação
da visível precariedade a qual as escolas públicas são condicionadas, e na frequente ausência
de um olhar sensível às necessidades subjetivas no desenvolvimento psicomotor das crianças,
para além das necessidades funcionais de um ambiente escolar. Com foco aqui, na construção
da relação do ambiente construído com o ambiente natural, a fim de promover bem estar e
melhora no desempenho de aprendizagem através da relação com a natureza.

1.2 OBJETIVOS
GERAIS
A pesquisa tem o intuito de contribuir para o debate acerca da qualidade do ambiente
físico das escolas públicas a partir das premissas do Design Biofílico. Assim como pretende
também gerar a confluência entre as áreas do conhecimento que exploram os fatores
multidisciplinares que influenciam no desempenho das atividades pedagógicas e socioculturais
presentes no ambiente de ensino.
Por fim, será proposto um projeto de reforma baseado nos parâmetros do Design
Biofílico para a Escola Municipal João Braz, Goiânia/GO. A proposta visará se enquadrar na
realidade socioeconômica da escola pública, assim como no seu contexto urbano.

ESPECÍFICOS
-Estudos dos padrões do design biofílico, suas aplicabilidades, e quais de suas premissas
são mais relevantes e factíveis ao ambiente escolar da rede pública;
-Realizar o levantamento de uma escola pública, no caso a Escola Municipal João Braz,
Goiânia/GO, a fim de identificar suas inadequações e potencialidades;
-Propor intervenções para a escola referida considerando premissas do design biofílico,
assim como, sua realidade sócio-econômica-cultural.

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1.3 METODOLOGIA

A princípio a pesquisa foi norteada pelos levantamentos bibliográficos acerca da


hipótese da biofilia/design biofílico; ambiente de ensino e relação criança-natureza, com o fim
de construir o debate acerca da possibilidade de intervenção em escolas públicas a partir dos
conceitos do Design Biofílico.
Em busca de identificar padrões de projetos biofílicos voltados ao ambiente de ensino,
foram realizados dois estudos de caso, através de conteúdos obtidos em plataformas digitais.
Em seguida foi realizada pesquisa e seleção da escola a ser objeto de estudo, no caso, a
instituição de ensino fundamental Escola Municipal João Braz, localizada na Vila Jardim São
Judas Tadeu, Goiânia - GO. Foram realizadas visitas técnicas guiadas pela diretora da
instituição, levantamento de suas inadequações e análise de aspectos da implantação.

2. BIOFILIA E ARQUITETURA
2.1 Hipótese da biofilia

A hipótese da biofilia é um conceito que foi desenvolvido pelo sociobiólogo Edward


Wilson pela primeira vez em seu livro “Biofilia” em 1984, no qual se discute a inerente
tendência humana de se afiliar à natureza e seus fenômenos, sendo esta uma demanda essencial
à preservação da saúde física e cognitiva do homem.
Pois, o período em que a espécie humana vive em cidades condiz a cerca de somente
1% de todo nosso processo histórico evolutivo. Os outros 99% da história dos Homo Sapiens
foram em meio à uma vida centrada na natureza e seus fenômenos, que ditavam todas as
condições das dinâmicas da sobrevivência da espécie, assim como as dinâmicas sociais,
culturais e espirituais. (WILSON, 1996)
Segundo os professores e pesquisadores Rafael Andrade e Rogério Pinto, a hipótese da
biofilia se dá por uma discussão teórica que vem sendo debatida no meio acadêmico que busca
compreender a possível condição genética que leva a humanidade a ter uma tendência inata
para se centrar na vida e nos processos biológicos. Com o avanço da neurociência, através de
métodos como a ressonância magnética funcional, associado às descobertas biológicas sobre o
código genético humano e sua importância evolutiva, é possível avançar em estudos como o da
hipótese da biofilia, a fim de identificar condições do modo de vida atual que podem afetar a
saúde humana. (Andrade e Pinto, 2017, p.32)

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Estes estudos têm grande relevância para alertar as autoridades sobre o estado de saúde
da população, que cada vez mais vive em áreas urbanas extremamente carentes de elementos
naturais, e essa carência afetaria diretamente sua qualidade de vida, aspectos emocionais e até
mesmo cognitivos, principalmente no desenvolvimento das crianças.
O estudo de Ulrich (1984) é considerado o primeiro estudo que evidencia o impacto da
natureza na saúde humana. No estudo foram analisados os efeitos da presença ou ausência de
elementos da natureza em ambientes hospitalares nos pacientes em recuperação de variadas
enfermidades. Foi percebido que “aqueles que estavam em quartos com janelas voltadas para
áreas verdes ou que foram expostos à murais com pinturas com esses estímulos,
experimentaram menos ansiedade, menos dor e/ou se recuperaram mais rápido do que os
pacientes não expostos a tais estímulos” (Andrade e Pinto, 2017, p.37).
Outra pesquisa, conduzida por Faber, Taylor e Kuo, buscou testar o impacto de três
ambientes diferentes em um grupo de crianças com TDAH, entre 7 e 12 anos: um parque, uma
área comercial e outra residencial.
Os pesquisadores puderam observar que após vinte minutos de caminhada no parque,
foi produzido no cérebro das crianças um efeito semelhante aos dos medicamentos indicados
para o transtorno, que contém a substância química metilfenidato, efeito esse não proporcionado
pelos outros dois ambientes testados. Assim, os autores defendem que “escolas devem
realmente considerar colocar essas doses de natureza tanto em sua estrutura física interior e
exterior, quanto nos seus currículos, com intuito de melhorar a saúde e o bem-estar da
comunidade escolar, bem como do aprendizado dos alunos”. (Andrade e Pinto, 2017, p.38)

2.1 DESIGN BIOFÍLICO E ARQUITETURA

O Design Biofílico parte da premissa da concepção de ambientes restauradores. Apesar


de sua denominação ser recente, é possível perceber ao longo da história da arquitetura, e em
variadas culturas, a intenção de integrar a natureza ao espaço construído. Seja por meio direto,
como a presença de vegetação; ou indireto, através da alusão a elementos da natureza.

“Exemplos clássicos incluem os pátios do jardim da Alhambra na Espanha, aquários


de porcelana na China antiga, o aviário em Teotihuacan (antiga Cidade do México),
bonsai em casas japonesas, lagos de papiro nas casas de nobres egípcios, o jardim da
casa na Alemanha medieval, ou os indescritíveis jardins suspensos da Babilônia.”
(Browning; Ryan; Clancy, 2014, p.6)

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Fig.1 - Palácio de Generalife na Espanha (1302 - 1309)

Fonte: Foto de Jose Rahona

Em seu livro “Projetar a Natureza” o arquiteto e paisagista Franco Panzini realiza um


estudo historiográfico sobre as diversas manifestações das atividades humanas em variadas
culturas a fim de criar e transformar a paisagem no processo de habitar. O que o autor denomina
como “arquitetura da paisagem”, em sentido amplo, diz respeito às atividades humanas por
meio das quais o ambiente, modificado e interpretado pelo homem, no intuito de voltar-se para
seu próprio serviço, seria uma forma de conformar na natureza “uma segunda natureza”.
(Panzini, 2013, p.14)

Fig.2 - Ilustração de Ferdubabd Knab dos Jardins Suspensos da Babilônia (1886)

Fonte: "Seven Wonders of the Ancient World" (Ilustração: Domínio Público)

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Pode-se dizer que o Design Biofílico tenta resgatar o que sempre foi intuitivo para o ser
humano, a ideia de que para conformar um espaço acolhedor e confortável deve-se apropriar
do espaço com elementos que comuniquem harmonia entre tatilidade, materialidade,
representações da natureza através da ornamentação, ou mesmo pela conformação de janelas
voltadas para paisagens naturais. Essa ideia é reforçada pela constante presença de elementos
da natureza em estruturas e lugares históricos, sugerindo que as ideias que abrangem o conceito
do design biofílico não são recentes na história da arquitetura. (Browning; Ryan; Clancy, 2014)

Fig.3 - Coluna de Ordem Coríntia na Catedral de São Paulo - Londres (1710)

Fonte: Foto de Gordon Haws

As colunas romanas de ordem coríntia, por exemplo, apresentam forte inspiração da


natureza, tendo seu capitel ornamentado com folhas de acanto, coroadas com volutas jônicas,
se enquadrando como uma experiência indireta com a natureza no espaço construído. Essas
referências à natureza vêm da influência da cultura grega sobre o império romano e a relação
dos gregos, da cultura, da arte e da arquitetura, dos espaços construídos, essa relação é
amplamente explorada por muitos autores especialistas nessa cultura, como Christian Norberg-
Schulz.

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Fig.4 - Catedral de Gloucester - Reino Unido (1089)

Fonte: Site gloucesterrocks

Nas catedrais góticas frequentemente é presente a alusão de elementos da natureza em


suas colunas, capitéis, arabescos, vitrais e rosáceas. O estilo também comunica com um dos
padrões do Design Biofílico chamado “Complexidade Organizada”, que diz respeito à presença
de riqueza de informações com uma conformação coerente e legível, pois o mundo natural não
é monótono, existe nele grande diversidade e variabilidade de formas. (Kellert e Elizabeth,
2015, p.17)
No que tange à Arquitetura Sustentável, pode-se dizer que muitas das suas premissas
vão de encontro às do Design Biofílico. Porém, a primeira tem seu foco na eficiência energética
e redução de impactos negativos no meio ambiente. Já o Design Biofílico, apesar de também
abranger estas questões, traz o foco para a sensibilidade ambiental do espaço, a fim de promover
uma integração dos ambientes e dos elementos construtivos com os fenômenos da natureza.
Stephen Kellert foi quem deu o pontapé inicial no desenvolvimento do conceito do
Design Biofílico, que consiste na aplicação da hipótese da biofilia no ambiente construído. Seu

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trabalho se concentra na compreensão da relação da humanidade para com a natureza, assim
como seu gradual afastamento da mesma na era pós-industrial.
Seu primeiro livro “A hipótese da biofilia” (1995) foi desenvolvido juntamente com
Edward Wilson, onde o foco foi a discussão sobre a hipótese da biofilia em si, em uma análise
sócio-ecológica da sociedade pós-industrial. Em seguida, em “Construindo para a vida” (2005),
deu início às suas ideias acerca da relação entre a biofilia e os ambientes construídos.
Em “Projeto Biofílico: A teoria, ciência e prática de dar vida aos edifícios” (2008),
Kellert lançou o primeiro guia para a prática do Design Biofílico, descrevendo uma série de
elementos essenciais para a aplicação do conceito, porém com poucos exemplos de uma
aplicação prática do mesmo.
Após alguns anos, Kellert refinou sua pesquisa, e juntamente com a arquiteta Elizabeth
Calabrese lançaram o livro “A prática do Design Biofílico” (2015), no qual descrevem de forma
clara os cinco princípios essenciais para a aplicação da biofilia no ambiente construído,
juntamente com 24 estratégias, se tornando o guia de referência do tema.
Os cinco princípios definidos (Kellert e Elizabeth, 2015, p.6), devem ser considerados
como intenções de projeto durante todo o processo, são estes:

1. “O design biofílico promove um envolvimento constante e sustentável com a natureza”.


2. “O design biofílico se concentra nas adaptações humanas ao mundo natural que, ao
longo do tempo evolutivo, melhoraram a saúde, a forma física e o bem-estar das
pessoas”.
3. “O design biofílico incentiva uma ligação emocional a configurações e lugares
específicos”.
4. “O design biofílico promove interações positivas entre as pessoas e a natureza que
incentivam um senso ampliado de responsabilidade e gestão para as comunidades
humanas e naturais”.
5. “O design biofílico incentiva soluções de design ecologicamente conectadas,
mutuamente fortalecidas e integradas”.

Após a definição dos cinco princípios, são descritos três tipos de experiência da natureza
que representam categorias básicas da estrutura do projeto biofílico: experiência direta,
experiência indireta e experiência de espaço e lugar.

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A experiência direta diz respeito ao contato real com elementos da natureza presentes
no ambiente construído, como: presença de vegetação, luz natural, ventilação natural, presença
de animais, água, terra, dentre outros.
A experiência indireta refere-se à representações que façam alusão à natureza, a partir
da ornamentação, imagens, evidência de processos característicos do meio ambiente, como o
envelhecimento e a passagem do tempo.
Já a experiência de espaço e lugar incluem a interpretação da análise de padrões
existentes no meio natural como: perspectiva e refúgio (espaços amplos para contemplação, em
contrapartida a espaços mais íntimos para refúgio); complexidade organizada (inspirado na
grande variedade de texturas e formas da natureza); integração dos ambientes; espaços de
transição e conexão cultural e ecológica com o lugar.
Caso o ambiente não comporte a presença abundante de determinado elemento, a
vegetação por exemplo, devem ser estudados caminhos para trazer sua presença para o espaço,
mesmo que através da vista de aberturas ou panos de vidro. É importante ressaltar que a
aplicação do Design Biofílico tem teor holístico, ou seja, deve ser avaliada em cada situação
específica quais as possibilidades de intervenção no espaço, e sua efetividade deve ser
monitorada.

“Assim como o projeto de iluminação para uma sala de aula será diferente de um spa
ou biblioteca doméstica, as intervenções de projeto biofílico são baseadas nas
necessidades de uma população específica em um determinado espaço e
provavelmente serão desenvolvidas a partir de uma série de projetos biofílicos
baseados em evidências. padrões, idealmente com um grau de monitoramento e
avaliação da eficácia.” (Browning et al, 2014)

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Fig.5 - Estratégias do Design Biofílico

Fonte: (Kellert e Elizabeth, 2015, p.12)

17
Por fim, Kellert e Elizabeth reforçam que, as estratégias e metodologias indicadas pelo
Design Biofílico certamente são essenciais no processo de pensar esses novos espaços a fim de
resgatar a integração da arquitetura com a natureza. Porém, deve-se ter cautela para que sua
aplicação não se torne exageradamente técnica, pois isso resultaria num resultado fragmentado
e desconexo. Eles reafirmam que a aplicação bem sucedida do Design Biofílico deve promover
a conexão ecológica e cultural com o lugar, pois “Tal como acontece com todos os organismos,
o funcionamento humano eficaz depende de ambientes ecologicamente conectados e não
desagregados”. (Kellert e Elizabeth, 2015, p.21)

3.REFERÊNCIAS PROJETUAIS
3.1 Creche Municipal Maená

Fig.6 - Render da Fachada da Creche Municipal Maená

Fonte: Fellipe Brandão (2021)

A proposição da Creche Municipal Maená se deu na condição de conclusão do


bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do arquiteto Fellipe Brandão na Universidade
Federal de Sergipe. Seu objetivo foi propor um anteprojeto arquitetônico e paisagístico de
uma creche pública a fim de atender à demanda de carência de vagas destinadas a este público
identificada na cidade de São Cristóvão/SE. Assim como, atender à demanda considerada
emergente do “direito da criança de se conectar à natureza e um ambiente saudável” de acordo

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com a resolução M132 publicada pela União Internacional para Conservação da Natureza
(Brandão, 2021, p.11). Direito este que vem sendo negligenciado devido ao gradual
afastamento dos ambientes naturais no cotidiano da população de centros urbanos, para tal,
optou-se pela aplicação dos conceitos do Design Biofílico. O partido se baseou em seis
aspectos conceituais:
1. Aproveitamento de iluminação e ventilação naturais - Ao longo do projeto foram
posicionados cobogós que permitem a passagem de luz filtrada, e a realização de
ventilação cruzada entre os ambientes de transição e de permanência.
Fig.7 - Creche Municipal Maená, cobogós vistos no hall de acesso

Fonte: Brandão, 2021, p.61


2. Uso de soluções sustentáveis
Foram utilizadas no projeto placas solares a fim de diminuir o consumo energético da
instituição, além da criação de pontos de coleta de águas da chuva para seu
reaproveitamento no processo de manutenção de limpeza da creche e dos jardins.
3. Valorização do paisagismo com uso de espécies nativas - Nas áreas externas foram
selecionadas espécies frutíferas nativas da Mata Atlântica, como a Jabuticabeira,
proporcionando relação direta com a natureza e seus processos biológicos
Fig. 8 - Creche Municipal Maená, vista para a área de atividades externas

Fonte: Brandão, 2021, p.75

19
4. Uso de materiais e técnicas construtivas alternativas - O sistema construtivo utilizado
foi o Wood Frame, sistema composto por uma estrutura de madeira com fechamento em
placas cimentícias.
Fig.9 - Creche Municipal Maená - Placas cimentícias aparentes

Fonte: Brandão, 2021, p.75


5. Criação de vistas de qualidade - Os ambientes de permanência foram pensados de forma
a sempre terem aberturas voltadas para vistas de qualidade, principalmente com
presença de vegetação.
Fig.10 - Vista do Berçário 02

Fonte: Brandão, 2021, p.68

6. Aplicação de formas resistentes a linha reta e a biomimética - Esta estratégia diz respeito
a criar alusão à formas da natureza ao evitar o uso de linhas retas e ângulos de 90º, que
são inexistentes na natureza, e se aproximar das formas mais sinuosas no desenho do
projeto.

20
Fig.11 - Palco do anfiteatro sombreado com Jacarandá-Mimoso

Fonte: Brandão, 2021, p.72

3.2 Centro de Educação Infantil Mt. Hood College (2011)


Fig.12 - Playground do Centro de Educação Infantil Mt. Hood College (2011)

Fonte: Site Archdaily

O projeto foi desenvolvido pelo escritório Mahlum, e se encontra nos EUA. Seu
conceito foi baseado primordialmente nos conceitos abordados no livro “Última criança na
natureza”, de Louv, onde é discutido o mencionado fenômeno "transtorno de déficit de
natureza”, no qual ele alerta para o fato de que crianças urbanas das últimas duas décadas
desenvolveram uma “exagerada desconexão e estranhamento com a natureza, acarretando em

21
prejuízos físicos, psicológicos e sociais no desenvolvimento humano”. (Louv, 2016, apud
Andrade e Pinto, 2018, p.37)
Sendo assim, o projeto busca promover fortes conexões com a natureza em variados
aspectos. O terreno do projeto é privilegiado no sentido de que se encontra em uma área aberta,
rodeada de pinheiros e ambientes naturais, garantindo o direito da criança de explorar e
desenvolver suas atividades psicomotoras em meio à natureza.
Fig.13 - Horta na área externa

Fonte: Site Archdaily

Na imagem acima é possível perceber que o arranjo simples de delimitações de


espaço, presença de variadas texturas naturais, espaços livres para movimento, e outros
espaços conformados para refúgio são o suficientes para atender a várias das estratégias
mencionadas no desenvolvimento de projetos de design biofílicos.

Fig.14 - Circulação interna

Fonte: Site Archdaily

22
Já nos ambientes internos, onde não é possível a inserção de tantos elementos naturais
diretos, outras estratégias indiretas são selecionadas, como o uso de materiais naturais,
conformação de espaços de transição com vistas de qualidade voltadas para vegetação, assim
como a entrada de ventilação e iluminação naturais no ambiente.

4. AMBIENTE DE ENSINO E NATUREZA

Desde o século XIX, vários órgãos do poder público foram responsáveis pela construção
e manutenção dos estabelecimentos de ensino do Brasil, sempre com a intenção de traçar
padrões na construção de edifícios escolares (FDE, 1998, apud Kowaltowski, 2011, p.82). Tal
intenção surgia da necessidade de se construir com rapidez um grande número de edifícios a
baixos custos, pois com o impacto da primeira revolução industrial no país, surgia uma grande
demanda de mão de obra escolarizada”. (Ramalho; Wolff, 1986, apud Kowaltowski, 2011,
p.85)
Quando a quantidade atropela a qualidade da construção das escolas públicas, o que se
vê como consequência são implantações repletas de inadequações, que não recebem avaliação
pós-ocupação, propiciando a proliferação de falhas no processo de repetição desses projetos
padrão. (Barros, 2002, apud Kowaltowski, 2011, p.109)
A requalificação dos edifícios escolares públicos é de extrema relevância, pois estudos
sugerem que a qualidade do ambiente e o contato com a natureza na infância impactam
diretamente no desenvolvimento cognitivo, físico-motor e emocional da criança. A qualidade
de vida durante a infância está diretamente ligada à otimização da sua relação com o ambiente
natural, que propicie diversos estímulos visuais, olfativos, táteis, etc. Auxiliando no
desenvolvimento e formação do indivíduo. (Korpela, 2002, apud Elali, 2003, p.310)
Não é novidade na história da arquitetura a ideia de que um edifício bem qualificado, é
um edifício que tenha uma boa integração com o entorno, com os elementos e fenômenos
naturais, e de que essas condições afetam diretamente a qualidade de vida do usuário. Assim
como também é possível perceber na história da pedagogia, que são vários os autores que
apontam para as qualidades físico-ambientais imprescindíveis ao ambiente escolar.
O pedagogo Jean-Ovide Decroly valorizava o espaço exterior como fonte de saúde e
elemento gerador de curiosidade; Friedrich Fröbel deu ênfase ao jogo, a psicomotricidade,
jardinagem e integração escola-natureza no ambiente escolar (Elali, 2003, p.311). E Comenius,
considerado fundador da didática, destacava a necessidade de um ambiente escolar arejado,
com espaço livre e ecológico, a fim de estimular o aprendizado a partir da sensorialidade, pois
23
defendia que as impressões sensoriais obtidas pela experiência seriam posteriormente
internalizadas, e mais tarde, interpretadas pela razão. (Kowaltowski, 2011, p.16)
Porém, apesar dessa presumida consciência da importância da presença da natureza no
ambiente escolar, é perceptível a dificuldade existente para efetivamente conceber esses
espaços. Essa condição se dá por diversos fatores, mas é possível apontar para o afastamento e
estranhamento da sociedade moderna para com a natureza como uma das principais causas.

“Infelizmente, a sociedade moderna ergueu muitos obstáculos à experiência benéfica


da com a natureza. O mais problemático é uma crescente desconexão com o mundo
natural, muitas vezes visto apenas como um recurso a ser explorado ou uma agradável,
mas não necessária, amenidade recreativa. Essa crescente separação da natureza se
reflete na agricultura moderna, manufatura, educação, saúde, desenvolvimento urbano
e arquitetura.” (Kellert e Elizabeth, 2015, p.4)

Sociedade moderna essa, altamente urbanizada e cada vez mais acostumada com os altos
muros de concreto e ruas pavimentadas. Essa ideia é reforçada pelos resultados obtidos pela
arquiteta e psicóloga Gleice Elali, em seu artigo “O ambiente na escola: uma discussão sobre a
relação escola–natureza em educação infantil” (2003), no qual ela realiza diversos estudos de
caso de escolas de Natal-RN. Dentre esses, realiza questionários com os pais e professores
acerca da qualidade do ambiente de ensino.
A partir dos questionários foi possível identificar que os pais deram ênfase nas
condições inapropriadas de conforto ambiental das salas de aula, e também apontaram para as
carência de áreas livres adequadas para recreação. Seu discurso aparentemente reforça um ideal
ecológico, e valoriza a aproximação da criança com a natureza no ambiente escolar. Porém, a
natureza a que se referem deve ser rigorosamente domesticada: árvores que não soltam muitas
folhas e que as crianças não subam; areia que não suje; animais que não façam barulho, etc.
Essa contradição de discurso e prática é percebida na realidade ambiental das escolas, que
muitas vezes além de não favorecer o contato criança-natureza, ainda tende a criar obstáculos
e dificultar essa relação. (Elali, 2003, p.315)
As áreas gramadas, por exemplo, são constantemente rejeitadas por serem consideradas
de difícil manutenção e pela possibilidade de gerar sujeira. Assim, observa-se que a maior parte
do terreno das escolas públicas é cimentada.

“A não-pavimentação dos pisos na maioria das vezes parece ser um incômodo, pois
dificulta a manutenção da limpeza em outros setores. Para evitar esse ‘problema’, é
comum o revestimento das áreas livres com cerâmica e/ou pedra, ou a execução de
piso cimentado, algumas vezes pintado na cor verde, simulando grama, prática que,
nos casos estudados, atingiu a paradoxal pavimentação de uma horta, com plantas
acondicionadas em vasos de cimento.” (Elali, 2003, p.313)

24
Fig.15 - Horta em área pavimentada na Escola Municipal João Braz, Goiânia/GO

Fonte: da autora, 2022

Observa-se uma contradição presente na sociedade moderna; que tem “consciência” da


relevância da convivência com a natureza em suas vidas, porém, estabelece diversos obstáculos
que impedem a integração da mesma com o espaço construído. Sendo assim, mesmo que a
hipótese da biofilia aponte para a inerente tendência humana de se afiliar à natureza, essa
tendência biológica deve ser nutrida para se tornar funcional. (Wilson, 1986, (Kellert e
Elizabeth, 2015, p.4)

25
5. ESTUDO PRELIMINAR
5.1 Escola Municipal João Braz
Fig.16 - Fachada da Escola Municipal João Braz

Fonte: da autora, 2022


A Escola Municipal João Braz, localizada no Setor São Judas Tadeu, Goiânia/GO, foi
escolhida como objeto de estudo e intervenção para a presente pesquisa. A princípio a decisão
foi guiada por uma pesquisa realizada através do Google Earth, onde pôde-se notar que a
porcentagem de área construída e áreas impermeáveis da escola eram muito altas, e a taxa de
arborização visivelmente muito baixa, o que possivelmente configuraria a escola como parte do
padrão negativo discutido anteriormente.
Outra condição observada, foi a de que a escola é predominantemente voltada para o
ensino fundamental, já que o público alvo da atual pesquisa está entre as idades de 6 a 12 anos.
Parte das estratégias que serão trabalhadas na proposta terão o objetivo de promover a
interdisciplinaridade entre as intervenções arquitetônicas/paisagísticas com as atividades de
ensino. Pois, como já foi mencionado, as intervenções do Design Biofílico devem promover
conexão ecológica e cultural com o lugar, e sua aplicação deve ser integrada com as atividades
exercidas no lugar.

26
5.2 Localização e levantamento
Fig.17 - Mapa da localização da EM João Braz, Goiânia/GO

Fonte: Google Earth, modificado pela autora, 2022

A escola se localiza na Avenida São Salvador, esq. São Paulo, Qd 28 Lote 714 Vila
Jardim São Judas Tadeu, Goiânia/GO,uma região descentralizada do tecido urbano de Goiânia.
A área total do lote é de 3.530 m². O entorno imediato é predominantemente formado por
residências térreas, e alguns pequenos comércios que atendem a região. A área construída é de
1446m², equivalente a cerca de 42% do terreno. A área permeável é de 1377m², cerca de 39%
da área total.
Foram realizadas três visitas técnicas quando foi feito o levantamento de inadequações
e potencialidades da escola, assim como a obtenção de informações sobre a dinâmica do espaço.

27
Fig.18 - Planta de levantamento da Escola Municipal João Braz

Fonte: Planta Baixa do arquivo da Prefeitura de Goiânia/GO, modificado pela autora, 2022

28
5.3 Inadequações
Fig.19 - Inadequações da Escola Municipal João Braz

Fonte: Planta Baixa do arquivo da Prefeitura de Goiânia/GO, modificado pela autora

29
A implantação é desfavorável, pois duas das principais fachadas recebem insolação
direta sem nenhuma proteção. A fachada Nordeste recebe essa incidência durante todo período
da manhã, e a fachada Sudoeste do mesmo bloco recebe essa insolação durante todo período da
tarde.
Apesar do bloco de salas de aula ter grandes janelas grandes para a fachada Nordeste
(Fig.21), não existe uma estratégia de ventilação cruzada, e o bloco admnistrativo atua como
barreira física dos ventos predominantes das regiões Sudeste e Leste, fazendo com que todas as
salas sejam abafadas.
Fig.20 Sala de aula

Fonte: da autora, 2022

O pé-direito do bloco das Salas de Aula e de seu corredor central (Fig.22) é de 2,50m,
abaixo do mínimo recomendado. E dos sanitários dos estudantes o pé-direito é de 2,30m, não
atendendo nem mesmo às dimensões mínimas, o que demonstra que as obras da escola não
foram acompanhadas por profissional qualificado.

30
Fig.21 - Corredor do bloco de salas de aula

Fonte: da autora, 2022

Foi relatado que a escola tem cerca de 50 anos, e que cada uma de suas partes foi
construída em períodos diferentes, demonstrando diferença de qualidade entre os espaços. É
também possível observar que quase todos os vidros das janelas dos ambientes foram pintadas
de branco, e algumas são cobertas com tecido EVA, numa tentativa de barrar a insolação.
O auditório é um dos ambientes mais problemáticos da escola, ele se encontra no limite
do lote, e não tem nenhuma janela, tornando a permanência no espaço totalmente insalubre.
(Fig.23)

Fig. 22 Auditório sem uso para tal programa

Fonte: da autora, 2022

31
Todas as áreas de convivência são pavimentadas, as únicas áreas permeáveis da escola
são em terra batida e em locais que os alunos nem mesmo tem acesso. O playground da
educação infantil é forrado com grama sintética (Fig.24), demonstrando mais uma vez o
comportamento paradoxal comentado por Elali (2003), no qual a área é toda pavimentada, e
logo em seguida o usuário se dá conta da demanda por espaços verdes, e assim tenta compensar
com alguma estratégia improvisada.

Fig. 23 Playground infantil

Fonte: da autora, 2022

A partir do levantamento é possível concluir que a grande problemática que afeta toda
estrutura da escola se dá por múltiplos fatores, dentre eles se encontram principalmente a
ausência de um profissional qualificado no momento das obras de pequenas reformas que
foram/são feitas na escola. Foi relatado para a autora, durante visita técnica pela diretora em
2022, que as obras são dirigidas por ela mesma e o pedreiro. Segundo relato da diretora, ao
solicitar à Prefeitura de Goiânia a visita de um arquiteto, são informados de que não tem
ninguém disponível, essas são as consequências diretas dos cortes de verba do Ministério da
Educação no Brasil, e de uma constante desvalorização da educação pública.
O ambiente físico da escola pública é só um dos inúmeros desafios existentes nessa
problemática, mas ele não deve ser negligenciado, pois suas qualidades e inadequações vão
impactar diretamente na efetividade das atividades escolares, assim como no bem-estar dos
alunos, professores e outros funcionários.

32
O Design Biofílico surge desse desafio, o de abordar as inadequações das construções
da atualidade e buscar estabelecer uma nova estrutura que promova uma relação satisfatória
com a natureza, a fim de conceber ambientes restaurativos.

5.4 Potenciais

Cerca de 1.350m² do lote está vazio, possibilitando a implantação de reformas e


ampliações do edifício, assim como a concepção de um projeto paisagístico. (Fig.25)

Fig.24 - Área livre nos fundos da escola

Fonte: da autora, 2022

O quiosque presente no pátio da frente oferece uma boa área de convivência (Fig.26),
conformando um espaço de perspectiva e refúgio. Parte de sua materialidade é natural, os
banquinhos são de tijolinhos e a telha cerâmica, porém os tijolinhos são pintados com cores
vibrantes, e os pilares são metálicos, afastando-os de uma representação da sua tatilidade
natural. A concepção de mais espaços que promovam o refúgio, e que abracem uma
materialidade mais natural, pode enriquecer o pátio frontal.

33
Fig.25 - Quiosque na parte da frente da escola

Fonte: da autora, 2022

Por fim, existe um pequeno jardim que foi construído por iniciativa própria de um
funcionário da escola (Fig.27), o que demonstra que intervenções de baixo impacto podem ser
realizadas mesmo com todas as questões limitantes discutidas. Mas que principalmente, é uma
manifestação da hipótese da biofilia, uma atitude que demonstra a demanda genética por contato
com a natureza que o usuário sente.

“Nós, no mundo ocidental, estamos começando a descobrir nossos sentidos


negligenciados. Essa crescente conscientização representa, de certa maneira, uma
insurgência tardia contra a dolorosa privação da experiência sensorial que temos
sofrido em nosso mundo tecnológico” (Pallasmaa, 2011, p.36)

Fig.26 Jardim na parte da frente, ao lado do quiosque

Fonte: da autora, 2022

34
6. PROJETO
6.1 Conceito e Partido
O conceito do projeto é a biofilia, e para sua aplicação, foram analisadas e selecionadas
estratégias do design biofílico que fossem aplicáveis no nosso objeto de estudo, a escola
pública.
A escolha da escola se deu justamente pela observação da sua extrema necessidade de
uma intervenção de cunho biofílico, pois esta se encontra em situação de precariedade no que
diz respeito à qualidade ambiental.
As estratégias selecionadas, e a forma como foram aplicadas ao longo do projeto são as
seguintes:
Relação direta:
1. Ambientes de permanência ao ar livre sombreados e entre o paisagismo, para interação
física/multissensorial com a natureza;
2. Presença de água, através de fontes nos jardins de permanência, e sprinkler nos jardins
onde não há circulação;
3. Presença de animais, principalmente aves, atraídas pelas árvores frutíferas e as fontes
de água;

Relação indireta:
4. Conformação de canteiros entre todos os blocos, próximos às aberturas com peitoril
baixo, facilitando o acesso visual à paisagens vegetais;
5. Favorecimento de ventilação cruzada nos ambientes de permanência, a partir da
estratégia do efeito chaminé;
6. Entrada de iluminação natural através do uso de cobogós, clarabóia em policarbonato,
e cobertura da passarela também em policarbonato;
7. Uso de materiais naturais a fim de evocar à natureza, como: madeira, pedra, cerâmica e
bambu;

Experiência de espaço e lugar:


8. Riqueza de informações através do uso de variadas espécies vegetais (experiência de
espaço e lugar);
9. Idade, mudança, e pátina do tempo, através do uso de árvores frutíferas, horta, espécies
que florescem em determinadas estações (experiência de espaço e lugar);

35
10. Conexão cultural e ecológica com o lugar, através do cultivo de horta como uma
atividade educacional, usando principalmente espécies nativas e presentes na cultura
popular (experiência de espaço e lugar);
11. Perspectiva e refúgio, através da concepção de ambientes de estar cobertos para
acolhimento, em contrapartida à jardins contemplativos e abertos (experiência de espaço
e lugar).

6.2 Memorial de Projeto


Fig.27 Setorização Original

Fonte: da autora, 2022

36
Durante as visitas técnicas foi constatado que a construção da escola se deu de forma
desconexa, gerando vários “puxadinhos”, causando um fluxo ruim na setorização. A escolha
dos materiais construtivos, principalmente do telhado, foram diferentes entre os blocos,
portanto, alguns telhados foram mantidos, e outros foram demolidos para sua total reconstrução.
O bloco 1 e o bloco 4 foram os que menos sofreram alterações, pois seus pé-direitos de
2,95m são adequados, com laje maciça, e seus telhados são de telha cerâmica, proporcionando
certo conforto térmico. Porém, em todos blocos falta ventilação cruzada, pela falta de aberturas
opostas, e pela escolha das esquadrias de todo projeto, que não permitem a entrada de ar no
ambiente pelas regiões Sudeste e Leste (ventos dominantes).

Fig.28 Esquadrias Basculantes no Bloco 4

Fonte: da autora, 2022

Sendo assim, foram criadas novas aberturas para gerar ventilação cruzada. E as novas
esquadrias devem ser encomendadas para atender às especificações de medidas das aberturas
mantidas. A seguir um exemplo de modelo de janela de correr, de 4 folhas, com caixilho em
madeira e fechamento em vidro:

37
Fig.29 Exemplo de janela de correr, de 4 folhas, caixilho em madeira e fechamento em vidro

Fonte: Site LeroyMerlin

No bloco 1 os cobogós que eram constituídos de tijolos deitados, não cumpriam bem a
sua função por terem aberturas pequenas e serem muito profundos, não permitindo muita
passagem de luz e ventilação.

Fig.30 Cobogós de tijolo deitado na Biblioteca

Fonte: da autora, 2022

38
Portanto, estes devem ser substituídos por cobogó cerâmico bruto rústico (18x18x 7cm). No
bloco 2 onde antes não existia cobogós, também será instalado este mesmo modelo como
indicado no projeto.
Fig.31 Exemplo de cobogó cerâmico rústico

Fonte: Site Arqplace

Por falta de acompanhamento profissional durante a execução da obra, o pé-direito do


bloco 2 em sua circulação e salas de aula é de 2,5m, abaixo do mínimo. O pé-direito dos
sanitários dos estudantes é ainda mais baixo, sendo 2,30m. Foi observado que os sanitários
conformam um bloquinho à parte do bloco principal, demonstrando os chamados “puxadinhos”
mencionados. Além do pé-direito muito baixo, o telhado do bloco 2 é de telha de fibrocimento,
gerando muito calor no ambiente.

Fig.32 Sala de aula do bloco 2 com pé direito de 2,5m

Fonte: da autora, 2022

39
Portando, sua laje e telhado foram completamente demolidos e reestruturados em
projeto. O pé-direito do bloco 2 foi aumentado para 3,5m, a escolha do sistema construtivo do
telhado foi o de Laje pré-moldada cerâmica 12cm com telha cerâmica, por se tratar de um
sistema com bom custo benefício, facilidade de mão de obra e boa eficiência de conforto
térmico, como indicado abaixo com suas especificações de desempenho térmico:

Fig.33 - Componente construtivo Laje pré-moldada 12cm com telha cerâmica

Fonte: Site Projeteee

Para promover ventilação no bloco 2, sua reestruturação seguiu o modelo do efeito


chaminé, estratégia de ventilação natural para resfriamento do ambiente através do escape de
ar quente ascendente.
Fig. 34 - Efeito Chaminé

Fonte: Projeteee

40
Cobogós foram instalados a uma altura de 2,10m em todas salas de aula no sentido do
corredor para gerar o fluxo de ar ascendente, e no alto foram configuradas aberturas zenitais
com instalação de veneziana industrial translúcida, abaixo um exemplo de modelo:

Fig. 35 - Exemplo de veneziana industrial translúcida

Fonte: Site Cardivem

O bloco “puxadinho” de sanitários foi completamente demolido por ter sua estrutura
muito mal executada, sendo extremamente estreito e com pé-direito insalubre de 2,30m. Os
sanitários foram realocados conforme o projeto.
O bloco 3 foi ampliado para reconformação do layout, seu telhado deve ser retirado para
reestruturação, porém deve-se aproveitar sua estrutura e telhas cerâmicas pois se encontram em
bom estado.
O depósito no fundo do lote foi totalmente demolido, pois se encontra em situação de
abandono pela dificuldade de acesso e distância dos ambientes de serviço. Não existe além dele,
um DML realmente conformado, sendo usada de forma improvisada a área externa da cozinha.

41
Fig. 36 - Área externa da cozinha com área de serviço improvisada

Fonte: da autora, 2022

Portanto, neste espaço foram conformados o DML, área de Carga e Descarga, e o


Depósito, como indicados em projeto.
Como o auditório se encontrava em condições inadequadas, este também foi totalmente
demolido, a fim de criar permeabilidade entre o bloco 2 e o fundo do lote, assim como permitir
a saída de ventilação.
Após reconformação do layout, foi proposto a construção de um novo bloco para abrigar
o Auditório e Sala de Informática, seu telhado é de 1 água (pois, ao encostar o bloco no limite
do lote, sua cobertura não poderia avançar para além do lote), com tesouras em eucalipto
tratado, forro de madeira, isolamento térmico feito com Manta de lã de pet 50mm, e Telha
Térmica Sanduíche.

42
Fig.37 - Exemplo de Manta de lã de pet

Fonte: Site Neotermica

Fig.38 - Tabela de performance térmica da Manta de lã de pet

Fonte: Site Neotermica

A manta de lã de pet tem ótimo custo-benefício, além de ter excelente desempenho


térmico, é proveniente de matéria-prima 100% reciclada (garrafas PET), não se usa aditivos de
resina, nem mesmo gasto de água e sua produção não gera emissão de carbono, tornando-o em
um produto sustentável.

Fig. 39 - Tabela 2 da pesquisa “Reaproveitamento de resíduos de embalagens Tetra Pak-® em coberturas”


(2015)

Fonte: DA SILVA, Karen, et all, 2015

43
Já a Telha ecológica tetra pak é produzida através de alumínio e plástico recicláveis, tem
bom custo-benefício e demonstram desempenho térmico satisfatórios.
Por fim, a escola carece de uma quadra poliesportiva coberta, portanto, foi projetada
uma quadra construída com base em concreto desempenado, uma arquibancada constituída de
aterro compactado, concreto desempenado e blocos de concreto como indicado em projeto. Já
a estrutura da cobertura é feita com pilares de madeira de eucalipto tratado sob bloco de concreto
com ancoragem metálica para evitar infiltração ascendente.

Fig.40 - Exemplo de ancoragem metálica para pilar de madeira sob bloco de concreto

Fonte: Site Archdaily

A estrutura do telhado é parecida com a do bloco da Biblioteca mencionado, a estrutura


das tesouras é em eucalipto tratado e o telhado é de Telha sanduíche ecológica tetrapak. Existe
também a instalação de alambrado para quadra esportiva desde a parte superior do telhado até
2,10m do piso, permitindo a circulação entre a quadra e os jardins que a rodeiam.
Para o sombreamento das fachadas que recebem insolação solar direta, foram
implantadas árvores de pequeno e médio porte de acordo com a prancha de Implantação do
projeto.

44
6.3 Memorial Paisagístico

A escolha das espécies a serem implantadas no projeto se deu majoritariamente através


da lista de relação de espécies arbóreas produzidas no Viveiro-Escola da Universidade Federal
de Goiás. O Viveiro Florestal da UFG está localizado na Escola de Agronomia - Campus
Samambaia, Goiânia/GO, e faz parte do Laboratório de Inventário Florestal. É administrado
pelo programa de extensão pró-Floresta, um projeto de extensão do curso de Engenharia
Florestal da EA/UFG, coordenado pelo Prof. Fábio Venturoli. Nele, são produzidas até 40 mil
mudas por ano, de mais de 100 espécies florestais, especialmente espécies nativas do Cerrado.¹
O Viveiro faz doação de mudas para projetos sociais e ambientais, portanto, foi pensado
para o projeto a realização de uma solicitação das mudas selecionadas para implantação na
Escola Municipal João Braz.
Das 14 espécies selecionadas, 12 fazem parte de seu repertório, como indicado em
projeto na prancha de Implantação.

1
Relação de espécies arbóreas produzidas no Viveiro-Escola da Universidade Federal de Goiás -
2021. Disponível em: https://profloresta.agro.ufg.br/p/5079-mudas-nativas-do-cerrado
45
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho teve como objetivo identificar a relação entre a hipótese da biofilia
e as necessidades subjetivas no espaço físico de ensino que normalmente são negligenciadas na
rede pública. A partir do levantamento bibliográfico, pode-se afirmar que existe uma estreita
relação entre a qualidade de vida e uma boa convivência com a natureza, principalmente durante
o desenvolvimento físico e cognitivo da criança.
As escolas públicas enfrentam muitos desafios desde a sua construção, até sua
manutenção, por questões financeiras que são instáveis, mas principalmente, pela falta de
acompanhamento de profissionais qualificados durante a execução das obras e na avaliação
pós-ocupação, que muitas vezes nem ocorre, fazendo com que suas inadequações se agravem
com o tempo e sejam reproduzidas em projetos posteriores.
A mentalidade de economia acima de tudo, faz com que a escolha dos materiais
construtivos sejam inadequados. A pressa por construir o mais rápido possível faz com que sua
implantação também seja ineficaz, pois, as características do terreno e do ambiente presente são
vistos como um desafio a ser superado, gerando ambientes com pouco conforto ambiental.
Porém, pode ser muito mais produtivo usar as condições da natureza à favor da obra:
gerando as sombras adequadas; aproveitando luz e ventilação naturais; criando uma taxa de
permeabilidade proporcional às áreas pavimentadas vê-se que é possível criar ambientes mais
satisfatórios, sem gastar muito a mais por isso.
Assim, reforçamos aqui a relevância da reconciliação do ambiente de ensino da rede
pública com os parâmetros do design biofílico. Principalmente considerando o fato de que os
ambientes naturais se encontram cada vez mais escassos no meio urbano, fazendo com que a
escola possa ser o principal ambiente na vida da criança que possa garantir sua convivência
benéfica com a natureza.

46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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hipótese da biofilia em debate. Revista “POLÊM!CA”, v. 17, n.4, p.(030-043), maio de
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publicacoes.uerj.br/index.php/polemica/article/view/34272>. Acesso em: 08/08/22.

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BUFFA, Ester; PINTO, Gelson. Arquitetura e Educação: Organização do Espaço e


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relação escola–natureza em educação infantil. Estudos de psicologia, 2003. Disponível em
<https://www.scielo.br/j/epsic/a/DFpfPmBzKqVDWNRbth7vtWN/abstract/?lang=pt> Acesso
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KELLERT, Stephen; CALABRESE, Elizabeth. A prática do Design Biofílico , abril de


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47
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aplicada no ambiente residencial estudantil coletivo. Monografia (Graduação em
Arquitetura e Urbanismo) - Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, 85f.; 2021.
Disponível em: <https://www.monografias.ufop.br/handle/35400000/3256>

PANZINI, Franco. Projetar a natureza. Arquitetura da paisagem e dos jardins desde as


origens até a época contemporânea. São Paulo, Senac São Paulo, 2013

SILVA, Lara. Neuroarquitetura, cognição e o edifício escolar, 2021. Monografia


(Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Cesumar. Disponível em:
<https://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/9081> Acesso em: 08/08/22

SILVA, Karen; CAMPOS, Alessandro; JUNIOR, Tadayuki; CECCIN, Daiane;


LOURENÇONI, Dian & FERREIRA, Jacqueline. Reaproveitamento de resíduos de
embalagens Tetra Pak-® em coberturas. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e
Ambiental, 2015. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rbeaa/a/kmrxd4HYx8SKKScS4mkPcgd/?format=pdf&lang=pt>

VRIES, Sjerp; VERHEIJ, Robert; GROENEWEGEN, Peter; SPREEUWENBERG, Peter.


Natural environments - healthy environments? An exploratory analysis of the
relationship between greenspace and health. Environment and Planning A, vol. 35, no. 10,
p.(1717-1731), fevereiro de 2003. Disponível em: <https://doi.org/10.1068/a35111>

WILSON, Edward. Biophilia. Massachusetts: Harvard University Press, 1986.

48
REFERÊNCIAS DAS IMAGENS
FIGURA 1 - Palácio de Generalife na Espanha (1302 - 1309) - Disponível em:
<https://www.flickr.com/photos/164291077@N06/52059676945>
FIGURA 2 - Ilustração de Ferdubabd Knab dos Jardins Suspensos da Babilônia (1886) -
Disponível em: <https://www.meisterdrucke.pt/artista/Ferdinand-Knab.html>
FIGURA 3 - Coluna de Ordem Coríntia na Catedral de São Paulo - Londres (1710) -
Disponível em: < https://www.flickr.com/photos/flash_homer/4417891524/>
FIGURA 4 - Catedral de Gloucester - Reino Unido (1089) - Disponível em:
<https://www.gloucesterrocks.co.uk/listings/gloucester-cathedral>
FIGURA 29 - Exemplo de janela de correr, de 4 folhas, caixilho em madeira e fechamento
em vidro - Disponível em: <https://www.leroymerlin.com.br/janela-de-correr-isabela-
revestimentos-1,20mx1,40mx14cm-angelim_1567577026>
FIGURA 31 - Exemplo de cobogó cerâmico rústico - Disponível em:
<https://www.arqplace.com.br/cobogo-linha-organica>
FIGURA 33 - Componente construtivo Laje pré-moldada 12cm com telha cerâmica -
Disponível em: <http://www.mme.gov.br/projeteee/componente/laje-pre-moldada-ceramica-
12-cm-camara-de-ar-5-0-cm-telha-ceramica-1-cm/>
FIGURA 34 - Efeito Chaminé - Disponível em:
<http://www.mme.gov.br/projeteee/implementacao/efeito-
chamine/#:~:text=Aberturas%20em%20diferentes%20n%C3%ADveis%20podem,de%20ar%
20no%20sentido%20vertical.>
FIGURA 35 - Exemplo de veneziana industrial translúcida - Disponível em:
<https://www.cardivem.com.br/veneziana-industrial-translucida>
FIGURA 37 - Exemplo de Manta de lã de pet - Disponível em:
<https://neotermica.com.br/produto/la-de-pet/>
FIGURA 38 - Tabela de performance térmica da Manta de lã de pet - Disponível em:
<https://neotermica.com.br/produto/la-de-pet/>
FIGURA 40 - Exemplo de ancoragem metálica para pilar de madeira sob bloco de concreto -
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/867547/15-conexoes-metalicas-para-
estruturas-de-madeira-laminada-arauco>

49
FICHA TÉCNICA

Localização: Goiânia, Goiás - Brasil DEPÓSITO


A= 31,08m²
Área do terreno: 3.530m² +1.30
Área construída: 1.446m²
Área permeável: 1377m² (39%) AUDITÓRIO

P02
A= 82,51m²
+1.30
J07 J07
P.D=2,70m

PROGRAMA P02 P02

P05
SETOR AMBIENTE ÁREA(m²)
SALA DE AULA 10 J06
Admnistrativo Diretoria 11,04 A= 42m² P02
+1.30 P.D=2,70m
Secretaria 32,10

J02

J02
Copa 11,73

Sala dos professores 20,50


CIRCULAÇÃO
A= 11,36m²
WC's 6,44 +1.30

81,81

J02

J02
Pedagógico Sala de Leitura 42
SALA DE AULA 09
Informática 56 P02 A= 42m²
+1.30 P.D=2,70m
Educação Infantil 52

Playground 37,58

Sala de aula 1 42

J02

J02
SOBE i= 8,33%
Sala de aula 2 42

Sala de aula 3 42

Sala de aula 4 42

Sala de aula 5 42

Sala de aula 6 42

J02

J02
SALA DE AULA 08 +0.80 SALA DE AULA 07
Sala de aula 7 42 A= 42m² P02 P02 A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m +0.80 P.D=2,50m
Sala de aula 8 42

PT1

PT1

PT1

PT1
Sala de aula 9 42 SALA DE AULA 06
A= 42m² P02
+0.80
Sala de aula 10 42 P.D=2,50m

VEÍCULOS
ACESSO
Sanitário Fem. 12

J02

J02
Sanitário Masc. 12
SALA DOS
PROFESSORES PT3
Sanitário PCD 3,95 A= 20,50m²

J05
CIRCULAÇÃO

J01
A= 31,80m² +0.80
435,53 +0.80

P04
Eventos Auditório 82,51

J02

J02
Serviço Cozinha 18 SALA DE AULA 05
A= 42m²

J05
P02

J05
+0.80 P.D=2,50m

J01

J01
Depósito Cozinha 14,4

Carga e Descarga 14,8 SALA DE AULA 04


A= 42m²

P04
P02
Abrigo GLP 1,46 +0.80 P.D=2,50m

J05

J01
J02

J02
INFORMÁTICA

J05
Depósito 31,08 A= 56m²

J01
+0.65 +0.80 +0.65 PLAYGROUND
79,74 A= 37,58m²
P.D=2,95m +0.60
EDUCAÇÃO

J05

J05
INFANTIL

J01
A= 52m²
+0.80

J01
P.D=2,95m
J02

J02
SALA DE AULA 03

J01
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m P02 P02
P02
WC MASC.
P02
J05

P.D=2,30m A= 12m²
P01
P01

P01
P01

WC PCD P03 CIRCULAÇÃO


A= 3,95m² +0.80
+0.80
P.D=2,30m
P01
P01

P01
P01

SOBE i= 8,33%
J05

P.D=2,30m WC FEM. +0.30


A= 12m² P02
ABRIGO GLP
A= 1,46m²
J01 J01 J01 J01 J01 J01 J01 J01 J01 J01 J01 J01

COZINHA
J04

A= 18m² CIRCULAÇÃO
CARGA E
J03

+0.80 A= 47,60m²
DESCARGA SECRETARIA

SALA DE AULA 02

SALA DE AULA 01
+0.80 A= 32,10m² SALA DE LEITURA
A= 14,8m² A= 42m²

A= 42m²

A= 42m²
+0.80

+0.80

+0.80
P.D=2,90m COPA +0.80
+0.80
A= 19,73m²
+0.80
P02 P02 P02
P01

WC WC
A= 4,10m² A= 2,44m²
P02

P02

P02

P02

P02
DEP. COZINHA
A= 14,40m² J03 P02
+0.50 +0.80 DIRETORIA
J01

P.D=2,90m CIRCULAÇÃO
A=11,04 m²

J05
A= 51,40m²
+0.80 +0.80

SOBE i= 8,33% +0.50 +0.50 +0.50 +0.50


+0.25 +0.25 +0.25
+0.30
SOBE i= 8,33% SOBE i= 8,33%
+0.20

CONTAINER
A=15 m²
+0.20
SOBE i= 8,33%

+0.20

+0.10
PT3
PT2

ACESSO ACESSO
CARGA E DESCARGA PEDESTRE

0,00

0 1 5 10 LEVANTAMENTO
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
1/13
D

C
DEPÓSITO
A= 31,08m²
+1.30

AUDITÓRIO
A= 82,51m²
+1.30

P.D=2,70m

SALA DE AULA 10
A= 42m²
+1.30 P.D=2,70m

CIRCULAÇÃO
A= 11,36m²
+1.30

SALA DE AULA 09
A= 42m²
+1.30 P.D=2,70m

SOBE i= 8,33%
SALA DE AULA 08 +0.80 SALA DE AULA 07
A= 42m² A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m +0.80 P.D=2,50m

SALA DE AULA 06
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m

VEÍCULOS
ACESSO
SALA DOS
PROFESSORES
CIRCULAÇÃO A= 20,50m²
A= 31,80m² +0.80
+0.80

SALA DE AULA 05
B A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m
B
SALA DE AULA 04
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m
INFORMÁTICA
A= 56m²
+0.65 +0.80 +0.65 PLAYGROUND
A= 37,58m²
+0.60
EDUCAÇÃO
INFANTIL
A= 52m²
+0.80

SALA DE AULA 03
A= 42m²
+0.80 P.D=2,50m

WC MASC.
P.D=2,30m A= 12m²

WC PCD CIRCULAÇÃO
A= 3,95m² +0.80
+0.80

SOBE i= 8,33%
P.D=2,30m WC FEM. +0.30
A= 12m²

ABRIGO GLP bebedouro


A= 1,46m²

COZINHA
A= 18m² CIRCULAÇÃO
CARGA E +0.80
DESCARGA A= 47,60m² SECRETARIA

SALA DE AULA 02

SALA DE AULA 01
+0.80 A= 32,10m² SALA DE LEITURA
A= 14,8m² A= 42m²

A= 42m²

A= 42m²
+0.80

+0.80

+0.80
P.D=2,90m COPA +0.80
+0.80
A= 19,73m²
+0.80

WC WC
A A= 4,10m² A= 2,44m²
A
DEP. COZINHA
A= 14,40m²
+0.50 +0.80 DIRETORIA
CIRCULAÇÃO
A=11,04 m²
A= 51,40m²
+0.80 +0.80

SOBE i= 8,33% +0.50 +0.50 +0.50 +0.50


+0.25 +0.25 +0.25
+0.30
SOBE i= 8,33% SOBE i= 8,33%
+0.20

CONTAINER
A=15 m²
+0.20
SOBE i= 8,33%

+0.20

LEGENDA

DEMOLIR
D

ACESSO CARGA E DESCARGA ACESSO PEDESTRE


CONSTRUIR 0,00 0,00

0 1 5 10 PLANTA BAIXA - DEMOLIR


esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
2/13
Demolir torre para
caixa d'água Demolir alvenaria para Demolir cobogó Demolir alvenaria para Demolir esquadrias, Demolir esquadria Demolir esquadrias,
ampliação do ambiente para substituição ampliação do ambiente manter aberturas manter abertura manter aberturas

110

110
Demolir toda estrutura do
depósito

40

40
40

1540
450

450
600

150
300

300
290

290
250
FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO

ALICERCE DEP.COZINHA CIRCULAÇÃO WC WC SALA DE AULA 02 SALA DE AULA 01 SECRETARIA SALA DE LEITURA
DEPÓSITO

85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80
+1.35 TERRENO
NATURAL CALÇADA
+0.20 +0.20

CORTE A
esc: 1/100

Demolir e telhado e laje para Demolir telhado para


instalação dos novos reestruturação do mesmo
Demolir toda estrutura do

160
depósito

174

35
10 40

60 35

60 35
60

60
Demolir janela para Demolir esquadria,

490
474

15
realocação manter abertura
Demolir esquadria, Demolir janela para Demolir esquadria,
manter abertura realocação manter abertura

150

150

150
295

295

295

295

295
250

250
Demolir calçamento para

200

200
DEPÓSITO
Demolir calçamento para Demolir calçamento para EDUCAÇÃO conformação de playground
+1.35 SALA DE AULA 06 CIRCULAÇÃO SALA DE AULA 05 conformação de canteiro Demolir alvenaria p/ INFORMÁTICA conformação de canteiro INFANTIL
ampliação do bloco CALÇADA

85

85

85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 PLAYGROUND
+0.65 +0.65 +0.60 +0.20

CORTE B
esc: 1/100

Demolir telhado para Demolir esquadrias, Demolir esquadrias, Demolir alvenaria para
Demolir estrutura e
cobertura da passarela
reestruturação do mesmo manter aberturas manter aberturas reconfiguração do bloco
Demolir e telhado e laje para
instalação dos novos
Demolir cobogó para
substituição

Demolir cobogó para


substituição

60 25
15 40

Demolir muro para


instalação de gradil

Demolir alvenaria para


150

Demolir mesas de concreto Demolir calçamento para Demolir esquadria, ampliação do ambiente

295
290

FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
conformação gramado manter abertura
235

210
Demolir escaninho FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO

165
+1.30
300

CIRCULAÇÃO SALA DE AULA 01 Demolir calçamento para INFORMÁTICA


85

+0.80 +0.80 conformação de canteiro +0.80


+0.60
CALÇADA
+0.40
+0.00 +0.20

CORTE C
esc: 1/100
Demolir esquadrias, Demolir telhado e laje para Demolir alvenaria para
manter aberturas instalação dos novos reconfiguração do bloco
Demolir telhado e laje para Demolir esquadrias, Demolir esquadrias,
instalação dos novos manter aberturas manter aberturas

110
110

Demolir toda estrutura dos WC's, reservar

10 40
equipamentos hidrosanitários para reinstalação
10 40

410
10 35

15
410

Demolir abrigo de gás para realocação

250
150

FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
275

250
230

FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO FIXO
SALA DE AULA 10 AUDITÓRIO
CARGA E +1.30 +1.30
126

DESCARGA WC FEM. WC MASC. SALA DE AULA 04 SALA DE AULA 06 SALA DE AULA 08


85

RAMPA +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80


+0.50
QUIOSQUE +0.30
CALÇADA
+0.00 +0.20

CORTE D
LEGENDA esc: 1/100
DEMOLIR

CONSTRUIR

Trabalho de Conclusão de Curso


Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
3/13
D

C
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
COBERTURA
FIBROCIMENTO
i=10%

FIBROCIMENTO

FIBROCIMENTO
COBERTURA

COBERTURA
CUMEEIRA

i= 20%
i=20%
B B

COBERTURA
COBERTURA

CERÂMICA
CERÂMICA

i=30%
i=30%

COBERTURA
COBERTURA

CERÂMICA
CERÂMICA
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

i=30%

i=30%
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

CUMEEIRA

CUMEEIRA
CAIXA
D'ÁGUA
COBERTURA
FIBROCIMENTO
i=10%

CAIXA PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO


D'ÁGUA

i=30%
COBERTURA
CERÂMICA

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
CUMEEIRA

A A
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%

i=30%

COBERTURA
TELHA DE BARRO
O
ÇÃ
CA
IFI
ED

COBERTURA
DA

TELHA DE BARRO
ÃO

i=30%

OJ
PR

LEGENDA

DEMOLIR
D

CONSTRUIR

COBERTURA - DEMOLIR
0 1 5 10
esc: 1/125
Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
4/13
D

C
PROJEÇÃO COBERTURA

SALA DE AULA 10
A= 42m²
+1.30

SALA DE AULA 09
+1.30 +1.30 A= 42m² +1.30
+1.30

SALA DE AULA 8
A= 42m²
+1.30

QUADRA

SOBE i= 8,33%

SOBE i= 8,33%
POLIESPORTIVA
A= 494m²
+1.10

+1.10

+0.90 SALA DE AULA 07


+0.80 +0.80 A= 42m² +0.80

SOBE i= 7,89%
+1.30 PROJEÇÃO COBERTURA
PROJEÇÃO COBERTURA

alambrado
SALA DE AULA 6
A= 42m²
+1.30

+0.80
Infantil PLAYGROUND
A= 130m²
+0.75
CIRCULAÇÃO
A= 57,5m²

PROJEÇÃO COBERTURA

SALA DE AULA 05 SALA DE AULA 02


B A= 42m²
+1.30
A= 42m²
+0.80 B
BIBLIOTECA
A= 118m²
SALA DE AULA 4
A= 42m²
+1.30

+0.80

EDUCAÇÃO
INFANTIL
A= 52m²
+0.80

RUA SÃO PAULO


SALA DE +0.60
INFORMÁTICA SALA DE AULA 03 SALA DE AULA 01
A= 36m² A= 42m² A= 42m²
+1.30 +0.80

alambrado

CIRCULAÇÃO
+0.80

PROJEÇÃO COBERTURA

+0.80

WC MASC.

WC FEM.
A= 1,8m²
A= 1,8m²
+0.35 DML
A= 5,6m² W.C PCD W.C PCD
+0.80 FEM. MASC. COPA
A= 3,9m² A= 3,9m² A= 7,9m²
COZINHA
A= 18m²
+0.80
SECRETARIA
W.C FEM. W.C MASC.
CARGA E A= 32,10m²
A= 16,4m² A= 16,4m²
DESCARGA +0.80
A= 5,6m²
A +0.80
SALA DOS
PROFESSORES
A= 29,5m²
A
+0.30 +0.80
ABRIGO GLP AUDITÓRIO
A= 1,46m² A= 65m²
+0.80 +1.37

DEP. COZINHA
DEPÓSITO A= 14,40m²
A= 6,8m² +0.80 DIRETORIA
CIRCULAÇÃO
PROJEÇÃO COBERTURA

+0.80 A=11,04 m²
A= 59,2m²
+0.80 +0.80

+0.60
+0.80
+0.40
PROJEÇÃO COBERTURA
PROJEÇÃO COBERTURA

SOBE i= 8,33%

+0.20

LEGENDA

DEMOLIR
D

ACESSO CARGA E DESCARGA ACESSO PEDESTRE


CONSTRUIR 0,00 0,00

N
RUA SÃO SALVADOR
0 1 5 10 CONSTRUIR - PLANTA BAIXA
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
5/13
110
40
40

1540

1540

450
150

150

300
CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE

290

290

290
CORRE CORRE CORRE CORRE

250
CORRE

CARGA E SALA DOS


DESCARGA DEP.COZINHA CIRCULAÇÃO WC FEM. WC MASC. AUDITÓRIO SECRETARIA WC MASC. WC FEM. PROFESSORES

19
85

85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80

19
19
CALÇADA
+0.20

CORTE A
esc: 1/100

Instalar veneziana
Instalar Telha sanduíche industrial translúcida
ecológica tetrapak
Instalar Manta de Lã de Pet 50mm sob Instalar telhado com estrutura em

40
forro de madeira para isolamento térmico madeira e telha cerâmica

Instalar estrutura de Construir Laje treliçada moldada in


Tesoura em Eucalipto loco com blocos cerâmicos H7

290
362

250
Encontro de calhas Reinstalar telhado cerâmico
com ampliação do bloco

12
682

40

50
Instalar cobogó

115
cerâmico

35
36 54

60
60
360

362
350

350

350
320

320

150

150
295

295
CORRE CORRE CORRE CORRE

FIXA CORRE CORRE FIXO

210

200
EDUCAÇÃO
BIBLIOTECA SALA DE AULA 06 CIRCULAÇÃO SALA DE AULA 05 SALA DE AULA 02 INFANTIL

85

85
+0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 +0.80 PLAYGROUND CALÇADA
+0.65 +0.65 +0.60 +0.20

CORTE B
esc: 1/100

Instalar Telha sanduíche


ecológica tetrapak

Tesoura em madeira
Eucalipto

Tela alambrado para quadra


esportiva

Reinstalar telhado cerâmico


Instalar estrutura de Eucalipto e
Cobertura em Policarbonato
com ampliação do bloco

115
Instalar cobogó Instalar cobogó

400
45
cerâmico cerâmico

500
Instalar estrutura de Eucalipto e
1540

Cobertura em telha cerâmica

455
Concreto desempenado
Pilar em Madeira Eucalipto
Pilar em Madeira

39
150

(15x15cm)
60

295
290

Eucalipto (12x12cm)

210
Bloco de concreto
250

39
Construir alvenaria Construir alvenaria Chapa de metal QUADRA

80 12
Chapa de metal
POLIESPORTVIA mureta Aterro compactado

39
SALA DE AULA 01 SALA DE AULA 02 Alvenaria estrutural
CIRCULAÇÃO AUDITÓRIO Alvenaria +1.10

39
85

+0.80 +0.80 estrutural +0.80 +0.80


200

+0.60
CALÇADA
+0.40
+0.00 +0.20

CORTE C
esc: 1/100

Instalar telhado com estrutura em Construir Laje treliçada moldada in


madeira e telha cerâmica loco com blocos cerâmicos H7
140

140
Instalar guarda-corpo Construir Laje treliçada moldada in Instalar telhado com estrutura em
de Eucalipto loco com blocos cerâmicos H7 madeira e telha cerâmica
30

20 30
Instalar estrutura de Eucalipto e
Cobertura em Policarbonato
42 38

70

450
312
300
CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE CORRE
Construir abrigo de gás
362

350

250
310

Pilar em Madeira Eucalipto


250

250
230

(12x12cm) SALA DE AULA 10


CARGA E +1.30
DEPÓSITO DESCARGA DML Chapa de metal SALA DE AULA 04 SALA DE AULA 06 SALA DE AULA 08
+0.80 +0.80 +0.80 Alvenaria estrutural
+0.80 +0.80 +0.80
QUIOSQUE
CALÇADA
+0.00 +0.20

LEGENDA CORTE D
DEMOLIR
esc: 1/100

CONSTRUIR
Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
6/13
DEMOLIR

CONSTRUIR
LEGENDA
A
B

0 1
COBERTURA
ISOTELHA

5
i= 25%

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

CALHA CALHA
CALHA

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

D D

i=30%
i=30%

COBERTURA
COBERTURA

TELHA DE BARRO
TELHA DE BARRO

10
PR
OJ

ÃO
DA i=25%

CUMEEIRA
ED
IFI COBERTURA
CA
ÇÃ CERÂMICA
O

i=30%
COBERTURA
CERÂMICA

CUMEEIRA
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%

LAJE IMPERMEABILIZADA i=2%


i=2%

COBERTURA
CERÂMICA
CAIXA
CAIXA

D'ÁGUA
D'ÁGUA

i= 25%
i= 5%
COBERTURA
POLICARBONATO

CALHA CALHA
CUMEEIRA

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
i=30%
i=30%

i=30%

COBERTURA
CERÂMICA

CERÂMICA
COBERTURA
COBERTURA

CERÂMICA

CUMEEIRA

C C
COBERTURA
CERÂMICA
i=30%
i= 25%
i= 25%

ISOTELHA
ISOTELHA

COBERTURA
COBERTURA

PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO

i=30%
COBERTURA
CERÂMICA

CUMEEIRA

COBERTURA
CERÂMICA
i=30%
PROJEÇÃO DA EDIFICAÇÃO
CONSTRUIR - COBERTURA
esc: 1/125
N
A
B

Semestre: 2022.02
Trabalho de Conclusão de Curso

Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel


Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
7/13
D

C
FICHA TÉCNICA

Localização: Goiânia, Goiás - Brasil


Área do terreno: 3.530m²
Área construída: 1.665m²
Área permeável: 1.322m² (37,45%)

PROJEÇÃO COBERTURA
PROGRAMA

SETOR AMBIENTE ÁREA(m²)


SALA DE AULA 10
Admnistrativo Diretoria 11,04 A= 42m²
+1.30
Secretaria 32,10

Copa 7,9

Sala dos professores 29,50

WC's 5,72

86,26

Pedagógico Biblioteca 118


SALA DE AULA 09
Informática 36 +1.30 +1.30 A= 42m² +1.30
+1.30
Educação Infantil 52
SALA DE AULA 8
Playground 130 A= 42m²
+1.30
Sala de aula 1 42
QUADRA

SOBE i= 8,33%

SOBE i= 8,33%
Sala de aula 2 42 POLIESPORTIVA
A= 494m²
+1.10
Sala de aula 3 42

Sala de aula 4 42

Sala de aula 5 42 +1.10

Sala de aula 6 42
+0.90 SALA DE AULA 07
Sala de aula 7 42 +0.80 +0.80 A= 42m² +0.80

SOBE i= 7,89%
+1.30 PROJEÇÃO COBERTURA
Sala de aula 8 42
alambrado
Sala de aula 9 42 SALA DE AULA 6
A= 42m²
+1.30
Sala de aula 10 42

Sanitário Fem. 21 +0.80


Infantil PLAYGROUND
A= 130m²
Sanitário Masc. 21
+0.75
CIRCULAÇÃO
798 A= 57,5m²

Eventos Auditório 65
PROJEÇÃO COBERTURA
Quadra Poliesportiva 494

559 SALA DE AULA 05 SALA DE AULA 02


B A= 42m²
+1.30
A= 42m²
+0.80 B
Serviço Cozinha 18 BIBLIOTECA
A= 118m²
Depósito Cozinha 14,4 SALA DE AULA 4
A= 42m²
Carga e Descarga 5,6 +1.30

Abrigo GLP 1,46

Depósito 6,8 +0.80

46,26 EDUCAÇÃO
INFANTIL
A= 52m²
+0.80

RUA SÃO PAULO


SALA DE +0.60
INFORMÁTICA SALA DE AULA 03 SALA DE AULA 01
A= 36m² A= 42m² A= 42m²
+1.30 +0.80

alambrado

CIRCULAÇÃO
+0.80

PROJEÇÃO COBERTURA

+0.80
PROJEÇÃO COBERTURA

WC MASC.
A= 1,8m²
DML

WC FEM.
A= 1,8m²
+0.35
A= 5,6m² W.C PCD W.C PCD
+0.80 FEM. MASC. COPA
A= 3,9m² A= 3,9m² A= 7,9m²
COZINHA
A= 18m²
+0.80
SECRETARIA
W.C FEM. W.C MASC.
CARGA E A= 32,10m²
A= 16,4m² A= 16,4m²
DESCARGA +0.80
A= 5,6m²
SALA DOS
+0.80 PROFESSORES
A= 29,5m²
+0.30 +0.80
ABRIGO GLP AUDITÓRIO
A= 1,46m²
A A= 65m²
+0.80 +1.37 A
DEP. COZINHA
DEPÓSITO A= 14,40m²
A= 6,8m² +0.80 DIRETORIA
+0.80 CIRCULAÇÃO A=11,04 m²

PROJEÇÃO COBERTURA
A= 59,2m²
+0.80 +0.80

+0.60
+0.80
+0.40
PROJEÇÃO COBERTURA

SOBE i= 8,33%

+0.20
D

ACESSO CARGA E DESCARGA ACESSO PEDESTRE


0,00 0,00

N
RUA SÃO SALVADOR
0 1 5 10 PLANTA BAIXA
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
8/13
1

1 24

24
25

n/i

HORTA
A= 79m²
+1.20

8 n/i

25

QUADRA
POLIESPORTIVA
A= 494m²
+1.10

10
+0.90
1

22
alambrado
11
21

PLAYGROUND
A= 130m²
+0.75

SALA DE AULA 05
A= 42m²
+1.30

SALA DE AULA 4
A= 42m²
+1.30
25

24

RUA SÃO PAULO


SALA DE
INFORMÁTICA SALA DE AULA 03
A= 36m² A= 42m²
+1.30 23

alambrado
+0.60

CIRCULAÇÃO 3
+0.80

+0.80

+0.35

+0.80

14
+0.30

ESPÉCIES EXISTENTES MANTIDAS


ESPÉCIE
1 Oiti (Licania Tomentosa)
13
2 Nim (Azadirachta indica)
3 Ameixa Burdekin (Pleiogynium timoriense)
4 Janipapeiro (Genipa americana) POMAR +0.80
LEGENDA A= 250m²
5 Pau-Marfim (Balfourodendron riedelianum) +0.30 +0.60
6 Jatobá (Hymenaea courbaril) +0.40
Árvore existente
7 Natal-Mogno (Trichilia Dregeana)
16
8 Mangueira (Mangifera indica L.)
Árvore a ser implantada
9 Pitanga (Eugenia uniflora)
10 Freixo (Fraxinus excelsior)
Forração pisoteável vegetal
11 Jamelão (Syzygium cumini) 4

Forração não pisoteável e


ESPÉCIES A IMPLANTAR arbustos de baixo/médio porte
12
ESPÉCIE
12 Hortaliças
Aceroleira (Malpighia emarginata) ÁREA LIVRE
13 Jabuticabeira (Plinia peruviana) 5 A= 380m²
Cerca Viva +0.30
14 Cajuzinho-do-Cerrado (Anacardium humile) Sansão-do-Campo 6
(Mimosa caesalpiniifolia)
15 Mixirica (Citrus reticulata Blanco)
Pergolado de Eucalipto tratado] 2
16 Amoreira (Morus nigra L.) Tumbérgia Azul
(Thunbergia grandiflora) 15
17 Ipê roxo (Handroanthus impetiginosus)
18 Ipê rosa (Handroantthus heptaphyllus) Chafariz de cimento 2 pratos
19 Ipê branco (Tabebuia rosea) +0.20
20 Ipê amarelo da mata (Handroanthus serratifolius) Banco em metal e madeira
1,80 m de comprimento 7
21 Jacarandá Mimoso (Jacaranda cuspidifolia) 6
22 Sansão do campo (Mimosa caesalpiniifolia) Cercado de bambu
(h:80cm)
23 Tumbérgia Azul (Thunbergia grandiflora)
23
24 Araçá (Psidium cattleyanum) Mini-Quiosque 17 18 19 20 17
25 Aroeira-pimenteira (Schinus molle L.) em madeira (Ø100cm)

+0.10

ACESSO CARGA E DESCARGA ACESSO PEDESTRE


0,00 0,00

N
RUA SÃO SALVADOR
0 1 5 10 IMPLANTAÇÃO
esc: 1/125 Trabalho de Conclusão de Curso
Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
9/13
PERSPECTIVA - FACHADA PERSPECTIVA - ESQUINA

PERSPECTIVA - LATERAL PERSPECTIVA - ACESSO

Trabalho de Conclusão de Curso


Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
10/13
PERSPECTIVA - ÁREA GRAMADA FRONTAL PERSPECTIVA - PERGOLADO DA ÁREA FRONTAL

PERSPECTIVA - POMAR PERSPECTIVA - POMAR

Trabalho de Conclusão de Curso


Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
11/13
PERSPECTIVA - CIRCULAÇÃO COBERTA PERSPECTIVA - ACESSO À EDUCAÇÃO INFANTIL

PERSPECTIVA - PERGOLADO DO PLAYGROUND PERSPECTIVA - PLAYGROUND

Trabalho de Conclusão de Curso


Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
12/13
PERSPECTIVA - QUADRA ESPORTIVA PERSPECTIVA - QUADRA ESPORTIVA

PERSPECTIVA - ACESSO À QUADRA ESPORTIVA

Trabalho de Conclusão de Curso


Prof. Orientadora: Me. Marcelina Gorni
Aluna: Ana Flávia Nunes Cruvinel
Semestre: 2022.02
13/13

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