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RESPONSABILIDADES DECORRENTES

DO
EXERCÍCIO PROFISSIONAL
UMA ABORDAGEM TÉCNICA
CONTEÚDOS

Apresentação/ Observações Iniciais


Fundamentos da Responsabilidade
Fontes de Responsabilidade
Isenção de Responsabilidade
Tipos de Responsabilidade
Técnica
Civil
Penal
Trabalhista
OBSERVAÇÕES INICIAIS

1.- Este trabalho possui enfoque eminentemente


técnico, tendo sido elaborado sob o ponto de vista
da Engenharia e Arquitetura.

2.- Os conteúdos abordados são informativos e


básicos. Não esgotam o tema e não adentram nos
rigores jurídicos.
OBJETIVOS

A.-busca identificar e informar as principais


formas de responsabilidades, a que estão
sujeitos os engenheiros e arquitetos (lato
sensu) no exercício das atividades
profissionais;

B.-pretende correlacionar alguns fatos ou e-


ventos da prática profissional com a le-
gislação;
OBJETIVOS

C.- procura evidenciar a importância das


informações sobre a legislação pela sua íntima
correlação com o dia-a-dia dos profissionais, em
especial, dos peritos;

D.- mostra a possibilidade ou alternativa de


ampliação do mercado de trabalho, através do
assessoramento técnico a advogados e terceiros.
FUNDAMENTOS DAS
RESPONSABILIDADES

As responsabilidades fundamentam-se:

na C U L P A ou

no D O L O
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE

CULPA

Age com culpa aquele que por ação ou omissão


voluntária viola direito ou causa dano a outrem,
sem desejar o resultado lesivo .
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE

DOLO

Age com dolo aquele que almeja o


resulta-do lesivo ou assume o risco de
produzi-lo

O Dolo abrange a conduta e o efeito


lesivo dele resultante.
FUNDAMENTOS DA
RESPONSABILIDADE
No art. 18 do C.P. (lei 7.209 de 11.06.84) :

Diz-se do crime:
Crime Doloso
I– doloso, quando o agente quis o resultado ou
assumiu o risco de produzi-lo
Crime Culposo
II- culposo, quando o agente deu causa ao
resultado por imprudência, negligência ou
imperícia.
FUNDAMENTOS DA RESPONSABILIDADE

No dolo há a conduta voluntária do agente; ele


quer a ação e o resultado. A conduta nasce
ilíci-ta porquanto a vontade se dirige para a
realiza-ção de um ato antijurídico.
Na culpa, a conduta torna-se ilícita na medida
em que se desvia dos padrões socialmente
ade-quados. Esse desvio é acidental e decorre
da falta de cuidado ou de providências
cabíveis. (Sergio Cavalieri Fo.)
RESPONSABILIDADE SEM CULPA

Resulta da conduta lesiva, independendo da


vontade do autor da lesão. Decorre de casos
expressos em lei, onde se exige apenas o
nexo causal entre o ato (ou da omissão ) e o
dano.

exemplos: 1.-danos a prédio vizinho . 2.- produto com


defeito.(Código de Defesa do Consumidor-L.F.
8078/90, arts. 12 e 15).
FONTES DA RESPONSABILIDADE

RESPONSABILIDADE LEGAL

RESPONSABILIDADE CONTRATUAL

RESPONSABILIDADE EXTRA-CONTRATUAL
FONTES DA RESPONSABILIDADE

Responsabilidade Legal

É aquela que decorre da lei; que é imposta pela lei,


portanto, é de ordem pública e, por isto, é
IRRENUNCIÁVEL e INTRANSACIONÁVEL.

Exemplos: a responsabilidade que um profissional tem pela


solidez e segurança do prédio/produto/serviço; registro da
obra/produto; EPI/EPC, pagamentos de tributos, A.R.T., etc.
FONTES DA RESPONSABILIDADE

Responsabilidade Contratual

É aquela que decorre dos contratos, ou seja, do


ajuste entre as partes, valendo dentro dos
limites acordados.
É uma responsabilidade NEGOCIAL e, por isto,
RENUNCIÁVEL e TRANSACIONÁVEL.

Exemplos: a responsabilidade pelo prazo de entrega de


produto; de executá-lo pelo valor acordado; de utilizar
os materiais especificados, etc.
FONTES DA RESPONSABILIDADE

Responsabilidade Extra - Contratual

É aquela que decorre da prática de ato ilícito.

É “Extra - Contratual” porque no contrato só


podem constar cláusulas lícitas. Baseia-se no
princípio de que todo o ato ilícito, que venha
a lesar direito de terceiros, gera a obrigação
de indenizar.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

O responsável por uma obra, produto ou serviço,


pode vir a responder pelos prejuízos que venha
a acarretar a terceiros (incluindo a morte),
mesmo durante a sua execução ou produção.
Porém, há casos particulares em que se isenta
de responsabilidade, ainda que tenha
causado danos a terceiros (ou praticado ato
ilícito).
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
São situações excepcionais, incomuns que
podem vir a retirar a ilicitude da conduta, ou
isentar o autor da responsabilidade por algum
fato. Há que provar a impossibilidade
absoluta de cumprimento do ato lícito ou das
obrigações assumidas. Poderá isentar o autor
de responsabilidade, desde que este não
tenha por elas expressamente se
responsabilizado.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

Novo CC, art. 1058


O devedor não responde pelos prejuízos resul-tantes de
caso fortuito ou força maior, se ex-pressamente não
houver por eles responsa-bilizado, exceto nos casos
dos arts. 955,956 e 957 (que tratam da mora)
§único. O caso fortuito ou de força maior, verifica-se no
fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar
ou impedir.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Não constituem atos ilícitos:
I.-os praticados em legítima defesa ou no exer-
cício regular de direito reconhecido;
II.a deterioração ou destruição da coisa alheia, a fim
de remover perigo iminente.
§ único. Neste último caso, o ato será legítimo,
somente quando as circunstâncias o tor-narem
absolutamente necessário, não ex-cedendo os
limites do indispensável para a remoção do perigo
(novo CC, art. 160)
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

CASOS MAIS COMUNS


Legítima Defesa
Estado de Necessidade
Culpa exclusiva da vítima
Exercício Regular de Direito Reconhecido
Caso Fortuito
Força Maior
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

CASO FORTUITO e FORÇA MAIOR

São os casos mais comuns na Engenharia, e

na Arquitetura que, devidamente provados,

podem fundamentar a argüição de Isenção

de Responsabilidade.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

CASO FORTUITO
Decorre de FATO DA NATUREZA, imprevisível
e de efeitos inevitáveis, que gera
impossibilidade insuperável de cumprimento
de obrigação (Hely L. Meirelles).
(ex.: vendaval, tromba d’água, inundação, raio,...)
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

FORÇA MAIOR

Decorre de ATO HUMANO IRRESISTÍVEL,


também imprevisível e de efeitos inevitáveis
que gera impossibilidade insuperável de
cumprimento de obrigação (Hely L.
Meirelles).

(ex.: atos de governo [desapropriação], greve, guerra,


revoluções, lock out, outros).
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

CASO FORTUITO FORÇA MAIOR

ação da natureza ato humano irresistível

imprevisível imprevisível

efeitos inevitáveis efeitos inevitáveis


ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

No Caso Fortuito e na Força Maior há a


necessidade de que seja comprovada a
impossibilidade insuperável do cumprimento
das obrigações assumidas.

A argüição de isenção poderá ocorrer “desde que


o devedor não tenha por eles expressamente
se responsabilizado” (art.1058 do CC novo
/art.393 ant CC).
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE
Observações importantes:

1.- INEVITÁVEIS devem ser os EFEITOS


decorrentes do Caso Fortuito ou da Força
Maior.

2.- Há que ser comprovado que não houve


IMPREVIDÊNCIA.

3.- Não confundir IMPREVIDÊNCIA com


IMPREVISÃO.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

4.- Embora o agente seja IMPREVISÍVEL, se


os efeitos são EVITÁVEIS, o fato não se
enquadra em Caso Fortuito ou Força Maior.

5.- A legislação NÃO DIFERENCIA obra


parti-cular de obra pública.

6.- Impõe que a segurança de uma obra ou


ser-viço e a prevenção de acidentes seja
objetivo permanente de todos os profissionais
da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE

OBSERVAÇÃO ESPECIAL.

À Isenção de Responsabilidade se contrapõe a


possibilidade de aumento da pena a que está
sujeito o responsável, especialmente quando
configurada a
AUSÊNCIA DE PROVIDÊNCIA TÉCNICA.
Exemplo: deixar de parar uma máquina para manuten-
ção, no momento oportuno, o que vem a causar um
acidente.
RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS
Formas Principais

OBSERVAÇÕES:
1.- a divisão das responsabilidades ora
adotada, assim como suas sub-divisões é
meramente didática.
2.-existem casos em que um evento pode ser
enquadrado em mais de uma das formas de
responsabilidade a seguir apresentadas,
co-mo, por exemplo, aquelas decorrentes do
Código de Defesa do Consumidor.
RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS
Formas Principais

❑ Responsabilidade CIVIL

❑ Responsabilidade PENAL

❑ Responsabilidade TRABALHISTA

❑ Responsabilidade TÉCNICA
RESPONSABILIDADE
TÉCNICA
Responsabilidade Técnica

É aquela que decorre do exercício da Enge


nharia, da Arquitetura e da Agronomia, no que
se refere ao cumprimento da legislação que
regulamenta o exercício destas modalidades
profissionais e do Código de Ética.
Responsabilidade Técnica
LEI FEDERAL 5.194/66

Da Responsabilidade e Autoria, Artigo 17.

“Os direitos de autoria de um plano ou projeto de


engenharia, arquitetura ou agronomia, respeitadas
as relações contratuais expressas entre o autor e
outros interessados, são do profissional que os
elaborar.

§ único: Cabem ao profissional que os tenha


elaborado os prêmios ou distinções honoríficas
concedidas a projetos, planos ou serviços técnicos.
Responsabilidade Técnica
LEI FEDERAL 5.194/66, Artigo 18

“As alterações de projeto ou plano original só poderão


ser feitas pelo profissional que o tenha elaborado.
§ único: Estando impedido ou recusando-se o autor do
projeto ou plano original a prestar sua colaboração
profissional, comprovada a solicitação, as alterações
ou modificações deles poderão ser feitas por outro
profissional habilitado, a quem caberá a
responsabilidade pelo projeto ou plano modificado.”
Responsabilidade Técnica
LEI FEDERAL 5.194/66 (artº. 20, § único)

“A responsabilidade técnica pela ampliação,


prosseguimento ou conclusão de qualquer
empreendimento de engenharia, arquitetura ou
agronomia, caberá ao profissional ou entidade
registrada que aceitar esse encargo, sendo-lhe,
também, atribuída a responsabilidade das obras,
devendo o Conselho Federal adotar resolução
quanto às responsabilidades das partes já
executadas ou concluídas por outros
profissionais.”
Responsabilidade Técnica

LEI FEDERAL 6.496/77


art. 2º
“A ART define o responsável pelo empre-

endimento de engenharia, arquitetura

ou agronomia.”
Responsabilidade Técnica
RESOLUÇÃO 336 do CONFEA

Regulamenta o registro de empresas nos CREAs,


conforme a Lei 5.194, e exige a A.R.T de
res-ponsabilidade por empresa, independentemente
da responsabilidade pelo serviço.
Em decorrência, um diretor, R.T. por uma empresa,
que tenha um outro profissional R.T. pela frente de
trabalho, pode ser responsabilizado, solidariamente,
ao mesmo
Responsabilidade Técnica

Lei Federal 9.610/98


(Direito Autoral)

Artº. 7º. “São obras intelectuais protegidas:


...
X- os projetos, esboços e obras plásticas
concernentes à geografia, engenharia,
topografia, arquitetura, paisagismo e
ciência.
...
Responsabilidade Técnica
LEI FEDERAL 8.666/93

Art. 111.
A Administração só poderá contratar, pagar,
premiar ou receber projeto ou serviço técnico
especializado desde que o autor ceda os
direitos patrimoniais a ele relativos e a
Administração possa utilizá-los de acordo com
o previsto no regulamento de concurso ou no
ajuste para a sua elaboração.
Responsabilidade Técnica
LEI FEDERAL 8.666/93

Art. 111. § único:

Quando o projeto referir a uma obra imaterial de


caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a
cessão dos direitos incluirá o fornecimento de todos
os dados, documentos e elementos de informação
pertinentes à tecnologia de concepção,
desenvolvimento, fixação em suporte físico de
qualquer natureza e aplicação da obra.
Responsabilidade Técnica
CÓDIGO PENAL

TÍTULO III
Dos crimes contra a propriedade intelectual
CAPÍTULO I
Violação do Direito Autoral
...
art.184, Violar direito autoral:
pena detenção de 3 meses a 1 ano
ou multa.
...
Responsabilidade Técnica

CÓDIGO DE ÉTICA (RESOLUÇÃO 1002 do CONFEA)

Das condutas vedadas.


IV.- Nas relações com os demais profissionais:

a.- intervir em trabalho de outro profissional sem a


devida autorização de seu titular, salvo no exercício
do dever legal.
...
d.- atentar contra a liberdade do exercício da profissão
ou contra os direitos de outro profissional.
Responsabilidade Técnica
QUANTO AO P R O J E T O

Usurpação de Projeto.- é a reprodução do projeto sem


alterações e sem a autorização devida.
Plágio de Projeto.- é a reprodução do projeto com
alterações de detalhes que visam descaracterizar o
ilícito, mantendo a concepção original, sem o
consentimento do autor.
Alteração de Projeto.- é a modificação parte do projeto
sem o consentimento do autor.
RESPONSABILIDADE

CIVIL
Responsabilidade Civil

É aquela que decorre de danos materiais e/ou pessoais


causados a terceiros. Incide sobre pessoas
físicas/jurídicas. (C.C.antigo, art.1.158 em diante / C.C.
novo, art. 927 em diante) . O responsável indenizará o
valor dos danos causados, seja pelo que o
prejudicado perdeu - dano emergente -, seja pelo que
deixou de ganhar - lucro cessante. Paga a
indenização, a respon-sabilidade se extingüe.
Responsabilidade Civil

Novo Código Civil

artigo 160:
Aquele que por ato ilícito, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito ou causar prejuízo a outrem, fica
obrigado a reparar o dano.
Responsabilidade Civil
Tipos Usuais

contratual
pela solidez e segurança do prédio/produto
pela perfeição da obra /produto
por danos a vizinhos e terceiros
pelo projeto e/ou pela execução/fabricação
pelos materiais e mão de obra empregados
trabalhista e previdenciária
administrativa/obra clandestina
por tributos
Responsabilidade Civil
RESPOSABILIDADE CONTRATUAL

Decorre do contrato e encerra com a entrega da obra


ou serviço, ou com a rescisão.
O contrato envolve três variáveis básicas:
QUALIDADE, PRAZO e PREÇO,

que devem estar perfeitamente caracterizados.


Pelo descumprimento de cláusulas podem incidir a
multa e a indenização, sendo esta calculada através
de perícia ou arbitrada.
Responsabilidade Civil

RESPOSABILIDADE CONTRATUAL
Inclui a Responsabilidade Legal, em especial,
do Código de Defesa do Consumidor.
Destacam-se:
▪ qualidade dos serviços prestados (que
permi tem ao contratante rejeitar o bem ou
recebê-lo com desconto, ou exigir
refazimento);
▪ informações adequadas para o usufruto do
projeto, serviço ou do bem produzido (bula).
Responsabilidade Civil
PELA SOLIDEZ E SEGURANÇA

Artº. 1.245 do Código Civil (antigo):


“Nos contratos de empreitadas de edifícios ou outras
construções consideráveis, o empreiteiro de
materiais e de execução responderá, durante cinco
anos, pela solidez e segurança do trabalho, assim
em razão dos materiais, como do solo, exceto,
quando este, se não o achando firme, preveniu em
tempo o dono da obra”.
Responsabilidade Civil
PELA SOLIDEZ E SEGURANÇA

Os tribunais entendem (CC antigo) que o prazo de 5


anos é de garantia. Apresentando-se o defeito de
solidez e segurança nos 5 anos, o direito do dono em
acionar o construtor prescreve em 20 anos; e, ainda,
que a legislação profissional passou TODA a
responsabilidade da obra para o seu Responsável
Técnico, revogando a ressalva relativa ao “prevenir
o dono da obra”. (Hely L. Meirelles)
Responsabilidade Civil
PELA SOLIDEZ E SEGURANÇA

Artº. 618 do novo Código Civil:


“Nos contratos de empreitadas de edifícios ou outras
construções consideráveis, o empreiteiro de
materiais e execução responderá, durante o prazo
irredutível de cinco anos, pela solidez e segurança
do trabalho, assim em razão dos materiais, como
do solo.
Responsabilidade Civil
PELA SOLIDEZ E SEGURANÇA

Novo Código Civil, Artº. 618, § único:


“ Decairá do direito assegurado neste artigo o
dono da obra que não propuser ação contra
o empreiteiro, nos cento e oitenta dias
seguintes ao aparecimento do vício ou
defeito”.
Responsabilidade Civil
PELA PERFEIÇÃO DA OBRA

Decorre do entendimento de que a construção é


uma atividade técnica especializada, e que o
profissional responsável é obrigado a atender
às Normas e à boa técnica, ainda que não
este-jam explicitadas no contrato.

Também é responsabilidade ético-profissional.


Responsabilidade Civil
PELA PERFEIÇÃO DA OBRA

O Código de DEFESA do Consumidor diz que,


em situações dúbias, será adotada a
inter-pretação mais favorável ao consumidor.
Daí a importância da perfeita definição do
objeto do contrato e o adequado
acompanhamento téc-nico da obra e/ou
serviço e/ou produto.
Responsabilidade Civil
PELOS MATERIAIS E PELA MÃO DE OBRA

A responsabilidade por uma obra ou serviço


inclui todas as circunstâncias envolvidas,
desde o início até o seu término e, por isto, a
responsabilidade pelos materiais e pela mão
de obra empregados, que devem ser
compatíveis com a qualidade final desejada
(ou contratada).
O critério de análise desta adequação é
eminentemente técnico.
Responsabilidade Civil

PELOS DANOS A VIZINHOS E TERCEIROS

O construtor, engenheiro ou arquiteto, ou a empresa


construtora respondem por estes danos (C.C. antigo
artº.s 572, 1.521, 1522).
Também é uma Responsabilidade Extra- Contratual e
Responsabilidade Culposa.
Os tribunais não têm estendido esta responsabilidade a
empreiteiros de serviços isolados e a
sub-empreiteiros.
Responsabilidade Civil

PELOS DANOS A VIZINHOS E TERCEIROS


O Novo C.C., art. 1.311 e seu § único:

Não é permitida a execução de qualquer obra ou


serviço suscetível de provocar desmoronamento, ou
deslocação de terra, ou que comprometa a
segurança de prédio vizinho, senão após feitas as
obras acautelatórias.
O proprietário de prédio vizinho tem direito a
ressarcimento pelos prejuízos que sofrer, não
obstante terem sido feitas as obras acautelatórias.
Responsabilidade Civil

PELOS DANOS A VIZINHOS E TERCEIROS

Neste caso estão as rachaduras em prédios vizinhos


por solapamento do solo, por escorregamentos de
terra ou por vibrações decorrentes de uso de
equipamentos; a queda de materiais das obras
sobre pessoas, prédios e veículos; a quebra de
telhas e/ou entupimento de calhas, etc.
Responsabilidade Civil
PELO PROJETO E PELA EXECUÇÃO

Os erros de concepção e cálculo tornam seus autores


responsáveis pelos danos deles decorrentes, ainda
que tenham concorrido auxiliares (arquitetônico,
estrutural, etc.).
Conforme a circunstância, o executor, ainda que não
tendo projetado, poderá ser co-responsabilizado
(responsabilidade solidária).
Responsabilidade Civil
PELO PROJETO E PELA EXECUÇÃO

Pelas imperfeições, o Autor do projeto e o Executor


respondem em conjunto, até que se apure o
causador. Havendo fiscal ou consultor da obra,
poderão estes, também, responder por imperfeições.
Responderão em conjunto no caso de discutir-se
solidez e segurança (Hely L.Meirelles).

Também são Responsabilidades Profissionais.


Responsabilidade Civil

ADMINISTRATIVAS

São aquelas que decorrem da necessidade do


cumprimento das exigências legais da Administração
Pública para a execução de obras ou serviços.
Dentre elas, destacam-se:

- licença prévia de execução;


- participação efetiva de profissional habilitado;
- EIA-RIMA;
- inscrição no INSS, ART, salários, etc.
Responsabilidade Civil

ADMINISTRATIVAS

O descumprimento das normas administrativas podem


acarretar multa, embargo ou demolição.
A definição do responsável depende dos termos do
contrato, podendo ser configurada a solidariedade
entre proprietário e construtor.
Inclui-se, neste caso, a Obra Clandestina que, feita
sem licença, é uma atividade ilícita.
Responsabilidade Civil

POR TRIBUTOS

Os tributos da atividade de construção, em princípio,


são do construtor.
Pode o mesmo dividir estes encargos com o
proprietário, por via contratual, não se desonerando o
construtor nem assumindo o proprietário como
devedor único. Não se desonera, porque é uma
Responsabilidade Legal.
O ISS ou ISSQN são do prestador de serviço.
Responsabilidade Civil

POR TRIBUTOS

O Profissional Autônomo que venha a ser R.T. pela


execução de uma obra ou serviço, ainda que
somente a título de “fiscalização”, onde proprietário
contrata a mão de obra e adquire os materiais, não se
exime totalmente desta responsabilidade, podendo
vir a assumi-la solidariamente ao proprietário.
RESPONSABILIDADE

PENAL
RESPONSABILIDADE PENAL

É aquela que decorre do cometimento de crime ou


contravenção, sendo analisada à luz do Código
Penal, da Lei das Contravenções Penais (Dec.Lei
3.688 de 3.10.41) e legislação complementar.
Acarreta ao res-ponsável penalizações diversas,
que podem incluir a restrição à liberdade, penas
alternativas (serviços à comunidade...) e multa.
Incide somente sobre pessoas físicas im-putáveis,
não se transmitindo a sucessores.
Responsabilidade Penal

CRIME e CONTRAVENÇÃO

Considera-se CRIME a infração penal a que a lei


comina pena de reclusão ou de detenção, quer
isoladamente, quer alternativa ou
cumula-tivamente com pena de multa;
CONTRAVENÇÃO, a infração penal que a lei
comina, isoladamente, pena de prisão simples
ou de multa, ou ambas, alternativa ou
cumu-lativamente (L.I.C.P.-D.L.3.914 de
9.12.1941).
Responsabilidade Penal

ACÃO ou OMISSÃO

CÓDIGO PENAL
DO CRIME
Relação de causalidade
Art. 13.
O resultado, de que depende a existência de crime,
somente é imputável a quem lhe deu causa.
Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual
o resultado não teria ocorrido.
Responsabilidade Penal

CAUSAS MAIS COMUNS

Os crimes que surgem em decorrência do


exercício profissional geralmente são culposos
porque neles não se caracteriza o dolo.
Em face disto, as causas mais comuns são:
A IMPERÍCIA
A IMPRUDÊNCIA
A NEGLIGÊNCIA
Responsabilidade Penal

CAUSAS MAIS COMUNS

IMPERÍCIA. É a inaptidão do profissional para aquele


serviço ou obra.

Representa a ação de um indivíduo que tem a


habilitação legal mas não tem a experiência
adequada para o desempenho daquela tarefa.
Responsabilidade Penal

CAUSAS MAIS COMUNS

IMPRUDÊNCIA. Ocorre quando o profissional


deixa de adotar as medidas técnicas e de
segurança adequadas, que o bom senso
recomenda, ou age inadequadamente,
assumindo os riscos (assunção de risco)
Responsabilidade Penal

CAUSAS MAIS COMUNS

NEGLIGÊNCIA. É caracterizada pela omissão


voluntária de ação ou providência.

O profissional tem ciência do que deve fazer ou


como proceder e, deliberadamente, deixa de ado
tar as providências necessárias.
Responsabilidade Penal

CAUSAS MAIS COMUNS

É importante observar que, em virtude dos conceitos


de Imperícia, Imprudência e Negligência se
presta-rem a discussões, geralmente o(s) acusado(s)
ou indiciado(s) são enquadrados em todas estas três
causas, simultaneamente, sem que haja, por parte
dos indiciadores ou acusadores, a preocupação de
individualizar ou conceituar cada uma destas
prováveis causas.
Responsabilidade Penal

FORMAS USUAIS

Os crimes mais comuns que podem ocorrer na


construção civil, geralmente são:

Crime de Desabamento ou
de Desmoronamento
Contravenção de Desabamento
Contravenção de Perigo de Desabamento
Responsabilidade Penal

FORMAS USUAIS

Os crimes mais comuns que podem ocorrer na área


industrial/manutenção, são: incêndio; explosão;
escapamento de gases; sinistros de transportes e de
comunicações; poluição de água potável; emprego
de processo ou substância não permitidos, etc. (CP,
arts. 250 em diante).
Responsabilidade Penal
CRIME de DESABAMENTO ou DESMORONAMENTO

Art. 256 CP: “Causar desabamento ou


desmo-ronamento, expondo a perigo a vida,
a inte-gridade física ou o patrimônio de
outrem: pena - reclusão de um a quatro
anos e multa.
§ único. Se o crime é culposo: Pena: detenção
de seis meses a um ano.”
Responsabilidade Penal

CONTRAVENÇÃO de
DESABAMENTO ou DESMORONAMENTO

“Provocar desabamento de construção ou, por


erro de projeto ou na execução, dar-lhe causa:

Pena: multa, se o fato não se constitui crime


contra a incolumidade pública.” (Lei das
Contra-venções Penais, art. 29)
Responsabilidade Penal
CONTRAVENÇÃO de
PERIGO DESABAMENTO ou DESMORONAMENTO

“Omitir alguém a providência reclamada pelo


estado ruinoso de construção que lhe
pertence ou cuja preservação lhe incumbe.”

(Lei das Contravenções Penais, art. 30)


Responsabilidade Penal

CRIME e / ou CONTRAVENÇÃO

Observações:
1.-se, numa rua movimentada, alguém provocar
desabamento descontrolado, em horas mor-tas, com
possibilidade de perigo (perigo eventual) para a
incolumidade pública, cometerá contravenção. Se a
rua for movimentada e o desabamento ocorrer, com
perigo efetivo (perigo concreto) para a incolumidade
pública, terá cometido crime.
Responsabilidade Penal

CRIME e / ou CONTRAVENÇÃO

2.-estas infrações podem ser caracterizadas pela ação


ou pela omissão de providências.
3.-cabe ao técnico analisar os riscos e o estado
ruinoso
4.-cabe ao autor do desmoronamento provar que o ato
que provocou o desabamento foi involuntário porque
a voluntariedade é sempre presumida.
Responsabilidade Penal

CRIME e / ou CONTRAVENÇÃO

5.-Incólume: Livre de perigo; são e salvo;


in-tato; ileso.
Incolumidade: qualidade ou estado de
Incó-lume. (dicionário Aurélio).

6. Os riscos à Incolumidade Pública podem


ocorrer em diversas formas ou modalidades
do exercício da Engenharia, não sendo
pri-vilégio da modalidade Civil.
Responsabilidade Penal

EXEMPLOS DE OUTROS CRIMES

Fraude na entrega de coisa, art. 171 C.P.


Violação de direito autoral, art. 184 C.P.
Advocacia administrativa, art. 321 C.P.
Violação de sigilo funcional, art. 325 C.P.
Falsa Perícia/ Falso Testemunho, art. 342 C.P.
Contra Privilégio de Invenção, L.F. 9.279/96
Contra Propriedade Industrial, L.F.9.279/96
Responsabilidade Penal

OUTRAS FORMAS DE CONTRAVENÇÃO

Da Lei das Contravenções Penais:

Falta de habilitação para dirigir veículos;


Direção não licenciada de aeronave;
Direção perigosa de veículo na via pública;
Exercício ilegal de profissão ou atividade;
...
Responsabilidade Penal
AUMENTO da PENA

DOS CRIMES CONTRA A VIDA

C.P. Art 121, § 4º.


No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço,
se o crime resulta de inobservância de regra técnica de
profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar socorro imediato à vítima, não procura diminuir
as conseqüências de seu ato ou foge para evitar a
prisão em flagrante...
RESPONSABILIDADE

T R A B A L H I S T A
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

Decorre das relações de trabalho entre empregador e


empregados.

Empregador é a empresa individual ou coletiva que,


assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços.
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

Incluem-se como tal:


o pagamento de salários, direitos e benefícios (INSS,
FGTS, PIS, férias, vale-transporte, outros); as
providências quanto às condições físicas do
ambiente de trabalho; a instrução e o uso dos
EPIs/EPCs; as CIPAs; a prevenção de acidentes e
das doenças profissionais, etc.
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

O não cumprimento das responsabilidades


trabalhistas poderão vir a acarretar
Respon-sabilidades Civis, se decorrerem danos
materiais ou pessoais e Responsabilidades Penais,
se decorrerem danos físicos ou morte.

Esta responsabilidade é do contratante (Leis 2.959/56


e 8212/91
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

Lei Federal nº 6.514 de 22.12.1977 , art. 157.


Cabe às empresas:

I.- Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e


medicina do trabalho

II.- instruir os empregados, através de ordens de


serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de
evitar acidentes do trabalho ou doenças
ocupacionais;
RESPONSABILIDADE TRABALHISTA

Lei Federal nº 6.514 de 22.12.1977 , art. 157.


Cabe às empresas:

III.-adotar as medidas que lhes sejam determinadas


pelo órgão regional competente;

IV.-facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade


competente.
Responsabilidade Trabalhista
NORMAS DO D.N.S.H.T

O Departamento Nacional de Segurança e Higiene do


Trabalho editou 28 Normas Regulamentadoras,
NRs, que por serem decorrentes decorrentes de lei,
são de observância obrigatória, fiscalizadas pelo
Ministério do Trabalho. Segundo estas, tornaram-se
impositivos os EPCs- Equipamentos de Proteção
Coletiva; os EPIs- Equipamentos de Proteção
Individual; as CIPAs; os SESMT- Serviços
Especializados em Segurança e Medicina do
Trabalho; o PPRA- Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais, etc.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-10 DO D.N.S.H.T.
Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para
trabalhos em instalações elétricas
...
10.3.2.12. Quando da realização de serviços em locais
úmidos ou encharcados, bem como quando o piso
oferecer condições propícias para a condução de
corrente elétrica, devem ser utilizados cordões
elétricos alimentados por transformador de
segurança ou por tensão elétrica não superior a 24
volts.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-10 DO D.N.S.H.T.

...
10.2.4.3.- Todo o motor elétrico deve possuir dispositivo
que o desligue automaticamente, toda a vez que , por
funcionamento irregular, represente risco iminente de
acidente.
...
10.3.2.7. - As instalações elétricas devem ser
inspecionadas por profissionais qualificados,
designados pelo responsável, nas fases de
execução, operação, manutenção, reforma e
ampliação.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-12 DO D.N.S.H.T.

Esta Norma fixa as condições mínimas exigíveis para


trabalhos com máquinas e equipamentos.
...
12.1.1. Os pisos dos locais de trabalho onde se
instalam máquinas e equipamentos devem ser
vistoriados e limpos, sempre que apresentarem riscos
provenientes de graxas e óleos e outras substâncias
que os tornem escorregadios.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-12 DO D.N.S.H.T.

...
12.6.1.- Os reparos, a limpeza, os ajustes e a
inspeção somente podem ser executados com as
máquinas paradas, salvo se o movimento for
indispensável à sua realização.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-12 DO D.N.S.H.T.

12.1.2. As áreas de circulação e os espaços em torno


de máquinas e equipamentos devem ser
dimensionados de forma que o material, os
trabalhadores e os transportadores mecaniza-dos
possam movimentar-se com segurança.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-18 DO D.N.S.H.T.

Esta Norma trata das CONDIÇÕES E MEIO


AMBIENTE DE TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO. Estabelece as condições de
elaboração do PCMAT- Programa de Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, para estabelecimentos com 20
trabalhadores ou mais.
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-18 DO D.N.S.H.T.

...
18.5.- Demolições...
18.6.- Escavações...
18.6.9.-Os taludes com altura superior a 1,75m devem
ter estabilidade garantida.
...
18.9.3.- Os suportes e escoras de formas devem ser
inspecionados antes e durante a concretagem, por
trabalhador qualificado.
...
Responsabilidade Trabalhista
NORMA NR-18 DO D.N.S.H.T.

18.10.- Estruturas Metálicas...


18.14.- Movimentação e transporte de materiais e
pessoas
18.14.21. Torres dos elevadores...
18.15.- Andaimes...
18.21.- Instalações Elétricas...
18.22.- Máquinas, Equipamentos e Ferramentas
Diversas.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Lei Federal 8.078 de 11.09.1990

Artº 1º.- O presente Código estabelece normas de


proteção e defesa do consumidor, de ordem pública
e interesse social...

Artº 2º.- Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica


que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final...
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Artº 12.- O fabricante, o produtor, o construtor, nacional


ou estrangeiro, e o importador respondem,
independentemente de culpa, pela reparação dos
danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes do projeto, fabricação, construção,
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou
acondicionamento de seus produtos, bem como por
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
utilização e riscos.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 12, § 1º.

O produto é defeituoso quando não oferece a


segurança que dele legitimamente se espera.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art.39. É vedado ao fornecedor de produtos e serviços,


dentre outras práticas abusivas:
...
VIII- colocar no mercado de consumo, qualquer produto
ou serviço em desacordo com as normas expedidas
pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas
específicas não existirem, pela Associação Brasileira
de Normas Técnicas - ABNT ou outra entidade
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
Normalização e qualidade Industrial - CONMETRO;...
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art.39. É vedado ao fornecedor de produtos e


serviços, dentre outras práticas abusivas:
...
VI - executar serviços sem prévia elaboração de
orçamento e autorização expressa do consumidor,
ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores
entre as partes
...
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 40.
O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao
consumidor orçamento prévio discriminando o valor
da mão de obra, dos materiais, dos equipamentos a
serem empregados, as condições de pagamento,
bem como as datas de início e término dos serviços.
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Art. 40
§ 2º.- Uma vez aprovado pelo consumidor, o
orçamento obriga os contraentes e somente pode ser
alterado mediante livre negociação das partes.
§ 3º.- O consumidor não responde por quaisquer ônus
ou acréscimos decorrentes da contratação de
serviços de terceiros não previstos no orçamento
prévio.
QUADRO SINTÉTICO DAS RESPONSABILIDADES
TIPO TÉCNICA CIVIL PENAL TRABALHISTA
_____________________________________________________________
FATO Exercício ile- Causar danos Cometimento Descumpri-
GERADOR gal ou Aético pessoais e/ou de Crime ou mento da C L T
Erro Técnico Materiais Contravenção
------------------------------------------------------------------------------------------------
DENÚNCIA processo processo processo processo
------------------------------------------------------------------------------------------------
FUNDA- Legislação Código Civil Código Penal CLT
MENTO Profissional
------------------------------------------------------------------------------------------------
TIPO DE AÇÃO Administrat. Civel Penal Trabalhista
------------------------------------------------------------------------------------------------
LOCAL CREAs Justiça Comum Justiça Comum Justiça do
(FORO) (Vara Cível) (Vara Penal) Trabalho
------------------------------------------------------------------------------------------------
JULGAMENTO julgamento julgamento julgamento
julgamento
------------------------------------------------------------------------------------------------
COMINAÇÃO Penas da indenização restrição de li-
indenização
Lei 5.194 berdade /multa
RESPONSABILIDADES
DECORRENTES DO EXERCÍCIO
PROFISSIONAL

OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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