Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
& SUS
Criado por
Camila Raupp
Legislação do SUS e Políticas
Públicas para área de Nutrição
Olá estudante! Essa apostila foi desenvolvida por Camila
Bons estudos!
comercialização ou compartilhamento.
Legislação do SUS e Políticas
Públicas para área de Nutrição
Sumário:
- Lei 8.080/90
- Lei 8.142/90
- Decreto 7.508/11
- Resolução 453/12
- Fontes
@estudarnutri
A saúde no Brasil antes do SUS
Políticas Públicas: é o que o poder público faz ➝ Houve maior organização do serviço de
mediante as necessidades da população. saúde pública e campanhas sanitárias, porém
o interesse do governo era por necessidade
Importante saber econômica, não por cuidado com a população.
Períodos históricos:
•Descobrimento ao Império (1500 - 1889) Na saúde: medicina liberal e hospitais
•República Velha (1889 - 1930) filantrópicos. O Estado deveria atuar somente
•”Era Vargas” (1930 - 1964) naquilo que o indivíduo sozinho ou a iniciativa
•Autoritarismo (1964 - 1984) privada não pudesse fazê-lo.
•Nova República (1985 - 1988) Marcos: epidemiologia de febre amarela na
•Pós constituinte (1989 - atual) capital do país. Oswaldo Cruz assume o
Departamento Federal de Saúde Pública,
1500 - 1889: irradia a febre amarela naquele período e
Prevalência: doenças contagiosas, epidêmicas. tornou obrigatória a vacina contra a varíola (o
Na saúde: boticários (“farmacêuticos”), que gera a revolta da vacina).
curandeiros, medicina liberal, pouquíssimos 1° modelo de saúde pública: campanhista.
médicos. Alto preço dos remédios vindos de
Portugal e do Oriente. Saberes curativos dos 1930 - 1964:
indígenas e jesuítas. Cenário econômico desfavorável a qualquer
implementação de política (crise do café e da
1889 - 1930: @estudarnutri República Velha desencadeiam golpe de
Prevalência: doenças transmissíveis, grandes Estado conhecido como Revolução de 30).
epidemias e doenças contagiosas, frutos da Prevalência: doenças da pobreza (infecciosas e
imigração/migração e das precárias condições parasitárias, deficiências nutricionais), surge
de saneamento básico. As principais: febre morbidades (cardiopatia, neoplasia, acidentes
amarela, varíola, tuberculose, sífilis e endemias e violência).
rurais. Na saúde: Acreditava-se que as pessoas
Precárias condições de trabalho ➝ movimentos adoeciam por falta de conhecimento. O Estado
operários ➝ greves entre 1917 e 1919 ➝ ponto não se responsabilizada pela saúde das
chave para criação da lei Eloy Chaves. pessoas. Saúde pública passa a ser
institucionalizada pelo Ministério da Educação
Lei Eloy Chaves e Saúde, no intuito de ensinar as pessoas a se
Criada em 1923. Organização das CAPS (Caixas cuidarem sozinhas para não ficarem doentes.
de Aposentadorias e Pensões). Foi o marco
inicial da Previdência Social no Brasil. Fracionamento da assistência técnica ↓
•Medicina liberal: “privado”, para quem podia
As CAPS serviam para: aposentadoria e pagar.
pensão; Serviços funerários; Assistência •Hospitais filantrópicos: para quem não podia
médica aos trabalhadores; Socorro médico pagar/não tinha um trabalho/indigentes.
para a pessoa e para a família; Medicamentos •Empresas médicas: “planos de saúde”.
por valor especial; Assistência por acidente de
trabalho. O financiamento e gestão eram feitos 1933 houve a unificação das CAPS em
pelos próprios trabalhadores e empregadores. Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPS).
@estudarnutri
1974: Plano de Pronta Ação (PPA): ampliação
Principais diferenças: do atendimento de emergência/urgência a
toda a população, nas clínicas e hospitais da
CAPS IAPS previdência.
1976: Prev Saúde - Programa Nacional de
empregados e dividido por categoria Serviços Básicos de Saúde ➝ NÃO SAIU DO
empregador profissional PAPEL. Trazia a proposta de participação da
faziam a
governo faz gestão comunidade em uma época de governo
gestão
financeira junto com centralizador. “boicote” dos dirigentes do
trabalhador e empregado INAMPS pois havia muito interesse para
políticos, empresários e funcionários públicos
mesmos serviços
(anéis tecnoburocráticos) de que não tivesse
acesso para todos.
SESP (Serviço Especial de Saúde Pública): Brasil
traz modelo americano (como uma troca pelo 1983: AIS (Ações Integradas de Saúde) ➝
látex). Era um serviço para todos, tratavam de influência da I Conferência Internacional de
doenças crônicas e contagiosas. Cuidados Primários em Saúde de 1978, em
SUCAN: dentro do SESP, atuava nas endemias Alma-ata. AIS foi o marco da atenção primária
rurais. no Brasil. Repassava os recursos do INAMPS
para as Secretarias Estaduais de Saúde ➝
1964 - 1984: tentativa de iniciar a descentralização do
Golpe militar/governo autoritário e poder. Ampliou as ações de assistência para a
centralizador. população não contribuinte.
1966: unificação dos IAP’s ➝ criação do @estudarnutri
Instituto Nacional de Previdência (INPS). ➝Reivindicações de melhoria nas condições
de saúde fazem com que comece o movimento
Prevalência: condições de saúde continuam da Reforma Sanitária (P.S. - Reforma Sanitária
críticas; Maior mortalidade infantil, tuberculose, nasce na déc. de 60, segue em 70 e realmente
malária e acidentes de trabalho. Algumas cria forma em 80.)
melhoras ocorrem apenas nas doenças
imunopreveníveis (por conta do SESP).
1985 - 1988:
Na saúde: em 1977 foi criado o INAMPS Prevalência: queda da mortalidade infantil e
(Instituto Nacional de Assistência Médica da doenças imunopreviníveis, crescimento da
Previdência Social). Somente as pessoas com AIDS, epidemias de dengue. Saúde é posta na
carteira assinada tinham acesso. “agenda” da política.
Privatização das ações curativas: INPS pagava Proposta da Reforma Sanitária: conceito
clínicas particulares para atender os ampliado de saúde, trazendo conceito de
trabalhadores. fatores determinantes e condicionantes;
1972: surge previdência para autônomos e Reconhecimento de saúde como direito de
empregadas domésticas. todos e dever do Estado; Criação de um
1973: previdência para trabalhadores rurais Sistema Único de Saúde; Participação popular
➝ FUNRURAL. nas políticas públicas; Constituição e
1974: criação do Ministério da Previdência e ampliação do orçamento social.
Assistência Social (MPAS).
@estudarnutri
VIII Conferência Nacional da Saúde (1986): a marco em relação a municipalização (a medida
primeira a permitir a participação da que municípios implementaram novas ações,
população. ganharam percentuais a mais).
➝ De AIS passa a SUDS (Sistema Unificado e
Descentralizado de Saúde): acontece entre
1987 e 1989. Estratégia ponte para instalação
do SUS, onde o município tinha ajuda do
Estado para processo de descentralização.
➝ Houve a criação dos Conselhos Estaduais e
Municipais de Saúde.
➝ Tudo o que era do INAMPS, passa à
Secretaria Estadual de Saúde; Os investimentos
começaram a ser no setor público e não mais
no setor privado
Período pós Constituição de 1988:
Constituição ficou conhecida como
Constituição cidadã.
1990: primeiras eleições diretas onde
Fernando Collor é eleito presidente. Nada do
que estava na Constituição referente ao setor
de saúde foi seguido. @estudarnutri
Saúde da Família)
- 1964 - Golpe Militar (retrocesso)
- 2003 - Política Nacional de Humanização do SUS
- 1966 - Unificação dos IAPs e criação do INPS
- 2006 - Pacto pela Saúde
- 1977 - Criação do IAMPS
- 2011 - Decreto 7.508/11 regulamenta a LOS
- 1978 - I Conferência Internacional de
8.080/90
Cuidados Primários em Saúde
- 2011 - Nova Portaria da Atenção Básica 2.488/11
- 1983/84 - AIS
- 2014 - Nova Portaria de Promoção da Saúde
- 1986 - Marco para reforma sanitária: VIII
- 2015 - Alteração a LOS 8.080/90 (art° 23 e inclusão
Conferência de Saúde
do art° 53-A)
@estudarnutri
O financiamento e gestão
O que entende-se: a Constituição Federal
deixa claro que a saúde é um direito de todos
e é dever do Estado prover condições para
isso, através de políticas públicas. Garante
acesso universal e igualitário para todos, em
qualquer serviço de saúde, visando a
promoção, proteção e recuperação da saúde.
A regulamentação citada no artigo 197 são as
leis orgânicas (8.080/90 e 8.142/90) que
regulamentam o Sistema Único de Saúde.
O sistema único é organizado seguindo 3
diretrizes: a descentralização, com direção
única em cada esfera de governo; o
atendimento integral, com prioridade para as
atividades preventivas; e a participação da
comunidade.
Os recursos usados pelo SUS vêm do
orçamento da seguridade social, da União, @estudarnutri
Para a sua:
promoção, proteção e recuperação de saúde
Promoção Recuperação
Proteção
Quando não
Tudo aquilo que se consegue
pode fazer antes promover e
de adoecer e não Proteger proteger. É
necessariamente contra necessário
estão ligadas a doenças. Ex: recuperar a
saúde. Ex: acesso a vacinas saúde
escolas
Resumo - Constituição Federal 1988
VI - a formulação da política de medicamentos, II - o controle da prestação de serviços que se
equipamentos, imunobiológicos e outros relacionam direta ou indiretamente com a
insumos de interesse para a saúde e a saúde.
participação na sua produção; @estudarnutri
XII - realização de operações externas de Art. 16. A direção nacional do SUS compete:
natureza financeira de interesse da saúde,
autorizadas pelo Senado Federal; I - formular, avaliar e apoiar políticas de
alimentação e nutrição;
@estudarnutri
II - participar na formulação e na produção de insumos e equipamentos para a
implementação das políticas: saúde, em articulação com os demais órgãos
governamentais;
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
XI - identificar os serviços estaduais e
b) de saneamento básico; e
municipais de referência nacional para o
c) relativas às condições e aos ambientes de estabelecimento de padrões técnicos de
trabalho; assistência à saúde;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e Art. 19-E - Os Estados, Municípios, outras
hemocentros; instituições governamentais e não-
governamentais poderão atuar
IX - colaborar com a União e os Estados na
complementarmente no custeio e execução das
execução da vigilância sanitária de portos,
ações.
aeroportos e fronteiras;
Art. 19-F - Dever-se-á obrigatoriamente levar em
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei,
consideração a realidade local e as
celebrar contratos e convênios com entidades
especificidades da cultura dos povos indígenas
prestadoras de serviços privados de saúde,
e o modelo a ser adotado para a atenção à
bem como controlar e avaliar sua execução;
saúde indígena, que se deve pautar por uma
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos abordagem diferenciada e global,
serviços privados de saúde; contemplando os aspectos de assistência à
saúde, saneamento básico, nutrição, habitação,
XII - normatizar complementarmente as ações e meio ambiente, demarcação de terras,
serviços públicos de saúde no seu âmbito de @estudarnutri educação sanitária e integração institucional.
atuação.
Art. 19-G - O Subsistema de Atenção à Saúde
Art. 19 - Ao Distrito Federal competem as Indígena deverá ser, como o SUS,
atribuições reservadas aos Estados e aos descentralizado, hierarquizado e regionalizado.
Municípios.
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste
artigo terá como base os Distritos Sanitários
Especiais Indígenas.
Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
(Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) § 2o O SUS servirá de retaguarda e referência
ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena,
Art. 19-A - As ações e serviços de saúde devendo, para isso, ocorrer adaptações na
voltados para o atendimento das populações estrutura e organização do SUS nas regiões
indígenas, em todo o território nacional, coletiva onde residem as populações indígenas, para
ou individualmente, obedecerão ao disposto propiciar essa integração e o atendimento
nesta Lei. necessário em todos os níveis, sem
discriminações.
Art. 19-B - É instituído um Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena, componente do § 3o As populações indígenas devem ter acesso
SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei garantido ao SUS, em âmbito local, regional e
no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o de centros especializados, de acordo com suas
qual funcionará em perfeita integração. necessidades, compreendendo a atenção
primária, secundária e terciária à saúde.
@estudarnutri
Art. 19-H - As populações indígenas terão § 1o O acompanhante de que trata o caput
direito a participar dos organismos colegiados deste artigo será indicado pela parturiente.
de formulação, acompanhamento e avaliação
§ 2o As ações destinadas a viabilizar o pleno
das políticas de saúde, tais como o Conselho
exercício dos direitos de que trata este artigo
Nacional de Saúde e os Conselhos Estaduais e
constarão do regulamento da lei, a ser
Municipais de Saúde, quando for o caso.
elaborado pelo órgão competente do Poder
Executivo.
Do Subsistema de Atendimento e Internação § 3o Ficam os hospitais de todo o País
Domiciliar obrigados a manter, em local visível de suas
dependências, aviso informando sobre o direito
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
estabelecido no caput deste artigo.
Art. 19-I - São estabelecidos, no âmbito do
Da Assistência Terapêutica e da Incorporação
Sistema Único de Saúde, o atendimento
de Tecnologia em Saúde
domiciliar e a internação domiciliar.
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 1o Na modalidade de assistência de
atendimento e internação domiciliares Art. 19-M - A assistência terapêutica integral a
incluem-se, principalmente, os procedimentos que se refere a alínea d do inciso I do art. 6o
médicos, de enfermagem, fisioterapêuticos, consiste em:
psicológicos e de assistência social, entre
I - dispensação de medicamentos e produtos
outros necessários ao cuidado integral dos @estudarnutri
de interesse para a saúde, cuja prescrição
pacientes em seu domicílio.
esteja em conformidade com as diretrizes
§ 2 O atendimento e a internação domiciliares
o
terapêuticas definidas em protocolo clínico
serão realizados por equipes multidisciplinares para a doença ou o agravo à saúde a ser
que atuarão nos níveis da medicina preventiva, tratado ou, na falta do protocolo, em
terapêutica e reabilitadora. conformidade com o disposto no art. 19-P;
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares II - oferta de procedimentos terapêuticos, em
só poderão ser realizados por indicação regime domiciliar, ambulatorial e hospitalar,
médica, com expressa concordância do constantes de tabelas elaboradas pelo gestor
paciente e de sua família. federal do Sistema Único de Saúde - SUS,
realizados no território nacional por serviço
próprio, conveniado ou contratado.
Do Subsistema de Acompanhamento Durante o
Trabalho de Parto, Parto e Pós-parto Imediato
Art. 19-N - Para os efeitos do disposto no art.
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
19-M, são adotadas as seguintes definições:
Art. 19-J - Os serviços de saúde do Sistema
I - produtos de interesse para a saúde: órteses,
Único de Saúde - SUS, da rede própria ou
próteses, bolsas coletoras e equipamentos
conveniada, ficam obrigados a permitir a
médicos;
presença, junto à parturiente, de 1 (um)
acompanhante durante todo o período de II - protocolo clínico e diretriz terapêutica:
trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. documento que estabelece critérios para o
@estudarnutri
diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o III - no âmbito de cada Município, de forma
tratamento preconizado, com os medicamentos suplementar, com base nas relações de
e demais produtos apropriados, quando medicamentos instituídas pelos gestores
couber; as posologias recomendadas; os municipais do SUS, e a responsabilidade pelo
mecanismos de controle clínico; e o fornecimento será pactuada no Conselho
acompanhamento e a verificação dos Municipal de Saúde.
resultados terapêuticos, a serem seguidos
pelos gestores do SUS.
Art. 19-Q - A incorporação, a exclusão ou a
alteração pelo SUS de novos medicamentos,
Art. 19-O - Os protocolos clínicos e as diretrizes produtos e procedimentos, bem como a
terapêuticas deverão estabelecer os constituição ou a alteração de protocolo clínico
medicamentos ou produtos necessários nas ou de diretriz terapêutica, são atribuições do
diferentes fases evolutivas da doença ou do Ministério da Saúde, assessorado pela
agravo à saúde de que tratam, bem como Comissão Nacional de Incorporação de
aqueles indicados em casos de perda de Tecnologias no SUS.
eficácia e de surgimento de intolerância ou
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de
reação adversa relevante, provocadas pelo
Tecnologias no SUS, cuja composição e
medicamento, produto ou procedimento de
regimento são definidos em regulamento,
primeira escolha.
contará com a participação de 1 (um)
Parágrafo único. Em qualquer caso, os representante indicado pelo Conselho Nacional
medicamentos ou produtos de que trata o caput de Saúde e de 1 (um) representante,
deste artigo serão aqueles avaliados quanto à @estudarnutri especialista na área, indicado pelo Conselho
sua eficácia, segurança, efetividade e Federal de Medicina.
custo-efetividade para as diferentes fases
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de
evolutivas da doença ou do agravo à saúde de
Incorporação de Tecnologias no SUS levará em
que trata o protocolo.
consideração, necessariamente:
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a
Art. 19-P- Na falta de protocolo clínico ou de acurácia, a efetividade e a segurança do
diretriz terapêutica, a dispensação será medicamento, produto ou procedimento objeto
realizada: do processo, acatadas pelo órgão competente
para o registro ou a autorização de uso;
I - com base nas relações de medicamentos
instituídas pelo gestor federal do SUS, II - a avaliação econômica comparativa dos
observadas as competências estabelecidas benefícios e dos custos em relação às
nesta Lei, e a responsabilidade pelo tecnologias já incorporadas, inclusive no que se
fornecimento será pactuada na Comissão refere aos atendimentos domiciliar,
Intergestores Tripartite; ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.
@estudarnutri
Art. 24 - Quando as suas disponibilidades forem
insuficientes para garantir a cobertura
Dos Recursos Humanos
assistencial à população de uma determinada
área, o Sistema Único de Saúde (SUS) poderá Art. 27 - A política de recursos humanos na área
recorrer aos serviços ofertados pela iniciativa da saúde será formalizada e executada,
privada. articuladamente, pelas diferentes esferas de
governo, em cumprimento dos seguintes
Parágrafo único. A participação complementar
objetivos:
dos serviços privados será formalizada
mediante contrato ou convênio, observadas, a I - organização de um sistema de formação de
respeito, as normas de direito público. recursos humanos em todos os níveis de
ensino, inclusive de pós-graduação, além da
elaboração de programas de permanente
Art. 25 - Na hipótese do artigo anterior, as aperfeiçoamento de pessoal;
entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos
IV - valorização da dedicação exclusiva aos
terão preferência para participar do Sistema
serviços do Sistema Único de Saúde (SUS).
Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. Os serviços públicos que
@estudarnutri
VII - ressarcimento do atendimento a serviços Art. 38 - Não será permitida a destinação de
prestados para outras esferas de governo. subvenções e auxílios a instituições
prestadoras de serviços de saúde com
§ 2º Nos casos de Estados e Municípios sujeitos finalidade lucrativa.
a notório processo de migração, os critérios
demográficos mencionados nesta lei serão
ponderados por outros indicadores de
Das Disposições Finais Transitórias
crescimento populacional, em especial o
número de eleitores registrados. § 5º A cessão de uso dos imóveis de
propriedade do Inamps para órgãos
§ 6º O disposto no parágrafo anterior não
integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS)
prejudica a atuação dos órgãos de controle
será feita de modo a preservá-los como
interno e externo e nem a aplicação de
patrimônio da Seguridade Social.
penalidades previstas em lei, em caso de
@estudarnutri
§ 6º Os imóveis de que trata o parágrafo § 1º Os serviços de saúde de sistemas
anterior serão inventariados com todos os seus estaduais e municipais de previdência social
acessórios, equipamentos e outros bens móveis deverão integrar-se à direção correspondente
e ficarão disponíveis para utilização pelo órgão do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme seu
de direção municipal do Sistema Único de âmbito de atuação, bem como quaisquer outros
Saúde - SUS ou, eventualmente, pelo estadual, órgãos e serviços de saúde.
em cuja circunscrição administrativa se
§ 2º Em tempo de paz e havendo interesse
encontrem, mediante simples termo de
recíproco, os serviços de saúde das Forças
recebimento.
Armadas poderão integrar-se ao Sistema Único
§ 8º O acesso aos serviços de informática e de Saúde (SUS), conforme se dispuser em
bases de dados, mantidos pelo Ministério da convênio que, para esse fim, for firmado.
Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da
Previdência Social, será assegurado às
Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde Art. 46 - o Sistema Único de Saúde (SUS),
ou órgãos congêneres, como suporte ao estabelecerá mecanismos de incentivos à
processo de gestão, de forma a permitir a participação do setor privado no investimento
gerencia informatizada das contas e a em ciência e tecnologia e estimulará a
disseminação de estatísticas sanitárias e transferência de tecnologia das universidades
epidemiológicas médico-hospitalares. e institutos de pesquisa aos serviços de saúde
nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às
empresas nacionais.
Art. 41 - As ações desenvolvidas pela Fundação
das Pioneiras Sociais e pelo Instituto Nacional @estudarnutri
do Câncer, supervisionadas pela direção Art. 47 - O Ministério da Saúde, em articulação
nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), com os níveis estaduais e municipais do
permanecerão como referencial de prestação Sistema Único de Saúde (SUS), organizará, no
de serviços, formação de recursos humanos e prazo de dois anos, um sistema nacional de
para transferência de tecnologia. informações em saúde, integrado em todo o
território nacional, abrangendo questões
Art. 43 - A gratuidade das ações e serviços de
epidemiológicas e de prestação de serviços.
saúde fica preservada nos serviços públicos
contratados, ressalvando-se as cláusulas dos
contratos ou convênios estabelecidos com as
entidades privadas. Art. 50 - Os convênios entre a União, os Estados
e os Municípios, celebrados para implantação
dos Sistemas Unificados e Descentralizados de
Saúde, ficarão rescindidos à proporção que
Art. 45 - Os serviços de saúde dos hospitais
seu objeto for sendo absorvido pelo Sistema
universitários e de ensino integram-se ao
Único de Saúde (SUS).
Sistema Único de Saúde (SUS), mediante
convênio, preservada a sua autonomia
administrativa, em relação ao patrimônio, aos
recursos humanos e financeiros, ensino, Art. 52 - Sem prejuízo de outras sanções
pesquisa e extensão nos limites conferidos cabíveis, constitui crime de emprego irregular
pelas instituições a que estejam vinculados. de verbas ou rendas públicas (Código Penal,
art. 315) a utilização de recursos financeiros do
@estudarnutri
Sistema Único de Saúde (SUS) em finalidades o saneamento básico, o meio ambiente, o
diversas das previstas nesta lei. trabalho, a renda, a educação, a atividade física,
o transporte, o lazer e o acesso aos bens e
serviços essenciais.
Art. 53-A - Na qualidade de ações e serviços de O que é o SUS: um conjunto de ações e serviços
de saúde prestadas por órgãos e instituições
saúde, as atividades de apoio à assistência à
públicas de esfera federal, estadual e municipal.
saúde são aquelas desenvolvidas pelos
de administração direta e indireta e fundações
laboratórios de genética humana, produção e
que são mantidas pelo Estado. Apenas em caráter
fornecimento de medicamentos e produtos para complementar, a iniciativa privada poderá
saúde, laboratórios de análises clínicas, paticipar do SUS.
anatomia patológica e de diagnóstico por O SUS tem 3 objetivos, são eles: 1- identificar e
imagem e são livres à participação direta ou divulgar fatores determinantes e condicionantes
indireta de empresas ou de capitais da saúde; 2- formular políticas de saúde
estrangeiros. destinadas a promover as ações e serviços de
saúde; 3- prestar assistência às pessoas por meio
de ações de promoção, proteção e recuperação
da saúde em conjunto com atividades
Art. 54 - Esta lei entra em vigor na data de sua preventivas.
publicação. Além disso, traz todos os campos de atuação do
SUS (que são muito cobrados em provas).
Art. 55 - São revogadas a Lei nº. 2.312, de 3 de As ações e serviços públicos de saúde e os
serviços privados que integram o SUS, são
setembro de 1954, a Lei nº. 6.229, de 17 de julho
desenvolvidos de acordo com as diretrizes de
de 1975, e demais disposições em contrário. @estudarnutri descentralização, atendimento integral e
Brasília, 19 de setembro de 1990; 169º da participação da comunidade.
Também fala que as ações e serviços de saúde
Independência e 102º da República.
serão organizados de forma regionalizada e
hierarquizada em níveis de complexidade, do
O que entende-se: A lei 8080 é a primeira lei menos complexo ao mais complexo. A direção do
orgânica da saúde e fala sobre a promoção, SUS é única e é exercida por cada esfera de
proteção e recuperação da saúde e, de como governo:
deve ser feita a organização e funcionamento dos No âmbito da União -> Ministério da Saúde
serviços. Regula todos os setores de saúde: seja Estados, DF e municípios -> Secretarias da Saúde
público, privado, algo permanente ou fato isolado.
Traz também, que a saúde é um direito A lei explica quais são as competências e
fundamental do ser humano e que o Estado é atribuições para cada esfera de governo.
responsável por fornecer condições para isso.
Para que isso ocorra, o Estado deve formular e Foi incluído em 1999 o subsistema de Atenção à
executar políticas econômicas e sociais e Saúde Indígena. O Subsistema será financiado
estabelecer condições que assegurem o acesso pela União. Para a Atenção à Saúde Indígena é
universal e igualitário às ações e aos serviços. obrigatório levar em consideração a realidade
Apesar de ser dever do Estado, a saúde também é local e as especificidades da cultura dos povos
um dever da família, da empresa e da sociedade. indígenas e deve contemplar: assistência à
Há determinantes e condicionantes (também saúde, saneamento básico, nutrição, habitação,
conhecidos como o conceito ampliado de saúde) meio ambiente, demarcação de terras, educação
para entender os níveis de saúde do país, que sanitária e integração institucional.
expressam a organização social e econômica.
São eles, entre outros: a alimentação, a moradia,
@estudarnutri
Foi incluído em 2002 o subsistema de
Atendimento e Internação Domiciliar. Nessa
modalidade inclui-se principalmente os
procedimentos médicos, de enfermagem,
fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência
social.
Em 2005 foi incluído o Subsistema de
Acompanhamento Durante o Trabalho de Parto,
Parto e Pós-parto Imediato. É obrigatório permitir
a presença, junto à parturiente, de 1 (um)
acompanhante durante todo o período.
@estudarnutri
Lei 8.080/90
renda
alimentação acesso aos bens e
serviços essenciais
saneamento básico
trabalho
Determinantes e
atividade Condicionantes
física de Saúde moradia
transporte
meio ambiente
lazer educação
Lei 8.080/90
lei válida em todo o traz todos os campos
território nacional de atuação do SUS
organiza o SUS em relação a
ação e serviços de saúde
Traz os determinantes e
condicionantes da saúde
Traz os objetivos
do SUS
promoção
proteção
a saúde é um direito
fundamental do ser
humano e dever do recuperação
Estado
Lei 8.080/90
Objetivos do SUS
Epidemiológica Sanitária
Controle da prestação de
serviços que se relacionam com
a saúde
Lei 8.080/90
A direção nacional do SUS compete: 1/2
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle, com órgão afins, de agravo sobre o
meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussão na saúde humana;
V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o controle das condições e dos
ambientes de trabalho e coordenar a política de saúde do trabalhador;
XIII - prestar cooperação técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para
o aperfeiçoamento da sua atuação institucional;
XIV - elaborar normas para regular as relações entre o SUS e os serviços privados contratados de
assistência à saúde;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do SUS, em cooperação técnica com
os Estados, Municípios e Distrito Federal;
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar supletivamente ações e
serviços de saúde;IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição; e
d) de saúde do trabalhador;
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do meio ambiente que
tenham repercussão na saúde humana;
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e dos ambientes de
trabalho;
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às condições e aos ambientes de trabalho;
IV - executar serviços:
a) de vigilância epidemiológica;
b) de vigilância sanitária;
c) de alimentação e nutrição;
d) de saneamento básico; e
e) de saúde do trabalhador;
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham repercussão sobre a saúde humana e
atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e convênios com entidades prestadoras de
serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar sua execução;
XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.
Governo
Lei 8.080/90
Quem faz
parte/colegiados Instâncias de
Quem gere Comissão Intergestora deliberativos participação
Quem faz
parte/colegiados Instâncias de
deliberativos participação
Quem gere Comissão Intergestora
Quem faz
parte/colegiados Instâncias de
Quem gere Comissão Intergestora deliberativos participação
1 2 3 4
b) de vigilância epide-
miológica;
formulação da formação de
política e na nutricional e
c) de saúde do tra- recursos
balhador; e execução de ações
humanos na
a orientação
d) de assistência de saneamento
terapêutica integral, área de saúde; alimentar;
básico;
inclusive farmacêutica;
5 6 7 8
proteção do meio equipamentos,
serviços,
imunobiológicos e outros alimentos, água e
ambiente, nele produtos e
insumos de interesse bebidas para
compreendido o para a saúde e a substâncias de
consumo
do trabalho; participação na sua interesse para a
humano;
produção; saúde;
a participação no
o incremento, em
1 1
controle e na a formulação e
fiscalização da sua área de
9
execução da
produção, transporte, atuação, do
0 1
guarda e utilização desenvolvimento política de
de substâncias e científico e sangue e seus
produtos psicoativos, tecnológico; derivados.
tóxicos e radioativos;
Treinando
Lei 8.080/90
- O que é o SUS?
Lei 8.142/90
Dispõe sobre a participação da comunidade na Dica: As questões podem tentar confundir o
gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) e que é Conselho e Conferência de Saúde
sobre as transferências intergovernamentais de
recursos financeiros na área da saúde e dá
outras providências. § 3° O Conselho Nacional de Secretários de
Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de
Secretários Municipais de Saúde (Conasems)
Art. 1° O SUS, de que trata a Lei n° 8.080, de 19 terão representação no Conselho Nacional de
de setembro de 1990, contará, em cada esfera Saúde.
de governo, sem prejuízo das funções do Poder
Legislativo, com as seguintes instâncias § 4° A representação dos usuários nos
colegiadas: Conselhos de Saúde e Conferências será
paritária (igualitária) em relação ao conjunto
I - a Conferência de Saúde; e dos demais segmentos.
II - o Conselho de Saúde. § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos
de Saúde terão sua organização e normas de
O que é instância colegiada? é um órgão que funcionamento definidas em regimento próprio,
possui mais de uma pessoa. Um conjunto de aprovadas pelo respectivo conselho.
pessoas que irão se reunião para tomadas
de decisões.
@estudarnutri
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
consórcio para execução de ações e serviços
Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da
de saúde, remanejando, entre si, parcelas de
Independência e 102° da República.
recursos previstos no inciso IV do art. 2° desta
lei.
O que entende-se:
A lei fala sobre a participação da comunidade no
Art. 4° - Para receberem os recursos, de que SUS e estabelece que o SUS contará com duas
trata o art. 3° desta lei, os Municípios, os instâncias colegiadas: a Conferência de Saúde e
o Conselho de saúde.
Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
A Conferência de Saúde acontecerá a cada 4
I - Fundo de Saúde;
anos com a representação dos vários segmentos
II - Conselho de Saúde, com composição sociais (participação democrática). Tem o objetivo
paritária de acordo com o Decreto n° 99.438, de de avaliar a situação de saúde e propor (ela não
define) as diretrizes para a formulação da política
7 de agosto de 1990;
de saúde
III - plano de saúde;
O Conselho de Saúde é composto por
IV - relatórios de gestão que permitam o representantes do governo, prestadores de
controle de que trata o § 4° do art. 33 da Lei n° serviço, profissionais de saúde e usuários. Atua
na formulação de estratégias e no controle da
8.080, de 19 de setembro de 1990;
execução da política de saúde, inclusive em
aspectos econômicos e financeiros. As decisões
@estudarnutri
serão aprovadas pelo chefe do poder legalmente
constituído em cada esfera do governo.
@estudarnutri
Instâncias Colegiadas do SUS
Lei 8.142/90
O que é instância colegiada? é um órgão que possui mais
de uma pessoa. Um conjunto de pessoas que irão se
reunião para tomadas de decisões.
Lei 8.142/90
§ 1º Poderão ser instituídas Regiões de Saúde I - seus limites geográficos;
interestaduais, compostas por Municípios @estudarnutri
II - população usuária das ações e
limítrofes, por ato conjunto dos respectivos
serviços;
Estados em articulação com os Municípios.
III - rol de ações e serviços que serão
§ 2º A instituição de Regiões de Saúde situadas
ofertados; e
em áreas de fronteira com outros países deverá
respeitar as normas que regem as relações
IV - respectivas responsabilidades,
internacionais.
critérios de acessibilidade e escala para
conformação dos serviços.
Art. 5º Para ser instituída, a Região de Saúde
deve conter, no mínimo, ações e serviços de:
I - atenção primária;
Seção II
II - urgência e emergência;
Da Hierarquização
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os I - das diretrizes gerais para a
gestores públicos de saúde poderão ser composição da RENASES;
representados pelo Conselho Nacional de @estudarnutri
Secretários de Saúde - CONASS, pelo Conselho II - dos critérios para o planejamento
Nacional de Secretarias Municipais de Saúde - integrado das ações e serviços de saúde da
CONASEMS e pelo Conselho Estadual de Região de Saúde, em razão do
Secretarias Municipais de Saúde - COSEMS. compartilhamento da gestão; e
II - apuração permanente das Art. 41. Aos partícipes caberá monitorar e
necessidades e interesses do usuário; e avaliar a execução do Contrato Organizativo de
Ação Pública de Saúde, em relação ao
III - publicidade dos direitos e deveres do cumprimento das metas estabelecidas, ao seu
usuário na saúde em todas as unidades de desempenho e à aplicação dos recursos
saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas disponibilizados.
que dele participem de forma complementar.
Parágrafo único. Os partícipes incluirão dados
sobre o Contrato Organizativo de Ação Pública
de Saúde no sistema de informações em saúde
Art. 38. A humanização do atendimento do organizado pelo Ministério da Saúde e os
usuário será fator determinante para o encaminhará ao respectivo Conselho de Saúde
estabelecimento das metas de saúde previstas para monitoramento.
no Contrato Organizativo de Ação Pública de
Saúde. @estudarnutri
Das Disposições Finais
§ 1º O Relatório de Gestão a que se refere o IV - outros atos de natureza ilícita de que
inciso IV do art. 4º da Lei nº 8.142, de 28 de tiver conhecimento.
dezembro de 1990, conterá seção específica
relativa aos compromissos assumidos no
@estudarnutri
Art. 43. A primeira RENASES é a somatória de exceção da população indígena que terá suas
todas as ações e serviços de saúde que na regras conforme suas necessidades.
data da publicação deste Decreto são ofertados
pelo SUS à população, por meio dos entes Para assegurar o acesso universal e igualitário
federados, de forma direta ou indireta. para todos, caberá aos entes federativos: garantir
a transparência, a integralidade e a equidade no
acesso às ações e aos serviços de saúde; orientar
e ordenar os fluxos das ações e dos serviços de
Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde saúde; monitorar o acesso às ações e aos
serviços de saúde; e ofertar regionalmente as
estabelecerá as diretrizes de que trata o § 3º do
ações e os serviços de saúde.
art. 15 no prazo de cento e oitenta dias a partir
da publicação deste Decreto.
A Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde
- RENASES engloba todas as ações e serviços que
o SUS oferece ao usuário para atendimento da
integralidade da assistência à saúde. A cada dois
Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de anos, o Ministério da Saúde consolidará e
sua publicação. publicará as atualizações da RENASES.
Brasília, 28 de junho de 2011; 190º da A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
Independência e 123º da República. - RENAME engloba a seleção e a padronização de
medicamentos indicados para atendimento de
doenças ou de agravos no âmbito do SUS. Será
O que entende-se: O decreto regulamenta a lei
acompanhada do Formulário Terapêutico
orgânica de saúde 8.080, para falar sobre a
Nacional - FTN . A cada dois anos, o Ministério da
organização do SUS, o planejamento da saúde, a @estudarnutri Saúde fará as atualizações da RENAME, do FTN e
assistência à saúde e sobre o funcionamento
dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
interfederativo.
@estudarnutri
Decreto 7.508/11
Para uma Região de Saúde ser
instituída, ela precisa ter:
1 - atenção primária;
2 - urgência e emergência;
3 - atenção psicossocial;
4 - atenção ambulatorial especializada e hospitalar;
5- vigilância em saúde.
Decreto 7.508/11
Entes federativos definirão os
seguintes elementos em relação
às Regiões de Saúde:
RENASES: RENAME:
O Plenário do Conselho Nacional de Saúde, em Considerando o que disciplina a Lei
sua Ducentésima Trigésima Terceira Reunião Complementar n° 141, de 13 de janeiro de 2012,
Ordinária, realizada nos dias 9 e 10 de maio de e o Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011,
2012, no uso de suas competências regimentais que regulamentam a Lei Orgânica da Saúde,
e atribuições conferidas pela Lei no 8.080, de resolve:
19 de setembro de 1990, e pela Lei no 8.142, de
Aprovar as seguintes diretrizes para instituição,
28 de dezembro de 1990, e pelo Decreto no
reformulação, reestruturação e funcionamento
5.839, de 11 de julho de 2006, e
dos Conselhos de Saúde:
Considerando os debates ocorridos nos
Conselhos de Saúde, nas três esferas de
Governo, na X Plenária Nacional de Conselhos DA DEFINIÇÃO DE CONSELHO DE SAÚDE
de Saúde, nas Plenárias Regionais e Estaduais
de Conselhos de Saúde, nas 9a, 10a e 11a Primeira Diretriz:
Conferências Nacionais de Saúde, e nas o Conselho de Saúde é uma instância
Conferências Estaduais, do Distrito Federal e colegiada (um grupo de pessoas), deliberativa
Municipais de Saúde; (toma decisões, decide) e permanente (fixa) do
Considerando a experiência acumulada do SUS em cada esfera de Governo, integrante da
Controle Social da Saúde à necessidade de estrutura organizacional do Ministério da
aprimoramento do Controle Social da Saúde no @estudarnutri Saúde, da Secretaria de Saúde dos Estados, do
âmbito nacional e as reiteradas demandas dos Distrito Federal e dos Municípios, com
Conselhos Estaduais e Municipais referentes às composição, organização e competência
propostas de composição, organização e fixadas na Lei n° 8.142/90.
funcionamento, conforme o § 5° inciso II art. 1°
Cada esfera de governo possui um Conselho de
da Lei n° 8.142, de 28 de dezembro de 1990;
Saúde:
Considerando a ampla discussão da Resolução
União: Conselho Nacional de Saúde;
do CNS n° 333/92 realizada nos espaços de
Estado: Conselho Estadual de Saúde;
Controle Social, entre os quais se destacam as Município: Conselhos Municipais de Saúde.
Plenárias de Conselhos de Saúde;
Considerando os objetivos de consolidar,
fortalecer, ampliar e acelerar o processo de O processo bem-sucedido de descentralização
Controle Social do SUS, por intermédio dos da saúde promoveu o surgimento de Conselhos
Conselhos Nacional, Estaduais, Municipais, das Regionais, Conselhos Locais, Conselhos
Conferências de Saúde e Plenárias de Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos dos
Conselhos de Saúde; Distritos Sanitários Especiais Indígenas, sob a
coordenação dos Conselhos de Saúde da
Considerando que os Conselhos de Saúde, esfera correspondente. Assim, os Conselhos de
consagrados pela efetiva participação da Saúde são espaços instituídos de participação
sociedade civil organizada, representam polos da comunidade nas políticas públicas e na
de qualificação de cidadãos para o Controle administração da saúde.
Social nas esferas da ação do Estado; e
@estudarnutri
Parágrafo único. Como Subsistema da entidades, instituições e movimentos
Seguridade Social, o Conselho de Saúde atua representativos de usuários, de entidades
na formulação e proposição de estratégias e no representativas de trabalhadores da área da
controle da execução das Políticas de Saúde, saúde, do governo e de entidades
inclusive nos seus aspectos econômicos e representativas de prestadores de serviços de
financeiros. saúde, sendo o seu presidente eleito entre os
membros do Conselho, em reunião plenária.
O que é Seguridade Social? é um conjunto de Nos Municípios onde não existem entidades,
ações e instrumentos, que visam garantir que a instituições e movimentos organizados em
população se sinta segura e protegida. A número suficiente para compor o Conselho, a
Seguridade Social pretende alcançar uma
eleição da representação será realizada em
sociedade livre, justa e solidária, erradicar a
plenária no Município, promovida pelo
pobreza e a marginalização, reduzir as
desigualdades sociais e promover o bem de Conselho Municipal de maneira ampla e
todos. democrática.
e)movimentos organizados de mulheres, em VI - A representação nos segmentos deve ser
saúde; distinta e autônoma em relação aos demais
segmentos que compõem o Conselho, por isso,
f)entidades de aposentados e pensionistas;
um profissional com cargo de direção ou de
g)entidades congregadas de sindicatos, confiança na gestão do SUS, ou como
centrais sindicais, confederações e federações prestador de serviços de saúde não pode ser
de trabalhadores urbanos e rurais; representante dos(as) Usuários(as) ou de
Trabalhadores(as).
h)entidades de defesa do consumidor;
VII - A ocupação de funções na área da saúde
i)organizações de moradores; que interfiram na autonomia representativa do
Conselheiro(a) deve ser avaliada como possível
j)entidades ambientalistas;
impedimento da representação de Usuário(a) e
k)organizações religiosas; Trabalhador(a), e, a juízo da entidade, indicativo
de substituição do Conselheiro( a).
l)trabalhadores da área de saúde: associações,
confederações, conselhos de profissões VIII - A participação dos membros eleitos do
regulamentadas, federações e sindicatos, Poder Legislativo, representação do Poder
obedecendo as instâncias federativas; Judiciário e do Ministério Público, como
conselheiros, não é permitida nos Conselhos de
m)comunidade científica;
Saúde.
n)entidades públicas, de hospitais @estudarnutri
IX - Quando não houver Conselho de Saúde
universitários e hospitais campo de estágio, de
constituído ou em atividade no Município,
pesquisa e desenvolvimento;
caberá ao Conselho Estadual de Saúde
o)entidades patronais; assumir, junto ao executivo municipal, a
convocação e realização da Conferência
p)entidades dos prestadores de serviço de Municipal de Saúde, que terá como um de seus
saúde; e objetivos a estruturação e composição do
q)governo. Conselho Municipal. O mesmo será atribuído ao
Conselho Nacional de Saúde, quando não
IV - As entidades, movimentos e instituições houver Conselho Estadual de Saúde constituído
eleitas no Conselho de Saúde terão os ou em funcionamento.
conselheiros indicados, por escrito, conforme
processos estabelecidos pelas respectivas X - As funções, como membro do Conselho de
entidades, movimentos e instituições e de Saúde, não serão remuneradas,
acordo com a sua organização, com a considerando-se o seu exercício de relevância
recomendação de que ocorra renovação de pública e, portanto, garante a dispensa do
seus representantes. trabalho sem prejuízo para o conselheiro. Para
fins de justificativa junto aos órgãos, entidades
V - Recomenda-se que, a cada eleição, os competentes e instituições, o Conselho de
segmentos de representações de usuários, Saúde emitirá declaração de participação de
trabalhadores e prestadores de serviços, ao seus membros durante o período das reuniões,
seu critério, promovam a renovação de, no representações, capacitações e outras
atividades específicas.
@estudarnutri
XI - O conselheiro, no exercício de sua função, instalará outras comissões intersetoriais e
responde pelos seus atos conforme legislação grupos de trabalho de conselheiros para ações
vigente. transitórias. As comissões poderão contar com
integrantes não conselheiros;
Dica: a 3° diretriz é muito cobrada em provas
VII - o Conselho de Saúde constituirá uma Mesa
de concurso.
Diretora eleita em Plenário, respeitando a
paridade expressa nesta Resolução;
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DOS VIII - as decisões do Conselho de Saúde serão
CONSELHOS DE SAÚDE adotadas mediante quórum mínimo (metade
Quarta Diretriz: as três esferas de Governo mais um) dos seus integrantes, ressalvados os
garantirão autonomia administrativa para o casos regimentais nos quais se exija quórum
pleno funcionamento do Conselho de Saúde, especial, ou maioria qualificada de votos;
dotação orçamentária, autonomia financeira e a) entende-se por maioria simples o número
organização da secretaria-executiva com a inteiro imediatamente superior à metade dos
necessária infraestrutura e apoio técnico: membros presentes;
I - cabe ao Conselho de Saúde deliberar b) entende-se por maioria absoluta o número
(decidir) em relação à sua estrutura inteiro imediatamente superior à metade de
administrativa e o quadro de pessoal; membros do Conselho;
II - o Conselho de Saúde contará com uma c) entende-se por maioria qualificada 2/3 (dois
secretaria-executiva coordenada por pessoa terços) do total de membros do Conselho;
preparada para a função, para o suporte @estudarnutri
técnico e administrativo, subordinada ao IX - qualquer alteração na organização dos
Plenário do Conselho de Saúde, que definirá Conselhos de Saúde preservará o que está
sua estrutura e dimensão; garantido em lei e deve ser proposta pelo
próprio Conselho e votada em reunião plenária,
III - o Conselho de Saúde decide sobre o seu com quórum qualificado, para depois ser
orçamento; alterada em seu Regimento Interno e
IV - o Plenário do Conselho de Saúde se reunirá, homologada pelo gestor da esfera
no mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, correspondente;
quando necessário, e terá como base o seu X - a cada três meses, deverá constar dos itens
Regimento Interno. A pauta e o material de da pauta o pronunciamento do gestor, das
apoio às reuniões devem ser encaminhados respectivas esferas de governo, para que faça
aos conselheiros com antecedência mínima de a prestação de contas, em relatório detalhado,
10 (dez) dias; sobre andamento do plano de saúde, agenda
V - as reuniões plenárias dos Conselhos de da saúde pactuada, relatório de gestão, dados
Saúde são abertas ao público e deverão sobre o montante e a forma de aplicação dos
acontecer em espaços e horários que recursos, as auditorias iniciadas e concluídas
possibilitem a participação da sociedade; no período, bem como a produção e a oferta de
serviços na rede assistencial própria,
VI - o Conselho de Saúde exerce suas contratada ou conveniada, de acordo com o art.
atribuições mediante o funcionamento do 12 da Lei no 8.689/93 e com a Lei
Plenário, que, além das comissões Complementar no 141/2012;
intersetoriais, estabelecidas na Lei n° 8.080/90,
@estudarnutri
XI - os Conselhos de Saúde, com a devida conteúdo, conforme as diversas situações
justificativa, buscarão auditorias externas e epidemiológicas e a capacidade
independentes sobre as contas e atividades do organizacional dos serviços;
Gestor do SUS; e
VI - anualmente deliberar sobre a aprovação ou
XII - o Pleno do Conselho de Saúde deverá não do relatório de gestão;
manifestar-se por meio de resoluções,
VII - estabelecer estratégias e procedimentos
recomendações, moções e outros atos
de acompanhamento da gestão do SUS,
deliberativos.
articulando-se com os demais colegiados, a
As resoluções serão obrigatoriamente exemplo dos de seguridade social, meio
homologadas pelo chefe do poder constituído ambiente, justiça, educação, trabalho,
em cada esfera de governo, em um prazo de 30 agricultura, idosos, criança e adolescente e
(trinta) dias, dando-se-lhes publicidade oficial. outros;
Decorrido o prazo mencionado e não sendo
VIII - proceder à revisão periódica dos planos
homologada a resolução e nem enviada
de saúde;
justificativa pelo gestor ao Conselho de Saúde
com proposta de alteração ou rejeição a ser IX - deliberar sobre os programas de saúde e
apreciada na reunião seguinte, as entidades aprovar projetos a serem encaminhados ao
que integram o Conselho de Saúde podem Poder Legislativo, propor a adoção de critérios
buscar a validação das resoluções, recorrendo definidores de qualidade e resolutividade,
à justiça e ao Ministério Público, quando atualizando-os face ao processo de
necessário. incorporação dos avanços científicos e
tecnológicos na área da Saúde;
Quinta Diretriz: aos Conselhos de Saúde @estudarnutri
Nacional, Estaduais, Municipais e do Distrito X - a cada quadrimestre deverá constar dos
Federal, que têm competências definidas nas itens da pauta o pronunciamento do gestor, das
leis federais, bem como em indicações respectivas esferas de governo, para que faça
advindas das Conferências de Saúde, compete: a prestação de contas, em relatório detalhado,
sobre andamento do plano de saúde, agenda
I - fortalecer a participação e o Controle Social
da saúde pactuada, relatório de gestão, dados
no SUS, mobilizar e articular a sociedade de
sobre o montante e a forma de aplicação dos
forma permanente na defesa dos princípios
recursos, as auditorias iniciadas e concluídas
constitucionais que fundamentam o SUS;
no período, bem como a produção e a oferta de
II - elaborar o Regimento Interno do Conselho e serviços na rede assistencial própria,
outras normas de funcionamento; contratada ou conveniada, de acordo com a Lei
Complementar no 141/2012.
III - discutir, elaborar e aprovar propostas de
operacionalização das diretrizes aprovadas XI - avaliar, explicitando os critérios utilizados,
pelas Conferências de Saúde; a organização e o funcionamento do SUS;
IV - atuar na formulação e no controle da XII - avaliar e deliberar sobre contratos,
execução da política de saúde, incluindo os consórcios e convênios, conforme as diretrizes
seus aspectos econômicos e financeiros, e dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais, do
propor estratégias para a sua aplicação aos Distrito Federal e Municipais;
setores público e privado;
A 1° diretriz, define o que são Conselhos de Saúde: é um grupo de pessoas que tomam decisões e é
fixo no SUS. Traz que cada município e estado precisa ter um Conselho de Saúde. E que foi o
processo bem-sucedido de descentralização que promoveu o surgimento dos Conselhos. Os
Conselhos de Saúde são criados para que as pessoas possam participar nas políticas públicas e
administração da saúde.
A 2° diretriz traz que para instituir Conselhos precisa ser estabelecido em uma lei. Os Conselhos de
Saúde obedecem a lei 8.142/90.
A 3° diretriz fala sobre como são organizados os Conselhos de Saúde. As vagas do Conselho deverão
ser distribuídas da seguinte forma: 50% de representantes de usuários; 25% de representantes dos
trabalhadores da área de saúde e 25% representantes do governo e prestadores de serviços
privados conveniados, ou sem fins lucrativos. São contempladas diversas representações.
A 4° diretriz fala sobre o funcionamento e estrutura dos Conselhos. O Conselho de Saúde decide
sobre a sua estrutura administrativa e o quadro de pessoal; O Conselho de Saúde decide sobre o seu
orçamento; Ocorrerá no mínimo uma reunião mensal do Plenário do Conselho de Saúde. As reuniões
são abertas ao público. As decisões do Conselho de Saúde serão adotadas mediante quórum mínimo
(metade mais um) dos seus integrantes
IV - estabelecer e adotar mecanismos de XIV - selecionar, contratar e remunerar os
encaminhamento responsável pelas equipes profissionais que compõem as equipes
que atuam na Atenção Básica de acordo com multiprofissionais de Atenção Básica, em
as necessidades de saúde das pessoas, conformidade com a legislação vigente;
mantendo a vinculação e coordenação do
XV -garantir recursos materiais, equipamentos
cuidado;
e insumos suficientes para o funcionamento
V - manter atualizado mensalmente o cadastro das UBS e equipes, para a execução do
de equipes, profissionais, carga horária, conjunto de ações propostas;
serviços disponibilizados, equipamentos e
XVI - garantir acesso ao apoio diagnóstico e
outros no Sistema de Cadastro Nacional de
laboratorial necessário ao cuidado resolutivo
Estabelecimentos de Saúde vigente, conforme
da população;
regulamentação específica;
XVII -alimentar, analisar e verificar a qualidade
VI - organizar os serviços para permitir que a
e a consistência dos dados inseridos nos
Atenção Básica atue como a porta de entrada
sistemas nacionais de informação a serem
preferencial e ordenadora da RAS;
enviados às outras esferas de gestão, utilizá-los
VII - fomentar a mobilização das equipes e no planejamento das ações e divulgar os
garantir espaços para a participação da resultados obtidos, a fim de assegurar o direito
comunidade no exercício do controle social; fundamental de acesso à informação;
@estudarnutri
As UBS poderão ter pontos de apoio para o consultório médico e de enfermagem,
atendimento de populações dispersas (rurais, consultório com sanitário, sala de
ribeirinhas, assentamentos, áreas pantaneiras, procedimentos, sala de vacinas, área para
etc.), com reconhecimento no SCNES, bem como @estudarnutri
assistência farmacêutica, sala de inalação
nos instrumentos de monitoramento e coletiva, sala de procedimentos, sala de
avaliação. A estrutura física dos pontos de coleta/exames, sala de curativos, sala de
apoio deve respeitar as normas gerais de expurgo, sala de esterilização, sala de
segurança sanitária. observação e sala de atividades coletivas para
os profissionais da Atenção Básica. Se forem
A ambiência de uma UBS refere-se ao espaço
compostas por profissionais de saúde bucal,
físico (arquitetônico), entendido como lugar
será necessário consultório odontológico com
social, profissional e de relações interpessoais,
equipo odontológico completo;
que deve proporcionar uma atenção
acolhedora e humana para as pessoas, além de a. área de recepção, local para arquivos e
um ambiente saudável para o trabalho dos registros, sala multiprofissional de acolhimento
profissionais de saúde. à demanda espontânea , sala de administração
e gerência, banheiro público e para
Para um ambiente adequado em uma UBS,
funcionários, entre outros ambientes conforme
existem componentes que atuam como
a necessidade.
modificadores e qualificadores do espaço,
recomenda-se contemplar: recepção sem
grades (para não intimidar ou dificultar a
b) Unidade Básica de Saúde Fluvial
comunicação e também garantir privacidade à
pessoa), identificação dos serviços existentes, Recomenda-se os seguintes ambientes:
escala dos profissionais, horários de
funcionamento e sinalização de fluxos, conforto a. consultório médico; consultório de
térmico e acústico, e espaços adaptados para enfermagem; área para assistência
@estudarnutri
farmacêutica, laboratório, sala de vacina; sala Como forma de garantir a coordenação do
de procedimentos; e, se forem compostas por cuidado, ampliando o acesso e resolutividade
profissionais de saúde bucal, será necessário das equipes que atuam na Atenção Básica,
consultório odontológico com equipo recomenda-se :
odontológico completo;
i) - População adscrita por equipe de Atenção
b. área de recepção, banheiro público; Básica (eAB) e de Saúde da Família (eSF) de
banheiro exclusivo para os funcionários; 2.000 a 3.500 pessoas, localizada dentro do seu
expurgo; cabines com leitos em número território, garantindo os princípios e diretrizes
suficiente para toda a equipe; cozinha e outro da Atenção Básica.
ambientes conforme necessidade.
Além dessa faixa populacional, podem existir
outros arranjos de adscrição, conforme
vulnerabilidades, riscos e dinâmica
c) Unidade Odontológica Móvel
comunitária, facultando aos gestores locais,
Recomenda-se veículo devidamente adaptado conjuntamente com as equipes que atuam na
para a finalidade de atenção à saúde bucal, Atenção Básica e Conselho Municipal ou Local
equipado com: de Saúde, a possibilidade de definir outro
parâmetro populacional de responsabilidade
Compressor para uso odontológico com da equipe, podendo ser maior ou menor do que
sistema de filtragem; aparelho de raios-x para o parâmetro recomendado, de acordo com as
radiografias periapicais e interproximais; especificidades do território, assegurando-se a
aventais de chumbo; conjunto peças de mão qualidade do cuidado.
contendo micro-motor com peça reta e contra
ângulo, e alta rotação; gabinete odontológico; @estudarnutri ii) - 4 (quatro) equipes por UBS (Atenção Básica
cadeira odontológica, equipo odontológico e ou Saúde da Família), para que possam atingir
refletor odontológico; unidade auxiliar seu potencial resolutivo.
odontológica; mocho odontológico; autoclave;
iii) - Fica estipulado para cálculo do teto
amalgamador; fotopolimerizador; e
máximo de equipes de Atenção Básica (eAB) e
refrigerador.
de Saúde da Família (eSF), com ou sem os
profissionais de saúde bucal, pelas quais o
Município e o Distrito Federal poderão fazer jus
3.3 - Funcionamento ao recebimento de recursos financeiros
específicos, conforme a seguinte fórmula:
Recomenda-se que as Unidades Básicas de
População/2.000.
Saúde tenham seu funcionamento com carga
horária mínima de 40 horas/semanais, no iv) - Em municípios ou territórios com menos de
mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 2.000 habitantes, que uma equipe de Saúde da
meses do ano, possibilitando acesso facilitado Família (eSF) ou de Atenção Básica (eAB) seja
à população. responsável por toda população;
Horários alternativos de funcionamento podem Reitera-se a possibilidade de definir outro
ser pactuados através das instâncias de parâmetro populacional de responsabilidade
participação social, desde que atendam da equipe de acordo com especificidades
expressamente a necessidade da população, territoriais, vulnerabilidades, riscos e dinâmica
observando, sempre que possível, a carga comunitária respeitando critérios de equidade,
horária mínima descrita acima. ou, ainda, pela decisão de possuir um número
inferior de pessoas por equipe de Atenção
@estudarnutri
Básica (eAB) e equipe de Saúde da Família (eSF) ampliar o acesso, a qualidade e resolutividade
para avançar no acesso e na qualidade da das equipes e serviços da sua UBS.
Atenção Básica.
A oferta de ações e serviços da Atenção Básica
Para que as equipes que atuam na Atenção deverá estar disponível aos usuários de forma
Básica possam atingir seu potencial resolutivo, clara, concisa e de fácil visualização, conforme
de forma a garantir a coordenação do cuidado, padronização pactuada nas instâncias
ampliando o acesso, é necessário adotar gestoras.
estratégias que permitam a definição de um
Todas as equipes que atuam na Atenção
amplo escopo dos serviços a serem ofertados
Básica deverão garantir a oferta de todas as
na UBS, de forma que seja compatível com as
ações e procedimentos do Padrão Essencial e
necessidades e demandas de saúde da
recomenda-se que também realizarem ações e
população adscrita, seja por meio da Estratégia
serviços do Padrão Ampliado, considerando as
Saúde da Família ou outros arranjos de equipes
necessidades e demandas de saúde das
de Atenção Básica (eAB), que atuem em
populações em cada localidade. Os serviços
conjunto, compartilhando o cuidado e apoiando
dos padrões essenciais, bem como os
as práticas de saúde nos territórios. Essa oferta
equipamentos e materiais necessários, devem
de ações e serviços na Atenção Básica devem
ser garantidos igualmente para todo o país,
considerar políticas e programas prioritários,
buscando uniformidade de atuação da Atenção
as diversas realidades e necessidades dos
Básica no território nacional. Já o elenco de
territórios e das pessoas, em parceria com o
ações e procedimentos ampliados deve
controle social.
contemplar de forma mais flexível às
As ações e serviços da Atenção Básica, deverão necessidades e demandas de saúde das
seguir padrões essenciais e ampliados: @estudarnutri
populações em cada localidade, sendo definido
a partir de suas especificidades locorregionais.
- Padrões Essenciais - ações e procedimentos
básicos relacionados a condições As unidades devem organizar o serviço de
básicas/essenciais de acesso e qualidade na modo a otimizar os processos de trabalho, bem
Atenção Básica; e como o acesso aos demais níveis de atenção
da RAS.
- Padrões Ampliados -ações e procedimentos
considerados estratégicos para se avançar e Toda UBS deve monitorar a satisfação de seus
alcançar padrões elevados de acesso e usuários, oferecendo o registro de elogios,
qualidade na Atenção Básica, considerando críticas ou reclamações, por meio de livros,
especificidades locais, indicadores e caixas de sugestões ou canais eletrônicos. As
parâmetros estabelecidos nas Regiões de UBS deverão assegurar o acolhimento e escuta
Saúde. ativa e qualificada das pessoas, mesmo que
não sejam da área de abrangência da unidade,
A oferta deverá ser pública, desenvolvida em
com classificação de risco e encaminhamento
parceria com o controle social, pactuada nas
responsável de acordo com as necessidades
instâncias interfederativas, com financiamento
apresentadas, articulando-se com outros
regulamentado em normativa específica.
serviços de forma resolutiva, em conformidade
Caberá a cada gestor municipal realizar análise com as linhas de cuidado estabelecidas.
de demanda do território e ofertas das UBS
Deverá estar afixado em local visível, próximo à
para mensurar sua capacidade resolutiva,
entrada da UBS:
adotando as medidas necessárias para
@estudarnutri
- Identificação e horário de atendimento; a cobertura de 100% da população com número
máximo de 750 pessoas por ACS.
- Mapa de abrangência, com a cobertura de
cada equipe; Para equipe de Saúde da Família, há a
obrigatoriedade de carga horária de 40
- Identificação do Gerente da Atenção Básica
(quarenta) horas semanais para todos os
no território e dos componentes de cada equipe
profissionais de saúde membros da ESF. Dessa
da UBS;
forma, os profissionais da ESF poderão estar
- Relação de serviços disponíveis; e vinculados a apenas 1 (uma) equipe de Saúde
da Família, no SCNES vigente.
- Detalhamento das escalas de atendimento de
cada equipe. 2 - Equipe da Atenção Básica (eAB): esta
modalidade deve atender aos princípios e
diretrizes propostas para a AB. A gestão
municipal poderá compor equipes de Atenção
3.4 - Tipos de Equipes:
Básica (eAB) de acordo com características e
1 - Equipe de Saúde da Família (eSF): É a necessidades do município. Como modelo
estratégia prioritária de atenção à saúde e visa prioritário é a ESF, as equipes de Atenção
à reorganização da Atenção Básica no país, de Básica (eAB) podem posteriormente se
acordo com os preceitos do SUS. É considerada organizar tal qual o modelo prioritário.
como estratégia de expansão, qualificação e
As equipes deverão ser compostas
consolidação da Atenção Básica, por favorecer
minimamente por médicos preferencialmente
uma reorientação do processo de trabalho com
da especialidade medicina de família e
maior potencial de ampliar a resolutividade e
comunidade, enfermeiro preferencialmente
impactar na situação de saúde das pessoas e @estudarnutri
especialista em saúde da família, auxiliares de
coletividades, além de propiciar uma
enfermagem e ou técnicos de enfermagem.
importante relação custo-efetividade.
Poderão agregar outros profissionais como
Composta no mínimo por médico, dentistas, auxiliares de saúde bucal e ou
preferencialmente da especialidade medicina técnicos de saúde bucal, agentes comunitários
de família e comunidade, enfermeiro, de saúde e agentes de combate à endemias.
preferencialmente especialista em saúde da
A composição da carga horária mínima por
família; auxiliar e/ou técnico de enfermagem e
categoria profissional deverá ser de 10 (dez)
agente comunitário de saúde (ACS). Podendo
horas, com no máximo de 3 (três) profissionais
fazer parte da equipe o agente de combate às
por categoria, devendo somar no mínimo 40
endemias (ACE) e os profissionais de saúde
horas/semanais.
bucal: cirurgião-dentista, preferencialmente
especialista em saúde da família, e auxiliar ou O processo de trabalho, a combinação das
técnico em saúde bucal. jornadas de trabalho dos profissionais das
equipes e os horários e dias de funcionamento
O número de ACS por equipe deverá ser
devem ser organizados de modo que garantam
definido de acordo com base populacional,
amplamente acesso, o vínculo entre as pessoas
critérios demográficos, epidemiológicos e
e profissionais, a continuidade, coordenação e
socioeconômicos, de acordo com definição
longitudinalidade do cuidado.
local.
A distribuição da carga horária dos
Em áreas de grande dispersão territorial, áreas
profissionais é de responsabilidade do gestor,
de risco e vulnerabilidade social, recomenda-se
devendo considerar o perfil demográfico e
@estudarnutri
epidemiológico local para escolha da necessários para adquiri-los (equipo
especialidade médica, estes devem atuar como odontológico completo).
generalistas nas equipes de Atenção Básica
4 - Núcleo Ampliado de Saúde da Família e
(eAB).
Atenção Básica (Nasf-AB): Constitui uma equipe
Importante ressaltar que para o funcionamento multiprofissional e interdisciplinar composta
a equipe deverá contar também com por categorias de profissionais da saúde,
profissionais de nível médio como técnico ou complementar às equipes que atuam na
auxiliar de enfermagem. Atenção Básica. É formada por diferentes
ocupações (profissões e especialidades) da
3 - Equipe de Saúde Bucal (eSB): Modalidade
área da saúde, atuando de maneira integrada
que pode compor as equipes que atuam na
para dar suporte (clínico, sanitário e
atenção básica, constituída por um
pedagógico) aos profissionais das equipes de
cirurgião-dentista e um técnico em saúde bucal
Saúde da Família (eSF) e de Atenção Básica
e/ou auxiliar de saúde bucal.
(eAB).
Os profissionais de saúde bucal que compõem
Busca-se que essa equipe seja membro
as equipes de Saúde da Família (eSF) e de
orgânico da Atenção Básica, vivendo
Atenção Básica (eAB) e de devem estar
integralmente o dia a dia nas UBS e
vinculados à uma UBS ou a Unidade
trabalhando de forma horizontal e
Odontológica Móvel, podendo se organizar nas
interdisciplinar com os demais profissionais,
seguintes modalidades:
garantindo a longitudinalidade do cuidado e a
Modalidade I: Cirurgião-dentista e auxiliar em prestação de serviços diretos à população. Os
saúde bucal (ASB) ou técnico em saúde bucal diferentes profissionais devem estabelecer e
(TSB) e;
@estudarnutri
compartilhar saberes, práticas e gestão do
cuidado, com uma visão comum e aprender a
Modalidade II: Cirurgião-dentista, TSB e ASB, solucionar problemas pela comunicação, de
ou outro TSB. modo a maximizar as habilidades singulares de
cada um.
Independente da modalidade adotada, os
profissionais de Saúde Bucal são vinculados a Deve estabelecer seu processo de trabalho a
uma equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe partir de problemas, demandas e necessidades
de Saúde da Família (eSF), devendo de saúde de pessoas e grupos sociais em seus
compartilhar a gestão e o processo de trabalho territórios, bem como a partir de dificuldades
da equipe, tendo responsabilidade sanitária dos profissionais de todos os tipos de equipes
pela mesma população e território adstrito que que atuam na Atenção Básica em suas análises
a equipe de Saúde da Família ou Atenção e manejos. Para tanto, faz-se necessário o
Básica a qual integra. compartilhamento de saberes, práticas
intersetoriais e de gestão do cuidado em rede e
Cada equipe de Saúde de Família que for
a realização de educação permanente e gestão
implantada com os profissionais de saúde
de coletivos nos territórios sob
bucal ou quando se introduzir pela primeira vez
responsabilidade destas equipes.
os profissionais de saúde bucal numa equipe já
implantada, modalidade I ou II, o gestor Ressalta-se que os Nasf-AB não se constituem
receberá do Ministério da Saúde os como serviços com unidades físicas
equipamentos odontológicos, através de independentes ou especiais, e não são de livre
doação direta ou o repasse de recursos acesso para atendimento individual ou coletivo
(estes, quando necessários, devem ser
@estudarnutri
regulados pelas equipes que atuam na Atenção profissional de saúde sanitarista, ou seja,
Básica). Devem, a partir das demandas profissional graduado na área de saúde com
identificadas no trabalho conjunto com as pós-graduação em saúde pública ou coletiva
equipes, atuar de forma integrada à Rede de ou graduado diretamente em uma dessas áreas
Atenção à Saúde e seus diversos pontos de conforme normativa vigente.
atenção, além de outros equipamentos sociais
A definição das categorias profissionais é de
públicos/privados, redes sociais e
autonomia do gestor local, devendo ser
comunitárias.
escolhida de acordo com as necessidades do
Compete especificamente à Equipe do Núcleo territórios.
Ampliado de Saúde da Família e Atenção
5 - Estratégia de Agentes Comunitários de
Básica (Nasf- AB):
Saúde (EACS):É prevista a implantação da
a. Participar do planejamento conjunto com as Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde
equipes que atuam na Atenção Básica à que nas UBS como uma possibilidade para a
estão vinculadas; reorganização inicial da Atenção Básica com
vistas à implantação gradual da Estratégia de
b. Contribuir para a integralidade do cuidado
Saúde da Família ou como uma forma de
aos usuários do SUS principalmente por
agregar os agentes comunitários a outras
intermédio da ampliação da clínica, auxiliando
maneiras de organização da Atenção Básica.
no aumento da capacidade de análise e de
intervenção sobre problemas e necessidades São itens necessários à implantação desta
de saúde, tanto em termos clínicos quanto estratégia:
sanitários; e
a.a existência de uma Unidade Básica de
@estudarnutri
c. Realizar discussão de casos, atendimento Saúde, inscrita no SCNES vigente que passa a
individual, compartilhado, interconsulta, ser a UBS de referência para a equipe de
construção conjunta de projetos terapêuticos, agentes comunitários de saúde;
educação permanente, intervenções no
b.o número de ACS e ACE por equipe deverá ser
território e na saúde de grupos populacionais
definido de acordo com base populacional
de todos os ciclos de vida, e da coletividade,
(critérios demográficos, epidemiológicos e
ações intersetoriais, ações de prevenção e
socioeconômicos), conforme legislação vigente.
promoção da saúde, discussão do processo de
trabalho das equipes dentre outros, no c.o cumprimento da carga horária integral de
território. 40 horas semanais por toda a equipe de
agentes comunitários, por cada membro da
Poderão compor os NASF-AB as ocupações do
equipe; composta por ACS e enfermeiro
Código Brasileiro de Ocupações - CBO na área
supervisor;
de saúde: Médico Acupunturista; Assistente
Social; Profissional/Professor de Educação d.o enfermeiro supervisor e os ACS devem estar
Física; Farmacêutico; Fisioterapeuta; cadastrados no SCNES vigente, vinculados à
Fonoaudiólogo; Médico Ginecologista/Obstetra; equipe;
Médico Homeopata; Nutricionista; Médico
Pediatra; Psicólogo; Médico Psiquiatra; e.cada ACS deve realizar as ações previstas
Terapeuta Ocupacional; Médico Geriatra; nas regulamentações vigentes e nesta portaria
Médico Internista (clinica médica), Médico do e ter uma microárea sob sua responsabilidade,
Trabalho, Médico Veterinário, profissional com cuja população não ultrapasse 750 pessoas;
formação em arte e educação (arte educador) e
@estudarnutri
f. a atividade do ACS deve se dar pela lógica do as pessoas e populações serão acompanhadas
planejamento do processo de trabalho a partir pela eSF.
das necessidades do território, com priorização
São consideradas equipes de Atenção Básica
para população com maior grau de
para Populações Específicas:
vulnerabilidade e de risco epidemiológico;
3.6 - ESPECIFICIDADES DA ESTRATÉGIA SAÚDE
g. a atuação em ações básicas de saúde deve
DA FAMÍLIA
visar à integralidade do cuidado no território; e
h.cadastrar, preencher e informar os dados 1 - Equipes de Saúde da Família para o
através do Sistema de Informação em Saúde atendimento da População Ribeirinha da
para a Atenção Básica vigente. Amazônia Legal e Pantaneira: Considerando as
especificidades locorregionais, os municípios
da Amazônia Legal e Pantaneiras podem optar
3.5 - EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA PARA entre 2 (dois) arranjos organizacionais para
POPULAÇÕES ESPECÍFICAS equipes Saúde da Família, além dos existentes
para o restante do país:
Todos os profissionais do SUS e,
especialmente, da Atenção Básica são a. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha
responsáveis pela atenção à saúde de (eSFR): São equipes que desempenham parte
populações que apresentem vulnerabilidades significativa de suas funções em UBS
sociais específicas e, por consequência, construídas e/ou localizadas nas comunidades
necessidades de saúde específicas, assim pertencentes à área adstrita e cujo acesso se
como pela atenção à saúde de qualquer outra dá por meio fluvial e que, pela grande
pessoa. Isso porque a Atenção Básica possui dispersão territorial, necessitam de
@estudarnutri
responsabilidade direta sobre ações de saúde embarcações para atender as comunidades
em determinado território, considerando suas dispersas no território. As eSFR são vinculadas
singularidades, o que possibilita intervenções a uma UBS, que pode estar localizada na sede
mais oportunas nessas situações específicas, do Município ou em alguma comunidade
com o objetivo de ampliar o acesso à RAS e ribeirinha localizada na área adstrita.
ofertar uma atenção integral à saúde.
A eSFR será formada por equipe
Assim, toda equipe de Atenção Básica deve multiprofissional composta por, no mínimo: 1
realizar atenção à saúde de populações (um) médico, preferencialmente da
específicas. Em algumas realidades, contudo, especialidade de Família e Comunidade, 1 (um)
ainda é possível e necessário dispor, além das enfermeiro, preferencialmente especialista em
equipes descritas anteriormente, de equipes Saúde da Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de
adicionais para realizar as ações de saúde à enfermagem, podendo acrescentar a esta
populações específicas no âmbito da Atenção composição, como parte da equipe
Básica, que devem atuar de forma integrada multiprofissional, o ACS e ACE e os profissionais
para a qualificação do cuidado no território. de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista,
Aponta-se para um horizonte em que as preferencialmente especialista em saúde da
equipes que atuam na Atenção Básica possam família e 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde
incorporar tecnologias dessas equipes bucal.
específicas, de modo que se faça uma
Nas hipóteses de grande dispersão
transição para um momento em que não serão
populacional, as ESFR podem contar, ainda,
necessárias essas equipes específicas, e todas
com: até 24 (vinte e quatro) Agentes
Comunitários de Saúde; até 12 (doze)
@estudarnutri
microscopistas, nas regiões endêmicas; até 11 vinculada(s)s ao Estabelecimento de Saúde de
(onze) Auxiliares/Técnicos de enfermagem; e 1 Atenção Básica.
(um) Auxiliar/Técnico de saúde bucal. As ESFR
Todas as unidades de apoio ou satélites e
poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois)
embarcações devem estar devidamente
profissionais da área da saúde de nível
informadas no Cadastro Nacional de
superior à sua composição, dentre enfermeiros
Estabelecimento de Saúde vigente, a qual as
ou outros profissionais previstos nas equipes
eSFR estão vinculadas.
de Nasf-AB.
Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF):
Os agentes comunitários de saúde, os
São equipes que desempenham suas funções
auxiliares/técnicos de enfermagem extras e os
em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF),
auxiliares/técnicos de saúde bucal cumprirão
responsáveis por comunidades dispersas,
carga horária de até 40 (quarenta) horas
ribeirinhas e pertencentes à área adstrita, cujo
semanais de trabalho e deverão residir na área
acesso se dá por meio fluvial.
de atuação.
A eSFR será formada por equipe
As eSFR prestarão atendimento à população
multiprofissional composta por, no mínimo: 1
por, no mínimo, 14 (quatorze) dias mensais, com
(um) médico, preferencialmente da
carga horária equivalente a 8 (oito) horas
especialidade de Família e Comunidade, 1 (um)
diárias.
enfermeiro, preferencialmente especialista em
Para as comunidades distantes da UBS de Saúde da Família e 1 (um) auxiliar ou técnico de
referência, as eSFR adotarão circuito de enfermagem, podendo acrescentar a esta
deslocamento que garanta o atendimento a composição, como parte da equipe
todas as comunidades assistidas, ao menos a @estudarnutri multiprofissional, o ACS e ACE e os profissionais
cada 60 (sessenta) dias, para assegurar a de saúde bucal:1 (um) cirurgião dentista,
execução das ações de Atenção Básica. Caso preferencialmente especialista em saúde da
necessário, poderão possuir unidades de família e 1 (um) técnico ou auxiliar em saúde
apoio, estabelecimentos que servem para bucal.
atuação das eSFR e que não possuem outras
Devem contar também, com um (01) técnico de
equipes de Saúde da Família vinculadas.
laboratório e/ou bioquímico. Estas equipes
Para operacionalizar a atenção à saúde das poderão incluir, na composição mínima, os
comunidades ribeirinhas dispersas no território profissionais de saúde bucal, um (1) cirurgião
de abrangência, a eSFR receberá incentivo dentista, preferencialmente especialista em
financeiro de custeio para logística, que saúde da família, e um (01) Técnico ou Auxiliar
considera a existência das seguintes em Saúde Bucal.
estruturas:
Poderão, ainda, acrescentar até 2 (dois)
a) até 4 (quatro) unidades de apoio (ou profissionais da área da saúde de nível
satélites), vinculadas e informadas no Cadastro superior à sua composição, dentre enfermeiros
Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente, ou outros profissionais previstos para os Nasf -
utilizada(s) como base(s) da(s) equipe(s), onde AB
será realizada a atenção de forma
Para as comunidades distantes da Unidade
descentralizada; e
Básica de Saúde de referência, a eSFF adotará
b) até 4 (quatro) embarcações de pequeno circuito de deslocamento que garanta o
porte exclusivas para o deslocamento dos atendimento a todas as comunidades
profissionais de saúde da(s) equipe(s) assistidas, ao menos a cada 60 (sessenta) dias,
@estudarnutri
para assegurar a execução das ações de Assistência Social entre outras instituições
Atenção Básica. públicas e da sociedade civil;
Para operacionalizar a atenção à saúde das b. Cumprir a carga horária mínima semanal de
comunidades ribeirinhas dispersas no território 30 horas. Porém seu horário de funcionamento
de abrangência, onde a UBS Fluvial não deverá ser adequado às demandas das
conseguir aportar, a eSFF poderá receber pessoas em situação de rua, podendo ocorrer
incentivo financeiro de custeio para logística, em período diurno e/ou noturno em todos os
que considera a existência das seguintes dias da semana; e
estruturas:
c. As eCR poderão ser compostas pelas
a. até 4 (quatro) unidades de apoio (ou categorias profissionais especificadas em
satélites), vinculadas e informadas no Cadastro portaria específica.
Nacional de Estabelecimento de Saúde vigente,
Na composição de cada eCR deve haver,
utilizada(s) como base(s) da(s) equipe(s), onde
preferencialmente, o máximo de dois
será realizada a atenção de forma
profissionais da mesma profissão de saúde,
descentralizada; e
seja de nível médio ou superior. Todas as
b. até 4 (quatro) embarcações de pequeno porte modalidades de eCR poderão agregar agentes
exclusivas para o deslocamento dos comunitários de saúde.
profissionais de saúde da(s) equipe(s)
O agente social, quando houver, será
vinculada(s)s ao Estabelecimento de Saúde de
considerado equivalente ao profissional de
Atenção Básica.
nível médio. Entende-se por agente social o
1 - Equipe de Consultório na Rua (eCR) -equipe profissional que desempenha atividades que
@estudarnutri
de saúde com composição variável, visam garantir a atenção, a defesa e a proteção
responsável por articular e prestar atenção às pessoas em situação de risco pessoal e
integral à saúde de pessoas em situação de rua social, assim como aproximar as equipes dos
ou com características análogas em valores, modos de vida e cultura das pessoas
determinado território, em unidade fixa ou em situação de rua.
móvel, podendo ter as modalidades e
Para vigência enquanto equipe, deverá cumprir
respectivos regramentos descritos em portaria
os seguintes requisitos:
específica.
I - demonstração do cadastramento da eCR no
São itens necessários para o funcionamento
Sistema de Cadastro Nacional de
das equipes de Consultório na Rua (eCR):
Estabelecimentos de Saúde (SCNES); e
a. Realizar suas atividades de forma itinerante,
II - alimentação de dados no Sistema de
desenvolvendo ações na rua, em instalações
Informação da Atenção Básica vigente,
específicas, na unidade móvel e também nas
conforme norma específica.
instalações de Unidades Básicas de Saúde do
território onde está atuando, sempre Em Municípios ou áreas que não tenham
articuladas e desenvolvendo ações em parceria Consultórios na Rua, o cuidado integral das
com as demais equipes que atuam na atenção pessoas em situação de rua deve seguir sendo
básica do território (eSF/eAB/UBS e Nasf-AB), e de responsabilidade das equipes que atuam na
dos Centros de Atenção Psicossocial, da Rede Atenção Básica, incluindo os profissionais de
de Urgência/Emergência e dos serviços e saúde bucal e os Núcleos Ampliados à Saúde
instituições componentes do Sistema Único de da Família e equipes de Atenção Básica
@estudarnutri
(Nasf-AB) do território onde estas pessoas estão bem como as definições de escopo de práticas,
concentradas. protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas,
além de outras normativas técnicas
Para cálculo do teto das equipes dos
estabelecidas pelos gestores federal, estadual,
Consultórios na Rua de cada município, serão
municipal ou do Distrito Federal.
tomados como base os dados dos censos
populacionais relacionados à população em 4.1 Atribuições Comuns a todos os membros
situação de rua realizados por órgãos oficiais e das Equipes que atuam na Atenção Básica:
reconhecidos pelo Ministério da Saúde.
- Participar do processo de territorialização e
As regras estão publicadas em portarias mapeamento da área de atuação da equipe,
específicas que disciplinam composição das identificando grupos, famílias e indivíduos
equipes, valor do incentivo financeiro, diretrizes expostos a riscos e vulnerabilidades;
de funcionamento, monitoramento e
- Cadastrar e manter atualizado o
acompanhamento das equipes de consultório
cadastramento e outros dados de saúde das
na rua entre outras disposições.
famílias e dos indivíduos no sistema de
1 - Equipe de Atenção Básica Prisional (eABP): informação da Atenção Básica vigente,
São compostas por equipe multiprofissional utilizando as informações sistematicamente
que deve estar cadastrada no Sistema Nacional para a análise da situação de saúde,
de Estabelecimentos de Saúde vigente, e com considerando as características sociais,
responsabilidade de articular e prestar atenção econômicas, culturais, demográficas e
integral à saúde das pessoas privadas de epidemiológicas do território, priorizando as
liberdade. situações a serem acompanhadas no
@estudarnutri planejamento local;
Com o objetivo de garantir o acesso das
pessoas privadas de liberdade no sistema - Realizar o cuidado integral à saúde da
prisional ao cuidado integral no SUS, é previsto população adscrita, prioritariamente no âmbito
na Política Nacional de Atenção Integral à da Unidade Básica de Saúde, e quando
Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no necessário, no domicílio e demais espaços
Sistema Prisional (PNAISP), que os serviços de comunitários (escolas, associações, entre
saúde no sistema prisional passam a ser ponto outros), com atenção especial às populações
de atenção da Rede de Atenção à Saúde (RAS) que apresentem necessidades específicas (em
do SUS, qualificando também a Atenção Básica situação de rua, em medida socioeducativa,
no âmbito prisional como porta de entrada do privada de liberdade, ribeirinha, fluvial, etc.).
sistema e ordenadora das ações e serviços de
- Realizar ações de atenção à saúde conforme
saúde, devendo realizar suas atividades nas
a necessidade de saúde da população local,
unidades prisionais ou nas Unidades Básicas
bem como aquelas previstas nas prioridades,
de Saúde a que estiver vinculada, conforme
protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas,
portaria específica.
assim como, na oferta nacional de ações e
serviços essenciais e ampliados da AB;
4 - ATRIBUIÇÕES DOS PROFISSIONAIS DA V. Garantir a atenção à saúde da população
ATENÇÃO BÁSICA adscrita, buscando a integralidade por meio da
realização de ações de promoção, proteção e
As atribuições dos profissionais das equipes
recuperação da saúde, prevenção de doenças
que atuam na Atenção Básica deverão seguir
e agravos e da garantia de atendimento da
normativas específicas do Ministério da Saúde,
demanda espontânea, da realização das ações
@estudarnutri
programáticas, coletivas e de vigilância em desnecessário, com base nos processos de
saúde, e incorporando diversas racionalidades regulação locais (referência e
em saúde, inclusive Práticas Integrativas e contrarreferência), ampliando-a para um
Complementares; processo de compartilhamento de casos e
acompanhamento longitudinal de
VI. Participar do acolhimento dos usuários,
responsabilidade das equipes que atuam na
proporcionando atendimento humanizado,
atenção básica;
realizando classificação de risco, identificando
as necessidades de intervenções de cuidado, XIII. Prever nos fluxos da RAS entre os pontos
responsabilizando-se pela continuidade da de atenção de diferentes configurações
atenção e viabilizando o estabelecimento do tecnológicas a integração por meio de serviços
vínculo; de apoio logístico, técnico e de gestão, para
garantir a integralidade do cuidado;
VII. Responsabilizar-se pelo acompanhamento
da população adscrita ao longo do tempo no XIV. Instituir ações para segurança do paciente
que se refere às múltiplas situações de doenças e propor medidas para reduzir os riscos e
e agravos, e às necessidades de cuidados diminuir os eventos adversos;
preventivos, permitindo a longitudinalidade do
XV. Alimentar e garantir a qualidade do registro
cuidado;
das atividades nos sistemas de informação da
VIII. Praticar cuidado individual, familiar e Atenção Básica, conforme normativa vigente;
dirigido a pessoas, famílias e grupos sociais,
XVI. Realizar busca ativa e notificar doenças e
visando propor intervenções que possam
agravos de notificação compulsória, bem como
influenciar os processos saúde-doença
outras doenças, agravos, surtos, acidentes,
individual, das coletividades e da própria @estudarnutri
violências, situações sanitárias e ambientais de
comunidade;
importância local, considerando essas
IX. Responsabilizar-se pela população adscrita ocorrências para o planejamento de ações de
mantendo a coordenação do cuidado mesmo prevenção, proteção e recuperação em saúde
quando necessita de atenção em outros pontos no território;
de atenção do sistema de saúde;
XVII. Realizar busca ativa de internações e
X. Utilizar o Sistema de Informação da Atenção atendimentos de urgência/emergência por
Básica vigente para registro das ações de causas sensíveis à Atenção Básica, a fim de
saúde na AB, visando subsidiar a gestão, estabelecer estratégias que ampliem a
planejamento, investigação clínica e resolutividade e a longitudinalidade pelas
epidemiológica, e à avaliação dos serviços de equipes que atuam na AB;
saúde;;
XVIII. Realizar visitas domiciliares e
XI. Contribuir para o processo de regulação do atendimentos em domicílio às famílias e
acesso a partir da Atenção Básica, pessoas em residências, Instituições de Longa
participando da definição de fluxos Permanência (ILP), abrigos, entre outros tipos
assistenciais na RAS, bem como da elaboração de moradia existentes em seu território, de
e implementação de protocolos e diretrizes acordo com o planejamento da equipe,
clínicas e terapêuticas para a ordenação necessidades e prioridades estabelecidas;
desses fluxos;
XIX. Realizar atenção domiciliar a pessoas com
XII. Realizar a gestão das filas de espera, problemas de saúde controlados/compensados
evitando a prática do encaminhamento com algum grau de dependência para as
@estudarnutri
atividades da vida diária e que não podem se (PBF), e/ou outros programas sociais
deslocar até a Unidade Básica de Saúde; equivalentes, as condicionalidades de saúde
das famílias beneficiárias;e
XX. Realizar trabalhos interdisciplinares e em
equipe, integrando áreas técnicas, XXVII. Realizar outras ações e atividades, de
profissionais de diferentes formações e até acordo com as prioridades locais, definidas
mesmo outros níveis de atenção, buscando pelo gestor local.
incorporar práticas de vigilância, clínica
ampliada e matriciamento ao processo de
trabalho cotidiano para essa integração 4.2. São atribuições específicas dos
(realização de consulta compartilhada profissionais das equipes que atuam na
reservada aos profissionais de nível superior, Atenção Básica:
construção de Projeto Terapêutico Singular,
trabalho com grupos, entre outras estratégias, 4.2.1 - Enfermeiro:
em consonância com as necessidades e I - Realizar atenção à saúde aos indivíduos e
demandas da população);
famílias vinculadas às equipes e, quando
XXI. Participar de reuniões de equipes a fim de indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos
acompanhar e discutir em conjunto o demais espaços comunitários (escolas,
planejamento e avaliação sistemática das associações entre outras), em todos os ciclos de
ações da equipe, a partir da utilização dos vida;
dados disponíveis, visando a readequação
II - Realizar consulta de enfermagem,
constante do processo de trabalho;
procedimentos, solicitar exames
XXII. Articular e participar das atividades de @estudarnutri complementares, prescrever medicações
educação permanente e educação continuada; conforme protocolos, diretrizes clínicas e
terapêuticas, ou outras normativas técnicas
XXIII. Realizar ações de educação em saúde à estabelecidas pelo gestor federal, estadual,
população adstrita, conforme planejamento da municipal ou do Distrito Federal, observadas as
equipe e utilizando abordagens adequadas às disposições legais da profissão;
necessidades deste público;
III - Realizar e/ou supervisionar acolhimento
XXIV.Participar do gerenciamento dos insumos com escuta qualificada e classificação de risco,
necessários para o adequado funcionamento de acordo com protocolos estabelecidos;
da UBS;
IV - Realizar estratificação de risco e elaborar
XIV. Promover a mobilização e a participação plano de cuidados para as pessoas que
da comunidade, estimulando possuem condições crônicas no território, junto
conselhos/colegiados, constituídos de gestores aos demais membros da equipe;
locais, profissionais de saúde e usuários,
viabilizando o controle social na gestão da V - Realizar atividades em grupo e encaminhar,
Unidade Básica de Saúde; quando necessário, usuários a outros serviços,
conforme fluxo estabelecido pela rede local;
XXV. Identificar parceiros e recursos na
comunidade que possam potencializar ações VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações
intersetoriais; desenvolvidas pelos técnicos/auxiliares de
enfermagem, ACS e ACE em conjunto com os
XXVI. Acompanhar e registrar no Sistema de outros membros da equipe;
Informação da Atenção Básica e no mapa de
acompanhamento do Programa Bolsa Família
@estudarnutri
VII - Supervisionar as ações do técnico/auxiliar III - Realizar estratificação de risco e elaborar
de enfermagem e ACS; plano de cuidados para as pessoas que
possuem condições crônicas no território, junto
VIII - Implementar e manter atualizados rotinas,
aos demais membros da equipe;
protocolos e fluxos relacionados a sua área de
competência na UBS; e IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a
outros pontos de atenção, respeitando fluxos
IX - Exercer outras atribuições conforme
locais, mantendo sob sua responsabilidade o
legislação profissional, e que sejam de
acompanhamento do plano terapêutico
responsabilidade na sua área de atuação.
prescrito;
4.2.2 - Técnico e/ou Auxiliar de Enfermagem:
V - Indicar a necessidade de internação
I - Participar das atividades de atenção à hospitalar ou domiciliar, mantendo a
saúde realizando procedimentos responsabilização pelo acompanhamento da
regulamentados no exercício de sua profissão pessoa;
na UBS e, quando indicado ou necessário, no
VI - Planejar, gerenciar e avaliar as ações
domicílio e/ou nos demais espaços
desenvolvidas pelos ACS e ACE em conjunto
comunitários (escolas, associações, entre
com os outros membros da equipe; e
outros);
VII - Exercer outras atribuições que sejam de
II - Realizar procedimentos de enfermagem,
responsabilidade na sua área de atuação.
como curativos, administração de
medicamentos, vacinas, coleta de material para 4.2.2 - Cirurgião-Dentista:
exames, lavagem, preparação e esterilização
I - Realizar a atenção em saúde bucal
de materiais, entre outras atividades delegadas @estudarnutri
(promoção e proteção da saúde, prevenção de
pelo enfermeiro, de acordo com sua área de
agravos, diagnóstico, tratamento,
atuação e regulamentação; e
acompanhamento, reabilitação e manutenção
III - Exercer outras atribuições que sejam de da saúde) individual e coletiva a todas as
responsabilidade na sua área de atuação. famílias, a indivíduos e a grupos específicos,
atividades em grupo na UBS e, quando
4.2.1 - Médico:
indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos
I - Realizar a atenção à saúde às pessoas e demais espaços comunitários (escolas,
famílias sob sua responsabilidade; associações entre outros), de acordo com
planejamento da equipe, com resolubilidade e
II - Realizar consultas clínicas, pequenos em conformidade com protocolos, diretrizes
procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo clínicas e terapêuticas, bem como outras
na UBS e, quando indicado ou necessário, no normativas técnicas estabelecidas pelo gestor
domicílio e/ou nos demais espaços federal, estadual, municipal ou do Distrito
comunitários (escolas, associações entre Federal, observadas as disposições legais da
outros); em conformidade com protocolos, profissão;
diretrizes clínicas e terapêuticas, bem como
outras normativas técnicas estabelecidas pelos II - Realizar diagnóstico com a finalidade de
gestores (federal, estadual, municipal ou Distrito obter o perfil epidemiológico para o
Federal), observadas as disposições legais da planejamento e a programação em saúde bucal
profissão; no território;
XVII - Processar filme radiográfico; XII - Exercer outras atribuições que sejam de
responsabilidade na sua área de atuação.
XVIII - Selecionar moldeiras;
4.2.5 - Gerente de Atenção Básica
XIX - Preparar modelos em gesso;
Recomenda-se a inclusão do Gerente de
XX - Manipular materiais de uso odontológico.
Atenção Básica com o objetivo de contribuir
XXI - Exercer outras atribuições que sejam de para o aprimoramento e qualificação do
responsabilidade na sua área de atuação. processo de trabalho nas Unidades Básicas de
Saúde, em especial ao fortalecer a atenção à
4.2.4 - Auxiliar em Saúde Bucal (ASB): saúde prestada pelos profissionais das
equipes à população adscrita, por meio de
I - Realizar ações de promoção e prevenção em
saúde bucal para as famílias, grupos e função técnico-gerencial. A inclusão deste
profissional deve ser avaliada pelo gestor,
indivíduos, mediante planejamento local e
segundo a necessidade do território e
protocolos de atenção à saúde;
cobertura de AB.
II - Executar organização, limpeza, assepsia,
Entende-se por Gerente de AB um profissional
desinfecção e esterilização do instrumental, dos
equipamentos odontológicos e do ambiente de qualificado, preferencialmente com nível
superior, com o papel de garantir o
trabalho;
planejamento em saúde, de acordo com as
III - Auxiliar e instrumentar os profissionais nas
@estudarnutri
necessidades do território e comunidade, a
intervenções clínicas, organização do processo de trabalho,
coordenação e integração das ações.
IV - Realizar o acolhimento do paciente nos
Importante ressaltar que o gerente não seja
serviços de saúde bucal;
profissional integrante das equipes vinculadas
V - Acompanhar, apoiar e desenvolver à UBS e que possua experiência na Atenção
atividades referentes à saúde bucal com os Básica, preferencialmente de nível superior, e
demais membros da equipe de Atenção Básica, dentre suas atribuições estão:
buscando aproximar e integrar ações de saúde
I - Conhecer e divulgar, junto aos demais
de forma multidisciplinar;
profissionais, as diretrizes e normas que
VI - Aplicar medidas de biossegurança no incidem sobre a AB em âmbito nacional,
armazenamento, transporte, manuseio e estadual, municipal e Distrito Federal, com
descarte de produtos e resíduos odontológicos; ênfase na Política Nacional de Atenção Básica,
de modo a orientar a organização do processo
VII - Processar filme radiográfico; de trabalho na UBS;
VIII - Selecionar moldeiras; II - Participar e orientar o processo de
IX - Preparar modelos em gesso; territorialização, diagnóstico situacional,
planejamento e programação das equipes,
X - Manipular materiais de uso odontológico avaliando resultados e propondo estratégias
realizando manutenção e conservação dos para o alcance de metas de saúde, junto aos
equipamentos; demais profissionais;
@estudarnutri
III - Acompanhar, orientar e monitorar os atenção, com garantia de encaminhamentos
processos de trabalho das equipes que atuam responsáveis;
na AB sob sua gerência, contribuindo para
XI - Conhecer a rede de serviços e
implementação de políticas, estratégias e
equipamentos sociais do território, e estimular
programas de saúde, bem como para a
a atuação intersetorial, com atenção
mediação de conflitos e resolução de
diferenciada para as vulnerabilidades
problemas;
existentes no território;
IV - Mitigar a cultura na qual as equipes,
XII - Identificar as necessidades de
incluindo profissionais envolvidos no cuidado e
formação/qualificação dos profissionais em
gestores assumem responsabilidades pela sua
conjunto com a equipe, visando melhorias no
própria segurança de seus colegas, pacientes e
processo de trabalho, na qualidade e
familiares, encorajando a identificação, a
resolutividade da atenção, e promover a
notificação e a resolução dos problemas
Educação Permanente, seja mobilizando
relacionados à segurança;
saberes na própria UBS, ou com parceiros;
V - Assegurar a adequada alimentação de
XIII - Desenvolver gestão participativa e
dados nos sistemas de informação da Atenção
estimular a participação dos profissionais e
Básica vigente, por parte dos profissionais,
usuários em instâncias de controle social;
verificando sua consistência, estimulando a
utilização para análise e planejamento das XIV - Tomar as providências cabíveis no menor
ações, e divulgando os resultados obtidos; prazo possível quanto a ocorrências que
interfiram no funcionamento da unidade; e
VI - Estimular o vínculo entre os profissionais
favorecendo o trabalho em equipe; @estudarnutri XV - Exercer outras atribuições que lhe sejam
designadas pelo gestor municipal ou do Distrito
VII - Potencializar a utilização de recursos
Federal, de acordo com suas competências.
físicos, tecnológicos e equipamentos existentes
na UBS, apoiando os processos de cuidado a 4.2.6 - Agente Comunitário de Saúde (ACS) e
partir da orientação à equipe sobre a correta Agente de Combate a Endemias (ACE)
utilização desses recursos;
Seguindo o pressuposto de que Atenção Básica
VIII - Qualificar a gestão da infraestrutura e dos e Vigilância em Saúde devem se unir para a
insumos (manutenção, logística dos materiais, adequada identificação de problemas de
ambiência da UBS), zelando pelo bom uso dos saúde nos territórios e o planejamento de
recursos e evitando o desabastecimento; estratégias de intervenção clínica e sanitária
mais efetivas e eficazes, orienta-se que as
IX - Representar o serviço sob sua gerência em
atividades específicas dos agentes de saúde
todas as instâncias necessárias e articular com
(ACS e ACE) devem ser integradas.
demais atores da gestão e do território com
vistas à qualificação do trabalho e da atenção Assim, além das atribuições comuns a todos os
à saúde realizada na UBS; profissionais da equipe de AB, são atribuições
dos ACS e ACE:
X - Conhecer a RAS, participar e fomentar a
participação dos profissionais na organização a) Atribuições comuns do ACS e ACE
dos fluxos de usuários, com base em protocolos,
diretrizes clínicas e terapêuticas, apoiando a I - Realizar diagnóstico demográfico, social,
referência e contrarreferência entre equipes cultural, ambiental, epidemiológico e sanitário
que atuam na AB e nos diferentes pontos de do território em que atuam, contribuindo para o
@estudarnutri
processo de territorialização e mapeamento da IX - Estimular a participação da comunidade
área de atuação da equipe; nas políticas públicas voltadas para a área da
saúde;
II - Desenvolver atividades de promoção da
saúde, de prevenção de doenças e agravos, em X - Identificar parceiros e recursos na
especial aqueles mais prevalentes no território, comunidade que possam potencializar ações
e de vigilância em saúde, por meio de visitas intersetoriais de relevância para a promoção
domiciliares regulares e de ações educativas da qualidade de vida da população, como
individuais e coletivas, na UBS, no domicílio e ações e programas de educação, esporte e
outros espaços da comunidade, incluindo a lazer, assistência social, entre outros; e
investigação epidemiológica de casos
XI - Exercer outras atribuições que lhes sejam
suspeitos de doenças e agravos junto a outros
atribuídas por legislação específica da
profissionais da equipe quando necessário;
categoria, ou outra normativa instituída pelo
III - Realizar visitas domiciliares com gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.
periodicidade estabelecida no planejamento da
b) Atribuições do ACS:
equipe e conforme as necessidades de saúde
da população, para o monitoramento da I - Trabalhar com adscrição de indivíduos e
situação das famílias e indivíduos do território, famílias em base geográfica definida e
com especial atenção às pessoas com agravos cadastrar todas as pessoas de sua área,
e condições que necessitem de maior número mantendo os dados atualizados no sistema de
de visitas domiciliares; informação da Atenção Básica vigente,
utilizando-os de forma sistemática, com apoio
IV - Identificar e registrar situações que
da equipe, para a análise da situação de
interfiram no curso das doenças ou que tenham @estudarnutri
saúde, considerando as características sociais,
importância epidemiológica relacionada aos
econômicas, culturais, demográficas e
fatores ambientais, realizando, quando
epidemiológicas do território, e priorizando as
necessário, bloqueio de transmissão de
situações a serem acompanhadas no
doenças infecciosas e agravos;
planejamento local;
V - Orientar a comunidade sobre sintomas,
II - Utilizar instrumentos para a coleta de
riscos e agentes transmissores de doenças e
informações que apoiem no diagnóstico
medidas de prevenção individual e coletiva;
demográfico e sociocultural da comunidade;
VI - Identificar casos suspeitos de doenças e
III - Registrar, para fins de planejamento e
agravos, encaminhar os usuários para a
acompanhamento das ações de saúde, os
unidade de saúde de referência, registrar e
dados de nascimentos, óbitos, doenças e outros
comunicar o fato à autoridade de saúde
agravos à saúde, garantido o sigilo ético;
responsável pelo território;
IV - Desenvolver ações que busquem a
VII - Informar e mobilizar a comunidade para
integração entre a equipe de saúde e a
desenvolver medidas simples de manejo
população adscrita à UBS, considerando as
ambiental e outras formas de intervenção no
características e as finalidades do trabalho de
ambiente para o controle de vetores;
acompanhamento de indivíduos e grupos
VIII - Conhecer o funcionamento das ações e sociais ou coletividades;
serviços do seu território e orientar as pessoas
V - Informar os usuários sobre as datas e
quanto à utilização dos serviços de saúde
horários de consultas e exames agendados;
disponíveis;
@estudarnutri
VI - Participar dos processos de regulação a respectiva formação, respeitada autorização
partir da Atenção Básica para legal.
acompanhamento das necessidades dos
c) Atribuições do ACE:
usuários no que diz respeito a agendamentos
ou desistências de consultas e exames I - Executar ações de campo para pesquisa
solicitados; entomológica, malacológica ou coleta de
reservatórios de doenças;
VII - Exercer outras atribuições que lhes sejam
atribuídas por legislação específica da II - Realizar cadastramento e atualização da
categoria, ou outra normativa instituída pelo base de imóveis para planejamento e definição
gestor federal, municipal ou do Distrito Federal. de estratégias de prevenção, intervenção e
controle de doenças, incluindo, dentre outros, o
Poderão ser consideradas, ainda, atividades do
recenseamento de animais e levantamento de
Agente Comunitário de Saúde, a serem
índice amostral tecnicamente indicado;
realizadas em caráter excepcional, assistidas
por profissional de saúde de nível superior, III - Executar ações de controle de doenças
membro da equipe, após treinamento utilizando as medidas de controle químico,
específico e fornecimento de equipamentos biológico, manejo ambiental e outras ações de
adequados, em sua base geográfica de manejo integrado de vetores;
atuação, encaminhando o paciente para a
unidade de saúde de referência. IV - Realizar e manter atualizados os mapas,
croquis e o reconhecimento geográfico de seu
I - aferir a pressão arterial, inclusive no território; e
domicílio, com o objetivo de promover saúde e
prevenir doenças e agravos; @estudarnutri
V - Executar ações de campo em projetos que
visem avaliar novas metodologias de
II - realizar a medição da glicemia capilar, intervenção para prevenção e controle de
inclusive no domicílio, para o acompanhamento doenças; e
dos casos diagnosticados de diabetes mellitus
e segundo projeto terapêutico prescrito pelas VI - Exercer outras atribuições que lhes sejam
equipes que atuam na Atenção Básica; atribuídas por legislação específica da
categoria, ou outra normativa instituída pelo
III - aferição da temperatura axilar, durante a gestor federal, municipal ou do Distrito Federal.
visita domiciliar;
O ACS e o ACE devem compor uma equipe de
IV - realizar técnicas limpas de curativo, que Atenção Básica (eAB) ou uma equipe de Saúde
são realizadas com material limpo, água da Família (eSF) e serem coordenados por
corrente ou soro fisiológico e cobertura estéril, profissionais de saúde de nível superior
com uso de coberturas passivas, que somente realizado de forma compartilhada entre a
cobre a ferida; e Atenção Básica e a Vigilância em Saúde. Nas
localidades em que não houver cobertura por
V - orientação e apoio, em domicílio, para a
equipe de Atenção Básica (eAB) ou equipe de
correta administração da medicação do
Saúde da Família (eSF), o ACS deve se vincular
paciente em situação de vulnerabilidade.
à equipe da Estratégia de Agentes
Importante ressaltar que os ACS só realizarão a Comunitários de Saúde (EACS). Já o ACE,
execução dos procedimentos que requeiram nesses casos, deve ser vinculado à equipe de
capacidade técnica específica se detiverem a vigilância em saúde do município e sua
supervisão técnica deve ser realizada por
profissional com comprovada capacidade
@estudarnutri
técnica, podendo estar vinculado à equipe de responsabilidade das equipes que atuam na
atenção básica, ou saúde da família, ou a outro AB, a integração entre as ações de Atenção
serviço a ser definido pelo gestor local. Básica e Vigilância em Saúde deve ser
concreta, de modo que se recomenda a adoção
5. DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO
de um território único para ambas as equipes,
BÁSICA
em que o Agente de Combate às Endemias
A Atenção Básica como contato preferencial trabalhe em conjunto com o Agente Comunitário
dos usuários na rede de atenção à saúde de Saúde e os demais membros da equipe
orienta-se pelos princípios e diretrizes do SUS, multiprofissional de AB na identificação das
a partir dos quais assume funções e necessidades de saúde da população e no
características específicas. Considera as planejamento das intervenções clínicas e
pessoas em sua singularidade e inserção sanitárias.
sociocultural, buscando produzir a atenção
Possibilitar, de acordo com a necessidade e
integral, por meio da promoção da saúde, da
conformação do território, através de
prevenção de doenças e agravos, do
pactuação e negociação entre gestão e
diagnóstico, do tratamento, da reabilitação e da
equipes, que o usuário possa ser atendido fora
redução de danos ou de sofrimentos que
de sua área de cobertura, mantendo o diálogo e
possam comprometer sua autonomia.
a informação com a equipe de referência.
Dessa forma, é fundamental que o processo de
II - Responsabilização Sanitária - Papel que as
trabalho na Atenção Básica se caracteriza por:
equipes devem assumir em seu território de
I - Definição do território e Territorialização - A referência (adstrição), considerando questões
gestão deve definir o território de sanitárias, ambientais (desastres, controle da
responsabilidade de cada equipe, e esta deve
@estudarnutri
água, solo, ar), epidemiológicas (surtos,
conhecer o território de atuação para epidemias, notificações, controle de agravos),
programar suas ações de acordo com o perfil e culturais e socioeconômicas, contribuindo por
as necessidades da comunidade, considerando meio de intervenções clínicas e sanitárias nos
diferentes elementos para a cartografia: problemas de saúde da população com
ambientais, históricos, demográficos, residência fixa, os itinerantes (população em
geográficos, econômicos, sanitários, sociais, situação de rua, ciganos, circenses, andarilhos,
culturais, etc. Importante refazer ou acampados, assentados, etc) ou mesmo
complementar a territorialização sempre que trabalhadores da área adstrita.
necessário, já que o território é vivo. Nesse
III - Porta de Entrada Preferencial - A
processo, a Vigilância em Saúde (sanitária,
responsabilização é fundamental para a
ambiental, epidemiológica e do trabalhador) e a
efetivação da Atenção Básica como contato e
Promoção da Saúde se mostram como
porta de entrada preferencial da rede de
referenciais essenciais para a identificação da
atenção, primeiro atendimento às
rede de causalidades e dos elementos que
urgências/emergências, acolhimento,
exercem determinação sobre o processo
organização do escopo de ações e do processo
saúde-doença, auxiliando na percepção dos
de trabalho de acordo com demandas e
problemas de saúde da população por parte da
necessidades da população, através de
equipe e no planejamento das estratégias de
estratégias diversas (protocolos e diretrizes
intervenção.
clínicas, linhas de cuidado e fluxos de
Além dessa articulação de olhares para a encaminhamento para os outros pontos de
compreensão do território sob a atenção da RAS, etc). Caso o usuário acesse a
rede através de outro nível de atenção, ele deve
@estudarnutri
ser referenciado à Atenção Básica para que VI - O acolhimento deve estar presente em
siga sendo acompanhado, assegurando a todas as relações de cuidado, nos encontros
continuidade do cuidado. entre trabalhadores de saúde e usuários, nos
atos de receber e escutar as pessoas, suas
IV - Adscrição de usuários e desenvolvimento
necessidades, problematizando e
de relações de vínculo e responsabilização
reconhecendo como legítimas, e realizando
entre a equipe e a população do seu território
avaliação de risco e vulnerabilidade das
de atuação, de forma a facilitar a adesão do
famílias daquele território, sendo que quanto
usuário ao cuidado compartilhado com a
maior o grau de vulnerabilidade e risco, menor
equipe (vinculação de pessoas e/ou famílias e
deverá ser a quantidade de pessoas por
grupos a profissionais/equipes, com o objetivo
equipe, com especial atenção para as
de ser referência para o seu cuidado).
condições crônicas.
V - Acesso - A unidade de saúde deve acolher
Considera-se condição crônica aquela de curso
todas as pessoas do seu território de
mais ou me-nos longo ou permanente que exige
referência, de modo universal e sem
resposta e ações contínuas, proativas e
diferenciações excludentes. Acesso tem relação
integradas do sistema de atenção à saúde, dos
com a capacidade do serviço em responder às
profissionais de saúde e das pessoas usuárias
necessidades de saúde da população
para o seu controle efetivo, eficiente e com
(residente e itinerante). Isso implica dizer que
qualidade.
as necessidades da população devem ser o
principal referencial para a definição do Ressalta-se a importância de que o
escopo de ações e serviços a serem ofertados, acolhimento aconteça durante todo o horário
para a forma como esses serão organizados e de funcionamento da UBS, na organização dos
para o todo o funcionamento da UBS, @estudarnutri
fluxos de usuários na unidade, no
permitindo diferenciações de horário de estabelecimento de avaliações de risco e
atendimento (estendido, sábado, etc), formas de vulnerabilidade, na definição de modelagens
agendamento (por hora marcada, por telefone, de escuta (individual, coletiva, etc), na gestão
e-mail, etc), e outros, para assegurar o acesso. das agendas de atendimento individual, nas
Pelo mesmo motivo, recomenda-se evitar ofertas de cuidado multidisciplinar, etc.
barreiras de acesso como o fechamento da
A saber, o acolhimento à demanda espontânea
unidade durante o horário de almoço ou em
na Atenção Básica pode se constituir como:
períodos de férias, entre outros, impedindo ou
restringindo a acesso da população. a. Mecanismo de ampliação/facilitação do
Destaca-se que horários alternativos de acesso - a equipe deve atender todos as
funcionamento que atendam expressamente a pessoas que chegarem na UBS, conforme sua
necessidade da população podem ser necessidade, e não apenas determinados
pactuados através das instâncias de grupos populacionais, ou agravos mais
participação social e gestão local. prevalentes e/ou fragmentados por ciclo de
vida. Dessa forma a ampliação do acesso
Importante ressaltar também que para garantia
ocorre também contemplando a agenda
do acesso é necessário acolher e resolver os
programada e a demanda espontânea,
agravos de maior incidência no território e não
abordando as situações con-forme suas
apenas as ações programáticas, garantindo um
especificidades, dinâmicas e tempo.
amplo escopo de ofertas nas unidades, de
modo a concentrar recursos e maximizar b. Postura, atitude e tecnologia do cuidado - se
ofertas. estabelece nas relações entre as pessoas e os
@estudarnutri
trabalhadores, nos modos de escuta, na disponíveis em diretrizes e protocolos
maneira de lidar com o não previsto, nos modos assistenciais definidos no SUS.
de construção de vínculos (sensibilidade do
O processo de trabalho das equipes deve estar
trabalhador, posicionamento ético situacional),
organizado de modo a permitir que casos de
podendo facilitar a continuidade do cuidado ou
urgência/emergência tenham prioridade no
facilitando o acesso sobretudo para aqueles
atendimento, independentemente do número
que procuram a UBS fora das consultas ou
de consultas agendadas no período. Caberá à
atividades agendadas.
UBS prover atendimento adequado à situação e
c. Dispositivo de (re)organização do processo dar suporte até que os usuários sejam
de trabalho em equipe - a implantação do acolhidos em outros pontos de atenção da RAS.
acolhimento pode provocar mudanças no modo
As informações obtidas no acolhimento com
de organização das equipes, relação entre
classificação de risco deverão ser registradas
trabalhadores e modo de cuidar. Para acolher a
em prontuário do cidadão (físico ou
demanda espontânea com equidade e
preferencialmente eletrônico).
qualidade, não basta distribuir senhas em
número limitado, nem é possível encaminhar Os desfechos do acolhimento com classificação
todas as pessoas ao médico, aliás o de risco poderão ser definidos como: 1-
acolhimento não deve se restringir à triagem consulta ou procedimento imediato;
clínica. Organizar a partir do acolhimento exige
que a equipe reflita sobre o conjunto de ofertas 1. consulta ou procedimento em horário
que ela tem apresentado para lidar com as disponível no mesmo dia;
necessidades de saúde da população e 2. agendamento de consulta ou procedimento
território. Para isso é importante que a equipe @estudarnutri
em data futura, para usuário do território;
defina quais profissionais vão receber o
usuário que chega; como vai avaliar o risco e 3. procedimento para resolução de demanda
vulnerabilidade; fluxos e protocolos para simples prevista em protocolo, como renovação
encaminhamento; como organizar a agenda de receitas para pessoas com condições
dos profissionais para o cuidado; etc. crônicas, condições clínicas estáveis ou
solicitação de exames para o seguimento de
Destacam-se como importantes ações no
linha de cuidado bem definida;
processo de avaliação de risco e
vulnerabilidade na Atenção Básica o 4. encaminhamento a outro ponto de atenção
Acolhimento com Classificação de Risco (a) e a da RAS, mediante contato prévio, respeitado o
Estratificação de Risco (b). protocolo aplicável; e
a) Acolhimento com Classificação de Risco: 5. orientação sobre territorialização e fluxos da
escuta qualificada e comprometida com a RAS, com indicação específica do serviço de
avaliação do potencial de risco, agravo à saúde saúde que deve ser procurado, no município ou
e grau de sofrimento dos usuários, fora dele, nas demandas em que a
considerando dimensões de expressão (física, classificação de risco não exija atendimento no
psíquica, social, etc) e gravidade, que momento da procura do serviço.
possibilita priorizar os atendimentos a eventos
b) Estratificação de risco: É o processo pelo qual
agudos (condições agudas e agudizações de
se utiliza critérios clínicos, sociais, econômicos,
condições crônicas) conforme a necessidade, a
familiares e outros, com base em diretrizes
partir de critérios clínicos e de vulnerabilidade
clínicas, para identificar subgrupos de acordo
com a complexidade da condição crônica de
@estudarnutri
saúde, com o objetivo de diferenciar o cuidado gestão da clínica e promoção da saúde, para
clínico e os fluxos que cada usuário deve seguir ampliação da resolutividade e abrangência da
na Rede de Atenção à Saúde para um cuidado AB.
integral.
Entende-se por ferramentas de Gestão da
A estratificação de risco da população adscrita Clínica um conjunto de tecnologias de
a determinada UBS é fundamental para que a microgestão do cuidado destinado a promover
equipe de saúde organize as ações que devem uma atenção à saúde de qualidade, como
ser oferecidas a cada grupo ou estrato de protocolos e diretrizes clínicas, planos de ação,
risco/vulnerabilidade, levando em linhas de cuidado, projetos terapêuticos
consideração a necessidade e adesão dos singulares, genograma, ecomapa, gestão de
usuários, bem como a racionalidade dos listas de espera, auditoria clínica, indicadores
recursos disponíveis nos serviços de saúde. de cuidado, entre outras. Para a utilização
dessas ferramentas, deve-se considerar a
VII - Trabalho em Equipe Multiprofissional -
clínica centrada nas pessoas; efetiva,
Considerando a diversidade e complexidade
estruturada com base em evidências
das situações com as quais a Atenção Básica
científicas; segura, que não cause danos às
lida, um atendimento integral requer a
pessoas e aos profissionais de saúde; eficiente,
presença de diferentes formações profissionais
oportuna, prestada no tempo certo; equitativa,
trabalhando com ações compartilhadas, assim
de forma a reduzir as desigualdades e que a
como, com processo interdisciplinar centrado
oferta do atendimento se dê de forma
no usuário, incorporando práticas de vigilância,
humanizada.
promoção e assistência à saúde, bem como
matriciamento ao processo de trabalho VIII - Promover atenção integral, contínua e
cotidiano. É possível integrar também @estudarnutri
organizada à população adscrita, com base
profissionais de outros níveis de atenção. nas necessidades sociais e de saúde, através
do estabelecimento de ações de continuidade
VIII - Resolutividade - Capacidade de
informacional, interpessoal e longitudinal com a
identificar e intervir nos riscos, necessidades e
população. A Atenção Básica deve buscar a
demandas de saúde da população, atingindo a
atenção integral e de qualidade, resolutiva e
solução de problemas de saúde dos usuários. A
que contribua para o fortalecimento da
equipe deve ser resolutiva desde o contato
autonomia das pessoas no cuidado à saúde,
inicial, até demais ações e serviços da AB de
estabelecendo articulação orgânica com o
que o usuário necessite. Para tanto, é preciso
conjunto da rede de atenção à saúde. Para o
garantir amplo escopo de ofertas e abordagens
alcance da integralidade do cuidado, a equipe
de cuidado, de modo a concentrar recursos,
deve ter noção sobre a ampliação da clínica, o
maximizar as ofertas e melhorar o cuidado,
conhecimento sobre a realidade local, o
encaminhando de forma qualificada o usuário
trabalho em equipe multiprofissional e
que necessite de atendimento especializado.
transdisciplinar, e a ação intersetorial.
Isso inclui o uso de diferentes tecnologias e
abordagens de cuidado individual e coletivo, Para isso pode ser necessário realizar de ações
por meio de habilidades das equipes de saúde de atenção à saúde nos estabelecimentos de
para a promoção da saúde, prevenção de Atenção Básica à saúde, no domicílio, em locais
doenças e agravos, proteção e recuperação da do território (salões comunitários, escolas,
saúde, e redução de danos. Importante creches, praças, etc.) e outros espaços que
promover o uso de ferramentas que apoiem e comportem a ação planejada.
qualifiquem o cuidado realizado pelas equipes,
como as ferramentas da clínica ampliada,
@estudarnutri
IX - Realização de ações de atenção domiciliar das condições de vida e saúde de indivíduos e
destinada a usuários que possuam problemas coletivos, através de estratégias transversais
de saúde controlados/compensados e com que estimulem a aquisição de novas atitudes
dificuldade ou impossibilidade física de entre as pessoas, favorecendo mudanças para
locomoção até uma Unidade Básica de Saúde, modos de vida mais saudáveis e sustentáveis.
que necessitam de cuidados com menor
Embora seja recomendado que as ações de
frequência e menor necessidade de recursos
promoção da saúde estejam pautadas nas
de saúde, para famílias e/ou pessoas para
necessidades e demandas singulares do
busca ativa, ações de vigilância em saúde e
território de atuação da AB, denotando uma
realizar o cuidado compartilhado com as
ampla possibilidade de temas para atuação,
equipes de atenção domiciliar nos casos de
destacam-se alguns de relevância geral na
maior complexidade.
população brasileira, que devem ser
X - Programação e implementação das considerados na abordagem da Promoção da
atividades de atenção à saúde de acordo com Saúde na AB: alimentação adequada e
as necessidades de saúde da população, com saudável; práticas corporais e atividade física;
a priorização de intervenções clínicas e enfrentamento do uso do tabaco e seus
sanitárias nos problemas de saúde segundo derivados; enfrentamento do uso abusivo de
critérios de frequência, risco, vulnerabilidade e álcool; promoção da redução de danos;
resiliência. Inclui-se aqui o planejamento e promoção da mobilidade segura e sustentável;
organização da agenda de trabalho promoção da cultura de paz e de direitos
compartilhada de todos os profissionais, e humanos; promoção do desenvolvimento
recomenda- se evitar a divisão de agenda sustentável.
segundo critérios de problemas de saúde, @estudarnutri
XII - Desenvolvimento de ações de prevenção
ciclos de vida, gênero e patologias dificultando
de doenças e agravos em todos os níveis de
o acesso dos usuários. Recomenda-se a
acepção deste termo (primária, secundária,
utilização de instrumentos de planejamento
terciária e quartenária), que priorizem
estratégico situacional em saúde, que seja
determinados perfis epidemiológicos e os
ascendente e envolva a participação popular
fatores de risco clínicos, comportamentais,
(gestores, trabalhadores e usuários).
alimentares e/ou ambientais, bem como
XI - Implementação da Promoção da Saúde aqueles determinados pela produção e
como um princípio para o cuidado em saúde, circulação de bens, prestação de serviços de
entendendo que, além da sua importância para interesse da saúde, ambientes e processos de
o olhar sobre o território e o perfil das pessoas, trabalho. A finalidade dessas ações é prevenir o
considerando a determinação social dos aparecimento ou a persistência de doenças,
processos saúde-doença para o planejamento agravos e complicações preveníveis, evitar
das intervenções da equipe, contribui também intervenções desnecessárias e iatrogênicas e
para a qualificação e diversificação das ofertas ainda estimular o uso racional de
de cuidado. A partir do respeito à autonomia medicamentos.
dos usuários, é possível estimular formas de
Para tanto é fundamental a integração do
andar a vida e comportamentos com prazer que
trabalho entre Atenção Básica e Vigilância em
permaneçam dentro de certos limites sensíveis
Saúde, que é um processo contínuo e
entre a saúde e a doença, o saudável e o
sistemático de coleta, consolidação, análise e
prejudicial, que sejam singulares e viáveis para
disseminação de dados sobre eventos
cada pessoa. Ainda, numa acepção mais
relacionados à saúde, visando ao planejamento
ampla, é possível estimular a transformação
e a implementação de medidas de saúde
@estudarnutri
pública para a proteção da saúde da A coordenação deve ser realizada por
população, a prevenção e controle de riscos, profissionais de nível superior das equipes que
agravos e doenças, bem como para a atuam na Atenção Básica.
promoção da saúde.
XIII - Desenvolvimento de ações educativas por
As ações de Vigilância em Saúde estão parte das equipes que atuam na AB, devem ser
inseridas nas atribuições de todos os sistematizadas de forma que possam interferir
profissionais da Atenção Básica e envolvem no processo de saúde-doença da população,
práticas e processos de trabalho voltados para: no desenvolvimento de autonomia, individual e
coletiva, e na busca por qualidade de vida e
a. vigilância da situação de saúde da
promoção do autocuidado pelos usuários.
população, com análises que subsidiem o
planejamento, estabelecimento de prioridades XIV - Desenvolver ações intersetoriais, em
e estratégias, monitoramento e avaliação das interlocução com escolas, equipamentos do
ações de saúde pública; SUAS, associações de moradores,
equipamentos de segurança, entre outros, que
b. detecção oportuna e adoção de medidas
tenham relevância na comunidade, integrando
adequadas para a resposta de saúde pública;
projetos e redes de apoio social, voltados para
c. vigilância, prevenção e controle das doenças o desenvolvimento de uma atenção integral;
transmissíveis; e
XV - Implementação de diretrizes de
d. vigilância das violências, das doenças qualificação dos modelos de atenção e gestão,
crônicas não transmissíveis e acidentes. tais como, a participação coletiva nos
processos de gestão, a valorização, fomento a
A AB e a Vigilância em Saúde deverão @estudarnutri autonomia e protagonismo dos diferentes
desenvolver ações integradas visando à sujeitos implicados na produção de saúde,
promoção da saúde e prevenção de doenças autocuidado apoiado, o compromisso com a
nos territórios sob sua responsabilidade. Todos ambiência e com as condições de trabalho e
profissionais de saúde deverão realizar a cuidado, a constituição de vínculos solidários, a
notificação compulsória e conduzir a identificação das necessidades sociais e
investigação dos casos suspeitos ou organização do serviço em função delas, entre
confirmados de doenças, agravos e outros outras;
eventos de relevância para a saúde pública,
conforme protocolos e normas vigentes. XVI - Participação do planejamento local de
saúde, assim como do monitoramento e a
Compete à gestão municipal reorganizar o avaliação das ações na sua equipe, unidade e
território, e os processos de trabalho de acordo município; visando à readequação do processo
com a realidade local. de trabalho e do planejamento frente às
necessidades, realidade, dificuldades e
A integração das ações de Vigilância em Saúde
com Atenção Básica, pressupõe a possibilidades analisadas.
reorganização dos processos de trabalho da O planejamento ascendente das ações de
equipe, a integração das bases territoriais saúde deverá ser elaborado de forma integrada
(território único), preferencialmente e rediscutir nos âmbitos das equipes, dos municípios, das
as ações e atividades dos agentes regiões de saúde e do Distrito Federal,
comunitários de saúde e do agentes de partindo-se do reconhecimento das realidades
combate às endemias, com definição de papéis presentes no território que influenciam a saúde,
e responsabilidades. condicionando as ofertas da Rede de Atenção
@estudarnutri
Saúde de acordo com a necessidade/demanda essencialmente em espaços institucionalizados,
da população, com base em parâmetros que sejam parte do cotidiano das equipes
estabelecidos em evidências científicas, (reuniões, fóruns territoriais, entre outros),
situação epidemiológica, áreas de risco e devendo ter espaço garantido na carga horária
vulnerabilidade do território adscrito. dos trabalhadores e contemplar a qualificação
de todos da equipe multiprofissional, bem como
As ações em saúde planejadas e propostas
os gestores.
pelas equipes deverão considerar o elenco de
oferta de ações e de serviços prestados na AB, Algumas estratégias podem se aliar a esses
os indicadores e parâmetros, pactuados no espaços institucionais em que equipe e
âmbito do SUS. gestores refletem, aprendem e trans-formam os
processos de trabalho no dia-a-dia, de modo a
As equipes que atuam na AB deverão manter
potencializá-los, tais como Cooperação
atualizadas as informações para construção
Horizontal, Apoio Institucional, Tele Educação,
dos indicadores estabelecidos pela gestão,
Formação em Saúde.
com base nos parâmetros pactuados
alimentando, de forma digital, o sistema de Entende-se que o apoio institucional deve ser
informação de Atenção Básica vigente; pensado como uma função gerencial que busca
a reformulação do modo tradicional de se fazer
XVII - Implantar estratégias de Segurança do
coordenação, planejamento, supervisão e
Paciente na AB, estimulando prática
avaliação em saúde. Ele deve assumir como
assistencial segura, envolvendo os pacientes
objetivo a mudança nas organizações, tomando
na segurança, criando mecanismos para evitar
como matéria-prima os problemas e tensões do
erros, garantir o cui-dado centrado na pessoa,
cotidiano Nesse sentido, pressupõe-se o
realizando planos locais de segurança do @estudarnutri
esforço de transformar os modelos de gestão
paciente, fornecendo melhoria contínua
verticalizados em relações horizontais que
relacionando a identificação, a prevenção, a
ampliem a democratização, autonomia e
detecção e a redução de riscos.
compromisso dos trabalhadores e gestores,
XVIII - Apoio às estratégias de fortalecimento baseados em relações contínuas e solidárias.
da gestão local e do controle social,
A Formação em Saúde, desenvolvida por meio
participando dos conselhos locais de saúde de
da relação entre trabalhadores da AB no
sua área de abrangência, assim como, articular
território (estágios de graduação e residências,
e incentivar a participação dos trabalhadores e
projetos de pesquisa e extensão, entre outros),
da comunidade nas reuniões dos conselhos
beneficiam AB e instituições de ensino e
locais e municipal; e
pesquisa, trabalhadores, docentes e discentes
XIX - Formação e Educação Permanente em e, acima de tudo, a população, com
Saúde, como parte do processo de trabalho das profissionais de saúde mais qualificados para
equipes que atuam na Atenção Básica. a atuação e com a produção de conhecimento
Considera-se Educação Permanente em Saúde na AB. Para o fortalecimento da integração
(EPS) a aprendizagem que se desenvolve no entre ensino, serviços e comunidade no âmbito
trabalho, onde o aprender e o ensinar se do SUS, destaca-se a estratégia de celebração
incorporam ao cotidiano das organizações e do de instrumentos contratuais entre instituições
trabalho, baseandose na aprendizagem de ensino e serviço, como forma de garantir o
significativa e na possibilidade de transformar acesso a todos os estabelecimentos de saúde
as práticas dos trabalhadores da saúde. Nesse sob a responsabilidade do gestor da área de
contexto, é importante que a EPS se desenvolva saúde como cenário de práticas para a
formação no âmbito da graduação e da
@estudarnutri
residência em saúde no SUS, bem como de O financiamento federal para as ações de
estabelecer atribuições das partes Atenção Básica deverá ser composto por:
relacionadas ao funcionamento da integração
I - Recursos per capita; que levem em
ensino-serviço- comunidade.
consideração aspectos sociodemográficos e
Além dessas ações que se desenvolvem no epidemiológicos;
cotidiano das equipes, de forma complementar,
II - Recursos que estão condicionados à
é possível oportunizar processos formativos
implantação de estratégias e programas da
com tempo definido, no intuito de desenvolver
Atenção Básica, tais como os recursos
reflexões, conhecimentos, competências,
específicos para os municípios que
habilidades e atitudes específicas, através dos
implantarem, as equipes de Saúde da Família
processos de Educação Continuada,
(eSF), as equipes de Atenção Básica (eAB), as
igualmente como estratégia para a qualificação
equipes de Saúde Bucal (eSB), de Agentes
da AB. As ofertas educacionais devem, de todo
Comunitários de Saúde (EACS), dos Núcleos
modo, ser indissociadas das temáticas
Ampliado de Saúde da Família e Atenção
relevantes para a Atenção Básica e da
Básica (Nasf-AB), dos Consultórios na Rua (eCR),
dinâmica cotidiana de trabalho dos
de Saúde da Família Fluviais (eSFF) e
profissionais.
Ribeirinhas (eSFR) e Programa Saúde na Escola
e Programa Academia da Saúde;
6. DO FINANCIAMENTO DAS AÇÕES DE III - Recursos condicionados à abrangência da
ATENÇÃO BÁSICA oferta de ações e serviços;
O financiamento da Atenção Básica deve ser IV - Recursos condicionados ao desempenho
@estudarnutri
tripartite e com detalhamento apresentado pelo dos serviços de Atenção Básica com
Plano Municipal de Saúde garantido nos parâmetros, aplicação e comparabilidade
instrumentos conforme especificado no Plano nacional, tal como o Programa de Melhoria de
Nacional, Estadual e Municipal de gestão do Acesso e Qualidade;
SUS. No âmbito federal, o montante de recursos
V - Recursos de investimento;
financeiros destinados à viabilização de ações
de Atenção Básica à saúde compõe o bloco de Os critérios de alocação dos recursos da AB
financiamento de Atenção Básica (Bloco AB) e deverão se ajustar conforme a regulamentação
parte do bloco de financiamento de de transferência de recursos federais para o
investimento e seus recursos deverão ser financiamento das ações e serviços públicos de
utilizados para financiamento das ações de saúde no âmbito do SUS, respeitando
Atenção Básica. especificidades locais, e critério definido na LC
141/2012.
Os repasses dos recursos da AB aos municípios
são efetuados em conta aberta I - Recurso per capita:
especificamente para este fim, de acordo com a
normatização geral de transferências de O recurso per capita será transferido
recursos fundo a fundo do Ministério da Saúde mensalmente, de forma regular e automática,
com o objetivo de facilitar o acompanhamento do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos
pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos Municipais de Saúde e do Distrito Federal com
municípios, dos estados e do Distrito Federal. base num valor multiplicado pela população do
Município.
@estudarnutri
A população de cada município e do Distrito vigente no mês anterior ao da respectiva
Federal será a população definida pelo IBGE e competência financeira.
publicada em portaria específica pelo
3. O repasse mensal dos recursos para o
Ministério da Saúde.
custeio das Equipes de Saúde Bucal será
II - Recursos que estão condicionados à publicado em portaria específica.
implantação de estratégias e programas da
4. Equipe Saúde da Família comunidades
Atenção Básica
Ribeirinhas e Fluviais
1. Equipe de Saúde da Família (eSF): os valores
4.1. Equipes Saúde da Família Ribeirinhas
dos incentivos financeiros para as equipes de
(eSFR): os valores dos incentivos financeiros
Saúde da Família implantadas serão prioritário
para as equipes de Saúde da Família
e superior, transferidos a cada mês, tendo como
Ribeirinhas (eSFR) implantadas serão
base o número de equipe de Saúde da Família
transferidos a cada mês, tendo como base o
(eSF) registrados no sistema de Cadastro
número de equipe de Saúde da Família
Nacional vigente no mês anterior ao da
Ribeirinhas (eSFR) registrados no sistema de
respectiva competência financeira.
Cadastro Nacional vigente no mês anterior ao
O valor do repasse mensal dos recursos para o da respectiva competência financeira.
custeio das equipes de Saúde da Família será
O valor do repasse mensal dos recursos para o
publicado em portaria específica
custeio das equipes de Saúde da Família
2. Equipe de Atenção Básica (eAB): os valores Ribeirinhas (eSFR) será publicado em portaria
dos incentivos financeiros para as equipes de específica e poderá ser agregado um valor nos
Atenção Básica (eAB) implantadas serão casos em que a equipe necessite de transporte
@estudarnutri
transferidos a cada mês, tendo como base o fluvial para acessar as comunidades
número de equipe de Atenção Básica (eAB) ribeirinhas adscritas para execução de suas
registrados no Sistema de Cadastro Nacional atividades.
de Estabelecimentos de Saúde vigente no mês
4.2. Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF):
anterior ao da respectiva competência
os valores dos incentivos financeiros para as
financeira.
equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF)
O percentual de financiamento das equipes de implantadas serão transferidos a cada mês,
Atenção Básica (eAB), será definido pelo tendo como base o número de Unidades
Ministério da Saúde, a depender da Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) registrados
disponibilidade orçamentária e demanda de no sistema de Cadastro Nacional vigente no
credenciamento. mês anterior ao da respectiva competência
financeira.
1. Equipe de Saúde Bucal (eSB): Os valores dos
incentivos financeiros quando as equipes de O valor do repasse mensal dos recursos para o
Saúde da Família (eSF) e/ou Atenção Básica custeio das Unidades Básicas de Saúde
(eAB) forem compostas por profissionais de Fluviais será publicado em portaria específica.
Saúde Bucal, serão transferidos a cada mês, o Assim como, os critérios mínimos para o custeio
valor correspondente a modalidade, tendo das Unidades preexistentes ao Programa de
como base o número de equipe de Saúde Bucal Construção de Unidades Básicas de Saúde
(eSB) registrados no Sistema de Cadastro Fluviais.
Nacional de Estabelecimentos de Saúde
4.3. Equipes Consultório na Rua (eCR)
@estudarnutri
Os valores do incentivo financeiro para as III - Do credenciamento
equipes dos Consultórios na Rua (eCR)
Para a solicitação de credenciamento dos
implantadas serão transferidos a cada mês,
Serviços e de todas as equipes que atuam na
tendo como base a modalidade e o número de
Atenção Básica, pelos Municípios e Distrito
equipes cadastradas no sistema de Cadastro
Federal, deve-se obedecer aos seguintes
Nacional vigente no mês anterior ao da
critérios:
respectiva competência financeira.
I - Elaboração da proposta de projeto de
Os valores do repasse mensal que as equipes
credenciamento das equipes que atuam na
dos Consultórios na Rua (eCR) farão jus será
Atenção Básica, pelos Municípios/Distrito
definido em portaria específica.
Federal;
5. Núcleo Ampliado de Saúde da Família e
a. O Ministério da Saúde disponibilizará um
Atenção Básica (NASF-AB) O valor do incentivo
Manual com as orientações para a elaboração
federal para o custeio de cada NASFAB,
da proposta de projeto, considerando as
dependerá da sua modalidade (1, 2 ou 3) e será
diretrizes da Atenção Básica;
determinado em portaria específica. Os valores
dos incentivos financeiros para os NASF-AB b. A proposta do projeto de credenciamento das
implantados serão transferidos a cada mês, equipes que atuam na Atenção Básica deverá
tendo como base o número de NASF-AB estar aprovada pelo respectivo Conselho de
cadastrados no SCNES vigente. Saúde Municipal ou Conselho de Saúde do
Distrito Federal; e
6. Estratégia de Agentes Comunitários de
Saúde (ACS) Os valores dos incentivos c. As equipes que atuam na Atenção Básica que
financeiros para as equipes de ACS (EACS) @estudarnutri receberão incentivo de custeio fundo a fundo
implantadas são transferidos a cada mês, devem estar inseridas no plano de saúde e
tendo como base o número de Agentes programação anual.
Comunitários de Saúde (ACS), registrados no
sistema de Cadastro Nacional vigente no mês II - Após o recebimento da proposta do projeto
anterior ao da respectiva competência de credenciamento das eABs, as Secretarias
financeira. Será repassada uma parcela extra, Estaduais de Saúde, conforme prazo a ser
no último trimestre de cada ano, cujo valor será publicado em portaria específica, deverão
calculado com base no número de Agentes realizar:
Comunitários de Saúde, registrados no a. Análise e posterior encaminhamento das
cadastro de equipes e profissionais do SCNES,
propostas para aprovação da Comissão
no mês de agosto do ano vigente. Intergestores Bipartite (CIB); e
A efetivação da transferência dos recursos
b. após aprovação na CIB, encaminhar, ao
financeiros descritos no item B tem por base os Ministério da Saúde, a Resolução com o
dados de alimentação obrigatória do Sistema número de equipes por estratégia e
de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de
modalidades, que pleiteiam recebimento de
Saúde, cuja responsabilidade de manutenção e incentivos financeiros da atenção básica.
atualização é dos gestores dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, estes devem Parágrafo único: No caso do Distrito Federal a
transferir os dados mensalmente, para o proposta de projeto de credenciamento das
Ministério da Saúde, de acordo com o equipes que atuam na Atenção Básica deverá
cronograma definido anualmente pelo SCNES. ser diretamente encaminhada ao
@estudarnutri
Departamento de Atenção Básica do Ministério b. não envio de informação (produção) por meio
da Saúde. de Sistema de Informação da Atenção Básica
vigente por três meses consecutivos, conforme
III - O Ministério da Saúde realizará análise do
normativas específicas.
pleito da Resolução CIB ou do Distrito Federal
de acordo com o teto de equipes, critérios - identificado, por meio de auditoria federal,
técnicos e disponibilidade orçamentária; e estadual e municipal, malversação ou desvio de
finalidade na utilização dos recursos.
IV - Após a publicação de Portaria de
credenciamento das novas equipes no Diário Sobre a suspensão do repasse dos recursos
Oficial da União, a gestão municipal deverá referentes ao item II: O Ministério da Saúde
cadastrar a(s) equipe(s) no Sistema de Cadastro suspenderá os repasses dos incentivos
Nacional de Estabelecimento de Saúde , num referentes às equipes e aos serviços citados
prazo máximo de 4 (quatro) meses, a contar a acima, nos casos em que forem constatadas,
partir da data de publicação da referida por meio do monitoramento e/ou da supervisão
Portaria, sob pena de descredenciamento da(s) direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria
equipe(s) caso esse prazo não seja cumprido. Estadual de Saúde ou por auditoria do
DENASUS ou dos órgãos de controle
Para recebimento dos incentivos
competentes, qualquer uma das seguintes
correspondentes às equipes que atuam na
situações:
Atenção Básica, efetivamente credenciadas em
portaria e cadastradas no Sistema de Cadastro I - inexistência de unidade básica de saúde
Nacional de Estabelecimentos de Saúde, os cadastrada para o trabalho das equipes e/ou;
Municípios/Distrito Federal, deverão alimentar
II - ausência, por um período superior a 60
os dados no sistema de informação da Atenção @estudarnutri
dias, de qualquer um dos profissionais que
Básica vigente, comprovando,
compõem as equipes descritas no item B, com
obrigatoriamente, o início e execução das
exceção dos períodos em que a contratação de
atividades.
profissionais esteja impedida por legislação
específica, e/ou;
1. Suspensão do repasse de recursos do Bloco III - descumprimento da carga horária mínima
da Atenção Básica prevista para os profissionais das equipes; e
ausência de alimentação regular de dados no
O Ministério da Saúde suspenderá o repasse
Sistema de Informação da Atenção Básica
de recursos da Atenção Básica aos municípios
vigente.
e ao Distrito Federal, quando:
Especificamente para as equipes de saúde da
I - Não houver alimentação regular, por parte
família (eSF) e equipes de Atenção Básica (eAB)
dos municípios e do Distrito Federal, dos
com os profissionais de saúde bucal.
bancos de dados nacionais de informação,
como: As equipes de Saúde da Família (eSF) e equipes
de Atenção Básica (eAB) que sofrerem
a. inconsistência no Sistema de Cadastro
suspensão de recurso, por falta de profissional
Nacional de Estabelecimentos de Saúde
conforme previsto acima, poderão manter os
(SCNES) por duplicidade de profissional,
incentivos financeiros específicos para saúde
ausência de profissional da equipe mínima ou
bucal, conforme modalidade de implantação.
erro no registro, con-forme normatização
vigente; e
@estudarnutri
Parágrafo único: A suspensão será mantida até Distrito Federal, o ofício deverá ser
a adequação das irregularidades identificadas. encaminhado diretamente ao DAB/SAS/MS.
Princípios: Diretrizes:
UNIVERSALIDADE
possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços
de saúde de qualidade e resolutivos, caracterizados
como a porta de entrada aberta e preferencial da
RAS (primeiro contato), acolhendo as pessoas e
promovendo a vinculação e corresponsabilização
pela atenção às suas necessidades de saúde. a
partir daí construir respostas para suas demandas e
necessidades.
Política Nacional de Atenção Básica
Princípios da Atenção Básica:
EQUIDADE
ofertar o cuidado, reconhecendo as diferenças nas
condições de vida e saúde e de acordo com as
necessidades das pessoas, considerando que o
direito à saúde passa pelas diferenciações sociais
e deve atender à diversidade.
Política Nacional de Atenção Básica
Princípios da Atenção Básica:
INTEGRALIDADE
É o conjunto de serviços executados pela equipe de saúde que
atendam às necessidades da população adscrita nos campos
do cuidado, da promoção e manutenção da saúde, da
prevenção de doenças e agravos, da cura, da reabilitação,
redução de danos e dos cuidados paliativos. Inclui a
responsabilização pela oferta de serviços em outros pontos de
atenção à saúde e o reconhecimento adequado das
necessidades biológicas, psicológicas, ambientais e sociais
causadoras das doenças, e manejo das diversas tecnologias de
cuidado e de gestão necessárias a estes fins, além
da ampliação da autonomia das pessoas e coletividade.
Política Nacional de Atenção Básica
Atenção Básica
Porta de entrada
Atenção Básica
Equipe de Saúde
Equipe de Saúde da Bucal
Família
Estratégia de Agentes
Equipe da Atenção Comunitários de Saúde
Básica
Núcleo Ampliado de
Saúde da Família e
Atenção Básica
Política Nacional de Atenção Básica
Atenção Básica
@estudarnutri
NASF
Núcleo Ampliado de Saúde da
Família e Atenção Básica (Nasf-AB)
- médico (preferencialmente da especialidade • Executar, de acordo com a qualificação de
medicina de família e comunidade) cada profissional, os procedimentos de
vigilância à saúde e de vigilância
- enfermeiro (preferencialmente especialista em
epidemiológica, nos diversos ciclos da vida;
saúde da família)
Podendo fazer parte da equipe: o agente de • Prestar assistência integral, respondendo de
combate às endemias (ACE) e os profissionais forma contínua e racionalizada à demanda,
de saúde bucal: cirurgião-dentista, buscando contatos com indivíduos sadios ou
preferencialmente especialista em saúde da doentes, visando promover a saúde por meio
família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal. da educação sanitária;
• Em áreas de grande dispersão territorial, • Discutir, de forma permanente, junto à equipe
áreas de risco e vulnerabilidade social, e à comunidade, o conceito de cidadania,
recomenda-se a cobertura de 100% da enfatizando os direitos de saúde e as bases
população com número máximo de 750 legais que os legitimam;
pessoas por ACS.
• Para equipe de Saúde da Família, há a • Incentivar a formação e/ou participação ativa
obrigatoriedade de carga horária de 40 nos conselhos locais de saúde e no Conselho
Municipal de Saúde
(quarenta) horas semanais para todos os
profissionais de saúde membros da ESF.
Estratégia de Saúde da Família
Estratégia de Saúde da Família
- médico
- enfermeiro
- auxiliar e/ou técnico de enfermagem
- agente comunitário de saúde (ACS).
@estudarnutri
Normas Operacionais Básicas - NOBS
As Normas Operacionais Básicas do SUS, as
NOBS, são dos anos 1991, 1992, 1993 e 1996 e Principais pontos NOB 92
tem o objetivo de colaborar com a
implementação do SUS. Norma parecida com a 91, manteve a
centralização na esfera federal e o INAMPS
Porém, as NOBS 91 e 92 dificultaram o processo continuou responsável pelos repasses de
de descentralização e financiamento do SUS, recursos financeiros e único gestor do SUS.
pois estavam atreladas às diretrizes do
INAMPS. Após movimento popular, foram Principais pontos NOB 93
criadas as NOBS de 93 e 96, com o objetivo de
implementar o SUS. Inicia a descentralização através de
estratégias que visam possibilitar esse
As NOBS apresentam as ações necessárias processo futuramente. Como parte da
para a implantação do Sistema Único de Saúde estratégia foram instituídas as comissões
seguindo o disposto na Constituição Federal e bipartite e tripartite (são o gerenciamento de
nas leis orgânicas de saúde. cada esfera de representantes do governo e da
sociedade), tendo como principal objetivo
Alguns dos objetivos das NOBS: melhorar a articulação, negociação, pactuação
• aprofundar e reorientar a implementação do e integração entre os gestores de cada
SUS; comissão para organizar as ações de melhoria
• definir novos objetivos estratégicos, @estudarnutri do SUS.
prioridades, diretrizes e movimentos tático e
movimentos tático-operacionais, operacionais; Principais pontos NOB 96
• regular as relações entre seus gestores;
• normatizar o SUS. Veio no intuito de acelerar a descentralização
dos recursos do governo repassados para os
Principais pontos NOB 91 estados e municípios. Favoreceu a
Norma criada para o financiamento e repasse municipalização dando mais autonomia aos
de custeio dos serviços prestados dentro do municípios.
SUS. Desestimulou o pagamento de serviços
Para que os repasses fossem feitos, existiam privados e estimulou a implementação de
alguns critérios, dentre eles: A criados dos programas dirigidos à população.
Conselhos Municipais de Saúde, a criação e Com essa NOB surgiu a PPI = Programação
elaboração dos Planos municipais de saúde, Pactuada Integrada que visa melhorar o
criação e apresentação dos relatórios anuais atendimento às populações que residem em
de gestão onde apresenta-se os objetivos e se municípios desprovidos de atendimento médico
foram alcançados. consórcios intermunicipais, especializado.
prestação de contas.
Equiparou prestadores públicos e privados na
questão de financiamento.
Financiamento centralizado em nível federal, o
que dificultou o processo de descentralização.
Burocratizou e dificultou o repasse de recursos.
NOBS
Normas Operacionais Básicas do SUS
NOBS 91 e 92 NOBS 93 e 96
Princípios:
Transversalidade
Indissociabilidade entre atenção e gestão
Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos
sujeitos e coletivos
Diretrizes
Acolhimento
Gestão Participativa e cogestão
Ambiência
Gestão Participativa e cogestão
Valorização do Trabalhador e Defesa dos direitos dos
Usuários
Treinando
Política Nacional de Humanização (PNH)
- Quais os princípios?
- Quais as diretrizes?
@estudarnutri
Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE
Lei n° 11.947/09
O PNAE é um programa que oferta refeições
Art. 2o São diretrizes da alimentação escolar:
saudáveis e faz educação alimentar e
nutricional dentro das escolas. I - o emprego da alimentação saudável e
adequada, compreendendo o uso de alimentos
Os objetivos do programa são: variados, seguros, que respeitem a cultura, as
tradições e os hábitos alimentares saudáveis,
• crescimento contribuindo para o crescimento e o
• aprendizagem desenvolvimento dos alunos e para a melhoria
• desenvolvimento biopsicossocial do rendimento escolar, em conformidade com a
• rendimento escolar sua faixa etária e seu estado de saúde,
• formação de práticas alimentares saudáveis inclusive dos que necessitam de atenção
específica;
A nutricionista tem diversas atribuições dentro
do programa: II - a inclusão da educação alimentar e
nutricional no processo de ensino e
• Planejamento e acompanhamento do cardápio aprendizagem, que perpassa pelo currículo
• Avaliação nutricional escolar, abordando o tema alimentação e
• Aquisição de gêneros da Agricultura Familiar nutrição e o desenvolvimento de práticas
• Elaboração da lista de compras saudáveis de vida, na perspectiva da
• Coordenação das ações de EAN segurança alimentar e nutricional;
• Controle higiênico-sanitário MBP III - a universalidade do atendimento aos
• Treinamentos alunos matriculados na rede pública de
-----------------------------------------------------------
educação básica;
Lei inicia aqui:
IV - a participação da comunidade no controle
Dispõe sobre o atendimento da alimentação social, no acompanhamento das ações
escolar e do Programa Dinheiro Direto na realizadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e
Escola aos alunos da educação básica; altera pelos Municípios para garantir a oferta da
as Leis nos 10.880, de 9 de junho de 2004, alimentação escolar saudável e adequada;
11.273, de 6 de fevereiro de 2006, 11.507, de 20
V - o apoio ao desenvolvimento sustentável,
de julho de 2007; revoga dispositivos da
com incentivos para a aquisição de gêneros
Medida Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto
alimentícios diversificados, produzidos em
de 2001, e a Lei no 8.913, de 12 de julho de 1994;
âmbito local e preferencialmente pela
e dá outras providências.
agricultura familiar e pelos empreendedores
familiares rurais, priorizando as comunidades
Art. 1o Para os efeitos desta Lei, entende-se por tradicionais indígenas e de remanescentes de
alimentação escolar todo alimento oferecido no quilombos;
ambiente escolar, independentemente de sua
VI - o direito à alimentação escolar, visando a
origem, durante o período letivo.
garantir segurança alimentar e nutricional dos
alunos, com acesso de forma igualitária,
respeitando as diferenças biológicas entre
@estudarnutri
idades e condições de saúde dos alunos que § 3o Os saldos dos recursos financeiros
necessitem de atenção específica e aqueles recebidos à conta do PNAE existentes em 31 de
que se encontram em vulnerabilidade social. dezembro deverão ser reprogramados para o
exercício subsequente, com estrita observância
ao objeto de sua transferência, nos termos
Art. 3o A alimentação escolar é direito dos disciplinados pelo Conselho Deliberativo do
alunos da educação básica pública e dever do FNDE.
Estado e será promovida e incentivada com
§ 4o O montante dos recursos financeiros de
vistas no atendimento das diretrizes
que trata o § 1o será calculado com base no
estabelecidas nesta Lei.
número de alunos devidamente matriculados
na educação básica pública de cada um dos
entes governamentais, conforme os dados
Art. 4o O Programa Nacional de Alimentação oficiais de matrícula obtidos no censo escolar
Escolar - PNAE tem por objetivo contribuir para realizado pelo Ministério da Educação.
o crescimento e o desenvolvimento
biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento § 5o Para os fins deste artigo, a critério do
escolar e a formação de hábitos alimentares FNDE, serão considerados como parte da rede
saudáveis dos alunos, por meio de ações de estadual, municipal e distrital, ainda, os alunos
educação alimentar e nutricional e da oferta de matriculados em:
refeições que cubram as suas necessidades
I - creches, pré-escolas e escolas do ensino
nutricionais durante o período letivo.
fundamental e médio qualificadas como
entidades filantrópicas ou por elas mantidas,
inclusive as de educação especial;
Art. 5o Os recursos financeiros consignados no
orçamento da União para execução do PNAE II - creches, pré-escolas e escolas comunitárias
serão repassados em parcelas aos Estados, ao de ensino fundamental e médio conveniadas
Distrito Federal, aos Municípios e às escolas com os Estados, o Distrito Federal e os
federais pelo Fundo Nacional de Municípios.
Desenvolvimento da Educação - FNDE, em
conformidade com o disposto no art. 208 da
Constituição Federal e observadas as Art. 6o É facultado aos Estados, ao Distrito
disposições desta Lei. Federal e aos Municípios repassar os recursos
financeiros recebidos à conta do PNAE às
§ 1o A transferência dos recursos financeiros,
unidades executoras das escolas de educação
objetivando a execução do PNAE, será
básica pertencentes à sua rede de ensino,
efetivada automaticamente pelo FNDE, sem
observando o disposto nesta Lei, no que
necessidade de convênio, ajuste, acordo ou
couber.
contrato, mediante depósito em conta corrente
específica. Parágrafo único. O Conselho Deliberativo do
FNDE expedirá normas relativas a critérios de
§ 2o Os recursos financeiros de que trata o § 1o
alocação de recursos e valores per capita, bem
deverão ser incluídos nos orçamentos dos
como para organização e funcionamento das
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
unidades executoras e demais orientações e
atendidos e serão utilizados exclusivamente na
instruções necessárias à execução do PNAE.
aquisição de gêneros alimentícios.
@estudarnutri
Art. 7o Os Estados poderão transferir a seus delegar competência a outro órgão ou entidade
Municípios a responsabilidade pelo estatal para fazê-lo.
atendimento aos alunos matriculados nos
estabelecimentos estaduais de ensino
localizados nas respectivas áreas de jurisdição Art. 9o O FNDE, os entes responsáveis pelos
e, nesse caso, autorizar expressamente o sistemas de ensino e os órgãos de controle
repasse direto ao Município por parte do FNDE externo e interno federal, estadual e municipal
da correspondente parcela de recursos criarão, segundo suas competências próprias
calculados na forma do parágrafo único do art. ou na forma de rede integrada, mecanismos
6o. adequados à fiscalização e ao monitoramento
da execução do PNAE.
Parágrafo único. Os órgãos de que trata este
Art. 8o Os Estados, o Distrito Federal e os
artigo poderão celebrar convênios ou acordos,
Municípios apresentarão ao FNDE a prestação
em regime de cooperação, para auxiliar e
de contas do total dos recursos recebidos.
otimizar o controle do programa.
§ 1o A autoridade responsável pela prestação
de contas que inserir ou fizer inserir
documentos ou declaração falsa ou diversa da Art. 10. Qualquer pessoa física ou jurídica
que deveria ser inscrita, com o fim de alterar a poderá denunciar ao FNDE, ao Tribunal de
verdade sobre o fato, será responsabilizada na Contas da União, aos órgãos de controle
forma da lei. interno do Poder Executivo da União, ao
Ministério Público e ao CAE as irregularidades
§ 2o Os Estados, o Distrito Federal e os
eventualmente identificadas na aplicação dos
Municípios manterão em seus arquivos, em boa
recursos destinados à execução do PNAE.
guarda e organização, pelo prazo de 5 (cinco)
anos, contados da data de aprovação da
prestação de contas do concedente, os
documentos a que se refere o caput, juntamente Art. 11. A responsabilidade técnica pela
com todos os comprovantes de pagamentos alimentação escolar nos Estados, no Distrito
efetuados com os recursos financeiros Federal, nos Municípios e nas escolas federais
transferidos na forma desta Lei, ainda que a caberá ao nutricionista responsável, que
execução esteja a cargo das respectivas deverá respeitar as diretrizes previstas nesta
escolas, e estarão obrigados a Lei e na legislação pertinente, no que couber,
disponibilizá-los, sempre que solicitado, ao dentro das suas atribuições específicas.
Tribunal de Contas da União, ao FNDE, ao
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
Federal e ao Conselho de Alimentação Escolar - Art. 12. Os cardápios da alimentação escolar
CAE. deverão ser elaborados pelo nutricionista
responsável com utilização de gêneros
§ 3o O FNDE realizará auditagem da aplicação alimentícios básicos, respeitando-se as
dos recursos nos Estados, no Distrito Federal e
referências nutricionais, os hábitos alimentares,
nos Municípios, a cada exercício financeiro, por
a cultura e a tradição alimentar da localidade,
sistema de amostragem, podendo requisitar o
pautando-se na sustentabilidade e
encaminhamento de documentos e demais
diversificação agrícola da região, na
elementos necessários para tanto, ou, ainda,
alimentação saudável e adequada.
@estudarnutri
§ 1º Para efeito desta Lei, gêneros alimentícios dispensada quando presente uma das
básicos são aqueles indispensáveis à seguintes circunstâncias:
promoção de uma alimentação saudável,
I - impossibilidade de emissão do documento
observada a regulamentação aplicável.
fiscal correspondente;
(Renumerado do parágrafo único Incluído pela
Lei nº 12.982, de 2014) II - inviabilidade de fornecimento regular e
constante dos gêneros alimentícios;
§ 2o Para os alunos que necessitem de atenção
nutricional individualizada em virtude de III - condições higiênico-sanitárias
estado ou de condição de saúde específica, inadequadas.
será elaborado cardápio especial com base em
recomendações médicas e nutricionais,
avaliação nutricional e demandas nutricionais
Art. 15. Compete ao Ministério da Educação
diferenciadas, conforme regulamento. (Incluído
propor ações educativas que perpassem pelo
pela Lei nº 12.982, de 2014)
currículo escolar, abordando o tema
alimentação e nutrição e o desenvolvimento de
práticas saudáveis de vida, na perspectiva da
Art. 13. A aquisição dos gêneros alimentícios, segurança alimentar e nutricional.
no âmbito do PNAE, deverá obedecer ao
cardápio planejado pelo nutricionista e será
realizada, sempre que possível, no mesmo ente Art. 16. Competem à União, por meio do FNDE,
federativo em que se localizam as escolas,
autarquia responsável pela coordenação do
observando-se as diretrizes de que trata o art.
PNAE, as seguintes atribuições:
2o desta Lei.
I - estabelecer as normas gerais de
Art. 14. Do total dos recursos financeiros
planejamento, execução, controle,
repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no
monitoramento e avaliação do PNAE;
mínimo 30% (trinta por cento) deverão ser
utilizados na aquisição de gêneros alimentícios II - realizar a transferência de recursos
diretamente da agricultura familiar e do financeiros visando a execução do PNAE nos
empreendedor familiar rural ou de suas Estados, Distrito Federal, Municípios e escolas
organizações, priorizando-se os assentamentos federais;
da reforma agrária, as comunidades
III - promover a articulação interinstitucional
tradicionais indígenas e comunidades
entre as entidades federais envolvidas direta
quilombolas.
ou indiretamente na execução do PNAE;
§ 1o A aquisição de que trata este artigo poderá
IV - promover a adoção de diretrizes e metas
ser realizada dispensando-se o procedimento
estabelecidas nos pactos e acordos
licitatório, desde que os preços sejam
internacionais, com vistas na melhoria da
compatíveis com os vigentes no mercado local,
qualidade de vida dos alunos da rede pública
observando-se os princípios inscritos no art. 37
da educação básica;
da Constituição Federal, e os alimentos
atendam às exigências do controle de V - prestar orientações técnicas gerais aos
qualidade estabelecidas pelas normas que Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
regulamentam a matéria. para o bom desempenho do PNAE;
I - garantir que a oferta da alimentação escolar X - apresentar ao CAE, na forma e no prazo
se dê em conformidade com as necessidades estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do
nutricionais dos alunos, durante o período FNDE, o relatório anual de gestão do PNAE.
letivo, observando as diretrizes estabelecidas
nesta Lei, bem como o disposto no inciso VII do
art. 208 da Constituição Federal; Art. 18. Os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituirão, no âmbito de suas
II - promover estudos e pesquisas que
respectivas jurisdições administrativas,
permitam avaliar as ações voltadas para a
Conselhos de Alimentação Escolar - CAE, órgãos
alimentação escolar, desenvolvidas no âmbito
colegiados de caráter fiscalizador, permanente,
das respectivas escolas;
deliberativo e de assessoramento, compostos
III - promover a educação alimentar e da seguinte forma:
nutricional, sanitária e ambiental nas escolas
I - 1 (um) representante indicado pelo Poder
sob sua responsabilidade administrativa, com o
Executivo do respectivo ente federado;
intuito de formar hábitos alimentares saudáveis
aos alunos atendidos, mediante atuação II - 2 (dois) representantes das entidades de
conjunta dos profissionais de educação e do trabalhadores da educação e de discentes,
responsável técnico de que trata o art. 11 desta indicados pelo respectivo órgão de
Lei; representação, a serem escolhidos por meio de
assembleia específica;
IV - realizar, em parceria com o FNDE, a
capacitação dos recursos humanos envolvidos III - 2 (dois) representantes de pais de alunos,
na execução do PNAE e no controle social; indicados pelos Conselhos Escolares,
Associações de Pais e Mestres ou entidades
V - fornecer informações, sempre que solicitado,
similares, escolhidos por meio de assembleia
ao FNDE, ao CAE, aos órgãos de controle interno
específica;
e externo do Poder Executivo, a respeito da
execução do PNAE, sob sua responsabilidade; IV - 2 (dois) representantes indicados por
entidades civis organizadas, escolhidos em
VI - fornecer instalações físicas e recursos
assembleia específica.
humanos que possibilitem o pleno
@estudarnutri
§ 1o Os Estados, o Distrito Federal e os diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional
Municípios poderão, a seu critério, ampliar a de Segurança Alimentar e Nutricional -
composição dos membros do CAE, desde que CONSEA.
obedecida a proporcionalidade definida nos
incisos deste artigo.
Art. 20. Fica o FNDE autorizado a suspender os
§ 2o Cada membro titular do CAE terá 1 (um)
repasses dos recursos do PNAE quando os
suplente do mesmo segmento representado.
Estados, o Distrito Federal ou os Municípios:
§ 3o Os membros terão mandato de 4 (quatro)
I - não constituírem o respectivo CAE ou
anos, podendo ser reconduzidos de acordo com
deixarem de efetuar os ajustes necessários,
a indicação dos seus respectivos segmentos.
visando ao seu pleno funcionamento;
§ 4o A presidência e a vice-presidência do CAE
II - não apresentarem a prestação de contas
somente poderão ser exercidas pelos
dos recursos anteriormente recebidos para
representantes indicados nos incisos II, III e IV
execução do PNAE, na forma e nos prazos
deste artigo.
estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do
§ 5o O exercício do mandato de conselheiros do FNDE;
CAE é considerado serviço público relevante,
III - cometerem irregularidades na execução do
não remunerado.
PNAE, na forma estabelecida pelo Conselho
§ 6o Caberá aos Estados, ao Distrito Federal e Deliberativo do FNDE.
aos Municípios informar ao FNDE a composição
§ 1o Sem prejuízo do previsto no caput, fica o
do seu respectivo CAE, na forma estabelecida
FNDE autorizado a comunicar eventuais
pelo Conselho Deliberativo do FNDE.
irregularidades na execução do PNAE ao
Art. 19. Compete ao CAE: Ministério Público e demais órgãos ou
autoridades ligadas ao tema de que trata o
I - acompanhar e fiscalizar o cumprimento das
Programa.
diretrizes estabelecidas na forma do art. 2o
desta Lei; § 2o O restabelecimento do repasse dos
recursos financeiros à conta do PNAE ocorrerá
II - acompanhar e fiscalizar a aplicação dos
na forma definida pelo Conselho Deliberativo
recursos destinados à alimentação escolar;
do FNDE.
III - zelar pela qualidade dos alimentos, em
especial quanto às condições higiênicas, bem
como a aceitabilidade dos cardápios Art. 21. Ocorrendo a suspensão prevista no art.
oferecidos; 20, fica o FNDE autorizado a realizar, em conta
específica, o repasse dos recursos
IV - receber o relatório anual de gestão do PNAE
equivalentes, pelo prazo de 180 (cento e oitenta)
e emitir parecer conclusivo a respeito,
dias, diretamente às unidades executoras,
aprovando ou reprovando a execução do
conforme previsto no art. 6o desta Lei,
Programa.
correspondentes às escolas atingidas, para
Parágrafo único. Os CAEs poderão desenvolver fornecimento da alimentação escolar,
suas atribuições em regime de cooperação com dispensando-se o procedimento licitatório para
os Conselhos de Segurança Alimentar e aquisição emergencial dos gêneros
Nutricional estaduais e municipais e demais alimentícios, mantidas as demais regras
conselhos afins, e deverão observar as
@estudarnutri
estabelecidas para execução do PNAE, anualmente e terá como base o número de
inclusive quanto à prestação de contas. alunos matriculados na educação básica e na
UAB, de acordo, respectivamente, com dados
Parágrafo único. A partir da publicação desta
do censo escolar realizado pelo Ministério da
Lei, o FNDE terá até 180 (cento e oitenta) dias
Educação e com dados coletados pela
para regulamentar a matéria de que trata o
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal
caput deste artigo.
de Ensino Superior - CAPES, observado o
disposto no art. 24. (Redação dada pela Lei nº
12.695, de 2012)
Art. 21-A. Durante o período de suspensão das
aulas nas escolas públicas de educação básica § 2o A assistência financeira de que trata o § 1o
em razão de situação de emergência ou será concedida sem a necessidade de
calamidade pública, fica autorizada, em todo o celebração de convênio, acordo, contrato,
território nacional, em caráter excepcional, a ajuste ou instrumento congênere, mediante
distribuição imediata aos pais ou responsáveis crédito do valor devido em conta bancária
dos estudantes nelas matriculados, com específica:
acompanhamento pelo CAE, dos gêneros
I - diretamente à unidade executora própria,
alimentícios adquiridos com recursos
representativa da comunidade escolar, ou
financeiros recebidos, nos termos desta Lei, à
àquela qualificada como beneficente de
conta do Pnae. (Incluído pela Lei nº 13.987,
assistência social ou de atendimento direto e
de 2020)
gratuito ao público;
II - ao Estado, ao Distrito Federal ou ao
Município mantenedor do estabelecimento de
Art. 22. O Programa Dinheiro Direto na Escola -
ensino, que não possui unidade executora
PDDE, com o objetivo de prestar assistência
própria.
financeira, em caráter suplementar, às escolas
públicas da educação básica das redes
estaduais, municipais e do Distrito Federal, às
escolas de educação especial qualificadas Art. 23. Os recursos financeiros repassados
como beneficentes de assistência social ou de para o PDDE serão destinados à cobertura de
atendimento direto e gratuito ao público, às despesas de custeio, manutenção e de
escolas mantidas por entidades de tais gêneros pequenos investimentos, que concorram para a
e aos polos presenciais do sistema garantia do funcionamento e melhoria da
Universidade Aberta do Brasil - UAB que infraestrutura física e pedagógica dos
ofertem programas de formação inicial ou estabelecimentos de ensino.
continuada a profissionais da educação
básica, observado o disposto no art. 25, passa
a ser regido pelo disposto nesta Lei. (Redação Art. 24. O Conselho Deliberativo do FNDE
dada pela Lei nº 12.695, de 2012) expedirá normas relativas aos critérios de
alocação, repasse, execução, prestação de
contas dos recursos e valores per capita, bem
§ 1o A assistência financeira a ser concedida a como sobre a organização e funcionamento
cada estabelecimento de ensino beneficiário e das unidades executoras próprias.
aos polos presenciais da UAB que ofertem
programas de formação inicial ou continuada a Parágrafo único. A fixação dos valores per
profissionais da educação básica será definida capita contemplará, diferenciadamente, as
escolas que oferecem educação especial de
@estudarnutri
forma inclusiva ou especializada, de modo a § 2o Fica o FNDE autorizado a suspender o
assegurar, de acordo com os objetivos do PDDE, repasse dos recursos do PDDE nas seguintes
o adequado atendimento às necessidades hipóteses:
dessa modalidade educacional.
I - omissão na prestação de contas, conforme
definido pelo seu Conselho Deliberativo;
Art. 25. Os Estados, o Distrito Federal e os II - rejeição da prestação de contas;
Municípios deverão inscrever, quando couber,
III - utilização dos recursos em desacordo com
nos respectivos orçamentos os recursos
os critérios estabelecidos para a execução do
financeiros destinados aos estabelecimentos
PDDE, conforme constatado por análise
de ensino a eles vinculados, bem como prestar
documental ou de auditoria.
contas dos referidos recursos.
§ 3o Em caso de omissão no encaminhamento
das prestações de contas, na forma do inciso I
Art. 26. As prestações de contas dos recursos do caput, fica o FNDE autorizado a suspender o
recebidos à conta do PDDE, a serem repasse dos recursos a todas as escolas e
apresentadas nos prazos e constituídas dos polos presenciais do sistema UAB da rede de
documentos estabelecidos pelo Conselho ensino do respectivo ente federado. (Redação
Deliberativo do FNDE serão feitas: dada pela Lei nº 12.695, de 2012)
I - pelas unidades executoras próprias das § 4o O gestor, responsável pela prestação de
escolas públicas municipais, estaduais e do contas, que permitir, inserir ou fizer inserir
Distrito Federal e dos polos presenciais do documentos ou declaração falsa ou diversa da
sistema UAB aos Municípios e às Secretarias que deveria ser inscrita, com o fim de alterar a
de Educação a que estejam vinculadas, que se verdade sobre os fatos, será responsabilizado
encarregarão da análise, julgamento, na forma da lei.
consolidação e encaminhamento ao FNDE,
conforme estabelecido pelo seu conselho
deliberativo; (Redação dada pela Lei nº 12.695, Art. 27. Os entes federados, as unidades
de 2012) executoras próprias e as entidades
qualificadas como beneficentes de assistência
II - pelos Municípios, Secretarias de Educação
social ou de atendimento direto e gratuito ao
dos Estados e do Distrito Federal e pelas
público manterão arquivados, em sua sede, em
entidades qualificadas como beneficentes de
boa guarda e organização, ainda que utilize
assistência social ou de atendimento direto e
serviços de contabilidade de terceiros, pelo
gratuito ao público àquele Fundo.
prazo de 5 (cinco) anos, contado da data de
§ 1o As prestações de contas dos recursos julgamento da prestação de contas anual do
transferidos para atendimento das escolas e FNDE pelo órgão de controle externo, os
dos polos presenciais do sistema UAB que não documentos fiscais, originais ou equivalentes,
possuem unidades executoras próprias das despesas realizadas na execução das
deverão ser feitas ao FNDE, observadas as ações do PDDE.
respectivas redes de ensino, pelos Municípios e
pelas Secretarias de Educação dos Estados e
do Distrito Federal. (Redação dada pela Lei nº Art. 28. A fiscalização da aplicação dos
12.695, de 2012) recursos financeiros relativos à execução do
PDDE é de competência do FNDE e dos órgãos
@estudarnutri
de controle externo e interno do Poder Executivo nos respectivos Governos dos Estados, do
da União e será feita mediante realização de Distrito Federal e dos Municípios pelos
auditorias, inspeções e análise dos processos conselhos previstos no § 13 do art. 24 da Lei no
que originarem as respectivas prestações de 11.494, de 20 de junho de 2007.
contas.
F ica o FNDE autorizado a suspender o repasse
Parágrafo único. Os órgãos incumbidos da dos recursos do PNATE nas seguintes hipóteses:
fiscalização dos recursos destinados à
I - omissão na prestação de contas, conforme
execução do PDDE poderão celebrar convênios
definido pelo seu Conselho Deliberativo;
ou acordos, em regime de mútua cooperação,
para auxiliar e otimizar o controle do Programa. II - rejeição da prestação de contas;
III - utilização dos recursos em desacordo com
os critérios estabelecidos para a execução do
Art. 29. Qualquer pessoa, física ou jurídica,
Programa, conforme constatado por análise
poderá denunciar ao FNDE, ao Tribunal de
documental ou de auditoria.
Contas da União, aos órgãos de controle
interno do Poder Executivo da União e ao
Ministério Público irregularidades identificadas
na aplicação dos recursos destinados à Art. 31. A Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006,
execução do PDDE. passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 7o As despesas decorrentes do AAE Art. 34. Ficam revogados os arts. 1o a 14 da
correrão à conta de dotações e limites previstos Medida Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto
no orçamento anual consignadas à Capes, ao de 2001, e a Lei no 8.913, de 12 de julho de 1994.
Inep e ao FNDE no grupo de despesas ‘Outras
Despesas Correntes’.” (NR)
Art. 35. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 33. Fica o Poder Executivo autorizado a Brasília, 16 de junho de 2009; 188o da
instituir o Programa Nacional de Educação na Independência e 121o da República.
Reforma Agrária - Pronera, a ser implantado no
âmbito do Ministério do Desenvolvimento
@estudarnutri
financeira, em caráter suplementar, às
O que entende-se: Dispõe sobre o escolas públicas da educação básica.
atendimento da alimentação escolar e do
Programa Dinheiro Direto na Escola aos
alunos da educação básica.
O PNAE tem como diretriz uma alimentação
saudável e adequada com alimentos
variados, visando o crescimento e
desenvolvimento das crianças, além de
melhoria no rendimento escolar. O PNAE
apoia agricultura local e familiar, dando
preferência para esses e visa garantir
segurança alimentar e nutricional dos alunos.
A alimentação escolar é direito dos alunos da
educação básica pública e dever do Estado.
Os objetivos do programa são: crescimento,
aprendizagem, desenvolvimento
biopsicossocial, rendimento escolar,
formação de práticas alimentares saudáveis.
Os recursos financeiros para a execução do
programa serão repassados em parcelas
pelo FNDE.
Para entender o valor que será repassado,
calcula-se com base no número de alunos
devidamente matriculados na educação
básica pública.
O FNDE também fará a fiscalização e
monitoramento dos recursos repassados.
A responsabilidade técnica das escolas
caberá ao nutricionista responsável, bem
como a elaboração do cardápio.
Dos recursos repassados, no mínimo 30%
precisa ser usado para aquisição de
alimentos da agricultura familiar e do
empreendedor familiar rural ou de suas
organizações.
Durante o período de suspensão das aulas
nas escolas públicas de educação básica em
razão de situação de emergência ou
calamidade pública é permitido repassar
alimentícios adquiridos com recursos
financeiros recebidos para pais e
responsáveis pelos alunos.
O Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE,
tem o objetivo de prestar assistência
PNAE
Programa Nacional de Alimentação Escolar
Lei n° 11.947/09
PNAE
seguros, que respeitem a
cultura, as tradições e os
hábitos alimentares alimentação
saudáveis saudável e
adequada
garantir
segurança
alimentar e
nutricional
Programa
Nacional de
Alimentação crescimento e o
priorizando Escolar desenvolvimento
agricultura dos alunos
local/familiar
(mínimo 30%)
educação alimentar
e nutricional no melhoria do
processo de ensino e rendimento
aprendizagem escolar
PNAE
Programa Nacional de Alimentação Escolar
• crescimento
• aprendizagem
• desenvolvimento biopsicossocial
• rendimento escolar
• formação de práticas alimentares saudáveis
PNAE
Conselhos de Alimentação Escolar - CAE
- O que é o PNAE?
O que são?
São produtos extraídos de alimentos in natura ou da natureza por
processos como prensagem, moagem, trituração, pulverização e
refino. São usados nas cozinhas das casas e em refeitórios e
restaurantes para temperar e cozinhar alimentos e para criar
preparações culinárias variadas e saborosas, incluindo caldos e
sopas, saladas, tortas, pães, bolos, doces e conservas.
O que são?
Alimentos processados são fabricados pela indústria com a adição de sal ou
açúcar ou outra substância de uso culinário a alimentos in natura para torná-
los duráveis e mais agradáveis ao paladar. São produtos derivados
diretamente de alimentos e são reconhecidos como versões dos alimentos
originais. São usualmente consumidos como parte ou acompanhamento de
preparações culinárias feitas com base em alimentos minimamente
processados
1 natura
Fazer de alimentos in
ou minimamente
2 Utilizar óleos, gorduras, sal
e açúcar em pequenas
3 Limitar o consumo
processados a base da quantidades ao temperar e de alimentos
alimentação.
cozinhar alimentos e criar processados.
preparações culinárias.
bem como das medidas que mitiguem o risco
Art. 2º A alimentação adequada é direito
de escassez de água potável, da geração de
fundamental do ser humano, inerente à
emprego e da redistribuição da renda;
dignidade da pessoa humana e indispensável
(Redação dada pela Lei nº 13.839, de 2019)
à realização dos direitos consagrados na
Constituição Federal, devendo o poder público II – a conservação da biodiversidade e a
adotar as políticas e ações que se façam utilização sustentável dos recursos;
necessárias para promover e garantir a
segurança alimentar e nutricional da III – a promoção da saúde, da nutrição e da
população. alimentação da população, incluindo-se grupos
populacionais específicos e populações em
§ 1º A adoção dessas políticas e ações deverá situação de vulnerabilidade social;
levar em conta as dimensões ambientais, IV – a garantia da qualidade biológica,
culturais, econômicas, regionais e sociais.
sanitária, nutricional e tecnológica dos
alimentos, bem como seu aproveitamento,
§ 2º É dever do poder público respeitar,
estimulando práticas alimentares e estilos de
proteger, promover, prover, informar, monitorar, vida saudáveis que respeitem a diversidade
fiscalizar e avaliar a realização do direito étnica e racial e cultural da população;
humano à alimentação adequada, bem como
garantir os mecanismos para sua exigibilidade. V – a produção de conhecimento e o acesso à
informação; e
Art. 3º A segurança alimentar e nutricional
consiste na realização do direito de todos ao
@estudarnutri
VI – a implementação de políticas públicas e diretrizes do Sistema e será definida a partir de
estratégias sustentáveis e participativas de critérios estabelecidos pelo Conselho Nacional
produção, comercialização e consumo de de Segurança Alimentar e Nutricional –
alimentos, respeitando-se as múltiplas CONSEA e pela Câmara Interministerial de
características culturais do País. Segurança Alimentar e Nutricional, a ser criada
em ato do Poder Executivo Federal.
VII - a formação de estoques reguladores e
estratégicos de alimentos. (Incluído pela Lei nº § 2º Os órgãos responsáveis pela definição dos
13.839, de 2019) critérios de que trata o § 1º deste artigo
poderão estabelecer requisitos distintos e
específicos para os setores público e privado.
Art. 5º A consecução do direito humano à
§ 3º Os órgãos e entidades públicos ou
alimentação adequada e da segurança
privados que integram o SISAN o farão em
alimentar e nutricional requer o respeito à
caráter interdependente, assegurada a
soberania, que confere aos países a primazia
autonomia dos seus processos decisórios.
de suas decisões sobre a produção e o
consumo de alimentos. § 4º O dever do poder público não exclui a
responsabilidade das entidades da sociedade
civil integrantes do SISAN.
Art. 6º O Estado brasileiro deve empenhar-se na
promoção de cooperação técnica com países
estrangeiros, contribuindo assim para a Art. 8º O SISAN reger-se-á pelos seguintes
realização do direito humano à alimentação princípios:
adequada no plano internacional. @estudarnutri
b) coordenar a execução da Política e do Plano; § 4º A atuação dos conselheiros, efetivos e
c) articular as políticas e planos de suas suplentes, no CONSEA, será considerada
congêneres estaduais e do Distrito Federal; serviço de relevante interesse público e não
remunerada.
IV – os órgãos e entidades de segurança
alimentar e nutricional da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios; e
CAPÍTULO III
V – as instituições privadas, com ou sem fins
lucrativos, que manifestem interesse na adesão DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
e que respeitem os critérios, princípios e
Art. 12. Ficam mantidas as atuais designações
diretrizes do SISAN.
dos membros do CONSEA com seus respectivos
§ 1º A Conferência Nacional de Segurança mandatos.
Alimentar e Nutricional será precedida de
conferências estaduais, distrital e municipais, Parágrafo único. O CONSEA deverá, no prazo
que deverão ser convocadas e organizadas do mandato de seus atuais membros, definir a
pelos órgãos e entidades congêneres nos realização da próxima Conferência Nacional de
Estados, no Distrito Federal e nos Municípios, Segurança Alimentar e Nutricional, a
nas quais serão escolhidos os delegados à composição dos delegados, bem como os
Conferência Nacional. procedimentos para sua indicação, conforme o
@estudarnutri disposto no § 2º do art. 11 desta Lei.
Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua
I – 1/3 (um terço) de representantes
publicação.
governamentais constituído pelos Ministros de
Estado e Secretários Especiais responsáveis Brasília, 15 de setembro de 2006; 185º da
pelas pastas afetas à consecução da Independência e 118º da República.
segurança alimentar e nutricional;
II – 2/3 (dois terços) de representantes da
sociedade civil escolhidos a partir de critérios O que entende-se: A lei 11.346/06 cria o
de indicação aprovados na Conferência Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional; Nutricional – SISAN com o objetivo de
e assegurar o direito humano à alimentação
adequada.
III – observadores, incluindo-se representantes A alimentação adequada é direito
dos conselhos de âmbito federal afins, de fundamental do ser humano e é dever do
organismos internacionais e do Ministério Estado promover e garantir a segurança
Público Federal. alimentar e nutricional da população.
Traz o conceito de segurança alimentar e
§ 3º O CONSEA será presidido por um de seus nutricional: a realização do direito de todos
integrantes, representante da sociedade civil, ao acesso regular e permanente a alimentos
indicado pelo plenário do colegiado, na forma de qualidade, em quantidade suficiente, sem
@estudarnutri
comprometer o acesso a outras necessidades
essenciais, tendo como base práticas
alimentares promotoras de saúde que
respeitem a diversidade cultural e que sejam
ambiental, cultural, econômica e socialmente
sustentáveis.
São princípios do SISAN: universalidade e
eqüidade no acesso à alimentação
adequada; preservação da autonomia e
respeito à dignidade das pessoas;
participação social na formulação, execução,
acompanhamento, monitoramento e controle
das políticas e dos planos de segurança
alimentar e nutricional; transparência dos
programas, das ações e dos recursos
públicos e privados e dos critérios para sua
concessão.
O SISAN tem por objetivos formular e
implementar políticas e planos de segurança
alimentar e nutricional, estimular a integração
dos esforços entre governo e sociedade civil,
bem como promover o acompanhamento, o
monitoramento e a avaliação da segurança
@estudarnutri
alimentar e nutricional do País.
O SISAN é integrado por um conjunto de
órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios e pelas
instituições privadas.
Integram o SISAN: a Conferência Nacional de
Segurança Alimentar e Nutricional; o
CONSEA; os órgãos e entidades de
segurança alimentar e nutricional da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios; as instituições privadas, com ou
sem fins lucrativos.
SISAN
Segurança alimentar e nutricional
implementação de conservação da
políticas públicas e biodiversidade e utilização
estratégias sustentáveis sustentável dos recursos
e participativas de
produção,
comercialização e
consumo de alimentos,
SISAN
São princípios do SISAN:
I – universalidade e eqüidade no acesso à alimentação
adequada, sem qualquer espécie de discriminação;
Nesse contexto, as práticas e processos de Entende-se por alimentação adequada e
acolhimento precisam considerar a saudável a prática alimentar apropriada aos
alimentação e nutrição como determinantes de aspectos biológicos e socioculturais dos
saúde e levar em conta a subjetividade e indivíduos, bem como ao uso sustentável do
complexidade do comportamento alimentar. meio ambiente. Ou seja, deve estar em acordo
com as necessidades de cada fase do curso da
Diante do atual quadro epidemiológico do país, vida e com as necessidades alimentares
são prioritárias as ações preventivas e de especiais; referenciada pela cultura alimentar e
tratamento da obesidade, da desnutrição, das pelas dimensões de gênero, raça e etnia;
carências nutricionais específicas e de acessível do ponto de vista físico e financeiro;
doenças crônicas não transmissíveis, harmônica em quantidade e qualidade;
relacionadas à alimentação e nutrição. baseada em práticas produtivas adequadas e
Também constituem demandas para a atenção sustentáveis com quantidades mínimas de
nutricional, no SUS, o cuidado aos indivíduos contaminantes físicos, químicos e biológicos.
portadores de necessidades alimentares
especiais, como as decorrentes dos erros
@estudarnutri
A Promoção da Alimentação Adequada e e informação, publicidade e melhoria do perfil
Saudável (PAAS) é uma das vertentes da nutricional dos alimentos - e ao incentivo à
Promoção à Saúde. A PAAS é aqui criação de ambientes institucionais promotores
compreendida como um conjunto de de alimentação adequada e saudável,
estratégias que proporcionem aos indivíduos e incidindo sobre a oferta de alimentos
coletividades a realização de práticas saudáveis nas escolas e nos ambientes de
alimentares apropriadas aos seus aspectos trabalho. A oferta de alimentos saudáveis
biológicos e socioculturais, bem como ao uso também deve ser estimulada entre pequenos
sustentável do meio ambiente. comércios de alimentos e refeições da
Considerando-se que o alimento tem funções chamada “comida de rua”.
transcendentes ao suprimento das
necessidades biológicas, pois agrega O desenvolvimento de habilidades pessoais em
significados culturais, comportamentais e alimentação e nutrição implica pensar a
afetivos singulares que não podem ser educação alimentar e nutricional como
desprezados. processo de diálogo entre profissionais de
saúde e a população, de fundamental
A implantação dessa diretriz da PNAN importância para o exercício da autonomia e
fundamenta-se nas dimensões de incentivo, do autocuidado. Isso pressupõe, sobretudo,
apoio, proteção e promoção da saúde e deve trabalhar com práticas referenciadas na
combinar iniciativas focadas em realidade local, problematizadoras e
construtivistas, considerando-se os contrastes
(i) políticas públicas saudáveis; e as desigualdades sociais que interferem no
(ii) criação de ambientes favoráveis à saúde direito universal à alimentação. Para isso,
nos quais indivíduo e comunidades possam
@estudarnutri constitui-se prioridade a elaboração e
exercer o comportamento saudável; pactuação de agenda integrada - intra e
(iii) o reforço da ação comunitária; intersetorial - de educação alimentar e
(iv) o desenvolvimento de habilidades pessoais nutricional para o desenvolvimento de
por meio de processos participativos e capacidades individuais e coletivas com os
permanentes e diversos setores afetos ao tema.
(v) a reorientação dos serviços na perspectiva
da promoção da saúde.
Um dispositivo importante seria a constituição A atual complexidade da cadeia produtiva de
de estratégias de articulação dos gestores com alimentos coloca a sociedade brasileira diante
as instituições formadoras para de novos riscos à saúde, como a presença de
desenvolvimento de projetos de formação em agrotóxicos, aditivos, contaminantes,
serviço, campos para extensão e pesquisa na organismos geneticamente modificados e a
rede de atenção à saúde do SUS que inadequação do perfil nutricional dos
possibilitem o desenvolvimento de práticas do alimentos. O avanço da tecnologia contribui
cuidado relacionadas à alimentação e nutrição. para maior oferta e variedade de alimentos no
mercado e alto grau de processamento dos
Os cursos de graduação e pós-graduação na alimentos industrializados - cuja composição é
área de saúde, em especial de Nutrição, devem afetada pelo uso excessivo de açúcar, sódio e
contemplar a formação de profissionais que gorduras, gerando alimentos de elevada
atendam às necessidades sociais em densidade energética. Essas novas
alimentação e nutrição e que estejam em formulações, aliadas ao aumento de consumo
sintonia com os princípios do SUS e da PNAN. de refeições fora do lar exigem adequações na
regulação de alimentos.
Os Centros Colaboradores de Alimentação e
Nutrição (CECAN), localizados em instituições Nesse contexto, a segurança sanitária busca a
públicas de ensino e pesquisa e credenciados proteção da saúde humana, considerando as
pelo Ministério da Saúde para o apoio ao mudanças ocorridas na cadeia de produção
desenvolvimento de estratégias que até o consumo dos alimentos, nos padrões
aperfeiçoem as ações da PNAN, são parceiros @estudarnutri socioculturais decorrentes da globalização e as
estratégicos para articular as necessidades do adaptações ao modo de produção de alimentos
SUS com a formação e qualificação dos em escala internacional.
profissionais de saúde para agenda de
Alimentação e Nutrição. A PNAN e o Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária – SNVS se convergem na finalidade
de promover e proteger a saúde da população
na perspectiva do direito humano à
7. Controle e Regulação dos Alimentos
alimentação, por meio da normatização e do
O planejamento das ações que garantam a controle sanitário da produção,
inocuidade e a qualidade nutricional dos comercialização e distribuição de alimentos.
alimentos, controlando e prevenindo riscos à
As medidas sanitárias adotadas para alimentos
saúde, se faz presente na agenda da promoção
se baseiam na análise de risco,
da alimentação adequada e saudável e da
considerando-se o risco como a probabilidade
proteção à saúde. A preocupação em ofertar o
de um efeito adverso à saúde em consequência
alimento saudável e com garantia de qualidade
de um perigo físico, químico ou biológico com o
biológica, sanitária, nutricional e tecnológica à
potencial de causar esse efeito adverso à
população é o produto final de uma cadeia de
saúde. Dessa forma, é fundamental o uso da
processos, desde a produção (incluindo a
ferramenta de análise de risco com a finalidade
agricultura tradicional e familiar),
de monitorar e assegurar à população a oferta
processamento, industrialização,
de alimentos seguros e adequados
comercialização, abastecimento até a
nutricionalmente, respeitando o direito
distribuição, cuja responsabilidade é partilhada
@estudarnutri
individual na escolha e decisão sobre os riscos produtos alimentícios a partir da internalização
aos quais irá se expor. Nesse sentido, e harmonização de legislações internacionais.
implementar e utilizar as Boas Práticas Essas normas são amplamente discutidas com
Agrícolas, Boas Práticas de Fabricação, Boas objetivo de estabelecer a livre circulação de
Práticas Nutricionais e o Sistema Análise de gêneros alimentícios seguros e saudáveis,
Perigos e Pontos Críticos de Controle – APPCC, adaptadas às políticas e aos programas
na cadeia de produção de alimentos, públicos de cada país. Outro fórum
potencializa e assegura as ações de proteção à internacional de regulação de alimentos é o
saúde do consumidor. Codex Alimentarius, do qual o Brasil faz parte e
deve levar em conta as recomendações desse
O monitoramento da qualidade dos alimentos espaço com vistas à defesa da saúde e da
deve considerar aspectos sanitários, como o nutrição da população brasileira.
microbiológico e o toxicológico, e do seu perfil
nutricional, como teores de macro e
micronutrientes, articulando-se com as
estratégias de fortificação obrigatória de 8. Pesquisa, Inovação e Conhecimento em
alimentos e de reformulação do perfil Alimentação e Nutrição
nutricional de alimentos processados com
O desenvolvimento do conhecimento e o apoio
vistas à redução de gorduras, açúcares e sódio.
à pesquisa, à inovação e à tecnologia, no
Especificamente a ação de monitoramento da campo da alimentação e nutrição em saúde
publicidade e propaganda de alimentos deve coletiva, possibilitam a geração de evidências e
buscar aperfeiçoar o direito à informação, de instrumentos necessários para implementação
forma clara e precisa, com intuito de proteger o da PNAN.
@estudarnutri
consumidor das práticas potencialmente
Com relação ao conhecimento da situação
abusivas e enganosas e promover autonomia
alimentar e nutricional, o Brasil conta,
individual para escolha alimentar saudável.
atualmente, com os sistemas de informação de
Essa estratégia deve limitar a promoção
saúde e, em especial, o SISVAN, bem como
comercial de alimentos não-saudáveis para as
pesquisas periódicas de base populacional
crianças e aperfeiçoar a normatização da
nacional e local. Nesse aspecto, é importante
publicidade de alimentos, por meio do
que essas fontes de informação sejam
monitoramento e fiscalização das normas que
mantidas e fortalecidas e que a documentação
regulamentam a promoção comercial de
do diagnóstico alimentar e nutricional da
alimentos.
população brasileira seja realizada por regiões,
A rotulagem nutricional dos alimentos constitui estados, grupos populacionais, etnias,
instrumento central no aperfeiçoamento do raças/cores, gêneros, escolaridade, entre
direito à informação. O acesso à informação outros recortes que permitam visualizar a
fortalece a capacidade de análise e decisão do determinação social do fenômeno.
consumidor, portanto, essa ferramenta deve ser
É fundamental manter e fomentar investimentos
clara e precisa para que possa auxiliar na
em pesquisas de delineamento e avaliação de
escolha de alimentos mais saudáveis.
novas intervenções e de avaliação de
Atualmente o Brasil compõe o Mercado programas e ações propostos pela PNAN, para
Comum do Sul – Mercosul que apresenta que os gestores disponham de uma base sólida
políticas de regulamentação, estabelecendo de evidências que apoiem o planejamento e a
práticas equitativas de comércio para os decisão para a atenção nutricional no SUS.
Deve-se, portanto, manter atualizada uma
@estudarnutri
agenda de prioridades de pesquisas em este tem papel essencial no processo de
alimentação e nutrição de interesse nacional e articulação Intersetorial.
regional, pautada na agenda nacional de
prioridades de pesquisa em saúde. A articulação e cooperação entre o SUS e
Sistema Nacional de Segurança Alimentar e
Desse modo, é importante a ampliação do Nutricional (SISAN) proporcionará o
apoio técnico, científico e financeiro às linhas fortalecimento das ações de alimentação e
de investigação aliadas às demandas dos nutrição na rede de atenção à saúde, de modo
serviços de saúde, que desenvolvam articulado às demais ações de SAN com vistas
metodologias e instrumentos aplicados à ao enfrentamento da insegurança alimentar e
gestão, execução, monitoramento e avaliação nutricional e dos agravos em saúde, na ótica de
das ações relacionadas à PNAN. Para esse fim, seus determinantes sociais.
os Centros Colaboradores em Alimentação e
Nutrição (CECAN) constituem uma rede Deverão ser destacadas ações direcionadas:
colaborativa interinstitucional de cooperação
(i) à melhoria da saúde e nutrição das famílias
técnico-científica, que deve ser aprimorada e
beneficiárias de programas de transferência de
fortalecida à medida que produzem evidências
renda, implicando ampliação do acesso aos
que contribuem para o fortalecimento da
serviços de saúde;
gestão e atenção nutricional na rede de
(ii) à interlocução com os setores responsáveis
atenção à saúde do SUS.
pela produção agrícola, distribuição,
abastecimento e comércio local de alimentos
visando o aumento do acesso a alimentos
9 Cooperação e articulação para a Segurança saudáveis;
Alimentar e Nutricional @estudarnutri
(iii) à promoção da alimentação adequada e
saudável em ambientes institucionais como
A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN) escolas, creches, presídios, albergues, locais de
consiste na realização do direito de todos ao trabalho, hospitais, restaurantes comunitários,
acesso regular e permanente a alimentos de entre outros;
qualidade, em quantidade suficiente, sem (iv) à articulação com as redes de educação e
comprometer o acesso a outras necessidades sócio-assistencial para a promoção da
essenciais, tendo como base: práticas educação alimentar e nutricional;
alimentares promotoras da saúde que (v) à articulação com a vigilância sanitária para
respeitem a diversidade cultural e que sejam a regulação da qualidade dos alimentos
ambiental, cultural, econômica e socialmente processados e o apoio à produção de alimentos
sustentáveis. Esse conceito congrega questões advinda da agricultura familiar, dos
relativas à produção e disponibilidade de assentamentos da reforma agrária e de
alimentos (suficiência, estabilidade, autonomia comunidades tradicionais, integradas à
e sustentabilidade) e à preocupação com a dinâmica da produção de alimentos do país.
promoção da saúde, interligando os dois
enfoques que nortearam a construção do
conceito de SAN no Brasil: o socioeconômico e
o de saúde e nutrição. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS
A garantia de SAN para a população, assim Nessa seção, é dito quem faz o que mediante
como a garantia do direito à saúde, não as diretrizes citadas.
depende exclusivamente do setor saúde, mas
@estudarnutri
Em observância aos princípios do SUS, os avaliação de programas e ações de
gestores de saúde nas três esferas, de forma alimentação e nutrição no SUS;
articulada e dando cumprimento às suas
atribuições comuns e específicas, atuarão no • Prestar assessoria técnica aos estados, ao
sentido de viabilizar o alcance do propósito Distrito Federal e aos municípios na
desta PNAN. implantação dos sistemas de informação dos
programas de alimentação e nutrição e de
1 Responsabilidades do Ministério da Saúde outros sistemas de informação em saúde que
contenham indicadores de alimentação e
• Elaborar o plano de ação dentro dos nutrição;
instrumentos de planejamento e gestão para
implementação da PNAN, considerando as • Apoiar a organização de uma rede de Centros
questões prioritárias e as especificidades Colaboradores em Alimentação e Nutrição,
regionais de forma contínua e articulada com o fomentando o conhecimento e a construção de
Plano Nacional de Saúde e instrumentos de evidências no campo da alimentação e nutrição
planejamento e pactuação do SUS; para o SUS;
• Pactuar, na Comissão Intergestores Tripartite, • Apoiar e fomentar a realização de pesquisas
prioridades, objetivos, estratégias e metas para consideradas estratégicas no contexto desta
implementação de programas e ações de Política, mantendo atualizada uma agenda de
alimentação e nutrição na rede de atenção à prioridades de pesquisa em Alimentação e
saúde, mantidos os princípios e as diretrizes Nutrição para o SUS;
gerais da PNAN;
• Promover, no âmbito de sua competência, a
• Garantir fontes de recursos federais para @estudarnutri articulação intersetorial e interinstitucional
compor o financiamento de programas e ações necessária à implementação das diretrizes da
de alimentação e nutrição na rede de atenção à PNAN e à articulação do SUS com SISAN;
saúde nos Estados, Distrito Federal e
Municípios. • Estimular e apoiar o processo de discussão
sobre as ações e programas em Alimentação e
• Avaliar e monitorar as metas nacionais de Nutrição da rede de atenção à saúde, com
alimentação e nutrição para o setor saúde, de participação dos setores organizados da
acordo com a situação epidemiológica e sociedade nas instâncias colegiadas e de
nutricional e as especificidades regionais; controle social, em especial, na CIAN do
Conselho Nacional de Saúde e no Conselho
• Prestar assessoria técnica e apoio Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional;
institucional no processo de gestão,
planejamento, execução, monitoramento e • Viabilizar e estabelecer parcerias com
avaliação de programas e ações de organismos internacionais, organizações
alimentação e nutrição na rede de atenção à governamentais e não governamentais e com o
saúde; setor privado, pautadas pelas necessidades da
população e pelo interesse público, avaliando
• Apoiar a articulação de instituições, em os riscos para o bem comum, com autonomia e
parceria com as Secretarias Estaduais, respeito aos preceitos éticos, para a garantia
Municipais e do Distrito Federal de Saúde, para dos direitos à saúde e à alimentação, com
capacitação e a educação permanente dos vistas à segurança alimentar e nutricional do
profissionais de saúde para a gestão, povo brasileiro.
planejamento, execução, monitoramento e
@estudarnutri
2. Responsabilidades das Secretarias PNAN e à articulação do SUS com o SISAN na
Estaduais de Saúde e do Distrito Federal esfera estadual;
• Implementara PNAN, no âmbito do seu • Viabilizar e estabelecer parcerias com
território, respeitando suas diretrizes e organismos internacionais, organizações
promovendo as adequações necessárias, de governamentais e não governamentais e com o
acordo com o perfil epidemiológico e as setor privado, pautadas pelas necessidades da
especificidades regionais e locais; população da região e pelo interesse público,
avaliando os riscos para o bem comum, com
• Pactuar na Comissão Intergestores Bipartite e autonomia e respeito aos preceitos éticos, para
nas Comissões Intergestores Regionais, a garantia dos direitos à saúde e à
prioridades, objetivos, estratégias e metas para alimentação, com vistas à segurança alimentar
implementação de programas e ações de e nutricional.
alimentação e nutrição na rede de atenção à
saúde, mantidos os princípios e as diretrizes
gerais da PNAN;
3. Responsabilidades das Secretarias
• Elaborar o plano de ação para implementação Municipais de Saúde e do Distrito Federal
da PNAN, considerando as questões
prioritárias e as especificidades regionais de • Implementar a PNAN, no âmbito do seu
forma contínua e articulada com o Plano território, respeitando suas diretrizes e
Estadual de Saúde e instrumentos de promovendo as adequações necessárias, de
planejamento e pactuação do SUS; acordo com o perfil epidemiológico e as
especificidades locais, considerando critérios
• Destinar recursos estaduais para compor o @estudarnutri de risco e vulnerabilidade;
financiamento tripartite das ações de
alimentação e nutrição na rede de atenção à • Elaborar o plano de ação para implementação
saúde no âmbito estadual; da PNAN nos municípios, com definição de
prioridades, objetivos, estratégias e metas, de
• Prestar assessoria técnica e apoio forma contínua e articulada com o Plano
institucional aos municípios e às regionais de Municipal de Saúde e o planejamento regional
saúde no processo de gestão, planejamento, integrado, se for o caso, e com os instrumentos
execução, monitoramento e avaliação de de planejamento e pactuação do SUS;
programas e ações de alimentação e nutrição;
• Destinar recursos municipais para compor o
• Desenvolver mecanismos técnicos e financiamento tripartite das ações de
estratégias organizacionais de capacitação e alimentação e nutrição na rede de atenção à
educação permanente dos trabalhadores da saúde;
saúde para a gestão, planejamento, execução,
monitoramento e avaliação de programas e • Pactuar, monitorar e avaliar os indicadores de
ações de alimentação e nutrição no âmbito alimentação e nutrição e alimentar os sistemas
estadual, respeitando as diversidades locais e de informação da saúde, de forma contínua,
consoantes à PNAN; com dados produzidos no sistema local de
saúde;
• Promover, no âmbito de sua competência, a
articulação intersetorial e interinstitucional • Desenvolver mecanismos técnicos e
necessária à implementação das diretrizes da estratégias organizacionais de capacitação e
educação permanente dos trabalhadores da
saúde para a gestão, planejamento, execução,
@estudarnutri
monitoramento e avaliação de programas e que abrange o os serviços e equipes de
ações de alimentação e nutrição na esfera Atenção Básica, indicando quais são as
municipal e/ou das regionais de saúde; prioridades. Para isso, deverão ser utilizados o
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
• Fortalecer a participação e o controle social no
(SISVAN) e outros sistemas.
planejamento, execução, monitoramento e
Reforça-se que a alimentação e nutrição são
avaliação de programas e ações de determinantes para a saúde.
alimentação e nutrição, no âmbito do Conselho São ações de prioridade: ações preventivas e
Municipal de Saúde e demais instâncias de de tratamento da obesidade, da desnutrição,
controle social existentes no município; das carências nutricionais específicas e de
doenças crônicas não transmissíveis.
• Promover, no âmbito de sua competência, a
Promove alimentação saudável como estratégia
articulação intersetorial e interinstitucional para melhor qualidade de vida.
necessária à implementação das diretrizes da É essencial que tenha um pacto entre as
PNAN e à articulação do SUS com o SISAN na esferas nacional, estadual e municipal em
esfera municipal. efetivar a PNAN e assim consolidar em todo o
território nacional. E cabe aos gestores do SUS,
• Viabilizar e estabelecer parcerias com
promover a implementação da PNAN por meio
organismos internacionais, organizações da viabilização de parcerias.
governamentais e não governamentais e com o É essencial a qualificação dos profissionais de
setor privado, pautadas pelas necessidades da saúde, desenvolver e fortalecer mecanismos
população dos municípios e do Distrito Federal técnicos e estratégias organizacionais de
e pelo interesse público, avaliando os riscos qualificação da força de trabalho para gestão e
para o bem comum, com autonomia e respeito atenção nutricional,
aos preceitos éticos, para a garantia dos @estudarnutri Envolve ações que garantam a segurança dos
direitos à saúde e à alimentação, com vistas à alimentos visando a prevenção e controle do
segurança alimentar e nutricional. risco de doenças. Para isso, é necessário
fortalecer as ações de monitoramento da
qualidade dos alimentos, com o objetivo de
reduzir a quantidade de açúcares, sódio e
O que entende-se: O propósito da PNAN é a gordura dos alimentos processados e monitorar
melhoria das condições de alimentação, a publicidade de alimentos.
nutrição e saúde da população brasileira. Salienta a importância e dá apoio às pesquisas
A PNAN segue os princípios do SUS e além na área da alimentação e nutrição. Esses
deles, mais 5 princípios: A Alimentação como estudos e pesquisas ajudam a reorganizar as
elemento de humanização das práticas de ações do SUS em alimentação e nutrição.
saúde; O respeito à diversidade e à cultura A Segurança Alimentar e Nutricional (SAN)
alimentar; O fortalecimento da autonomia dos consiste na realização do direito de todos ao
indivíduos; A determinação social e a natureza acesso regular e permanente a alimentos de
interdisciplinar e intersetorial da alimentação e qualidade, em quantidade suficiente, sem
nutrição; A segurança alimentar e nutricional comprometer o acesso a outras necessidades
com soberania. essenciais e tem como base: práticas
Nas diretrizes indicam quais ações serão alimentares promotoras da saúde que
tomadas para alcançar o seu propósito. respeitem a diversidade cultural e que sejam
Para iniciar o processo de organização e ambiental, cultural, econômica e socialmente
gestão dos cuidados relativos à alimentação e sustentáveis.
nutrição na RAS deverá ser feito diagnóstico da
situação alimentar e nutricional da população
PNAN
Política Nacional de Alimentação e Nutrição
PROPÓSITO
PROPÓSITO
diminuir a pobreza,
Promoção da a exclusão social e
alimentação minimizar a fome e
saudável como a desnutrição
estratégia para
melhor qualidade de PNAN
vida
PNAN
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folhe
to.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf
https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-sobre-o-programa/pnae-
sobre-o-pnae
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11346.htm
http://renastonline.ensp.fiocruz.br/temas/comissoes-intergestores-bipartite-tripartite-
cib-
cit#:~:text=Comiss%C3%A3o%20Intergestores%20Tripartites%20(CIT),%2C%20estados%2
C%20DF%20e%20munic%C3%ADpios.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/saude-da-familia/sobre-o-programa
https://www.saude.gov.br/acoes-e-programas/saude-da-familia/nucleo-de-apoio-a-
saude-da-familia-nasf
http://189.28.128.100/nutricao/docs/geral/orientacoes_basicas_sisvan.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11346.htm
http://www4.planalto.gov.br/consea/publicacoes/seguranca-alimentar-e-
nutricional/pnan-politica-nacional-de-alimentacao-e-nutricao/20-pnan-politica-
nacional-de-alimentacao-e-nutricao.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2715_17_11_2011.html
Legislação do SUS e Políticas
Públicas para área de Nutrição
Informações importantes:
estudada.
Bons estudos!
Com carinho,
Camila Raupp
@estudarnutri
Legislação do SUS e Políticas
Públicas para área de Nutrição
Dicas de leitura:
SAGE:
https://sage.saude.gov.br/FNDE:https://www.fnde.gov.br/index.p
hp/programas/pnae/pnae-sobre-o-programa/pnae-legislacao?
limitstart=0
https://www.minsaude.gov.cv/index.php/documentosite/331-
plano-nacional-alimentacao-e-nutricao-2015-2020/fileLegislação
Estruturante do SUS
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/para_entender_gest
ao_sus_v13.pdf
UNA SUS:
https://www.unasus.gov.br/
https://www.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude
https://www.saude.gov.br/component/tags/tag/alimentacao-e-
nutricao