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evolução, tendo em vista a superação (ou não) dos principais desafios de saúde e os
modelos adotados para isso até a criação do SUS.
Conforme foi visto, os primeiros serviços de saúde mais estruturados no país foram as Santas
Casas, que surgiram no colonialismo português e se ocupavam de receber pessoas com
doenças pestilenciais. Tal serviço tinha um cunho muito mais religioso do que assistencial no
sentido da recuperação da saúde e servia para isolar doentes, preservando a saúde da
população.
Com o governo Getúlio Vargas, a saúde pública se descolou da previdência social, contudo esta
última ainda respondia pela saúde ocupacional. Nessa perspectiva, surgiram os Institutos de
Aposentadoria e Pensão, estendendo a assistência à saúde para a maioria de trabalhadores
urbanos, ainda que as principais endemias fossem prioritariamente rurais.
O INAMPS se manteve com a transição democrática. Nesse mesmo período, surgiu o Sistema
Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS). É possível perceber uma saúde pública mais
abrangente (não restrita a vínculos de trabalho), ocupada com a prevenção, por meio da
vacinação.
Em um contexto de abertura política e desencadeado pelo movimento da Reforma Sanitária,
surgiu o SUS, vigente até hoje. Esse sistema entende a saúde como direito de todos e dever do
Estado, tornando-a de acesso universal e organizando suas práticas de intervenção no perfil de
morbidade da população. Ainda que não tenha atingido indicadores ideais, desenvolve
diversas ações, estratégias e programas para melhorar a qualidade de vida da população.