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RELATÓRIO FINAL

MAPEAMENTO E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA COMUNIDADE LGBTQIAP+


DE UBERABA: DESENVOLVENDO AS BASES PARA A IMPLANTAÇÃO,
EFETIVAÇÃO IGUALITÁRIA E FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Laboratório de estudos e pesquisas em sexualidades e gêneros (LEPESEGE/UFTM)


Coordenadoria da diversidade LGBT+
Coletivo Beth Pantera

Uberaba
2023
MAPEAMENTO E DIAGNÓSTICO SITUACIONAL DA COMUNIDADE LGBTQIAP+
DE UBERABA: DESENVOLVENDO AS BASES PARA A IMPLANTAÇÃO,
EFETIVAÇÃO IGUALITÁRIA E FORTALECIMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Orientação científica - Prof. Dr. Rafael De Tilio


(LEPESEGE/UFTM)
Coordenação institucional - Lucimira Reis Carvalho
Ferreira (Coordenadoria da diversidade LGBT+)
Representação Comunitária - Thaís Villa (Coletivo
pela Diversidade Beth Pantera)

Uberaba
2023
RESUMO

A partir do século XX, iniciaram movimentos no intuito de promover a garantia aos direitos humanos,
incluindo-se das pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, queers, intersexuais,
assexuais, pansexuais e de outras diversidades sexuais e de gênero (LGBTQIAP+). Mesmo com os
avanços no que tangem a visibilidade, direitos e respeito a população LGBTQIAP+, essas conquistas
caminham a passos lentos e dificultosos, vigorando ainda hoje um ranço histórico conservador
motivado pelo preconceito e discriminação, embasados por uma construção histórica profunda e de
difícil desconstrução de (des) valores, o que obstaculiza o acesso desse segmento às políticas sociais
e, consequentemente, ao usufruto dos direitos sociais. Destaca-se a importância da constituição de
dados que subsidiem a proposição de políticas públicas que garantam os direitos e que diminuam
processos de exclusão, violência e de discriminação. Com base nisso, o presente projeto tem como
objetivo o desenvolvimento de um mapeamento e diagnóstico situacional da população LGBTQIAP+
de Uberaba. O estudo, de caráter transversal do tipo survey censitário, descritivo e explicativo, cujos
participantes são pessoas que se autodeclaram pertencentes à comunidade LGBTQIAP+ nascidos
e/ou residentes em Uberaba. O questionário possui 57 questões divididas em seis eixos cujos
principais resultados destacaram: no eixo 1 (perfil sociodemográfico) se trata de uma amostra
composta predominantemente por mulheres e homens jovens, brancos e pardo, em sua maioria
homossexuais ou bissexuais, sem deficiências de quaisquer tipos, no geral solteiros que possuem
relacionamentos afeitos e sexuais estáveis sem coabitação e sem filhos com os parceiros, com
elevados níveis de escolaridade, que apesar de não praticantes possuem uma religião; no eixo 2
(perfil socioeconômico) a amostra está composta no geral por pessoas que exercem algum tipo de
atividade remunerada, com renda e número de itens de domicílio típicos das classes médias-altas,
residentes em casas cujos bairros possuem infraestruturas mínima (abastecimento de água regular e
ruas pavimentadas); no eixo 3 (acesso à saúde) parte significativa dos respondentes indicou que
depende total ou parcialmente dos serviços públicos de saúde, especialmente os relacionados à
saúde mental e sexual os quais são avaliados como satisfatórios e adequados (apesar de que
também indicaram a necessidade de mais atendimentos e de serviços trans específicos) e, além
disso, destacaram os sintomas depressivos, de ansiedade, nervosismo, estresse, pânico, lesões
autoprovocadas, ideações e tentativas de suícidio como os principais motivadores para procurarem
pelos atendimentos; no eixo 4 (acesso á educação) destaca-se na amostra a relevância atribuída ao
sistema público de ensino fundamental e médio apesar de terem sofrido preconceitos e diversificadas
formas de violências nas instituições escolares, e que nelas as discussões sobre gênero e
sexualidade foram de caráter tradicionalista (heteronormativo e biomédico) pouco abordando
diversidade, multiplicidade e direitos sexuais e de gênero; no eixo 5 (trabalho, segurança e
assistência social) parte relevante da amostra relatou ter sofrido assédio moral no trabalho e que nem
sempre são valorizados devido ao fato de serem lgbtqiap+; no eixo 6 (preconceito e violência) parte
relevante da amostra indicou as dificuldade de coming out por não se sentir respeitada quanto à sua
identidade de gênero e/ou orientação sexual, tendo sofrido diversas violências (físicas, verbais,
psicológicas) originárias de familiares e colegas de trabalho e de instituições de ensino mas que
apesar disso não sabem o que fazer ou quem procurar para formular denúncias de violências
motivadas pelo gênero ou orientação sexual.

Palavras-chave: Minorias sexuais e de gênero. Política pública antidiscriminatória. Diagnóstico


situacional.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1
JUSTIFICATIVA 6
OBJETIVO GERAL 8
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 8
ASPECTOS METODOLÓGICOS 9
RISCOS 12
BENEFÍCIOS 13
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 14
RESULTADOS 15
EIXO 1 - PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO 16
Ano de nascimento 16
Como você se declara em relação a sua cor ou raça/etnia? 17
Com qual gênero você se identifica (identidade de gênero)? 18
Conforme seu nascimento, qual seria seu sexo biológico? 19
Em relação à sua orientação sexual, você se considera: 20
Você possui alguma deficiência? 22
Qual seu estado civil? 23
Moram juntos/as/es? 24
Qual a natureza de sua união? 25
Nível de escolaridade mais alto (marque uma resposta por linha): 26
Qual a quantidade de filhos/as/es? (marque uma resposta por linha) 28
Qual sua religião ou doutrina? 29
Com qual assiduidade você frequenta sua religião ou doutrina? 30
Nasceu no município de Uberaba? 31
Atualmente você está morando em Uberaba? 32
EIXO 2 - PERFIL SOCIOECONÔMICO 33
Você exerce alguma atividade remunerada? 33
Qual é sua renda familiar (soma do salário de todes os membros da família ou
república que contribuem para o sustento da casa). 35
Quantas pessoas contribuem para o sustento da casa? 36
Qual a condição de seu domicílio? 37
Agora vamos fazer algumas perguntas sobre itens do domicílio para efeito de
classificação econômica. Todos os itens eletroeletrônicos que você citar devem estar
funcionando, incluindo os que estão guardados. Caso não esteja funcionando,
considere apenas se tiver intenção de consertar ou repor nos próximos seis meses.
39
A água utilizada neste domicílio é proveniente de: 42
Considerando o trecho da rua do seu domicílio, você diria que a rua é: 43
Qual é o grau de instrução da pessoa que contribui com a maior parte da renda do
domicílio? 44
EIXO 3 - ACESSO À SAÚDE 46
É usuário/a/e da rede pública de saúde municipal? 46
Frequência de uso dos serviços de saúde. Por favor, avalie as afirmações abaixo e
assinale a frequência que melhor descreve sua utilização dos serviços públicos com
base nos últimos cinco anos (marque ao menos uma opção por afirmação) 47
Tratamentos contínuos e específicos - assinale todos os tratamentos contínuos e
específicos que você realiza: 50
Sobre os cuidados específicos à saúde da população LGBTQIAP+, por favor
assinale para cada afirmação abaixo se você concorda plenamente, concorda
parcialmente, não tem opinião, discorda parcialmente ou discorda totalmente. Caso a
questão não se enquadre na sua identidade de gênero e/ou orientação sexual, favor
marcar a opção “não se aplica”: 51
Sendo uma mulher trans/travesti sinto-me bem atendida pela urologia 52
Sendo um homem trans sinto-me bem atendida pela urologia 52
Sendo gay, lésbica, bi, pansexual, assexual, consigo fazer os exames que
preciso 52
Sendo uma pessoa trans/travesti sou tratado/a pelo meu nome social 52
Enquanto pessoa lgbtqiap+ sinto que sou respeitado/a em minha identidade de
gênero e orientação sexual 53
Sinto falta de atendimentos em saúde específicos para a população lgbtqiap+ 53
Já realizou os seguintes procedimentos? Se sim, quem realizou? 54
Uso de hormônios 54
Aplicação de silicone industrial 54
Cirurgia plástica 54
Mastectomia (retirada das mamas) 55
Histerectomia (retirada do útero) 55
Redesignação sexual (alteração dos órgãos sexuais) 55
Procedimento estético 55
Outra intervenção 56
Você sente falta de algum atendimento especializado? marque quantas opções achar
necessárias. 56
Indique na tabela abaixo se você já sentiu ou realizou as seguintes ações. Marque
uma opção por linha: 57
Sintomas depressivos (tristeza persistente, falta de energia e vontade para fazer
as coisas cotidianas) 57
Ansiedade, nervosismo, estresse 57
Ataque de pânico (sensação ruim no peito, medo de morrer sem justificativa,
tremores, sudorese) 57
Disforia de gênero (sofrimento relacionado a não correspondência entre a
identidade de gênero e o corpo biológico) 58
Automutilação (cortes no corpo para aliviar a angústia) 58
Ideação suicida (desejo de morrer, pensamento de que seria melhor se não
existisse) 58
Tentativa de suicídio 58
Uso e/ou abuso de álcool e outras substâncias 58
EIXO 4 - ACESSO À EDUCAÇÃO 60
Onde você cursou o ensino fundamental? 60
Onde você cursou o ensino médio? 61
Você já vivenciou alguma forma de preconceito e violência no ambiente
escolar/universitário? Assinale quantas alternativas forem necessárias: 62
Durante o ensino fundamental ou médio você escondeu ou disfarçou que era
LGBTQIAP+? 63
Você recebeu alguma aula ou palestra sobre orientação sexual em algum momento
da vida escolar? Se sim, elas incluíam informações sobre pessoas LGBTQIAP+? 63
Você cursa ou cursou ensino superior? 64
EIXO 5 - TRABALHO, SEGURANÇA E ASSISTÊNCIA SOCIAL 65
Sobre o trabalho, a segurança e a assistência social, assinale para cada afirmação
abaixo se você concorda completamente, concorda parcialmente, não tem opinião,
discorda parcialmente ou discorda totalmente. Caso a afirmação não se enquadre na
sua identidade de gênero e/ou orientação sexual, favor marcar a opção “não se
aplica”: 65
Já sofri assédio moral no trabalho por ser LGBTQIAP+ 65
Percebi que meu salário é menor que os das outras pessoas no mesmo
cargo/função que eu 65
Não me sinto respeitado acolhido pelos colegas de trabalho por ser LGBTQIAP+
66
Perdi uma promoção no trabalho por ser LGBTQIAP+ 66
Não tive meu nome social e/ou identidade de gênero respeitados no trabalho 66
Já sofri preconceito em uma abordagem policial por ser LGBTQIAP+ 66
Eu não sei o que fazer para denunciar uma vivência de preconceito/violência por
ser uma pessoa LGBTQIAP+ 67
Já sofri preconceito em uma unidade de assistência social (CRAS) 67
Tenho dificuldade de acesso à programas socioassistenciais por ser LGBTQIAP+
67
Você realizou a retificação (mudança de nome e gênero) em seus documentos? 68
EIXO 6 - PRECONCEITO E VIOLÊNCIA 69
Quem sabe que você é LGBTQIAP+? 69
Em geral, você se sente respeitado/a/e por ser LGBTQIAP+? 70
Já sofreu preconceito? Onde? Marque quantas opções forem necessárias: 70
Já fui expulso de casa pela identidade de gênero e/ou orientação sexual? 71
Quais tipos de violência já sofreu por ser LGBTQIAP+? Marque quantas opções
forem necessárias: 72
Se sofreu violência física por ser LGBTQIAP+, onde e quantas vezes você sofreu? 72
Rua 72
Escola 73
Casa dos pais ou familiares 73
Trabalho 73
Banheiros públicos 73
Transportes coletivos 73
Delegacia de polícia 73
Instituições públicas 74
Templos religiosos 74
Shopping center, lojas etc. 74
Hospitais/unidades de saúde 74
CTA e CAISM 74
Restaurantes, lanchonetes, etc. 74
Bancos 74
Serviços de assistência social 75
Se sofreu violência verbal e/ou psicológica, onde e quantas vezes você sofreu? 75
Rua 75
Escola 75
Casa dos pais ou familiares 75
Trabalho 76
Banheiros públicos 76
Transportes coletivos 76
Delegacia de polícia 76
Instituições públicas 76
Templos religiosos 76
Shopping center, lojas etc. 77
Hospitais/unidades de saúde 77
CTA e CAISM 77
Restaurantes, lanchonetes, etc. 77
Bancos 77
Serviços de assistência social 77
Já deixou de frequentar um desses lugares por não se sentir aceito/a/e ou
respeitado/a/e? 78
Rua 78
Escola 78
Casa dos pais ou familiares 78
Trabalho 78
Banheiros públicos 79
Transportes coletivos 79
Delegacia de polícia 79
Instituições públicas 79
Templos religiosos 79
Shopping center, lojas etc. 79
Hospitais/unidades de saúde 79
CTA e CAISM 80
Restaurantes, lanchonetes, etc. 80
Bancos 80
Serviços de assistência social 80
Já sentiu constrangimento ou enfrentou algum preconceito/violência ao frequentar
banheiros públicos? 81
Caso tenha sofrido algum tipo de violência, você chegou a denunciar o ocorrido? 81
CONSIDERAÇÕES FINAIS 83
REFERÊNCIAS 85
Agradecimentos 87
ANEXOS 88
Anexo A - Protocolo de pesquisa 88
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INTRODUÇÃO
No século XX após as atrocidades cometidas envolvendo seres
humanos durante o holocausto nazista na Segunda Guerra Mundial, o qual foi
responsável pelo assassinato de milhares de homossexuais, judeus, ciganos e
pessoas com deficiência, os Estados criaram a Organização das Nações
Unidas (ONU), em 1945, objetivando trabalhar igualitariamente visando a paz
mundial. Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos do Homem estabeleceu
uma perspectiva de universalidade e indivisibilidade dos direitos humanos.
Assim, o requisito para ser titular desses direitos é a condição de ser humano,
sendo estes garantidos para todos os indivíduos, sem distinção de raça, cor,
orientação sexual, religião, língua, nacionalidade ou qualquer outra forma. Os
direitos humanos visam à proteção das pessoas contra ações que interferem
em suas liberdades ou violem sua dignidade humana (SIQUEIRA; MACHADO,
2018).

Ainda no século XX, em 1988, durante a onda de redemocratização da


América Latina, a Constituição Brasileira foi promulgada, sendo um
importantíssimo marco para um período pós sombrio: a ditadura civil-militar que
durou de 1964 a 1985. Através de lutas sociais que findaram sucessivos
governos de exceção, a nova constituição adotou o conceito base
beveridgeano de seguridade social, consubstanciado nos três pilares da
proteção social: previdência social, saúde e assistência social (OLIVEIRA
JUNIOR, 2017).

Em 2011, a ONU editou sua primeira Resolução em defesa dos direitos


de pessoas LGBTs, a qual foi apresentada conjuntamente pelo Brasil e pela
África do Sul, denominada “Direitos Humanos, orientação sexual e identidade
de gênero”. Entre as reivindicações mais importantes estava a solicitação de
um estudo sobre leis discriminatórias e atos praticados com motivação
homofóbica.

Importante ressaltar que, para tanto, desde sua concepção o cerne da


Carta Magna brasileira coincidiu com a Resolução em defesa dos direitos de
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pessoas LGBTs, ao discriminar o objetivo e a obrigatoriedade de “promover o


bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação”, disposto no artigo 3º inciso IV. A Constituição
Federal de 1988 especifica ainda os seguintes pontos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito
à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade [...].

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a


alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança,
a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma
desta Constituição (BRASIL, 1988; BRASIL, Casa Civil,
2010)

A garantia dessa igualdade para minorias é dada principalmente através


das ações afirmativas, isto é, de políticas públicas que têm por objetivo
combater discriminações, aumentando a participação destes grupos nos
processos políticos, no acesso à educação, emprego e saúde, na proteção da
vida, e na promoção da dignidade do ser e, por consequência, corrigindo toda
forma de desigualdade (SIQUEIRA; MACHADO, 2018).

O termo LGBT surgiu na 1º Conferência Nacional GLBT no Brasil, após


Decreto Presidencial de 28 de novembro de 2007, quando houve a troca de
GLBT (gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais) para LGBT (lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais). Hoje, acompanhando a pluralidade,
complexidade das diversas camadas que compõem a humanidade, este termo
se expande, dando assim, identidade e voz a essas pessoas. O termo mais
atual LGBTQIAP+ diz respeito a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis, Transexuais ou Transgêneros, Queer, Intersexos, Assexuais,
Pansexuais e demais orientações e identidades de gênero.

Mesmo com os avanços no que se refere à visibilidade, direitos e


respeito para a população LGBTQIAP+ essas conquistas caminham a passos
lentos e dificultosos, vigorando ainda hoje um ranço conservador motivado pelo
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preconceito e discriminação, embasados por uma construção histórica


profunda e de difícil desconstrução de valores, o que obstaculiza o acesso
desses sujeitos às políticas sociais e, consequentemente, ao usufruto dos
direitos sociais. (Pereira, 2011). Há uma clara aversão à população
LGBTQIAP+, enquanto produto da ideologia heterossexista pautada na
perspectiva de hierarquia social do sexo que visa atender a determinadas
classes e grupos sociais hegemônicos, especialmente na realidade brasileira
(QUADRADO; FERREIRA, 2019).

É perceptível o quanto é recente na arquitetura institucional da política


pública brasileira a pauta LGBTQIAP+. No que concerne à saúde, por
exemplo, apenas no ano de 2010 foi lançada a Política Nacional de Saúde
Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, a qual tem por
objetivo principal:

Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais,


travestis e transexuais, eliminando a discriminação e o
preconceito institucional, contribuindo para a redução das
desigualdades e para a consolidação do SUS como
sistema universal, integral e equânime (BRASIL, 2010).

A ampliação das políticas públicas para as demais esferas, ocorreu


apenas em 2013, quando nasceu o Sistema Nacional LGBT (LIMA, 2018). Não
é estranho, diante do disposto, que existam poucas ações voltadas para essa
fração populacional. No município de Uberaba/MG, região do Triângulo Mineiro,
por exemplo, inexistem estudos que caracterizem precisamente essa
população, isto é, que reconheçam seu estado de vulnerabilidade nos
diferentes tecidos sociais e de acesso ou ainda, os agravantes secundários que
ferem os direitos subjetivamente garantidos a essas pessoas pelo Estado.

Em todas as questões e demandas LGBTQIAP+, independente da


especificidade de cada letra desse acrônimo, os entraves que conferem e
acompanham preconceitos e a escassez de ações afirmativas, são atribuídos
enormemente pela falta de dados (LIMA, 2018). Sem dados públicos é
incabível a construção de políticas públicas. O que temos visto é que a questão
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da orientação sexual e da identidade de gênero só se torna um dado no


momento da morte ou da doença reforçando o preconceito e estigma com essa
população.

Assim, pensado na necessidade de construção e sistematização de


dados que subsidiem as políticas públicas LGBTQIAP+, propusemos um
mapeamento municipal desta população a fim de avaliar seu grau de
vulnerabilidade, contribuindo assim para a eficiência do planejamento e
investimento dos recursos públicos. Objetiva-se também com esse
mapeamento disponibilizar dados aos movimentos sociais, gestores públicos e
universidades, dando acesso público com base georreferenciada sobre essa
população que, não raro, está em situação de vulnerabilidade ou risco
psicossocial.

O termo vulnerabilidade social é emergente em termos de população e


desenvolvimento e, assim sendo, sua ideia não está consolidada e possui
múltiplos sentidos de interpretação. Na linguagem corrente, vulnerabilidade é
"qualidade de vulnerável", ou seja, o lado fraco de uma questão ou o ponto
pelo qual uma pessoa pode ser atacada, ferida ou lesionada, física ou
moralmente. Dessa forma, vulnerabilidade implica risco, fragilidade ou dano
(DESCHAMPS, 2008).

O conceito sintético que adotamos para a concepção de vulnerabilidade,


pensando na comunidade LGBTQIAP+ é aquela apresentada por Chambers
(1989, p. 1, tradução nossa):

[…] a exposição a contingências e estresse e a


dificuldade de enfrentá-los. A vulnerabilidade tem assim
duas vertentes: uma vertente externa de riscos, choques
e stress a que um indivíduo ou agregado familiar está
sujeito; e um lado interno que é a indefesa, ou seja, falta
de meios para lidar sem perdas prejudiciais.

Nessa definição existem três elementos importantes: a exposição a


certos riscos, a capacidade de enfrentá-los e a potencialidade de que estes
tragam consequências importantes para os afetados. Desta forma, a questão
básica destacada pelo conceito é a debilidade ou a força dos ativos que
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indivíduos ou famílias dispõem para enfrentar os riscos existentes no entorno e


que implicam na perda de seu bem-estar (BUSSO, 2001).

O caráter multifacetado da vulnerabilidade implica que não


necessariamente se deva trabalhar com uma categoria dicotômica do tipo
vulnerável ou não vulnerável. Pode-se criar uma espécie de gradiente de
situações a partir do qual é possível melhor identificar as principais
“debilidades” (ou conjunto delas) do segmento socioespacial. Kaztman et al
(1999) sugerem a seguinte classificação, a qual consideramos para a
realização deste trabalho:

1. Capital Físico: envolvendo todos os meios essenciais para a busca de


bem-estar. Estes poderiam ainda ser divididos em capital físico
propriamente dito (moradia, terra, máquinas, animais, bens duráveis
relevantes para a reprodução social); ou capital financeiro, cuja
característica seria a alta liquidez e multifuncionalidade, envolvendo
poupança e crédito, além de formas de seguro e proteção;

2. Capital Humano: incluiria o trabalho como ativo principal e o valor


agregado ao mesmo pelos investimentos em saúde e educação, os
quais implicariam em maior ou menor capacidade física para o
trabalho, qualificação etc.;

3. Capital Social: incluiria as redes de reciprocidade, confiança, contatos


e acesso à informação.
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JUSTIFICATIVA
As políticas públicas no Brasil necessitam e buscam, para tanto, atender
indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade e risco psicossocial,
categorias que abarcam notoriamente a comunidade LGBTQIAP+. Ser
identificado como pertencente ao grupo pode estabelecer e/ou representar um
altíssimo grau de vulnerabilidade por si só. Essa população carrega nas suas
histórias de vida e nos seus corpos duras experiências de violência psicológica,
simbólica e, por vezes, física. Por exemplo, as travestis são portadores do olhar
preconceituoso e misógino da vinculação de sua imagem à pobreza, à
prostituição, à criminalidade, à condição de não humanidade. Incidem sobre
gays, por sua vez, vinculações com a promiscuidade, transmissão de HIV,
conduta “amoral” (QUADRADO; FERREIRA, 2019). Enfim, cada letra da sigla é
alvo de uma série de construções históricas reiteradas atualmente sobre sua
existência.
Os desconhecimentos sobre as características dessas populações
tornam dificultosas a implantação, efetivação e fortalecimento das ações
públicas. Para que se atinja verdadeiramente os direitos garantidos na
Constituição Federal e todo o regimento relativo aos Direitos Humanos, é
necessário conhecer as mazelas sociais das quais a população LGBTQIAP+
sofre.
Há de se convir ainda que o debate sobre as opressões de gênero e
sexualidade é recente nas políticas públicas, demandando aprofundamento
teórico-político-crítico, uma vez que, no contexto social do sistema capitalista
as relações sociais vigentes se encontram enraizadas no conservadorismo, no
qual se reproduzem diversas formas de machismo, homolesbotransfobia e
tantas outras formas de preconceito e discriminação na vida social
(QUADRADO; FERREIRA, 2019).
Um elemento imprescindível para que os indivíduos e os povos tenham
seus direitos humanos efetivados é a consciência de sua existência. Mediante
o exposto, esse estudo teve como objetivo o desenvolvimento de um
mapeamento e diagnóstico situacional da população LGBTQIAP+ de Uberaba.
Isso permite, dentre outras consequências, investigar os diversificados graus
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de exposição às vulnerabilidades sociais e as dificuldades de acesso da


população LGBTQIAP+ aos dispositivos públicos de saúde, educação e
assistência social integrais e universais. Esta é uma pesquisa de natureza
censitária e qualitativa, subsidiada por um mapeamento na cidade de
Uberaba/MG. O propósito é reafirmar que a população referida, em sua
perspectiva de emancipação, necessita de um olhar honesto, sem leviandades
que não os atendam, contribuindo juntamente para a eficiência do
planejamento e investimento de recursos públicos.
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OBJETIVO GERAL
Realizar o mapeamento e o diagnóstico situacional da população
LGBTQIAP+ da cidade de Uberaba.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
● Caracterizar a população LGBTQIAP+ quanto às informações
sociodemográficas e socioeconômicas;
● Verificar informações sobre o acesso e vivências de discriminação nos
setores da saúde, educação, trabalho, segurança e assistência social;
● Verificar indicadores de preconceito e de violência em relação à essa
população;
● Analisar associações estatísticas possíveis entre as informações
coletadas.
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ASPECTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de uma pesquisa desenvolvida em parceria entre a
Coordenadoria de Políticas Públicas LGBT+ da Prefeitura Municipal de
Uberaba e com o Coletivo pela Diversidade Beth Pantera (movimento social
sem fins lucrativos) com apoio científico do Laboratório de Estudos e Pesquisa
Sobre Sexualidades e Gêneros (LEPESEGE) da Universidade Federal do
Triângulo (UFTM).

A pesquisa tem caráter transversal, quantitativo e qualitativo, de tipo


survey (descritivo e explicativo) censitário, cujo objetivo ideal é o de realizar um
censo da população autodeclaradamente pertencente à comunidade
LGBTQIAP+ da cidade de Uberaba. Através de um questionário online
pretende-se realizar um mapeamento populacional, visando caracterizar o
grupo a fim de possibilitar um diagnóstico situacional relativo ao acesso e à
possíveis vivências de preconceito e de violência em relação às diversas
políticas públicas.

Partindo a tripla aliança que fundamenta a realização dessa pesquisa, a


finalidade que orienta a mesma pode ser dividida em três setores: em relação à
Universidade, ela apoiará a pesquisa em suas fases de coleta, organização e
análise dos dados para futuros recortes de pesquisa a serem desenvolvidos;
em relação à Coordenadoria, as análises servirão de base para o
desenvolvimento de propostas de políticas públicas que visem atender mais
especificamente as demandas desse grupo; em relação ao Coletivo, tal
pesquisa promove a participação comunitária ativa e fornece subsídios para as
ações populares.

Entretanto, destaca-se as dificuldades de desenvolvimento de uma


pesquisa censitária (que requer a coleta de informações de todo o universo
populacional, gerando altos custos de financiamento), em específico de um
grupo cuja premissa de inclusão é justamente a autodeclaração – impactada
pelas vivências de preconceitos e de violências. Assim, pode-se esperar que
uma pesquisa desse tipo possivelmente se encontraria subestimada. Portanto,
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considerou-se um cálculo amostral a fim de determinar um número mínimo de


respostas que garanta a significância das análises a serem realizadas.

Para o cálculo, considerou-se a população de Uberaba, estimada de


340.277 pessoas (IBGE, 2021). Até o momento, não há no Brasil uma pesquisa
de alcance censitário que abranja toda a população em termos de identidade e
orientação sexual. O IBGE (2022) identificou entre a população de maiores de
18 anos, em 2019 um total de 2.9 milhões de pessoas identificadas como
homossexuais e bissexuais, equivalente então a 1.8% da população. O próprio
instituto aponta para a possibilidade de subnotificação tanto relacionada às
dificuldades inerentes ao preconceito quanto à falta de familiaridade com as
diversas formas de sexualidade e de identidade sexual, que não foi
questionada na pesquisa. A fim de evitar os problemas em relação a
subnotificação e devido à ausência de dados oficiais que possam ser utilizados
como parâmetro para o estabelecimento de uma estimativa do número de
pessoas LGBTQIAP+ em municípios com porte semelhante ao de Uberaba,
decidiu-se por considerar um índice de 4% de pessoas da população que
possivelmente integrariam o grupo alvo. Assim, calcula-se um total de 13.612
pessoas enquanto o tamanho populacional da amostra. Aplicando-se o nível de
precisão de 95% e o nível de significância de 5% obtém-se um número
amostral (mínimo) de 385 participantes. Ressalta-se que a pesquisa adotou
este valor como parâmetro mínimo de validação dos dados, mas incluiu o
número máximo de respostas válidas ao instrumento de coleta no período
delineado.

Os participantes foram todos aqueles que, como critério de inclusão, se


autodeclararam pertencentes à população LGBTQIAP+ maiores de 18 anos de
idade e residentes na cidade de Uberaba no momento da coleta dos dados.
Foram excluídos todos os menores de 18 anos de idade e não residentes na
cidade. A pesquisa foi realizada no formato online, composta por um
questionário com 57 questões, sendo 56 questões fechadas e uma questão
aberta, divididas em 6 blocos: Perfil sociodemográfico; Perfil socioeconômico
(incluindo aqui o instrumento Critério Brasil - ABEP, 2022); Acesso à Saúde;
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Acesso à Educação; Trabalho, Segurança e Assistência Social; Preconceito e


Violência.

O Questionário foi composto em diálogo com outras propostas de


mapeamento realizadas no país (CEDEC, 2021; ACONTECE, ANTRA, AGLBT,
2022) e em diálogo com outros artigos que apontam para as principais
demandas da população LGBTQIAP+ (BRASIL, Ministério da Saúde, 2010;
CEDEC, 2021; OLIVEIRA JUNIOR, 2017; QUADRADO, 2019; SIQUEIRA,
MACHADO, 2018). A fim de verificar a clareza e concisão das questões foi
realizado um teste piloto no qual 10 integrantes do Coletivo Beth Pantera
responderam ao formulário, monitorando o tempo que levaram no processo e
as principais dificuldades que encontraram ao longo da leitura. Após esse
procedimento, o questionário foi revisado e chegou-se a uma versão final.

Antes de responder o questionário o participante foi instruído à leitura do


Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), devendo declarar ter
ciência e concordância com o mesmo, antes de prosseguir. O questionário foi
divulgado para a população por meio dos perfis nas redes sociais Instagram e
Facebook da Prefeitura Municipal e da Coordenadoria de Diversidade LGBT+
da Prefeitura Municipal de Uberaba indicando o endereço eletrônico de acesso
(https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeUjp7xxV2IfGjJVENSCwSZZdlRX
aIqVFp_Yjt4O6g9vTuZhg/viewform?usp=sf_link). Além disso, o convite de
participação também foi divulgado em serviços municipais públicos e privados
de saúde, educação e assistência social e locais de trabalho desta comunidade
por meio de cartazes impressos e flyers de divulgação. O questionário ficou
aberto para participação e coleta de respostas entre 01/08/2022 e 30/11/2022.

Os dados obtidos foram validados em relação à sua consistência e


completude, incluindo os que não atenderem a tais critérios. Após a validação,
os dados foram tabulados com auxílio das funcionalidades do Google
Formulários (geração de tabelas e gráficos) e foi elaborada uma primeira
análise estatística descritiva, a fim de criar um perfil situacional da população
estudada. Tais informações serão posteriormente submetidas, possivelmente
em trabalhos posteriores, a testes de associações de Pearson, verificando
possíveis associações entre os dados colhidos em cada bloco do instrumento.
Página | 12

RISCOS
Toda a pesquisa seguiu os parâmetros éticos da Resolução 466 de 12
de dezembro de 2012 (que prevê que toda pesquisa apresenta riscos ao
participante) e a Resolução 510 de 07 de abril de 2016 (dispensa de pesquisas
censitárias de serem submetidas ao sistema CEP/CONEP), ambas do
Conselho Nacional de Saúde. Neste sentido, por se tratar de uma pesquisa do
tipo survey censitária ela dispensa submissão e avaliação de comitês de éticas
em pesquisa envolvendo seres humanos. Mesmo assim, foram observados
cuidados adicionais para impedir a identificação e assegura o sigilo de
identidade dos participantes respondentes, tais como a não coleta e não
retenção de dados sensíveis.
Todavia, parte dos tópicos abordados pelo questionário poderiam
mobilizar afetos e lembranças dos respondentes e podem gerar desconforto
aos participantes, ao mobilizar lembranças de vivências de sofrimento. A fim de
reduzir a possibilidade desse desconforto, nos casos cabíveis, o participante
era instruído acerca dos temas antes de iniciar o preenchimento do
questionário sobre o teor do mesmo, tendo a liberdade de desistir do seu
preenchimento a qualquer momento, sem quaisquer prejuízos. Além disso, foi
disponibilizado um canal de contato com os responsáveis pela pesquisa de
modo que, caso o respondente sentisse necessidade, poderia ser
encaminhado para serviços públicos de atendimento de saúde mental,
respeitando suas filas de espera.
Página | 13

BENEFÍCIOS
Compreende-se que a participação na pesquisa apresenta como
benefício a autorreflexão acerca das vivências de falta de acesso e
discriminação sofridas nas diversas instituições públicas e privadas, além da
participação ativa na construção de índices necessários à melhoria de políticas
públicas destinadas à população LGBTQIAP+. Além disso, o participante
também contribui com a formação de profissionais com base no acesso a tais
análises e reflexões, aumentando a visibilidade das demandas da população
LGBTQIAP+ de Uberaba.
Página | 14

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Etapas Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr. Mai Jun
. 22 . 22 . 22 . 22 . 22 . 23 . 23 . 23 23 . 23 . 23
Coleta de dados X X X X
Análise dos
resultados e X X X X X
discussão
Apresentação dos
resultados à X X
comunidade
Página | 15

RESULTADOS
Nas tabelas todos os dados populacionais municipais foram coletados
do Censo de 2010 (https://www.ibge.gov.br/censo2010) e do Atlas Brasil 2010
(http://www.atlasbrasil.org.br/perfil/municipio/317010), salvo expressa indicação
contrária, pois os resultados do Censo 2022 ainda não estão disponíveis.
Todos os valores percentuais apresentados são aproximados e os números
indicados entre parênteses representam os números de respostas totais em
cada categoria.
Os dados foram organizados com auxílio das funcionalidades do Google
Formulários (geração de tabelas e gráficos) e foi elaborada uma primeira
análise estatística descritiva a fim de criar um perfil situacional da população
estudada. Tais informações (divididas por eixos) serão posteriormente
submetidas, possivelmente em publicações científicas, a testes de associações
de Pearson verificando possíveis associações entre os dados colhidos em cada
bloco do instrumento.
Página | 16

EIXO 1 - PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO

Ano de nascimento

Faixa etária Amostra População Uberaba

10-14 anos 0.5% (2) 7.3%

15-19 anos 9.6% (38) 8.1%

20-24 anos 24.1% (95) 9.2%

25-29 anos 28.9% (114) 9.1%

30-34 anos 21.9% (87) 8.4%

35-39 anos 9.1% (36) 7.3%

40-44 anos 2.2% (9) 7.1%

45-49 anos 2.2% (9) 7%

50-54 anos 0.7% (3) 6.3%

55-59 anos 0.2% (1) 5.1%

60-64 anos 0 4%

65-69 anos 0 2.9%

70-74 anos 0 2.3%

75-mais anos 0 3.4%

As faixas etárias mais frequentes dentre os respondentes são 25 a 29


anos de idade (28.9%), 20 a 24 anos de idade (24.1%) e 30 a 34 anos de idade
(21.9%), ou seja, trata-se de uma amostra de respondentes jovens, similar à
distribuição da pirâmide etária da população municipal.
Página | 17

Como você se declara em relação a sua cor ou raça/etnia?

Cor, raça/etnia Amostra População Uberaba

Branca 55.6% (220) 62%

Parda 27.8% (110) 28%

Preta 15.2% (60) 9%

Não declarado 0.8% (3) ausência de dados de


referência

Outra 0.5% (2) ausência de dados de


referência

Indígena 0.3% (1) 0.1%

Amarela 0.3% 0.8%

As características de cor, raça/etnia dos respondentes da amostra de


respondentes seguem as da composição da população municipal, apesar de
diferirem em termos percentuais. Assim, há em sequência decrescente uma
maioria de brancos (55.6% dos respondentes), seguidos de pardos (27.8%) e
pretos (15.2%), cuja representação na amostra é maior do que na população.
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Com qual gênero você se identifica (identidade de gênero)?

Gênero autodeclarado Amostra População Uberaba

Homem-cis 41.7% (165) ausência de dados de


referência

Homem-transexual 4% (16) ausência de dados de


referência

Mulher-cis 40.7% (161) ausência de dados de


referência

Mulher-transexual 3.3% (13) ausência de dados de


referência

Não binária 4.3% (17) ausência de dados de


referência

Outro 2.8% (11) ausência de dados de


referência

Não sei/prefiro não declarar 1.5% (6) ausência de dados de


referência

Agênero 1.3% (5) ausência de dados de


referência

Travesti 0.5% (2) ausência de dados de


referência

O Censo 2010 coletou os dados referentes ao sexo dos respondentes


(ver adiante), mas não sobre o gênero autodeclarado. Por isso, não há dados
de comparação para a população de Uberaba. Em relação ao gênero
Página | 19

autodeclarado dos respondentes há quase uma divisão igualitária entre 45.7%


homens (cis e trans) e 44% de mulheres (cis e trans). Ainda houve
autodeclaração de identidade de gênero não-binária (4.3%), agênero (1.3%),
travesti (0.5%) e daqueles que não sabiam, não quiseram ou se declararam
como outros (4.3%).

Conforme seu nascimento, qual seria seu sexo biológico?

Sexo Amostra População Uberaba

Feminino 51,2% (204) 51,2%

Masculino 47,7% (189) 48,8%

Intersexo 0,8% (3) ausência de dados de


referência
Página | 20

100% (3) não

O Censo 2010 fornecia como opção aos respondentes apenas as


categorias sexuais homens e/ou mulheres. Os dados dos respondentes são
praticamente iguais aos da população municipal, a saber: 51.2% de sujeitos do
sexo feminino e 47.7% de sujeitos do sexo masculino. Exceção se faz quanto à
atribuição de intersexo que correspondeu a 0.8% dos respondentes, mas cujos
dados são ausentes para a população municipal.

Em relação à sua orientação sexual, você se considera:

Orientação sexual Amostra População Uberaba

Homossexual (gay ou 54.3% (215) ausência de dados de


lésbica) referência
Página | 21

Bissexual 30.3% (120) ausência de dados de


referência

Pansexual 9.1% (36) ausência de dados de


referência

Heterossexual 4.3% (17) ausência de dados de


referência

Assexual 0.5% (2) ausência de dados de


referência

Outras1 1% (4) ausência de dados de


referência

Prefiro não declarar 0.5% (2) ausência de dados de


referência

O Censo 2010 não perguntou sobre a orientação sexual dos


respondentes. Contudo, em 2019 o IBGE divulgou dados sobre o primeiro
levantamento censitário (os dados não foram segmentados e apresentados por
municípios) sobre orientação sexual da população adulta brasileira cujos
principais resultados são: 94.8% se declararam como heterossexuais; 1.2%,
como homossexuais; 0.7%, como bissexuais; 3.4% não sabiam ou não
quiseram responder; e 0.1% declararam ter outra orientação sexual (assexual e
pansexual) (https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101934.pdf).
Quanto à orientação sexual dos respondentes 54.3% se declarou
homossexual (os dados não foram segmentados entre gays e lésbicas), 30.3%
bissexuais, 9.1% pansexuais, 4.3% heterossexuais (por exemplo, quando uma
mulher trans tem interesse sexual por um homem ou quando um homem trans
tem interesse sexual por uma mulher), 0.5% assexual (ausência de interesse
sexual), 1% outros e 0.5% preferiram não declarar sua orientação sexual. Na
amostra, portanto, há prevalência de homossexuais e bissexuais.

1
Nesta categoria houve respostas como queer e transexual que, apesar de não serem
orientações sexuais, mas sim identidades de gênero, foram mantidas para respeitar a
autodeclaração dos respondentes.
Página | 22

Você possui alguma deficiência?

Deficiência Amostra População Uberaba

Não 98.2% (389) 12%

Sim 1.8% (7) 88%

Tipo de deficiência Amostra População Uberaba

Transtorno do Espectro 57.1% (4) Não existem dados de


Autista referência

Física 28.6% (2) 5.3%

Intelectual 14.3% (1) 1%

6.1.1 Sua deficiência não se enquadra nas respostas da pergunta anterior,


nos diga qual seria:
0 resposta
Página | 23

6.1.2. Você precisa de alguma forma de acessibilidade para exercer as


atividades do dia a dia? Por exemplo, trabalhar, ir para a escola, para o
trabalho, etc.:
0 resposta

6.1.3. Qual tipo de acessibilidade necessita?:


0 resposta

Quase a totalidade dos respondentes (98.2%) declarou não possuir


quaisquer tipos de deficiências, enquanto pessoas com deficiências
correspondem a 12% da população municipal. Dentre os 1.8% dos
respondentes que declararam possuir alguma deficiência destacam-se as
pessoas que disseram se situar em algum dos graus transtorno do espectro
autista (57.1%), deficientes físicos (28.6%) e deficientes intelectuais/mentais
(14.3%).

Qual seu estado civil?

Estado civil Amostra População Uberaba

Solteiro 78.5% (311) 53%

Casado 17.7% (70) 33%

Relacionamento poliamoroso 1.8% (7) ausência de dados de


referência
Página | 24

Divorciado 1% (4) 5%

Separado ou desquitado 0.8% (3) 2%

Viúvo 0.3% (1) 6%

Os estados civis mais declarados pelos respondentes foram em ordem


decrescente: predominantemente solteiros (78.5%; são 53% da população
municipal), seguidos de casados (17.7%; são 33% da população municipal),
relacionamentos poliamorosos ou poliafetivos (1.8%; não há dados de
referência para a população municipal), divorciados (1%; são 5% da população
municipal), separados ou desquitados (0.8%; são 2% da população municipal)
e viúvos (0.3%; são 6% da população municipal).

Moram juntos/as/es?

Moram juntos? Amostra População Uberaba

Não se aplica (sou solteiro, 57.8% (229) ausência de dados de


separado, divorciado ou viúvo) referência

Sim 22.5% (89) ausência de dados de


referência

Não 19.7% (78) ausência de dados de


referência
Página | 25

Em ordem decrescente de respostas os 57.8% dos respondentes


indicaram que não moram juntos por ser solteiro, separado, divorciado ou
viúvo, 22.5% moram juntos e 19.7% não moram juntos. Ou seja,
aproximadamente pouco mais de três quartos (77.5%) dos respondentes não
coabitam com os parceiros.

Qual a natureza de sua união?

Tipo de união Amostra2

Não se aplica (sou solteiro, 74.5% (295)


separado, divorciado ou
viúvo)

União consensual/união 20.5% (81)


estável

Apenas casamento civil 4.5% (18)

Casamento civil e religioso 0.5% (2)

Nesta pergunta 74.5% dos respondentes indicaram que a pergunta não


se aplica por serem solteiros, separados, divorciados ou viúvos, 20.5%
indicaram viver num relacionamento de união consensual ou de união estável,
4.5% indicaram serem casados na esfera civil e 0.5% indicaram serem casados
tanto na esfera civil quanto na religiosa.
2
Por falta de dados estratificados esses dados não foram comparados com os parâmetros populacionais.
Página | 26

Nível de escolaridade mais alto (marque uma resposta por


linha):

Escolaridade Respondente População Cônjuge/Compa Pai Mãe


Uberaba nheiro

Fundamental 1.5% (6) 36% 2% (8) 25% (99) 20.7% (82)


incompleto

Fundamental 4.3% (17) 17% 1.5% (6) 13.1% (52) 12.6% (50)
completo

Médio 5.3% (21) 1.5% (6) 10.1% (40) 9.3% (37)


incompleto

Médio 17.9% (71) 26% 7.3% (29) 28.3% (112) 31.3%


completo (124)

Superior 33.8% (134) 10.8% (43) 4.8% (19) 5.8% (23)


incompleto

Superior 19.4% (77) 15% 10.8% (43) 12.1% (48) 15.1% (60)
completo

Pós-graduaçã 22.9% (91) dados não 8% (32) 4% (16) 10.6% (42)


o disponíveis

Não sei/não 0% (0) 0.04% 82% (235) 7% (28) 1% (4)


se aplica

As respostas mais frequentes por parte dos respondentes foram ter


apenas o ensino fundamental incompleto (1.5%, enquanto esse percentual
atinge 36% da população municipal), ter até o ensino fundamental completo até
Página | 27

o ensino médio incompleto (9.6%; enquanto esse percentual atinge 17% da


população municipal), ter o ensino médio completo até o ensino superior
incompleto (51.7%; enquanto esse percentual atinge 26% da população
municipal ), ter o ensino superior completo (19.4%; enquanto esse percentual
atinge 15% da população municipal), ter pós-graduação (22.9%) e não sei (0%;
índice similar da população). Em suma, trata-se de amostra com elevado nível
de escolaridade, pois apenas 11.1% dos respondentes indicou que não conclui
o ensino médio (lembrando que o ensino básico no Brasil, etapa obrigatória de
ser ofertada pelo Estado, congrega o ensino infantil, o ensino fundamental e o
ensino médio).
Quando comparados os níveis de escolaridade concluída dos
respondentes com seus companheiros observa-se certa semelhança quanto ao
ensino fundamental incompleto (1.5% dos respondentes e 2% dos
companheiros), diferença majorada a favor dos respondentes quanto ao ensino
fundamental completo (4.3% contra 1.5% dos companheiros) e ensino médio
incompleto (5.3% contra 1.5% dos companheiros), ensino médio completo
(17.9% contra 7.3% dos companheiros), superior incompleto (33.8% contra
10.8% dos companheiros), superior completo (19.4% contra 10.8% dos
companheiros) e pós-graduação (22.9% contra 8% dos companheiros), e
diferença minorada contra os respondentes apenas no ensino fundamental
incompleto (1.5% contra 2% dos companheiros). Assim, destaca-se uma
distância a favor dos respondentes quanto ao nível de escolaridade quando
comparados aos seus companheiros (isto é, eles tendem a possuir níveis de
escolaridades similares ou maiores do que os companheiros).
Quando comparados aos seus genitores/responsáveis os respondentes
possuem maior nível de escolaridade concluída. Assim, enquanto apenas 1.5%
dos respondentes possuem apenas o ensino fundamental incompleto, o
percentual dos genitores com esse nível de escolaridade é de
aproximadamente 22.5% (média entre os genitores); enquanto 4.3% dos
respondentes concluíram o ensino fundamental completo, esse percentual
atinge 12.8% (média) entre os genitores; enquanto 5.3% dos respondentes
possui apenas o ensino médio incompleto, 9.7% (média) dos seus genitores
completou esse nível de escolaridade; enquanto 17.9% dos respondentes
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concluiu o ensino médio, 29.8% (média) dos genitores tem esse como maior
grau de escolaridade; enquanto 33.8% dos respondentes possuem ensino
superior incompleto (muitos deles cursando), somente 5.3% (média entre) dos
genitores possui esse nível de escolaridade; há uma aproximação quanto à
conclusão do ensino superior, sendo que 19.4% dos respondentes possui
ensino superior completo 13.6% (média) dos seus genitores o possuem; a
distância aumenta novamente quanto à conclusão de alguma pós-graduação,
sendo esse percentual de 22.9% dos respondentes e 7% (média) dos seus
genitores.

Qual a quantidade de filhos/as/es? (marque uma resposta por


linha)

Filhos Amostra3

Nenhum 94.2% (373)

1 5% (20; sendo 8 adotivos)

2 0.8% (3)

A maioria dos respondentes (94.2%) não possui filhos; outros 5%


possuem apenas um filho e 0.8% possuem dois filhos.
3
Por falta de dados estratificados esses dados não foram comparados com os parâmetros populacionais.
Página | 29

Qual sua religião ou doutrina?

Religião Amostra População Uberaba

Espiritismo 16.4% (65) 18%

Umbanda 12.9% (51) 0.7%

Agnóstico 12.1% (48) ausência de dados de


referência

Catolicismo 11.6% (46) 62%

Candomblé 4% (16) 0.3%

Evangélico 1.8% (7) 12%

Budista 0.5% (2) 0.07%

Testemunha de jeová 0.3% (1) 0.4%

Sem religião 15.2% (61) 9.2%

Outra 4% (16) ausência de dados de


referência

Acredito em mais de uma 15.2% (60) 0.3%


religião ou doutrina

Ateísmo 5.8% (23) ausência de dados de


referência
Página | 30

Com qual assiduidade você frequenta sua religião ou doutrina?

Frequência religião Amostra População Uberaba

Não frequento 39.6% (157) ausência de dados de


referência

Raramente 17.9% (71) ausência de dados de


referência

Uma ou duas vezes ao ano 7.8% (31) ausência de dados de


referência

Uma ou duas vezes ao mês 14.4% (57) ausência de dados de


referência

Uma ou duas vezes por 16.4% (65) ausência de dados de


semana referência

Mais de duas vezes na 3.8% (15) ausência de dados de


semana referência

Parte significativa dos respondentes indiciou possuir alguma religião ou


religiosidade, pois apenas 20% disseram não possuir religião ou serem ateus.
As religiões mais citadas pelos respondentes foram espiritismo (16.4%; 18% da
população municipal), umbanda (12.9%; 0;7% da população municipal),
agnóstico (12.1%; ausência de dados de referência para a população
municipal), catolicismo (11.6%; 62% da população municipal), candomblé (4%;
0.3% da população municipal), evangélico (1.8%; 12% da população
municipal), budista (0.5%; 0.07% da população municipal), testemunha de
Jeová (0.3%; 0.4% da população municipal), sem religião (15%; 9.2% da
população municipal), acredita em mais de uma religião ou doutrina (15.2%;
Página | 31

0.3% da população municipal) e ateísta (5.8%; sem dados de referência para a


população municipal).
Quanto à assiduidade os respondentes indicaram no geral não ser
praticantes regulares dos espaços institucionais, pois não frequentam os
espaços institucionais das suas religiões ou doutrinas (39.6%), raramente
(17.9%), uma ou duas vezes ao ano (7.8%), uma ou duas vezes ao mês
(14.4%), uma ou duas vezes por semana (16.4%) e mais de duas vezes na
semana (3.8%).

Nasceu no município de Uberaba?

Nasceu em Uberaba Amostra População Uberaba

Sim 62.9% (249) 82%

Não 37.1% (147) 18%

Entre os respondentes a maioria (62.9%) disse ser natural de Uberaba,


enquanto 37.1% deles são naturais de outras localidades. O percentual de
naturalidade de Uberaba é de 82% dos residentes quando se considera a
população municipal.
Página | 32

Atualmente você está morando em Uberaba?

Reside em Uberaba Amostra População Uberaba

Sim 99% (394) 100%

Não 1% (2) 0%
Página | 33

EIXO 2 - PERFIL SOCIOECONÔMICO

Você exerce alguma atividade remunerada?

Trabalho e vínculo Amostra População de Uberaba

Sim, sou empregado 34.3% (136) 48%


assalariado (carteira de
trabalho assinada)

Sim, sou empregado 13.4% (53) 18%


assalariado (sem carteira de
trabalho)

Sim, sou servidor público 18.4% (73) 20%


(municipal, estadual ou
federal)

Sim, sou profissional do sexo 1% (4) sem dados disponíveis

Não, estou desempregado 25.8% (102) 9.8%

Outro 7.1% (28) 3%

Sua atividade remunerada não se enquadra nas respostas da pergunta anterior


(outro). Nos diga qual:
Página | 34

3,6% (1) artista plástico e empreendedor


3,6% (1) auxiliar administrativo menos de 40h por semana
3,6% (1) bolsista
3,6% (1) bolsista em projeto universitário e freelancer
3,6% (1) dono do próprio negócio
3,6% (1) empreendedor
3,6% (1) empreendedor e investidor
7,2% (2) empresário
3,6% (1) estagiário
3,6% (1) estudante
3,6% (1) estágio
3,6% (1) estágio remunerado
3,6% (1) fisioterapeuta autônomo
3,6% (1) freelancer em bares
3,6% (1) motorista de aplicativo
3,6% (1) ortodontista
3,6% (1) psicólogo clínico
3,6% (1) empresária e trabalha na minha área de formação
3,6% (1) estudante do terceiro ano do ensino médio
3,6% (1) sócia de uma empresa
3,6% (1) sócio/proprietário de estabelecimento comercial/serviços
3,6% (1) tenho meu próprio negócio
3,6% (1) trabalho sem carteira assinada, pagamento por diárias e comissões
3,6% (1) vendo doces
3,6% (1) artista visual / freelancer em design gráfico e viteinismo
3,6% (1) estudante
3,6% (1) microempreendedor

Dentre os respondentes, 34.3% indicou possuir emprego assalariado


com carteira de trabalho (o percentual desta categoria na população municipal
é de 48%), 13.4% indicou ser empregado assalariado sem carteira de trabalho
(o percentual dessa categoria na população municipal é de 18%), 18.4%
Página | 35

indicou ser servidor público (o percentual dessa categoria na população


municipal é de 20%) – em suma, 67.1% dos respondentes indicou exercer
algum tipo de atividade remunerada. 25.8% indicou estar desempregado (o
percentual destes na população municipal é de 9.8%). Além disso, 7.1% dos
respondentes indicou a categoria outra quanto às atividades remuneradas
exercidas (o percentual dessa categoria na população municipal é de 3%),
sendo elas majoritariamente referentes às atividades estudantis (bolsistas e
estudantes) e de profissionais liberais (diversos).

Qual é sua renda familiar (soma do salário de todes os


membros da família ou república que contribuem para o
sustento da casa).

Renda Familiar Amostra População Uberaba

Menor que R$ 1.212,00 7.3% (29) 11%

Entre R$ 1.212,00 e R$ 22.7% (90) 30%


2.424,00

Entre R$ 2.424,00 e R$ 25.8% (102) 18%


3.636,00

Entre R$ 3.636,00 e R$ 13.9% (55) 16%


4.848,00

Entre R$ 4.848,00 e R$ 13.4% (53) 20%


6.060,00
Página | 36

R$ 6.060,00 ou mais 16.9% (67) 5%

As faixas de renda familiar (em salários mínimos) indicadas pelos


respondentes foram: 7.3% das famílias possuem renda menor do que um
salário-mínimo (na população municipal esse estrato corresponde a 11% das
famílias), 22.7% das famílias possuem renda entre um e dois salários-mínimos
(na população municipal esse estrato corresponde a 30%), 25.8% das famílias
possuem renda entre dois e três salários-mínimos (na população municipal
esse estrato corresponde a 16%), 13.9% das famílias recebem entre três e
quatro salários-mínimos (na população municipal esse estrato corresponde a
16%), 13.4% das famílias possuem renda entre quatro e seis salários-mínimos
(na população municipal esse estrato corresponde a 20%), e 16.9% das
famílias possuem renda maior do que seis salários-mínimos (na população
municipal esse estrato corresponde a 5%). Assim, o percentual de
respondentes com rendimentos típicos dos estratos de renda médios (dois a
seis salários-mínimos) é similar ao da população municipal (53.1% e 56%,
respectivamente), mas é menor quando se considera a faixa de renda inferior a
um salário-mínimo e superior quando se considera a faixa de renda superior a
seis salários mínimos.

Quantas pessoas contribuem para o sustento da casa?


Página | 37

Número de pessoas que Amostra4


contribuem para o
sustento da casa

Somente eu 26.5% (105)

2 pessoas 52% (206)

3 pessoas 16.4% (65)

4 pessoas ou mais 5.1% (20)

Os respondentes disseram ser os únicos responsáveis pelo sustento da


casa (26.5%), ou que o sustento da casa é de responsabilidade de duas
pessoas (52%), três pessoas (16.4%) ou quatro pessoas ou mais (5.1%).

Qual a condição de seu domicílio?

Domicílio Amostra População Uberaba

Próprio 31.8% (126) 70%

Próprio, com financiamento 22.2% (88)


ativo

Alugado 37.9% (150) 30%

Cedido por um empregador 0.3% (1)

Cedido de outra forma 5.3% (21)

Outra condição 2.5% (10)

4
Por falta de dados estratificados esses dados não foram comparados com os parâmetros populacionais.
Página | 38

19.1. A condição de seu domicílio não se enquadra nas respostas da


pergunta anterior. Nos diga qual é:
10 respostas

Moro com meu parceiro a casa é dele.


República
Moro na casa financiada da minha noiva
moro com meus pais
Casa empresta
Esta no nome dos meus pais, logo não é meu, sem contar que tenho irmãos
Minha casa minha vida da minha mãe
Moro com meus tios
Moro com minha mãe
Familiar

Os respondentes disseram que o domicílio no qual residem é próprio em


54% dos casos (totalmente quitado em 31.8% dos casos; com financiamento
ativo em 22.2%), enquanto 70% da população municipal se encontra nessa
situação, ou não é próprio (37.9% residem em imóveis alugados, 0.3% em
imóveis cedidos pelos empregadores, 5.3% em imóveis cedidos de outras
formas [com parentes e amigos etc.], 2.5% residem em outras condições
[empréstimos, cessões, por convites etc.]), enquanto 30% da população
municipal se encontra nessa situação.
Página | 39

Agora vamos fazer algumas perguntas sobre itens do domicílio


para efeito de classificação econômica. Todos os itens
eletroeletrônicos que você citar devem estar funcionando,
incluindo os que estão guardados. Caso não esteja
funcionando, considere apenas se tiver intenção de consertar
ou repor nos próximos seis meses.

Itens Quantidade Amostra5

Automóveis de não tem 39.1% (155)


passeio
exclusivamente 1 45.9% (182)
para uso particular
2 12.6% (50)

3 2% (8)

Motocicletas, não tem 68% (269)


desconsiderando as
usadas 1 36.3% (114)
exclusivamente
para uso 2 2,8% (11)
profissional
3 0%

Empregados não tem 71% (281)


mensalistas,
considerando 1 12.8% (51)
apenas os que

5
Por falta de dados estratificados esses dados não foram comparados com os parâmetros populacionais.
Página | 40

trabalham pelo 2 11.1% (44)


menos cinco dias
por semana 3 3.8% (15)

4 ou mais 1.2% (5)

Máquinas de lavar não tem 10.8% (43)


roupa, excluindo
tanquinho 1 84% (333)

2 4.5% (18)

3 0%

4 ou mais 0%

Quantidade de não tem 1.6% (5)


banheiros
1 49.2% (195)

2 35.6% (141)

3 10.3% (41)

4 ou mais 3.5% (14)

DVD, incluindo não tem 63.8% (253)


qualquer dispositivo
de DVD e 1 29% (115)
desconsiderando
DVD de automóvel 2 5.5% (22)

3 0%

4 ou mais 0%

Geladeiras não tem 0%

1 88.4% (350)

2 10.1% (40)

3 0%

4 ou mais 0%

Freezers não tem 55.3% (219)


independentes ou
1 39.6% (157)
Página | 41

parte da geladeira 2 4.8% (19)


duplex
3 0%

4 ou mais 0%

Microcomputadores não tem 10.3% (41)


considerando
computadores de 1 44.9% (178)
mesa, laptops,
notebooks e 2 31% (123)
netbooks
3 8.6% (34)
desconsiderando
tablets, palms ou
4 ou mais 0%
smartphones

Lavadoras de louça não tem 94% (372)

1 6% (23)

2 0%

3 0%

4 ou mais 0%

Fornos micro-ondas não tem 22.4% (89)

1 75% (297)

2 2.2% (9)

3 0%

4 ou mais 0%

Em relação aos automóveis de passeio exclusivamente para uso


particular 39.1% dos respondentes indicaram não possuir, 45.9% possuem um
item, 12.6% possuem dois itens e 2% possuem três itens. Em relação às
motocicletas (desconsiderando as usadas exclusivamente para uso
profissional) 68% disseram não possuir, 36.3% possuem um item e 2.8%
possuem dois itens. Em relação aos empregados mensalistas (considerando
apenas os que trabalham pelo menos cinco dias por semana) 12.8% dos
Página | 42

respondentes disseram contratam apenas um, 11.1% disseram contratam dois,


3.8% disseram contratar três e 1.2% disseram contratar quatro ou mais. Um
percentual de 10.8% dos respondentes disse não possuir máquinas de lavar
(excluindo tanquinho), 84% disse possuir um item e 4.5% disse possuir dois
itens. 78.5% disseram não possuir máquinas de secar roupas e 20.5% disse
possuir um desse item. Em relação à quantidade de banheiros 1.6% disse não
haver nenhum em seus domicílios, 49.1% disse haver apenas um, 35.6% disse
haver dois, 10.3% disse haver três e 3.5% disse haver quatro ou mais. 63.8%
dos respondentes disse não possuir DVD (incluindo qualquer dispositivo de
DVD e desconsiderando DVD de automóveis), 29% disse possuir um e 2.2%
disse possuir dois. Quanto às geladeiras 88.4% disse possuir uma e 10.1%
disse possuir duas. Quanto aos freezers independentes ou parte da geladeira
duplex 55.3% disse não possuir, 39.6% disse possuir um e 4.8% disse possuir
dois. Quanto aos microcomputadores (considerando computadores de mesa,
laptops, notebooks e netbooks desconsiderando tables, palms e smartphones)
10.3% disse não possuir nenhum, 44.9% disse possuir um, 31% disse possuir
dois e 8.6% disse possuir três ou mais deste item. Quanto às lavadoras de
louça 94% disse não possuir e 6% disse possuir um item. Quanto aos fornos de
micro-ondas 22.4% disse não possuir, 75% disse possuir um e 2.2% disse
possuir dois.

A água utilizada neste domicílio é proveniente de:


Página | 43

Acesso à água Amostra População Uberaba

Rede geral de distribuição 96.5% (382) 99%

Poço ou nascente 3% (12) 1%

Considerando o trecho da rua do seu domicílio, você diria que


a rua é:

Rua Amostra População Uberaba

Asfaltada/pavimentada 100% (396)

Terra/cascalho 0% (0)

Segundo 96.5% dos respondentes a água dos domicílios é proveniente


da rede geral de distribuição (99% da população municipal está nesta situação)
e 3% dos casos é proveniente de poços ou nascentes (1% da população
municipal está nesta situação). Todos os respondentes (100%) disseram residir
em ruas asfaltadas ou pavimentadas. Assim, as condições de infraestrutura
residencial (considerando os itens acesso à água potável e pavimentação)
parece ser adequada para quase a totalidade dos respondentes.
Página | 44

Qual é o grau de instrução da pessoa que contribui com a


maior parte da renda do domicílio?

Instrução pessoa que Amostra6


mais contribui com renda
domiciliar

Analfabeto / fundamental I 5.1% (10)


incompleto

Fundamental I completo 2.5% (10)

Fundamental II incompleto 3.3% (13)

Fundamental II completo / 8.1% (32)


Médio incompleto

Médio completo / superior 31.6% (125)


incompleto

Superior completo 49.5% (196)

O grau indicado de escolaridade da pessoa que mais contribui com a


renda domiciliar do respondente é: analfabeto ou até ensino fundamental I
incompleto em 5.1% dos casos, até o ensino fundamental I completo em 2.5%
dos casos, até o ensino fundamental II incompleto em 3.3% dos casos, entre o
ensino fundamental II completo até o ensino médio incompleto em 8.1% dos
casos, entre o ensino médio completo e o ensino superior incompleto em
31.6% dos casos, e 49.5% possui ensino superior completo. Parte significativa

6
Por falta de dados estratificados esses dados não foram comparados com os parâmetros populacionais.
Página | 45

(81.1) daqueles que mais contribuem com a renda familiar dos respondentes
possui níveis elevados de escolarização (ensino médio ou superior completo).
Página | 46

EIXO 3 - ACESSO À SAÚDE

É usuário/a/e da rede pública de saúde municipal?

Acesso à saúde pública Amostra7

Sim, é meu principal acesso 35.1% (139)


à serviços de saúde

Utilizo serviços públicos e 34.3% (136)


privados de saúde

Não, utilizo convênio 27% (107)


médico

Não, utilizo nenhum serviço 2% (8)


de saúde

Não, utilizo médicos 1.5% (6)


particulares

35.1% dos respondentes indicou utilizar apenas o sistema de saúde


pública; 34.3% disse que utilizam serviços públicos e privados de saúde; 27%
disse que utilizam exclusivamente convênios médicos particulares; 2% disse
que não utilizam nenhum tipo de serviço de saúde; 1.5% disse recorrer apenas
aos serviços de saúde particulares. Assim, parte significativa dos respondentes
7
Por falta de dados estratificados esses dados não foram comparados com os parâmetros populacionais.
Página | 47

(69.4%) indicou que acessa total ou parcialmente os serviços públicos de


saúde.

Frequência de uso dos serviços de saúde. Por favor, avalie as


afirmações abaixo e assinale a frequência que melhor descreve
sua utilização dos serviços públicos com base nos últimos
cinco anos (marque ao menos uma opção por afirmação)

Faço Nunca fiz Raramente 1 vez ao 2 vezes ao 3 ou mais


consultas: (intervalos ano ano vezes ao
de mais de ano
1 ano)

UBS e PSF 23% 46% 13.,6% 4.8% 12.6%


(91) (182) (54) (19) (50)

Urgência e 21.2% 48.4% 11.6% 6.5% 12.1%


emergência na (84) (192) (46) (26) (48)
UPA

Hospitais 26.5% 47.8% 7.3% 5% (20) 13.1%


públicos (105) (190) (29) (52)

Consultas de 34.3% 24% 10% 7% (28) 24.5%


rotina, de (136) (95) (40) (97)
urgência e
emergência e
sou atendido
pelo convênio
Página | 48

Rotina, de 46.4% 26.7% 9% 5.8% 11.8%


urgência e (184) (106) (36) (23) (47)
emergência e
sou atendido
em
atendimento
particular

Atendimento 90% 5.3% 1% (4) 0% 2.5%


psiquiátrico e (360) (21) (0) (10)
psicológico no
CAPS

Atendimento 50% 16.1% 3.5% 1.7% (7) 28.5%


psiquiátrico e (198) (64) (14) (113)
psicológico por
convênio e/ou
particular

Atendimento 77% 11.1% 3.8% 3% (12) 5% (20)


no CTA (305) (44) (15)

Atendimento 89.3% 7% 2% 0% 1.5%


no CAISM (354) (28) (8) (0) (6)

Em relação à realização de consultas em unidades básicas de saúde e


programa saúde da família os respondentes disseram que nunca recorreram a
esses serviços (23%), ou raramente (46%), ou uma vez ao ano (13.6%), ou
duas vezes ao ano (4.8%) ou três ou mais vezes ao ano (12.6%). Em relação
aos serviços de urgência e emergência nas unidades de pronto atendimento os
respondentes disseram que nunca recorreram a esses serviços (21.2%), ou
raramente (48.4%), ou uma vez ao ano (11.6%), ou duas vezes ao ano (6.5%)
ou três ou mais vezes ao ano (12.1%). Em relação à realização de consultas
em hospitais públicos os respondentes disseram que nunca recorreram a esses
serviços (26.5%), ou raramente (47.8%), ou uma vez ao ano (7.3%), ou duas
vezes ao ano (5%) ou três ou mais vezes ao ano (13.1%). Em relação à
realização de consultas de rotina, de urgência e de emergência e sou atendido
pelo convênio os respondentes disseram que nunca recorreram a esses
serviços (34.3%), ou raramente (24%), ou uma vez ao ano (10%), ou duas
vezes ao ano (7%) ou três ou mais vezes ao ano (24.5%). Em relação à
realização de consultas de rotina, de urgência e emergência e sou atendido em
Página | 49

atendimento particular os respondentes disseram que nunca recorreram a


esses serviços (46.4%), ou raramente (26.7%), ou uma vez ao ano (9%), ou
duas vezes ao ano (5.8%) ou três ou mais vezes ao ano (11.8%) Em relação
aos atendimentos psiquiátricos e psicológicos nos CAPS os respondentes
disseram que nunca recorreram a esses serviços (90%), ou raramente (5.3%),
ou uma vez ao ano (1%), ou duas vezes ao ano (0%) ou três ou mais vezes ao
ano (2.5%). Em relação à realização de atendimentos psiquiátricos e
psicológicos por convênios e/ou particular os respondentes disseram que
nunca recorreram a esses serviços (50%), ou raramente (16.1%), ou uma vez
ao ano (3.5%), ou duas vezes ao ano (1.7%) ou três ou mais vezes ao ano
(28.5%). Em relação aos atendimentos realizados no CTA (centro de testagem
e acompanhamento) os respondentes disseram que nunca recorreram a esse
serviços (77%), ou raramente (11.1%), ou uma vez ao ano (3.8%), ou duas
vezes ao ano (3%) ou três ou mais vezes ao ano (5%).Em relação aos
atendimentos realizados no CAISM (centro de assistência integral à saúde da
mulher) os respondentes disseram que nunca recorreram a esse serviços
(89.3%), ou raramente (7%), ou uma vez ao ano (2%), ou duas vezes ao ano
(0%) ou três ou mais vezes ao ano (1.5%).
Página | 50

Tratamentos contínuos e específicos - assinale todos os


tratamentos contínuos e específicos que você realiza:

Dentre os tratamento específicos indicados destacam-se 47.9% (179


respostas) consultas psiquiátricas/psicológicas, 25.3% (100 respostas) clínico
geral (diabetes, hipertensão), 5.8% (23 respostas) cardiologia, 5.1% (36
Página | 51

respostas) tratamento de IST/AIDS, 5.6% (22 respostas) terapia hormonal, 16%


(46 respostas) nenhum/não faço, 0.5% (2 respostas) processo transexualizador
cirúrgico, 1.2% (6 respostas) neurologista, 0.3% (1 resposta) otorrino, 0.6% (2
respostas) odontológico, 0.3% (1 resposta) dermatologista, 0.6% (2 respostas)
ortopédico, 0.6% (2 respostas) tireoidectomia total, 0.3% (1 resposta)
manutenção do IU e exames de rotina na ginecologia, 0.3% (1 resposta)
mastologia, 0.3% (1 resposta) gastrologista, 0.3% (1 resposta) fibromialgia,
0.9% (3 respostas) oftalmologista, 0.3% (1 resposta) tratamento com
nefrologista, 0.3% (1 resposta) tratamento para mastite, 0.3% (1 resposta)
rotina, 0.6% (2 respostas) reumatologista, 0.3% (1 resposta) urologia, 0.3% (1
resposta) já executei cirurgias, 0.3% (1 resposta) exame de infecção
sexualmente transmissível, 0.3% (1 resposta) ressonâncias magnéticas e
tratamentos imunológicos, 0.3% (1 resposta) circulação, 0.3% (1 resposta)
pneumologista e 0.3% (1 resposta) coloproctologista. Neste cenário,
destaca-se a procura por serviços de atendimento em saúde mental.

Sobre os cuidados específicos à saúde da população


LGBTQIAP+, por favor assinale para cada afirmação abaixo se
você concorda plenamente, concorda parcialmente, não tem
opinião, discorda parcialmente ou discorda totalmente. Caso a
questão não se enquadre na sua identidade de gênero e/ou
orientação sexual, favor marcar a opção “não se aplica”:
Página | 52

Sendo uma mulher trans/travesti sinto-me bem atendida pela urologia


3,2% (12) concordo plenamente
3,5% (14) concordo parcialmente
5,5% (22) nem concordo, nem discordo
1% (4) discordo parcialmente
3,2% (12) discordo completamente
83,8% (332) não se aplica

Dentre as respostas destacam-se as que indicaram nem concordar nem


discordar com a qualidade dos atendimentos.

Sendo um homem trans sinto-me bem atendida pela urologia


3,5% (14) concordo plenamente
4,3% (17) concordo parcialmente
5,7% (23) nem concordo, nem discordo
1,7% (7) discordo parcialmente
2,2% (9) discordo completamente
82,3% (326) não se aplica

Dentre as respostas destacam-se as que indicaram nem concordar nem


discordar com a qualidade dos atendimentos.

Sendo gay, lésbica, bi, pansexual, assexual, consigo fazer os exames que
preciso
38.1% (151) concordo plenamente
28% (111) concordo parcialmente
10.3% (41) nem concordo, nem discordo
8.8% (35) discordo parcialmente
5.8% (23) discordo completamente
8.8% (35) não se aplica

Dentre as respostas destacam-se as que indicaram satisfação total ou


parcial com a qualidade dos atendimentos.

Sendo uma pessoa trans/travesti sou tratado/a pelo meu nome social
4.8% (19) concordo plenamente
5.3% (21) concordo parcialmente
4.5% (18) nem concordo, nem discordo
3.3% (13) discordo parcialmente
3.5% (14) discordo completamente
78.5% (311) não se aplica

A maior parte dos respondentes indicou que o uso do nome social é, no


geral, utilizado adequado por terceiros.
Página | 53

Enquanto pessoa lgbtqiap+ sinto que sou respeitado/a em minha identidade de


gênero e orientação sexual
16.9% (67) concordo plenamente
28.3% (112) concordo parcialmente
14.8% (59) nem concordo, nem discordo
20.9% (83) discordo parcialmente
13.8% (55) discordo completamente
5% (20) não se aplica

Neste item chama a atenção que quase metade dos respondentes


indicou indiferença (14.8%) ou discordância parcial ou total (34%) quanto ao
fato de se sentir respeitado em sua identidade de gênero e orientação sexual.

Sinto falta de atendimentos em saúde específicos para a população lgbtqiap+


62.6% (248) concordo plenamente
16.1% (64) concordo parcialmente
8.3% (33) nem concordo, nem discordo
3% (12) discordo parcialmente
2.5% (10) discordo completamente
7.3% (29) não se aplica

78.7% dos respondentes indicou que concordam parcial ou totalmente


com a ausência de atendimentos em saúde específicos para a população
LBGTIQAP+.

Num panorama geral deste conjunto de dados destaca-se que homens e


mulheres trans avaliam com indiferença (nem concordam, nem discordam) a
qualidade dos tratamentos de saúde recebidos, enquanto que lésbicas, gays,
bissexuais, transexuais e assexuais participantes desta pesquisa avaliam
positivamente os atendimentos em saúde recebidos, apesar de que também
indicam a necessidade de mais atendimentos específicos.
Página | 54

Já realizou os seguintes procedimentos? Se sim, quem


realizou?

Uso de hormônios
88.1% (349) não realizei
3.2% (13) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
2.5% (10) fiz por conta própria
5.3% (21) fiz com profissionais da saúde

Destaca-se o uso de hormônios com orientação de profissionais de


saúde (5.3%) e por conta própria (2.5%).

Aplicação de silicone industrial


97.4% (386) não realizei
1.5% (6) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
0% (0) fiz por conta própria
0% (0) fiz com profissionais da saúde

Nenhum respondente indicou ter aplicado silicone industrial, mas chama


a atenção que 1.5% deles desejaria ter feito.

Cirurgia plástica
89.1% (353) não realizei
5.3% (21) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
0% (0) fiz por conta própria
5.3% (21) fiz com profissionais da saúde
Página | 55

Além dos 5.3% que responderam que fizeram algum tipo de cirurgia
plástica, destaca-se que outros 5.3% não fizeram mas gostariam de fazer.

Mastectomia (retirada das mamas)


96% (380) não realizei
2% (8) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
0% (0) fiz por conta própria
1.7% (7) fiz com profissionais da saúde

Histerectomia (retirada do útero)


96.2% (381) não realizei
2.7% (11) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
0% (0) fiz por conta própria
1% (4) fiz com profissionais da saúde

O percentual de respondentes que realizaram mastectomia ou


histerectomia é pequeno dentre os respondentes, mas alguns deles indicaram
sua intenção de fazê-los.

Redesignação sexual (alteração dos órgãos sexuais)


97% (384) não realizei
2.5% (10) não realizei mas gostaria
(0) fiz com amigos
(0) fiz com bombadeira
2.5% (10) fiz por conta própria
5.3% (21) fiz com profissionais da saúde

A maior parte dos respondentes respondeu que não realizaram


alterações dos órgãos sexuais (redesignação sexual). Porém, 5.3% disse que
fizeram com profissionais de saúde, 2.5% disseram que fizeram por conta
própria e outros 2.5% disseram que não fizeram, mas gostariam.

Procedimento estético
83% (329) não realizei
6.5% (26) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
0% (0) fiz por conta própria
9.6% (38) fiz com profissionais da saúde
Página | 56

A maioria dos procedimentos estéticos foram realizados com auxílio de


profissionais da saúde.

Outra intervenção
92% (364) não realizei
3.5% (14) não realizei mas gostaria
0% (0) fiz com amigos
0% (0) fiz com bombadeira
0% (0) fiz por conta própria
4.3% (17) fiz com profissionais da saúde

Você sente falta de algum atendimento especializado? marque


quantas opções achar necessárias.

Para estes itens os respondentes alegaram sentir falta: de atendimentos


em saúde mental (68.2% ou 270 respostas); de atendimento ginecológico,
urológico, proctológico (40.7% ou 161 respostas); de atendimentos
especializados em prevenção e tratamento de IST/AIDS (39.6% ou 157
respostas); de ambulatório hospitalar especializado no processo
transexualidador (28% ou 111 respostas); de terapia hormonal (23.7% ou 94
respostas); e 22.5% (ou 89 respostas) indicaram não sentir falta de quaisquer
tipos de atendimentos. Destaca-se no conjunto das repostas as indicações
quanto à necessidade de maior suporte e atendimentos especializados quanto
à saúde mental (incluindo a de gênero) e sexual dos respondentes.
Página | 57

Indique na tabela abaixo se você já sentiu ou realizou as


seguintes ações. Marque uma opção por linha:

Sintomas depressivos (tristeza persistente, falta de energia e vontade para


fazer as coisas cotidianas)
8,8% (35) nunca fiz, nunca senti
18,4% (73) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
22,7% (90) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
50% (198) frequentemente (5 ou mais vezes)

Ansiedade, nervosismo, estresse


3,3% (13) nunca fiz, nunca senti
11,1% (44) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
15,1% (60) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
70,4% (279) frequentemente (5 ou mais vezes)

Ataque de pânico (sensação ruim no peito, medo de morrer sem justificativa,


tremores, sudorese)
31,8% (126) nunca fiz, nunca senti
27,7% (110) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
15,6% (62) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
24,7% (98) frequentemente (5 ou mais vezes)

Considerando as três primeiras questões destacam-se os percentuais


elevados de respostas que destacam vulnerabilidade ou risco psicossocial para
os problemas de saúde mental dos respondentes (respectivamente 72.7% de
sintomas depressivos; 85.5% de ansiedade, nervosismo, estresse; 40.3% de
ataques de pânico) que indicaram essas sensações entre três ou mais vezes
ao ano.
Página | 58

Disforia de gênero (sofrimento relacionado a não correspondência entre a


identidade de gênero e o corpo biológico)
83,5% (331) nunca fiz, nunca senti
6% (24) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
2,5% (10) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
7,8% (31) frequentemente (5 ou mais vezes)

Dentre os respondentes 16.3% indicaram sentir em algum momento


disforia de gênero.

Automutilação (cortes no corpo para aliviar a angústia)


78,2% (310) nunca fiz, nunca senti
13,6% (54) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
3,8% (15) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
4,3% (17) frequentemente (5 ou mais vezes)

Ideação suicida (desejo de morrer, pensamento de que seria melhor se não


existisse)
44% (174) nunca fiz, nunca senti
28,5% (113) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
13,6% (54) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
13,6% (55) frequentemente (5 ou mais vezes)

Tentativa de suicídio
75,2% (298) nunca fiz, nunca senti
18% (71) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
4,5% (18) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
2,3% (9) frequentemente (5 ou mais vezes)

Dentre os respondentes 21.7% indicou a realização de automulilação


alguma vez na vida; 27.2% indicou ideação suicida em algum momento da
vida; e, mais preocupante, 6.8% indicou tentativa de suicídio três ou mais
vezes ao ano. Em suma, lesões autoprovocadas, ideações ou tentativas de
suicídios são temas prementes nesta população devido às situações de
vulnerabilidades e/ou riscos psicossociais aos quais estão expostos.

Uso e/ou abuso de álcool e outras substâncias


48% (190) nunca fiz, nunca senti
17,6% (70) raramente (1 a 2 vezes ao ano)
11,3% (45) ocasionalmente (3 a 4 vezes ao ano)
23% (91) frequentemente (5 ou mais vezes)
Página | 59

Dentre os respondentes 51.9% responderam uso abusivo de álcool e


outras substâncias no último ano, sendo que 23% indicou uso elevado (cinco
ou mais vezes). Em suma, o uso abusivo de álcool ou outras substâncias
psicoativas são atitudes significativas nesta população devido às situações de
vulnerabilidades e/ou riscos psicossociais aos quais estão expostos.
Página | 60

EIXO 4 - ACESSO À EDUCAÇÃO

Onde você cursou o ensino fundamental?

Escolaridade Amostra População Uberaba

Não cursei Ensino 0% (0) 5%


Fundamental

Somente em escola pública 67,4% (267) Dados não disponíveis

Somente em escola 12,1% (48) Dados não disponíveis


particular

Maior parte em escola 12,6% (50) Dados não disponíveis


pública

Maior parte em escola 7,6% (30) Dados não disponíveis


particular

Neste item todos os respondentes indicaram que cursaram o ensino


fundamental (0% das respostas na categoria não cursei o ensino fundamental;
porém, 5% da população municipal sequer cursou esse nível de escolarização),
sendo que 67.4% cursaram somente em escola pública, 12.1% cursaram
somente em escola particular, 12.6% cursaram a maior parte em escola
pública, e 7.6% cursaram a maior parte em escola particular. Destaca-se a
utilização do sistema público de ensino por parte significativa dos
respondentes.
Página | 61

Onde você cursou o ensino médio?

Escolaridade Amostra População Uberaba

Não cursei Ensino Médio 1% (4) 40%

Somente em escola pública 71.5% (283) Dados não disponíveis

Somente em escola 16.9% (67) Dados não disponíveis


particular

Maior parte em escola 5.8% (23) Dados não disponíveis


pública

Maior parte em escola 4.8% (19) Dados não disponíveis


particular

Neste item apenas 1% dos respondentes disse não ter cursado o ensino
médio, ao passo que esse percentual é de 40% na população municipal.
Dentre os que cursaram o ensino médio 71.5% o fizeram somente em escola
pública, 16.9% o fizeram somente em escola particular, 5.8% fizeram a maior
parte em escola pública, e 4.8% fizeram a maior parte em escola particular.
Destaca-se a utilização do sistema público de ensino por parte significativa dos
respondentes.
Página | 62

Você já vivenciou alguma forma de preconceito e violência no


ambiente escolar/universitário? Assinale quantas alternativas
forem necessárias:

Grande parte (60.6% ou 240 respostas) dos respondentes indicaram ter


sofrido nas escolas preconceitos por ser lgbtqiap+. Quase metade (47.2% ou
187 respostas) indicou ter sofrido bullying por ser lgbtqiap+. 20.7% (82
respostas) alegaram nunca ter sofrido preconceito por ser lgbtqiap+. Pouco
mais de um quarto (22.2% ou 88 respostas) alegou já ter sido violentada física
ou psicologicamente por ser lgbtqiap+. 9,8% (39 respostas) alegaram não
terem sido atendidos pelos professores/diretores e/ou funcionários da escola
por ser lgbtqiap+. 16,4% (65 respostas) outras situações de violência.
Destaca-se o elevado número de respostas que indicar ser a escola um espaço
violento para as pessoas LGBTQIAP+.
Página | 63

Durante o ensino fundamental ou médio você escondeu ou


disfarçou que era LGBTQIAP+?

38.6% (153 respostas) disseram que sim; 26.3% (104 respostas)


disseram que sim, mas que seus colegas mais próximos sabiam; 19.4% (77
respostas) disseram que não, mas ainda não tinha se identificado enquanto
pessoa LGBTQIAP+; 14.9% (59 respostas) disseram que não, mas que agiam
abertamente como pessoa LGBTQIAP+.

Você recebeu alguma aula ou palestra sobre orientação sexual


em algum momento da vida escolar? Se sim, elas incluíam
informações sobre pessoas LGBTQIAP+?

48.2% (192) das respostas indicaram que “Tive aulas e palestras que
falaram basicamente sobre corpos cis e heterossexuais”; 40.4% (160) das
respostas indicaram “Nunca tive aula/palestra sobre educação sexual”; 9.1%
Página | 64

(36) das respostas indicaram que “Tive aulas e palestras e elas falaram que as
pessoas LGBTQIAP+ são normais com sua identidade e orientação sexual”; e
2.3% (9) respostas indicaram que “Tive aulas e palestras e elas falaram que as
pessoas LGBTQIAP+ estão assim por alguma disfunção ou doença ou que são
de alguma maneira moralmente erradas”. Destaca-se o elevado número de
respostas que destacaram uma educação sexual de caráter heteronormativo e
biomédico que pouco contemplava a diversidade e multiplicidade de
identidades sexuais, de identidades de gênero e de orientações sexuais.

Você cursa ou cursou ensino superior?

Dentre os respondentes 26.8% (106) disse ter cursado o ensino superior


particular pagos com recursos próprios; 4.5% (18) disse ter cursado o ensino
superior particular com financiamento estudantil; 19.7% (78) disse ter cursado o
ensino superior público; 8.3% (33) disse ter cursado o ensino superior público
pelo sistema de cotas; 17.4% (69) disse ter cursado o ensino superior particular
com bolsa de estudos governamentais ou particulares; 11.6% (46) disse não ter
cursado o ensino superior; 11.6% (46) disse não ter cursado o ensino superior
mas ter interesse.
Página | 65

EIXO 5 - TRABALHO, SEGURANÇA E


ASSISTÊNCIA SOCIAL

Sobre o trabalho, a segurança e a assistência social, assinale


para cada afirmação abaixo se você concorda completamente,
concorda parcialmente, não tem opinião, discorda parcialmente
ou discorda totalmente. Caso a afirmação não se enquadre na
sua identidade de gênero e/ou orientação sexual, favor marcar
a opção “não se aplica”:

Já sofri assédio moral no trabalho por ser LGBTQIAP+


21,7% (86) concordo plenamente
19,1% (76) concordo parcialmente
7,8% (31) nem concordo, nem discordo
5% (20) discordo parcialmente
20% (80) discordo completamente
26% (103) não se aplica

40.8% das respostas indicaram que concordam parcial ou totalmente já


sofreram assédio moral no trabalho por causa da identidade de gênero ou
orientação sexual.

Percebi que meu salário é menor que os das outras pessoas no mesmo
cargo/função que eu
10,3% (41) concordo plenamente
6,3% (25) concordo parcialmente
7% (28) nem concordo, nem discordo
4,5% (18) discordo parcialmente
33% (131) discordo completamente
38,6% (153) não se aplica
Página | 66

16.6% das respostas indicaram que concordam parcial ou totalmente


que recebem salário menores por causa da identidade de gênero ou orientação
sexual.

Não me sinto respeitado acolhido pelos colegas de trabalho por ser


LGBTQIAP+
8,8% (35) concordo plenamente
16,6% (66) concordo parcialmente
11,1% (44) nem concordo, nem discordo
10,3% (41) discordo parcialmente
23,3% (92) discordo completamente
29,8% (118) não se aplica

Perdi uma promoção no trabalho por ser LGBTQIAP+


7,3% (29) concordo plenamente
5,3% (21) concordo parcialmente
9,8% (39) nem concordo, nem discordo
5,5% (22) discordo parcialmente
31,5% (125) discordo completamente
40,4% (160) não se aplica

Não tive meu nome social e/ou identidade de gênero respeitados no trabalho
4,5% (18) concordo plenamente
3,8% (15) concordo parcialmente
3,8% (15) nem concordo, nem discordo
1% (4) discordo parcialmente
12,6% (50) discordo completamente
74,2% (294) não se aplica

27.7% relatou que concorda parcial ou plenamente que não é


respeitado/acolhido pelos colegas de trabalho por ser LGBTIQAP+. Entretanto,
aproximadamente um terço (36%) respondeu que discorda parcial ou
completamente que perdeu uma promoção no trabalho por ser LGBTIQIAP+ e
que o uso do nome social é, no geral, respeitado no ambiente de trabalho.

Já sofri preconceito em uma abordagem policial por ser LGBTQIAP+


11,3% (45) concordo plenamente
5,8% (23) concordo parcialmente
6,3% (25) nem concordo, nem discordo
2,5% (10) discordo parcialmente
25,7% (102) discordo completamente
Página | 67

48,2% (191) não se aplica

Eu não sei o que fazer para denunciar uma vivência de preconceito/violência


por ser uma pessoa LGBTQIAP+
31,8% (126) concordo plenamente
14,4% (57) concordo parcialmente
6,5% (26) nem concordo, nem discordo
5% (20) discordo parcialmente
18,6% (74) discordo completamente
23,7% (94) não se aplica

Chama a atenção que quase metade dos respondentes (46.2%) relatou


que concorda parcial ou totalmente com o fato de não saber o que fazer para
denunciar ter sido vítima de preconceitos/violências por ser LGBTQIAP+, além
de que 6.5% relataram possuir dúvidas quanto a isso. Esses dados destacam a
marginalização e falta de efetivação de direitos as quais essa população está
submetida.

Já sofri preconceito em uma unidade de assistência social (CRAS)


4,8% (19) concordo plenamente
2% (8) concordo parcialmente
5% (20) nem concordo, nem discordo
3,5% (14) discordo parcialmente
29% (115) discordo completamente
55,5% (220) não se aplica

32.5% dos respondentes indicaram que discordam parcial ou


completamente terem sofrido preconceito em uma unidade de assistência
social (CRAS) por serem LGBTQIAP+.

Tenho dificuldade de acesso à programas socioassistenciais por ser


LGBTQIAP+
14,1% (56) concordo plenamente
3,2% (13) concordo parcialmente
8,3% (33) nem concordo, nem discordo
3% (12) discordo parcialmente
21,4% (85) discordo completamente
49,7% (197) não se aplica
Página | 68

17.1% indicaram que plena ou parcialmente concordam que tiveram


dificuldade de acesso à programas socioassistenciais por ser LGBTQIAP+
enquanto 24.4% discordam plena ou parcialmente desse fato.

Você realizou a retificação (mudança de nome e gênero) em


seus documentos?

73% (289 respostas) indicaram que essa pergunta não se aplicava ao


seu caso, pois eram pessoas cisgêneras. Dentre os demais (pessoas auto
identificadas como transgêneras), 14.6% (58 respostas) disseram que não
pretendem fazer essa retificação, 5.1% (20 respostas) disseram que não
retificou os documentos por limitações financeiras mas gostaria de fazer, 3.5%
(14 respostas) disseram que ratificou nome e gênero, 0.5% (2 respostas)
disseram que retificou apenas o nome, e 3.3% (13 respostas) indicaram que
ainda não tinham se decidido.
Página | 69

EIXO 6 - PRECONCEITO E VIOLÊNCIA

Quem sabe que você é LGBTQIAP+?

As principais frequências de respostas a essa pergunta forma: 72% (285


respostas) que todo mundo sabe, 18.7% (74 respostas) que apenas os
amigos/as/es sabem, 8.6% (34 respostas) que somente os familiares próximos
sabem, e 0.8% (3 respostas) que ninguém sabe, e não houve respostas à
opção “apenas os colegas de trabalho” sabem. Apesar do elevado percentual
de que todos sabem, ainda 27.3% dos respondentes indicaram que apenas
amidos e familiares sabem, revelando as dificuldades de coming out (assumir
publicamente a orientação sexual heterodissidente) dessa população devido às
vulnerabilidades e riscos psicossociais aos quais estão expostos.
Página | 70

Em geral, você se sente respeitado/a/e por ser LGBTQIAP+?

As principais respostas a essa pergunta foram 49% (194 respostas) que


sim na maioria das vezes, 35.9% (142 respostas) apenas algumas vezes, 9.3%
(37 respostas) raramente, 5.3% (21 respostas) que sempre e 0.5% (2
respostas) que nunca – ou seja, para 51% dos respondentes nem sempre há
respeito ao seu pertencimento à população LGBTQIAP+.

Já sofreu preconceito? Onde? Marque quantas opções forem


necessárias:

Por permitir múltiplas respostas pelos respondentes os valores totais


ultrapassam os 100%. Os respondentes indicaram que os preconceitos
ocorreram 69.7% (276 respostas) nas famílias, 59.6% (236 respostas) em
áreas de lazer, eventos esportivos, festas etc., 59.1% (234 respostas) nas
Página | 71

escolas/universidades, 43.7% (173 respostas) nos locais de trabalho, 40.2%


(159 respostas) em cultos e cerimônias religiosas, 22% (87 resposta) em
instituições públicas municipais, 13.6% (54 respostas) em instituições públicas
estaduais, 11.1% (44 respostas) em instituições públicas federais, 15.7% (62
respostas) em outros espaços, e 8.3% (33 respostas) relataram que nunca
sofreram preconceitos. De maneira geral, vê-se que os preconceitos ocorrem
rotineiramente e em vários lugares, em especial provocados pelos próprios
familiares (isto é, por pessoas com proximidade afetiva) e em locais de trabalho
e estudo (em locais nos quais há relações de poder dissimétricas) que
deveriam respeitar e promover os direitos a essas populações.

Já fui expulso de casa pela identidade de gênero e/ou


orientação sexual?

92.7% (367 respondentes) disseram que não e 7.3% (29) disseram que sim.
Página | 72

Quais tipos de violência já sofreu por ser LGBTQIAP+? Marque


quantas opções forem necessárias:

As principais violências sofridas pelos respondentes foram: 85.4% (338


respostas) violências verbais (palavrões, ofensas, falas preconceituosas),
66.4% (236 respostas) violências psicológicas (ameaças, constrangimentos,
humilhações, manipulações, isolamento, vigilância constante, perseguição),
22.2% (88 respostas) violência social (ser impedido de estar ou ser expulso de
um local), 14.9% (59 respostas) violências físicas (agressões, tentativas de
lesão ou homicídio).

Se sofreu violência física por ser LGBTQIAP+, onde e quantas


vezes você sofreu?

Rua
41,6% (165) não se aplica
40,6% (161) nunca sofri
7,3% (29) 1 vez
6,3% (25) 2 ou 3 vezes
Página | 73

4% (16) 4 ou mais

Escola
40,1% (159) não se aplica
35,8% (142) nunca sofri
7% (28) 1 vez
7,8% (31) 2 ou 3 vezes
9% (36) 4 ou mais

Casa dos pais ou familiares


41,6% (165) não se aplica
39,1% (155) nunca sofri
7,3% (29) 1 vez
5,5% (22) 2 ou 3 vezes
6,3% (25) 4 ou mais

Trabalho
47% (186) não se aplica
43,6% (173) nunca sofri
5,3% (21) 1 vez
2,2% (9) 2 ou 3 vezes
1,7% (7) 4 ou mais

Banheiros públicos
48,7% (193) não se aplica
46,7% (185) nunca sofri
2,5% (10) 1 vez
0,7% (3) 2 ou 3 vezes
1,2% (5) 4 ou mais

Transportes coletivos
46,6% (184) não se aplica
48% (190) nunca sofri
3,3% (13) 1 vez
1,2% (5) 2 ou 3 vezes
1% (4) 4 ou mais

Delegacia de polícia
49,5% (196) não se aplica
46,7% (186) nunca sofri
3% (12) 1 vez
0% (0) 2 ou 3 vezes
0% (0) 4 ou mais
Página | 74

Instituições públicas
46,7% (185) não se aplica
46,7% (185) nunca sofri
3,5% (14) 1 vez
1,5% (6) 2 ou 3 vezes
1,5% (6) 4 ou mais

Templos religiosos
45% (179) não se aplica
45% (178) nunca sofri
3,5% (14) 1 vez
3,4% (13) 2 ou 3 vezes
3,3% (12) 4 ou mais

Shopping center, lojas etc.


46,7% (185) não se aplica
46,5% (184) nunca sofri
4,8% (19) 1 vez
1,5% (6) 2 ou 3 vezes
0,5% (2) 4 ou mais

Hospitais/unidades de saúde
47,7% (189) não se aplica
47,6% (188) nunca sofri
3,5% (14) 1 vez
0,7% (3) 2 ou 3 vezes
0,5% (2) 4 ou mais

CTA e CAISM
50,7% (201) não se aplica
47,7% (189) nunca sofri
1% (4) 1 vez
0% (0) 2 ou 3 vezes
0,5% (2) 4 ou mais

Restaurantes, lanchonetes, etc.


46,4% (184) não se aplica
47,2% (187) nunca sofri
3,8% (15) 1 vez
1% (4) 2 ou 3 vezes
1,5% (6) 4 ou mais

Bancos
48,9% (194) não se aplica
47,9% (190) nunca sofri
1,5% (6) 1 vez
0,7% (3) 2 ou 3 vezes
0,7% (3) 4 ou mais
Página | 75

Serviços de assistência social


52,5% (208) não se aplica
46,2% (183) nunca sofri
1% (4) 1 vez
0% (0) 2 ou 3 vezes
0% (0) 4 ou mais

Apesar de a maioria dos respondentes ter indicado que nunca sofreu


violência física (dentre as opções de lugares os itens “não se aplica” e “nunca
sofri” são sempre superiores aos 80% independentes dos lugares de
ocorrência), pelo menos 20% dos respondentes já sofreu violência em espaços
públicos e privados pelo menos uma vez na vida.

Se sofreu violência verbal e/ou psicológica, onde e quantas


vezes você sofreu?

Rua
16,1% (64) não se aplica
23% (91) nunca sofri
17,6% (70) 1 vez
21,9% (87) 2 ou 3 vezes
21,2% (84) 4 ou mais

Escola
15,6% (62) não se aplica
22,4% (89) nunca sofri
11,8% (47) 1 vez
20,4% (81) 2 ou 3 vezes
29,5% (117) 4 ou mais

Casa dos pais ou familiares


16,4% (65) não se aplica
Página | 76

18,4% (73) nunca sofri


17,4% (69) 1 vez
14,6% (85) 2 ou 3 vezes
26,2% (104) 4 ou mais

Trabalho
24% (95) não se aplica
34,8% (138) nunca sofri
18,9% (75) 1 vez
14,3% (57) 2 ou 3 vezes
7,8% (31) 4 ou mais

Banheiros públicos
28,2% (112) não se aplica
54,7% (217) nunca sofri
8,5% (34) 1 vez
5,8% (23) 2 ou 3 vezes
2,5% (10) 4 ou mais

Transportes coletivos
26,7% (106) não se aplica
53,5% (212) nunca sofri
9,6% (38) 1 vez
6% (24) 2 ou 3 vezes
4% (16) 4 ou mais

Delegacia de polícia
35% (139) não se aplica
56,3% (223) nunca sofri
6,5% (26) 1 vez
1,2% (5) 2 ou 3 vezes
0,7% (3) 4 ou mais

Instituições públicas
28,3% (112) não se aplica
52,3% (207) nunca sofri
7,3% (29) 1 vez
8,3% (33) 2 ou 3 vezes
3,8% (15) 4 ou mais

Templos religiosos
25% (101) não se aplica
41,4% (164) nunca sofri
10,3% (41) 1 vez
10,1%(40) 2 ou 3 vezes
12,6% (50) 4 ou mais
Página | 77

Shopping center, lojas etc.


27,7% (110) não se aplica
50% (198) nunca sofri
11,8% (47) 1 vez
6,8% (27) 2 ou 3 vezes
3,5% (14) 4 ou mais

Hospitais/unidades de saúde
30% (122) não se aplica
58,5% (232) nunca sofri
8% (32) 1 vez
1,2%(5) 2 ou 3 vezes
1,2% (5) 4 ou mais

CTA e CAISM
37,6% (149) não se aplica
58,3% (231) nunca sofri
2,5% (10) 1 vez
1% (4) 2 ou 3 vezes
0% (0) 4 ou mais

Restaurantes, lanchonetes, etc.


27,2% (108) não se aplica
50% (198) nunca sofri
13,1% (52) 1 vez
6,3% (25) 2 ou 3 vezes
3,3% (13) 4 ou mais

Bancos
31,5% (125) não se aplica
61,3% (243) nunca sofri
4,8% (19) 1 vez
1% (4) 2 ou 3 vezes
1,2% (5) 4 ou mais

Serviços de assistência social


39,3% (156) não se aplica
58,3% (231) nunca sofri
1,2% (5) 1 vez
0,7% (3) 2 ou 3 vezes
0% (0) 4 ou mais

A situação muda (quando comparada à violência física) quando se trata


de violência verbal e/ou psicológica: 60.7% relatou ter sofrido esse tipo de
violência na rua ao menos uma vez; 61.7% ao menos uma vez nas escolas;
Página | 78

58.2% ao menos uma vez na casa dos pais ou de familiares; 41% ao menos
uma vez no trabalho; 19.6% ao menos uma vez nos transportes coletivos;
19.4% ao menos uma vez em instituições públicas; 33% ao menos uma vez em
templos religiosos; 10.4% ao menos uma vez em hospitais e unidades de
saúde; 22.7% ao menos uma vez em restaurantes ou lanchonetes.

Já deixou de frequentar um desses lugares por não se sentir


aceito/a/e ou respeitado/a/e?

Rua
41,2% (163) não se aplica
33,3% (132) nunca sofri
8,3% (33) 1 vez
7% (28) 2 ou 3 vezes
10% (40) 4 ou mais

Escola
42,4% (168) não se aplica
32,5% (129) nunca sofri
9,3$ (37) 1 vez
7,8% (31) 2 ou 3 vezes
7,8% (31) 4 ou mais

Casa dos pais ou familiares


33,3% (132) não se aplica
22% (87) nunca sofri
13,8% (55) 1 vez
13,1% (52) 2 ou 3 vezes
17,6% (70) 4 ou mais

Trabalho
46,2% (183) não se aplica
34,8% (138) nunca sofri
9% (36) 1 vez
5% (19) 2 ou 3 vezes
5% (20) 4 ou mais
Página | 79

Banheiros públicos
45,4% (180) não se aplica
38,1% (151) nunca sofri
5,% (22) 1 vez
4,3% (17) 2 ou 3 vezes
6,5% (26) 4 ou mais

Transportes coletivos
47% (186) não se aplica
42,4% (168) nunca sofri
3,3% (15) 1 vez
3,2%(14) 2 ou 3 vezes
3,2% (13) 4 ou mais

Delegacia de polícia
50,2% (199) não se aplica
42% (166) nunca sofri
3% (11) 1 vez
3% (12) 2 ou 3 vezes
2% (8) 4 ou mais

Instituições públicas
46,4% (184) não se aplica
40,6% (161) nunca sofri
6,3% (25) 1 vez
3,3% (13) 2 ou 3 vezes
3,3% (13) 4 ou mais

Templos religiosos
35,8% (142) não se aplica
28% (111) nunca sofri
7,5% (30) 1 vez
7% (28) 2 ou 3 vezes
21,4% (85) 4 ou mais

Shopping center, lojas etc.


45,4% (180) não se aplica
40,4% (160) nunca sofri
7,5% (30) 1 vez
3,3% (13) 2 ou 3 vezes
3,3% (13) 4 ou mais

Hospitais/unidades de saúde
48,2% (191) não se aplica
44,4% (176) nunca sofri
4% (16) 1 vez
2% (8) 2 ou 3 vezes
1,2% (5) 4 ou mais
Página | 80

CTA e CAISM
51% (202) não se aplica
44,2% (175) nunca sofri
2,5% (10) 1 vez
1,2% (5) 2 ou 3 vezes
1% (4) 4 ou mais

Restaurantes, lanchonetes, etc.


44% (174) não se aplica
38,3% (152) nunca sofri
7,8% (31) 1 vez
5,8% (23) 2 ou 3 vezes
4% (16) 4 ou mais

Bancos
48,7% (193) não se aplica
46.4% (184) nunca sofri
2,2% (9) 1 vez
1,7% (7) 2 ou 3 vezes
0,7% (3) 4 ou mais

Serviços de assistência social


52,3% (207) não se aplica
44,2% (175) nunca sofri
1,7% (7) 1 vez
1% (4) 2 ou 3 vezes
0,7% (3) 4 ou mais

O conjunto destas respostas indica relação entre espaços de produção


de violência e o retraimento da circulação dos respondentes nestes espaços.
Página | 81

Já sentiu constrangimento ou enfrentou algum


preconceito/violência ao frequentar banheiros públicos?

Os respondentes indicaram 71.2% (282 respostas) que episódios deste


tipo nunca aconteceu; 13.1% (52 respondeu) que sim, algumas vezes; 10.1%
(40 respostas) que já aconteceu uma vez; e 5.6% (22 respostas) que sim,
muitas vezes.

Caso tenha sofrido algum tipo de violência, você chegou a


denunciar o ocorrido?

52.5% (208 respostas) responderam que “não sofri nenhum tipo de


violência”. Dos demais que sofreram algum tipo de violência 24.2% (96
respostas) não quis denunciar por medo de represálias, 17.4% (69 respostas)
não quis denunciar por não saber o que fazer e quais órgãos procurar, 3.3%
Página | 82

(13 respostas) registraram boletim de ocorrência, 1.5% (6 respostas)


registraram queixa na ouvidoria do órgão/instituição no qual a violência
ocorreu, e 1% (4 respostas) dez a denúncia pelas redes sociais e/ou mídia
local. O que se destaca neste conjunto de dados é que dentre os respondentes
que sofreram violência a maioria não denunciou o episódio por medo de
represálias ou por não saber a quem recorrer – ou seja, há subnotificações dos
casos de violências (de quaisquer tipos) contra a população LGBTQIAP+.
Página | 83

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os principais resultados indicaram no eixo 1 (perfil sociodemográfico) se
trata de uma amostra composta predominantemente por mulheres e homens
jovens, brancos e pardos, em sua maioria homossexuais ou bissexuais, sem
deficiências de quaisquer tipos, no geral solteiros que possuem
relacionamentos afeitos e sexuais estáveis sem coabitação e sem filhos com os
parceiros, com elevados níveis de escolaridade e que apesar de não
praticantes possuem uma religião; no eixo 2 (perfil socioeconômico) a amostra
está composta no geral por pessoas que exercem algum tipo de atividade
remunerada, com renda e número de itens de domicílio típicos das classes
médias-altas, residentes em casas cujos bairros possuem infraestruturas
adequada (abastecimento de água regular e ruas pavimentadas); no eixo 3
(acesso à saúde) parte significativa dos respondentes indicou que depende
total ou parcialmente dos serviços públicos de saúde, especialmente os
relacionados à saúde mental e sexual que são avaliados como satisfatórios e
adequados (apesar de que também indicaram a necessidade de mais
atendimentos e de serviços trans específicos) e, além disso, destacaram os
sintomas depressivos, de ansiedade, nervosismo, estresse, pânico, lesões
autoprovocadas, ideações e tentativas de suícidio como os principais
motivadores para procurarem pelos atendimentos; no eixo 4 (acesso á
educação) destaca-se na amostra a utilização do sistema público de ensino
fundamental e médio, apesar de terem sofrido preconceitos e diversificadas
formas de violências nas instituições escolares e que nelas as discussões
sobre gênero e sexualidade foram de caráter tradicionalista (heteronormativo e
biomédico) pouco abordando diversidade, multiplicidade e direitos sexuais e de
gênero; no eixo 5 (trabalho, segurança e assistência social) parte relevante da
amostra relatou ter sofrido assédio moral no trabalho e que nem sempre se
sentem valorizados (financeira e psicologicamente) devido ao fato de serem
lgbtqiap+, e que apesar de sofrerem não sabem o que fazer ou quem procurar
para formular denúncias de violências motivadas pelo gênero ou orientação
sexual; no eixo 6 (preconceito e violência) parte relevante da amostra indicou
as dificuldade de coming out (revelação pública da orientação sexual
Página | 84

heterodissidente) por não se sentir respeitada quanto à sua identidade de


gênero e/ou orientação sexual, tendo sofrido diversas violências (físicas,
verbais, psicológicas) originárias principalmente de familiares, colegas de
trabalho, instituições de ensino e outras instituições públicas. Em suma,
considerando o exposto, destaca-se a situação de vulnerabilidade e de risco
psicossocial para a saúde mental dessa comunidade.
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REFERÊNCIAS
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classificação econômica Brasil. 2022. Disponível em <
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LIMA, Andréia da Silva. Observatório de políticas públicas LGBT nos


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direitos humanos LGBT e os princípios consagrados contra a discriminação
atentatória. Revista Direitos Humanos e Democracia, [S.L.], v. 6, n. 11, p. 167,
20 abr. 2018. Editora Unijui.
http://dx.doi.org/10.21527/2317-5389.2018.11.167-201.
Página | 87

Agradecimentos

Agradecemos a todos os participantes desta pesquisa e também ao


Prof. Dr. Vítor Hugo de Oliveira do Departamento de Saúde Coletiva da UFTM
pela redação da primeira versão do projeto de pesquisa.
Página | 88

ANEXOS

Anexo A - Protocolo de pesquisa


CAPA - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO - TCLE

Você está sendo convidado para participar da pesquisa “Mapeamento e


diagnóstico situacional da comunidade LGBTQIAP+ de Uberaba:
desenvolvendo as bases para a implementação, efetivação igualitária e
fortalecimento de políticas públicas”.

Essa pesquisa está sendo desenvolvida mediante parceria entre a Coordenaria


da Diversidade LGBT+ da Prefeitura Municipal de Uberaba, o Coletivo pela
Diversidade Beth Pantera e o Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre
Sexualidades e Gêneros (LEPESEGE) da UFTM.

O objetivo desta pesquisa é realizar o mapeamento e o diagnóstico situacional


da população LGBTQIAP+ da cidade de Uberaba/MG.

Para participar você precisa se autodeclarar LGBTQIAP+, ter mais de 18 anos


de idade e residir na cidade de Uberaba.

Essa pesquisa possui 57 perguntas de múltiplas escolhas e possui um tempo


aproximado de resposta de 15 minutos. Nem você nem suas respostas serão
identificadas.

Pela sua participação você não receberá nenhum benefício (financeiro ou não),
mas vai auxiliar na compreensão do perfil, das necessidades, dos desejos e
das dificuldades da comunidade LGBTQIAP+ de Uberaba/MG.

Caso deseje mais informações sobre essa pesquisa entre em contato com um
dos nossos colaboradores pelo telefone (34) 3700-6979, ou e-mail:
coletivopeladiversidade@gmail.com, ou presencialmente na Coordenadoria da

Diversidade LGBT+, situada na Fundação Cultural de Uberaba: Praça Rui


Barbosa, 356 – Centro.

Se concordar em participar assinale “sim” dentre as opções.

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